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Timing Transits, por Robert Hand - Parte I de V

Decidi traduzir o capítulo "Timing Transits" do livro escrito por Robert


Hand que se intitula "Planets in Transit. Life Cycles for Living", da
editora Whitford Press.
Considero que este é um assunto da maior importância e que eu ainda
me debato para compreender, daí a absoluta necessidade de o traduzir
primeiro, pois a leitura directa em inglês não me estava a "entrar" bem.
Porque considero ser um documento importante, partilho com todos os
que o desejarem, para que também possam entender melhor este
assunto e evoluir no vosso estudo da astrologia.
Decidi não traduzir a palavra "timing" por ser amplamente utilizada por
nós na língua portuguesa e porque não me soavam bem as alternativas,
não eram tão específicas, embora esta seja só a minha opinião.
Perdoem-me qualquer falha que possa ocorrer, obviamente esta não é
uma tradução autorizada nem revista por ninguém, mas foi realizada
por mim com o maior cuidado. Esta é a minha estreia mundial em
traduções.
Irei seccionar o texto por diversos posts pois não o estou a conseguir
inserir num só, limitações desta "máquina".

O “Timing”
Timing” dos Trânsitos

Um dos problemas mais difíceis na aplicação da teoria dos trânsitos é o


seu “timing”, ou seja, procurar quando as influências associadas com o
trânsito atingem um pico. Precisamente quando um evento respeitante ao
mundo exterior acontece? A princípio, isto pode não parecer um problema,
porque estará à espera que a influência do trânsito tenha o seu pico e o
evento ocorra no preciso momento em que o trânsito se torna mais
exacto. Mas esta situação nem sempre acontece, porque cada evento na
sua vida, seja envolvendo puramente questões internas, mudanças
psicológicas ou eventos externos, está normalmente relacionado com uma
série de factores que operam em simultâneo. Iremos discutir esses
factores neste capítulo.

Então comecemos pelo caso mais simples, onde apenas um trânsito está a
actuar no momento. Neste caso, você esperará e bem que a ocorrência
coincida com o tempo exacto do trânsito, mas mesmo aqui não poderá
contar com isso completamente. Primeiro, se realmente existe apenas um
trânsito a operar numa dada altura, provavelmente não será um evento
notável; seja o que for que aconteça será demasiado subtil para se
reparar. Muito poucas mudanças importantes na vida estão marcadas por
um único trânsito. Se prestar atenção apenas nos trânsitos dos planetas
exteriores, pode parecer que eles indicam eventos importantes, mas de
facto vai perceber que existem trânsitos simultâneos dos planetas
interiores a ocorrer que reforçam os trânsitos dos planetas exteriores. Ou
ocorrem trânsitos muito significativos a pontos médios, que reforçam os
trânsitos dos planetas exteriores. Os trânsitos aos pontos médios são
muito importantes e serão discutidos em detalhe mais à frente, neste
capítulo.

Com muita frequência verá que o arco do trânsito de um planeta interior é


mais próximo do que o de um planeta exterior que o acompanha. Mas o
evento não pode ser descrito sem a referência do trânsito do planeta
exterior. Esta é uma ocorrência muito comum e elucida o primeiro

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princípio da análise dos trânsitos.

Regra 1. O Trânsito de um planeta exterior geralmente é


rigorosamente acompanhado no tempo pelo trânsito de um planeta
interior que coincide aproximadamente com ele e que reforça a
natureza do trânsito do planeta exterior.

Muitas vezes mais do que um trânsito de um planeta interior faz isto, o


que complica consideravelmente o “timing”. Neste caso outros métodos
têm que ser incorporados, como discutiremos mais à frente neste capítulo.
No entanto, para já podemos dizer que um evento ocorrerá no espaço de
tempo entre ou no tempo dos diversos trânsitos dos planetas interiores. O
Sol e Marte muitas vezes apresentam esta função do tempo, apesar de
por vezes Mercúrio ser importante a indicar quando um evento se torna
consciente para si. Agora vamos introduzir um segundo princípio que
muitas pessoa vão considerar de alguma forma diferente da forma como
foram ensinadas.

Regra 2. Não existem orbes de influência no que respeita a


trânsitos.

