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EPÚBLICA DE MOÇAMBIQUE
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
INDE
INSTITUTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO
Testagem 2012
1
Índice de Conteúdos
0. Introdução.............
............................
.............................
.............................
..............................
.............................
.............................
.............................
.............................
.............................6
..............6
0.
0.1.
1. Comp
Compet etên
êncicias
as a D Desesen
envo
volv lver
er no Mó Módu dulolo.............
...........................
.............................
..............................
.............................
.............................
..................6
...6
0.2.
.2. Objecbjecttivos
vos do Mó Módu dullo..............
............................
.............................
.............................
.............................
..............................
.............................................
.............................. 6
0.
0.3.
3. Resu
Result
ltad
ados
os de apreaprendndizizag
agemem do mó módu dulolo::..............
.............................
.............................
.............................
..............................
...............................7
................7
2
3
4
4.5. Autoavaliação...............
.............................
.............................
..............................
.............................
.............................
.............................
.........................................
...........................96
96
4.6. Chave de Correcção.............
............................
.............................
.............................
..............................
.............................
.............................
..................................96
...................96
4.6. Bibliografia Complementar .............................
............................................
.............................
.............................
..................................................
................................... 96
Unidade IV: Tipologia Textual .............
............................
..............................
.............................
.............................
.............................
.............................
............................98
.............98
5.1. Introdução..............
.............................
..............................
.............................
.............................
.............................
.............................
..............................
.................................98
..................98
5.2. Evidências Requeridas da Unidade Temática.................................................................................98
5.3. Metodologia.............
...........................
.............................
..............................
.............................
.............................
..............................
.............................
...............................99
.................99
5.4. Autoavaliação...............
.............................
.............................
..............................
.............................
.............................
.............................
.......................................
.........................100
100
5.5Chave de Correcção..............
.............................
..............................
.............................
.............................
.............................
.............................
.................................100
..................100
5.6Bibliografia Complementar:..............
............................
.............................
.............................
.............................
..................................................
...................................100
100
5
0. Introdução
O presente módulo de disciplina de Línguas Bantu de Moçambique visa orientar o
formador e os formandos em aspectos ligados à filosofia do ensino bilingue (ensino em duas
línguas), aspectos estruturais das línguas bantu de Moçambique, bem como sobre os aspectos
metodológic
metod ológicos
os e composi
composição
ção de texto
textoss formais
formais nos Institutos
Institutos de Formação
Formação de Professores
Professores (IFP)
de Moçambique.
Devido a diversidade linguística do nosso país e não só, encontramos num IFP alunos
falantes das mais diversas línguas moçambicanas tal que não é possível conceber um módulo
para uma única língua bantu. Deste modo, o presente modo possibilita que o professor formador
trabalhe numa sala multilingue.
Após a conclu
conclusão
são deste módulo, o formando
formando deverá ser capaz conhecer a filosofia por detrás do
ensino bilingue, bem como o contributo desta modalidade de ensino para o desenvolvimento do
país; dominar os aspectos estruturais das línguas bantu, designadamente, o seu sistema
ortográfico,
ortográfico, morfoló
morfológico
gico e sintáctico e ser capaz de se expressa
expressarr oral e por escrit
escritoo na sua língua
bantu.
Conheçe
Conheçerr e rec
reconhe
onheçer
çer as dif
diferen
erenças
ças socioli
sociolinguí
nguísti
sticas
cas e antropo
antropológ
lógica
icass das Língua
Línguass
Moçambicanas;
Explicar a importância das Línguas Moçambicanas no ensino e no desevolvimento do
país;
Usar correctamente a ortografia das línguas bantu, no geral, e especialmente a sua língua
materna
Distinguir a estrutura do nome, do verbo e a construção frásicas da sua materna vs do
português;
Produzir e interpretar diferentes tipos de textos na sua língua materna;
6
Conheça
Conheça e rec
reconhe
onheça
ça as diferen
diferenças
ças soci
socioli
olinguí
nguísti
sticas
cas e antropo
antropológ
lógica
icass das Línguas
Línguas
Moçambicanas;
O formando sabe e dissemina a importância das Línguas Moçambicanas no ensino e no
desevolvimento do país;
Domina a ortografia das línguas bantu, no geral, e especialmente a sua língua materna
Distin
Distinga
ga a est
estrut
rutura
ura do nome,
nome, do verb
verboo e a con
constru
strução
ção frásicas materna vs do
frásicas da sua materna
português;
Produza e interpreta diferentes tipos de textos na sua língua materna;
Respeita as diferenças culturais entre as difentes línguas bantu faladas em Moçambique.
7
8
9
Comentário:
Como se pode depreender do parágrafo anterior, não existem línguas superiores nem línguas
inferiores embora algumas políticas europeias no tempo colonial tenham usado erradamente o
termo língua para distanciar a língua Portuguesa, no caso de Portugal, das línguas faladas na
coló
colóni
niaa (M
(Moç
oçam
ambi
bique
que,, ne
nest
stee ca
caso)
so).. El
Eles
es usa
usava
vam
m o termoo língua para se referir à língua
term
portuguesa e dialecto para se referir as línguas moçambicanas. Essa distinção é errada porque
como acima se viu, o termo língua designa um código pelo qual um povo realiza a comunicação
oral ou escrita ou de sinais.
Portanto, pode-se dizer que a língua é fundamentalmente “um fenómeno social” (Baylon &
Fabre, 1979: 59) e como tal não pode ser dissociada da comunidade que a fala.
10
Estando-se
Estando-se a viver numa “aldeia global”, é sempre importante
importante que os moçambicanos
moçambicanos conheçam
as suas línguas maternas, não só devido a factores ligados à identidade dos mesmos mas
sobretudo porque aprender na sua língua materna é um direito humano. No fim desta lição o
aluno será capaz de responder a seguinte pergunta:
1.3.1. Qual é a importância do estudo das línguas moçambicanas no desenvolvimento do país?
O acesso à alfabetização em línguas maternas permite com que a maior parte da população
moçambicana não falante do Português (língua oficial) participe na vida económica do país. Por
exemplo, pode se produzir materiais educativos em línguas maternas educando as pessoas sobre
11
os valores nutritivos dos alimentos que produzem nas suas machambas e que consomem. As
pessoas podem ser educadas a manejar as suas finanças e seus recursos como se pode ver no
seguinte texto extraído de SIL (2008: 1).
O aumento da renda e o alívio da fome dentro das comunidades etnolinguísticas ocorrem quando
informações que promovem uma mudança de vida são transmitidas em uma língua que as
pessoas entendem bem. Maiores taxas de alfabetização frequentemente resultam em uma maior
renda per capita.
capita.
Quase dois terços dos 875 milhões de analfabetos do mundo são mulheres. Nas comunidades
etnolinguísticas, os rapazes frequentemente são encorajados a interagir com outros nas línguas
de comunicação mais ampla. No entanto, espera-se tipicamente que as moças fiquem perto de
casa, onde a língua local frequentemente é a única utilizada. Pesquisas mostram que as meninas
e mulheres que são educadas nas línguas que conhecem melhor permanecem por mais tempo na
escola e obtêm melhores resultados do que aquelas que não são instruídas na sua língua materna.
“A língua materna do aluno é a chave para tornar a educação mais inclusiva para todos os grupos
que se encontram em desvantagem, especialmente para as meninas e as mulheres.”
(Meninas: equidade educativa e língua materna), p.1, 2005, UNESCO-Bangkok)
12
O índice de mortalidade de crianças com menos de cinco anos diminui quando informações a
respeito da prevenção e do tratamento de doenças são disponibilizadas em línguas locais.
Por outro lado, a má compreensão pode levar a mal-entendidos perigosos e até fatais. As
comunidades etnolinguísticas podem combater a diarreia, a malária e outras doenças comuns
quando têm os recursos e a capacidade de obter informações essenciais sobre saúde.
Uma mãe pode cuidar melhor de si mesma e de sua família quando sabe ler e escrever em sua
língua materna e tem acesso a informações sobre saúde em uma língua que entende bem. O
desenvolvimento baseado na linguagem facilita a introdução de novos conceitos e a tradução
apropriada de nova terminologia.
Os princípios de preservação
preservação ambiental são comuni
comunicados
cados entre as línguas
línguas através de programas
de desenvolvimento baseados na linguagem e na produção de literatura. O desmatamento é um
problema crítico em todo o mundo. Conforme as populações locais aprendem a tecnologia
apropri
apropriada
ada,, som
somada
ada ao conh
conheci
ecimen
mento
to tra
tradic
dicion
ional
al sobre
sobre a flora
flora e fauna,
fauna, suas
suas necessi
necessidade
dadess
económicas são supridas e, ao mesmo tempo, o meio-ambiente é protegido.
uma língua continue a servir aos diferentes objectivos de seus falantes e age, também, como uma
13
ponte para que uma comunidade atinja seus propósitos multilingues mais amplos ao aprender
uma língua de comunicação mais abrangente. O desenvolvimento baseado na linguagem facilita
o inter
intercâmbio
câmbio mais amplo de conheciment
conhecimentoo tradic
tradicional
ional,, além de disponibili
disponibilizar
zar os benefícios
benefícios da
informação global e da tecnologia de comunicação.
A África é
África é provave
provavelment
lmentee a região do mundo onde a situa
situação
ção linguística
linguística é a mais diversificada
diversificada
(com 1000 línguas) e a menos conhecida (http://pt.wikipedia.org
( http://pt.wikipedia.org).
