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Apostila D Máquinas de Elevação 2012
Apostila D Máquinas de Elevação 2012
MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO E
TRANSPORTES
1
INDICE
2. VEÍCULOS DE TRANSPORTE
2.1. Determinação da Potência de Translação
2.1.1. Cálculo da Resistência ao Movimento
2.1.2. Seleção da Motorização e Freio
2.1.3. Exemplo de Cálculo
2.2. Dimensionamento da Estrutura
2.2.1. Definição da Geometria do Veículo
2.2.2. Estimativa do Peso. Condições de Carregamento. Tensões Admissíveis
2.2.3. Exemplo de Cálculo
2.3. Projeto do Sistema de Acionamento
2.3.1. Definição do Arranjo do Sistema de Acionamento
2.3.2. Cálculo da Redução
2.3.3. Cálculo dos Elementos da Transmissão.
3. MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO
3.1. Meios de Elevação
3.1.1. Elementos de Máquina para Transmissão por Cabos de Aço.
3.1.2. Dispositivos destinados ao Manuseio de Carga.
3.1.3. Guinchos.
3.1.4. Determinação da Potência do Motor do Sistema de Levantamento.
3.1.5. Seleção e Dimensionamento dos Componentes Mecâncios da Elevação.
3.1.6. Exemplo de Cálculo.
3.2. Mecanismos de Translação
3.2.1. Potência do Motor de Translação.
3.2.2. Arranjo do Mecanismo de Translação.
3.2.3. Dimensionamento de Rodas e Trilhos.
2
3.2.4. Exemplo de Cálculo.
3.3. Estrutura Metálica das Máquinas de Levantamento
3.3.1. Considerações Gerais para Estrutura de Pontes Rolantes.
3.3.2. Cargas e Forças.
3.3.3. Considerações Básicas para as Tensões Admissíveis.
3.3.4. Estrutura da Ponte e do Carro.
3.3.5. Exemplo de Dimensionamento da Viga Principal da Ponte Rolante.
4. TRANSPORTADORES CONTÍNUOS
4.1. Transportadores de Correia.
4.1.1. Informações Iniciais.
4.1.2. Características Básicas da Correia e dos Roletes.
4.1.3. Cálculo da Potência de Acionamento.
4.1.4. Cálculo das Tensões na Correia.
4.1.5. Especificação da Correia.
4.1.6. Cálculo e Dimensionamento dos Tambores.
4.1.7. Esticador do Transportador.
4.1.8. Especificação do Conjunto de Acionamento.
4.1.9. Especificação dos Freios e Contra Recuo.
4.1.10. Projeto da Estrutura do Transportador.
4.2. Outros Transportadores Contínuos.
4.3. Exemplo de Dimensionamento de um Transportador.
5. PLANO DE RIGGING
3
PREFÁCIO
4
1. INTRODUÇÃO – BASES PRINCIPAIS DO ESTUDO
5
1.3 - Seleção e Especificação de Componentes
I. Veículos de Transporte
6
II. Meios de Elevação
A) Talhas
- Polias
- Talhas helicoidais
- Talhas de engrenagem frontal
- Talhas elétricas
- Carros de ponte para talhas
B) Guinchos
- Guinchos de cremalheira
- Macaco de rosca
- Macaco hidráulico
- Guinchos manuais
- Guincho móvel manual
- Guinchos acionados por motor elétrico
C) Guindastes
- Guindastes de ponte (pontes rolantes)
- Guindastes móveis de paredes
- Guindastes de cavaletes (pórticos e semi-pórticos)
- Pontes de embarque
- Guindaste de cabo
A) Correias Transportadoras.
B) Transportadores Articulados: Esteira Articulada, Transportador de Canecas,
Transportador Circular, Transportador Raspador e Transportador de Correntes.
C) Hélices Transportadoras.
D) Transportadores Oscilantes.
E) Mesas de Rolos
F) Instalações Pneumáticas e Hidráulicas de Transporte.
7
2. VEÍCULOS DE TRANSPORTE
8
2.1. Determinação da Potência de Translação
No caso de rodas de aço sobre trilhos os cálculos detalhados podem ser obtidos nas
referências (Dubbel e Ernst Vol. I).
b) Resistência à Inclinação (Fi): Neste caso devem ser consideradas as forças devido a
influência da aceleração da gravidade no plano inclinado.
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a) Potência do Motor para Velocidade Constante e Trecho Horizontal (P h):
Deve ser calculado na expressão a seguir:
Fr V
Ph (W)
η
Onde:
Fr = Ft x R (Ft corresponde ao peso total sobre as rodas de apoio) – (Newtons)
b) Potência do Motor para Velocidade Constante com Inclinação (Pi): Neste caso
devem ser consideradas as forças conforme um plano inclinado. A expressão para o
cálculo é obtida a seguir:
Fr Cos ( α ) V Ft Sen ( α ) V
Pi (W)
η η
Onde:
α = Inclinação da pista, (normalmente deve ser considerado valor mínimo de 5%)
Ft V
2
P at (W)
g ta η
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- Massas em Rotação: A aceleração das massas em rotação do motor de
acionamento, das engrenagens, acoplamentos, etc. requer, no raio da roda motriz uma
força perimetral:
1 ω ω ω 1 a
Far Θ 1 ε 1 1 Θ 2 ε 2 2 .......... Θ n ε n n Θ red ε Tr Θ red 2 (Newtons)
r ω Tr ω Tr ω Tr r
r
2 2 2
ω ω ω
Θ red Θ 1 1 Θ2 2
ω
.......... .. Θ n n
ω
ω Tr Tr Tr
Onde:
Far = Resistência a Aceleração das Massas de Rotação – (Newtons)
Θ = Momento de Inércia do Componente Rotativo – (kgxm2)
ε = Aceleração Angular – (1/s2)
ω = Velocidade Angular – (1/s)
Θred = Momento de Inércia Reduzido para o Eixo da Roda Motriz - (kgxm2)
εTr = Aceleração Angular da Roda Motriz – (1/s2)
ωTr = Velocidade Angular da Roda Motriz - (1/s)
r = Raio da Roda Motriz – (m)
a = Aceleração – (m/s2)
Tar Far r (N m)
Considerando o tempo de aceleração ta em segundos e substituiindo o valor da
velocidade angular, temos:
V V
ω Tr e a
r ta
Θ red V
2
P ar (W)
r ta η
2
11
O cálculo da Potência de Aceleração Pa é obtido pela soma de Pat e Par.
Ft V Θ red V
2 2
Pa (W)
g ta η r ta η
2
Ft V
2
A potência mínima requerida para o motor deve ser escolhida com as seguintes
condições:
Pm = Ph ou Pm = Pi
(2) Quando Pa ≥ Ph ou Pa ≥ Pi
Para a especificação da rotação do motor deve ser definido o valor da redução para
obter a velocidade especificada para o veículo.
Após a definição da rotação deve ser escolhido o motor no catálogo dos fornecedores.
O freio do veículo é montado no eixo do motor da translação. A especificação do freio
depende do torque do motor especificado. Para o freio eletromagnético o torque mínimo
de frenagem deve corresponder a 50% do torque do motor.
Temos que:
Peso Total: Ft = 2600000 (N)
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- Garantir a acomodação da carga;
- Permitir a colocação e retirada da carga no veículo com os recursos
disponíveis;
- Não interferir com a instalação existente;
- Permitir a instalação do conjunto de acionamento;
- Facilitar o acesso para a manutenção.
Além dos fatores descritos acima, as características da geometria pode influenciar nos
esforços estruturais, principalmente no que se refere a concentração de tensões.
A escolha de uma geometria adequada também pode permitir a redução do peso da
estrutura.
A figura 1 mostra duas formas construtivas para um veículo usado em uma mesma
aplicação. A figura 1.a mostra um tipo de construção onde o conjunto de acionamento
esta aciplado a apenas dois conjuntos de rodas. Na figura 1.b o veículo pode ter até 4
conjuntos de motorizações independentes acoplados diretamente aos conjuntos de rodas.
Esta condição garante uma maior confiabilidade ao veículo 1.b, porém o custo do
investimento é muito superior.
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Figura 1.b: Carro com 4 Motorizações e 4 Conjuntos de Rodas Motrizes
Figura 1: Modelos de Carros de Transferência
15
carregamento podem ser determinadas com base em normas para a construção deste
tipo de equipamento, para este caso recomenda-se o uso da NBR 8400.
A construção de um veículo de transporte envolve o uso de materiais e métodos de
fabricação que devem garantir a resistência da estrutura às diversas solicitações de
carregamento. Para a grande maioria das aplicações já existem os materias e métodos
normalizados que garantem o desempenho da máquina. Através de ensaios mecânicos,
incluindo testes de fadiga, são definidos os limites de resistência à ruptura, escoamento e
fadiga dos materiais. Aplicando as condições de carregamento na estrutura do
equipamento, são calculadas as tensões de trabalho. Com base nas propriedades dos
materiais e considerando os fatores de segurança da aplicação e as concentrações de
tensões, são definidas as tensões admissíveis para o projeto. A Norma NBR 8400
apresenta critérios para a definição da tensão admissível para diversos materiais
utilizados na construção de equipamentos para a movimentação de cargas.
No dimensionamento da estrutura do equipamento devem ser considerados os
diferentes critérios de dimensionamento que envolvem: a ruptura, o desgaste ou a fadiga
do equipamento. Em função do critério adotado deve ser comparada a tensão de trabalho
calculada com a respectiva tensão admissível referente ao material. Por exemplo, a
estrutura dimensionada pelo critério de fadiga deve levar em consideração a carga que
representa o ciclo médio de trabalho do equipamento. Porém, a mesma estrutura deverá
suportar as condições extremas de solicitação, que são representadas pelas cargas
máximas. Pelo critério da fadiga a tensão calculada é comparada com a tensão
admissível à fadiga, pelo critério de ruptura a tensão máxima calculada é comparada com
a tensão admissível à ruptura.
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(1) Determinar os pontos de aplicação da carga;
(2) Calcular as reações de apoio;
(3) Calcular o momento máximo;
(4) Determinar as propriedades da secção de momento máximo;
(5) Calcular os níveis de tensões nos pontos críticos da secção;
(6) Comparar com a tensão admissível do material.
(1) Determinar os pontos de aplicação das cargas: Com base na figura 1.a são
definidas as cargas aplicadas à estrutura, conforme figura 2.
Na figura 2 temos:
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Considerando os dados da figura 2 são obtidas as equações:
R 1 R 2 W1 W 2 W 3 W 4
R 1 R 2 2507000 (N)
Obs: O valor de 260 toneladas considera o peso dos 4 conjuntos de rodas que não
estão apoiados sobre a estrutura do carro.
7,4 R 1 1 , 0 R 2 3 , 9 W 1 4 , 7 W 2 8 ,15 W 3 8 , 0 W 4
R1 = 1272000 (N)
R2 = 1235000 (N)
3 ,9 w q
2
1,5 W 1
M A 2 , 9 xR 2
4 8
Obs: O valor wq corresponde à carga distribuída W 2 na extensão de 9,4 metros da
viga principal. Portanto: wq = W 2/9,4 = 39361,7 (N/m).
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(4) Determinar as propriedades da secção de momento máximo: Para o cálculo da
tensão máxima deve ser calculado o módulo de resistência à flexão.
A figura 3 apresenta as dimensões da secção crítica A.
A seguir é apresentado o cálculo do módulo de resistência à flexão da viga (Z A). Neste
caso a viga é simétrica em relação ao eixo horizontal, portanto o módulo de resistência
superior e inferior são iguais. A seccão da viga foi subdividida em componentes (a, b, c, d,
e), sendo calculado primeiramente os momentos de inércia individuais e posteriormente o
módulo de resistência à flexão combinado.
b c d
e
Figura 3: Secção da Viga Principal na Região Crítica
1
1190 25 25 1190 457 , 5
2 2
Ia 6228410417
12
1
19 890
3
Ib 1116200917
12
1
22 890
3
Ic 1292443167
12
1
22 890
3
Id 1292443167
12
1
1190 25 25 1190 457 , 5
2 2
Ie 6228410417
12
I 16157908090
Tabela 3: Cálculo do Momento de Inércia da Secção Crítica
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Com o valor de I calcula-se o valor de ZA.
I
ZA (H 940 mm)
(H / 2)
ZA = 34378528 (mm3)
MA 305683360
σA 4 , 45 ( kgf / mm )
2
2 ZA 2 x 34378528
A tensão de trabalho deve levar em consideração alguns fatores relacionados às
condições da aplicação. Estes fatores são estabelecidos em normas.
No caso deste carro é utilizada a NBR 8400/1984 item 5. Serão considerados o
coeficiente dinâmico Ψ e o coeficiente de majoração da carga M x nos seus valores
máximos:
σ tA σ A ψ M x 4 , 45 1 , 6 1 , 45 10 , 324 (kgf/mm
2
)
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A tensão admissível conforme NBR 8400 para σescoamento/ σruptura = 0,625 < 0,7, será:
σadm. = σescoamento/1,5 = 17 (kgf/mm2)
A tensão admissível com relação à fadiga é definida nos gráficos e tabelas do Anexo
G da NBR 8400. Para o aço ASTM A36 obtemos que o valor de tensão admissível quanto
a fadiga para estrutura de construção soldada é da ordem de 16 (kgf/mm 2).