O termo orbe normalmente significa uma área onde os eventos, que dizem
respeito a um trânsito, ocorrem. É medido no espaço e consideram-se
determinados graus ao longo da eclíptica. O espaço pode ser convertido
em tempo, porque o trânsito do planeta está a mover-se, por isso uma
orbe de determinados minutos e graus indica o período de tempo em que
um trânsito poderá indicar um evento.

O problema é que não podemos falar de período de tempo em que um


único trânsito terá efeito, sem referir os trânsitos tanto dos planetas
interiores como dos exteriores que estão a ocorrer, ou sem referir a
natureza dos eventos ou processos simbolizados pelo trânsito. Alguns
eventos internos ou mudanças psicológicas levam um grande período de
tempo a atingir um clímax e ainda mais tempo a desenvolver as suas
consequências. O período de tempo envolvido é função dos eventos e não
dos trânsitos.

O melhor que podemos esperar fazer é localizar o ponto central de todo o


processo, que vai ocorrer o mais próximo possível dos trânsitos que o
significam, apesar de outros factores descritos neste capítulo possam
afastar o evento do tempo aparente do trânsito mais próximo. Mas mais
uma vez eu saliento que não é devido a um efeito de orbe, mas porque o
evento está associado com uma quantidade de diferentes factores dos
trânsitos. Na minha experiência, se tomar em consideração os diversos
trânsitos que podem afectar o “timing” do processo, e combinar os seus
efeitos correctamente, chegará muito perto do tempo exacto do evento.
Tem que ser salientado que os métodos descritos neste capítulo podem
resultar em mais do que uma altura possível para um determinado evento,
num maior espaço de tempo, mas cada uma das alturas possíveis serão
definidas com muita precisão. Não é que um evento possa ocorrer algures
no decurso de alguns dias ou até alguns meses, mas que haverá certos
períodos de tempo definidos onde o evento possa ocorrer.

Confesso que este processo é muito mais simples de realizar após um


evento do que antes, mas os princípios, teoricamente, mantêm-se
correctos. Sempre que um evento aparentemente não correspondeu com
a altura de máxima influência planetária, eu sempre constatei que me
tinha escapado algum factor. O indeterminável no “timing” de um trânsito
resulta simplesmente da dificuldade de ter em conta todos os factores, e
não de uma orbe ou zona de igual probabilidade no trânsito.

Regra 3. Quando uma série de trânsitos descrevem um evento, o


momento do evento será tão mais próximo do tempo
correspondente à média das orbes de todos os planetas em
trânsito à medida que esta se aproxima do zero.

O princípio é aplicado ao caso da demissão de Nixon no caso de estudo de


Nixon e o Watergate. É muito aplicável quando diversos planetas estão a
transitar num ponto do mapa. A técnica é encontrar a distância entre o
planeta em trânsito e o ponto exacto do trânsito. Até os planetas
atingirem o ponto do trânsito, o ângulo é considerado negativo. Depois de
o planeta ter atingido o ponto do trânsito, o ângulo é positivo. É claro que,
os sinais dos ângulos podem ser invertidos, desde que sejam atribuídos
sinais opostos aos ângulos aplicativos e separativos do trânsito.

Depois de calcular todos os ângulos entre os planetas em trânsito e o


ponto do trânsito, efectue a sua soma; por outras palavras, some os
positivos, some os negativos e subtraia aos positivos. Se a soma dos
valores negativos for maior que a soma dos valores positivos, subtraia a
soma dos positivos pelos negativos e obtém um resultado negativo.

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Por exemplo, vamos supor que temos um Sol natal a 12º00’ de Leão.
Urano aproxima-se com uma quadratura a partir de Touro, tem a
longitude 11º25’ de Touro. O Júpiter em trânsito está a 16º00’ de
Escorpião, e o Marte em trânsito está a 11º25’ de Leão. Vemos que cada
trânsito tem um ângulo separativo entre ele mesmo e a exactidão. Urano
quadratura ao Sol natal = -45’. Júpiter quadratura ao Sol Natal = +4º00’.
Marte conjunção ao Sol natal = -35’. Se convertermos os 4º00’ no seu
equivalente 240’, depois somarmos os valores positivos entre eles e os
valores negativos entre eles. A soma dos positivos é 240’, porque apenas
existe um ângulo positivo, enquanto que a soma dos negativos é -80’.