). Um dos vários estudos sobre a
situaç
situação
ão lin
linguí
guísti
stica
ca do contine
continente
nte afri
african
canoo foi fei to Joseph Harold Greenberg,
feito Greenberg, um famoso
linguista
linguista norte-americano
norte-americano,, em 1955
1955.. Este estudioso distingue quatro grandes conjuntos:
A família khoisan ao sul
sul,, constituída essencialmente pelas línguas de cliques dos
cliques dos
bosquímanos;
bosquímanos;
A família camito-semítica (d
(dit
itaa ta
tamb
mbém
ém af
afro-
ro-asi
asiát
átic
ica)
a) ao norte,
norte, constit
constituíd
uídaa pelo
pelo
semítico (
semítico (árabe
árabe,, hebraico,
hebraico, etíope
etíope e
e outras), o berbere
o berbere,, o egípcio,
egípcio, o cuchítico e
cuchítico e o chadiano
(haúça);
haúça);
A família nígero-congolesa, que ocupa a maior parte da África Negra, é dividida em seis
oeste-atlântico (
grupos: o oeste-atlântico ( peul
peul,, uolof , diola
diola),
), o mandé
mandé ou
ou mandinga (
mandinga ( bambara
bambara,, malinque
malinque,,
mende),
mende ), o voltaico
voltaico ou gur (mossi
(mossi),
), o kwa
kwa (iorubá,
iorubá, iba
iba,, akan,
akan, ewe
ewe,, kru
kru),
), o grupo de
oriental e o grupo benuê-congolês
Adamawa oriental e benuê-congolês,, essencialmente constituído pelas bantu, que
ocupam todo o sul do
sul do continente. Para fazer face a essa diversidade lingüística, foram
desen
desenvol
volvi
vida
dass líng
línguas
uas de re
rela
lação
ção,, fal
falad
adas
as co
como
mo se
segun
gunda
dass lí
líng
ngua
uass no
noss co
conj
njun
unto
toss
14
geográficos
geográficos mais vastos: o árabe,
árabe, a língua mais falada do continente; o suaíle (
suaíle (aa leste
leste da
África),
África), prime
primeira
ira língu
línguaa banta
banta a utili
utilizar
zar a form escrita;; o lingala
formaa escrita lingala (oeste
oeste do Zaire
Zaire);
); o
bambara (Mali
bambara Mali,, Guiné,
Guiné, Cost
Costaa do Ma
Marfi
rfim
m); o haúça
haúça (norte da Nigéria)
Nigéria) e ou
outr
tras
as..
Finalmente, as línguas européias herdadas da colonização (
colonização (inglês
inglês,, francês,
francês, português)
português) são
faladass pelas classes cultas e continuam a ser o alice
falada alicerce
rce linguístico
linguístico de numerosos países..
numerosos países
(in http://pt.wikipedia.org
http://pt.wikipedia.org))
15
A tabela acima mostra as línguas faladas em Moçambique, por província. Algumas destas
línguas são faladas em outros países vizinhos e não só.
16
Sugestões Metodológic
Metodológicas
as
Visto que as salas de aula são multilingues, para leccionar esta aula,
sugere-se o seguinte:
O formador já deve ter a lista dos estudantes por língua materna ou de
formação;
Para não parecer que está a trabalhar com uma língua apenas, o
formador deve pedir aos alunos falantes de línguas diferentes para
fornecerem exemplos de palavras da lista abaixo apresentada (veja
actividades);
Depois fique atento, aos diferentes prefixos (parte inicial da palavra).
Assim, ajuda os alunos a perceberem melhor as características.
17
Comentários:
(i)
(i) Os nú
núm
meros de 1-10
1-10,, na pprrimeira ccoolun
unaa são
são cha
chamados classes nominais. Na
tabe
tabela
la ac
acim
imaa ap
apen
enas
as ap
apres
resent
entam
am-se
-se 10 cl
class
asses
es mas
mas podem
podem ser muit
muitoo mais
mais
conforme veremos na unidade sobre “morfologia do nome”, deste módulo. Todas
as palavras que conheces devem estar inseridas em classes.
(ii) A segunda coluna apresenta os prefi
prefixos nominais. Na terceira coluna (em
xos nominais
Cinyanja) e quarta (em Xichangana), cada prefixo está destacado em negrito. Diz-
se prefixo nominal porque a parte em negrito esta antes do que vem à direita
direita não
destaca
destacado.
do. Essa part
partee cha
chama-s
ma-see tema nominal
nominal. i.e., depois de se remover o
prefixo nominal resta o tema nominal.
(iii
(iii)) Com
Comoo se po
pode
de ve
ver,
r, a cl
clas
asse
se 1 é sin
singul
gular
ar da ccla
lasse
sse 2 e a class
classee 2 é plura
plurall da class
classee
1. Da mesma maneira, a classe 3 é singular da classe 4 e esta plural da classe 3 e
assim sucessivamente até a classe 10 que é plural da classe 9 e esta singular da
classe 10. A esta oposição do singular e do plural chama-se género gramatical. O
conceito de género gramatical nas línguas bantu, não tem nada a ver com o
conceito de sexo feminino ou masculino como acontece na língua portuguesa!
(iv))
(iv Com
Compara
parando
ndo as ppala
alavra
vrass do Cin
Cinyan
yanja
ja e do Xich
Xichang
angana
ana pode
pode-se
-se pensar
pensar que
que as
as duas
duas
línguas usam as mesmas palavras – vocabulário comum.
18
1.6.2. Actividades
1. Preencha a seguinte tabela:
Língua Fala Dialecto Comunidade linguística
Conceito
Características
Exemplo
2. Esta lição pode ser dada com o recurso a leitura dos seguintes textos:
INDE/MINED.
INDE/MINED. 2003. Plano Curricular
2003. Plano Cur ricular do Ens
Ensino
ino Básico, Programa das disciplinas do
1º Ciclo: Ensino Básico (1ª e 2ª Classes). Maputo: INDE/MINED.
Sociedade
Sociedade Interna
Internacio
cional
nal de Linguí
Linguísti
stica
ca (SIL
(SIL). 2008. Por que as Línguas Importam:
). 2008.
Alcançando as Metas do Desenvolvimento do Milénio Através das Línguas Locais
Locais.. SIL
Internacional.
19
20
21
1.6.4. Autoavaliação
Agora resolva no seu caderno as actividades que lhe propomos para que possa avaliar o seu
progresso.
o produto e o instrumento da comunicação”…
1. “A língua é simultaneamente o produto comunicação ”…
a) Justifica.
b) O que é a fala.
2. Em que reside a diferença entre língua e dialecto? Apoie a sua resposta com exemplos.
3. Caro formando, tu pertences a uma comunidade linguística? Se sim, diga qual?
. Quais são os dialectos das sua língua?
4. Alg
Alguma
umass lín
língua
guass ban
bantu
tu moç
moçamb
ambica
icanas
nas tra
transfr
nsfront
onteir
eiriça
içass (falada
(faladass em outros
outros países,
países,
sobretudos vizinhos).
22
a) Indica duas de
dessas
ssas lí
línguas
nguas e diga em que paí
países
ses elas
elas são faladas?
faladas?
1. Pass
Passee para o seu cad
caderno
erno a lista
lista de palavr
palavras
as acima
acima e preencha-a
preencha-a na sua língu
línguaa
materna.
2. Co
Com
m ba
base
se no
noss dado
dadoss da li
list
staa po
porr si pr
pree
eenc
nchi
hida
da,, re
resp
spon
onda
da às se
segu
guin
inte
tess
questões:
a. Prov
Provee que na sua llíng
íngua,
ua, a noç
noção
ão de género
género gramat
gramatica
icall não tem a ver
ver
com a noção de sexo.
b. Faça a listagem dos prefixos nominais da sua língua.
c. Mencio
Mencione
ne os géneros gramaticais
gramaticais que encontro
encontrouu na sua língua.
língua.
3. Com base eem
m evid
evidências,
ências, prove
prove que a sua língua
língua materna
materna é uma língua
língua bantu.
bantu.
23
24
1.6.6. Bibliografia C
Co
omplementar
1979. Iniciação à Linguística
Baylon, C & Fabre, P. 1979. Linguística.. Coimbra: Livraria Almedina.
1996. Introdução à Linguística Geral . Lisboa: Caminho.
Faria et al. 1996. Introdução
25
o ensino divertido e frutífero, dando maior relevo às interacções entre os actores do processo
educativo. Assim, sugerimos que o senhor formador procure sempre trabalhar toda a diversidade
educativo.
linguística da turma, através de grupos linguísticos.
26
Até ao fim desta aula, o aluno deve ser capaz de conhecer e dominar a ortografia das
línguas bantu em geral e da sua língua em particular. Tendo em consideração a diversidade
linguística do país, para efeitos elucidativos, usar-se-ão as seguintes 6 línguas bantu faladas em:
Línguas Changana, Citswha, Nyungwe, Sena, Makhuwa e Yaawo.
Di
Difer
ferent
entem
ement
entee da or
orto
togra
grafi
fiaa da lí
língu
nguaa po
port
rtug
ugue
uesa,
sa, po
porr ex
exem
empl
plo,
o, as vogai
vogaiss e as
consoantes
consoantes das língu
línguas
as bantu, não mudam os seus valores
valores independentem
independentemente
ente dos contextos
contextos em
que ocorrem. Por isso aconselha-se que a primeira leitura fosse acompanhada por um falante
nativo ou por alguém que a domine de modo que o grafema seja melhor associado ao som de um
falante nativo da língua.
27
Metodologia
O formador deve ter como ferramenta básica a lista de palavras do vocabulário básico
(a
(aci
cima
ma).
). Há me
medi
dida
da qu
quee os alun
alunos
os vã
vãoo di
dita
tand
ndoo a pala
palavr
vra,
a, o prof
profes
esso
sorr deve
deve escr
escrev
ever
er
correctamente essa palavra seguindo o relatório ii ou iii sobre a padronização das línguas
moçambicanas.
Ao ensinar a ortografia de uma dada língua, o formador deve também ler e confrontar os
formandos a respeito das variantes das mesmas.
O formador deve ter já feito o levantamento das línguas faladas na sala de aulas e
explorá-las para dar a ortografia das línguas bantu.
Metodologicamente, para uma melhor assimilação dos conteúdos, primeiro apresenta-se
o sistema vocálico e depois o consonântico. Para cada grafema, apresenta-se, destacado em
negrito, um exemplo de uma palavra que o contenha.
Para o ensino da ortografia, deve-se usar palavras simples (com duas ou 3 sílabas),
usando consoantes simples (i.e. não combinadas) e se deve destacar (sublinhar) o grafema em
causa.
2.2.1. Língua Citshwa
Segundo Sitoe e Ngunga (2000: 191), o Citshwa faz parte do grupo Tsonga que abrange três
línguas, a saber: Xirhonga, Xichangana e Citshwa. Estas três línguas são mutuamente inteligíveis
e são faladas nas províncias
províncias de Maputo, Gaza e Inhamba
Inhambane
ne e na zona meridional das províncias
províncias
de Manica e Sofala. O Citswha é falado por cerca de 10 000 falantes distribuídos pelas 3
províncias (Firmino, 2000). Esta língua apresenta as seguintes variantes:
(i
(i)) Xi
Xikh
kham
amba
bani
ni,, ffal
alad
adaa nnoo dis
disttri
rito
to de Pa
Pand
nda;
a;
(ii)
(ii) Xi
Xirho
rhong
nga,
a, ffal
alad
adaa na zo
zona
na ocide
ocidentntal
al do
do ddis
istr
trit
itoo de Massi
Massinga
nga;;
(iii)
(iii) Xih
Xihlen
lengwe
gwe,, fal
falada
ada nos
nos di
distr
strito
itoss de Morrum
Morrumben benee e Massin
Massinga,
ga, na
na zona
zona de Funha
Funhalou
louro;
ro;
(iv)
(iv) Xi
Ximh
mhan
andl
dla,
a, fa
fala
lada
da no di
dist
stri
rito
to de Vi
Vila
lancu
nculo
lo;;
(v) Xi
Xidz
dzhon
honge
ge (o
(ouu Xidon
Xidonge
ge),
), fala
falada
da na par
parte
te m
mer
erid
idio
ional
nal do
do di
dist
stri
rito
to de Inha
Inhari
rime
me e
(vi))
(vi Xi
Xidz
dziv
ivi,
i, ffal
alad
adaa no
noss dist
distri
rito
toss de Mor
Morrum
rumben
benee e Homo
Homoín
íne.
e.