Verificamos que os valores das tensões admissíveis são superiores ao valor da tensão
de trabalho.
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protenção apresentam desgaste excessivo, o que requer trocas periódica destes
componentes.
A figura 1.b apresenta uma vista em planta de um veículo com quatro conjuntos de
acionamento independentes. Para situações de emergência este equipamento esta
dimensionado para trabalhar com apenas dois conjuntos motrizes. A redução é feita por
redutor fechado, não existindo nenhuma engrenagem exposta. Os custos de instalação
deste sistema é superior ao representado na figura 4, porém a confiabilidade será muito
superior.
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nm
it
nr
Substituindo a equação da rotação da roda tem-se:
π dr nm
it
V
A redução pode ser feita em um único redutor (figura 1.b) ou em reduções
consecutivas (figura 1.a e figura 4).
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Figura 5: Motorização aplicada no Veículo da Figura 1.b – Acionamento direto na roda
a) Especificação do Motor:
No item 2.1.3. foi calculada a potência mínima requerida para o motor elétrico, sendo
obtido o valor de 57,81 (KW). Para as condições reais da aplicação este veículo também
deve ser utilizado para algumas operações de emergência. Nestas situações este veículo
será utilizado para rebocar outro equipamento no mesmo caminho de rolamento (ver
memorial de cálculo Kawasaki). Nesta condição será necessária uma potência de 75
(KW), já considerando a disponibilidade de motores padronizados.
A especificação da rotação do motor depende do diâmetro da roda e da redução total
do sistema. O valor do diâmetro da roda é definido em função do peso total do veículo e
da carga, conforme item e.1.4 este valor é de 800 mm. A taxa de redução é definida em
conjunto com a rotação do motor. A rotação do motor é definida pelo número de polos.
Neste caso será adotado um motor de 900 rpm, 8 pólos. Para motores com rotação
superior seria necessária uma taxa de redução muito elevada para o espaço disponível.
Com este motor a taxa de redução total será de 1/56,55, conforme equação do item 2.3.2.
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A especificação completa do motor é a seguinte:
Item Valor Observação
Potência 75 KW Dimernsionamento
Número de Polos 8 Define a rotação
Fator ED 40% Classe de Utilização
Rotação 900 rpm Definido pela velocidade
Carcaça Normalizada 315 M Ver catálogo fornecedor
Classe de Isolação F Característica da Aplicação
Voltagem 440 V Alimentação elétrica
Frequência 60 Hz Alimentação elétrica
GD2 24 kgxm2 Θ = GD2/4 (ver. unidades)
Corrente máxima do motor 130 Ampéres Especificação do motor
Torque máximo do motor 81 kgfxm x 150% Controle do Painel
Torque na partida 81 kgfxm x 100% Controle do Painel
A escolha do motor é feita nos catálogos dos fabricantes com base nas
especificações da tabela.
b) Especificação do Freio:
As especificações do freio devem seguir as características do motor. Para esta
aplicação o torque nominal do freio deve ser o mesmo do motor.
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c) Redutor:
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E ngrenagem de S aída
E ixo de S aída
Este redutor terá a redução total de 1/28,91, sendo a redução final realizada pela
transmissão por engrenagem das rodas.
Os critérios de cálculo seguem a Norma AGMA 420.04 (Practice for Enclosesd Speed
Reducers or Increasers Using Spur, Helical, Herringbone and Spiral Bevel Gears).
A tabela 6 a seguir apresenta as características geométricas básicas para a
verificação do dimensionamento das engrenagens.
O dimensionamento destas engreagens deve atender dois requisitos para garantir o
desempenho requerido:
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Dados Gerais das Engrenagens
Primeiro Par Segundo Par
Ref. Nome
Pinhão Coroa Pinhão Coroa
- Tipo de Engrenagem Engrenagem Helicoidal Engrenagem Helicoidal
D.P. Diametral Pitch Normal (1) 4,233 3,175
Φn Ângulo de Pressão Normal 20o 20o
Φa Ângulo de Pressão Axial 20o33’ 20o12’
N Número de Dentes 16 (LH) 89 (RH) 15 (RH) 78 (LH)
ψ Ângulo de Hélice (2) 13o32’10” 13o32’10” 8o21’53” 8o21’53”
d Diâmetro Primitivo (Pitch Diam.) 3,8875 21,624 4,775 24,831
(3)
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1) Resistência do dente à fadiga: refere-se à capacidade da engrenagem transmitir a
potência requerida sem que ocorra a ruptura do dente por fadiga:
np d K v F J S af K
P af L
(AGMA 221.02)
126000 K o Km K s Pd K R
K T
J
P af K 1 K 2 K 3 (AGMA 420.04)
Pd
29
np d
K1 Kv 0,025 0,005 AGMA 420.04 fig. C4
126000
F
K2 3,7 6,9 AGMA 420.04 fig. C7
Km
P af 462 , 60 (HP)
0 , 58
Paf 0 , 025 3 , 7 42800
- Engrenagem 4 ,115
P af 558 , 00 (HP)
Todos os valores obtidos acima são superiores ao valor requerido de 104 HP.
No caso da AGMA 420.04 está previsto a utilização do fator C SF, cujo valor máximo
neste casoé 2. Neste caso o valor mínimo de potência será 231,3 HP (considerando o
pinhão) que é superior ao valor requerido de 104 HP.
30
No caso da AGMA 221.02 o fator Ko considerado com valor superior a 1, sendo o valor
máximo da tabela 3 igual a 2,25. Neste caso a potência admissível será de 165,22 HP
(considerando o pinhão), que ainda é superior ao valor requerido de 104 HP.
P af 212 , 98 (HP)
0 , 57
- P af 0 , 005 6 , 9 42800
3 ,175
Engrenagem
P af 265 ,10 (HP)
31
Pac C 1 C 2 C 3 C 4 (AGMA 420.04)
32
Tabela 8:Valores Referentes ao Cálculo de Resistência ao Desgaste
AGMA 420.04 e AGMA 211.02
Pinhão do Primeiro Par - Capacidade de Potência pela Resistência do Dente -
Desgaste
2
900 4 , 724 0 , 237 0 , 72 120000 0 , 72 1 1 , 01
Pac
AGMA 211.02 126000 1 1,5 1 1 2300 11
W
Wr n
t
Wa
Wt
I II
W t1
900 rpm
Wa
R2 R1
33
c.2.1.1) Cálculo das Forças de Engrenamento:
Φn = 20o e ψ = 13,54o.
P 75000 (W)
T1 795 , 8 (N m)
ω1 94,25 ( rd s)
T1 2 795 , 8 2 1000
W t1 16119 (N)
d p1 3 , 8875 25 , 4
As forças serão divididas em dois planos: plano das forças radiais e forças
tangenciais.
ΣF = 0
ΣM = 0
R 1 r R 2 r 6034 , 6
R 2 r 105 R 1 r 375
R 1 t R 2 t 16119
R 2 t 105 R 1 t 375
34
Plano Radial R1r = 1320 (N) R2r = 4715 (N)
Plano Tangencial R1t = 3526 (N) R2t = 12593 (N)
2 2
M If M Ir M It 1176596 , 7 (Nxmm) (Momento de Flexão)
Mf = 11994 (Kgfxcm)
Mt = 8112 (Kgfxcm)
M Ie
1
2
11994 11994
2
8112
2
13237 (Kgf cm)
O valor da tensão equivalente na secção crítica, com diâmetro de 83 mm, será obtida
na equação:
M Ie M Ie 32 13237 32
σ Ie σ Ie 236 (Kgf/cm
2
)
π 8 ,3
3 3
Z fI π dI
σ Ie 2 , 36 (Kgf/mm
2
)
35
O Limite de Resistência à Fadiga do Material (σIfa) é obtido nos gráficos de
propriedades do material. Considerando a NBR 8400, para o aço de 70 daN/mm 2 (Figura
40), tem-se:
σ Ifa 35 (daN/mm ) 35 , 7 (Kgf/mm
2 2
)
K If 2 1 , 65 1 1 3 , 30
Portanto:
σ Iaf σ Ie 2 , 36 (Kgf/mm
2
)
36
C.2.1.5) Esmagamento da Chaveta:
Fe
T1 8112 8112
Fe Fe 2028 (Kgf)
d 2 8/2 4
37
Primeiramente deve ser determinada a Carga Dinâmica Equivalente (Ver item c.2.1.1 e
c.2.1.2).
P X Fr Y Fa
Para a condição de melhor distribuição de carga o rolamento fixo, que recebe a carga
axial, neste caso deve ficar do lado de menor carga radial. A reação R 1 é menor do que
R2, portanto a carga axial deve ser aplicada do lado de R1.
2 2
F1 r R 1r R 1t F1r 384 (Kgf)
Fa W a Fa 396 (Kgf)
X = 0,67 e Y = Y2 = 4,40.
P1 0 , 67 384 4 , 40 396 257 , 28 1742 . 4 2000 (Kgf)
No caso da posição 2, que somente recebe a carga radial (rolamento livre) tem-se:
P2 F2 r 1371 (Kgf)
38
C.2.2) Eixo Intermediário:
W r2
W t2
161,80 rpm
16,94 rd/s
W a1 W a2
W t1
W r1
E squem a das
R4 R3
F orças de E ngrenam ento
39
VI V VI
W a2
Estes componentes são utilizados para transmitir o torque desde o motor, passando
pelo redutor até atingir o eixo de acionamento das rodas motrizes.
Os fatores que determinam o dimensionamento são: torque e rotação.
No caso dos acoplamentos devem ser utilizados componentes padronizados. Existem
diversos tipos e modelos de acoplamentos que podem ser aplicados nos equipamentos de
movimentação de carga. Atualmente existem modelos com elastômeros que ocupam
espaço nas diversas partes da transmissão, este tipo de acoplamento não necessitam a
lubrificação.
Para os equipamentos de maior capacidade normalmente o acoplamento mais
utilizado é o de engrenagens. A especificação feita com utilização do catálogo do
40
fabricante, considerando o torque e a rotação no ponto da instalação, também deve
considerar o fator de serviço para a aplicação. Porém, na maioria das aplicações o fator
determinante para a especificação destes acoplamentos é o diâmetro do eixo no local da
instalação. Estes componentes tem a limitação do furo máximo no cubo, sendo em muitos
casos necessário um acoplamento com capacidade de transmissão de torque superior ao
especificado em função da limitação do furo. Recomenda-se para maiores detalhes utilizar
o catálogo dos fabricantes.
Considerando como exemplo o acoplamento entre o motor e o redutor, o torque
transmitido é de 8112 (Kgfxcm). Para um fator de serviço de dois, o torque para
especificação é de 16224 (Kgfxcm). Este torque pode ser transmitido por um acoplamento
do tamanho 1015G, porém o furo máximo neste caso é de 65 mm, sendo que o eixo do
redutor tem 80 mm e o redutor 95 mm. Para atender esta condição é especificado um
acoplamento tamanho 1030G, que pode transmitir até 123343 (kgfxcm).
Estes dados foram obtidos do catálogo da PTI.
No caso dos eixos de transmissão deve ser verificada a tensão máxima de trabalho
devido ao torque em relação a tensão admissível do material. No dimensionamento do
redutor foi descrito o procedimento para esta análise. Além da verificação da tensão, estes
eixos devem ser verificados com relação ao ângulo de torção. Para algumas aplicações
pode ser necessário eixo de comprimento elevado, colocando em risco a estabilidade do
eixo devido ao ângulo de torção acima do admissível. Neste caso é necessário subdividir
o eixo de transmissão de acordo com a necessidade do sistema de acionamento.
e) Conjuntos de Rodas:
41
e.1.1) Eixo Pinhão do Acionamento:
1 P
T3 Kc
2 ω3
42
Figura 11: Conjunto de Rodas Motriz
Para o cálculo das potências admissíveis quanto à fadiga e o desgaste devem ser
utilizadas as normas AGMA.
43
e.1.3) Rolamentos do Eixo Pinhão:
Para o cálculo dos rolamentos devem ser utilizadas as reações de apoio calculadas no
dimensionamento do eixo, item e.1.1. A vida útil recomendada quanto a fadiga deve ser
superior a 40.000 horas.
e.1.4) Rodas:
As rodas recebem os esforços devido ao peso próprio do carro e o peso da carga, que
totaliza 260 toneladas para este veículo. As rodas não recebem exatamente o mesmo
valor da carga, pois o centro de gravidade do conjunto não é simétrico. No item 2.2.3 foi
calculada a reação dos apoios na estrutura. Apesar da diferença entre R1 e R2, podemos
verificar que os valores são próximos. Além disso as rodas suportam o peso próprio do
conjunto de rodas. A carga máxima aplicada em uma roda motriz (que corresponde ao
maior valor de carga) é de 325000 (N).
O dimensionamento da roda é feito com base na expressão básica descrita abaixo:
Pr
Kf
DB
Pressão de Contato Kf = 4,836 (N/mm2) Deve ser menor que a Pressão Limite (1)
Carga aplicada Pr = 325.000 (N) Calculada a partir da carga total.
Diâmetro da Roda D = 800 (mm) Dimensão da roda.
Largura de Contato com Trilho B = 84 (mm) Dimensão do trilho.
