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ANALISTA

TRIBUTÁRIO

2019/8/29
DIREITO TRIBUTÁRIO

Definição
2019/8/29
DIREITO TRIBUTÁRIO

A Constituição Federal não cria, apenas delimita a competência das entidades


capazes de atribuir o tributo, ou seja, de tributar, mas esta outorga não é ilimitada,
sob pena de existirem abusos do Estado.

Assim, do mesmo modo que a constituição outorga competências, também impõe


limites a este poder de tributar.

Nenhuma Lei pode contraria aquilo que está disposto na na CF:

 Em relação aos direitos e garantias individuais (art. 5 e 7) da CF.

2019/8/29
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Emenda Constitucional

É uma modificação na Constituição que deve ser aprovada por 3/5 das duas casas do Congresso, em
dois turnos.

Não podem ser objeto de emenda constitucional (artigos 60º § 4º, I a IV) as chamadas "cláusulas
pétreas", isto é, as que se referem à federação, ao voto direto, secreto, universal e periódico, à separação
de poderes e aos direitos e garantias individuais

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 Lei Complementar

A lei complementar à Constituição é por esta definida quanto às matérias. Requer maioria absoluta de
votos nas duas casas do Congresso para aprovação.

 Lei Ordinária

A lei ordinária diz respeito à organização do poder judiciário e do ministério público, à nacionalidade,
cidadania, direitos individuais, políticos e eleitorais, planos plurianuais e orçamentos e a todo o direito
material e processual, como os códigos civil, penal, tributário e respectivos processos.

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 Lei Delegada

A lei delegada é elaborada pelo presidente, a partir de delegação específica do Congresso, mas não pode
legislar sobre atos de competência do Congresso, de cada casa, individualmente, sobre matéria de lei
complementar nem sobre certas matérias de lei ordinária.

Assuntos que ficam fora da lei delegada: nacionalidade, cidadania, direitos individuais, políticos, eleitorais,
planos plurianuais e orçamentos, etc...

 Medida Provisória

A medida provisória, editada pelo presidente da república, deve ser submetida ao Congresso; não pode
ser aprovada por decurso de prazo nem produz efeitos em caso de rejeição.

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 Decreto Legislativo

O decreto legislativo é de competência exclusiva do Congresso Nacional, sem necessitar de sanção


presidencial. A resolução legislativa também é privativa do Congresso ou de cada casa isoladamente, por
exemplo, a suspensão de lei declarada inconstitucional

 Decreto Presidencial

No sistema jurídico brasileiro, os decretos são atos administrativos da competência dos chefes dos
poderes executivos (presidente, governadores e prefeitos).

Um decreto é usualmente usado pelo chefe do poder executivo para fazer nomeações e
regulamentações de leis (como para lhes dar cumprimento efetivo, por exemplo), entre outras coisas.

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 Resolução

Resolução - Ato legislativo de conteúdo concreto, de efeitos internos. É a forma que revestem
determinadas deliberações da Assembléia da República. As Resoluções não estão, em princípio,
sujeitas a promulgação e também não estão sujeitas a controle preventivo da constitucionalidade,
exceto as que aprovem acordos internacionais.

2019/8/29
DIREITO TRIBUTÁRIO

Poderes das Leis

As seguintes matérias são reservadas exclusivamente à Lei;

• instituir, extinguir, reduzir ou majorar tributos;


• definir fato gerador da obrigação tributária principal;
• fixar alíquotas ou base de cálculo de tributos;
• cominar penalidades;
• excluir, suspender ou extinguir crédito tributário

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 Sistema Tributário Nacional

É composto de 4 sistemas tributários autônomos: federal, estadual, municipal e do Distrito Federal.

Composição: O Sistema Tributário Nacional compõe-se de:

• Impostos
• Taxas
• Contribuições de Melhoria
• Contribuições Parafiscais
• Contribuições Especiais
• Empréstimo Compulsório

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 O QUE É TRIBUTO?

É toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não se
constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa
plenamente vinculada.

 Pecuniária?

 Não constitua Sanção de ato ilícito?

 Instituída em Lei?

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 Nascimento da obrigação tributária

O tributo nasce quando se verifica:

• o fato gerador lícito (diferente de multa)


• descrito na hipótese de incidência da norma jurídica tributária.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Elementos do tributo

Hipótese de incidência: é o fato descrito na lei que acontecido faz nascer a relação jurídica tributária (o
dever de pagar tributo) que tem por objeto a dívida tributária.

