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Publicada no DOERJ em 03/12/2018.

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

ATO DO COMANDANTE-GERAL

PORTARIA PMERJ N° 954 DE 28 DE NOVEMBRO DE 2018

REGULAMENTA, NO ÂMBITO DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO


DE JANEIRO, A PRESTAÇÃO DE TAREFA POR TEMPO CERTO E
REVOGA A PORTARIA PMERJ Nº 775, DE 29 DE JUNHO DE 2017.

O COMANDANTE-GERAL DA POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE


JANEIRO, no uso da competência que lhe confere o art. 10, da Lei n° 5.271, de
25 de junho de 2008, 6.901, de 02 de outubro de 2014 e Deliberação do
Tribunal de Contas do Estado nº 286, de 25 de janeiro de 2018.

RESOLVE:

Art. 1º - O Policial Militar da reserva remunerada e, excepcionalmente, o


reformado poderá prestar “Tarefa Tempo Certo” (TTC) na Polícia Militar,
mediante recebimento de adicional pro labore, nos valores fixados no anexo à
Lei n° 5.271, de 25 de junho de 2008.

§ 1° - A prestação de “Tarefa Tempo Certo” a que se refere o caput deste artigo


será de 40 (quarenta) horas semanais.

§ 2° - Não poderão ser nomeados para a execução de “Tarefa Tempo Certo”:

I - os convocados para o desempenho de cargo ou comissão na Polícia Militar;

II - os nomeados como Assessores Técnicos, Conferencistas ou Banco de


Talentos;

III - os Policiais Militares que se encontram na inatividade por força de decisão


em processo administrativo disciplinar;

IV - os reformados por incapacidade física definitiva e considerados inválidos,


impossibilitados total e permanentemente para qualquer trabalho, não podendo
prover os meios de subsistência;

V - estiver respondendo judicial ou administrativamente na qualidade de


acusado ou indiciado, estar sub judice ou ainda ter sido condenado em
processo que venha ferir a honra pessoal, o pundonor Policial Militar ou o
decoro da classe;

§ 3º - A excepcionalidade para contratação do inativo reformado (Ref) que trata


o caput deste artigo, só será admitida desde que reste incontestável,
inequívoca e comprovadamente evidenciada a sua melhor qualificação,
somada ou não, a demais qualidades em seu favor que possam justificar a
contratação em detrimento de Policial Militar da reserva remunerada.

Art. 2° - Os Policiais Militares que se encontrem em inatividade e que forem


selecionados para prestação do serviço, de que trata esta Portaria, só poderão
exercer trabalhos nas atividades meio da Polícia Militar, de acordo com o Edital
de Chamada Pública.

Art. 3º - A seleção do candidato não estabelece vínculo empregatício de


qualquer natureza, nem gera qualquer tipo de obrigação trabalhista ou
previdenciária para o Estado, tendo em vista que consiste em prestação de
serviço temporária, somente sendo conferido ao prestador de serviço o direito
de percepção do adicional pro labore.

§ 1º - O prazo inicial de nomeação será de 03 (três) anos, podendo ser


renovado por dois períodos iguais.

§ 2° - O pedido de prorrogação deverá ser feito pela Organização Policial


Militar com antecedência de 30 (trinta) dias do término do prazo.

§ 3° - Ao final da 2ª prorrogação, o prestador de “Tarefa Tempo Certo” será


exonerado e não será admitida a terceira prorrogação.

§ 4º - O prazo máximo para o desempenho da “Tarefa por Tempo Certo” não


poderá exceder, em hipótese alguma, o total de 9 (nove) anos, ininterruptos ou
não.

Art. 4º - O processo de inscrição e seleção de profissionais para atuação na


prestação de “Tarefa por Tempo Certo” será realizado conforme publicação de
Edital de Chamada Pública, sendo obedecidos os preceitos da Lei nº 8.666, de
21 de junho de 1993 e 6.901, de 02 de outubro de 2014.