A Pressão de Contato define o material a ser especificado para a roda. Esta especificação
deve ser efetuada com referência nos catálogos dos fabricantes especializados, que
(1)
estabelecem as condições para a Pressão Limite .
A Norma NBR 8400 também estabelece o critério para determinação do material da
roda com base na Pressão Limite (1) (ver item 6.7.4 da Norma).
Considerando o critério da NBR 8400 temos:
K f Plim c 1 c 2
Kf
P lim
c1 c 2
44
O que determina uma Plim 5,55 (N/mm2). A tensão de ruptura do material deverá ser
superior a 600 (N/mm2) (NBR 8400 – Tabela 30).
Os eixos das rodas também devem ser calculados considerando como uma viga bi-
apoiada. Os valores das cargas e reações de apoio são obtidos a partir da carga aplicada
à roda (Pr).
45
Considerando que temos dois conjuntos de rodas motrizes a força F3 será:
F3
B R3 R3
F3
R3 R3
d 1 d 2 327 , 5
d 3 d 2 152 , 5
d 1 d 2 175
46
1
L
CG
Substituindo os valores:
( 70 70 ) d 1 ( 22 280 ) (175 d 1 ) ( 25 60 ) ( 327 , 5 d 1 ) 0
I S d CG
12
70 70
3
I1 70 70 125 I 1 78563333
2 4
(mm )
12
22 280
3
I2 22 280 50 I 2 55645333
2 4
(mm )
12
60 25
3
I3 60 25 202 , 5 I 3 61587500
2 4
(mm )
12
I I 1 I 2 I 3 I 195796166
4
(mm )
47
Os módulos de resistência a flexão superior e inferior são obtidos em função da
distância do CG, conforme descrito abaixo:
I I
Z SB e Z IB
d SCG d ICG
MB 14310000
σ IB σ IB 7 , 86 (Kgf/mm
2
)
2 Z IB 2 910680
A tensão é dividida por 2 porque o conjunto de rodas possui duas vigas principais de
sustentação.
Aplicando os mesmos conceitos do item 2.2.3 para a secção B tem-se:
σ tIB σ IB ψ M 7 , 86 1 , 6 1 , 45 18 , 24 (kgf/mm
2
x
)
48
cálculos são simplificados pois não existe o conjunto de engrenamento para a transmissão
do movimento.
2 - VEÍCULOS DE TRANSPORTE
49
2.1 - Determinação da Potência de Translação
2.1.1 - Cálculo da Resistência ao Movimento
No caso de rodas de aço sobre trilhos os cálculos detalhados podem ser obtidos nas
referências (Dubbel e Ernst Vol. I).
b) Resistência à Inclinação (Fi): Neste caso devem ser consideradas as forças devido a
influência da aceleração da gravidade no plano inclinado.
50
Fr V
Ph (W)
η
Onde:
Fr = Ft x R (Ft corresponde ao peso total sobre as rodas de apoio) – (Newtons)
V = Velocidade de Translação do Veículo – (metros/segundo)
η = Rendimento da Transmissão Mecânica – (admensional)
b) Potência do Motor para Velocidade Constante com Inclinação (Pi): Neste caso
devem ser consideradas as forças conforme um plano inclinado. A expressão para o
cálculo é obtida a seguir:
Fr Cos ( α ) V Ft Sen ( α ) V
Pi (W)
η η
Onde:
α = Inclinação da pista, (normalmente deve ser considerado valor mínimo de 5%)
Ft V
2
P at (W)
g ta η
51
Onde:
Far = Resistência a Aceleração das Massas de Rotação – (Newtons)
Θ = Momento de Inércia do Componente Rotativo – (kgxm2)
ε = Aceleração Angular – (1/s2)
ω = Velocidade Angular – (1/s)
Θred = Momento de Inércia Reduzido para o Eixo da Roda Motriz - (kgxm2)
εTr = Aceleração Angular da Roda Motriz – (1/s2)
ωTr = Velocidade Angular da Roda Motriz - (1/s)
r = Raio da Roda Motriz – (m)
a = Aceleração – (m/s2)
Tar Far r (N m)
Θ red V
2
P ar (W)
r ta η
2
Ft V Θ red V
2 2
Pa (W)
g ta η r ta η
2
Ft V
2
52
A potência mínima requerida para o motor deve ser escolhida com as seguintes
condições:
(1) Quando Ph > Pa ou Pi > Pa:
Pm = Ph ou Pm = Pi
(2) Quando Pa ≥ Ph ou Pa ≥ Pi
Solução:
Temos que:
Peso Total: Ft = 2600000 (N)
53
b) Cálculo da potência para aceleração.
2
2600000 0 , 667
Pa 1 , 2 46268 (W)
10 4 0 , 75
Além dos fatores descritos acima, as características da geometria pode influenciar nos
esforços estruturais, principalmente no que se refere a concentração de tensões.
54
A escolha de uma geometria adequada também pode permitir a redução do peso da
estrutura.
A figura 1 mostra duas formas construtivas para um veículo usado em uma mesma
aplicação. A figura 1.a mostra um tipo de construção onde o conjunto de acionamento
esta aciplado a apenas dois conjuntos de rodas. Na figura 1.b o veículo pode ter até 4
conjuntos de motorizações independentes acoplados diretamente aos conjuntos de rodas.
Esta condição garante uma maior confiabilidade ao veículo 1.b, porém o custo do
investimento é muito superior.
55
2.2.2 - Estimativa do Peso. Condições de Carregamento. Tensões Admissíveis.
56
representa o ciclo médio de trabalho do equipamento. Porém, a mesma estrutura deverá
suportar as condições extremas de solicitação, que são representadas pelas cargas
máximas. Pelo critério da fadiga a tensão calculada é comparada com a tensão
admissível à fadiga, pelo critério de ruptura a tensão máxima calculada é comparada com
a tensão admissível à ruptura.
(1) Determinar os pontos de aplicação das cargas: Com base na figura 1.a são
definidas as cargas aplicadas à estrutura, conforme figura 2.
57
W1
W4
W3 W2
R1 R2
Na figura 2 temos:
(2) Cálculo das reações de apoio: Considerando a viga principal bi-apoiada no centro
dos conjuntos de roda do veículo, temos:
∑F = 0
∑MdireitaA = ∑MesquerdaA
R 1 R 2 2507000 (N)
Obs: O valor de 260 toneladas considera o peso dos 4 conjuntos de rodas que
não estão apoiados sobre a estrutura do carro.
7,4 R 1 1 , 0 R 2 3 , 9 W 1 4 , 7 W 2 8 ,15 W 3 8 , 0 W 4
58
Resolvendo as equações acima são obtidas as reações nos apoios:
R1 = 1272000 (N)
R2 = 1235000 (N)
59
a
b c d
1
19 890
3
Ib 1116200917
12
1
22 890
3
Ic 1292443167
12
1
22 890
3
Id 1292443167
12
1
1190 25 25 1190 457 , 5
2 2
Ie 6228410417
12
I 16157908090
Com o valor de I calcula-se o valor de ZA.
I
ZA (H 940 mm)
(H / 2)
2 ZA 2 x 34378528
60
A tensão de trabalho deve levar em consideração alguns fatores relacionados às
condições da aplicação. Estes fatores são estabelecidos em normas.
No caso deste carro é utilizada a NBR 8400/1984 item 5. Serão considerados o
coeficiente dinâmico Ψ e o coeficiente de majoração da carga M x nos seus valores
máximos:
σ tA σ A ψ M x 4 , 45 1 , 6 1 , 45 10 , 324 (kgf/mm
2
)
A tensão admissível com relação à fadiga é definida nos gráficos e tabelas do Anexo
G da NBR 8400. Para o aço ASTM A36 obtemos que o valor de tensão admissível quanto
a fadiga para estrutura de construção soldada é da ordem de 16 (kgf/mm 2).
Verificamos que os valores das tensões admissíveis são superiores ao valor da tensão
de trabalho.
61
sujeitas a esforços elevados Estas regiões estão localizadas nos suportes da panela e
nos apoios da estrutura sobre os conjuntos de acionamento. Nestes casos devem ser
previstos reforços para garantir que não sejam ultrapassadas as tensões admissíveis.
Para cálculos mais precisos, principalmente devido a influência de concentração de
tensões, existem os programas de elementos finitos.
3. MÁQUINAS DE ELEVAÇÃO
62
A figura 14 apresenta uma vista geral das dimensões básicas do equipamento que
devem ser consideradas na fase do projeto. Nesta figura são apresentadas algumas
limitações referentes ao local da instalação.
T
G
N ível d o P iso
Figura 15: Ponte Rolante Siderúrgica para Manuseio de Panela (Capacidade 300 Toneladas)
63
Elementos de Máquina para Transmissão por Cabos de Aço:
a) Cabo de Aço:
As características que garantem ao cabo de aço esta grande utilização são: boa
flexibilidade, grande capacidade de carga, durabilidade e padronização.
64
Para maiores detalhes referentes ao projeto e especificação referentes aos cabos de
aço recomenda-se consultar as normas específicas (ex. NBR 13541 e 6327) e os
catálogos dos principais fabricantes (ex. CIMAF).
b) Polias:
65
c) Tambor (Dromo):
66
Para aplicações em instalações siderúrgicas são necessários uma grande variedade de
dispositivos de manuseio de carga. Para os materiais granulados, como por exemplo o
descarregamento de carvão e minério de ferro dos navios e escória de alto forno, são
utilizadas as caçambas, conhecidas como “grabs”. Este equipamento exige um dispositivo
especial para comandar a abertura e fechamento das caçambas. No manuseio de
panelas e calhas de sucata de aciaria, são utilizadas as barras de carga com ganchos
lamelares. Nas áreas de laminações existe grande variedade de dispositivos. O manuseio
de placas e chapas grossas é feito por eletroímã ou tenazes do tipo pinça. As bobinas de
aço são movimentadas por gancho laminado tipo “C” ou tenazes de bobinas. Os
dispositivos com acionamento elétrico exigem um enrolador para o cabo de alimentação.
Nas instalações portuárias os dispositivos para o manuseio das cargas variam desde
simples laços até dispositivos automatizados para o movimento de containers. Para
cargas especiais pode ser necessário o projeto de dispositivos especiais para aumentar a
produtividade dos trabalhos de carga e descarga.
Figura 16: Mastro Telescópico de Ponte Rolante para Manuseio de Bobinas de Alumínio
67
Figura 17: Descarregador de Navios com Caçamba para Manuseio de Minério.
Guinchos:
Os guinchos utilizados como meio de elevação de carga são conjuntos fixos ou móveis
constituídos por um tambor para o enrolamento do cabo e um sistema de transmissão
para o acionamento do tambor. O acionamento do sistema pode ser manual ou
motorizado.
Os guinchos manuais têm capacidade entre 50 Kgf e 6000 Kgf. O projeto do sistema
de acionamento deve garantir que a força de acionamento não seja superior a 25 Kgf.
Este equipamento normalmente é aplicado em obras de construção civil. As referências
mencionadas no item anterior apresentam detalhes para o cálculo e projeto destes
dispositivos.
68
projeto de um sistema de elevação de uma ponte rolante, sendo um exemplo detalhado
apresentado no item 3.1.6.
K s K v W L VL
hp
33 . 000 E c
Exemplo de Cálculo:
a) Diâmetro requerido para o cabo de aço considerando ponte rolante siderúrgica para
movimento de carga líquida.
b) Diâmetro das polias de passagem (polias móveis).
c) Diâmetro das polias de compensação (polias equalizadoras com pequenos
movimentos).
d) Diâmetro mínimo do tambor do levantamento.
e) Especificar a potência e rotação do motor; taxa de redução do redutor e diâmetro
final do tambor.
f) Comprimento mínimo do tambor para uma altura de elevação de 14500 mm.
g) Características principais do tambor: dimensões das ranhuras, espessura do corpo,
diâmetro das pontas de eixo e demais características construtivas.
h) Calcular a vida em horas do rolamento do mancal do tambor do lado oposto do
redutor considerando uma força vertical total de 6750 kgf (incluindo o peso do
tambor). Considerar o uso do rolamento autocompensador
i) Calcular a vida em horas do rolamento das polias considerando a pior situação de
carga. Considerar o uso do rolamento de duas carreiras de rolos cilíndricos 5030.
70
R osca
R osca
D esce E squerda S obe
D ireita
R osca
R osca
D ireita
E squerda
S obe D esce
L ado do T am bor
P olia E qu alizadora
C abo C arro P olia S up erior
C arro
B arra d e C arga
P olia Inferior
S obe B arra
D esce
a) Diâmetro requerido para o cabo de aço considerando ponte rolante siderúrgica para
movimento de carga líquida.
aço é feito com base na tensão de ruptura. Devido às características de aplicação deste
dimensionamento com base em critérios de fadiga não pode ser utilizado. O Fator de
71
Segurança para o cálculo estabelece uma condição que leva em consideração as
com a classe e tipo de construção utilizada. No caso de cabos de aço para pontes
podendo ser utilizada a classe 6x19. A classe 6x37 possui maior flexibilidade. Dentro da
classe 6x37 existem diversos tipos de construção, que variam o número de arames por
perna de 27 a 49.
outros fatores são muito importantes para a correta especificação do cabo de aço. Para
qualidade.