Base de cálculo: é a dimensão legal da materialidade do tributo. Deve guardar correlação lógica com a
Hipótese de Incidência (está embutida na Hipótese de Incidência. Ex.: IR = a Hipótese de Incidência é obter
rendimentos e a base de cálculo é o valor do rendimento.

Alíquota: é o critério legal, normalmente expresso em %, que, conjugado à base de cálculo permite que se
chegue ao montante do imposto a pagar

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 Impostos

É classificado como um tributo não vinculado, por possuir uma hipótese de incidência não depende de
atuação do estado.

Os impostos podem ser:

a) federais – II, IPI, IE, IOF, IR, ITR, etc.


b) estaduais – ICMS, IPVA ....
c) municipais – IPTU, ISS, ITBI .....

A União pode criar impostos que não existem na CF , assim como também impostos extraordinários.
Exemplo: Imposto Extraordinário em virtude de uma Guerra.

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 Impostos (Classificação)

 Diretos: Incidem sobre o “Contribuinte de Direito”, o qual não tem, pelo menos teoricamente, a
possibilidade de repassar para outrem o ônus tributário. No Imposto de Renda da pessoa física
assalariada, por exemplo, é o empregado quem suporta a obrigação, não havendo condições de
ocorrer a repercussão (transferência do ônus tributário para outrem). Exemplo: IRPF; IPVA; IPTU;

 Indiretos: A carga tributária cai sobre o “Contribuinte de Direito” que o transfere para outrem. Nem
sempre o contribuinte que paga é, efetivamente, quem suporta em definitivo a carga tributária.
Exemplo: IPI,ICMS, ISS (quem suporta o ônus da carga tributária é o consumidor final)

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 Princípios Gerais da Legislação Tributária

 Princípio da Legalidade: ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa, senão em
virtude de lei (princípio da universalidade da legislação).

Nenhum tributo pode ser exigido ou aumentado sem lei que o estabeleça

Exceções ao princípio da legalidade:

Pode o poder executivo alterar as alíquotas dos seguintes tributos: (artigo 153, parágrafo 1° da CF/88):
· Imposto de Importação - lI ;
· Imposto de Exportação - IE;
· Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI;
· IOF

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Princípios Gerais da Legislação Tributária

Princípio da anterioridade → princípio comum do campo tributário, diz que a lei que cria ou aumenta
tributo, ao entrar em vigor, fica com sua eficácia suspensa até o início do próximo exercício financeiro,
quando incidirá e produzirá todos os seus efeitos no mundo jurídico (não adia a cobrança e sim
suspende a eficácia, não há incidência). Este princípio e o princípio da segurança jurídica evitam a
surpresa.

Observando conjuntamente com o princípio da anterioridade, aplica-se também o princípio da


noventena.

Graças ao princípio da noventena, a lei que institui ou majora tributo não pode surtir efeitos antes de
decorridos 90 dias da sua publicação.

2019/8/29
DIREITO TRIBUTÁRIO

 Princípios Gerais da Legislação Tributária

Exceções: As exceções a este princípio não podem ser criadas pelo poder reformador, só pelo poder
constituinte originário.

• Imposto de Importação - lI ;
• Imposto de Exportação - IE;
• Imposto Sobre Produtos Industrializados - IPI;
• IOF
• Impostos Extraordinário em Razão de Guerra Externa ou sua Iminência
• Empréstimos Compulsórios por Motivo de Guerra Externa ou Calamidade Pública
• As Contribuições para à Seguridade Social ( anterioridade especial)

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Princípios Gerais da Legislação Tributária

Princípio da segurança jurídica : (ou irretroatividade) - É vedado às entidades tributantes cobrar


tributos em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver
instituído ou aumentado, ou seja é proibido a aplicação de lei nova que criou ou aumentou tributo a
fato pretérito.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Princípios Gerais da Legislação Tributária

Princípio da Não-cumulatividade : Este princípio é alcançado subtraindo-se do imposto devido na


operação posterior o que foi exigível na anterior. Não se permitirá a tributação em cascata, em cada
operação de industrialização e comercialização, mas apenas a operação inicial e, em cada uma seguinte,
apenas sobre o valor acrescido.

Aplica-se apenas ao:

• IPI
• ICMS

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Obrigação Tributária Principal e Acessória

 Principal: Surge com a ocorrência do fato gerador;

Exemplo: Fato gerador do IRRF Auferir Rendimentos

Ao auferir rendimentos ocorre o fato gerador do IRRF e assim a obrigação principal de pagar o tributo.