28
O Citshwa apresenta um sistema vocálico constituído por cinco vogais, conforme se pode ver a
baixo.
29
v vele seio/mama
w woko mão
x xaka parente
y yingwe leopardo
z zukulu sobrinho
bh kubhika cozinhar
bv kubvun’wala mergulhar
bz kubzala semear
dh dhadhani pai
dl kudlaladlaleka galopar
dz kudzaha fumar
qg qgeke pátio
hl hloko cabeça
lh lhulamethi eucalipto
n’ n’anga curandeiro
n’q n’qolo carroça
ny nyeleti estrela
pf mupf umba
umba hóspede
ps kupsopsa chupar
sv wusva papa de farinha de milho
tl kutlakusa erguer
ts tsetselelo perdão
vh vholo manta
xj xjelera geleira
zv zvin’we juntos
30
As consoantes acima vistas não são modificadas. Contudo, todas elas podem ser produzidas com
modificação da seguinte maneira:
a. labialização/velarização: pw, bw
bw, ttw
w, dw, kw
kw, gw
gw, sw, zw
zw, et
etc.
b. palatalização: py, by, ty, dy, etc.
c. pré-nasalização: mph, mb, nth, nd, nkh, ng, etc.
d. aspiração: ph, th, ch, kh, etc.
Nota: Cada formando, com a ajuda do seu formador, deve procurar exemplos de palavras em
que as consoantes são produzidas com modificação.
2.2.2. Xichangana
Segundo Sitoe e Ngunga (2000: 191), o Changana é também conhecido por Tsonga (na África do
sul) e Changana (em Moçambique). Ela é uma das línguas faladas com a maior proeminência na
zona sul de Moçambique
Moçambique,, nomeadamente nas províncias de Maputo, Gaza, parte das províncias
de Inhambane e Manica (Sitoe 1996). A língua changana é também falada nos países vizinhos
como a República da África do sul, na província de Transval, e na República de Zimbabwe
(Sitoee and Ngunga 2000). Ela pertence
(Sito pertence ao grupo Tshwa-Rhonga,
Tshwa-Rhonga, grupo S.50 na classificação
classificação de
Guthrie (1967-71). Este grupo é composto por três línguas mutuamente inteligíveis, a saber,
Changana (S.53), Tshwa (S. 51) e Ronga (S.54).
De acordo com o relatório do Censo Geral da População citado por Sitoe e Ngunga (2000), a
língua Changana é falada por aproximadamente 1.500.000 falantes. Esta língua apresenta as
seguintes variantes:
c) N’w
N’walu
alungu
ngu (f
(fala
alada
da no distri
distritos
tos Massi
Massingi
ngir)
r)
d) Bila (f
(falada
alada no vale do limpom
limpompo
po e parte do dist
distrito
rito de Chibut
Chibuto)
o)
e) Hle
Hlengwe
ngwe (fal
(falada
ada nos dis
distri
tritos
tos de Xai
Xai-xai
-xai,, Manjac
Manjacaze,
aze, Chibuto,
Chibuto, Guija,
Guija, Chicua
Chicualac
lacual
uala,
a,
31
b kuba bater
c covelo caril
d din’wa laranja
f f ole
ole tabaco/rapé
g gamba tipo de abóbora
h humba caracol
j jaha rapaz
k k aya
aya em casa
l kululama ser direito
m manu esperteza
n nala inimigo
p papilo carta
q mukhoqo beco
r ribze pedra
s sangu esteira
32
t tihlo olho
v vele seio/mama
w woko mão
x xaka parente
y yingwe leopardo
z zinku zinco
bh kubhika anunciar
bv kubvun’wala mergulhar
bz kubzala semear
dl mudlyi assassino
dz kudzaha fumar
qg qgeke pátio
hl hloko cabeça
lh lhulamethi eucalipto
ny nyanga curandeiro
n’q n’qolo carroça
ny nyeleti estrela
pf mupf umba
umba hóspede
ps kupsopsa chupar
sv wusva papa de farinha de milho
tl kutlakusa erguer
ts tsetselelo perdão
vh vholo manta
xj xjelera geleira
zv zvin’we juntos
33
a. labialização/velarização: pw, bw
bw, ttw
w, dw, kw
kw, gw
gw, sw, zw
zw, et
etc.
b. palatalização: py, by, ty, dy, etc.
c. pré-nasalização: mph, mb, nth, nd, nkh, ng, etc.
d. aspiração: ph, th, ch, kh, etc.
Nota: Cada formando, com a ajuda do seu formador, deve procurar exemplos de palavras em
que as consoantes são produzidas com modificação.
2.2.3. Cinyungwe
Segun
Segundo
do o II Re
Recen
cense
seam
ament
entoo Geral
Geral da Pop
Popul
ulaçã
açãoo e Habi
Habita
taçã
ção,
o, Fi
Firm
rmin
inoo (2
(2000
000),
), a lí
líng
ngua
ua
Nyungwe é falada com maior proeminência na província de Tete por cerca de 30% da população
pop ulação
da província. O Nyungwe é a língua da capital provincial de Tete, falada também ao longo do
Rio Zambeze com maior predominância nos distritos de Changara, Moatize, Chiúta, Cahora
Bassa, Zumbo e, parcialmente, no distrito de Macanga.
O Nyungwe apresenta um sistema vocálico constituído por cinco vogais, conforme se pode ver a
baixo.
34
p piri dois
35
l lero hoje
r ciropa fígado
w wana crianças
y yekha sozinho
a. labialização/velarização: pw, bw
bw, ttw
w, dw, kw
kw, gw
gw, sw, zw
zw, et
etc.
b. palatalização: py, by, ty, dy, etc.
c. pré-nasalização: mph, mb, nth, nd, nkh, ng, etc.
d. aspiração: ph, th, ch, kh, etc.
Nota: Cada formando, com a ajuda do seu formador, deve procurar exemplos de palavras em
que as consoantes são produzidas com modificação.
2.2.4. Emakhuwa
Segundo Katupha (1983) para além da língua portuguesa, a língua Makhuwa constitui a língua
mais falada em Moçambique com cerca de 20% da população total do país (Sitoe e Ngunga
2000). Ela é falada com maior proeminência, no território Moçambicano, nas províncias de Cabo
Delgado, Niassa, Nampula e Zambézia. O Makhuwa, codificado P30 na classificação de Guthrie
(1967-71), apresenta várias variantes de acordo com a província em que é falado (c.f. Sitoe e
Ngunga 2000:67).
(i)
(i) Na prov
provín
ínci
ciaa ddee Nam
Nampu
pula
la te
tem
m aass sseg
egui
uint
ntes
es va
vari
rian
ante
tess
a. Em
Emak
akhu
huwa,
wa, fa
fala
lada
da na ci
cida
dade
de capi
capita
tall e arred
arredore
ores,
s, no
nome
mead
adam
amen
ente
te,, Mecu
Mecubur
buri,
i,
Muecate, Meconta, parte de Murrupula, Maogovolas, Parte de Robáwe e Lalawa;
b. Enahara, nos distritos de Mossuril, Ilha de Moçambique, Nacala-Porto, Nacala
velha e parte de Memba;
c. Esaa
Esaaka,
ka, no
noss distrit
distritos
os de Eráti,
Eráti, N
Nacar
acarôa
ôa e part
partee de Memba;
Memba;
d. Esa
Esank
nkac
aci,
i, ppar
arte
te de
de An
Angoc
goche
he;;
e. Ema
Emarevo
revoni,
ni, parte
parte de Mom
Momaa e Mon
Mongin
gincual
cual;;
36
f. Elomw
Elomwe,
e, nos di
distrit
stritos
os de Malema,
Malema, parte de Ribawe,
Ribawe, part
partee de Murrupula
Murrupula e parte de
de
Moma
(ii)
(ii) Na pprov
rovín
ínci
ciaa de Cabo
Cabo-de
-delg
lgad
adoo as va
vari
rian
ante
tess do Em
Emak
akhu
huwa
wa são
são as segu
seguin
inte
tes:
s:
a. Eme
Emeett
etto,
o, falada nos distrit
distritos
os de Montep
Montepuez
uez,, Balama
Balama,, Namuno,
Namuno, Pemba,
Pemba, Ancuabe,
Ancuabe,
Quissanga, parte do distrito de Meluco, Macomia e Mocímboa da praia
b. Esaaka, nos distritos de Chiúre e Mecúfi
(iii
(iii)) Na pprov
rovín
ínci
ciaa da Zamb
Zambézi
ézia,
a, as var
varia
iant
ntes
es sã
sãoo as se
segui
guint
ntes
es::
a. Ech
Echiri
irima,
ma, fal
falado
ado eem
mMMata
ataric
ricaa e Cuam
Cuamba
ba
b. Emakhuwa, falado em Mecanhelas, Cuamba, Maúa, Nipepe e Metarica
c. Em
Emee
eett
tto,
o, em Ma
Marup
rupaa e Ma
Maúa
úa
(iv)
(iv) Na ppro
roví
vínc
ncia
ia ddaa Zamb
Zambéz
ézia
ia,, as vvar
aria
iant
ntes
es são
são::
a. Em
Emak
akhu
huwa,
wa, falado
falado em Pe
Peba
bane
ne
b. Elomwe, falado em Gurue, Gilé, Alto Molócue e Ile
c. Ema
Emarevo
revoni,
ni, fal
falado
ado numa
numa pa
parte
rte de Peba
Pebane
ne
Para uma melhor assimilação dos conteúdos do presente Módulo, apresenta-se, em seguida, o
sistema de consoantes e o sistema de vogais da língua
língua Makhuwa. Para cada grafema, apresenta-
se, destacado em negrito, um exemplo de uma palavra que o contenha.
O Makhuwa apresenta um sistema vocálico constituído por dez vogais, das quais 5 são breves
(as representadas por uma vogal) e outras 5 são longas (as representadas por duas vogais).