240’ + (-80’) = 240’ – 80’ = 160’

Esta soma representa o ângulo separativo total. Divide-se esta soma pelo
número de planetas em trânsito, que neste caso são três. 160’/3 =
53,33333’, que é a média dos ângulos dos trânsitos neste momento.
Enquanto a média for positiva teremos a combinação de força dos três
trânsitos para além do seu pico.

Este cálculo pode ser feito de outra forma se todos os trânsitos tiverem
ângulos múltiplos de trinta graus ou se tiverem o mesmo sinal. Isto é
normalmente o que sucede, excepto se existem semiquadraturas e
sesquiquadraturas. Simplesmente some a posição de cada planeta em
trânsito para um determinado momento em termos de graus do seu signo
em vez de ser em 360º. Aqui está o cálculo para o nosso exemplo:

11º15’ + 16º00’ + 11º25’ = 38º40’

Depois dividimos este valor por três, o número de planetas em trânsito,


para obter 12º53,3333’. Este método, que utiliza a posição média dos
planetas em trânsito dentro dos seus signos, também mostra que a
influência combinada dos 3 planetas é 53,33333’ está para além do seu
pico. O maior problema deste método é a dificuldade em dividir um
número que tem graus e minutos. Aqui está o método.

1. Para dividir 38º40’ por 3, primeiro divida 38º por 3.

38º / 3 = 12º , resto = 2º

2. Converter o resto em minutos multiplicando por 60.

2º x 60 = 120’

3. Combinar este valor do resto convertido com os 40’ do valor


original 38º40’.

120’ + 40’ = 160’

4. Dividir a soma em minutos por 3.

160’ / 3 = 53,33333’

Assim obtemos a resposta final de 12º 53,33333’.

(continua...)

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Timing Transits, por Robert Hand - Parte II de V

(continuação)

Regra 4. Se dois planetas em aspecto no mapa natal estão a


receber trânsitos, a influência que levará a um evento terá o seu
pico e com isso calculamos o tempo do evento quando o planeta
em trânsito contactar cada um dos dois planetas de uma forma
exacta e também quando estiver exactamente a meia distância dos
dois trânsitos em arco.

Esta é outra situação em que a orbe média dos trânsitos se aproxima de


zero, mas aqui há dois factores natais e um factor em trânsito. Como
exemplo, digamos que temos um trígono de 1º05’ de Carneiro para 4º56’

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de Leão e um planeta em trânsito no início de Gémeos. Haverá três picos
de influência. O primeiro ocorrerá no trânsito exacto por sextil a 1º05’ de
Gémeos, e o terceiro a 4º56’ de Gémeos, mas também haverá um pico a
3º01’ de Gémeos, porque os ângulos entre o planeta em trânsito e o
planeta natal transitado antes, são iguais mas de sinais opostos. Este pico
normalmente é o mais forte dos três! Repare também que este ponto
representa o trânsito exacto ao ponto a meia distância dos dois planetas
natais, normalmente chamado de ponto médio ou soma média. Neste caso
os trígonos não actuam como trígonos, em vez disso a influência é
semelhante a uma oposição.

Neste ponto gostaria de discutir o método para o cálculo dos pontos


médios, que é bastante simples. Primeiro, converter as longitudes dos dois
planetas natais em questão para a notação em 360º; ou seja, medir a sua
posição angular no zodíaco desde 0º de Carneiro, em vez de ser desde o
início do signo. Isto é feito adicionando os valores derivados correctos da
tabela seguinte às longitudes expressas em termos de signo. Para
converter o valor 23º36’ de Touro para a notação em 360º, somamos 30º
a 23º36’, obtendo 53º36’.

Agora vamos analisar outro factor a 17º19’ de Escorpião e calcular o ponto


médio entre ele e o factor a 23º36’ de Touro. Nós já temos os valores
para a primeira posição

0º Carneiro 180º Balança


30º Touro 210º Escorpião
60º Gémeos 240º Sagitário
90º Caranguejo 270º Capricórnio
120º Leão 300º Aquário
150º Virgem 330º Peixes

Tabela 1

Para calcular o valor para a segunda posição, procuramos Escorpião na


tabela e encontramos 210º. Somamos 210º a 17º19’, e obtemos 227º19’,
e depois adicionamos os dois valores.

227º19’ + 53º36’ = 280º55’

Para encontrar o ponto médio dividimos esta soma por 2; daí o termo
soma média.

