Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Culpa de quem? Sua. Você não fez a preleção, não fez seu dever de casa.
“Isso que você está falando não faço. Trilha não é comigo”. Por quê? A
tendência do brasileiro é tão filha da puta, é tão inviável e gregária que o
cara fala: “Ah, mas vamos tomar aquele cafezinho mesmo, só para bater
um papo”. De qualquer jeito ele vai querer tomar um café com você.
Então a primeira hipótese: o cara lhe trouxe uma demanda à qual você
não presta serviço e nem deseja prestar. “Não quero mexer com trilha. É
pica! Custa caro, ninguém dá valor, é totalmente intangível, ninguém sabe
explicar”.
2. O cara me trouxe algo que eu não faço, mas sei onde tem contrato.
Imagine que o cliente venha e diz: “Ícaro, faz uma logo-marca para mim?”,
“Não faço, mas o Pavani faz”. “Essa logomarca tem de ser feita em
madeira para depois virar uma xilogravura”. Digo: “Puxa! O Pavani não
faz, mas conhece um cara que faz”. Você não criará essa cadeia, mas irá
direito no cara: “Beleza, me consegue o contato com esse cara?”. Você
não perderá o contato com o primeiro, você não perde seu contato com o
segundo. Por quê? Porque esse é o cara que tem a responsabilidade de
acompanhar um serviço. Então esses dois serão favor; o outro prestará o
serviço, mas esse acompanhará.
Você dará 50% para um, 15% para aquele que só acompanhou, e o resto é seu.
Você só tem o cliente. Se a corda for menor, poderá fazer meio a meio. Pode
fazer sessenta a quarenta; pode fazer setenta a trinta até para você. Então, por
exemplo, nem freelancer chegará a vinte, trinta mil por mês fazendo muita coisa
que não sabe. Tem de fazer muitas coisas que sabe, mas terá de encontrar
outras pessoas que saibam fazer, tem de ter os contatos certos. Ou o cara do
cafezinho traz um serviço que você será capaz de fazer, e aí começam os jogos.
É mais ou menos aquele negócio “Que os jogos comecem!” dos Jogos Mortais.