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Aula 138

Começando do absoluto zero

Eu me chamo Ícaro de Carvalho. Se você está assistindo essa aula através de


uma gravação, não importa o dia, o horário ou a data estelar. Nossa aula de
número 138 aqui pelo Novo Mercado é aula que, é aula aonde nós falaremos
sobre começar do zero. Existe uma expressão no mercado de Marketing Digital,
não é? popularizada pelo Erico, que é: começando do absoluto zero.

Como redator eu não posso me permitir aplicar essa frase do absoluto zero,
porque zero sempre é absoluto por si só. O infinito também. Então, eu não posso
usar esse termo, por mais que eu gostasse como copywriter da expressão, porque
já está popularizada no imaginário popular, já está firmada no imaginário popular.
Não posso usar absoluto zero, então, nós vamos aprender hoje a começar do
zero. Quando eu digo do zero, é do zero, mesmo.

Digamos que você não tem cliente... Diego mandou uma pergunta aqui. É, cara,
eu vou responder essa pergunta depois, senão me perco na aula. Nós vamos...
Olha, já me perdi. Deixa eu tirar esse chat daqui. Vamos lá. Muita gente,
principalmente depois do Instagram, quando a gente tem muito contato com as
pessoas, quando a gente está muito perto das pessoas, a gente percebe que qual
é a mentalidade, qual que é o pensamento médio do brasileiro que de alguma
forma procura desenvolver um negócio próprio na internet, procura usar a internet
como ferramenta de vendas, ou deseja trabalhar com redes sociais, comunicação,
propaganda.

A gente percebe que o brasileiro replica no seu comportamento uma tradição que
vem lá de trás, da maneira como ele lida com dinheiro. Nós somos um país
inflacionário, nós fomos um país inflacionário. Nós tivemos 4, 5 ou 6 moedas
trocadas rapidamente. Nós tivemos 1 quadrilhão por cento de inflação de 1982 a
1993 ou 1994. Então, assim, nós nunca soubemos lidar com longo prazo. Longo
prazo nunca foi uma realidade para o brasileiro. Então, o brasileiro recebia o seu
salário, ele corria para gastar, porque amanhã ele teria menos dinheiro, ele estaria
mais pobre. Então as pessoas gastavam tudo que recebiam, as pessoas estavam
sempre correndo, as pessoas estavam sempre gastando o dinheiro delas.

Então, você não tinha como se planejar, você tinha apenas que sobreviver a
inflação, sobreviver aos perigos constantes de troca de moeda e congelamento de
patrimônio, não é? Até que resultou no congelamento da poupança. Foi um
episódio terrível, pessoas se mataram e tudo mais. Esse reflexo surge muito no
comportamento do brasileiro quando ele pensa em negócio. Principalmente na
internet.

Então, por exemplo, é muito comum você ver alguém abrir uma loja no mundo
real. Eu já tive um negócio físico, quem em conhece, me acompanha a mais
tempo, já deve ter visto em outras aulas. Eu já tive um comércio físico, foi uma das
minhas tentativas de diversificação da minha receita aqui na internet, em um
processo onde eu não enxergava ainda quem eu era, em um processo onde eu
não tinha certeza ainda do que eu queria fazer da minha vida. A gente fala sobre
isso. Reconhecer aquilo que você é bom, fazer aquilo que você é bom e esquecer
o resto. E é muito comum você ver comerciantes que abrem portas, abrem lojas e
ficam 2, 4, 5, 6 anos perseverando. O cara fica 4, 5, 6 anos pagando as contas, 6
anos levantando as portas, 6 anos pagando os funcionários, a luz, as custas,
repondo estoque, tirando uma pequena graninha. Às vezes nem isso.

Entretanto quando as pessoas entram na internet, elas querem tudo para hoje.
Então, eu vejo muita gente, muita mesmo, chegando até mim dezenas e dezenas
de pessoas, principalmente quando eu mando perguntas lá no Instagram. E são
centenas de pessoas falando: "Nossa, Ícaro, eu tenho 18 anos. Eu faço faculdade,
ou eu nem comecei na faculdade ainda. Eu quero trabalhar pela internet, que
negócio eu faço? " O primeiro pensamento que vem a minha cabeça é: "Cara,
quem te disse que você tem que fazer um negócio agora? Quem te disse que o
atual momento da sua vida pede para que você faça um negócio? Ou para que
você venda um produto ou um serviço para outra pessoa?"