§ 1º - As Organizações Policiais Militares interessadas na utilização de inativos


prestadores de “Tarefa por Tempo Certo” (TTC) encaminharão solicitação à
Divisão de Pessoal.

§ 2º - O expediente com a solicitação deverá conter uma justificativa da


necessidade temporária de excepcional interesse público que subsidiará a
contratação ou a prorrogação, que poderá não ser realizada a critério do
Comando da Corporação, a tarefa principal a ser prestada e a Seção onde o
inativo será empenhado (Anexo I), conforme o artigo 2º da Lei 6.901, de 02 de
outubro de 2014. Nos casos de pedido de prorrogação, além da justificativa,
devem enviar também um Termo de Aceitação assinado pelo inativo (Anexo II),
Ficha de Avaliação de Desempenho (Anexo III) e Atestado Médico recente.
§ 3º - Os Policiais Militares inativos interessados em prestar “Tarefa por Tempo
Certo” na PMERJ deverão, assim que for publicado o edital, manifestar o
interesse através do preenchimento de formulário específico na DP/PMERJ
(Anexo V), declarando ali a sua expertise e opção de OPM para prestação de
(TTC), de acordo com as opções descritas no edital, anexando: cópia do
boletim que comprove a situação atual da inatividade, atestado médico recente,
comprovando que encontra-se em condições físicas e psicológicas satisfatórias
ao desempenho da atividade para o qual está se voluntariando, cópia da
carteira de identidade funcional, CPF, comprovante de residência,
comprovantes de: Formação Escolar, Experiência Profissional, Formação
Acadêmica e demais informações exigidas no edital.

§ 4º - As informações fornecidas pelos inativos serão utilizadas para a


avaliação e seleção conforme o Edital de Chamada Pública, para atuação nas
OPM, de acordo com a demanda.

§ 5º - A Divisão de Pessoal manterá, até a publicação de novo edital, registro


dos Policiais Militares interessados de forma a atender a demanda das OPMs.

§ 6º - Todas as informações declaradas pelo inativo serão de sua inteira


responsabilidade, podendo ser exonerado ex-officio, caso não consiga atender
à demanda para o qual foi contratado ou verificada informações inverídicas e
ou documentos falsos.

Art. 5º - Para os fins do disposto nesta Portaria são adotados os seguintes


conceitos:

I - Formação Escolar - Ensino Médio: consiste na formação de Ensino Médio


(antigo Segundo Grau), etapa final da educação básica, de Formação Geral ou
Técnica;

II - Formação Acadêmica: consiste na formação de educação superior, ou seja,


a graduação, o tecnólogo, a pós-graduação lato sensu (especialização) ou a
pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado ou o pós-doutorado;

III - Formação Complementar: consiste nos cursos de extensão de até 359h


(trezentas e cinquenta e nove horas);

IV - Experiência profissional: consiste no histórico das experiências de trabalho


desenvolvidas pelos profissionais, com nomenclatura da instituição, do cargo
e/ou função e do período de atuação.

Parágrafo Único - A Pós-graduação lato sensu consiste no programa de


especialização e incluem os cursos designados como MBA (Master Business
Administration), com duração mínima de 360h (trezentas e sessenta horas),
enquanto a Pós-graduação stricto sensu consiste no programa de mestrado,
doutorado e pós-doutorado abertos a candidatos diplomados em cursos
superiores de graduação.

Art. 6º - A realização dos processos de avaliação e seleção ocorrerá de acordo


com o calendário definido no Edital de Chamada Pública.

Art. 7º - Será criada uma Comissão de Avaliação e Seleção, que deverá ser
composta por três membros natos: Subchefe da DP/PMERJ, Chefe da Seção
responsável pela gestão de “Tarefa Tempo Certo” e um integrante a ser
indicado pela Diretoria Geral de Pessoal, além de mais 3 (três) membros
transitórios. Parágrafo Único - A Comissão será publicada no Bol Ostensivo da
Corporação e, no caso de haver qualquer alteração na sua composição, esta
deverá ser republicada.