1.a. Vogais breves
Grafema exemplo
1.a. a omala ‘acabar’
e omela ‘germinar’
i omila ‘assoar’
o olola ‘trabalho em troca de bens’
u or ula ‘despir’
37
aa omaala ‘calar-se’
ee omeela ‘repartir’
ii omiila ‘entornar’
oo oloola ‘curar’
uu oruula ‘fazer emergir’
Como se pode depreender, as palavras em (1a) e (1b) diferem por uma ter uma vogal breve e a
outra vogal longa. A distinção destas duas vogais na ortografia (breves e longas) é obrigatória
porque distingue significados de palavras. Por fazer distinção entre palavras, estas vogais dizem-
se vogais contrastivas.
38
r orupa dormir
s osoma ler
sh eshma massa
t oteka construir
th otheka descascar/bebida
tt otteka abrir
tth ottheka ofensa
v ovava voar
a. labialização/velarização: pw, bw
bw, ttw
w, dw, kw
kw, gw
gw, sw, zw
zw, et
etc.
b. palatalização: py, by, ty, dy, etc.
c. pré-nasalização: mph, mb, nth, nd, nkh, ng, etc.
d. aspiração: ph, th, ch, kh, etc.
Nota: Cada formando, com a ajuda do seu formador, deve procurar exemplos de palavras em
que as consoantes são produzidas com modificação.
2.2.5. Cisena
Segundo Sitoe e Ngunga (2000: 105), o Cisena é falado em quatro província, a saber: Sofala,
Manica, Zambézia e Tete por cerca de 900 falantes segundo o II Recenseamento Geral da
População e Habitação de 1997.
a) Sena Tong
Tonga,
a, fala
falada
da no norte
norte e no cent
centro
ro de Sofal
Sofala,
a, e nas fronteira
fronteirass de Tete e Zambézia
Zambézia
b) Sena Caia (“Sena do Norte”), falada nas províncias de Tete e provavelmente em
Zambézia
c) Sena Bang
Bangwe
we (“Sena
(“Sena ddoo Sul
Sul”),
”), fala
falada
da na B
Beir
eiraa
39
e) Sena Gombe, falada em Caia, Mutarara, Chemba (litoral), Chiringoma e a parte do litoral
da Zambézia
2.2.5.1.Vogais do Cisena
Grafema Exemplo Significado
a mbati dizendo
e kule no chão
i ine eu
o nyoka cobra
u k utuma enviar
Para além das vogais, a língua apresenta um sistema de consoantes que se seguem. os grafemas
bem como os exemplos foram extraídos de Sitoe e Ngunga (2000: 109-111)
2.2.5.2.Consoantes
2.2.5.2.Consoantes do Cisena
Grafema Exemplo Significado
40
m manja mãos
n nana irmã mais velha
p pano aqui
r kuririma afogar-se
s tsisi cabelo
t kutowera perseguir
v kuvala vestir-se
w kutowera perseguir
x xamwali amigo
y yanga meu/minha
z kuzungunuka voltar-se
bh ubhudhu espécie de bebida
bv bvumbe rato
bz kubzala semear
ch chiru ratinho de casa
dh ubhudhu espécie de bebida
dj djanja palma da mão
dz dzai ovo
ng’ ng’ombe boi
ny nyanga corno
pf kupf uma
uma ser rico
a. labialização/velarização: pw, bw
bw, ttw
w, dw, kw
kw, gw
gw, sw, zw
zw, et
etc.
b. palatalização: py, by, ty, dy, etc.
c. pré-nasalização: mph, mb, nth, nd, nkh, ng, etc.
d. aspiração: ph, th, ch, kh, etc.
41
Nota: Cada formando, com a ajuda do seu formador, deve procurar exemplos de palavras em
que as consoantes são produzidas com modificação.
2.2.6. Ciyaawo
CIYAO é uma língua do grupo P.20 (na classificação de Guthrie 1967-71) onde tem o código
P.21. para além do Yao, o grupo P.20 inclui as línguas Shimakonde, Cimwela, Cimakwe dentre
outras. Ciyao é falada principalmente em três países, a saber: Malawi, Moçambique e Tanzania.
O total de falantes nos três países é estimada em cerca de um milhão e meio (Sitoe e Ngunga
2000, Ngunga 2004).
O Yao apresenta um sistema vocálico constituído por dez vogais sendo cinco vogais breves e
cinco
cinco voga
vogais
is lon
longas
gas.. Con
Conside
sidera-s
ra-see que a lí
língua
ngua tem 10 vogais porque a duração da vogal (o
tempo que se leva a se produzir a vogal) distingue significados nesta língua. Veja-se os seguintes
exemplos extraídos de Sitoe e Ngunga (2000):
Grafema exemplo
a kupata ‘obter, adquirir’
e kupeta ‘ornamentar’
i kucima ‘odiar’
o kusoma ‘picar’
u k u puta ‘apagar’
As vogais apresentadas acima são breves. Em 1.b., apresenta-se as vogais vogais longas da
língua
1.b. Vogais longas
a kupaata ‘sacudir/limpar (com a mão)’
e kupeeta ‘peneirar’
i kuciima ‘ofegar’
o kusooma ‘estudar, ler’
u kupuuta ‘bater’
42
As palavras, nos exemplos 1a e 1b, diferem uma da outra pelo facto de a penúltima vogal delas
ser breve em 1a e longa em 1b. Por isso se diga que a língua tenha um sistema com 10 vogais.
Para além das vogais, a língua apresenta um sistema de consoantes. Os grafemas bem como os
exemplos foram extraídos de Sitoe e Ngunga (2000)
k k uk aana negar
l lilasi calvície
m maama mãe
n kunonopa ser duro ou caro
ny kunyana fazer comichão
ng’ ng’ombe boi, vaca
p peete anel
r ndri!... ideofone de campainha
s kuseka rir
t kutiila fugir
v kuvava amargar
w kuwa morrer
y yaala dedos
43
a. labialização/velarização: pw, bw
bw, ttw
w, dw, kw
kw, gw
gw, sw, zw
zw, et
etc.
b. palatalização: py, by, ty, dy, etc.
c. pré-nasalização: mph, mb, nth, nd, nkh, ng, etc.
d. aspiração: ph, th, ch, kh, etc.
Nota: Cada formando, com a ajuda do seu formador, deve procurar exemplos de palavras em
que as consoantes são produzidas com modificação.
Lista de palavras
Singular Plural
39. pe
pess
ssoa
oa ....
......
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
.... ....
......
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
40. rapari
rapariga
ga ......
........
.....
......
.....
.....
......
.....
.....
......
......
......
.....
.. ......
........
.....
......
.....
.....
......
......
......
......
......
......
......
......
.....
..
41. rapa
rapazz ....
......
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
.... . ....
......
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
....
42. crianç
criançaa ......
........
.....
......
.....
.....
......
.....
.....
......
......
......
.....
.. .. ......
........
.....
......
.....
.....
......
......
......
......
......
......
......
......
...
43. cabeç
cabeçaa ......
........
.....
......
.....
.....
......
.....
.....
......
......
......
......
... ......
........
.....
......
.....
.....
......
......
......
......
......
......
......
......
.....
..
44. cabel
cabelo
o ......
........
.....
......
.....
.....
......
.....
.....
......
......
......
......
... ......
........
.....
......
.....
.....
......
......
......
......
......
......
......
......
.....
..
45. face ........................................ .............................................
44
46. bochecha .........................
........................................
............... .........................
.............................................
....................
47. olho ..................................... . ............................................
48. boca .........................
.....................................
............ . .........................
............................................
...................
49. dente ..................................... . ............................................
45
76. pássaro .........................
.....................................
............ ... .........................
..........................................
.................
2.4. Actividades
O aluno deve preencher a tabela comparativa que se segue usando a sua língua materna. Depois
confronta-a na sala de aulas em grupos linguísticos (grupo de falantes da mesma língua). Feito
isso, vão confrontar os resultados com as tabelas das outras línguas existentes na sala de aulas. A
tabelaa comparativa ajuda o aluno a distinguir
tabel distinguir a ortografia que já conhece e esta familiarizado,
familiarizado, a
ortografia do Português, da ortografia das línguas bantu.
Ordem Grafemas
mas Grafemas de Grafemas de (L1) Grafemas que só Listagem de todos
do (L1) ________ com a existem em (L1) os grafemas de
Português ____________ mesma escrita em ______________ (L1)
______________
(L2) com mesma Português (L2) ______________
______________
escrita em mas com som
Português (L2) diferente
1. a
2. b
3. c
4. d
5. e
6. f
7. g
8. h
9. i
10. j
11. k
12. l
13. m
14. n
15. o
16. p
17. q
18. r
1
INDE-UEM
46
19. s
20. t
21. u
22. v
23. x
24. w
25. y
26. z
27.
28.
29.
30.
31.
32.
33.
34.
35.
2.5. Autoavaliação:
Responda a seguintes perguntas com base no quadro comparativo.
1. Qua
Quais
is as pri
princi
ncipai
paiss dif
diferen
erenças
ças entr
entree a ort
ortogra
ografia
fia do Português
Português e da sua língua
língua materna
materna
quando a:
a. Vogais
b. Consoantes
2. Pa
Passe
sse par
paraa o te
teuu cade
caderno
rno e dê
dê,, pe
pelo
lo meno
menos,
s, 4 ex
exem
empl
plos
os de pa
pala
lavra
vrass co
cont
ntend
endoo es
esse
sess
grafemas:
a. 5 con
consoan
soantes
tes modi
modific
ficadas
adas por aaspi
spiraçã
raçãoo [h]
b. 5 consoantes modificadas por labialização [[w]
w]
c. 5 con
consoan
soantes
tes modi
modific
ficadas
adas por
por pré
pré-nas
-nasalizaçãoo [ NC]
alizaçã
d. 5 con
consoan
soantes
tes modi
modific
ficadas
adas mai
maiss de uuma
ma vez
vez
3. Elabor
Elaboree um te
texto
xto de, pelo menos,
menos, 1100
00 palavras,
palavras, so
sobre
bre a sua
sua infância.
infância.
47
Sito
Sitoe,
e, Be
Bent
ntoo e Ar
Armi
mind
ndoo Ngun
Ngunga
ga.. 2000.. Relatório do II Seminário de Padronização da
2000
Ortografia de línguas moçambicanas.
moçambicanas. Maputo: NELIMO, Universidade Eduardo
Mondlane.