Não existe problema nenhum em sair do zero para alguma coisa, desde que você
cumpra etapas. Desde que você suba na escadinha. Todo aqui conhece... Todo
mundo teve um avô ou conhece alguém velho que começou do nada, às vezes
sem nem escolaridade, às vezes sem nem saber escrever e construiu um grande
patrimônio. Tem uns velhos sempre que fazem isso, não é? Uns portugueses,
japoneses, uns armênios. "Nossa, ele chegou aqui no Brasil, ou nasceu aqui, e
era quase analfabeto, não ia nem a escola e hoje ele tem 30 imóveis. Todos
alugados. É um velho cheio de dinheiro". E ninguém se surpreende. Ninguém fala:
"Não, esse velho é mentiroso!" Porque as pessoas sabem que a vida desse cara
foi trabalhar. As pessoas sabem que esse cara trabalhou para ter o primeiro
imóvel, e muitas vezes morava num barraco enquanto já tinha o primeiro imóvel. O
aluguel do primeiro financiou o segundo, aluguel do segundo financiou o terceiro e
assim sucessivamente. Ele nunca deixou de trabalhar. Nunca se...
Por que o caso da Bettina mexe tanto com a gente? Por que o caso da Bettina
gera tanto buss? Lógico, tem o fato dela ser bonita e tudo mais. Mas longe disso.
O fato da Bettina causa muito buss porque a Bettina se apresenta como a menina
de 22 anos que saiu de 1500 reais para 1 milhão. E a mensagem traz claramente
uma ausência de plantio. Ninguém é contra o enriquecimento. Nem mesmo países
com mentalidade muito fechadas, e muito socialista, e muito atrasada como a
brasileira, muita inveja. Todo mundo gosta de uma história de alguém que
trabalhou muito e chegou lá. O problema é que a Bettina ela conta o começo e o
fim da história, mas não existe o meio. Não existe um miolo na história. Então ela
tem 22 anos, com 1500 reais, 3 anos depois ela tinha 1 milhão. Pera aí! E o meio
da história? Como é que? Na Bolsa de Valores, ainda? Tipo eu vou colar e boom!
Virou?! É assim mesmo? 1.500? O que você está fazendo aí, então? Por que você
trabalha na Empiricus, se você é capaz de fazer isso?
Então é esse choque, esse conflito de informações que faz as pessoas
suspeitarem, que as pessoas darem um passo para trás e pensarem: "Meu, isso
não é muito verossímil, não é?" Que todos os dias eu vejo isso no meu Instagram.
Bettinas e mais Bettinas. Só que elas não estão abertas ao público. Elas estão
falando comigo por direct, por perguntas no Instagram. São pessoas que vem, 20
de idade, 21 anos, 22 anos, 23 anos e falam: "Eu não sei o que fazer, o que eu
devo fazer?" E a primeira pergunta que eu faço é: "Cara, porque você acha que
tem que fazer alguma coisa para alguém se você nem sabe direito quem é você
no mundo?" Então, o que eu percebo, principalmente essa geração mais Y,
principalmente a turma dos millennials, eles pulam uma etapa: que é a etapa onde
você se fode, que é a etapa onde você rala. Que é a etapa onde você se dá mal,
que é a etapa onde você é roubado, onde você fali, onde o teu sócio te dá uma
facada. Que é a etapa onde você quebra o negócio, que é a etapa onde você
perde um apartamento. As pessoas pulam tudo isso e elas já querem ensinar
alguma coisa para alguém na internet. É por isso que não dá certo.

Qual é a forma mais segura de você começar do zero absolutamente, e chegar a


algum ponto. Primeiro reconhecer as regras do jogo. Eu sempre falo.. Tem um
ditado chinês, não é? Existem três coisas no momento em que você precisa saber
no momento em que você decide jogar: quais são as regras do jogo, quando
começar e quando parar. Você precisa entender as regras do jogo disso daqui que
a gente chama de internet. Quais são as regras do jogo? Que existe um patamar
aqui em cima. Quais são as regras do jogo? Existe um patamar aqui em cima, que
é o patamar dos 8 figures, que tem mais 10 milhões de faturamento por ano. "Ah,
Ícaro, existem patamares muito acima!" Sim, mas eu estou falando com pessoas...
O próprio 8 figures para mim, eu nem sei se quero jogar esse jogo, só para vocês
terem uma ideia. Eu não sei se eu quero jogar esse jogo. Porque eu conheço
algumas pessoas que estão nesse nível de jogo e esse é o nível de jogo em que
você abre mão de muitas coisas para jogar só esse jogo. Então, assim, existe
esse patamar na internet. Existe esse patamar dos 10 milhões. E existe o patamar
do zero.

O grande problema das pessoas, é que de alguma maneira, elas acham que é
possível fazer esse caminho (ir do zero aos 10 milhões). Muitas vezes eles nem
querem os 10, mas acham que é possível fazer esse caminho aqui até os
primeiros 100 mil. Saiu um post do Bruno Pinheiro que ele mostra como é possível
você faturar 100 mil reais e acabar com pouca grana na mão, acabar com 10 ou
15 mil reais. Mas é lógico, provavelmente isso vai acontecer, porque você não
estava preparado para fazer esses 100 mil. Então você precisa comprar
credibilidade, você precisa comprar tráfego, você precisa comprar testimonials.
Você precisa comprar muita coisa até que as pessoas se convençam de que o que
você tem para oferecer vale a pena ser comprado, porque você está queimando
etapas. Então, existem etapas para serem cumpridas para você subir de nível. E
90% das pessoas vão parar aqui e tudo bem. E é do caralho! Você mantém os
seus filhos, você viaja, você como bem, pede ifood sem sentir dor no bolso. Você
não precisa continuar subindo. Então também existe esse outro canto da sereia,
de que todo mundo tem que ser empreendedor, todo mundo tem que ser um mega
homem de negócios, todo mundo tem quer ser super bem-sucedido, todo mundo
tem que comprar ou alugar um escritório e encher um monte de pessoas lá dentro
e andar super bem vestido, e colocar um lenço no bolso, colocar um óculos
redondinhos italiano, ser magro com dentre branco e fazer crossfit. De onde vocês
tiraram que todo mundo tem que ser igual ao cara bolado do Instagram? De onde
vocês tiraram isso?

Então, assim, como é que você começa do zero? Qual que é o primeiro passo de
todos para você sair do zero? Vamos lá.

Eu não sou um cara de autoajuda e eu não me importo muito com isso. Sei é
importante, mas isso daqui não tem nada a ver com autoajuda, não. Isso daqui é
uma coisa sincera.