280º55’/ 2 = 140º27,5’ ou 140º28’, arredondando ao minuto mais


próximo.

Isto é igual a 20º28’.

Às vezes esta técnica dá uma resposta que parece estar exactamente


180º desviada. Não está de facto desviada, é o ponto médio calculado
pelo mais longo dos arcos entre os dois planetas. Neste caso,
simplesmente substitui-se o signo oposto à posição que se obteve. O
ponto médio do arco mais curto é normalmente a preferida, apesar de que
para os objectivos do “timing” não faz qualquer diferença.

Às vezes um evento parece saído do nada, sem qualquer correspondência


significativa com os trânsitos. Isto é quase sempre um engano resultante
da verificação dos trânsitos de uma forma descuidada. Como eu afirmei,
os eventos são normalmente acompanhados no tempo largamente por
trânsitos de longa duração de planetas exteriores e de uma forma mais
precisa por trânsitos de planetas interiores. Normalmente um trânsito de
um planeta interior por si só não é suficiente para significar um evento
importante, excepto no caso seguinte.

Regra 5. Numa determinada data um grupo de planetas em


trânsito, possivelmente todos os planetas interiores, podem formar
um complexo conjunto de aspectos entre si. Se esse conjunto de
aspectos está a transitar por um planeta natal, um evento vai
ocorrer na vida do nativo que suporta o simbolismo do planeta
natal combinado com o dos planetas em trânsito.

Mesmo a Lua em trânsito, cujos efeitos são tão fugazes, pode entrar numa
combinação deste género. O ponto importante a reter aqui é que não é
necessário nenhum trânsito de um planeta exterior para provocar um
efeito, e o evento pode ser bem significativo. Um exemplo deste princípio,

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que todos os astrólogos estão familiarizados, é um eclipse em trânsito,
que é normalmente considerado muito significativo quando ocorre em
conjunção ou oposição a um factor natal, mesmo que trânsitos do Sol e da
Lua por eles mesmos não sejam normalmente considerados críticos.

Outro princípio relacionado pode também causar eventos que parecem


vindos do nada quando não parece haver trânsitos correspondentes.

Regra 6. Se vários planetas em simultâneo estão a transitar por


pontos do mapa natal através do mesmo aspecto menor, ocorrerá
um evento que está de acordo com a natureza do aspecto e dos
planetas envolvidos.

Neste livro eu não mencionei os significados dos trânsitos por aspectos


menores. Tais como aspectos que incluem o quintil, 72º; a
semiquadratura, 45º; a sesquiquadratura, 135º; o semisextil, 30º; o
quincôncio, 150º, o biquintil, 144º; o septil, 51º25’42,9’’; e outras
subdivisões menores do círculo. Muitos destes são bastante significativos
no mapa natal, mas não parecem ter grande significado nos trânsitos. Um
único trânsito por um aspecto como a semiquadratura, mesmo que seja
por um planeta exterior muito lento a um planeta natal ou o Meio do Céu
ou ao Ascendente, normalmente não significa muito e normalmente passa
sem que se repare nele. Contudo, a excepção a este princípio ocorre
quando vários destes trânsitos ocorrem ao mesmo tempo. Mesmo que os
planetas em trânsito não formem aspectos entre si, haverá ocorrências
significativas relacionadas com o simbolismo dos planetas em trânsito
combinado com o simbolismo dos planetas natais.

Estes trânsitos compostos podem ser a fonte de algumas dificuldades para


o astrólogo que está a iniciar, pois facilmente podem passar
despercebidos, especialmente se se trata de um aspecto menor que não é
facilmente identificado, como um quintil ou um septil. Quando analisamos
um evento depois da ocorrência deste, o astrólogo muitas vezes encontra
padrões deste tipo que passaram sem serem analisados antes da
ocorrência do evento. Contudo existe uma forma de encontrar este
trânsitos antes da ocorrência dos eventos. Muitos astrólogos fazem-no
com uma roda onde estão marcados os 360º do zodíaco (“aspectarian”),
os aspectos, tanto os maiores como os menores, são indicados nos locais
certos. De maneira a usar a roda a nosso favor, é necessário usá-la
também quando se levanta o mapa, para que os planetas e a cúspide das
casas apareçam com a sua relação angular real ao longo da eclíptica. Isto
é diferente da prática comum inglesa e americana de escrever
simplesmente as posições de uma forma esquemática, num quadro, em
que as doze casas estão representadas como divisões iguais de 30º do
circulo.