48
3. Morfologia Nominal
Com a ortografia das línguas bantu e tendo praticado a sua escrita na unidade anterior, o
aluno sabe escrever a sua língua materna e tem bons conhecimentos da ortografia das outras
línguas existentes na sala de aulas. Nesta unidade, o aluno aprenderá como é que o nome é
organizado nas línguas bantu. Por exemplo, tendo como referência a língua portuguesa, que é a
língua em que mais está familiarizado, o plural nas línguas bantu é formado por prefixação e não
por sufixação (munhu ‘pessoa’ vs vanhu ‘pessoas’). Como se pode ver, para formar o plural em
português basta acrescentar a letra s enquanto para as línguas bantu o prefixo mu- é substituído
pelo prefixo va-. Esta e outras diferenças devem ser do domínio do formando.
49
Classes Prefixos E
Exxemplos Significado
9 N- ngonyama ‘crocodilo’
Como se pode observar, em Citshwa, os nomes são agrupados em 14 classes nominais de acordo
com a sua concordância inicial ou prefixo.
50
tanto em nomes completos como em temas nominais e alteram a semântica nuclear do tema”
como se pode ver nos seguintes exemplos:
1.a. n’wana ‘criança’
vana ‘crianças’
b. tafula ‘mesa’
matafula ‘mesas’
c. Nhloko ‘cabeça’
tinhloko ‘cabeças’
Em (1) estão apresentados nomes distribuídos em classes nominais. Assim, o nome em (1a) está
nas classes 1 e 2 onde o singul
singular expresso pelo morfema mu-
ar é expresso mu- e pelo morfema va-
e o plural pelo va-.. Em
(1b), classes 5 e 6, em que zero marca o prefixo da classe 5 e ma-
ma-aa classe 6. Em (1c), a classe 9 e
por N- e
classe 1º é expressa por N- e a classe 10 por tin-
tin-.. Estes prefixos por serem aqueles em que o
nome é naturalmente inserido, chamam-se prefixos primários pela função que desempenham.
Todos os nomes em (1), podem ser alterados a sua semântica para, por exemplo, expressar a
ideia de pequenez:
2.a. cimunhwana ‘pessoa pequena’
zvivanhwana ‘‘pessoas pequenas’
51
3.1.1.3. Locativização
Locativização é o nome que se dá à localização de coisas no tempo e/ou no espaço. Este processo
é feit
feitoo mo
morfo
rfolo
logi
gicam
camen
ente
te at
atra
ravé
véss de prprefi
efixos
xos com fu funçã
nçãoo secun
secundár
dária
ia.. Em Ci
Cits
tswh
wha,
a, a
locativização é morfologicamente expressa pelo sufixo -eni
-eni,, como se pode ver nos exemplos que
se seguem:
52
Em (6) est
estão
ão apr
apresen
esentad
tadas
as pal
palavra
avrass que não exi
existi
stindo
ndo origin
originari
ariame
amente
nte no Citswh
Citswha,
a, foram
foram
empre
emprest
stad
adas
as de ou
outr
tras
as lí
líng
nguas
uas.. As pa
pala
lavr
vras
as que de
desi
signa
gnam
m comput
computad
ador
or e es
escol
colaa vêm do
Português, mas a palavra que designa livro vem do Inglês book .
53
53
Classes Prefixos E
Exxemplos Significado
1 mu- Mu-nhu ‘pessoa’
2 va- Va-nhu ‘pessoas’
3 mu- N-sinya ‘árvore’
4 mi- mi-sinya ‘árvores’
5 di- di-n’wa ‘laranja’
6 ma- Ma-din’wa ‘laranjas’
7 ci- ci-manga ‘gato’
8 zvi- Zvi-manga ‘gatos’
9 N- Ngonyama ‘crocodilo’
10 Ti(n)- tingonyama ‘crocodilos’
14 (w)u- (w)u-sva ‘farinha de milho’
15 ku- Ku-peta ‘meter, introduzir’
c. tinyo ‘dente’
matinyo ‘dentes’
Em (1) estão apresentados nomes distribuídos em classes nominais. Assim, o nome em (1a) esta
na classe 1 e 2 onde o singular é expresso pelo morfema mu-
mu- e
e o plural pelo morfema va-
va-.. Em
(1b), classes 9 e 10, em que a classe 9 é expressa por N-
N- e
e a classe 10 por tin-
tin-.. Em (1c), as classes
5 e 6 em que, zero marca o prefixo da classe 5 e ma-
ma- o
o da classe 10. Estes prefixos por serem
aqueles em que o nome é naturalmente inserido, chamam-se prefixos primários pela função que
desempenham. Todos os nomes em (1), podem ser alterados a sua semântica para, por exemplo,
expressar a ideia de pequenez:
2.a. ximunhwana ‘pessoa pequena’
svivanhwana ‘‘pessoas pequenas’
b. xinhlokwana ‘cabeça pequena’
svinhlok o ‘cabeças pequenas’
c. xitinywana ‘dente pequeno’
svitinywana ‘dentes pequenos’
Em (2) mostra os nomes vistos em (1) mas, desta vez, adicionados prefixos secundários, pois,
semanticame
semanticamente,
nte, através dos morfemas
morfemas xi- e -ana, exprime-se a ideia de pequenez. Assim, o
b. nhloko y
yiikulu ‘cabeça grande’
tinhloko tikulu ‘cabeças grandes’
c. tinyo rikulu ‘dente grande’
matinyo makulu ‘dentes grandes’
3.1.2.3. Locativização
Locativização é o nome que se dá à localização de coisas no tempo e/ou no espaço. Este processo
é feit
feitoo mo
morfo
rfolo
logi
gica
came
ment
ntee at
atrav
ravés
és de pre
prefi
fixo
xoss co
com
m fufunçã
nçãoo se
secun
cundá
dári
ria.
a. Em Chan
Changa
gana,
na, a
locativização é morfologicamente expressa pelo sufixo – ini i ni ou -eni,
-eni, como se pode ver nos
exemplos que se seguem:
4.a. nsimwini < nsimu+ini ‘na machamba cultivada’
ndlopfhwini < ndlopfhu + ini ‘no elefante’
nomwini < nomu + ini ‘na boca’
b. misaveni < misava + ini ‘na terra’
khaleni < khala + ini ‘no carvão’
mangeni < manga + ini ‘na manga’
xikhambeni < xikhamba + ini ‘no cafuro’
Em (4), apresenta-se a locativização expressa por sufixação do -ini
-ini em
em (4a) e -eni
-eni,, em (4b). Para
além do uso do sufixo -ini
-ini ou
ou -eni
-eni,, a locativização pode ser feita usando o partícula ka-:
ka-:
primeiro processo é extra linguístico e é basicamente movido pelo contacto de povos e pela
necessidade
necessidade denominat
denominativa
iva das novas realidad
realidades
es (Correia e Lemos 2005) ao passo que o segundo
tem
tem a ver
ver excl
exclusi
usiva
vame
ment
ntee co
com
m os fac
facto
tore
ress li
lingu
nguís
ísti
tico
coss e se preocu
preocupa
pa pe
pela
la ac
acom
omod
odaçã
açãoo
fonológica, morfológica e sintáctica do termo importado.
Como se pode ver, os exemplos (2) mostram a função secundária dos prefixos nominais. Ao
cont
contrá
rári
rioo do que se viu em Cit
Citswh
swhaa e Ch
Chan
angan
ganaa em que a diminutivização ou pequenez é
expressa pelo morfema da classe 7 combi
combinada
nada com –ana, em Cinyungwe, esta noção é expressa
através de prefixos nominais da classe 12 (ka-) e da classe
classe 13 (tu-). O aumentantivo por sua vez,
é expr
expresso
esso atra
através
vés da adjunçã palavraa –nkulu
adjunçãoo da palavr –nkulu ‘grande’ à palavra que se pretende avaliar
como se pode ver nos seguintes exemplos:
3. diso dikulu ‘olho grande’
cala cikulu ‘dedo grande’
mwana mukulu ‘criança grande’
Em 3 mostra o aumentativo em Cinyungwe expresso pela palavra - nkulu
nkulu ‘grande’
‘grande’ que tem o
prefixo di-
di- se
se o nome dor da classe 5, ci-
ci- se
se o nome for da classe 7 e mu-
mu- se
se o nome for da classe
1, respectivamente.
3.1.3.2. Locativização
Nesta língua, a locativização é feita por prefixação, i.e., através de um prefixo nominal para
exprimir, nomeadamente: a situação, a direcção e a interioridade.
Em (7) estão apresentadas palavras que não são originariamente de Cinyungwe por isso forma
emprestadas de outras línguas, neste caso do Português. Para as palavras serem bem acomodadas
60
em Nyungwe
Nyungwe per
perdera
deram
m a sua estrut
estrutura
ura inicial
inicial chegad
chegadas
as a esta
esta lí
língua exemplo, o r de
ngua.. Por exemplo,
computador passou para l em
em Cinyungwe e a mesma palavra foi integrada na classe 5 e 6. Para o
palavra professor em
caso da palavra professor em Português, também foi integrada na classe 5 e 6 e a sílaba pro
pro foi
foi
designadamente, pi… e ri
transformada para duas sílabas, designadamente, pi… ri....
61
Como se pode observar, no Sena, os nomes são agrupados em 18 classes nominais de acordo
com a sua concordância inicial ou prefixo.
Como se pode ver, os exemplos (2) mostram a função secundária dos prefixos nominais. Ao
cont
contrá
rári
rioo do que se viu em Cit
Citswh
swhaa e Ch
Chan
angan
ganaa em que a diminutivização ou pequenez é
express
expressaa pel
peloo mor
morfema
fema da cla
classe
sse 7 combinada com –ana
combinada –ana,, em Cisena, esta noção é expressa
( ka-)) e da classe 13 (tu-
através de prefixos nominais da classe 12 (ka- (tu-).
). O aumentantivo
aumentantivo por sua vez,
é expr
expresso
esso atra
através
vés da adjunçã palavraa –nkulu
adjunçãoo da palavr –nkulu ‘grande’ à palavra que se pretende avaliar
como se pode ver nos seguintes exemplos:
3. diso dikulu ‘olho grande’
cala cikulu ‘dedo grande’
mwana mukulu ‘criança grande’
Em 3 mostra o aumentati
aumentativo -nkulu ‘grande’
vo em Cisena expresso pela palavra -nkulu ‘grande’ que tem o prefixo
di- se
di- se o nome dor da classe 5, ci-
ci- se
se o nome for da classe 7 e mu-
mu- se
se o nome for da classe 1,
respectivamente.
3.1.4.2. Locativização
Nesta língua, a locativização é feita por prefixação, i.e., através de um prefixo nominal para
exprimir, nomeadamente: a situação, a direcção e a interioridade.