7000 Kgf).
Ep = 0,99m (eficiência mecânica das polias, sendo m o número de polias por tambor. m
= 3).
WL 67000
Pc 4317 P 4317 (Kgf)
N Ep 16 0 , 970 c
72
- Especificação do Cabo de Aço:
isto será utilizado o catálogo de novembro de 2002 da CIMAF página 66. No caso de
temperaturas elevadas recomenda-se alma de aço (ver catálogo CIMAF pág. 83).
fabricantes.
arame, será selecionado o cabo de 1”. O valor de S será de 9,05 para o cabo de 1” com
arame IPS.
73
b) Diâmetro das polias de passagem (polias móveis). (roldanas = polias)
Conforme AISE 6/91 o diâmetro da polia de passagem deve ser pelo menos 30
vezes maior do que o diâmetro do cabo, para as pontes Classes III e IV (pág. 44). Esta
ponte esta classificada como Classe III (pág. 1 e Apêndice A pág. 92).
polia. Primeiramente deve ser definido o grupo do mecanismo, que neste caso
NBR8400/1984 pág. 60, portanto deve ser escolhido 1,25. O diâmetro mínimo do
mm.
Os detalhes para o projeto do canal da polia podem ser obtidos na AISE 6/91 pág.
43.
movimentos).
Neste caso a AISE 6/91 recomenda que o diâmetro da roldana não deve ser
74
d pc 18 d c 18 25 , 4 457 , 2 d pc 457 , 2 (mm)
do tambor. Considerando ponte rolante Classe III (ver AISE 6/91 pág. 92).
do tambor.
K s K v W L VL
Pm
6 ,12 E c
75
Onde:
Ks = 1,1 (pág. 69 – Tabela 18) – Fator de Serviço para Motores de Corrente Alternada
Kv = 1,0 (pág. 68 – Tabela 16) – Fator de Correção de Voltagem para Motores de Corrente Alternada
n m
Ec = 0,97 .0,99 – Eficiência Mecânica do Levantamento (n – engrenamentos, m – roldanas)
1 ,1 1 , 0 67 10
Pm 140 , 2 P m 140 , 2 (KW)
6 ,12 0 , 97 0 , 99
4 3
A rotação do motor, taxa de redução e diâmetro do tambor são valores que devem
que irá influenciar no cálculo do diâmetro e rotação do tambor. Considerando a Figura 18,
enrolamentos).
N VL 16 10
Vc 40 V c 40 (m/min)
Ne 4
76
A rotação do tambor (nt) é definida na expressão (este valor corresponde à rotação
de saida do redutor):
Vc
Vc π d t n t n t
π dt
nm
i
nt
motores de 900 e 720 rpm poderão atender a aplicação. Os demais motores exigem
previsto para três pares de redução. A taxa de redução considerada viável para esta
77
Para verificação final do sistema de levantamento deve ser verificado o torque
(Ts).
utilizado em mm).
T n 84 , 70 d t (N m)
Pm E r
Ts
ωm i
Vm π d m n m ω m d m 2 ω m 2 π n m
30 Pm E r 30 160000 0 , 97
4
1352628
Ts
π nm i π nm i nm i
torque de saída (Ts) para os motores de 720 e 900 rpm, verificamos os cálculos do
78
Existem algumas alternativas para a escolha da rotação do motor, diâmetro do
escolha de um diâmetro maior para o tambor irá melhorar o desempenho do cabo de aço,
para um torque necessário de 96965 (Nxm). O fator de 1,205 entre os valores de torque
para enrolar o cabo de aço que atender a altura de elevação da ponte rolante.
NH 16 14500
N ranh 16 , 78 N ranh 16 , 78
Ne π dt 4 π 1100
79
A AISE 6/91 página 42 recomenda pelo menos mais 2 voltas completas adicionais,
N ranh 20
ranhuras:
Lranh = 20 x 30,50 = 610 mm - comprimento total das ranhuras de cada lado do tambor
80
g) Características principais do tambor: dimensões das ranhuras, espessura do corpo,
Ruptura, sendo portanto: adm = 800 (Kgf/cm2). (Conforme recomendação AISE 6/91,
ser consideradas com o cabo em duas posições distintas, que são o início e o fim do
81
carregamento e os respectivos valores de tensão. O tambor será verificado para um valor
de h = 19,7 mm.
Estas tensões foram estudadas por Ernst e os valores podem ser obtidos conforme
0 , 85 P c 0 , 85 4317
σ c .e σ c .e 6 ,11 (kgf/mm
2
)
hP 19,7 30 , 5
Nesta posição a flexão local devido ao cabo de aço será igual a zero, pois o cabo
enrolado sobre o tambor evita esta condição de carregamento. A tensão negativa refere-
se ao esforço de compressão.
A tensão de flexão ocorre devido à força no cabo que varia de posição com o movimento
1 L
V1 P L L P L L L P
L 2
c 1 ranh c 1 ranh 3 t
V 2 2 P c Pt V1
Os valores que ainda não estão definidos devem ser estimados, portanto podemos
82
L1 = 150 (mm)
L2 = 250 (mm)
L3 = 122 (mm)
L = 1742 (mm)
1 1742
V1 4317 150 610 4317 150 610 122 2500 V 1 5319 (Kgf)
1742 2
Wf
π d i 2 h d i
4 4
π 1035 , 2 2 19 ,7 4
1035 , 2
4
W f 16907678 , 6 (mm )
3
32 d i 2 h 32 1035 , 2 2 19 , 7
Mf 4574340
σf σ f 0 , 27 (Kgf/mm
2
)
Wf 16907678 , 6
Normalmente este esforço é muito pequeno e não precisa ser calculado. Este valor
é o mesmo para as duas condições de carga (condição I e II) e pode ser obtido da
seguinte forma:
83
Inicialmente é determinado o momento torsor devido ao conjugado transmitido pelo
enrolamento do cabo.
Mt 4748700
τt τ t 0 ,14 (Kgf/mm
2
)
Wt 33815397 , 2
A tensão combinada pode ser calculada pela equação 45 da AISE 6. Para este
caso a equação será: (Obs: deve ser considerado o sinal da tensão conforme calculado).
2 2 2
σ comb σ c .e σ f σ c .e σ f τ t
σ comb 6 , 25 (Kgf/mm
2
)
0 ,5 P c 0 , 5 4317
σ c .d σ c .d 3 , 59 (Kgf/mm
2
)
hP 19 , 7 30 , 5
σ f . d 0 , 95 P c 4
2
1 dt h
6
0 ,95 4317 4
1 1100
2
19 , 7
6
1 ,41 (Kgf/mm 2
)
menor.
84
Os valores das reações serão:
1 L
V1 Pc L 1 Pc L 1 2 L ranh L 3 Pt
L 2
V 2 2 P c Pt V1
Mf 1329750
σf σ f 0 , 08 (Kgf/mm
2
)
Wf 16907678 , 6
Mt 4748700
τt τ t 0 ,14 (Kgf/mm
2
)
Wt 33815397 , 2
Neste caso a tensão combinada será inferior à condição I (4,52 Kgf/mm 2).
85
2
BA = 632,8 (Kgf/cm ) – Tensão Admissível à Flexão (AISE 6/91 – pág. 34, Fig. 18)
2
NA = 808,5 (Kgf/cm ) – Tensão Admissível à Compressão (AISE 6/91 – pág. 35, Fig. 19)
A = 386,7 (Kgf/cm2) – Tensão Admissível ao Cisalhamento (AISE 6/91 – pág. 37, Fig. 20)
2
TA = 474,6 (Kgf/cm ) – Tensão Admissível a Torsão (AISE 6/91 – pág. 37, Fig. 20)
86
Os esforços solicitantes na secção A são:
Para a relação db/da = 1,09 e r/da = 0,02: (AISE 6/91, pág. 39, 40 e 41).
87
Aplicando as equações das páginas 37 e 38 da AISE 6/91, temos:
M fa 12233 , 7
σB K SB K NB
1 , 00 1 , 25 117 , 00
W fa 130 , 7
N
σN K SN K NN σ N 0
A
- Tensão de Cisalhamento:
4 P 5319
τS K SS
K NS
1 , 33 1 1 , 30 96 , 81
3 A 95
Mt
τT K ST K NT τ T 0
W ta
σ BA
σ EBN σ B σ N 117 , 00 0 117,00
σ NA
2 2
σ 632 , 8
BA τS
2 2
σ EB 96 , 81 174 , 21
2 2
σB 117
τ TA 474 , 6
88
- Tensão Combinada Cisalhamento-Normal:
2 2
σ 808 , 5
NA τS
2 2
σ EN 0 96 , 81 164 , 92
2 2
σN
τ TA 474 , 6
expressão:
2 d H
σ flange 1 , 44 1 k 2
3 dt e
Onde:
2
flange = 1000 (Kgf/cm ) – Tensão Máxima Admissível
O valor de “e” considerado é de 25,4 (mm) (valor mínimo recomendado pela AISE
6, item 3.3).
89
h) Calcular a vida em horas do rolamento do mancal do tambor do lado oposto do redutor
valor V1.
F v 5319 (Kgf)
F h 0 ,1 F v F h 531 , 9 (Kgf)
F a 0 , 2 F v F a 1063 , 8 (Kgf)
2 2
Fr F v Fh 531 , 9 5345 , 5 F r 5345 , 5
2 2
5319
quanto a fadiga para esta aplicação deve ser superior a 40000 horas.
Fa Fa 1063 , 8
0 , 024 e 0,23 0 , 20 e
Co Fr 5345 , 5
90
Xo = 1,0 – (Fator Estático de Carga Radial)
Co 44868
so 5 , 39 s o 3
Po 8324 ,14
10 10
1 . 000 . 000 C 3
1 . 000 . 000 27226 3
91
Portanto, a carga dinâmica equivalente será definida por (o fator K = 0,75 é definido
pela AISE 6/91 página 50 para o cálculo da carga média). A carga estática equivalente P o
Vc 40
np 16 , 71 n p 16 , 71 (rpm)
π dp π 0 , 762
Co 131498
so 15 , 23 so 3
Po 8634
10 10
1 . 000 . 000 C 3
131498
1 . 000 . 000 3
O rolamento esta com a vida útil quanto à fadiga muito superior ao requerido.
da roldana.
92
R ed u to r
F reio
M o to r
F reio
T am b o r E sq u erd o T am b o r D ireito
.
Figura 22: Arranjo do Sistema do Mecanismo de Elevação sobre o Carro
93
estabelecido pela norma de projeto do equipamento, no caso da AISE 6 temos que: (obs.
Serão adotadas as unidades americanas, para transformação de unidades ver exemplo
de cálculo no item 3.2.4)
hp K s K a W t V
Onde:
- Potência de Velocidade Constante: Este valor deve ser considerado para efeito de
dimensionamento do sistema de transmissão, sendo obtido na expressão:
f Wt V
hp
33 . 000
O valor de “f” é definido em lb/short ton pois os cálculos e tabelas da AISE 6 estão
definidos em unidades do sistema americano. Nestes cálculos o valor da tonelada métrica
deverá ser multiplicado por 1,102311 para transformar em tonelada americana (short ton).
(Maiores detalhes de transformação de unidades ver Dubbel – Manual do Engenheiro
Mecânico).
94
A tabela 20 da AISE 6 apresenta alguns valores típicos de “f” para diferentes
diâmetros de rodas com mancais de rolamento. No caso de rodas de mancal de
deslizamento, o fator de atrito deve ser considerado f = 26 lb/short ton.
Detalhes sobre o cálculo da potência são apresentados no item 3.2.4 utilizando os
dados da especificação da tabela 9.
95
especificações das pontes rolantes. A normalização destes trilhos segue diversos
padrões (americano, DIN, JIS). A propriedade mais importante para estes componentes é
a dureza das pistas, que esta diretamente relacionada com a capacidade de carga.
A norma AISE 6 apresenta as características dimensionais e de capacidade das rodas
e trilhos que utilizam o padrão ASCE e Bethlehem. Os detalhes para o projeto dos
equipamentos podem ser obtidos nos catálogos de fabricantes.
A especificação da roda esta diretamente relacionada com o trilho, como pode ser
observado nas tabelas 9 e 10 da AISE 6 (ver anexos no final do capítulo). A definição da
carga máxima da roda deve seguir o critério:
Onde:
Carga Admissível da Roda = Ver Catálogo de Fabricante
Fator de Velocidade = Ver Tabela 11 da AISE 6
Fator
= Ver
de Serviço
Tabela 12 da AISE 6 = Ver Tabela 12 da AISE 6
96
acionamento. Caso os motores apresentem rotações diferentes será observado um
elevado desgaste das rodas da ponte.
A figura 24 apresenta um detalhe de um conjunto de acionamento. Os componentes
principais são: motor, freio, redutor, eixc de transmissão e acoplamentos. A utilização de
eixo de transmissão curto elimina muitos problemas de vibrações na transmissão.
Considerando as informações da tabela 9 e considerando uma aceleração de 0,2 m/s 2
(que corresponde a 6,67 segundos para atingir a velocidade permanente de 80 m/min.),
determinar os seguintes valores:
97
Figura 23: Arranjo do Mecanismo de Acionamento da Translação da Ponte
O primeiro item a ser determinado é o fator de atrito “f”. Para definição do fator de
atrito conforme a tabela 20 é necessário conhecer o diâmetro da roda, que esta definido
no item c) e corresponde a 24 “. Neste caso a tabela 20 determina um fator f = 12 (lb/ton).