 Acessória: Atos que auxiliam a Administração Tributária na fiscalização dos Tributos

Exemplo: emissão de nota fiscal e declaração de imposto de renda.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Fato Gerador

Fato gerador é a causa das obrigações tributárias, ou seja, o que faz nascer a obrigação tributária.

- IPI - caso de uma empresa industrial que dá saída a produto por ela fabricado, fica obrigado ao
pagamento do imposto (obrigação principal)

Desta forma, fica também obrigado a emitir a nota fiscal assim como também a registrar a saída das
mercadorias nos livros fiscais. ( obrigação acessória)

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Decadência
Constituem a perda do direito que a fazenda
pública possui de: lançar o tributo ou de cobrar
o crédito judicialmente
Prescrição

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Decadência (Exemplo)

Se um contribuinte efetua o pagamento do tributo a menor, o fisco possui o prazo de cinco anos para
reconhecer o erro e efetuar o lançamento, caso contrário perde o direito de efetuar a cobrança.

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 Decadência (Contagem)

Regra Geral: 5 (cinco) anos contados do primeiro dia do exercício seguinte àquele em que o lançamento
poderia ter sido efetuado.

Exemplo:

Fato gerador do tributo: em 15 de janeiro de 2009.


Autoridade poderia fazer o lançamento a partir do dia 16 de janeiro de 2009
Extinção: 05 anos contados a partir de 1 °de janeiro do ano de 2015

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DIREITO TRIBUTÁRIO

Prescrição

A prescrição que ocorre contra a Fazenda, acarreta a extinção do direito que ela possui de promover
ação judicial(execução fiscal) para a cobrança do crédito tributário já definitivamente constituído e não
pago pelo sujeito passivo.

O crédito é constituído por exemplo quando a PJ entrega a DCTF.

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DIREITO TRIBUTÁRIO

 Prescrição (Contagem) a)na data de notificação do lançamento ao sujeito passivo,


caso ele não faça impugnação administrativa do lançamento;
ou
O início da contagem do prazo de
prescrição, considera-se
definitivamente constituído o
crédito tributário em um desses
dois momentos: b)na data de notificação ao sujeito passivo da decisão
administrativa definitiva que tenha mantido total ou
parcialmente o lançamento por ele impugnado.

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MICRO EMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO
PORTE

Definição
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Tratamento Jurídico x Tratamento Tributário

Lei Complementar 123 de 2006

1. Regime tributário do Simples Nacional


2. Regime Tributário do Lucro Presumido
3. Regime Tributário do Lucro Real

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Definição de ME e EPP

Serão consideradas microempresas e empresas de pequeno porte, as sociedades


empresariais, as sociedades simples e o empresário individual que obtiverem, em cada ano-
calendário, receita bruta em valor:

•Microempresa: igual ou inferior a R$ 360.000,00;

•Empresa de Pequeno Porte: acima de R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00

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Objetivos do Tratamento Diferenciado as ME e EPP

1. Licitações:
2. Acesso ao Mercado Externo:
3. Simplificação das Relações de Trabalho
4. Do Acesso à Justiça do Trabalho
5. Do Associativismo
6. Do Estimulo ao Crédito e à Capitalização
7. Do Estímulo à Inovação
8. Investidor Anjo
9. Salão Parceiro
10.Inscrição e Baixa Simplificada
11.Certificado Digital

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1. Licitações:

Caso a documentação da ME OU EPP apresente alguma irregularidade fiscal ou trabalhista,


ela terá o prazo de cinco dias para efetuar a regularização, pagamento ou parcelamento do
débito.

Ocorrendo o empate: Fica assegurada a preferência a ME ou EPP.

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Acesso ao Mercado Externo:

Procedimentos simplificados de habilitação, licenciamento, despacho aduaneiro e câmbio, na


forma do regulamento.

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 Simplificação das Relações de Trabalho

Da Segurança e da Medicina do Trabalho: Serão estimuladas pelo poder público a formar


consórcios para acesso a serviços especializados em segurança e medicina do trabalho.