63
Em (7) estão apresentadas palavras que não são originariamente de Cisena por isso forma
emprestadas de outras línguas, neste caso do Português. Para as palavras serem bem acomodadas
em Ci
Cisen
senaa perde
perdera
ram
m a su
suaa es
estr
trut
utur
uraa in
inic
icia
iall ch
cheg
egada
adass a es
esta
ta lí
líng
ngua.
ua. Po
Porr exemplo,, o r de
exemplo
computador passou para l em
em Cisena e a mesma palavra foi integrada na classe 5 e 6. Para o caso
da palavra
palavra profes
professor
sor em Port
Portuguê
uguês,
s, também
também foi int
integra
egrada
da na classe 5 e 6 e a sílaba pro
classe pro foi
variantes.
66
para os modificar o seu sentido primário. Esses prefixos diz-se que desempenham uma função
secundária. Vejam-se os seguintes exemplos:
1. muxikola ‘no interior da escola’
m’muro ‘no interior do rio’
mwaliteya ‘no interior da adeia’
Os exemplos (1) mostram palavras xi kola
kola ‘escola’, muro ‘rio’’ e eliteya
‘rio liteya ‘aldeia’ com os seus
prefixos primários destacados em negrito,'prefixadas por mu
mu-,
-, prefixo locativo
locativo de interiorid
interioridade.
ade.
Este último desempenha uma função secundária porque junta-se a palavras que já têm um
prefixo primário.
3.1.5. 6. Locativização
Nesta língua, a locativização é feita por prefixação, i.e., através de um prefixo nominal para
exprimir, nomeadamente: a situação, a direcção e a interioridade.
6. m-hina ‘dentro’
Em (6) mostram-se exemplos em que o prefixo mu- é prefixado a nomes para expressar a ideia
de interioridade.
68
As palavras acima (7), não são originais de Emakhuwa por isso foram emprestadas de outras
línguas, neste caso Português. Como se pode ver, as mesmas tiveram que sofrer modificações
nos seus sons para se integrarem melhor ao sistema dos sons desta língua.
69
Como se pode observar, em Yao, os nomes são agrupados em 18 classes nominais de acordo
com a sua concordância inicial ou prefixo.
3.1.6.2. Locativização
Nesta língua, a locativização é feita por prefixação, i.e., através de um prefixo nominal para
exprimir, nomeadamente: a situação, a direcção e a interioridade.
Como se pode ver, os exemplos acima indicam a direcção para a qual alguém ou algo se desloca.
4. tiica ‘professor’
pelesidente ‘presidente’
cibuuku ‘livro’
Em (4) mostram-se palavras que não são do Ciyaawu integradas nesta língua. A palavra
professor vem do Inglês teacher , a palavra presidente vem do Português presidente e a palavra
cibuuku vem
cibuuku vem do Inglês book .
72
Bibliografia
1. -el - aplicativa
2. -is – causativa
3. -isis – intensiva
4. -ek- pseudo-passiva
5. -ul- reversiva
6. -iw- passiva
7. -an – reciprocal
8. -elel - persistiva
74
9. -etel - iterativa
Como anteriormente se referiu, estas extensões verbais podem não ocorrer todas na mesma
língua ou mesmos existir línguas quem mais extensões que as acima listadas.veja-se os seguintes
(1
(1)) Ch
Chan
anga
gana
na:: -v
-von
on-- ‘v
‘ver
er’’
Sugestões Metodológicas
Como ensinar as extensões verbais?
Para se ensinar as extensões verbais numa turma multilingue é necessário
obedecer aos seguintes passos:
(i)
(i) Organ
rganiiza
zarr a ttur
urm
ma em
em ggru
rupo
poss lliing
nguí
uíst
stiico
cos;
s;
(ii
(ii) M an
ande
de maternas:
línguas os al
alun
unos
osver,
trad
traduz
uziirem
remestudar,
comer, um do
dossolhar,
se
segu
guidançar,
int
ntes
es verb
vedormir,
rbos
os para
paetc.;
ra as suas
suas
(iii
(iii)) Inst
Instru
ruaa os al
alun
unos
os para
para qu
quee escre
escreva
vamm no quaquadrdroo ou na sua folh
folhaa de
exercícios os radicais dos verbos traduzidos;
(iv)
(iv) Us Usan
ando
do da llis
ista
ta ddas
as exte
extensõ
nsõeses ve
verb
rbai
aiss aci
acima
ma (pod
(podee usa
usarr apena
apenass 4 ou 5
das 9 extensões verbais acima), sufixe a cada extensão verbal ao radical
e mande os alunos dizerem o significado da combinação entre o radical
e a extensão verbal.
Nota: Quanto mais línguas usar na exercitação, melhor será a compreensão dos
alunos.
Sugestões metodológicas
Para acautelar as diferenças das marcas dos tempos verbais, explore as seguintes frases extraídas
da Lista de palavras do Vocabulário Básico.
(i) (ho
(hoje)
je) nó
nóss lav
lavamo
amoss o prat
pratoo .....
.........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
......
(ii
(ii)) (ho
(hoje
je de ma
manhã
nhã)) nós la
lavám
vámos
os o pra
prato.
to.....
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
......
76
(ii
(iii)
i) (am
(amanh
anhã)
ã) nós lavar
lavaremo
emoss o pra
prato.
to.....
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
....
(i
(iv)
v) (n
(noo pró
próxi
ximo
mo an
ano)
o) nó
nóss lav
lavar
aremo
emoss o pr
prat
ato.
o....... .....
........
......
..............
......
..........
......
..............
..............
..........
...
(v) (on
(ontem
tem)) nó
nóss lav
lavámo
ámoss o pra
prato
to .......
...........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
......
(vi
(vi)) (no ano pas
passad
sado)
o) nós lav
lavámo
ámoss o pra
prato
to....
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
........
......
A tabela acima mostra a conjugação do verbo no tempo passado. A marca do tempo passado é
expresso por -ile colocada na posição final do verbo enquanto o prefixo de concordância é
colocado na posição inicial do verbo.
Na tabela do tempo presente simples, as marcas de concordância com o sujeito, tal como na
tabela do tempo passado, são as mesmas. O tempo presente simples marca-se pela substituição
de ku-
ku- em
em kuja
kuja ‘comer’
‘comer’ na forma infinitiva pelo prefixo de concordância do sujeito.
O presente habitual é marcado pela vogal [a] que ocorre logo depois do prefixo de concordância
do sujeito. Em alguns casos, a vogal do prefixo de concordância de sujeito é apagada pela vogal
[a] da marca do presente habitual. Compare o presente simples do habitual para ver a diferença
estrutural dos dois tempos.
78
O tempo futuro é expresso por -ta- que se encontra logo depois da marca de concordância de
sujeito.
3.2.2.2.1.Passado
Remoto Recente
Infinitivo Significado
ku-tsuk-a ndi-da-tsuk-a nd(i)-a-tsuk-a ‘lavar’
ku-lir-a ndi-da-lil-a nd(i)-a-lil-a ‘chorar’
Presente
Pontual Habitual
Infinitivo Significado
ku-tsuk-a ni-n-tsuk-a ni-mba-tsuk-a ‘lavar’
Futuro
Próximo Distante
Infinitivo Significado
ku-tsuk-a Ni-n-tsuk-a Ni-n-lir-a ‘lavar’
ku-lir-a Ni-n-lira ni-n-lira ‘chorar’
Em Nyungwe, a marca de presente pontual e de passado é o morfema -a- que também pode marcar
presente e de futuro. A vogal /i/ de ndi- apaga-se quando próximo de -a- que marca o tempo o segue
imediatamente. Isto sugere um sistema simplicado de marcação de tempos verbais.
A marca de aspecto habitual é -mba-. Neste caso, tal como acontece em muitas línguas bantu, a
marca de aspecto sobrepõe-se à marca de tempo.
Passado
khorowa omatta
Miyo kho eu fui a machamba
António oho
ohollya enika o António comeu a banana
O temp
tempoo pass
passad
adoo é a co
cons
nstr
truí
uído
do at
atra
ravé
véss da ad
adju
junç
nção -ho- lo
ão de -ho- logo
go depo
depois
is da marca
marca de
conc
concor
ordâ
dânc
ncia
ia com
com o su
suje
jeit
ito.
o. O pr
pref
efix
ixoo do in
infi
fini
niti
tivo
vo ku- é subst
substit
ituí
uído
do pe
pelo
lo pr
prefi
efixo
xo de
concordância e a vogal do prefixo é substituído por -ho-.
Presente pontual
Miyo kin
kinrowa omatta eu vou à machamba
onlya enika
António on o António come a banana
80
Presente habitual
Miyo kini
kinirowa
rowa omatta eu estou a ir a machamba
onillya enika
António oni o António está a comer a banana
O tempo presente habitual é construído através da adição do prefixo –ni-
prefixo –ni- logo
logo depois da marca
de concordância com o sujeito.
Futuro
kinorrowa omatta
Miyo kino eu irei à machamba
António ano
anollya enika o António comerá a banana
O futuro é construído com a adjunção do prefixo -no- logo depois da marca de sujeito. Para a
conjugação de verbos neste tempo o prefixo ku- da marca do infinitivo é substituído pelo prefixo
de sujeito.
(-ni-)
Miyo k horowa
horowa kinrowa
miyo kin kinirowa
miyo kini rowa kinorowa
miyo kino
weyo moho
mohorowa
rowa weyo on
onrowa weyo oni
onirowa
rowa weyo ono
onorowa
rowa
oorowa
owo oo onrowa
owo on onirowa
owo oni rowa onorowa
owo ono rowa
hiyo no
norowa hiyo nin
ninrowa hiyo nini
ninirowa
rowa hiyo nno
nnorowa
rowa
moorowa
nyuwo moo munrowa
nyuwo mun munirowa
nyuwo muni rowa monorowa
nyuwo monorowa
awo aa
aarowa awo an
anrowa awo ani
anirowa
rowa awo ano
anorowa
rowa
81
Passado
Remoto Recente
Infinitivo Significado
Ku-suk-a ndi-da-suk-a nd(i)-a-suk-a ‘lavar’
Ku-lir-a ndi-da-lir-a nd(i)-a-lir-a ‘c
‘ chorar’
Presente
Habitual
Infinitivo Pontual Significado
Ku-suk-a n-a-suk-a ndi-as-suk-a ‘lavar’
Ku-lir-a n-a-lir-a ndi-as-lir-a ‘chorar’
Futuro
Próximo Distante
Infinitivo Significado
Ku-suk-a n-a-dza-suk-a ndi-na-dza-suk-a ‘lavar’
Ku-lir-a n-a-dza-lir-a ndi-na-dza-lir-a ‘chorar’
Obsevando as formas verbais constantes das tabelas, (7) pode concluir-se que, tal como se notou no
estudo da morfologia nominal, a estrutura morfológica do verbo merece também observações como
as que se seguem:
(i) As modifi
modificações
cações gramat
gramaticais
icais (ocorrência
(ocorrência de morfemas
morfemas co-referentes
co-referentes de sujeito
sujeito na estrutura
estrutura
da forma verbal, marcadores de tempo e de aspecto), verificam-se em posição pré-radical, ficando,
portanto, a base verbal indiferente a estas idiossincrasias;
(ii) Em Sena, parece existirem dois morfemas diferentes co-referentes de sujeito (ndi- e ni-) que
estão em distribuição complementar e ocorrem em posição inicial na estrutura da forma verbal. O
morfemaa co-referente de sujeito realiz
morfem realiza-se
a-se ndi- em todos os tempos verbais excepto no presente
pontual e futuro próx imo, onde se realiza ni- . A vogal /i/ de ndi- e de -ni- sofre elisão antes do -a-
próximo,
que
que oc
ocor
orre
re im
imed
edia
iata
tame
mente
nte a segu
seguir
ir.. No
Noss da
dado
doss anali
analisad
sados
os não foi encont
encontrad
radaa ev
evid
idên
ênci
ciaa de
83
ocorrência de /i/ como parte do prefixo marcador de sujeito. Contudo, a evidência dos processos
fonológicos em contextos análogos sugere que a nasal n- seja ni- a nível subjacente.