98
O valor de Wt corresponde a soma dos seguintes valores: peso da ponte, peso do
carro principal, peso do carro auxiliar, peso da barra de carga, peso do gancho auxiliar e
peso da carga no levantamento principal. O cálculo dos valores relativos ao peso das
estruturas serão definidos no item 3.4. Considerando a tabela 9, especificações básicas
da ponte rolante, tem-se:
Desta forma o valor de Wt a ser utilizado nos cálculos da AISE será de 247,4 (short
ton).
f Wt V
hp
33 . 000
12 247,4 262,4
hp 23 , 6 HP
33000
Obs.: o valor de 1200 rpm corresponde aos valores de taxa de redução e diâmetro de
roda escolhidos nos itens seguintes.
99
b) Especificação dos freios da translação da ponte:
O torque do eixo de cada motor será: (obs. calculado pela velocidade real do motor
1180 rpm).
P 22000
T 178 (N m)
ω 123 , 57
O freio do sistema de translação pode ser a disco com pastilhas ou de tambor com
sapatas. Na especificação deve ser avaliada a capacidade térmica do freio que está
relacionada com o número de ciclos de atuação. Os materiais de fabricação são muito
importantes para garantir o bom desempenho.
Os freios devem ser ajustados para que a parada total da ponte ocorra em um percurso
máximo de 10% da velocidade para a condição máxima de solicitação (valores em pés e
pés/minuto).
100
Fator de Velocidade = 1,03 (262,4 ft/min. prevendo roda de 24” com base na carga por
roda)
Conforme a tabela 9 da AISE 6 para roda de 24” pode ser utilizado o trilho a partir do
tamanho CR 135 lb. Para este equipamento foi especificado o trilho CR 175 lb.
Vt 80
nt 41 , 77 (rpm)
π d rt π 0 , 6096
nm 1180
i 28 , 25
nt 41 , 77
Esta taxa de redução é bastante comum para redutores de 3 eixos paralelos. Conforme
figura 24 pode-se observar que foi definido um redutor de eixos paralelos. Os fatores a
serem observados na seleção do redutor são: taxa de redução, potência mecânica, fator
de serviço, potência térmica e dimensões para montagem no equipamento.
O eixo flutuante deve ser verificado conforme as condições estabelecidas pela AISE 6.
O comprimento entre as extremidades do eixo flutuante é de 932 mm, sendo utilizado
acoplamento semi-flexivel. Para o diâmetro de 120 mm o comprimento de 932 mm esta
bem abaixo do valor admissível (4876 mm).
O ângulo de deflexão com relação à transmissão do torque deve ser verificado. O valor
deve ser inferior a 0,3 graus/metro.
2 Tef
Θ
GJ
Onde:
101
Tef = 5028,5 (Nxm)
Substituindo valores obtem-se = 0,006 o/m, que é inferior ao valor admissível de 0,3
o
/m.
102
3.3. Estrutura Metálica das Máquinas de Levantamento:
103
Figura 25: Construção de Ponte Rolante com Vigas Abertas
104
Figura 27: Construção da Barragem de Itaipú (1982) com Pórtico a Frente e Guindastes com Lanças
Treliçadas ao Fundo.
105
3.3.2. Cargas e Forças:
3.3.2.1. Cargas Verticais na Ponte Rolante:
A seguir são definidas as cargas verticais aplicadas à estrutura principal da ponte
rolante.
106
b) Forças de Impulso Horizontal: As pontes rolantes com mecanismo de guia vertical
da carga devem ser projetadas para suportar as forças do impulso provocado na parte
inferior da viga. As forças são descritas a seguir:
(2) Força horizontal que provoca a rotação do carro na direção da translação da ponte
quando o comprimento da posição de aplicação da força estiver na posição mínima.
A menor força calculada em (1) e (2) deve ser considerada como a força aplicada na
direção da translação da ponte.
(2) Força horizontal que provoca a rotação do carro na direção da translação do carro
quando o comprimento da posição de aplicação da força estiver na posição mínima.
A menor força calculada em (1) e (2) deve ser considerada como a força aplicada na
direção da translação do carro.
Considerando a rigidez da estrutura de sustentação dos trilhos, a carga axial deve ser
considerada como sendo 60% da carga total, aplicada em cada lado, exceto para
outras considerações da instalação.
A carga axial total recomendada deve ser a maior entre as duas categorias
descritas a seguir:
107
2. 20% da carga máxima no conjunto de rodas do acionamento (para qualquer
tipo de ponte).
Os cálculos deste item não são aplicados para pontes com conexões pinadas , como
por exemplo em pórticos e semi-pórticos.
3.3.2.7. Impacto:
Cargas verticais devido ao impacto também devem ser adicionadas às cargas de
levantamento pela aplicação de fatores de impacto conforme descrito abaixo:
108
(1) Pontes de Aço Líquido 0,2 x W L
Nas vigas com menos de dois eixos de simetria, o centro de cisalhamento pode ser
determinado para distribuir o cisalhamento devido à carga vertical ou lateral, ou ambas,
bem como para determinar os momentos torsionais. Quando a assimetria é pequena o
centro de cisalhamento pode ser considerado como sendo o centróide da seção reta.
109
(1) Partidas e paradas do motor de translação da ponte. O momento na base do
redutor é a diferença entre os torques de entrada e saída. Considerar que o torque do
motor na partida é de 200% do nominal.
(2) Cargas apoiadas na lateral das vigas, tais como: passarelas, acionamento da
ponte, barras coletoras, cabines e controles. Estes momentos devem ser calculados com
as respectivas forças devido ao peso multiplicado pela distância horizontal entre os
respectivos centro de gravidade (ou linha de atuação da força) e o centro de cisalhamento
da seção da viga.
f v (max) f vb f vt
Para a viga caixão em torno do eixo vertical, com espessura tw em cada alma, a tensão
de cisalhamento na chapa da alma, devido à força vertical de cisalhamento resultante V,
deve ser determinada pela seguinte equação:
VQ
f vb
(2 I x t w )
Para vigas assimétricas a tensão de cisalhamento pode ser determinada pela análise
do fluxo de cisalhamento.
A tensão de cisalhamento devido ao momento torsional na viga caixão pode ser obtida
pela seguinte equação:
110
Mt
f vt
(2 A t w )
V = Força de Cisalhamento
Q = Momento Estático de Área
Ix = Momento de Inércia em relação ao eixo x-x
tw = Espessura da Alma
Mt = Momento de Torção
A = Área Total da secção reta da viga caixão
111
Fibras Extremas sob Tração
0,60Fy 22,0 30,0
Fibras Extremas sob Compressão
Este valor deve ser analisado conforme item 3.3.3.7
Tração ou Compressão nas Fibras Extremas de Secções 27,0 37,5
Sólidas 0,75Fy
Cisalhamento
(6)
0,40Fy na secção da alma, exceto limitações do item 3.3.3.7 14,4 20,0
Apoios
(7)
Diafragmas e outras superfícies em contato 0,75Fy 27,0 37,5
Para a definição de conceitos e nomeclaturas deve ser consultado o Manual da AISC
Tabela 10: Tensões Admissíveis para Aço ASTM A36 e ASTM A572 Grau 50 – (ksi)
2 2
1 kgf/cm = 14,223 lb/pol (psi)
112
(5) Peso Próprio (W B)
Carro do Levantamento sem Carga na Extremidade 1,50 x tensão admissível
Carga de Vento Máxima
(6) Peso Próprio (W B)
Carga Móvel, sem a Carga de Levantamento (W T)
Carga de Vento em Serviço
1,50 x tensão admissível
Forças de Inércia
Rotações
Forças de Distorção
* Em nenhum caso a tensão admissível pode superar 0,9Fy
**200% da Carga do Levantamento para o motor do levantamento é aplicado tanto para
motores AC e DC que possuem controle e proteção contra à sobre carga para limitar o
torque.
(2) Solda Filetada: A tensão efetiva na garganta do filete é considerada como sendo a
tensão de cisalhamento, independente da direção de aplicação. As tensões admissíveis
do material da solda são as seguintes:
113
ultrapassar as tensões admissíveis obtidas na tabela 14 para a Condição de
Carregamento apropriada , e para a respectiva Categoria de Tensões determinada pelo
detalhe da solda conforme tabela 4 da AISE 6/91. A faixa de Tensão de Cisalhamento
Admissível na garganta do filete contínuo ou intermitente é baseado na Categoria de
Tensão “F”. (2) Somente eletrodo de baixo hidrogênio deve ser usado quando utilizado o
aço A36 com espessura superior a 1 in. no caso do aço ASTM A572 Grau 50 para
qualquer espessura.
114
Furos de Tamanho Padrão 17,0 21,0
Furos longos e encaixes curtos 15,0 18,0
Furos com encaixe longo
Carregamento Transversal 12,0 15,0
Carregamento Paralelo 10,0 13,0
1 kgf/cm2 = 14,2234 x 10-3 ksi
* Os detalhes sobre as definições desta tabela devem ser obtidos na AISE 6 e manuais
AISC
Tabela 12: Valores de Tensões de Trabalho para Junções Parafusadas
Fa
N
115
3
KL KL
3
5 r r
N
8 Cc
3
3 8 Cc
2 π E
2
Cc
Fy
Fa 2
Kl
23
r
(1) Secção Aberta: Para as construções com perfis (I, U, L), ou para secções com alma
simples e mesas simétricas em torno do eixo vertical, a tensão admissível de
compressão deve ser o maior valor obtido nas equações definidas na AISE 6/91 Seção
2.2.13.2 (1), porém não superior a 0,60Fy.
A tensão permissível, Fbx para uma viga caixão sem suporte lateral pode ser
determinada pela utilização da equação que define Fa, conforme item 3.3.3.7.1,
considerando o valor de K igual a 1, sem o coeficiente de esbeltez definido na equação
abaixo:
l 5 ,1 L S x
r J Iy
A relação l/r para a seção da viga caixão em torno do eixo neutro vertical não pode
ser superior ao valores da tabela 13.
Quando a relação não suportada entre a largura e espessura, w/t, de uma secção tipo
caixa de um flange (mesa) de compressão, b, superar o limite, wc/t, relacionado na tabela
13, o projeto será aceito se a tensão média for menor do que a tensão básica admissível
multiplicada pela relação w/wc sendo w a largura sem suporte existente e o valor wc
definido na tabela 13.
116
0,60Fy, 2π E
2 b 95 wc 238
Fy, ksi Cc Secção A berta Secção Aberta
ksi Fy t Fy t Fy
No caso de secções abertas, fby deve ser calculada com referência ao módulo da
secção do flange de compressão isoladamente, incluindo 1/6 da área da alma, em torno
do eixo vertical (y-y). Para secções tipo caixão com diafragmas ou secção adequada à
aplicação, fby deve ser calculada utilizando o módulo da secção completa em torno do
eixo vertical (y-y). Fbx é a tensão admissível reduzida apenas para cargas verticais, sendo
igual à Fa para a relação de esbeltez equivalente. O valor de Fby = -0,60Fy.
Os valores de fbx e fby referemÀse as tensões de flexão calculadas com relação às
cargas verticais (3.3.2.1) e horizontais (3.3.2.2), que geram os momentos em torno do
eixo x-x e y-y. Os valores Fbx e Fby, referem-se às tensões admissíveis de tração e
compressão que estão definidas na tabela 10.
320 t w 500 t w
ou
fv Fy
117
O espaçamento requerido não deve ser superior ao valor de h, profundidade não
suportada da chapa da alma, independente do valor calculado nas expressões acima.
57 . 600
2
h
t
w
1520 2000
ou
fb Fy
O momento de inércia mínimo enrijecedor horizontal deve ser obtido com a expressão:
118
a
2
2 , 4 2 0 ,13
3
Io h tw
h
R
0,75 F y
t w N k
Onde:
a a
2
A a
I o 0 , 6 0 , 2 3 , 0 2s b t
3
b b b t
Onde:
As = Área do enrijecedor
O momento de inércia não precisa ser superior ao valor abaixo, para qualquer caso:
As A s
I o 2 , 2 10 , 3 1 b t
3
bt b t
119
- Para dois enrijecedores, dividindo a mesa inferior em três partes, o momento de
inércia é obtido na expressão:
a a
2
A a
I o 0 , 4 0 , 8 8 , 0 2s b t
3
b b b t
O momento de inércia não precisa ser superior ao valor abaixo, para qualquer caso:
As As
2
I o 9 56 bt
3
90
bt b t
- Para três enrijecedores equidistantes, limitado pela relação a/b menor do que três, o
momento de inércia é obtido na expressão:
a a
2
A a
I o 0 , 35 1 ,10 12 , 0 2s b t
3
b
b b t
3.3.3.8. Fadiga:
O ciclo equivalente de amplitude constante pode ser determinado pelo ciclo de trabalho
da ponte utilizando a seguinte equação:
K3
S Ri
N eq
S
ni
Rref
Onde:
120
A classe de serviço das pontes é definida pelas seguintes considerações:
Menos de 100.000 1
100.000 a 500.000 2
500.000 a 2.000.000 3
Mais de 2.000.000 4
A 63 37 24 24
B 49 29 18 16
B’ 39 23 14,5 12
D 28 16 10 7
E 22 13 8 4,5
F 15 12 9 8
a) O nível de tensão é definido pela diferença algébrica entre a tensão máxima e a tensão mínima.