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Das Obrigações Trabalhistas:

São dispensadas:

I - da afixação de Quadro de Trabalho em suas dependências;


II - da anotação das férias dos empregados nos respectivos livros ou fichas de registro;
III - de empregar e matricular seus aprendizes nos cursos dos Serviços Nacionais de
Aprendizagem;
IV - da posse do livro intitulado “Inspeção do Trabalho”; e
V - de comunicar ao Ministério do Trabalho e Emprego a concessão de férias coletivas

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Do Acesso à Justiça do Trabalho

O empregador poderá ser substituido por terceiros que conheçam os fatos que não possuam
vinculos

Do Associativismo

Poderão realizar negócios de compra e venda de bens e serviços para os mercados nacional e
internacional, por meio de sociedade de propósito específico;

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Do Estimulo ao Crédito e à Capitalização

O Poder Executivo federal proporá, sempre que necessário, medidas no sentido de melhorar o
acesso aos mercados de crédito e de capitais, objetivando a redução do custo de transação, entre
outras;

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Do Estímulo à Inovação

Objetivo: Aplicar no minimo 20% dos recursos destinados pelos órgãos púbicos para a inovação,
em programas e projetos de apoio as MEs e EPPs.

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Investidor Anjo: A pesssoa jurídica enquadrada como ME ou EPP, poderá receber aporte de
investidor anjo.

Salão Parceiro: As Micro empresas e Empresas de Pequeno Porte podem efetuar contratos de
parcerias com profissionais parceiros e desta forma desconsiderar a receita repassada a estes
profissionais da sua receita bruta.

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Inscrição e baixa simplificada

A inscrição, baixa ou alterações das MEs e EPPs,nos três âmbitos do governo ocorrerão
independentemente da regularidade de obrigaçõaes tributárias, trabalhistas e previdenciárias;

Porém tais débitos, se existirem, serão transferidos para o CPF dos sócios.

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Certificado Digital

A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional não estará obrigada ao uso de certificação digital para
cumprimento de obrigações principais ou acessórias, EXCETO nas seguintes hipóteses:

1. entrega da Guia de Recolhimento FGTS e Previdência Social - GFIP, e declarações (eSocial)


quando o número de empregados for superior a cinco;

2. emissão de documento fiscal eletrônico, quando a obrigatoriedade estiver prevista em norma


do Confaz ou na legislação municipal

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Conclusão: Uma ME ou EPP, não tem como incentivo apenas a tributação de forma
diferenciada, podendo ter como incentivos todos os itens anteriormente citados, o que é um
pouco desconhecido pelos contribuintes de forma geral

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Inscrição Como ME e EPP

A inscrição como ME ou como EPP é efetuada mediante declaração sob as penas da lei, de que a
empresa se enquadra na situação de microempresa ou empresa de pequeno porte:

a) No caso de empresário individual, o enquadramento será feito no próprio requerimento,


mediante indicação de campo específico.

b) Em se tratando de uma empresa limitada ou Eireli, a inscrição será efetuada em ato separado
e registrado na Junta Comercial, posteriormente a sua constituição;

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.
Nome Empresarial

Não faz-se mais necessários que a ME ou EPP acrescente ao seu nome a denominação ME ou EPP.

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Enquadramento

• É obrigatório
• Não tem penalidades para quem não o fizer
• Contudo não poderá usufruir dos beneficios disponibilizados pela LC

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Reenquadramento

O reenquadramento deverá ser efetuado sempre que a pessoa jurídica sofre alteração de porte.

Desenquadramento

O desenquadramento deverá ocorrer sempre que a Pessoa jurídica incorrer em alguma situação
impeditiva

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Desenquadramento de ME ou EPP

Excesso de limite da RB anual no ano calendário, fica excluída no mês subsequente ao mês do
excesso.

 Não superior a 20% = Próximo ano calendário.

 Superior a 20% = Efeitos retroativos.

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Comprovação da Condição de ME ou EPP

A comprovação da condição de microempresa ou empresa de pequeno porte pelo empresário ou


sociedade será efetuada mediante certidão expedida pela Junta Comercial

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Pessoa Jurídicas excluídas da Lei Geral da ME e EPP

Não se inclui no regime diferenciado e favorecido previsto no Estatuto Nacional da ME e da EPP, para
nenhum efeito legal, a pessoa jurídica:

I - de cujo capital participe outra pessoa jurídica;


II - que seja filial, sucursal, agência ou representação, no País, de pessoa jurídica com sede no exterior;
III - de cujo capital participe pessoa física que seja inscrita como empresário ou seja sócia de outra
empresa que receba tratamento jurídico diferenciado nos termos do Estatuto das ME e EPP, desde que a
receita bruta global ultrapasse o limite estipulado pela Lei Complementar.
IV - cujo titular ou sócio participe com mais de 10% do capital de outra empresa não beneficiada pelas
normas do Estatuto das ME e EPP, desde que a receita bruta global ultrapasse o limite mencionado na Lei
Complementar;
V -cujo sócio ou titular exerça cargo de administrador ou equivalente em outra pessoa jurídica com fins
lucrativos, desde que a receita bruta global ultrapasse um dos limites máximos de que trata o inciso I do
caput