(iii)A marca do passado remoto é -da- e do passado recente é -a- que também é marca aspectual
perfectivo do presente (pontual) e do futuro próximo.
(iv) O prefixo -sa- marca o aspecto imperfectivo (habitual) no presente e prefixo -na-, futuro,
onde a marca de tempo é -dza-.
(iv) É de notar que a marca de tempo pode se sobrepor à marca de aspecto que, na ausência de
morfema co-referente de objecto, ocorre imediatamente antes de radical. Nos casos em que a
marca de tempo é distinta da marca de aspecto, esta a precede imediatamente, como acontece no
futuro.
2.2.3. Reduplicação
A reduplicação é “um processo de repetição de uma parte ou de todo o tema verbal (Ngunga
2004:181). Este fenómeno é comum nas línguas bantu e visa sobretudo modar a interpretação
semântica do radical verbal. Observe-se os seguintes exemplos extraídos de Ngunga (2004:182):
Changana:
- tlanga-tlanga 'brincar repetidamente'
-famba-famba 'andar repetidamente'
-hu
-hundza
dza-hu
-hund
ndzza 'pa
passsar re
reppetidament
ntee'
Sena:
-fungula-fungula ‘abrir frequentemente’
-gula-gula ‘comprar frequentemente’
-lima-lima ‘cultivar rreepetidamente’
Rhonga:
-famba-famba ‘andar repetidamente’
-jondza-jondza ‘estudar frequentemente’
-tsala-tsala ‘escrever ffrrequentemente’
Como
Como se pode
pode ver dos exempl
exemplos
os aci
acima,
ma, a repeç
repeção
ão do tema
tema verba
verball ori
origin
ginaa novos
novos sig
signif
nifcad
cados.
os.
Normalmente a reduplicação expressa a repeção, a requência, iteravadade.
Sugestão metodológica
Para aperfeiço
aperfeiçoar
ar est
estaa subu
subunid
nidade
ade o form
formado
adorr deve
deve procede
procederr como
como vem procedi
procedindo
ndo nesta
nesta
unidade. Escolhar alguns verbos e repita dos seus temas ou radicais na totalidade. Verá que o
significado do verbo muda
84
uma oração (frase complexa) ou apenas por um verbo (frase elíptica), onde os restantes
constituintes são subentendidos. Esta ideia pode ainda ser recuperada em Ngunga (2004), ao
considerar a frase como uma palavra ou conjunto de palavras dispostas de uma maneira, de
acordo com certas regras, para exprimir um determinado sentido.
Segundo Katupa (1983) apud Ngunga (2005), nas LB, por vezes, nem sempre o núcleo da
F é uma forma verbal. Na verdade, o núcleo pode ser uma cópula, um nome ou um ideofone.
Para estes e outros estudiosos das LB, este aspecto não é marginal na medida em que permite a
frases em verbal e não verbal. A diferença entre estas duas realidades reside no facto
divisão das frases
de, segundo Ngunga (op cit), a frase verbal ter como núcleo uma forma verbal, enquanto a frase
não verbal não é uma forma verbal, mas sim, um nome (frase nominal), uma cópula (frase
copulativa) ou um ideofone (frase ideofónica), como
ideofónica), como mostra o esquema e os exemplos seguintes:
Verbal
Frase
a. Fr
Fras
asee no
nomi
mina
nall
c. Frase ideofónica
Adaptado de Costa
de Costa (2010)
Exemplos:
Nos exemplos (1) temos as frases verbais e as não verbais na língua rhonga. A Frase em (1a.)
porque exibe uma forma verbal de kuda “comer”, destacado a negrito. As restantes frases não
cabem na categoria de frase verbal (FV) na medida em que os seus núcleos não são formas
verbais. Para o caso da língu
línguaa Rhonga, em b. o núcleo é um nome (pronome demonstrativo), em
c., uma cópula e em d.
d. um
um ideofone.
ideofone.
Xirhonga; 1. a. xi londra
londra xi holile
holile “ferida sarou”
b. svilondra svi holile
holile “feridas sararam”
Nos exemplos (1) temos as frases que exibem o sintagma nominal simples e o sintagma nominal
complexo. Os exemplos mostram que nesta língua, quando o SN é simples existe um tipo de
morfema de concordância que se altera, quando o SN passa a ser complexo. Em (1.a), por
exemplo, xi llondra
ondra “uma e única ferrida” faz concordância com o prefixo xi- da classe 6. Quando
alteramos o número para o plural svilondra “muitas ferridas” verifica-se, também a mudança da
marca
mar ca de conc
concordâ
ordânci
nciaa para svi-. Ist
Istoo justif
justifica
ica a agra
agramat
matical
icalida
idade
de das sequênc
sequências
ias *svilondra
xi holile
holile (*ferridas sarrouou) ou *xilondra sviholile (*ferrida sarraram).
Os exemplos em 1.b e 1.c mostram que a concordância nas LB não é um assunto simples.
Existem marcas de concordância conforme a natureza dos seres que corporizam o SN. É que o
SN pode ser constituído por seres (+ Animados) ou seres (-Animados).
b. svilondra svi holile
holile “feridas sararam”
Na construção
construçã o da frase activa, os lugares de predicação
pred icação são os opostos
opos tos daqueles que ocorrem
ocorr em na
frase passiva. Assim, na construção activa, a frase representa a perspectiva centrada a partir do
sujeito que estabelece uma relação com outra (s) entidade (s), que, na frase passiva, se torna o
agente da passiva ( ).
Bibliografia
Chimbu
Chimbutan
tana,
a, Fel
Felici
iciano.
ano. 2002.
2002. Gra
Gramma
mmatic
tical
al Functi
Function
on in Changan
Changana:
a: Types,
Types, Propert
Properties
ies and
Funct
Functio
ionn Al
Alte
terna
rnati
tion.
on. (T
(Tese
ese de Me
Mest
strad
radoo nã
nãoo publi
publicad
cada)
a).. The
The Austr
Austral
alia
iann Nati
Nationa
onall
University.
Fumo
Fumo,, Paul
Paulin
ino.
o. 200
2009.
9. Temp
Tempoo e As
Aspe
pect
ctoo em Rhong
Rhonga. a. In. Ngun
Ngunga,
ga, Armin
Armindo
do .2
.2009
009.. (e
(ed).
d).
Lexicografia e Descrição de Línguas Bantu
Bantu.. Colecção: As Nossas Línguas I. Maputo:
Centro de Estudos Africanos (CEA) – UEM.
Langa, David. 2003. Ideofones em Changana. In. Ngunga, Armindo & Inocêncio Pereira. (eds).
2003. Progressos na
2003. Progressos n a Investigação em Ciências Sociais e Humanas: Actas de Seminário de
Investigação.. Maputo: Imprensa Universitária. PP 59-77
Investigação
Langa, David. 2009. Negation in the Past Tense in Changana (Comunicação apresentada na
Conferência da LASU em Lesoto de 24-28 Novembro de 2009). Maputo: FLCS-UEM.
2.3. Actividades
1. Com rec recursos
ursos a exempl
exemplos,os, expl
explica
ica a diferenç
diferençaa entre vogais e consoantes.
consoantes.
2. Qua
Quanta
ntass vo
vogai
gaiss ex
exist
istem
em em
em Ci
Ciyaa
yaawo?
wo?
a) Indic
dica-as.
-as.
b) Qual é a função da duração voc vocálica
álica nesta língua?
3. O ququee sã
sãoo cl
class
asses
es nnom
omininai
ais?
s?
4. Como é as lí línguas
nguas babantu
ntu form
formam
am o aumenta
aumentativo
tivo e o diminutiv
diminutivo?
o?
5. Apresent
Apresentaa as estestrutura
ruturass morfol
morfológicas
ógicas do
do nome e do verbo,
verbo, em bantu.
6. O ssão
ão exten
extensõe
sõess ver
verbai
bais?
s?
. Fornece 3 exemplos de extensões verbais da sua língua bantu.
7. O qque
ue é umum ver
verbo
bo??
8. Traduz ooss segui
seguintes
ntes vverbos
erbos e conjuga-os
conjuga-os no pr
presente
esente,, passado
passado e futuro.
futuro.
a) Jogar;
89
b) Brincar
9. Identi
Identifica
fica as marcas de tem
tempo
po (MT) das form
formas
as verba
verbais
is conjugadas
conjugadas em
em 6.
10. O que são iideofones
deofones??
11. O que é redupli
reduplicação?
cação?
12. Diferen
Diferencia
cia a reduplicaçã
reduplicaçãoo total verbal da reduplicaçã
reduplicaçãoo parcial
13. Expli
Explica
ca a diferença ent
entre
re a frase verbal e a frase não verbal
verbal..
14. Quando é que se considera que numa frase exist
existee concordância?
concordância?
2.4. Autoavaliação:
1. Recorre
Recorrendo
ndo à língua
língua Ciyaawo
Ciyaawo expli
explica
ca explica
explica a função
função da
da duração
duração vocálica.
vocálica.
2. Com recurso
recurso a exempl
exemplos
os apresenta
apresenta as
as classes
classes nominai
nominaiss da sua
sua LB.
LB.
3. Faz o levantament
levantamentoo de todas
todas as
as extensões
extensões verbais
verbais da sua língu
língua.
a.