O primeiro passo. Qual é o primeiro degrau rumo aos 10 milhões? Se é que um


dia você vai chegar lá, talvez nem eu chegue. Ninguém sabe isso daí. É você se
conhecer. Você precisa olhar para dentro de você mesmo e fazer a seguinte
pergunta: "O que eu gosto de fazer? E das coisas que eu gosto de fazer, o que eu
tiro os melhores resultados? Quais são as atividades que eu preciso empreender
menos esforço e que me trazem melhores resultados?" Por exemplo, quando eu
era mais moleque, eu sempre gostei de jogar muito videogame, jogos de
computador. E eu jogava durante 6 ou 7 horas por dia Counter Strike. Mas eu
olhava para alguns garotos que jogavam a mesma quantidade de horas que eu e
eles eram muito melhores do que eu. Depois teve a fase do jiu jitsu. Eu passei
muito tempo treinando 6 dias por semana jiu jitsu, tinha 75kg, participava do leve,
estava enxutinho, fininho, e eu via que tinha alguns moleques que eram muito
melhores do que eu às vezes com muito menos esforço. Até que eu me encontro
na escrita, na comunicação, fazendo sites. Não era nem tanto o fazer site, mas o
que ia dentro do site, a escrita. E aí eu percebi que era muito bom nisso. E eu não
gostava.

Presta atenção. Eu não gostava mais de fazer site de escrever do que eu gostava
de jiu jitsu e Counter Strike nem ferrando. Mas eu gostava do resultado que eu via.
Eu percebia que era melhor que a média. Quando você percebe isso, você
começa o processo em que você busca e identifica a sua vocação. O que você
gosta de fazer, o que você não se incomoda em fazer, e o que você fazendo
produz resultados melhores do que as outras pessoas. Então, para quem tem
filhos, você tem 3, 4 filhos, põe eles para tocar piano. Claramente tem um moleque
ali que tira mais som do piano se esforçando menos que os outros. Sempre tem
aquele moleque na sala que joga futebol melhor do que os outros. Sempre tem
aquela menininha com 8 anos de idade que está no Master Chef Junior. Você fala:
"Caralho, essa menina com 8 anos cozinha melhor do que eu com 40!" Será que
ela teve muito tempo para treinar? Não. Parte da loucura do mundo de hoje em dia
é negar que existem dons naturais, pessoas nascem com aptidões naturais. O que
antigamente nós chamávamos de talentos, que antigamente nós chamávamos de
dons.

Hoje em dia a gente abandonou esse conceito achando que todo mundo é igual,
uma tela em branco. Então a primeira coisa que você vai fazer é saber quem você
é. E é bom que você saiba quem você é aos 20 e poucos anos de idade. Mas isso
é um conto de fadas. É muito provável que você chegue aos 30 anos ainda se
perguntando quem você é. Porque é um processo investigativo doloroso. Porque é
muito difícil você arrancar e dissociar quem você é do que o que os seus pais
queriam que você fosse, do que os seus tios queriam que você fosse, do que os
seus irmãos queriam que você fosse. Então é um processo corajoso, que muitas
vezes só é tido e executado ao longo de muitos anos com a vinda da maturidade.

Mas quando você sabe quem você é, você vai segurar um ponto aqui, importante.
Você vai segurar um ponto importante aqui. Segura esse ponto que a gente vai
voltar já já nele.

Aí o outro ponto importante aqui, que é o próximo, não é? A próxima escadinha


que é conseguir um emprego.

Você precisa de um emprego. Eu vejo uma quantidade enorme de pessoas,


principalmente a turma da Startup, onde tem um monte de moleque novo. O cara
chega e fala: "Eu estou fazendo uma Startup". Cara, quantas experiências você já
teve na sua vida? Quantos empregos você já teve? "Não, nenhum, eu ICPM aqui
e já vou abrir uma Startup". Quer dizer que você nunca tocou nenhum negócio,
você nunca foi empregado, você nunca tomou no cu, você nunca emitiu uma darf,
nunca preencheu uma nota fiscal; você nunca trocou o exercício fiscal de uma
matricial de emissão de nota fiscal paulista eletrônica. "Não, nem sei o que é nada
disso". Você nunca entrou lá no emissor de nota fiscal eletrônica para digitar o
CNPJ de um cliente. Você não sabe o que é um CNI. "Não". Está bom, como pede
uma vistoria do bombeiro? "Também não sei". Está bom, você já quer começar
como dono? "Não, mas eu tenho capital aqui". Esse capital vi ser gasto.

Conseguir um emprego não é só porque ele te dá um salário, conseguir um


emprego te dá toneladas e toneladas de consultoria grátis. Conseguir um emprego
te coloca em contatos com filhos da puta! Pessoas que em tese deveriam
trabalhar te ajudando, mas elas vão te prejudicar por n motivos. Desde porque a
pessoa odeia aquilo que ela faz, ela sabe que nunca vai sair dali, e ela sabe que
você quer sair dali, porque ela má, porque ela gosta de ver o circo pegar fogo. Eu
conheci algumas pessoas que diziam isso com orgulho: "Eu gosto de ver o circo
pegar fogo. Eu gosto de causar o mal, eu gosto de causar o prejuízo". Você vai
pegar gente relapsa, você vai pegar gente ansiosa, você vai pegar gente o
workaholic, que vai ficar puto porque você não está trabalhando dia de sábado no
escritório.

