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Aula 220
ÍCARO DE CARVALHO 09 de dezembro de 2020

Fala, meu amigo! Seja muito bem-vindo a mais uma aula aqui pelo O Novo
Mercado! Eu me chamo Ícaro de Carvalho. Se você está assistindo essa
aula através de uma gravação, não importa o dia, o horário ou a data es-
telar. O nosso tema de hoje é: Como utilizar o flash opening corretamente.

Se você está chegando agora, não sabe o que é


flash opening, não tem a menor ideia, se é o seu
primeiro dia aqui no O Novo Mercado, pode ficar
tranquilo que eu vou explicar isso aqui para vocês
com bastante calma. Já quero aproveitar aqui no
início da aula e sugerir algumas aulas que de al-
, guma maneira vão complementar o conhecimen-
- to que nós passaremos hoje aqui para vocês. E eu
, quero que vocês vejam a sequência da jornada do
herói voltada ao produto; essa sequência, ela vai
te ajudar a desenvolver melhor a sua audiência, a
fazer a audiência engajar melhor com as suas pro-
postas, vai preparar essa audiência para que ela
assimile melhor, adquira com mais facilidade o seu
produto e a gente começa a jornada de preços.

Jornada de preços, onde estão, não é? Nós temos um Pit stop sobre pre-
cificação. Inclusive, lá eu falo uma das coisas mais legais que eu aprendi
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sobre método de precificação de produto, que é aquele modelo de co-
brança da pipoca do cinema: quando eles usam pipoca grande, média
e pequena, sempre direcionando o cliente para comprar… para que ele
compre a pipoca que você quer. Nós temos ali no Pit Stop. Temos também
aulas de push no Pit Stop. É muito importante ali no final onde você precisa
que o cara passe o cartão ou tire o dinheiro da carteira; são ali os 4 ou 5
segundos que garantem a passada de dinheiros de mãos, não é? Dinheiro
para um lado, serviço para o outro. E as clássicas 147, 148 e 149, são talvez
as aulas que eu mais citei recentemente no O Novo Mercado, porque são
aulas que falam muito bem desde os produtos mais baratos até os pro-
dutos que são mais caros. Na 147 a gente começa falando de produtos de
graça e a gente vai até a 149 quando a gente está falando de produtos de
10, 20, 30, 40, 50 mil reais.

Vamos lá! Joga aqui no quadro branco, diretor.

Eu quero que vocês pensem comigo. Quando eu


falo em processo de lançamento, quando eu falo
em promoção, eu sempre estou falando de diversos
mecanismos que garantem que o maior número de
pessoas possível irá comprar. Nós temos os gati-
lhos mentais, que são aqueles… que acabaram se
tornando mais populares graças ao livro do Cial-
dini, coloquem aqui, vou falar para a equipe co-
locar aqui na transcrição e no resumo, no caderno
de ativação, o livro Armas da Persuasão, do Robert
Cialdini; ele trabalha seis gatilhos, sendo o maior
deles a reciprocidade.

Mas de todos esses elementos o mais importante é a escassez. Vocês


sabem que sem escassez dificilmente há lançamento. O que é que é um
lançamento? Um lançamento é um processo de venda baseado em uma
quantidade limitada de dias (algumas vezes uma quantidade limitada de
horas), para que você possa comprar determinado produto com desconto,
com bônus ou até mesmo porque caso contrário você não compra mais.
O lançamento, ele dá muito certo na internet porque a internet te dá es-

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cala, a internet traz um volume grande de pessoas para olhar o que você
está oferecendo, mas ele também funciona no mundo real. Nós vemos, por
exemplo, lojas como a Apple que fazem um lançamento, não é? A inau-
guração do seu produto. Nós temos lançamentos de filmes que estreiam,
ficam disponíveis por determinado tempo e saem das salas de cinema. Ou
até mesmo lançamentos de jogos, não é? Determinada semana ele fica
em promoção e aí quem não comprar perde. Todos eles são baseados no
conceito de escassez, de que, caso você não aproveite naquele número de
dias específicos, você perde essa possibilidade.

Quando nós falamos em lançamento, automaticamente nós temos que


pensar em escassez. Eu costumo dizer: “Nunca desperdicem a oportunida-
de de uma boa escassez”, porque faz muita diferença na internet. A gente
vê isso inclusive aqui no O Novo Mercado, eu vou falar isso para vocês um
pouquinho, não me deixem esquecer. Quando nós falamos em lançamen-
to, nós temos que falar em escassez e nós temos que falar em carrinho. O
que é que é o carrinho? É a quantidade de tempo (que podem ser dias ou
horas) que a promoção é válida.

Ih, diretor, não apareceu. Está aparecendo aí? Está, não é? No retorno aqui
eu não consegui ver.

Então pensem bem nisso, quando a gente fala de


lançamento, a gente fala de escassez e de carri-
nho. Carrinho é quantidade de tempo, dias ou ho-
ras que a promoção é válida.