Tendo levantado um mapa com o “aspectarian”, coloca-se o ponteiro no


grau de cada planeta em trânsito e toma-se nota de todos os aspectos dos
planetas em trânsito. Se os aspectos menores não estão representados, é
muito fácil colocá-los lá. No mapa normalmente utilizado pela maioria dos
astrólogos neste país (Inglaterra), é impossível acompanhar os trânsitos
por aspecto menor, a não ser que realize uma grande quantidade de
cálculos. O estudante principiante pode ignorar estes trânsitos por agora,
mas provavelmente vai encontrar um evento que é totalmente justificado
por um complexo conjunto de diversos trânsitos por aspectos menores.
Para ajudá-lo a lidar com esta situação, deixo de seguida uma lista de
significados que são normalmente associados a estes aspectos.

Semisextil (30º). Este aspecto parece criar alguma tensão, porque é uma
ponte entre dois signos adjacentes, que não têm qualquer ligação
simbólica entre eles. Signos adjacentes são de diferentes elementos,
quadriplicidades e polaridades. O semisextil gera uma sensação de
desconforto acerca dos assuntos representados pelos planetas e as casas
envolvidas no trânsito.

Semiquadratura (45º) e sesquiquadratura (135º). Estes aspectos são


apresentados em conjunto porque são de natureza bastante similar, muito
parecidos com a quadratura mas menos forte. Eles representam uma
ligação dinâmica entre as energias planetárias que geram mudança e
tensão, se uma delas não consegue acompanhar as mudanças envolvidas.
A experiência demonstrou que estes aspectos são bastante significativos
em trânsitos, mas apenas quando acontecem vários ao mesmo tempo ou
quando um ocorre a par com um trânsito em aspecto maior.

Septil (51º25’42,9’’). Veja também os diversos múltiplos deste ângulo.


Este aspecto está relacionado com mudanças internas escondidas que
frequentemente afectam o estado psicológico de cada um. Por vezes
também significa eventos que provocam mudanças radicais na percepção
e consciência. O Septile é muitas vezes descrito com estando relacionado

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com o fenómeno do “oculto”, mas esta não é uma classificação muito
clara. Este aspecto é mais significativo num trânsito de planetas que estão
relacionados entre eles por um septile.

Quintile (72º) e biquintile (144º). Estes podem não ser considerados tão
menores como o são mal entendidos. Eles relacionam-se com forças que
se combinam para trazer metamorfoses ou mudanças fundamentais na
vida de cada um. Normalmente são energias muito criativas, mas podem
ser destrutivas se forem bloqueadas. O seu simbolismo tem qualidades de
Vénus e de Plutão, eles podem criar novas estruturas e destruir as velhas.

Quincôncio (150º). Muitos astrólogos podem questionar a colocação do


quincôncio nos aspectos menores, mas por trânsito é normalmente menos
significativo que os aspectos descritos longamente neste livro. Trânsitos
por quincôncio estão relacionados com situações que parecem aparecer
espontaneamente no dia-a-dia e que forçam o indivíduo a fazer uma
mudança fatídica que o afectará mais tarde na vida. Muitos investigadores
têm reparado que eles coincidem com crises de saúde assim como com
acidentes.

Há outros aspectos menores, mas eles estão completamente para lá do


âmbito deste livro. À medida que os vamos compreendendo melhor, eu
espero que eles se tornem o assunto de artigos especializados.

(continua...)

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Timing Transits, por Robert Hand - Parte III de V


(continuação)

Correcção da Precessão dos Equinócios

Outro dos assuntos que deve ser considerado na tentativa de prever


quando um trânsito atingirá a sua influência máxima é o assunto da
precessão dos Equinócios. Muitos astrólogos têm conhecimento que o
ponto vernal, também conhecido como o primeiro ponto de Carneiro, não
se mantém estacionário em relação às estrelas fixas, mas movimenta-se
para trás, através delas, à velocidade média de 50,25 segundos por ano.
Isto é por causa dos efeitos das forças gravitacionais da Lua e dos
Planetas no ciclo rotacional da terra no seu eixo. Este movimento tem
provocado que os signos e constelações do mesmo nome deixem de ser
coincidentes uns com os outros cerca de 25º, dependendo de como nós
medimos as constelações. Por causa deste problema, um grupo de
astrólogos abandonou os signos baseados no ponto vernal, chamado
zodíaco tropical, e adoptaram um zodíaco que é fixado nas estrelas,
chamado zodíaco sideral.