Art. 8º - Caberá à Comissão de Avaliação e Seleção:

I - elaborar o Edital de Chamada Pública de acordo com modelo estabelecido


pela PMERJ;

II - receber os documentos comprobatórios dos voluntários;

III -proceder com as avaliações dos documentos dos Policiais Militares inativos
que manifestarem interesse em participar da seleção, de acordo com o
disposto no Edital de Chamada Pública divulgado;

IV - elaborar laudo com resultado da avaliação individual do voluntário;

V - receber e avaliar recursos;

VI - produzir relatórios contendo a ata das reuniões, listas de presença, lista de


selecionados com os dados pessoais dos voluntários, registro dos trabalhos da
Comissão durante todo o processo e Relatório Final quando da conclusão do
processo;

VII - zelar pela fiel observância das leis e normas complementares em todas as
fases do processo;

VIII - analisar os pedidos de prorrogações realizados pelas OPM.

Art. 9º - As informações referentes ao voluntário, apresentadas sob a forma de


documentos e comprovantes, serão submetidas à avaliação e pontuadas
conforme disposto na Tabela de Pontuação apresentada em cada Edital de
Chamada Pública.

Art. 10 - Os critérios de seleção estabelecidos no Edital de Chamada Pública


não poderão ser alterados ao longo do processo.

Art. 11 - A avaliação dos documentos ocorrerá de acordo com as seguintes


fases:
I - Fase 1 - Análise dos critérios mínimos exigidos no Edital de Chamada
Pública, de caráter eliminatório;

II - Fase 2 - Apresentação da documentação comprobatória;

III - Fase 3 - Análise colegiada da documentação;

IV - Fase 4 - Classificação dos candidatos, conferindo-lhes a pontuação


adequada segundo o disposto em cada Edital de Chamada Pública, de caráter
classificatório;

V - Fase 5 - Divulgação do Resultado Parcial;

VI - Fase 6 - Interposição de Recursos;

VII - Fase 7 - Divulgação do Resultado Final.

Art. 12 - O Policial Militar inativo deverá apresentar a cópia das informações


referentes à: identificação pessoal, experiência profissional, formação escolar,
acadêmica e complementar, que deverão ser assim comprovadas:

I - documento de identificação pessoal com foto: cópia;

II - documento com numeração do CPF: cópia;

III - Formação Escolar: cópia do diploma ou certificado de conclusão, expedido


por instituição de ensino devidamente reconhecida pelo Ministério da Educação
(MEC), sendo esse necessário apenas para os candidatos que não possuem
formação acadêmica completa;

IV - Formação Acadêmica: cópias do(s) diploma(s) registrado(s) ou


certidão(ões) de conclusão, expedido(s) por instituição cujo curso seja
devidamente reconhecido pelo MEC ou com validade no Brasil;

V -Formação Complementar: cópias do certificado(s) ou documento(s)


equivalente(s), expedido(s) pela instituição promotora, com informações da
data e/ou período de realização e carga horária total;

VI - Experiência Profissional em Organizações Policiais Militares: cópia do


comprovante contendo cargo e/ou função, período de atuação e atividade
realizada.

§ 1º - A Comissão receberá apenas as cópias dos documentos que forem


comprovados a partir da apresentação do original ou da cópia autenticada
(frente e verso) dos diplomas, certificados, certidões ou declarações da
titulação acadêmica mais elevada emitida por instituição de ensino superior em
que conste a carga horária total do curso.
§ 2º - A Experiência Profissional de que trata o inciso VI deste artigo também
poderá ser comprovada através da publicação da experiência em Boletins da
PMERJ (cópia autenticada).

§ 3º - Os diplomas de títulos acadêmicos expedidos por universidades


estrangeiras deverão estar revalidados por universidades públicas, nos termos
do artigo 48, §§ 2º e 3º da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
(LDB), Lei nº 9.394/96, sob pena de não serem considerados para efeito de
pontuação.