Você vai conhecer a vida real, cara. Você vai ter acesso a informações e
conhecimentos que você jamais terá na sua Startup com seus amigos. Você vai
ser roubado, vai pegar dólar falso. Eu lembro que uma vez eu estava trabalhando
em no comércio, no que eu tive 7, 8 horas da noite, cansado, com dor de cabeça.
Eu peguei 3 notas de 100 reais, eu tive que correr no meio da rua para pegar as
mulheres e chamar a polícia. É esse tipo de coisa que você tem de passar. Em
contrapartida, você tendo todo esse aprendizado... Então imagina se eu chegasse
para vocês e falasse assim: "Jair dos Santos, -- foi o último que mandou
mensagem -- Jair, eu vou te dar uma consultoria sobre negócios, eu vou
te dar uma consultoria sobre a vida, eu vou te dar uma consultoria sobre pessoas.
Eu vou te dar uma imersão em resolução de problemas. Eu vou te dar um curso
sobre resiliência e você ainda vai receber dinheiro para isso, em troca você
precisa vir aqui e fazer o que eu mando, e eu te dou dinheiro para isso". Isso é um
emprego.

Então quando as pessoas olham para o emprego e falam nossa: "Nossa, que
merda trabalhar nisso daqui". Você fala: "Cara, olha quanta oportunidades você
está tendo e você ainda recebe por isso, não é?". O emprego é o primeiro degrau
de qualquer escadinha e muitos empreendedores quebram, muitos
empreendedores não dão certo porque antes eles não quiseram ter um emprego.

Eu tenho um tio, herdeiro, que ganhou uma bolada, o que ele fez? Ele foi numa
feira de franchising, como é que é o nome franchising em português? Ele foi numa
feira de franquias e voltou de lá com a ideia de montar uma Todeschini, uma loja
de móveis. É uma coisa caríssima, 2 milhões de investimento ou alguma coisa
assim. Ele pegou um imóvel enorme, montou uma Todeschini, ela tinha um
espelho d'água, assim. Gastou todo o dinheiro da herança dele. Deu 8 meses, ele
quebrou. E a pergunta que eu faço é: porque ele quebrou? Porque ele nunca foi
sequer um vendedor de móveis, ele nunca vendeu uma cama na vida dele. E aí o
que ele faz? Ele abre uma Todeschini. Então eu vejo pessoas falando: "Olha,
Ícaro, eu sou coach comportamental".

Me fala pelo menos 4 grandes fatos que você fez na sua vida. 4 quatro grandes
conquistas realmente fora da média. Você foi para a guerra, você fechou uma
venda de uma empresa tal. Você era C-Level de uma outra empresa. Você vendeu
milhões de reais em um ano. Você gerenciou uma equipe com 100 pessoas. "Não,
eu fiz o instituto brasileiro de coaching". Cara, quanto aprendizado você nunca
teve na sua vida? Porque uma coisa é você falar sobre uma falência,outra coisa é
você falir. Uma coisa é você falar que o comportamento negativo te engessa, outra
coisa é você ter medo de abrir o aplicativo do seu banco porque você não sabe
quantos mil reais negativos você tem. E aí você tem que tomar uma decisão, ou
você desiste e vai falar para sua esposa que está deprimido, ou você encontra
uma solução. Então, conseguir um emprego te traz todas essas experiências.
Ainda que você não precise, tenha um emprego.

E a mágica começa a partir daí. Muitas pessoas dizem: "Nossa, Ícaro, empregos
bons te ensinam, empregos ruins, não". Errado. Empregos bons te ensinam e
empregos ruins, te ensinam, também. Empregos ruins vão te ensinar a ter
resiliência, a aguentar comandos burros, a sobreviver em ambientes tóxicos, a
ausência de perspectiva.

Mas o emprego ruim tem uma coisa que nenhum emprego bom tem. O emprego
ruim ele acaba. O emprego ruim dá 5 horas da tarde e as pessoas vão embora.
Você já viu vendedor de salgado dá o horário dele, ele vai embora, sem
preocupação nenhuma fumando um cigarro. "Aê caralho!" É que não tem tarefas
para depois do expediente. E é aqui que a mágica acontece. Porque enquanto o
emprego ruim te dá resiliência, enquanto o emprego ruim te dá sustentação,
enquanto o emprego ruim ainda te paga e você come e se mantém vivo; e você
dorme e acorda e pega o ônibus. Muita gente não dá esse passo porque não quer
sair da casa da mamãe. O emprego ruim acaba. Quando dá ou 6 horas você está
livre. E aí você vai começar a mágica, que é quando começam a duvidar e rir de
você, e é uma das melhores sensações que existe, que é: conseguir um emprego
depois do emprego. Deixa eu substituir esse verbo aqui. Criar um emprego depois
do emprego.

O que é o emprego depois do emprego? Lembra da exclamação que eu botei


aqui? Você segurar aquele "saber quem você é", quando você chega em criar um
emprego depois do emprego é que você a isso daqui. Então, eu sempre soube
que eu era um comunicador. Eu sabia que eu era um escritor, eu sabia que eu
convencia as pessoas; que eu era um professor, que eu dava aula; eu sabia que
eu escrevia roteiro, só não sabia como fazer, mas eu sabia que eu era isso. Eu
sabia que eu era alguém que trabalhava com as palavras. Quando você tem um
produto ruim e ele acaba, você tem que usar o momento depois desse emprego
depois das 5h da tarde às 11h da noite, das 6h da tarde à meia noite para
desenvolver uma habilidade. Que habilidade? Aquela que você identificou como a
sua vocação. Então, você trabalha, e depois do trabalho, o que você faz? Você
estuda. Você começa a comprar os best sellers da sua área, você começa a
seguir as pessoas bem-sucedidas da sua área, você começa a assistir os vídeos
dela, fazer os treinamentos dela; você começa a desenvolver um conjunto de
habilidades.