“Ícaro, quais são os períodos de carrinhos ideias, não é?”


Nós podemos ter de 1 a 365 dias de carrinho, por que não? Só que den-
tro desse espaço enorme de tempo, nós temos os carrinhos que o próprio
mercado atestou como carrinhos mais eficientes. É aquele negócio engra-
çado: tem uma imagem que eu gosto muito, que é uma quadra com uma
pista de asfalto, assim, para as pessoas caminharem e aí está escrito assim:
“o programa”. E aí tem um espaço, uma trilha sem grama, que provavel-
mente as pessoas andam cortando o caminho, elas não fazem isso aqui,
não é? Elas vão direto aqui. E aí aqui está escrito assim: “O usuário”:

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As pessoas, elas não respeitam muito as regras se as regras não fizerem
tanto sentido. Quando você coloca proteções na rodovia para que as
pessoas não passem, geralmente elas arrancam uma grade para pode-
rem pular, porque elas querem sempre o menor caminho. Como é que nós
chegamos aos carrinhos de 1, 3, 5, 7, 14 dias? Basicamente centenas de
milhares de pessoas no mundo foram testando esses carrinhos, claramen-
te aqueles de 5, 7 dias foram dando mais certo do que aqueles de 15, e as
pessoas foram adotando cada vez mais esse padrão, esse padrão foi se
mantendo, esse padrão continuou funcionando; e é assim que o mercado
e a sua inteligência coletiva forma algumas verdades que muitas vezes nós
não sabemos explicar. Por exemplo, por que é que os preços no mercado
digital acabam com 7 (97, 147)? A verdade é que em algum momento esses
preços começaram a ser utilizados, geraram bons resultados, permanece-
ram, sobreviveram, outras gerações de marqueteiros digitais, empreende-
dores digitais foi chegando, já encontraram esses números validados pelo
mercado e decidiram manter. Isso significa que é obrigatório? Não, não
significa, mas é um farol, é um farol, é uma pequena pista.

Quais são os carrinhos mais importantes? Carrinhos de 24 horas. Para


quem eu recomendo carrinhos de 24 horas? Para quem já tem um volume
de audiência relativamente alta, para quem tem muito público quente en-
gajado e para quem quer dar um grande recado. O que significa isso? Para
você que quer mostrar para sua audiência que quem não compra aquilo
vai de fato se arrepender. Por que é que eu não faço carrinhos de 24 horas
(Ícaro)? Eu faço, mas eu não faço esse carrinho tradicional. Esse carrinho de
24 horas eu transformo em um flash opening: jogo ele para o fim do pro-

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cesso de lançamento. Qual é o objetivo jogar esse flash opening para o fim
do processo de lançamento? Produzir um último dia de vendas, uma última
pernada de vendas.

Nós temos depois do de 24 horas, de 1 a 3 dias, carrinhos tradicionais.


Vamos colocar aqui de 2 a 3 dias para não confundir, não é? São carri-
nhos um pouquinho mais longos, carrinhos de três dias hoje em dia… Eu até
estou me sentindo tentado a utilizá-lo, não é? 72 horas. São carrinhos que
tendem a forçar a comunidade a tomar uma decisão rápida. Então você
pega ali domingo, segunda e terça, domingo é um ótimo dia de compra,
não é? Ou segunda, terça e quarta. A gente foge um pouco de quinta,
sexta-feira, porque são dias que as pessoas não estão naturalmente mais
inclinadas a tomarem grandes decisões.

E nós temos o grande campeão: o carrinho de 7


dias. Por que o carrinho de 7 dias é o grande cam-
peão? Carrinho mais tradicional, carrinho mais uti-
lizado, carrinho que as pessoas entendem que é
uma semana de compras. Faz algum tempo que a
gente começou a testar carrinhos de 5 dias.

Ô, diretor, o nosso último carrinho do Home Office foi de 5 dias, não foi?
Alguém lembra? Você lembra, Simonsen? Foram.

A nossa promoção do Home Office foi uma promoção de 5 dias. As pro-


moções de 5 dias, elas acabam agindo com um efeito de maior urgência
perto da audiência e elas combinam com o flash opening, porque vai ter
muita gente que vai perder a oportunidade, pensar que perdeu, que não
existe mais essa possibilidade da compra de um produto; depois de um
tempo você volta, oferece essa oportunidade mediante uma boa e nobre
justificativa. Você não pode fazer flash opening dizendo: “É para ganhar
mais dinheiro, pessoal! É para reproduzir a última perna de venda!”. E as
pessoas vão lá e fazem a compra.