Art. 13 - As informações prestadas são de inteira responsabilidade do


candidato, reservando-se a Comissão o direito de excluí-lo da seleção se a
documentação requerida for apresentada com dados parciais, incorretos ou
inconsistentes em qualquer fase da seleção, bem como se constatado
posteriormente serem aquelas informações inverídicas.

§ 1º - Documentos e informações adicionais poderão ser solicitados pela


Comissão de Avaliação e Seleção a qualquer tempo, a título de preservar a
melhor instrução do processo.

§ 2º - Verificada a qualquer tempo a ocorrência de fraude ou falsidade em


informação ou em documentação apresentada pelo candidato, a exigência será
considerada como não satisfeita e sem efeito o ato praticado em consequência
de sua apresentação ou juntada, aplicando-se, concomitantemente, as
medidas administrativas pertinentes, dando-se também conhecimento do fato à
autoridade competente para fins de análise criminal, bem como, desencadeada
a responsabilização cível, se couber.

Art. 14 - O candidato que desistir do processo seletivo, em qualquer fase, será


automaticamente excluído do processo

Art. 15 - Somente serão pontuadas as informações devidamente comprovadas


e que estejam de acordo com os critérios exigidos para a função descritos no
Edital de Chamada Pública chamada pública.

§ 1º - Os critérios de seleção do candidato e a pontuação atribuída para cada


função a ser selecionada serão definidos pela Comissão de Avaliação e
Seleção e estabelecidos no Edital de Chamada Pública chamada pública, a
partir da Formação e Experiência Profissional.

§ 2º - Cabe à Comissão de Avaliação e Seleção, definir, dentre os parâmetros


de pontuação, quais serão adotados no momento da seleção, de acordo com
as especificidades da função, devidamente descritos em cada Edital de
Chamada Pública chamada pública.

Art. 16 - A critério da Comissão, poderão ser consideradas fases da seleção de


caráter eliminatório, devidamente especificadas no Edital de Chamada Pública.
Art. 17 - Para o inativo que atender aos critérios mínimos e que apresentar a
documentação comprobatória, será elaborado laudo com indicação da
pontuação atribuída ao mesmo de acordo com os critérios estabelecidos no
Edital de Chamada Pública chamada pública.

§ 1º - Os laudos deverão fazer parte do processo formalmente aberto para a


seleção.

§ 2º - Os laudos serão entregues aos candidatos que os solicitarem


oficialmente, pessoalmente ou aos seus procuradores devidamente instituídos
por instrumento particular de procuração, específico para este fim.

Art. 18 - Para efeito de pontuação, serão considerados:

I - experiência profissional;

II - formação profissional;

III - formação acadêmica;

IV - formação complementar.

Parágrafo Único - Para experiência profissional será considerada 1 (uma)


experiência, a comprovação de atividade realizada ao longo de 06 (seis) meses
consecutivos.

Art. 19 - A Comissão de Avaliação e Seleção apresentará o resultado parcial


da seleção, assinado por todos os membros, para homologação pela
Corporação, que divulgará o resultado no DOERJ além do Bol Ostensivo da
PM, com a relação do nome dos candidatos e a respectiva pontuação em
ordem decrescente.

Art. 20 - No caso de empate, adotar-se-ão, sequencialmente, a partir do laudo


do candidato, os seguintes critérios de desempate:

I - maior pontuação na experiência profissional;

II - maior pontuação na formação acadêmica;

III - menor tempo de inatividade.

Art. 21 - Contra o resultado parcial do processo seletivo, o voluntário não


selecionado ou que questione a pontuação que lhe for atribuída, poderá
interpor recurso junto à Comissão no prazo de 2 (dois) dias úteis, contados a
partir da divulgação do resultado parcial, com exposição dos fundamentos,
juntados os documentos comprobatórios necessários para fundamentar o
recurso, assim como os documentos estabelecidos nos critérios exigidos no
Edital de Chamada Pública.
Parágrafo Único - Somente serão aceitos os recursos interpostos
pessoalmente pelo candidato ou por seu representante, sendo, neste caso,
obrigatória a apresentação do formulário (Anexo V) devidamente assinado pelo
candidato.