Isso tudo enquanto você trabalha, isso tudo enquanto você ganha um dinheirinho
fixo naquele serviço que você tem certeza de que não é o ideal para você. E é
nessa hora em que as pessoas desistem, porque cara não é fácil fazer uma
jornada de dois turnos. Uma jornada de dois turnos com dois empregos é mais
fácil do que uma jornada de dois turnos com um emprego em um estudo. Porque
se você trabalha em dois turnos, sua mulher olha para você e ela fala para a mãe:
"Nossa, ele é muito esforçado! Ele tem dois empregos!" E tudo mundo: "Uau! Ele
é bom pai para os filhos, ele é um cara muito esforçado!" Agora, quando você tem
um trabalho e a noite você quer fazer um projeto, você quer estudar, você quer se
aperfeiçoar, o que você vira? "Nossa! Ele não tem limites! Ele chega em casa e
quer estudar! Quer ficar no computador, quer virar a noite, quer ficar lendo, quer
ficar assistindo vídeo, quer ficar participando de desafio de 21 dias. Esse monte de
bobagem ao invés dele ficar com a família dele". Isso que as pessoas não
entendem.

E é por isso que tanta gente desiste. Porque não tem nenhum horizonte. Não tem
nenhuma certeza, mas você já passou pelos pontos mais difíceis. Você já saiu do
zero absoluto, você já sabe quem você é, ou quais são as capacidades que você
possui que performam mais do que os outros. Você já conseguiu um emprego,
você não precisa mais do seu pai, da tua mãe, você não precisa mais da tua
sogra, você não precisa mais de ninguém. E agora você tem 3 horas por dia, às
vezes 4 horas para chegar a algum lugar. Mais da metade, respondendo ao
Neemias. Você já sabe que você vai chegar a algum lugar. Você vai passar
pelo menos entre 6 a 8 meses desenvolvendo esse comportamento,
desenvolvendo essa habilidade. E aí é quando você chega nesse estágio, que é o
estágio em que eu passei a maior parte da minha vida.

Eu passei 70% da minha vida profissional nesse estágio aqui. Saí dele há pouco,
saí em 2016 só. Faz pouco tempo. Que é: Um trabalho é um side job. Um
trabalho, uma atividade lateral, não é? Uma habilidade lateral. Que é quando você
consegue fazer as suas primeiras vendas, os seus primeiros atendimentos, fazer
os seus primeiros clientes, enquanto você ainda tem um trabalho. Então, por
exemplo, você continua trabalhando no seu trabalho fixo, você começa a vender
os seus primeiros produtos digitais. Você consegue fazer o seu e- commerce
vender teu primeiro produto, você consegue fazer tua loja do Mercado Livre
vender os primeiros produtos, enquanto você ainda tem um trabalho. Você
trabalha num horário e consegue fazer tua receita no outro. Você dá suas
primeiras aulas por skype.

Aqui você já consegue uma coisa importante e pouca gente se liga nisso. Aqui,
nesse nível, você consegue um padrão decente de vida. Você consegue viver
bem. Aqui você consegue chegar próximo aos 10 mil reais mensais. Você tem
uma parte que é o seu salário, a outra parte são as suas vendas, você vai
aprender um pouco a comprar tráfego. Vai fazer algumas propagandas, se for um
infoproduto, vai fazer as entregas automáticas pelo Hotmart. E boa parte das
pessoas deveriam parar aí. Ou boa parte das pessoas poderiam parar aqui.

Quando você tem um trabalho e você tem um side job, e é muito engraçado
porque o seu side job, seu segundo trabalho, que é o resultado do seu estudo, da
sua vocação colocada em prática, ele ajuda o seu trabalho principal. Porque eu te
garanto, se você tem um trabalho medíocre e você fala para o teu chefe: "Olha,
chefe, eu estou ganhando mais fazendo vendas na internet do que no meu
salário". Ele vai virar e falar... Ou ele vai te dar um aumento, ou ele vai perguntar
se pode fazer aquilo que você faz para ele; ou ele vai perguntar: "Por que você
está aqui, então?" E aí você percebe que você consegue migrar de área, porque
você desenvolveu habilidades e conhecimentos que você não tinha antes, você
consegue buscar um trabalho melhor.

Então, imagina o seguinte. Hoje você tem um trabalho médio, medíocre -- no


sentido de médio. Se você aprende a comunicar, investir em redes sociais, a fazer
suas vendas, a fazer remarketing, a fazer compra de tráfego no Instagram. Você
consegue virar para o teu chefe e falar: "Olha, eu já sei já sei fazer tudo isso. Por
que eu não posso fazer isso pela empresa?" E você começa a ter um salário, uma
postura melhor. Ou você consegue ir para os concorrentes e falar: "Olha, eu sei
fazer esse trabalho e sei também cuidar da comunicação". E você consegue uma
oportunidade melhor. Então, com um trabalho decente, com um trabalho ordinário
e com o side job, você já consegue ter um vida, com 3 ou 4 freelas que você faça,
você já consegue ter uma vida razoável, você consegue ter uma vida confortável.
Se a esposa ou o seu marido trabalharem, então, mais confortável ainda. Mais
confortável ainda.
Agora, qual que é o problema? O problema é que a maior parte das pessoas elas
já sonham com o próximo nível. Qual que é o próximo nível? O próximo nível é
quando o seu side job vira o teu negócio. Quando você percebe que está
ganhando, quando você percebe...