O problema para nós não é que zodíaco utilizar, mas que o “timing” dos
trânsitos adoptados nos dois zodíacos comece a diferir significativamente
à medida que uma pessoa se torna mais velha. Este efeito começa a ser
notado nos vinte e muitos, e quando se tem setenta e dois anos, haverá
uma diferença de um grau entre as duas posições, que alteram o cálculo
dos trânsitos dos planetas exteriores. Ainda mais importante, este
problema tem início logo no cálculo dos mapas de retorno, ou seja, mapas
levantados para o retorno do Sol e da Lua à sua exacta posição natal. Pela
idade dos 36, o nosso retorno solar tropical difere do retorno solar sideral,
doze horas, o que altera completamente as posições dos planetas nas
casas.

Eu pessoalmente sinto que os signos do zodíaco tropical dão resultados


interpretativos que são mais úteis que os do zodíaco sideral, mas
reconheço que é possível considerar o zodíaco tropical como se estivesse a
mover-se. Por outras palavras, cada um deve tratar as posições natais dos
planetas como se fossem estrelas fixas. Como o ponto vernal, move-se
para trás, as posições das estrelas fixas movem-se para a frente no
zodíaco tropical. As opiniões dividem-se neste ponto, mas muitos
astrólogos concordam que pelo menos, determinar as posições do mapa
natal corrigidas para a precessão ajuda significativamente a calcular o
“timing” dos eventos. Exemplos disto mesmo são dados no caso de estudo
de Nixon e o Watergate.

A minha experiência pessoal tem sido que, a calcular um evento, as


posições corrigidas são mais precisas do que as que não são corrigidas,

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especialmente se utilizar as regras descritas antes neste capítulo para o
cálculo do tempo dos trânsitos. Por vezes pode parecer que trânsitos que
não corrigidos dão resultados próximos, mas isso é só porque não está a
aplicar os princípios explicados neste capítulo. Se um evento é justificado
por diversos trânsitos, é muito provável que um deles seja próximo
utilizando posições não corrigidas, mas a orbe média é normalmente
maior. Ocasionalmente, sem grandes explicações, os trânsitos com
posições corrigidas podem indicar um evento com mais precisão do que
com posições não corrigidas, mas não é normalmente o caso . E
frequentemente sem grandes malabarismos pode calcular-se o tempo de
um evento com precisão, sem posições corrigidas.

Alexander Marr da Alemanha acredita, que ambas as posições são válidas


para objectivos diferentes, e que é de certo uma possibilidade. Por agora
eu sugiro acompanharmos as duas posições, até que tenham uma noção
do que é que funciona melhor para cada um de vós. Em astrologia existe o
problema de que em muitos assuntos, astrólogos diferentes têm
experiências diferentes. Para resolver esta disputa em particular, têm que
ser levados a cabo testes mais elaborados. Mas para já vou explicar como
se faz a correcção para que vocês mesmos possam julgar.

Multiplique a idade da pessoa em anos na altura do trânsito por cinco,


depois divida por seis e arredonde até ao minuto mais próximo. O
resultado da correcção deve ser adicionado a todas as posições natais ou
subtraída de todas as posições dos planetas em trânsito, sendo estas
equivalentes. O que isto faz efectivamente é converter todas as posições
planetárias, natais e em trânsito, do ponto vernal do nascimento para o
ponto vernal do trânsito, ou vice-versa. Aqui está um exemplo. Digamos
que a idade da pessoa é vinte e sete anos e seis meses, ou 27,5 anos. O
cálculo será com se apresenta de seguida:

27,5 x 5 = 137,5 137,5 / 6 = 22,9

Arredondando até ao minuto mais próximo, a resposta será 23’. Este valor
é então somado a todos os posicionamentos natais para a data do trânsito
ou subtraído aos posicionamentos em trânsito, que é equivalente. Apenas
não faça a duas operações, adicionar aos planetas natais e subtrair aos
planetas em trânsito, pois estaria a duplicar a correcção. Para facilitar este
processo, a tabela 2 dá os valores apropriados para adicionar ou subtrair
para qualquer idade.