Art. 22 - Os recursos serão dirigidos à Comissão, que o julgará no prazo de até


5 (cinco) dias úteis, a partir do encerramento do período de interposição de
recursos.

Parágrafo Único - Julgados os recursos, a Comissão deverá tornar público em


Boletim Ostensivo da PM.

Art. 23 - Após a finalização do processo de seleção, a Comissão deverá


proceder com a publicação no DOERJ.

Art. 24 - Será eliminado do processo de seleção o candidato nos seguintes


casos:

I - quando, de conhecimento público, o candidato apresentar conduta que


atente contra a moralidade, ou seja, incompatível com os princípios da
Administração Pública;

II - quando não apresentar os requisitos mínimos informados;

III - quando o candidato não cumprir com os prazos e fases previstas no


cronograma do Edital de Chamada Pública.

Art. 25 - Caberá à Comissão de Avaliação e Seleção documentar todo o


processo de seleção, anexando ofícios, publicações, atas de reunião, listas de
presença e quaisquer outros documentos que relatem as fases da seleção.

Parágrafo Único - O processo documental, ao qual se refere o caput do art. 25,


ficará arquivado na DP/PMERJ.

Art. 26 - A Comissão de Avaliação e Seleção deverá, em todas as fases


previstas no processo de seleção, assim como nos procedimentos nele
previstos, garantir a isonomia do processo, resguardando os princípios da
impessoalidade, da publicidade e transparência prescritos.

Art. 27- Os Atos administrativos referentes à contratação, exoneração e


prorrogação de contrato dos inativos que tratam esta Portaria são prerrogativas
do Comandante Geral ou do Diretor Geral de Pessoal, por delegação.
Parágrafo Único - Os atos tratados pelo caput deste artigo ficam condicionados
ao bom comportamento do Policial Militar inativo.

Art. 28 - A exoneração do prestador de “Tarefa Tempo Certo” será feita:

I - a pedido do contratado, mediante requerimento à autoridade nomeante, por


intermédio da OPM a que esteja vinculado; e
II - ex-officio:

a) Por término do prazo de nomeação, caso não haja pedido de prorrogação;

b) Por término do período equivalente à última prorrogação de que trata o §1º


do art. 3º desta Portaria;

c) Por cessarem os motivos de sua nomeação ou por interesse da


administração, a qualquer tempo, devendo para tanto motivar prévia ou
concomitantemente o ato de forma clara, explícita e congruente; e,

d) Por incapacidade física e de saúde, ou a qualquer tempo, por questões de


ordem moral, disciplinar e ou penal.

§ 1° - No caso de conclusão do prazo estabelecido na Portaria de nomeação, a


exoneração será automática, não necessitando de qualquer expediente para
sua formalização.

§ 2° - Considera-se para efeito de exoneração ex-officio por motivo de saúde, a


incapacidade física que impossibilite a frequência do Policial Militar ao serviço
por período superior a 120 (cento e vinte) dias, contínuos ou não.

§ 3º - Os inativos que forem exonerados por incidirem nas alíneas “b”, “c” e “e”
do inciso II deste artigo, não poderão ser recontratados.

§ 4° - O controle das atividades a serem desempenhadas e da frequência dos


policiais militares prestadores de “Tarefa Tempo Certo” ficarão a cargo dos
respectivos Comandantes, Chefes, Diretores e Coordenadores, os quais
deverão remeter a folha de frequência à DP/PMERJ, até o quinto dia útil do
mês subsequente, com aposição diária de horário detalhados de entrada e
saída, evitando a “jornada de trabalho britânica”, assinada pelo inativo e pelo
P/1, constando eventuais dispensas e férias (Anexo VII).

Art. 29 - O Policial Militar nomeado para executar “Tarefa Tempo Certo”


continuará na inatividade e, nesta situação, suas prerrogativas serão
asseguradas de acordo com a Lei n° 443, de 01 de julho de 1981, Estatuto dos
Policiais Militares, fazendo jus:

I - percepção do adicional previsto no art. 1° desta Portaria;

II- alimentação, caso a OPM possua rancho;

III- ao adicional de férias, correspondente a 1/3 (um terço) do Adicional Pro


Labore do mês de início das férias;

IV - décimo terceiro salário correspondente ao Adicional pro Labore.