Olha, Murilo fez uma observação interessantíssima! A Bettina está aqui! A Bettina
está aqui, olha. A Bettina está aqui, cara. Ah, o bagulho é sólido, não pensei que
fosse sólido. A Bettina está aqui. A Bettina ganha o salário dela na Empiricus, a
Empiricus dá conhecimento para ela, a Empiricus dá grana para ela testar, a
Empiricus dá holofote para ela, a Empiricus dá desenvolvimento e ela ainda tem
tempo para fazer side job. A Bettina nem chegou no próximo nível ainda, e talvez
ele fique nesse nível para sempre, ela está com grana. Ela foi entrevistada pelo
Danilo Gentili. Cara, o Danilo Gentili está nesse nível. Multimilionário.

Então esqueça a ideia de que quanto mais você sobe, mais dinheiro você faz. Eu
estou nesse nível aqui. Eu não preciso mais dos meus clientes, eu tenho eles, eu
ainda tenho meus clientes que me pagam bem, mas o meu side -- comunicação,
vendas, estratégias, virou o meu negócio. E eu sou muito mais pobre que o Danilo
Gentili. Ontem nós entrevistamos o Dumas, presidente do BBA S da China, o
Dumas está aqui, olha. E mais rico do que todo mundo. Presidente o BBA S da
China. Não é quanto mais para cima, melhor. O Dumas está muito mais do que
aqui,olha. Considerando bônus e tudo mais. Talvez não muito mais. Isso não é do
zero aos 10 milhões. Isso é: "Cara, aonde você está? Aonde você está?”.

Só que, o que acontece? As pessoas que procuram empreendedorismo, as


pessoas que veem o Erico Rocha, as pessoas que veem o Ícaro de Carvalho, as
pessoas que veem o Pedro Sobral, as pessoas que veem o Rafael Rez, as
pessoas que veem o André Cia, as pessoas que veem o Jeff Walker, André Sias
Gary Vaynerchuk. Qual é o erro delas? Qual é o erro dessas pessoas? Elas estão
aqui, geralmente elas estão aqui, e elas querem em 6 meses chegar aqui. Esse é
o problema.

Geralmente essas pessoas estão aqui e elas querem fazer esse salto, elas não
conseguem um emprego, elas não enfrentam desafios reais. Qual é o problema de
fazer esse caminho? Qual o problema de fazer esse caminho? Ou qual o
problema de fazer esse caminho? Quem fez esse caminho? A Bel Pesce. A Bel
Pesce fez esse caminho. Qual é o problema de fazer esse caminho? Não se
sustenta.

Em algum momento você vai ter que mentir. E você nunca vai mentir do tipo: "Oi!
Você sabia que o meu pai é Bill Gates? Sabia? É verdade!" Você não vai mentir
assim. Não tem como alguém provar que teu pai não é o Bill Gates, mas você vai
mentir assim porque se não você é um idiota. Então você começa mentindo, da
maneira mais semântica possível, do tipo: "Ah, eu tenho 4 diplomas em Harvard".
"Ah, mas 4 diplomas?" " Mas major não é um diploma, não é um diploma? Então
são diplomas". "Puta! Será que são? Não são?! Puta, eu achei que era!" Ou: "eu
fui dos 1500 reais para 1 milhão de reais" "Ah, é? Foi de 1500
reais para 1 milhão?" "Ah, então, calma, é eu fiz outros aportes". "Pô, mas porque
você não disse isso logo?!" "Você sabe, não é? As pessoas não iam ver o vídeo!"
Não se sustenta. Então as pessoas querem fazer esse atalho. Esse atalho, esse
atalho, esse atalho. E aí que elas pensam: "Caramba, Ícaro! O Novo Mercado tem
138 aulas, cara? Eu quero aprender a pôr a mão na massa agora!" Mas, espera
aí. Você acha que vai ganhar 100 mil reais na internet em quanto tempo, cara?
Você acha que vai demorar quanto tempo para faturar 20/30 pau por mês. Acha
que é mês que vem? Então qual é a melhor, a mais sadia, a mais construtiva para
você chegar a encontrar onde você está aqui?

Seguindo essa regra. Você começa do zero, você investiga quem você é, você
consegue um emprego. Você consegue um emprego e na hora em que você não
está trabalhando, no trabalho depois do trabalho, você começa a estudar. E você
compra livros, você compra cursos, você põe em prática, você pega o método - -
pode ser a Fórmula de Lançamento, pode ser o Método 21 Dias, pode ser o Novo
Mercado, pode ser o que você quiser. Você começa a pôr aquilo em prática. Pode
ser o Hotmart Academy que é de graça. Pode virar afiliado, pode ser vendedor,
pode ser professor. Pode ser o que você quiser, cara. Pode tentar vender um
imóvel pela internet. Pode fazer Google SEO para as empresas. Pode traduzir,
pode transcrever, fazer roteiro, pode ser fotógrafo de casamento só a noite. Pode
fazer o que você quiser. Você tem um emprego e você tem um side job. Quando
você chega no padrão rosa ali, você tem um trabalho e um side job, aqui você tem
uma qualidade de vida melhor do que a maioria das pessoas. 90% do país.