A tração e a compressão têm sinais opostos na operação algébrica.
121
3.3.4. Estrutura da Ponte e do Carro:
As juntas parafusadas devem ser dimensionadas pela média entre a tensão calculada
à tensão admissível dos elementos da união mas não deve ser menor do que 75% da
tensão admissível dos elementos da união.
A relação entre o vão e a profundidade, l/d, deve ser menor do que 18. A relação entre
o vão e a largura, l/b, deve ser menor do que 60, e deve atender a relação:
A deflexão vertical total da viga para a carga móvel (W L+ W T + WA) e não considerando
a carga e o peso próprio da viga não deve ser maior do que 0,001 mm/mm do vão. A viga
deve ter uma flecha positiva de fabricação correspondente a deflexão causada pelo peso
próprio somada a metade da deflexão causada pela carga móvel (W L+ W T + WA). As
tolerâncias da deflexão devem estar de acordo com a AWS D1.1.
122
Diafragmas cheios são requeridos na viga nos locais de sustentação dos suportes das
passarelas, suportes do acionamento da ponte e pedestais dos mancais dos eixos de
acionamento. Enrijecedores externos suplementares adjacentes aos diafragmas podem
ser necessários para transmitir as forças locais ao fundo da mesa. Enrijecedores verticais
ou diafragmas cheios podem ser intercalados quando requeridos pela Seção 3.3.3.7.4.
Além dos diafragmas cheios, diafragmas curtos podem ser utilizados quando
necessário transmitir a carga da roda do carro incluindo o impacto para a chapa da alma e
limitar a tensão máxima do trilho do carro em 20 ksi, conforme expressão:
As pontes rolantes devem ter chapa de desgaste ao longo de todo o apoio do trilho
sobre a viga. Esta chapa deve ter pelo menos 3/8 in de espessura, com largura pelo
menos igual à base do trilho, sendo soldada diretamente na mesa da viga. Esta chapa
não é considerada nos cálculos das propriedades da secção da viga.
Deve ser previsto um número adequado de parafusos, com furos calibrados, para
permitir o alinhamento na conexão entre as vigas e as cabeceiras e garantir o perfeito
alinhamento dos conjuntos de rodas.
A figura 28 apresenta detalhes da viga principal de uma ponte rolante durante a fase de
fabricação.
123
3.3.4.2. Efeitos Concentrados na Roda:
A tensão local no diafragma que suporta o trilho deve ser considerada distribuída
transversalmente por uma distância igual à largura da base do trilho somada com duas
vezes a espessura da chapa da mesa e chapa de desgaste.
Para as aplicações onde o trilho é centrado em relação a uma das almas, a tensão de
flexão local na mesa é calculada,. fbw, deve ser obtida na expressão:
P tf h
f bw 4 2 I R I F
8 (I R I F ) tw
Onde:
h = Profundidade da alma
A distância das rodas extremas de apoio da ponte não deve ser menor do que 1/6 do
vão. Para pontes rolantes com 8 ou mais rodas, deve ser considerada a distância entre
centros das duas rodas externas.
Os elementos de sustentação das rodas devem ser projetados de tal forma a facilitar a
troca deste componente.
Sapatas de apoio devem ser previstas para a instalação de macacos para a troca das
rodas.
Os limpa trilho devem ser montados nas quatro extremidades da ponte, sobre o trilho,
para evitar a entrada de material entre a roda e o trilho.
124
O projeto das estruturas destes componentes deve ser de acordo com as combinações
de carga (1) e (2). Detalhes da estrutura são dimensionados considerando as limitações
das tensões de fadiga 3.3.3.8. O impacto é considerado conforme 3.3.3.7. e a carga axial
de acordo com o item 3.3.3.3. As partes das estruturas composta por secções abertas
devem considerar os efeitos torsionais da carga axial.
3.3.4.4. Cabeceiras:
O piso do carro deve ser todo revestido, sem aberturas, com exceção das passagens
para os cabos do levantamento e do eletroímã. A chapa do piso deve ter a espessura
mínima de ¼ in e deve possuir guarda corpo em todo o contorno aberto ou bordas do
carro.
125
cisalhamento deve prevalecer a Categoria F nas soldas de penetração parcial com
chanfro e soldas de filete.
Na construção do carro, figura 29, também são observados dois dromos com
acionamentos independentes, que correspondem ao levantamento principal e
levantamento auxiliar instalados na mesma estrutura.
3.3.4.6. Passarelas:
O nível do piso das passarelas deve ser construído com chapa anti-derrapante ou
chapa expandida. Deve ser construída passarela do lado externo ao longo de toda a
extensão da viga no lado do acionamento da translação da ponte. Para o lado livre a
extensão da passarela deve ser o dobro do comprimento do carro de levantamento, a não
ser que seja especificada passarela ao longo de toda a extensão da viga.
As passarelas devem possuir em ambos os lados chapa com altura de 6 in. nas laterais
inferiores e alinhadas com o guarda corpo. As passarelas devem ter largura suficiente
para garantir uma passagem livre de pelo menos 18 in. em todos os pontos, com exceção
entre o guarda corpo e o acionamento da ponte onde a passagem pode ser de pelo
menos 15 in. A folga entre o guarda corpo da passarela da viga da ponte e a parte
extrema do carro não deve ser inferior a 18 in. A passarela da viga da ponte deve ter uma
distância mínima vertical de 7 ft. em relação às estruturas do prédio. As passarelas do
carro do levantamento, caso existam, devem ter largura mínima de 15 in.
126
3.3.4.7. Guarda Corpo:
O guarda corpo deve ser instalado nas passarelas da viga, extremidades da ponte,
carro de levantamento, plataformas de acesso à cabine e escadas. A distância com
relação aos trilhos deve ser maior do que 24 in.
A escada deve ser de material ante-derrapante e deve ter uma largura superior a 21 in.
As escadas podem ser construídas na forma de rampa, sem degraus, sendo fixadas a
estrutura pela parte inferior.
guarda corpo para prevenir acidentes. O guarda corpo deve se extender 42 in acima do
A cabine do operador deve ser construída de aço e materiais resistentes ao fogo, com
uma altura livre mínima de 7 ft. com o equipamento instalado. A fixação da cabine na
estrutura da ponte deve ser feita de tal forma a prevenir oscilações ou vibrações; as
fixações da cabine não devem interferir com o acesso e com a visibilidade do operador.
127
Todos os parafusos utilizados na fixação da cabine devem trabalhar com duplo
cisalhamento.
As cabines fechadas devem ter o teto impermeável o qual deve ter inclinação para trás
permitindo o deslizamento, janelas basculantes dos três lados frontais e uma porta de
acesso devem ser instaladas na cabine. Todas as janelas devem possuir vidros de
Cabines abertas devem ter a parte traseira fechada com chapa de aço. Os outros três
lados devem ter guarda corpo padrão de 42 in, com o espaço entre o piso e o membro
intermediário fechado com chapa de aço. Caso a visibilidade do operador seja prejudicada
por este tipo de construção podem ser feitas modificações sem prejuízo da segurança.
O piso da cabine, que deve ser de chapa de aço, deve se extender como plataforma
deslocamento seguro. O piso da cabine pode ser especificado com isolamento térmico,
caso necessário.
As pontes rolante sujeitas à incidência de calor pela parte inferior devem receber um
pessoal no interior do equipamento e nas vigas de rolamento do prédio. Este sistema tem
ponte.
128
3.3.4.10: Outras Considerações:
podem ser necessárias. Segue abaixo alguns itens que devem ser considerados:
do item 3.3.3.8.
(11) Suportes para os macacos devem ser previstos na estrutura dos carros do
(12) Deve ser previsto um ponto de acesso para suportar equipamentos que devem
ser movimentados na ponte rolante.
129
(13) Montagem do trilho do carro do levantamento com calços de elastômeros
devem ser compatíveis com os elementos de fixação do trilho.
(14) Os trilhos devem ser com extremidades soldadas.
(15) Caso seja utilizada, a chapa de desgaste deve ter largura suficiente para permitir
Figura 30: Detalhes da Construção da Estrutura do Carro Principal com Correntes nas Aberturas
de Passagem do Corrimão
1. Especificações Gerais:
Considerações Básicas:
130
Dados da Ponte:
Classificação: Ponte Rolante Siderúrgica Serviço Pesado
Aplicação da Ponte: Manuseio de Panela com Escória
Fator de Impacto: 0,2xW L
Peso do Carro (WT) 33,3 Toneladas (Peso Est. Carro Lev. Principal)
Peso da Barra de Carga 7 Toneladas (Peso Aprox.)
Carga Total do Levantamento 67 Toneladas
Total de Rodas: 8
Rodas da Ponte
Rodas Motrizes: 4
Total de Rodas: 4
Rodas do Levantamento Principal
Rodas Motrizes: 2
Peso Estimado da Viga Principal 39 Toneladas (equip. e estruturas auxiliares)
Esta carga é definida na AISE 6/91 pela simbologia WB. Neste valor estão incluídos o
peso próprio da estrutura da viga, equipamentos mecânicos, equipamentos elétricos e
estruturas auxiliares (escadas, passarelas, etc). Os equipamentos elétricos referem-se
131
aos painéis, motores, fiação e instrumentos que são fixados na viga da ponte. Os
equipamentos mecânicos correspondem aos eixos, acoplamentos, redutores e elementos
de fixação.
O cálculo exato deste peso somente é possível após o projeto de todos estes
equipamentos. A estimativa de 39 toneladas para uma viga de 16,5 metros de vão e
capacidade de ponte de 60 toneladas envolve o conhecimento de equipamentos similares
ou especificações preliminares dos diversos componentes. Após concluído o projeto deve
ser efetuada a verificação dos valores considerados.
Para o cálculo do momento do peso próprio o valor de WB pode ser considerado como
carga distribuída na extensão do vão da ponte (L).
WB L 39 1650
MB
8 8
A carga móvel (WL + WT) conforme definição da AISE 6/91 pág. 3 é referente ao peso
total do carro do levantamento, carga de trabalho, dispositivos de levantamento da carga
e outros acessórios utilizados no serviço.
A carga em cada roda, definida por P, é de 25,1 toneladas. Neste caso não está
incluído a carga de impacto que será calculada separadamente.
132
Para o cálculo do momento da carga móvel é necessário definir as dimensões
principais do carro do levantamento, como por exemplo à distância entre as rodas no
mesmo trilho. Neste caso o valor considerado é de 4 metros como pode ser observado na
figura a seguir:
M em 2 0
R 1 L P (L 2 b 4) P (L 2 3 b 4) 0
Simplificando obtem-se:
P b
R1 L
L 2
L b
M L R1
2 4
133
Substituindo os valores das dimensões em cm e da carga em toneladas, obtem-se:
2
25 ,1 400
ML 1650
2 1650 2
O momento desta carga pode ser calculado de forma simplificada utilizando os dados
do item 2.2.
13 , 4
M I 15992
100 , 4
Apesar dos momentos máximos calculados em cada caso não coincidirem para a
mesma seção da viga, será considerado para o dimensionamento o momento máximo
atuando no centro da viga, somando os valores máximos de cada caso.
Para o cálculo detalhado deve ser traçado o diagrama de esforços cortante e momento
fletor, efetuando-se a soma ponto a ponto para ser obtido o valor exato. A consideração
acima esta a favor da segurança, pois o valor do momento será superior ao calculado de
forma detalhada.
De acordo com a AISE 6/91 pág. 3 as pontes rolantes devem ser dimensionadas para
suportar forças horizontais produzidas pela aceleração e desaceleração durante o
movimento sobre os caminhos de rolamento.
134
As forças de inércia, para este exemplo, serão divididas em dois grupos:
O cálculo das forças horizontais é feito com base no fator f f (AISE 6/91, pág. 3 e 4).
4 rodas movidas
f f 0 ,2 f f 0 ,1
8 rodas totais
- Cargas Distribuídas:
W H 0 ,1 39 W H 3 , 9 Toneladas
- Cargas Concentradas:
PH 0 ,1 50 , 2 PH 5 , 02 Toneladas (em duas rodas)
135
Inicialmente é calculado o momento para a extremidade engastada (MHE).
WH L PH L 3 , 9 1650 5 , 02 1650
M HE
12 8 12 8
WH L PH L 3 , 9 1650 5 , 02 1650
M HA
8 4 8 4
Para isto é necessário calcular a rigidez rotacional relativa, na junção das vigas,
conforme equação abaixo:
I viga
W viga 2
L
W cabeceira I cabeceira
6
H
Neste caso os valores do momento de inércia I da viga e da cabeceira são iguais (Iviga
= Icabeceira). O valor de H corresponde a 9,11 metros e L vale 16,5 metros. Simplificando e
substituindo os valores temos:
W viga 2 9110
0 ,184
W cabeceira 6 16500
0 ,184
0 ,1554 (para a viga).
1 0 ,184
136
A AISE 6/91 página 26 apresenta apenas o diagrama de momentos e não apresenta
um método de cálculo detalhado para os momentos horizontais.