Parágrafo Único - Sobre as vantagens pecuniárias estabelecidas no presente


artigo, não incidirão contribuições previdenciárias.
Art. 30- Ao prestador de “Tarefa Tempo Certo” será vedado:

I- assumir função cuja prerrogativa seja de Policial Militar ativo;

II- concorrer à substituição temporária;

III- ser desviado da tarefa ou aproveitado no exercício de atividade diversa da


especificada no ato de nomeação;

IV- usar o uniforme;

V- exercer a tarefa em órgãos fora da Polícia Militar, mesmo naquelas


consideradas de interesse para a corporação.

VI- exercer outra atividade remunerada na Corporação.

Art. 31- O Policial Militar exercendo a “Tarefa Tempo Certo” terá direito aos
seguintes períodos de afastamento total dos serviços nos prazos estabelecidos
em legislação específica: I- férias;

II- núpcias;

III- luto;

IV- paternidade; e

V- dispensas de serviço para desconto em férias e em decorrência de


prescrição médica.

Parágrafo Único - Nos afastamentos decorrentes de dispensa por prescrição


médica, superiores a 30 (trinta) até 120 (cento e vinte) dias, ficará a critério do
Comando da Corporação a exoneração do Policial Militar inativo.

Art. 32 - Os atos administrativos dispostos no artigo anterior ficarão a cargo da


OPM a qual o Policial Militar está lotado, ocorrendo algum deles a OPM enviará
a DP/PMERJ relatório, e cópia do Boletim que deu publicidade ao ato.

Art. 33 - Os Atos Administrativos para pagamento dos policiais militares


inativos nomeados para a “Tarefa Tempo Certo” ficarão a cargo da Diretoria de
Cadastro e Pagamentos.

Art. 34 - Esta Portaria entrará em vigor na data de sua publicação, ficando


revogada a Portaria PMERJ nº 775, de 29 de junho de 2017 e demais
disposições em contrário. Rio de Janeiro, 28 de novembro de 2018

LUIS CLAUDIO LAVIANO

Comandante-Geral

Id: 2148814
ANEXO I

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Segurança Polícia Militar do


Estado do Rio de Janeiro

CI PMERJ / /PMERJ nº _______/201___ Rio de Janeiro,____ de ____________de 201____.

Para: Sr.

De: Cmt do __ BPM

Assunto: nomeação de policial militar inativo para prestação de tarefa por tempo certo

Referência:

a) Portaria PMERJ nº _____, de ____ de _____________ de 201____;

b) Edital nº _____________ de ____ de ______________de 201____.

c) Bol PM nº

Anexos:

1) Ficha Cadastral;

2) Cópia do último Contracheque;

3) Atestado de Saúde; e

Solicito a V Sra propor a nomeação do (a) (POSTO/GRAD), para prestação de tarefa por tempo
certo, nesta OPM, em horário integral, pelo prazo de ______ meses, para execução da tarefa
de (DESCRIÇÃO SUCINTA), a contar de (DIA/MÊS/ANO).

EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS (Apresentar os motivos que justifiquem a contratação como:


dificuldades de recompletamento de pessoal da ativa; necessidade da tarefa em função dos
públicos que atende; e outros julgados importantes)

1) Não há militar do serviço ativo habilitado e disponível para cumprir a presente tarefa.

2) A tarefa proposta não está prevista como cargo no QCP da OPM onde a tarefa será
realizada.