Deixa eu explicar um pouquinho como é a dinâmica de um lançamento,


para quem não fez nenhum. 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7. Vamos usar aqui um lança-
mento tradicional de 7 dias, um carrinho de 7 dias, não é? Para quem já
fez muito lançamento, é óbvio que esse é o movimento de um lançamento,

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não é? Eu chamo de chapéu do Batman aqui, olha, chapéu do Batman:

É óbvio que esse é o formato para quem já fez. Mas para quem não fez um
lançamento, isso daqui não é óbvio e pode ser que a pessoa pense que é
assim que se faz um lançamento; ou é assim que você faz um lançamento;
ou é assim que você faz um lançamento; ou é assim que você faz um lan-
çamento:

E não é de nenhuma dessas maneiras. O lançamento geralmente, quan-


do ele é bem-feito, ele acontece assim: ele tem uma primeira explosão de
vendas. Se você fizer um carrinho à noite, “Abri meu carrinho às 20 horas da
noite, às 22 horas da noite”, você vai ter um desenho meio assim:

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Você vai falar: “Nossa, Ícaro! Mas não foi chapéu do Batman”. Mas é que
aqui você teve poucas horas, entendeu? Aí já virou o dia. Mas se a sua
ferramenta atualizasse apenas em 24 horas, o seu volume de vendas qua-
se sempre seria assim: explode no primeiro dia; cai no segundo, no terceiro,
no quarto, no quinto, no sexto, no sétimo; e acaba assim. Depois ele vai os
outros dias caindo.

Por que isso acontece? Primeiro dia, eles recebem o volume das pesso-
as que naturalmente já estão decididas a compra. Então, por exemplo,
se eu disser que eu tenho uma grande promoção aqui, já tem gente que
vai comprar, que já tem o dinheiro, que já está pronto, que gosta de com-
prar. As pessoas que querem comprar já querem comprar no primeiro dia
porque elas já querem ter acesso ao material. A partir daí você tem uma

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grande redução no volume de vendas, e que assusta muita gente. Muita
gente vê o primeiro dia, pum!, bate 18 mil reais, a pessoa fala: “Nossa! 18 mil
no primeiro dia! Imagina como vai ser amanhã!”. Aí amanhã ele faz 4; de-
pois ele faz 3.6; depois ele faz 3.4; depois ele faz 3.4 de novo. E aqui ele fica
aquele movimento assim, olha: pum! 18, aí vem aqui, aqui, aqui, aqui:

E a pessoa pensa: “Meu Deus! Eu não vou conseguir. Meu Deus, meu lan-
çamento morreu. Todos os clientes que eu tinha compraram aqui, acabou”.
Nesses últimos anos, várias vezes eu pensei que eu não conseguiria movi-
mentar a última pernada. É engraçado, várias vezes eu vi cair tanto assim
o movimento, que eu falo: “Ah, não tem força para fazer o movimento de
última pernada”. E é incrível porque vai chegando o último dia e as pes-
soas vão comprando, comprando, comprando… Quem são esses daqui?
Arrependidos, indecisos, pessoas que naturalmente postergam, procrasti-
nadores profissionais, brasileiros em geral, não é? Brasileiros em geral.

Então, o que é que eu quero dizer com isso? Dentro dos 7 dias… Vamos sair
desse gráfico de linha e vamos para um gráfico de barras. Dia 1, dia 2, dia
3, dia 4, dia 5, dia 6, dia 7. Geralmente, no lançamento, os dois (primeiro e
último dia), eles podem corresponder a 70% do seu lançamento:

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A pergunta que você vai me fazer é a seguinte:
“Ícaro, então por que eu não ponho mais dias?”.
Porque se você põe mais dias, esse efeito aqui, ele
não é reproduzido. Esse efeito, esse feito, ele não é
reproduzido. Se você fizer um carrinho de 10 dias,
ele vai ser assim mais ou menos:

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Ou, por ser assim, ele diluiu um pouco a compra e as suas barrinhas fica-
ram menores. Ou essas todas ficarão virtualmente menores:

Como flash opening entra? Por que é que essas barrinhas, elas são gran-
des e carregam tanto volume de vendas? Porque elas representam o poder
da escassez. Aqui, sobre quem já decidiu comprar; aqui, sobre quem deixou
para a última oportunidade. Se eu adicionar mais uma barrinha nesse grá-
fico, se eu adicionar de carrinho, será mais um dia assim; se eu adicionar
outro dia, será mais outro dia assim; se eu adicionar mais outro dia, será
mais outro dia assim; e talvez todos os outros vão sendo prejudicados:

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Qual é a mágica do flash opening? É uma estra-
tégia de carrinho que se utilizada corretamente
tem o poder de reproduzir outra barra dessa. Ge-
ralmente o flash opening produz a primeira barra;
a última é mais forte ainda, ele nem sempre che-
ga; mas geralmente ele reproduz a primeira bar-
ra. E como ele acontece? Você tem um primeiro dia
de vendas, você tem um segundo, um terceiro, um
quarto, um quinto, um sexto, (vou até por maior) e
um sétimo. Você tem as duas barras, a entrada e
a de saída do seu lançamento. Como é que você
reproduz mais uma barra dessa? Que ao final, ao
final, com um bom flash opening, pode ser 30/35%
a mais de faturamento por algo que você nem ia
reabrir.