Quando é que você decide se você quer sair do rosa para o roxo? Geralmente é
quando o seu side job dá mais dinheiro, passa a dar mais dinheiro do que o seu
trabalho. Quando o seu side job dá mais dinheiro do que o seu trabalho. Aí você
fala: "Caramba, eu acho que eu vou só para o side job porque lá é meu, eu faço
as regras, eu me dedico, eu me escalono. Eu sou o senhor das minhas decisões".
Aí você decide dar um salto para cima. Mas você não consegue chegar daqui -
aqui. Até consegue, mas você vai de maneira esponjosa, você vai inventando
coisas que você fez. Comprando depoimentos de pessoas, pedindo favores. Até
que chega alguém na internet, começa a examinar o que você fez e você cai.

Qual é a melhor maneira de sair do zero e rumar para 300, 400 mil, 1 milhão por
ano? Você sabe o teu número. É em forma de escadinha. Primeiro auto
investigação, depois o emprego para ser penalizado, para aprender com o que
não gosta; o emprego depois do emprego e quando o teu emprego depois do
emprego tiver gerando mais dinheiro do que os seus serviços, você toma opção
de ficar só nele. Essa é a maneira mais saudável de começar do absoluto zero. Aí
você vai usar esse teu conhecimento para fazer aula, vender consultoria, vender
serviço, tocar uma lojinha online, fazer curso na Udemy e botar a venda. Aí a
escolha é tua.

Vamos lá. Perguntas. Mandem as perguntas. Nossa, eu estou cansado e tem um


monte de entrega para fazer.
Cara, eu vou contar essa história, ela é muito boa. Deixa eu pegar essa pergunta,
tem pergunta antes. Tem um processo. Se você procurar na justiça federal você
vai encontrar meu nome lá, correndo atrás. Eram duas bolivianas. Vamos lá.

Diego Ferreira: Desculpe pela pergunta, mas depois de iniciar o desafio, e ver
tanta gente te enviando mensagem e dizendo que estão começando seus
negócios, obviamente de deixa feliz. Mas a sua expressão facial muda assim
como no primeiro depoimento?

Ícaro: Não entendi nada, Cara. "A sua expressão facial muda assim como no
primeiro depoimento?" Não entendi.

Aluno: Foi o que eu fiz. Sou editor de vídeo, trabalho em uma das maiores
empresas de marketing digital no Brasil. Ótimo. Troco meu salário por isso daí.
Conhecimento, tudo que você citou...

Ícaro: É isso, cara. Eu fiz a minha vida inteira. Fiz minha vida inteira.

Aluno: Foi fácil trabalhar por 4 anos da B2W? Não. Mas o que eu aprendi lá
demoraria anos para aprender.

Ícaro: Ah, você trabalhou lá. Que legal! Cara, é incrível. A gente está fazendo todo
esse trabalho para a Avenue Securities, não é? O que a Avenue me paga para ser
responsável por dezenas de pessoas, de projetos, de vídeos, e todo o
compliances, tudo em várias línguas, três línguas, atender gente de tudo quanto é
canto. A Avenue toma boa parte do meu dia. Só que o que a Avenue me paga é
bem menos do que o Novo Mercado me gera, do que eu poderia fazer num
lançamento. Só que, cara, os caras me dão verba para fazer vídeo, documentário,
aprender, errar, me comunicar, entender o que é o ambiente corporativo, pela
primeira vez fazer um gerenciamento de pessoas. Cara, a gente gerenciou 77
pessoas. Eu gerenciei, eu estive responsável por 77 pessoas. O que isso me deu
de aprendizado? Quando que eu teria essa chance no Novo Mercado? Você acha
que quando eu gero um produto pelo Novo Mercado, esse produto não é melhor
porque eu aprendi com 77 em dois países ao mesmo tempo? Lógico que é.
Quando saiu a notícia na Exame de que o Jorge Paulo Lemann colocou 23
milhões de reais na Avenue, você acha que isso daí não adiciona ao meu
currículo? Porra! Quando eu entrei na empresa só tinha 3 nego. Era o cara do T.I.,
o nosso CEO e eu, a gente meio 'vamo ver o que vai dar'. Lógico que adiciona.

Aluno: Do que era a sua loja?

Ícaro: O comércio era de material de construção. Por quê? Porque era o comércio
que estava em frente a minha casa, aí eu falei: "Ah, vou comprar isso daqui
porque eu só preciso atravessar a rua".

Aluno: Sou estudante, faço medicina, gostaria de um emprego.


Ícaro: Cara, se eu fosse médico. Porque é foda, eu sou vendedor. Eu não sou
médico. Mas se eu fosse médico, o que eu faria? E eu tenho certeza de que eu ia
ganhar mais dinheiro do que sendo médico, e olha que médico já ganha bem!
Lógico: primeira opção eu focaria 100% na medicina, é isso que eu faço, é isso
que eu amo, fiz faculdade. Mas cara, se eu fosse médico eu venderia 'como
passar na faculdade de medicina para' as pessoas, cara. Puta que pariu! Todo
mundo quer fazer medicina. Eu ia ganhar... Sabe aquele negócio daqueles
cursinhos? O cara ganha mais dinheiro ensinando a passar na OAB do se ele
tivesse feito OAB? É assim que eu penso.

Aluno: Eu quis dizer, o sentimento de orgulho continua o mesmo. Mas você ainda
abre um sorriso?

Ícaro: Cara, muitas vezes. Mas assim, tem que ser coisas que chamam mais
atenção. Alguém virar e falar: "Cara, usei o desafio de 21 dias para fazer 50 mil"
Ok, cara. Porra! Legal! Show de bola, Cara! Vai para cima!" Mas se o cara é pobre
e fala isso, ou Jamilson, nosso aluno. Ele é designer e é cego. Várias vezes eu
penso no Jamilson, várias vezes eu falo: "Meu, ele é designer e é cego! Do que eu
estou reclamando?!" Ou quando alguma mãe solteira consegue usar O Novo
Mercado para gerar receita. Ainda é foda, ainda mexe para caralho.