4. Momentos Torsionais:
As condições de cisalhamento máximo ocorrem com a aproximação do carro em uma
das extremidades da viga principal, conforme posicionamento descrito na figura a seguir.
137
O Momento Torsional ocorre em função da excentricidade das forças verticais e
horizontais.
138
As condições previstas na AISE 6/91 devem ser atendidas. As chapas utilizadas na
construção da mesa e da alma da viga normalmente tem a espessura entre 1\4” e 1\2” (6
a 12 mm aproximadamente). Estes valores garantem a boa rigidez da viga, resistência
localizada compatível , resistência à corrosão e mantém uma boa relação entre a
capacidade e o peso próprio.
tf = t1 = t2 tw = t3 = t4 a wc h
Propriedades da Secção
4 4 3 2
Ix (cm ) Iy (cm ) Wx Wy J (cm ) Ar At (cm ) rx ry
3 3 2
(cm ) (cm ) (cm ) (cm) (cm)
139
L
60 (item 2.3.1, AISE 6)
b
L
18 (item 2.3.1, AISE 6)
d
wc
39 , 7 (Tabela 5, AISE 6)
tf
K ×L
< 126 ,1 (Tabela 5, AISE 6)
ry
L
11 , 72 60 OK
b
L
= 6 , 58 < 18 OK
d
wc wc *
147 , 36 39 , 7 não atende 36 , 84 39 , 7 OK (com três enrijecedores)
tf tf
KL
27 ,18 126 ,1 OK
ry
140
6. Cálculo das Tensões:
Determinação das Tensões Admissíveis:
A Tabela 1 da página 5 da AISE 6/91 possui as condições para a definição das tensões
admissíveis a serem adotadas. O material da ponte é o ASTM A36.
No caso de viga caixão, com referência à equação 13, página 11 AISE 6/91.
K L
r 10 , 86
eq .
O valor da tensão admissível a flexão Fbx será obtido na equação 6 (AISE 6/91),
considerando o uso dos enrijecedores longitudinais.
KL
2
1 r F
2 Cc
2
y
F bx F a
N
F y = 36 (ver Tabela 1)
3
KL KL
3
5 r r
N (Equação 7 AISE 6)
8 Cc
3
3 8 Cc
3 10 , 86
3
5 10 , 86
N 1,7
8 126 ,1 8 126 ,1
3
3
10 , 86
2
1 36
2 126 ,1
2
F bx
1 ,7
141
Fbx = 21 ,1 Ksi
2
F bx = 1483 Kgf/cm
6.2.1. Tensões Verticais: é composto pelos momentos do peso próprio (MB), carga
móvel (ML) e impacto (MI), considerados os valores
máximos no centro da viga.
MB 8044
σ VB σ VB 0 ,156 ton/cm
2
Wx 51450
ML 15992
σ VL σ VL 0 , 311
2
ton/cm
Wx 51450
MI 2134
σ VI σ VL 0 , 041
2
ton/cm
Wx 51450
f bx 0 , 508 ton/cm
2
MH 1547
f by
Wy 33820
f by 0 , 046 ton/cm
2
f bx f by
1
Fbx Fby
Sendo:
142
0,508 0 , 046
0 , 373 1 OK – atende condição
1,483 1 , 518
Devemos calcular as duas condições definidas para cisalhamento máximo (AISE 6/91
Item 2.2.6).
Sendo:
V R 1B R 1 L R 1 I 19 , 5 44 ,1 5 , 9 (ver item 4)
V 69,5 ton
O momento estático de área (Q) é obtido na expressão (ver literatura Resistência dos
Materiais):
tw h
2
a 2
Q h tf tf
2 4
Q 29866 cm
3
69 , 5 29866
f vb
2 6480650 0 , 79
f vb 0 , 2027 ton/cm
2
4133
f vt
2 35331 , 25 0 , 79
f vt 0 , 074 ton/cm
2
f v f vb f vt 0 , 2027 0 , 074
143
6.2.5. Verificação de Relação da Geometria da Viga:
L f bx L
d f by b
72 , 61 11 , 72 OK
Variação da Tensão (Carga Móvel + Horizontal) = 0,311 + 0,046 = 0,357 < 1,1248
- Necessidade de Diafragmas:
Os diafragmas devem ser utilizados para a condição:
h 240
tw fv
h 250
316 , 45
tw 0 , 79
240 240
120 , 61
fv 3 , 94
144
Portanto, são necessários diafragmas verticais.
320 t w 320 0 , 79 2 , 54
50 ,14 in
fv 3 , 94
Este valor corresponde a 1274 mm, que foi calculado para a extremidade da viga
(utilizado 700mm sobre a cabeceira e 1350 mm para o primeiro na seção principal da
viga).
Observações:
h 760
tw fb
h 250
316 , 5
tw 0 , 79
760 760
270
fb 7 , 88
145
Portanto, são necessários enrijecedores longitudinais na alma.
a
2
I o h t w 2 , 4 d2 0 ,13
h
Sendo:
h = 250 cm
tw = 0,79 cm
Neste caso serão utilizados perfis L3”x3”x5/16”. (ver dados de tabela para I L, AL e d):
I IL AL d 62 11 , 48 5 , 41 398 cm 181
2 2 4
ad ad
2
A ad
I o 0 , 35 1 ,10 12 , 0 s w t 3
w w 2t c f
wc c c
f
165 165
2
11 , 48 165
0 , 35 1 ,10 12 , 0 140 0 , 95
3
Io
140 0 , 95
2
140 140
I o 378 cm
4
I IL A L d 92 11 , 48 5 , 99 504 cm Io
2 2 4
OK
146
A localização dos enrijecedores deve ser:
1 / 4 1400 350 mm
8. Deflexão da Viga:
A AISE 6/91 estabelece uma deflexão vertical máxima de 1/1000 do vão para a carga
móvel, formada pelo carro do levantamento (W T) e carga de trabalho (W L).
DL
P
L b L L b
2 2
48 E I x
DL
25 ,1
1650 400 1650 2
1650 400 2
48 2 ,1 10 6480650
3
D L 0 , 333 cm
1650
D fadm D fadm 1 , 65 cm
1000
D L D fadm OK.
9. Contra-Flecha:
A contra-flecha da viga deve ser igual a soma da flecha do peso próprio (W B) com a
metade da flecha da carga móvel (W L + WT).
5 WB L
3
DB
384 E I x
5 39 1650
3
DB D B 0 ,168 cm
384 2 ,1 10 6480650
3
DL 0 , 333
Cf DB 0 ,168
2 2
C f 0 , 335 cm
147
A seguir são apresentados detalhes da seção da viga e uma vista geral com a
distribuição e espaçamento dos diafragmas verticais.
Observar que foram acrescentados perfis longitudinais, além dos calculados, na região
inferior da seção interna da viga. Estes detalhes são definidos a partir do cálculo de
tensões localizadas devido à instalação de outros componentes na estrutura da ponte. O
“Corte A” também apresenta o posicionamento das passarelas da viga principal. A
passarela superior permite o acesso ao carro principal e parte superior da viga a
passarela inferior permite acesso ao sistema de translação principal da ponte.
A região de apoio do trilho também esta reforçada com um trecho de chapa de maior
espessura (12,5 mm) e enrijecedores curtos na lateral externa da viga. Estes detalhes
também são definidos no cálculo das tensões localizadas produzidas pela passagem das
rodas do carro, incluindo o dimensionamento quanto à fadiga.
A figura mostra também as indicações de solda para a viga principal, que são fatores
extremamente importantes para a garantia de desempenho do equipamento.
148
4. TRANSPORTADORES CONTÍNUOS
149
4.1.1. Informações Iniciais:
150
4.1.1.2. Perfil do Transportador:
151
Figura 35: Complexo de Transportadores do Porto Graneleiro de Paranaguá/PR
152
Atualmente as Leis Ambientais tornam os cuidados referentes a vazamentos de
material e geração de partículas fatores muito importantes que devem ser considerados
durante o projeto do equipamento. Dependendo do material transportado são necessárias
instalações destinadas ao despoeiramento, exigindo um investimento elevado em
equipamentos de controle ambiental, que aumentam consideravelmente os custos
operacionais e de manutenção dos transportadores.
Com base nas informações iniciais o primeiro passo para o projeto do transportador é a
escolha da largura da correia e consequente definição dos roletes.
153
Figura 36: Distribuição da Carga e Inclinação da Correia
Q C γ
d p 0 , 055 B 0 , 9
C Ct V K
154
A tabela 15 apresenta a relação entre a inclinação o fator de correção K.
o o o o o o o o o o o o
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 21
K 1,00 1,00 0,99 0,98 0,97 0,95 0,93 0,91 0,89 0,85 0,81 0,78
Tabela 16: Capacidade Volumétrica (m /h) para V = 1,0 (m/s) – Roletes com = 35
3 o
155
A tabela 17 apresenta as velocidades máximas recomendadas V (m/s) para os diversos
grupos de materiais transportados.
66 - 4,1 3,8
72 - 4,1 3,8
A especificação completa dos roletes normalmente é feita com referência aos catálogos
dos fabricantes. A Tabela 1-14 do Manual de Transportadores Contínuos apresenta uma
classificação dos roletes conforme a CEMA que serve como orientação para a seleção
destes componentes.
156
O Transportador de Correias utiliza diferentes tipos de roletes. Os principais são:
157
Inclinação dos Distribuição da Granulometria Material
Roletes - Material Fino 50% de Tamanho 100% de Tamanho
Graus Máximo Máximo
20 3% 3% 3%
35 3% 2% 2%
45 3% 2% 1,5%
Tabela 19: Valores Recomendados para a Porcentagem de Flecha entre Roletes
f
8 To
Sendo:
T 0 = Tensão para garantir uma Flecha Mínima da Correia entre Roletes (kgf)
Wm = Peso do Material Transportado (kgf/m)
Wb = Peso da Correia (kgf/m)
a = Espaçamento dos Roletes de Carga (m)
f = Flecha da Correia (m) (normalmente entre 2% e 3% - ver tabela 19)
1) Força necessária para vencer as forças de inércia dos roletes, tambores e correia,
sem considerar a carga.
2) Força necessária para o deslocamento horizontal do material.
3) Força necessária para o deslocamento vertical do material, nos equipamentos com
aclive e declive.
4) Força necessária para vencer o atrito dos acessórios, tais como: raspadores,
limpadores, guias laterais; para acelerar o material, etc.
N e V N v N g
Q
N 1 N h
100
Sendo:
Nh = Potência para Elevar ou Descer 100 t/h de Material de uma Altura H (HP)
16 0,37 0,47 0,54 0,61 0,70 0,80 0,90 1,01 1,10 1,20 1,31 1,42 1,53
20 0,45 0,55 0,64 0,72 0,81 0,95 1,09 1,20 1,32 1,43 1,54 1,67 1,80
24 0,57 0,70 0,83 0,91 1,01 1,20 1,33 1,52 1,67 1,80 1,92 2,06 2,19
30 0,69 0,81 0,97 1,10 1,22 1,44 1,66 1,83 2,04 2,19 2,39 2,55 2,71
36 0,75 0,94 1,08 1,23 1,35 1,58 1,80 2,03 2,24 2,45 2,64 2,84 3,03
42 0,85 1,01 1,22 1,39 1,54 1,80 2,04 2,28 2,52 2,76 2,95 3,17 3,38
48 1,02 1,20 1,32 1,64 1,80 2,13 2,40 2,71 2,98 3,23 3,48 3,74 4,00
159
L (m) 10 15 20 25 30 40 50 60 70 80 90 100
N1 0,50 0,63 0,74 0,81 0,95 1,11 1,25 1,42 1,50 1,64 1,75 1,87
Tabela 21: Potência N1 (HP) para Deslocar 100 t/h num Comprimento L (m)
Guia (m) 5 10 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70
Ng 0,60 1,26 2,52 3,18 3,84 4,56 5,28 6,00 6,72 7,38 8,10 8,88 9,60
Tabela 23: Potência Ng (HP) de Atrito com Guias Laterais para V = 1,0 m/s
Para valores não encontrados nas tabelas deve ser utilizado o Manual de
Transportadores Contínuos, que possui gráficos com dados mais completos.
Após calcular a potência efetiva deve ser determinada a potência do motor, que leva
em consideração a eficiência da transmissão (Nm = Ne/).
Com a potência efetiva pode-se obter a tensão efetiva (Te), que é a força tangencial
que movimenta a correia.
75 N e
Te
V
Sendo:
Os demais cálculos das tensões podem ser obtidos no item 4.1.4. Para detalhes sobre
o cálculo dos valores de potência das tabelas 20, 21, 22 e 23 recomenda-se o Dubbel.
160
4.1.3.2. Método CEMA:
Neste caso inicialmente é determinada a Tensão Efetiva (T e), pela seguinte expressão:
Te L K x K y W m W b 0 , 015 W b H W m Ta
Sendo:
Te V
Ne
75
A tensão Ta para vencer o atrito dos acessórios e acelerar o material é a soma das
parcelas indicadas abaixo:
Ta F g F t F tc F tm Fd F l Fa
Fg 0.1488 C s L g B 8,92 L g
2
Onde:
Fg = Força (kgf)
Lg = Comprimento das Guias Laterais (m)
B = Largura da Correia (pol)
Cs = Fator de Atrito do Material – Tabela 1-21 (Manual).