Como eu gosto de fazer o flash opening? Eu gosto de abrir o meu carrinho


em um domingo. Por que domingo, Ícaro? É um dia, por incrível que pare-
ça… As pessoas me perguntam muito: “Que dia eu abro carrinho? Que dia

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eu fecho carrinho?”. E eu falo: “Olha, esquece muito esse negócio de abrir
e fechar carrinho, que você só precisa pensar no abrir, fechar é a conse-
quência do número de dias que você vai ter”. Você tem que fugir dos dias
que as pessoas não gostam de tomar decisão, que é mais próximo dos
finais de semana, não é? Quinta-feira, sexta-feira, sábado. Ninguém quer
tomar decisões, mas, por incrível que pareça, algo acontece comigo… E, de
novo, nós temos que nos curvar à realidade, o que a realidade te diz você
segue, não adianta nada eu ficar discutindo aqui com vocês e a realidade
mostrar outras coisas. A realidade me diz que domingo é um dia bom para
cacete. Por quê? Não sei, as lives estão cheias, estão cheias de marcação,
sai muito pedido, sai muita venda. Domingo para mim hoje é o melhor dia
possível.

Alguém está falando ali: “Vou abrir um menu de natal amanhã”. Você está
abrindo em uma quinta-feira, quer dizer que o seu lançamento será ruim?
Não dá para saber, eu não sei como você levou, eu não sei como você se
comunicou com as pessoas, eu não sei como é que você aqueceu o seu
público, eu não sei se eles estão respondendo aos seus estímulos, eu não
sei se você fez conjunto de anúncios que vai começar a rodar amanhã.
Mas eu abriria isso em um domingo, em uma segunda, quando as pessoas
estão naturalmente mais impelidas a tomarem decisões. Mas se você está
com o cronograma muito curto, faça agora, não postergue.

Então, assim, eu fui convencido pela realidade de


Instagram que domingo é um excelente dia. Qual
é a minha teoria? O que é que é o Ícaro tentando
racionalizar aqui? Pode ser que o Ícaro esteja erra-
do. Segunda-feira sempre foi um bom dia porque é
quando a pessoa está começando a semana e ela
está com mais energia e ela quer tirar mais coisas
da frente. Segunda-feira é dia nacional de come-
çar academia, segunda-feira é o dia nacional…

Olha o Jonas falando: “Eu assinei O Novo Mercado em uma segunda”.

…segunda-feira é o dia nacional de fazer matrícula na Smart Fit, segunda é


dia nacional de começar uma dieta, segunda é dia nacional de pagar as

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contas que estão atrasadas, segunda é o dia nacional de cortar o cabelo
do filho que você está postergando há três meses e a sua mulher está en-
chendo o seu saco. É a ideia de que: “Deixa eu tirar isso daqui da frente”.

Qual é a minha teoria? Quanto mais se aproxima


do final de semana, mais as pessoas querem jogar
coisas para semana que vem. Se a segunda-feira
é o grande dia da decisão, se eu tenho algo para
fazer na sexta, eu falo o quê? “Ah, deixa que eu
faço segunda, já são 16 horas da tarde de sexta.”
16 horas da tarde de sexta faz você se sentir muito
mais cansado do que 16 horas da tarde de segun-
da-feira. Não por quê, mas porque naturalmente
as pessoas acham que elas cumpriram uma gran-
de jornada e que o final de semana dá um reset na
energia dela, mesmo que ela trabalhe ao final de
semana. O Chesterton dizia que nós precisamos de
um ano novo assim como as crianças precisam de
roupas novas, alguma coisa mais ou menos assim.
Ou seja, é isso, a gente usa roupa, ela vai ficando
velha e a gente troca de roupa; a gente vive o ano,
o ano vai ficando velho, aí de repente, magicamen-
te, “3, 2, 1… Bem-vindo 2021! Uau! O ano começou,
que legal!”.

O domingo, na minha teoria, é a nova segunda-feira, porque você fez


tudo que você queria na sexta, sexta-feira você não serviu para nada,
você postergou; sábado você só bebeu, se divertiu, se entreteve; domingo,
a mesma coisa, mas vai chegando ao final do domingo… Por que é que
sábado é um dia meio sem fim? Porque o outro dia é domingo, então você
pode ficar até 4 da manhã farreando no sábado, no domingo você acor-
da às 11, se você não tem filho, não é? Se você tem filho, 5 horas da manhã
eles vão te acordar. Não importa, nunca mais vocês vão dormir, até os 18

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anos do moleque. Matteo até hoje me acorda 3 horas de manhã e fala:
“Papai, quero fazer cocô”. Aí eu falo: “Moleque, 3 da manhã? 3 da manhã?”.
“Sim estou com muita vontade.” Aí você faz o quê? É isso.