3) (outros julgados convenientes)

Respeitosamente,

Cmt, Ch ou Dir da OPM

Id: 2148816
ANEXO II

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DGP DP/PMERJ

TAREFA POR TEMPO CERTO

TERMO DE ACEITAÇÃO

(Lei nº 5271, de 25 de junho de 2008 e Portaria PMERJ/n° 954, de 28 de novembro de 2018)

IDENTIFICAÇÃO
Nome: RG:

Id Func.: GH: CPF:


Tel:

TAREFA A EXECUTAR:
OPM: TAREFA: SEÇÃO:

DATA INÍCIO: DATA TÉRMINO:

Declaro haver me voluntariado por livre e espontânea vontade para prestação de “Tarefa por
Tempo Certo” (TTC), PMERJ. Declaro também haver tomado conhecimento integralmente das
normas relacionadas a TTC, estando de acordo com todos os termos.

Rio de janeiro, _____de ________________de 20____.


___________________________________________

Assinatura do inativo

Id: 2148817
ANEXO III

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DGP DP/PMERJ

FICHA DE AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO - OPM


NOME:___________________________________RG:___________

1) POSTO/GRADUAÇÃO:____________________ID:_____________

2) TAREFA QUE DESEMPENHA:_____________________________

3) SÍNTESE DA AVALIAÇÃO (Conforme Anexo IV)

Integridade ( ) Apto ( ) Não apto

Responsabilidade ( ) Apto ( ) Não apto

Técnico-Profissional ( ) Apto ( ) Não apto

Conhecimento Institucional ( ) Apto ( ) Não apto

Coragem Moral ( ) Apto ( ) Não apto

Discrição ( ) Apto ( ) Não apto

Objetividade ( ) Apto ( ) Não apto

Postura e Apresentação ( ) Apto ( ) Não apto

Produtividade ( ) Apto ( ) Não apto

Zelo ( ) Apto ( ) Não apto

4) CONCEITO SOBRE A CONTINUAÇÃO DA EXECUÇÃO DA TAREFA

Média Final: ____________ ( ) APTO ( ) NÃO APTO

Observação: O TTC que tiver assinalado5 (cinco) ou mais “Não apto” não poderá prosseguir na
tarefa, sendo, em consequência, exonerado “exofficio”.

5) OBSERVAÇÕES: *Justificar cada ponto assinalado como “Não apto”.