Esta tabela é baseada na média 50,2675 segundos por ano a partir de


1950, mas pode ser utilizada para calcular a data dos trânsitos em
qualquer época da história moderna. Contudo, não poderá ser aplicado a
nenhum mapa que necessite de uma correcção entre duas datas que têm
uma precisão ao segundo. Um mapa desses será um retorno solar
levantado para o momento em que o Sol transita a sua posição natal
adicionando a correcção.

(continua...)

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Timing Transits, por Robert Hand - Parte IV de V


(continuação)

Idade Valor Idade Valor Idade Valor Idade Valor


em em em em
anos anos anos anos
1 0’50,2’’ 21 17’35,6’’ 41 34’20,9’’ 61 51’06,3’’
2 1’40,5’’ 22 18’25,8’’ 42 35’11,2’’ 62 51’56,5’’
3 2’30,8’’ 23 19’16,1’’ 43 36’01,5’’ 63 52’46,8’’
4 3’21,0’’ 24 20’06,4’’ 44 36’51,7’’ 64 53’37,1’’
5 4’11,3’’ 25 20’56,6’’ 45 37’42,0’’ 65 54’27,3’’
6 5’01,6’’ 26 21’46,9’’ 46 38’32,3’’ 66 55’17,6’’
7 5’51,8’’ 27 22’37,2’’ 47 39’22,5’’ 67 56’07,9’’
8 6’42,1’’ 28 23’27,4’’ 48 40’12,8’’ 68 56’58,1’’
9 7’32,4’’ 29 24’17,7’’ 49 41’03,1’’ 69 57’48,4’’
10 8’22,6’’ 30 25’08,0’’ 50 41’53,3’’ 70 58’38,7’’
11 9’12,9’’ 31 25’58,2’’ 51 42’43,6’’ 71 59’28,9’’
12 10’03,2’’ 32 26’48,5’’ 52 43’33,9’’ 72 1º0’19,2’’
13 10’53,4’’ 33 27’38,8’’ 53 44’24,1’’ 73 1º1’09,5’’
14 11’43,7’’ 34 28’29,0’’ 54 45’14,4’’ 74 1º1’59,7’’
15 12’34,0’’ 35 29’19,3’’ 55 46’04,7’’ 75 1º2’50,0’’

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16 13’24,2’’ 36 30’09,6’’ 56 46’54,9’’ 76 1º3’40,3’’
17 14’14,5’’ 37 30’59,8’’ 57 47’45,2’’ 77 1º4’30,5’’
18 15’04,8’’ 38 31’50,1’’ 58 48’35,5’’ 78 1º5’20,8’’
19 15’55,0’’ 39 32’40,4’’ 59 49’25,7’’ 79 1º6’11,1’’
20 16’45,3’’ 40 33’30,6’’ 60 50’16,0’’ 80 1º7’01,3’’

Tabela 2

Valores de correcção para a precessão dos equinócios

O leitor poderá ler os escritos dos sideralistas, especialmente Donald


Bradley, “Solar and Lunar Returns” (Llewellyn, 1948) para o método
preciso de elaborar estes mapas. O procedimento em geral é seguir as
regras para levantar um mapa de um retorno solar sideral e depois
convertê-lo para o zodíaco tropical. O problema é que a precessão dos
equinócios não se move a uma média constante, mas altera-se
ligeiramente. As tabelas apresentadas pelos sideralistas impossibilitam-
nos de corrigir esta variação, denominada de nutation.

(continua...)

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publicado por samsara às 13:44


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Timing Transits, por Robert Hand - Parte V de V


(continuação)

O Problema dos Trânsitos Triplos

Uma complicação que muitas vezes torna difícil identificar a altura de


máximo stress indicado por um trânsito é que frequentemente um planeta
exterior passa pelo mesmo grau três vezes – para a frente, depois para
trás e uma vez mais para a frente. Em qual das três vezes ocorrerá o
evento significativo?