4. Traduz ooss segui
seguintes
ntes vverbos
erbos e conjuga-os
conjuga-os no pr
presente
esente,, passado
passado e futuro.
futuro.
a) Escrever
b) Comer
5. Apre
Apresent
sentee 10 ideo
ideofone
foness da sua
sua líng
língua.
ua.
6. Apoian
Apoiando
do se a exemplos
exemplos da sua língua
língua (ou
(ou outra), explic
explicaa a diferença
diferença entre a redupli
reduplicação
cação
total da reduplicação parcial.
7. Elabor
Elaboraa 5 exemplos
exemplos de frases verbais
verbais e igual número de frases
frases não verbais.
verbais.
8. Tra
Traduz
duz as
as segui
seguinte
ntess frases
frases para a sua
sua LB
a. A Maria
Maria gost
gostaa da sua
sua filha
filha - afirmo
afirmouu a Sandra
Sandra..
b. Peço a sua caneta vermelha – afirmou a Júlia
c. Ond
Ondee está
está a chave
chave de carro
carro – pergun
perguntou
tou o pai
pai ao empreg
empregado
ado
d. Não quero
quero a sua ajud
ajudaa – replic
replicou
ou a aluno
aluno à sua
sua amiga
amiga
e. No próxim
próximoo ano passa
passarei
rei de clas
classe
se – promet
prometeu
eu a filha
filha ao pai
a) Em que
que discur
discurso
so estão
estão as
as frases
frases tradu
traduzid
zidas?
as?
b) Passa-as para o discurso
discurs o contrário.
90
9. Col
Coloca
oca A nas
nas frases
frases activa
activass e P nas frases
frases passi
passivas
vas
a) Nyama ya patu yidiwil
yidiwilee hi xipixi.
xipixi. “carne
“carne de patu
patu foi comida
comida pelo
pelo gato”
gato”
b) Xinyanyana xihluviwile hi muhloti. “pássaro foi depenado pelo caçador”
caçador ”
c) Marhung
Marhungana
ana axavile
axavile ximar
ximarhi.
hi. “alfaia
“alfaiate
te comprou
comprou agulha”
8.1.
8.1. As fr
fras
ases
es es
estã
tãoo no
no dis
discu
curs
rsoo dir
direc
ecto
to..
8.2.
8.2. Ao cr
crit
itér
ériio do fo
form
rman
ando
do..
a) A escola
escola que foi
foi constru
construída
ída no ano
ano passado
passado tem racha
rachas.
s.
b) O meu trabalhador não veio.
c) Os meus
meus tra
trabal
balhad
hadores
ores não vie
vieram
ram
d) A cadei
cadeira
ra plást
plástic
icaa não dur
duraa
e) As cadeir
cadeiras
as plás
plásti
ticas
cas não dur
duram
am
12. Indica a marca de negação na frase 4.5, traduzida.
Sito
Sitoe,
e, Be
Bent
ntoo e Ar
Armi
mind
ndoo Ng
Ngun
unga
ga.. 2000.. Relatório do II Seminário de Padronização da
2000
Ortogra
Ortografia
fia de lí
língua
nguass moç
moçamb
ambica
icanas
nas.. Ma
Mapu
puto
to:: NE
NELI
LIMO
MO,, Uni
Unive
versi
rsida
dade
de Ed
Edua
uardo
rdo
Mondlane.
93
Duração da Unidade: 03
4.1 Introdução
Estimado formador, depois de termos discutidos aspectos da gramática das línguas bantu de
Moçambique, nesta unidade vamos abordar as formas de tratamento (horizontais vs verticais) , a
conversa directa (em contextos formais e informais) e também debater temáticas transversais, em
na
nass nos
nossa
sass língu
línguas
as.. Os de
deba
bate
tess ver
versar
sarão
ão so
sobre
bre asp
aspec
ecto
toss ac
actu
tuai
aiss do pa
país
ís e so
sobre
bretu
tudo
do,, da
comunidade onde o Instituto está inserido, como forma de motivar os formandos a uma
participação efectiva. Daí que se
s e justifica a participação destes no processo de selecção
se lecção de temas.
A realização de debates visa fundamentalmente oferecer, ao futuro professor, uma oportunidade
de aplicar, em situação real de comunicação, algumas palavras e expressões apreendidas nas
unidades passadas, condição fundamental para o desenvolvimento de habilidades de expressão
oral, na sua língua bantu.
XXXXXXXXXXXXXX
94
b. Como é que o filho fala com os pais ou outros legítimos superiores?
f. Na sua ccomuni
omunidade,
dade, que papel ttem
em cada membro da família
família (pai,
(pai, mãe,
mãe, filho,
filho, filha,
filha,
etc) nas actividades do quotidiano?
Nota: O professor ao colher as respostas dos temas acima sugeridos estará, ao mesmo tempo, a
ver que os alunos apresentam culturas diferentes e que as mesmas devem ser respeitadas como
tal. Lembre-se que quanto mais sabemos das nossas diferenças, melhor nos conhecemos e nos
respeitamos.
4.4.1.Debates
Uma vez escolhido o tema, o sucesso do debate depende muito da sua preparação. Por
isso,
isso, nas
nas linha
linhass seg
segui
uint
ntes
es of
ofere
erece
cemo
moss al
algu
guma
ma in
infor
forma
maçã
çãoo qu
quee esper
esperam
amos
os qu
quee auxil
auxilie
ie os
preparativos e a realização.
4.4.1.2. Preparação
. Escolha de assunto (simples e que desperte o interesse da turma);
. Disponibilização de material de consulta
. Acompanhamento dos alunos na exploração dos materiais
. Estruturação da sala de aulas, tendo em conta o número de participantes
. Ornamentação da sala de aulas tendo em conta o tema
. Escolha de animadores
. Escolha de secretários
4.5. Autoavaliação
“ Produção Oral ”,
Tendo em conta a natureza da unidade “ Produção ”, não vamos sugerir actividades de
fundo. Contudo, pensando na futura função de docência, elaboramos algumas questões:
1. Exp
Explic
licaa a im
impor
portân
tância
cia ddee debate
debatess no PE
PEA.
A.
2. Que aaspecto
spectoss é precis
precisoo aca
acautelar
utelar na pre
preparação
paração de debates.
debates.
3. Qual é o ppapel
apel ddoo mod
moderador
erador durant
durantee a re
realiza
alização
ção do debate.
debate.
2. Dura
Durante
nte a prepar
preparacao
acao de debat
debates
es é necessá
necessário
rio (i) esco
escolhe
lherr um assu
assunto
nto “polém
“polémico
ico”,
”, (ii)
disponibilizar o material de consulta, (iii) estruturar da sala de aulas, (iv) escolher os
animadores e (v) escolha os secretários.
3. Dura
Durante
nte o debat
debatee o animad
animador
or (i) lança o debate,
debate, expli
explicand
candoo com clareza
clareza o assunto
assunto,, (ii)
orienta o uso da palavra, (iii) estimula os participantes de modo a expressarem as suas
opiniões livremente, (iv) assegura a não discussão de assuntos marginais e (v) controla o
tempo.
Unidade IV
IV:: Tipologia Textual
Duração da Unidade: 18
5.1. Introdução
Na unidade anterior passámos em revista as formas de tratamento adequadas ao
relacionamento entre os membros de uma família, entre amigos bem como ao diálogo com os
superiores hierárquicos, em situações formais e informais. Em debates formais, expressou as
suas opiniões e convições de modo a “convecer” os colegas. Aprendeu a usar da palavra “o
poder” em situaçoes formais. Esperamos que tenha enriquecido as suas experiências não só
linguísticas, mas sobretudo da vida em comunidade.
Agora estamos na última unidade do Módulo. Ela está reservada à tipologia textual em
bantu. Nela, o formando vai aprofundar os seus conhecimentos em matéria da Tipologia Textual.
Falamos dos Textos Funcionais (aviso, anúncio, requerimento, convite, carta formal e informal),
Literários (narrativo,
Textoss Literários
Texto descritivo, exp
exposi
ositi
tivo
vo/a
/argu
rgume
ment
ntat
ativ
ivoo e po
poét
étic
ico)
o) e de Textos
Informativos (notícia e reportagem). Também vai recolher e resumir algums textos (contos e
lendas)
lendas) da sua com
comuni
unidade
dade li
linguí
nguísti
stica.
ca. A inc
inclusã
lusãoo destes
destes conteúd
conteúdos
os nest
nestee program
programaa visa
visa
possibitar a aplicação de conhecimentos sobre a ortografia e sintaxe das línguas bantu de
Moçambique.
5.3. Metodologia
O estudo de textos de carácter informativo, reflexivo, argumentativo e literário utilizando
técnicas
técnicas e final
finalidades
idades específi
específicas
cas em diferente
diferentess contextos
contextos não é específico
específico de línguas
línguas bantu. Na
verdade, a estrutura dos diferentes tipos de textos não varia de uma língua para a outra. Por isso,
neste módulo este tema não será desenvolvido, cabendo ao senhor formador a tarefa de usar os
materiais das disciplinas de língua portuguesa ou da língua inglesa. Todavia, tratando-se de
línguas bantu, é preocupação deste módulo sugerir algumas indicações metodológicas como se
pode ver a seguir:
Depois de o formador ter dado a estrutura do texto que pretende ensinar, bem como as
suas características, as principais actividades das aulas vão se desenvolver em grupos de
língua (i.e. formar grupos de alunos que falam a mesma língua);
Note-se que esta unidade visa acima de tudo, pôr os alunos a praticar a ortografia das suas
línguas e a redigir e a interpretar os diferentes tipos de texto. Apostamos na criatividade do
formador. Em anexo, sugerimos os aspectos a trabalhar, durante a interpretação de textos de
vária natureza.
100
5.4. Autoavaliação
1. Elabo
Elabora
ra (na
(na sua llín
íngua
gua ban
bantu
tu):
):
2. Ao cr
crité
itério
rio do fo
forma
rmando
ndo e do formad
formador.
or.
5.6. Bibliografia C
Co
omplementar:
Bran
Branco,
co, Pedro
Pedro.. (Edt
(Edt).
). 1996. Língua Portuguesa 5. 2ª Edição. Lisboa: Constância Editores,
1996.
Portugal.
Ngunga, Armindo. 2001. Writing in Ciyao: The past and the Future. In Pfaffe (ed). Cross-
Border Languages within the Context of Mother Tongue Education.
Education .
Wilkes, A. 1985. Words and word division: A study of some orthographical problems in the
problems in the writing sys
systems
tems of the Ng
Nguni
uni and Sotho Languages
Languages.. Pretoria: University of
Pretoria.