Então, assim, quando vai chegando o fim do domingo, o cara tem que tra-
balhar na segunda-feira. Então naturalmente ele é impelido, ele é arrasta-
do, ele é conduzido para ficar em casa no dia de domingo. E aí quando ele
chega em casa, ele não tem muita coisa para fazer. E sabe aquelas 3 ho-
rinhas, 4 horinhas de domingo que são as mais infinitas? Que antigamente
nós chamávamos de hora da música do Fantástico? É aquele finalzinho de
noite do domingo que o cara ficava vendo tevê e rapidamente as horas
passavam, ele piscava o olho, o Fantástico acabou e aí ele já tinha que
deitar na cama e ficar com a cama e a tevê ali até a hora de dormir. Isso
mudou para as redes sociais. Então não sei o que acontece exatamente —
essa é a minha investigação — mas parece que as últimas horas de domin-
go, das 18 às 22, talvez 23, na minha opinião é um horário filé mignon para
fazer live, abertura de carrinho. 18 ainda tem muita gente que está farrean-
do, ainda tem muita gente que está saindo do almoço com a família, ainda
tem muita gente que não chegou ainda em casa ou está tomando banho
ou dando banho nas crianças. E 23 tem muita gente que está dormindo
já, apesar de o número ser bem menor de pessoas a cada tempo, porque
quanto mais o tempo passa as pessoas estão dormindo mais tarde. Mas,
assim, das 19 às 22, é o filé mignon do domingo. Das 19 às 22 é o filé mignon
do domingo.

Então o que acontece? Eu comecei a gostar de abrir


carrinho no domingo. Eu vi muita gente presente,
dificilmente alguém está trabalhando domingo à
noite. Então o que eu fiz? Eu abro aqui no domingo,
segunda, terça, quarta, quinta. Esse é um carrinho
de cinco dias, onde nós abrimos no domingo e fe-
chamos na quinta-feira:

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Da mesma forma nós temos esse carrinho aqui, não é? Um carrinho de sete
dias mais tradicional. Terça, quarta, quinta, sexta, sábado.

Isso daqui eu não gostava quando acontecia, porque eu pegava o meu


melhor dia… Presta atenção, carrinho de sete dias tradicional começando
em um domingo. Eu pegava o meu último dia, a finaleira, e ele caía em um
sábado. Qual era a outra alternativa aqui? Começar de segunda. Segun-
da, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo:

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Aqui eu tenho um ótimo dia de começo e um ótimo de fim. Esse foi talvez,
na minha opinião, na minha investigação pessoal, esse talvez tenha sido
o grande motivo do carrinho de sete dias ser vitorioso. Ele pega um ótimo
dia de início, domingão; e ele pega um ótimo… Eu estou olhando para essa
coluna aqui, pessoal. Ele pega um ótimo dia de começo, segunda-feira; e
pega um ótimo dia de encerramento, domingo. Nesse modelo número um,
aqui, você tem um ótimo dia de começo, mas você tem um péssimo dia
de final. Isso daqui sempre foi o que o mercado mostrou que era o melhor:
começar em uma segunda-feira, encerrar em um domingão. Aí você pega
até o gráfico de domingo, dentro do gráfico de domingo, você pega… O
gráfico é assim, olha. 6 horas da manhã, 7 horas da manhã, 9 horas da ma-
nhã; aí dá depois das 19 assim. Aí tem assim, a venda é baixa, baixa, baixa,
baixa, baixa… faz essa finaleira assim:

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Então, domingo, depois das 19, ou seja, claramente quando as pessoas
chegarem em casa, elas começam a comprar. Qual é o processo de flash
opening? Você faz o seu carrinho, seja ele de 5 ou de 7 dias, você tem as
suas duas torres, e você fecha o carrinho. Você dá uma semana de carri-
nho fechado… Vamos reproduzir isso aqui. Primeiro dia de vendas, segundo,
terceiro, quarto, quinto… Ah, não consigo desenhar isso, vou ter que fazer
menor. Primeiro dia de vendas, segundo, terceiro, quarto, quinto — vamos
falar de um carrinho de 5 dias —, quinto vai ficar um pouquinho maior. E aí
você abre 5 a 7 dias sem venda nenhuma. 2, 3, 4, 5. Você dá um tempo. En-
tão digamos que você encerrou o seu carrinho no domingo, encerramento
bom de domingo ou de segunda, tentem sempre encerrar o carrinho nes-
ses dias também, quando possível. Você fica terça, quarta, quinta, sexta,
sábado… Você mata o sábado que para mim é o pior dia de todos, sába-
do para mim é um dia muito ruim, não sei como são para os outros, não é?
Mas você fica adormecido e você retorna no domingo com uma oferta de
24 horas:

Qual é o objetivo financeiro de um flash opening? Qual é o objetivo finan-


ceiro de um flash opening? Reproduzir o tamanho do primeiro dia. O objeti-
vo é que isso e isso sejam iguais:

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“Ah, Ícaro, e se for maior?” Melhor ainda. “Ah, Ícaro, e se for menor?” Tudo
bem, tudo bem, mas ele deve ser 60% da primeira barra na pior das hipó-
teses, o que já significa muitas vezes mais volumes de vendas do que todos
os outros dias. Quais são os erros que as pessoas cometem em um flash
opening? Primeiro erro: abrir em um dia ruim, abrir no meio de um sába-
do, abrir em feriado. Se o seu produto… Presta atenção nisso daqui, presta
atenção nisso daqui que é importante. Se o seu produto é caro, se o seu
produto… E de acordo com o próprio Hotmart, produtos acimas de 300 ou
400 reais já são considerados pela maior parte das pessoas como pro-
dutos caros, assim. O próprio Hotmart tem essa ideia assim de inteligência
deles, eles tem todos os dados, não é? Então, eles dizem que se você tem…
para a maioria das pessoas, acima de 400 ou 300 reais, o limite delas já
sofre um pouco para você exigir do cartão.

Dependendo de produtos de ticket médio mais ca-


ros, você precisa também observar o vencimento, o
fim do mês. Muitas vezes é bom ajustar um carrinho
no começo do mês — o mais próximo possível do
recebimento do salário. Que é quando? Quinto dia
útil do mês. Dentro do mês, o filé mignon que existe
é a primeira segunda-feira ou o primeiro domingo
imediatamente depois do quinto dia útil do mês.
Em teste, é quando as pessoas estão mais rechea-
das de dinheiro.
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Um outro ponto importante: é quando boa parte dos cartões de crédito
terão virado. Porque cartões de crédito tendem a virar no dia 20, 25 ou 5,
então você tem essa liberação de crédito do cara, ele paga um boleto, ele
paga um pedaço do cartão, libera esse limite. Um outro erro muito comum:
você não ter um motivo justo. Prestem atenção nesse termo, nessa expres-
são. Deve haver um motivo justo para você fazer o seu flash opening. Você
não pode aparecer depois de 5 ou 6 dias e dizer assim:

— Pessoal, lembra que eu disse que as vagas estão fechadas? Na verdade,


elas não estão tão fechadas assim. Na verdade nós vamos voltar por 24
horas.
— Por que, Ícaro?
— Porque eu quero mais dinheiro.

Geralmente esse tipo de coisa não funciona. O que é que seria um motivo
justo? Excesso de pedidos; muita gente de fora; você falou com a comuni-
dade. Ou seja, você falou com a comunidade: “Pessoal, ficou muita gente
de fora, vamos abrir aqui essa oportunidade”. Boletos impressos que não
foram pagos: “Pessoal, nós tivemos aqui 400 boletos que foram impressos e
não foram pagos. 400 pessoas ficaram de fora, não tiveram a oportunida-
de de entrar, e essas outras pessoas que imprimiram boletos e não hon-
raram, tiraram a chance daqueles que poderiam participar. Então vamos
fazer uma abertura aqui de 400 vagas para que justamente essas pessoas
tenham a possibilidade de entrar no limite dos boletos impressos”.

Existe uma coisa que eu falo muito, assim: motivo


justo é uma questão de foro muito íntimo assim.
Porque tem gente que vai achar que isso é mentira
de qualquer jeito. Eu recebo essas perguntas, não
é? “Ícaro, qual é o limite entre marketing e menti-
ra? Ícaro, qual é o limite entre marketing e enga-
no?” Porque você fala assim… Vamos quebrar esses
argumentos como um hater faria, por exemplo?

“Excesso de pessoas pedindo”: “E daí? O acordo não era do dia tal ao dia
tal, acabou? Você não me disse que iria encerrar as vagas? Você não me
disse que o carrinho seria fechado? Você sabia que haveria gente de fora,
por que você mudou a regra?
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“Muita gente de fora”: “E daí? A natureza de uma promoção não é justa-
mente essa? Que alguns aproveitem, os melhores, os mais decididos, e que
aqueles indecisos fiquem de fora? E que se ele se arrependeu é um preço
que ele pagou pela própria indecisão? E eu que parei tudo que eu tinha
para fazer só para comprar o seu produto, parei tudo e fiz a compra, e
agora você me diz que uma outra pessoa pode comprar de novo”.
Essas são todas questões que vão chegar até você.

“Falou com a comunidade”: “Mas você não falou comigo. E tem muita gen-
te que também não foi consultada. E você viu lá no grupo que tem gente
que disse que era contra. Por que é que você está só ouvindo um lado?”.
“Boletos impressos e não pagos”: “Tudo bem, o cara não pagou, ele per-
deu, ele está fora. Mas você não disse que você tinha que vender tantas
mil vagas, você não disse que você tinha que vender mil vagas, e os bole-
tos impressos tiraram a vez das pessoas. E outra coisa: quando você impri-
me boletos, não existe um limite ‘não é possível mais imprimir boletos por-
que já foram todos impressos’, isso é bobagem.