Esta não é uma pergunta fácil de responder, por vezes parece que o
evento pode ocorrer em qualquer das três alturas. Muitos astrólogos
afirmaram possuir esquemas exactos para analisar este tipo de situações,
mas a maior parte desses esquemas caem pela base na prática. Contudo,
há dois padrões básicos que parecem aplicar-se a maior parte das vezes.

O primeiro padrão aplica-se sempre que o trânsito triplo parece estar


relacionado com um processo de longo termo do que com um evento
isolado. Neste caso o primeiro contacto indica o início do processo, o
segundo é o culminar ou a crise, e o terceiro indica os eventos que
concluem o processo. Muitas vezes este efeito é muito subtil, mas se olhar
atentamente, normalmente, verá eventos que se relacionam com o
primeiro e último contacto do planeta em trânsito. É normalmente mais
difícil entender a ligação com o trânsito do meio e retrógrado.

No segundo padrão, um dos três trânsitos significará um assunto com o


qual terá que lidar, normalmente proveniente de um evento único que não
se repetirá nos outros dois trânsitos. Se lidar com esse assunto de uma
forma adequada, os outros trânsitos poderão ocorrer sem que repare
neles. Se isto não acontecer, outro assunto aflorará, que vai atacar o
mesmo problema de um ângulo diferente, e isto continuará a acontecer
até que o problema seja resolvido. Trânsitos favoráveis ou “benéficos”,
para utilizar o termo antigo, parecem estar em conformidade com o
primeiro padrão. Mas um trânsito difícil que ocorre três vezes pode
representar um grande evento ou três, dependendo de como lida com o
primeiro trânsito. Será desnecessário dizer que, se não lidar com o
assunto no primeiro trânsito, na terceira vez estará provavelmente tão
cansado do problema, que fará o que for necessário para tratar dele.

Quando um planeta em trânsito fica estacionário sobre um planeta natal, é


possível ocorrer um trânsito duplo. Sob esta condição, um trânsito de
Marte durará um mês inteiro e depois transforma-se num grande trânsito.
Um planeta que fica estacionário, a partir do sentido directo ou
retrógrado, quando contacta com um planeta natal é muito significativo, e

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Princesa Esquimó Page 9 of 9
seja qual for o evento representado pelo trânsito, irá ocorrer com maior
probabilidade nessa altura do que na altura da alteração de movimento do
planeta em trânsito que ocorre antes ou depois do trânsito estacionário.

Eclipses

Como já se escreveram tantos livros sobre eclipses, eu não irei entrar em


grande detalhe acerca deles aqui, mas gostaria de mencionar alguns dos
princípios básicos dos eclipses na forma como afectam o mapa natal.

Um eclipse é um tipo de trânsito especial, porque como o Sol e a Lua


estão conjuntos, ambos transitam sobre um planeta natal. Um eclipse
parece ter um maior efeito quando está em conjunção ou oposição a um
planeta natal, mas outros aspectos poderão ter algum efeito, mas mais
fraco. Os entendidos divergem neste ponto. Mas se um eclipse transita
sobre um planeta natal ou um ângulo por oposição ou conjunção, colocará
esse planeta ou ângulo num estado de grande energia no qual a sua
capacidade para gerar acção é aumentada, seja para o mal ou para o
bem. Diz-se que os eclipses são muitas vezes difíceis, mas não é
necessariamente assim. A dificuldade de um eclipse depende mais da
condição do planeta natal, indicada pela sua posição por casa e aspectos
que faz a outros planetas natais.

Uma vez activado, o planeta natal só se manifestará mais tarde quando


transitado por outro planeta (com maior frequência Marte ou o Sol) que
funcionará como gatilho e significará a altura de libertação da energia
acumulada. Assim os eventos relacionados com o eclipse raramente
coincidem com ele; de facto podem ocorrer vários meses depois. Contudo,
eu não me encontro entre aqueles que acreditam que um eclipse possa ter
um grande efeito anos depois, a não ser que seja reforçado por trânsitos
mais recentes, que na minha experiência são suficientes para explicar os
eventos. Mas, curiosamente, o trânsito que carrega o gatilho por vezes
antecede o eclipse por um par de meses. Isto pode parecer estranho ao
princípio, mas só até que percebam que um eclipse representa o fecho de
um ciclo maior entre os trânsitos do Sol e da Lua, e que os ciclos operam
ininterruptamente, não apenas quando o Sol e a Lua formam eclipses um
com o outro.

(Fim)

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