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Pessoa Jurídicas excluídas da Lei Geral da ME e EPP

VI - constituída sob a forma de cooperativas, salvo as de consumo;


VII - que participe do capital de outra pessoa jurídica;
VIII - que exerça atividade de banco comercial, de investimentos e de desenvolvimento, de caixa
econômica, de sociedade de crédito, financiamento e investimento ou de crédito imobiliário, de corretora
ou de distribuidora de títulos, valores mobiliários e câmbio, de empresa de arrendamento mercantil, de
seguros privados e de capitalização ou de previdência complementar;
IX - resultante ou remanescente de cisão ou qualquer outra forma de desmembramento de pessoa
jurídica que tenha ocorrido em um dos 5 anos calendário anteriores;
X - constituída sob a forma de sociedade por ações (S/A).
Vamos analisar abaixo alguns dos pontos mais polêmicos em relação aos itens citados acima:

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Investidor Anjo

Com a intenção de incentivar a inovação e os investimentos produtivos, a Lei Complementar nº 155 de


2016, trouxe a figura do investidor anjo para todos aqueles enquadrados como ME ou EPP, sejam
optantes pelo Simples Nacional ou por outro regime de tributação.

O investidor anjo como o próprio nome já diz é um INVESTIDOR, portanto não será considerado como
sócio, ou seja, não irá figurar no contrato social da ME ou EPP como sócio nem terá qualquer direito a
gerência ou voto na administração da empresa.

Desta forma, para os sócios da empresa, representa uma boa oportunidade de obter um investimento
sem a necessidade de tomar empréstimos com juros altos no mercado financeiro, sem a necessidade de
incluir um novo sócio na empresa, com direito a influenciar na administração do seu negócio.

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Investidor Anjo

Para o investidor é uma oportunidade de fazer um investimento que poderá ser altamente rentável
financeiramente, e com a vantagem de não responder por qualquer divida que esta empresa contraia,
inclusive em recuperação judicial, não se aplicando à ele o abuso da personalidade jurídica do artigo 50
do Código Civil.

O investidor anjo poderá ser pessoa física ou pessoa jurídica e somente poderá exercer o direito de
resgate do investimento, depois de decorridos, no mínimo, dois anos do aporte de capital, ou prazo
superior estabelecido no contrato de participação

Esta característica é interessante para a pessoa jurídica que receber o aporte pois representa uma
garantia de que o investidor não poderá resgatar o aporte realizado fora do prazo determinado em
contrato

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Investidor Anjo

Ao final de cada período, o investidor-anjo fará jus à remuneração correspondente aos resultados
distribuídos, conforme contrato de participação, não superior a 50% (cinquenta por cento) dos lucros da
sociedade por prazo não superior a cinco anos, assim como também poderá efetuar o resgate do capital
aportado, dentro do prazo contratado e o qual será corrigido, contudo o investidor anjo não poderá
resgatar valor superior ao aporte inicialmente efetuado corrigido.

Tanto os rendimentos obtidos pelo resgate do investimento como aquele recebido pelos resultados
(lucros), ficam sujeitos a tributação na fonte do IRRF, nas seguintes alíquotas: (Instrução Normativa RFB n°
1.719/2017, artigo 5° e § 3°).

a) 22,5%, em contratos de participação com prazo de até 180 dias;


b) 20%, em contratos de participação com prazo de 181 dias até 360 dias;
c) 17,5%, em contratos de participação com prazo de 361 dias até 720 dias;
d) 15%, em contratos de participação com prazo superior a 720 dias

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Investidor Anjo

O IRRF incide sobre os rendimentos e podemos afirmar que a base de cálculo sobre a qual incidirão as
alíquotas acima descritas serão:

a) da remuneração periódica a que faz jus o investidor-anjo, correspondente aos resultados distribuídos; e
b) do ganho no resgate do aporte

NOTA: Observem que apenas os rendimentos submetem-se ao IRRF e não o total resgatado.

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Investidor Anjo

O IRRF retido deverá ser recolhido até o terceiro dia útil subsequente ao decêndio da ocorrência do fato
gerador.

É importante ressaltar também que para a pessoa jurídica que receber o aporte do investidor anjo esta
não será considerado como receita e portanto não será tributada.