161
2) Força para flexionar a correia nos tambores – Ft
Esta força ocorre em função do dobramento da correia sobre a superfície dos tambores.
Largura
da 16” 20” 24” 26” 30” 36” 42” 48” 54” 60” 72” 84”
Correia
Ftc (kgf) 22,7 37,7 49,8 63,4 673,4 67,9 72,5 77,0 81,5 86,1 95,3 104,5
Tabela 25: Força para Movimentar Tripper Acionado pela Correia
162
7) Força necessária para acelerar o material (Fa).
2
Q (V Vc )
2
Fa
36 V
O valor do coeficiente “x” depende dos roletes e é definido na tabela 1-25 do Manual
dos Transportadores Contínuos. O valor de “a” corresponde ao espaçamento entre os
roletes (m).
163
2) Peso da Correia (Wb): O peso da correia deve ser obtido no catálogo do fabricante
de acordo com a especificação do projeto (Good Year, Gates, Mercúrio). Como referência
preliminar pode ser adotada as informações da tabela abaixo.
Largura da
16 20 24 30 36 42 48 54 60 72 84
Correia
Tipo Plylon 5,2 6,5 7,7 11,9 14,3 17,7 20,2 26,8 29,8 35,7 41,6
HDRN 6,4 8,0 9,6 13,5 16,2 21,0 24,0 37,6 41,8 50,1 58,4
Tabela 26: Peso Médio das Correias em kgf/m
3) Tensão para garantir uma flecha mínima na correia entre os roletes – To: O valor
calculado corresponde à tensão mínima admissível para a correia.
To 6 , 25 W m W b a para 2% de flecha
To 12 , 50 W m W b a para 1% de flecha
Fr 0 , 015 L W b
1
K 0 , 0174 Θ μ
e 1
Onde:
164
Condições da Superfície do
Tambor de Aço Tambor com Borracha
Tambor
Sujo e molhado 0,10 0,20
Úmido 0,10 - 0,20 0,20 - 0,30
Seco 0,30 0,35
Tabela 27: Coeficiente de Atrito do Tambor
K = Fator de Abraçamento
A seguir são apresentados dois exemplos dos valores das tensões principais do
transportador. Para outras situações deve ser utilizado o Manual do Transportador
Contínuo, que possui outros tipos de situações.
165
1) Transportador horizontal em aclive com acionamento no tambor de cabeça ou
próximo.
1 K Te
T1
T T H W F
e o b r
K Te
T2
To H W b F r
K Te F r H W b
T3
To
1 K T e
T1
T T
e o
K Te
T2
To
1 K T e H W b F r
T3
Te To H W b F r
1) Características do material
2) Condições de serviço
3) Inclinação dos roletes
4) Largura da correia
5) Tensão máxima da correia
166
6) Tempo de percurso completo da correia
7) Temperatura do Material
Todas as correias são fabricadas em duas partes: Carcaça e Revestimento. Para obter
informações atualizadas sobre especificação das correias recomenda-se consultar o
catálogo dos principais fabricantes através da internet.
A carcaça das correias pode ser confeccionada de fibras de tecido sintético (nylon,
rayon, poliéster) ou cabos de aço e borracha. A escolha da carcaça adequada envolve
uma série de considerações referentes às condições da aplicação. Os principais
fabricantes de correias (Good Year, Gates, Mercúrio) possuem produtos adequados às
diversas aplicações dos transportadores. Portanto para a seleção da correia adequada é
recomendada a consulta ao manual do fabricante.
O valor da Tensão Admissível da Correia (Tad) deve ser superior ao valor da Tensão
Máxima no Tambor de Acionamento (T1).
167
Normalmente a espessura do revestimento do lado dos tambores é a mesma do lado
do transportador. Porém, para alguns casos esta espessura pode ser menor em função
da experiência com a aplicação da correia.
A distância entre os mancais deve ser definida em função das folgas mínimas
necessárias para a fixação do tambor na estrutura do transportador e pelas dimensões
dos próprios mancais.
168
A distância entre os discos depende do comprimento do tambor e da largura do cubo.
Caso seja necessário podem ser utilizados discos internos para reforçar o tambor..
Os esforços atuantes no eixo dos tambores são devido à força radial resultante das
tensões da correia, peso próprio e momento torsor em tambores motrizes.
σ admissível (kgf/cm2)
Material
Eixo com Chaveta Eixo sem Chaveta
- Eixos Motrizes:
Pa
Mf
2
169
N 38 D
Mt
V
Onde:
Mt = Momento Torsor
Mi K f M f 2 K t M t 2
Sendo:
πd
3
Mi
σ admissível e Wi
Wi 16
Temos:
16 M i
d 3
π σ adm
Sendo:
170
- Eixos Movidos:
Neste caso, o momento torsor inexiste, havendo apenas uma flexão pura no eixo.
Assim teremos:
Pa
Mf
2
πd
3
Mf
σ admissível e Wf
Wf 32
32 M f
d 3
π σ adm
P K s L C
f
2
2 L 2 LC C
2 2
πEd
4
3
Onde:
L
f para largura de correia de até 54”
1500
L
f para largura de correia acima de 54”
2000
171
O cisalhamento ocorre apenas em tambores motrizes.
De acordo com o esquema abaixo, passamos a definir os esforços.
P
MO L C )
4
MO
Md
2K1 I
1
Ct
3
Onde:
172
A deflexão no disco será:
K1
δ Md
Et
3
2 L1
σ1 Md
Dt
2
2
σ2
2 D1 t
σt σ1 σ2
Fc 2 Mt D T1 T2
τ 2
2
A π D2 t π D2 t
σ σ 1 σ 2 2 4 τ 2
Estas tensões resultantes devem ser menores do que a Tensão Admissível, sendo:
K c 3 T D
e
σc
173
Sendo:
Ângulo de
Kc
Abraçamento
o
0 0,0000
o
20 0,0685
o
40 0,1097
o
60 0,1270
o
80 0,1249
o
100 0,1092
o
120 0,1006
o
140 0,0810
o
160 0,0551
o
180 0,0292
o
200 0,0551
o
240 0,1006
D2/D 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,60 0,70 0,80
K1 0,596 0,438 0,321 0,232 0,167 0,119 0,081 0,035 0,013 0,003
L1 4,408 3,370 2,658 2,130 1,729 1,403 1,146 0,749 0,471 0,262
174
4.1.6.4. Discos Internos:
Onde:
A espessura dos discos internos deve ser igual a espessura do corpo do tambor.
Sendo:
175
4.1.8. Especificação do Conjunto de Acionamento:
176
- Transportadores Articulados;
- Transportadores Helicoidais;
- Transportadores Oscilantes;
- Mesas de Rolos;
1) Informações Iniciais:
1.1) Características do Material: As propriedades do material necessárias para o
cálculo são descritas na tabela abaixo:
177
1.3) Capacidade Desejada: O transportador deve atender a capacidade especificada
de vazão correspondente a 460 ton/hora de material.
Q 460000
C C 707,7 m / hora
3
γ 650
24 2,5 307,70
30 3,0 256,27
36 3,3 232,97
Para roletes de 35 0 temos os seguintes valores de Ctabela para velocidade de 1,0 m/s:
β α 24 30 36
0 0
35 23 142 232,4 344
O espaçamento dos roletes de carga pode ser considerado 1,0 m e retorno 3,0 m
(tabela 18). A escolha e especificação final dos diversos roletes do transportador deve ser
feita no catálogo dos fabricantes com auxílio do Manual dos Transportadores Contínuos.
178
O valor da flecha será verificado no final dos cálculos.
Será utilizado o Método CEMA. Neste método inicialmente é calculada a tensão efetiva:
Te L K x K y W m W b 0 , 015 W b H W m Ta
Wm = 42,6 (kgf/m) Wm = Q/V = 127,78 (Kgf/s)/3,0 (m/s) = 42,6 (kgf/m) (peso do material)
Kx = 1,15 (kgf/m) Kx = 0,00068.(42,6 + 16,2) + x/1 = 1,15 (x = 1,11 p/rolete série 600)
0
Ky = 0,024 (kgf/m) Tabela 1-26 Manual para L = 179,6 ; (Wm+ Wb )= 58,8 ; λ = 12,54
Te 2743 (kgf)
Te V 2743 3
Ne
75 75
N e 109 , 7 (HP)
179
Wm = 42,6 (kgf/m) Calculado
K = 1,15 Calculado
0,0174xx
K = 1/(e - 1)
T 2 K T e 1 ,15 2743
T2 3155 ( kgf )
T1 ( 1 K ) Te ( 1 1 ,15 ) 2743
T1 5897 , 45 (kgf)
T 3 2566 , 84 (kgf)
T rx T 3 K xr L x W b H x
Os valores são:
Kxr = 0,243 (kgf/m) Coeficiente de resistência da correia nos roletes de retorno (0,015.W b)
180
Substituindo os valores obtem-se a força no tambor de esticamento:
W m Wb a
2
f
8 To
Substituindo valores obtem-se 0,28% que supera os valores requeridos (menor que
1%).
5) Especificação da Correia:
A correia indicada para esta aplicação é do tipo lonas de nylon, referência Plylon da
Good Year. Para atender a tensão máxima de trabalho calculada no item 4, T 1 = 5897,45
(kgf), é selecionada a correia com 3 lonas. Neste caso a menor tensão admissível, para
emenda mecânica, é de 64 kN/m (ver tabela abaixo). Para correia de 36” a tensão
máxima admissível é de Tadm = 5965,5 (kgf), que atende a condição para o valor de T 1
(Tadm > T1).
181
PLYLON - 330
Nº DE LONAS
3
CAPACIDADE DE TENSÃO
EMENDA ESPESSURA DA CARCAÇA (mm)
EMENDA MECÂNICA
VULCANIZADA
4,6
KN/m LBF/POL. LBF/POL.
KN/m LARGURA PESO APROXIMADO DA
LARGURA LARGURA LARGURA
CARCAÇA (kg/m²)
72 405 64 360
6,8
OBS.: Para emendas mecânicas recomendamos os grampos apropriados para o
serviço mencionado, conforme a especificação do fabricante.
LARGURA MÍNIMA DA
LARGURA MÁXIMA DA CORREIA CORREIA PARA
ACAMAMENTO SOBRE
PESO DO lb/pés³ 0-45 45-105 105-165 165-200 ROLETES
MATERIAL kg/m³ 0-730 730-1690 1690-2650 2650-3300
ÂNGULO DOS ROLETES
ângulo dos roletes 20° 35° 45° 20° 35° 45° 20° 35° 45° 20° 35° 45°
20° 35° 45°
mm. 1850 1850 1500 1850 1500 1350 1500 1350 1200 900 750 600
mm 600 600 750
pol. 72 72 60 72 60 54 60 54 48 54 48 42
pol. 24 24 30
182
EP - Peso das Coberturas
- - 10,0 11,91
- - 12,0 14,29
183
A especificação final da correia é: Correia Plylon 330 – 3 lonas. Largura de 36”.
Cobertura Stacker, 1/8” lado de carga e 1/16” lado dos tambores. Peso de 11,12 (kgf/m).
Este assunto foi detalhado na terceira série de exercícios no item 2. A Tensão Efetiva
considerada no cálculo é de 28000 N, que corresponde ao arredondamento do valor
calculado no item 3, 2743 (kgf). Este valor não altera os resultados obtidos.
7) Esticador do Transportador:
Estimando o valor de Pc, peso do tambor esticador e carro guia, em 300 kgf, temos:
G 5114 , 73 (kgf)
184
8.1) Especificação do Motor:
Motor Assíncrono de Indução Trifásico, 6 pólos, 1185 rpm, 150 HP, carcaça 315 S/M,
Tensão 440 V, 60 Hz, Isolamento Classe B, Categoria N, Conjugado Nominal de 90,6
kgf.m, IP(W) 55 Marca WEG ou similar.
V 3
nt 1 ,15 rps 69 rpm
πD π 0 , 830
nm 1185
i 17 ,17
nt 69
Redutor de velocidade de eixos paralelos, 280 (HP), redução 17,09, eixo de alta 1185
rpm, Tipo Y2 2120. FALK ou Similar.
2000 q f
tf
Wm V
MV
Ff Te
tf
185
O valor da massa total do transportador é calculado conforme Manual dos
Transportadores Contínuos e vale 4832,3 (kg.s2/m).
Z f Ff R tambor
Freio Eletro-Hidráulico Tipo FNN 2530, Torque Máximo 6330 (N.m), Torque Mínimo
2820 (N.m). Polia de 630 (mm), EMH ou similar.
H Wm
L
K x K y W m W b 0 , 015 W b
2
L
Z c R tambor H W m K x K y W m W b 0 , 015 W b
2
Freio contra-recuo tipo HD-4A, Eixo 150 mm, 70 rpm, torque de serviço 585 (kgf.m), da
marca FAÇO Stephens Adamson ou Similar.
186
Figura 40: Seção do Transportador. Vista das Passarelas e dos Roletes de Carga e Retorno
187
A estrutura de um vão do transportador é representada pela figura abaixo.
188
Figura 44: Vista Geral do Transportador
Figura 45: Detalhe do Conjunto de Acionamento. Acoplamento Hidráulico entre Motor e Redutor
189