Então, assim, a comunidade, ela não vai deixar barato. E por que a comu-
nidade não vai deixar barato? Porque eles são todos uns sacanas? Não,
porque, cara, tu pilhou um cara, você pilhou o cara para ele comprar, disse
para ele que ele ia perder, disse para ele que essas vagas iriam fechar, ele
vai lá, pilha, para tudo que ele está fazendo, faz a compra e depois você
volta e fala: “Olha, pessoal, eu vou abrir de novo”. “Ah, mas ele não perdeu
nada, não é?” É, mas as pessoas choram por qualquer motivo. Eu postei
aquele vídeo, aquele story quando eu estava no Brasil Paralelo nesse even-
to de natal, e as pessoas começaram a falar: “Nossa, por que só tem uma
pessoa… por que só tem uma mulher na mesa? Por que a mesa está cheia
de homens e só tem uma mulher? O que falta para ter mais mulheres no
meio do conservadorismo?”. Sei lá, as pessoas reclamam por tudo, enten-
deu?

Quando há um motivo justo, tudo fica mais fácil. Quando o motivo é genui-
namente bom, tudo fica mais fácil. Existem algumas formas de se proteger
disso, desse hater, na hora de um flash opening. E, pessoal, existe uma per-
gunta que vocês precisam responder, que é: flash opening é obrigatório? A
única resposta que existe é não. Se você não se sente confortável em fazer
um flash opening, não precisa fazer. Eu nem lembro qual foi o flash opening
que nós fizemos aqui no O Novo Mercado — esse último agora do Home
Office nós não fizemos. A gente faz raramente, a gente faz raramente, mas

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por que fazer flash opening? Porque te dá mais dinheiro, te dá mais caixa,
te dá uma terceira onda, te dá uma terceira barra de vendas alta e porque
muita gente gosta, porque perdeu a oportunidade e agora vê a oportuni-
dade de novo.

Existe um motivo maior até do que tudo isso que eu


falei. Por que fazer flash opening? Porque da po-
pulação o percentual expressivo dessa população,
mais mulheres do que homens, então se o seu pú-
blico é mais feminino, presta atenção nisso daqui.
São o que nós chamamos de “clientes take away”,
clientes que só compram quando eles perdem a
oportunidade.

Olha o que o Isaías acabou de falar no chat: “Eu esperei o flash ope-
ning do…” CM é o quê? Cabeça de Milionário? CM é o quê? Ah, é porque
é “Como funciona a cabeça de um milionário”. O Isaías falou: “Eu esperei
o flash opening do Cabeça de Milionário e não rolou”. É, e eu aposto que
você pegou o carrinho e por algum motivo você perdeu, por algum motivo
você perdeu. E aí você pensa: “Puts, será que vai ter um flash opening?”.
Não teve, não é?

O que são esses clientes take away? Eu falo muito aqui, vejam a aula tam-
bém, assistam a aula a diferença que existe entre a cabeça do homem e
da mulher, essa aula é muito boa, e eu mostro que muitas vezes a mulher
vai lá visitar a loja, aí ela olha uma bolsa, ela pergunta quanto é, ela passa
outro dia, ela passa outro dia, ela passa outro dia, até o dia que ela passa
e não vê a bolsa, ela entre e fala para o vendedor: “Olha, lembra daque-
la bolsa caramelo que tinha aqui? Eu quero levar”. E aí o cara fala assim:
“Olha, nós vendemos”. Aí ela fala: “Não, mas eu queria levar agora. Puta,
que pena, passei tantas vezes, você falou, eu pedi para você guardar para
mim”. Ela sempre teve a possibilidade de comprar, mas ela só comprou, ela
só queria comprar de fato quando foi feito o take away.

Então, o flash opening, ele funciona muito para


resgatar esse cara. Esse cara, ele vê o primeiro dia

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de carrinho, ele fala “não”; ele vê o segundo, ele
fala “não”; ele vê o terceiro, ele fala “não”; ele vê
o quarto, ele fala “não”; ele vê o quinto, ele fala
“não”; ele vê o sexto, ele fala “não”; no último dia
de carrinho, ele fala “não”; no dia seguinte, quando
não tem venda, imediatamente ele pensa: “Puts,
eu devia ter comprado”. E muitas vezes ele pen-
sa “eu devia ter comprado” de uma maneira meio
mentirosa porque ele sabe que não… ele sabe que
ele só está pensando isso porque ele não pode
comprar. Ele sabe que ele só está nessa reclama-
ção interna porque o carrinho já fechou. Só que de
repente você vai e surpreende ele: “Pessoal, flash
opening, aí ele fala: “Puts, cara, está bom, vai, eu
vou ter que comprar”. Porque ele já estava ali em
um diálogo interno com ele mesmo, então o flash
opening dialoga muito com um percentual repre-
sentativo do público, que é o cliente take away,
é o cliente que só tem vontade quando acaba. É
o cliente típico de leilão: quanto mais brigam por
um produto, mais ele quer, mesmo que ele saiba
que está pagando mais caro, ele quer porque as
pessoas estão disputando aquilo, ele quer porque
pode ser que ele não tenha, é uma compra com um
efeito muito mais psicológico.