Também é importante ressaltar que este investidor anjo poderá fazer a transferência do aporte por ele
efetuado a terceiro, desde que os sócios desta ME ou EPP, concordem com esta transferência. Exceto se o
contrato dispuser o contrário.

Caso os sócios decidam pela venda da empresa, o investidor anjo terá o direito à preferência na aquisição,
bem como o direito de venda conjunta da titularidade do aporte efetuado nos termos acertado no
contrato.

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Investidor Anjo

Este IRRF retido terá o seguinte tratamento:

a) Será considerado definitivo para investidor pessoa física ou pessoa jurídica isenta ou
optante pelo Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições
devidos pelas Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional); e

b) Terá a característica de antecipação do imposto devido no encerramento de cada período


de apuração ou na data de extinção, no caso de pessoa jurídica tributada com base no lucro
real, presumido ou arbitrado.

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SALÃO PARCEIRO

Nas atualizações ocorridas na Lei Complementar nº 155 de 2016, o contribuinte foi contemplado com
uma novidade muito boa para os profissionais de salão de beleza.

Os profissionais como Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador


poderão firmar um contrato de parceria com o salão para o qual prestam serviço, e desta forma os salões,
poderão deduzir da sua receita bruta o valor repassado a estes profissionais, desde que estes
profissionais estejam inscritos no CNPJ.

Neste sentido, pairaram algumas dúvidas dos contribuintes, como por exemplo a emissão da nota fiscal
pelo salão parceiro.

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SALÃO PARCEIRO

Este contrato deverá conter obrigatoriamente as seguintes cláusulas:

a) percentual das retenções pelo salão-parceiro dos valores recebidos por cada serviço prestado pelo
profissional-parceiro;
b) obrigação, por parte do salão-parceiro, de retenção e de recolhimento dos tributos e contribuições
sociais e previdenciárias devidos pelo profissional-parceiro em decorrência da atividade deste na
parceria;
c) condições e periodicidade do pagamento do profissional-parceiro, por tipo de serviço oferecido;
d) direitos do profissional-parceiro quanto ao uso de bens materiais necessários ao desempenho das
atividades profissionais, bem como sobre o acesso e circulação nas dependências do estabelecimento;

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SALÃO PARCEIRO

e) possibilidade de rescisão unilateral do contrato, no caso de não subsistir interesse na sua continuidade,
mediante aviso prévio de, no mínimo, 30 dias;
f) responsabilidades de ambas as partes com a manutenção e higiene de materiais e equipamentos, das
condições de funcionamento do negócio e do bom atendimento dos clientes;
g) obrigação, por parte do profissional-parceiro, de manutenção da regularidade de sua inscrição perante
as autoridades fazendárias.

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SALÃO PARCEIRO

Retenções por parte do salão parceiro

O salão parceiro pode realizar a retenção da chamada cota parte. Esta cota parte refere-se a um “aluguel”
que o salão parceiro cobra do profissional parceiro pela utilização dos móveis, do espaço e dos utensilios
que pertencem ao salão, podendo ser também a titulo de apoio administrativo. O valor desta cota parte
será determinada no contrato pactuado entre as partes. Lei n° 12.592/2012, art. 1°-A, § 4°

O salão-parceiro realizará a retenção de sua parte, conforme contrato de parceria, e fará o recolhimento
de tributos e contribuições sociais e previdenciárias incidentes sobre a parte do profissional-parceiro.

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SALÃO PARCEIRO

Pontos importantes

 Não haverá vínculo empregatício entre o salão parceiro e o profissional parceiro, desde que estes
tenham o contrato firmado da forma colocada anteriormente e desde que o profissional parceiro não
desempenhe funções diferentes das descritas no contrato.
 O profissional parceiro não assumirá as responsabilidades e obrigações decorrentes da administração
da pessoa jurídica do salão-parceiro, seja ela de ordem contábil, fiscal, trabalhista e previdenciária
incidentes, ou quaisquer outras relativas ao funcionamento do negócio.
 O salão-parceiro possui a responsabilidade da preservação e manutenção das adequadas condições de
trabalho do profissional parceiro, especialmente quanto aos seus equipamentos e instalações,
obedecendo às normas sanitárias, efetuando a esterilização de materiais e utensílios utilizados no
atendimento a seus clientes
 O salao parceiro não poderá ser MEI, cabendo à ele a opção pelo Simples Nacional.
 O profissional parceiro poderá se inscrever como MEI.

2019/8/29

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