Local, ______de _________________de ________ __________________________

Cmt, Ch ou Dir da OPM do TTC

Id: 2148818
ANEXO IV
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DGP DP/PMERJ
DESCRITORES DOS ITENS BÁSICOS A SEREM AVALIADOS
(Itens a serem avaliados)
Os itens Básicos e seus descritores, para fins de avaliação de
desempenho, são:
1. Integridade
a) tem sua conduta pautada pela legalidade, justiça e ética profissional,
dentro e fora do ambiente militar;
b) apresenta uma conduta coerente com os princípios e valores que
expressa e deles dá testemunho nos diversos ambientes que frequenta,
seja no convívio pessoal, seja no profissional; e
c) expressa correção de atitudes diante de quaisquer situações adversas
ou vantajosas para si ou para outros.
2. Responsabilidade
a) responde espontaneamente pelas consequências de seus atos, de
suas decisões e das ordens que houver emitido;
b) empenha-se em cumprir os compromissos assumidos, mantendo os
interessados informados sobre as providências tomadas; e
c) evita riscos desnecessários ao patrimônio e à integridade física e
psicológica dos envolvidos em suas ações.
3. Técnico-Profissional
a) executa com correção as tarefas atinentes à sua responsabilidade;
b) assessora seus superiores em sua área de atuação, discorrendo sobre
prós e contras de determinada linha de ação; e
c) emprega preceitos técnicos de sua especialidade, agregando valor às
atividades realizadas.
4. Conhecimento Institucional
a) emprega conhecimentos atinentes à atividade castrense e atua com
desenvoltura, não apenas no exercício do cargo que ocupa; e
b) agrega conhecimentos institucionais para aprimorar e enriquecer seu
desempenho profissional.
5. Coragem Moral
a) posiciona-se de modo transparente, mesmo diante de assuntos que
possam contrariar interesses ou gerar conflitos;
b) argumenta de modo coerente com seus valores e convicções, mesmo
diante de opiniões contrárias;
c) assessora seus superiores com oportunidade, levantando os prós e
contras das possíveis linhas de ação, de forma independente e franca; e
d) age de acordo com princípios morais e éticos, mesmo contrariando os
interesses e posicionamento de outras pessoas.
6. Discrição
a) mantém o devido sigilo quanto às informações pessoais e profissionais
a que tem acesso;
b) trata de assuntos e documentos profissionais com cautela, de modo a
evitar vazamentos de informações; e
c) abstém-se de fazer comentários sobre assuntos particulares relativos a
outras pessoas.
7. Objetividade
a) analisa, com facilidade, uma situação-problema, selecionando a
alternativa que considera mais viável e segura;
b) analisa as informações disponíveis criteriosamente, tomando as
providências cabíveis e oportunas para o cumprimento da missão; e
c) identifica os aspectos prioritários da situação, optando pela situação
oportuna e adequada.
8. Postura e Apresentação
a) apresenta postura, atitude e gestos condizentes com o cargo e função
militar que ocupa;
b) segue os padrões estabelecidos quanto à apresentação individual;
c) zela pela boa apresentação individual; e
d) apresenta-se corretamente vestido com traje civil, usando roupas
adequadas às situações e ambientes.
9. Produtividade
a) desenvolve suas tarefas em alinhamento com os valores e objetivos da
instituição, garantindo os princípios de focalização nos resultados e
melhoria contínua;
b) produz o volume de trabalho demandado em relação aos prazos
estabelecidos; e
c) executa suas tarefas de maneira ordenada, coordenando suas ações
de forma a facilitar a execução do trabalho.
10. Zelo
a) mantém os materiais e equipamentos sob sua guarda em condições
adequadas de limpeza e manutenção;
b) segue corretamente os procedimentos indicados no uso dos
equipamentos de trabalho;
c) demonstra cuidado e esmero na apresentação dos resultados de seu
trabalho; e d) evita o desperdício de materiais na execução das tarefas de
que participa ou pelas quais seja responsável.

Id: 2148819
ANEXO VI

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO


TAREFA POR TEMPO CERTO - LEI Nº 5271/08
INTERPOSIÇÃO DE RECURSO

(Os formulários de recursos deverão ser preenchidos com letra de


forma ou digitalizados e assinados pelo próprio candidato).

À Comissão de Avaliação e Seleção do Edital de Chamada Pública


número ____________________ (especificar o número do edital
publicado no DOERJ), para execução de TAREFA POR TEMPO
CERTO na PMERJ, no que se refere à função de
_____________________ (nomear a função em questão prevista no
edital), para a unidade ___________________.
Eu, _____________________________________, RG,___________,
ID,___________ CPF,_____________ residente na rua
_______________________CEP ________________, Município
_________, UF _____, não me conformando com o resultado do
processo seletivo, do qual fui cientificado em __/__/____ (informar a
data de publicação do resultado parcial), venho, respeitosamente, no
prazo legal, apresentar recurso, pelos motivos que se seguem. I- Dos
fatos/justificativa: (o candidato deverá apresentar argumentação
lógica, utilizando linguagem objetiva e de fácil compreensão, com a
exposição de motivos pelos quais solicita a revisão/reconsideração
do resultado parcial divulgado, indicando a Tarefa e OPM
relacionadas, tendo como referência a legislação vigente, os
critérios de seleção e de pontuação divulgados no edital, os prazos
previstos e/ou os documentos apresentados).
II- Do Pedido (o candidato deverá escrever o pleito e a natureza da
reconsideração que deseja da Comissão, por exemplo: revisão da
pontuação geral, revisão da análise dos documentos apresentados,
revisão da avaliação do currículo ou de algumas das fases da
seleção).
III- Dos documentos comprobatórios que justificam o pleito (o
candidato deverá anexar os documentos comprobatórios
necessários para fundamentar o recurso, assim como os
documentos estabelecidos nos critérios exigidos no edital de
chamada pública).
Pede deferimento.
Local,
Data:
Assinatura:
Contatos:

Id: 2148821

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