Aluno: Como você vê O Novo Mercado daqui há três anos?

Ícaro: Eu não sei. Eu vejo o Novo Mercado como mil e poucos alunos correntes
até o fim do ano. Mas acho que vai acontecer muito antes de julho.

Aluno: Estou vendo justamente isso (Cursinho preparatório para passar em


Medicina).

Ícaro: Ah, você vende isso? Cara, isso é bom para caralho! Dá para fazer uns 300
mil reais por ano vendendo isso, assim, tranquilo.

Aluno: Saí do varejo para ir trabalhar no terceiro setor. Porque teria a


possibilidade de trabalhar Facebook Ads, Googles Ads, SEO, etc. No emprego
anterior eu trabalhava com e-mail marketing e estava numa zona de conforto.
Estou aprendendo para caramba no atual.

Ícaro: Porra! Para caralho! Eu acho que todo mundo deveria saber Facebook Ads,
Google Ads e Seo. Todo mundo. Porque na pior das hipóteses, cara. Aconteceu
uma merda na tua vida, você entra numa pizzaria, entra num restaurante e fala:
"Posso colocar o seu restaurante no primeiro lugar do Google?" Você ganha
dinheiro, você ganha meio salário mínimo gastando 5 minutos por dia de trabalho.

Aluno: Pois é, esse curso vende para porra -- como passar em tal coisa.

Ícaro: Para qualquer coisa, cara.

Aluno: Empreender por não conseguir um emprego é pular níveis?

Ícaro: Não sei. Eu ia falar que sim, mas eu não sei. Tem muita gente que
conseguiu. O Flávio Augusto é um exemplo. Mas eu acho que quando você
trabalhou, principalmente em um comércio, acho que ele te ensina muito na hora
de empreender. Você sofre muito menos. Mas eu já empreendia quando consegui
meu emprego, não era um emprego, o negócio era meu. Eu nunca fui
empregado CLT eu sempre tive clientes CNPJ. Mas se eu nunca tivesse tido
nenhum cliente, tivesse tipo Bel Pesce, vendendo curso sobre empreendedorismo
sendo que eu empreendia para mim mesmo... Não sei, cara. Tanto é que é frágil.

Aluno: Quando a Avenue Securities vai começar a rodar?

Ícaro: Cara, eu não posso dar essa informação sobre a Avenue, mas
provavelmente até o fim desse mês. Não posso te dar a data exata, por que tem
questões de compliance, sigilo. Provavelmente no fim desse mês.

Aluno: Não se esqueça que o Flávio Trabalhou no ramo antes de empreender.

Ícaro: Sim, trabalhou. Trabalhou.

Aluno: Pois é, eu pretendo até vender no centro, ou na rua mesmo, [para] não
ficar só na frente da tela do pc.

Ícaro: Ou não, cara. Qual é o teu trabalho de tesão, assim? Com o que você
queria trabalhar, o que você queria fazer? Onde você queria estar? Onde você
queria estar? Por exemplo, onde eu queria estar? Hoje, eu queria estar com o
Leandro Aguiar que faz os maiores lançamentos do país. Se eu pegasse o
telefone e ligasse para ele e falasse: Leandrão, tudo bem cara? Então, eu sei
fazer isso e isso. Eu faço roteiro, eu sou copywriter. Cara, na boa, quero trabalhar
60 dias aí, você aceita?" "Ah, mas porra, quanto você quer ganhar?" "Nada, quero
trabalhar". O cara aceita.

Aluno: Minha esposa conseguiu se tornar sócia de um dos maiores escritórios


criminalistas do estado de São Paulo assim.

Aluno: Indica dois temas de Wordpress para trabalhar.


Ícaro: Cara, eu não me importo com esses negócios de tema. Eu literalmente
pago para alguém fazer. Eu fiz O Indigesto, assim. Fiz tantos outros, assim. Eu
falo: "Cara, quanto você quer?" "500 reais" "Ah, meu instala aí". "Pô, Ícaro, mas é
500 reais!" É mais fácil eu conseguir 500 reais, nem que eu faça um carreto,
levando um armário nas costas, do que eu ficar criando essas porrinhas desses
Wordpress.

Aluno: Cara, eu quero empreender, mas não encontrei nada que fosse minha
grande paixão. Me imagino enriquecendo no Mercado Imobiliário, mas um
estudante liso que nem eu não tem como começar assim.

Ícaro: Cara, como você se imagina enriquecendo no mercado imobiliário? Vai


trabalhar numa corretora de imóveis, então. Mas se você ainda não sabe o que é,
você não está pronto ainda. Você está lá no primeiro passo. Você é novo ainda, dá
tempo.

Aluno: Já mandei currículos para corretoras.

Ícaro: Não manda currículo, vai lá pessoalmente, conversa com o cara.

Aluno: É realmente possível ser milionário antes dos 30 anos?


Ícaro: Sim. Todos os meninos do Brasil Paralelo tinham menos. Todos os
membros, com exceção do Leandro Ruschel tinham menos de 30 anos quando
abriram o Brasil Paralelo. É possível.

Beleza, pessoal? Qualquer dúvida joguem lá no grupo. Espero que você tenha
gostado da aula, espero que você tenha gostado da aula, espero que ela tenha
sido proveitosa. Qualquer dúvida joguem no grupo. Até a próxima!

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