Quem são os clientes que você vende que são os clientes decididos mes-
mo, os clientes racionais? Quem são os engenheiros, as virginianas? Está
tudo aqui, no primeiro dia. O cara olhou, fez sentido, preço bom, produto
bom, bastante depoimento, ele vai lá e faz a compra. Isso daqui tem, sei lá,
80% é decidido; nesse último, uns 35/40 só, que é gente que naturalmente

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falou: “Beleza, deixa eu deixar lá por último”. Todo esse resto aqui é emo-
cional, é gente que está reagindo porque é o último dia:

No take away… Desculpa, no flash opening, sei lá, talvez, talvez, talvez, 60%
sejam pessoas que estão comprando só porque sabem que abriu o carri-
nho de novo. Então, além de tudo, é uma grande pressão emocional sobre
as pessoas que compram por tédio, compram porque vai fechar, compra
porque está sendo abandonado.

Algumas perguntas que são importantes aqui. Flash opening altera preço?
Eu posso fazer um preço aqui 997 fecho o carrinho a 997, dou esse dia de
tempo, e aí eu volto aqui com 1297, eu posso? Eu não recomendo. Eu não
recomendo, porque as pessoas que vão comprar por impulso, elas vão
falar: “Nossa! Mas está mais caro”. A sensação de vantagem acabou. Você
não está fazendo um flash opening, você está fazendo uma nova venda,
do mesmo produto, por um outro preço. “Ah, Ícaro, então eu serei esperto.
Se eu vendi a 997, eu vou vender a 697.” Também não recomendo, porque
todas as pessoas que compraram de você ficarão extremamente putas.
“Como assim? Eu comprei no primeiro dia e paguei 997. Eu confiei em você,
eu confiei na proposta e aí você volta 7 dias depois e vende algo mais
barato, ou com um novo bônus?” Flash opening para mim é o mesmo pro-
duto, a mesma promoção, a mesma entrega, em uma segunda chamada,
simplesmente em uma segunda chamada. Qual é o principal objetivo?
Aumentar, adicionar mais uma barra grande de vendas.

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Quanto tempo eu dou entre o último dia do carrinho e o flash opening? 5 a
10 dias — onde 5 eu acho muito, muito curto. Então, talvez… Eu gosto muito
desse segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e domingo; fechou um
carrinho bonito de 7 dias, domingão. Você fecha o carrinho, passa segun-
da, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e abre de novo no domingo, passa
6 dias. Desculpa, passa 7 dias, o domingo é o sétimo, não é? Passa 6 dias
inativo e o sétimo dia você volta para a venda, é um ótimo flash opening.
Por quê? Porque você pegou 3 dias bons.

Pergunta importante: “O que eu faço entre o fe-


chamento e o flash opening?”. Essa é uma pergun-
ta muito boa, talvez seja um ponto muito impor-
tante da estratégia. Se você fechou o carrinho em
um domingo (segunda, terça, quarta, quinta, sex-
ta, sábado) e você vai abrir de novo em um do-
mingo, o que é que você faz nesse período aqui?
Você tem uma grande obrigação. Nesse período,
você tem que mostrar que o seu produto é muito,
muito, muito bom. Você tem que postar trechos de
aula, você tem que postar testimonial, você tem
que postar muito depoimento de direct de pesso-
as que compraram e já estão satisfeitas, você tem
que ficar postando muito isso, muito, muito, muito
depoimento, muito depoimento, muito depoimen-
to. Por quê? À medida que você posta depoimen-
tos, você provoca um aumento de uma sensação
na sua base que é de arrependimento.

Quem aqui viu, quem aqui já me seguia, quem aqui já estava comigo
quando eu abri o Mente Blindada, quando eu abri o Como Funciona a
Cabeça de um Milionário, e viu um carrinho acontecendo, e viu um produto
de 50 reais? E aí eu falei: “Nunca mais vou vender”. E depois de um tempo
o cara vira e fala: “Nossa, eu me arrependi demais de não ter comprado
esse produto, eu me arrependi muito de não ter comprado esse produto”.

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Porque você começa a mostrar o resultado, o resultado, o resultado; e a
pessoa fala:

— Eu quero comprar!
— Você não pode (olha o take away).
— Eu quero comprar!
— Você não pode.
— Eu quero comprar!
— Você não pode.
— Puta, cara, eu não acredito que eu perdi, eu não acredito que eu perdi.
— Agora, pessoal! 24 horas para comprar!

Já não tem muito tempo para pensar. Aí você vai lá e compra, plow! As
pessoas compram quando elas estão… As pessoas compram geralmente
quando elas estão entediadas ou ansiosas/eufóricas. Por isso que quando
a gente ganha um aumento, por isso que quando a gente ganha uma gra-
na, por isso que quando a gente recebe uma boladinha que não esperava,
uma herança, um dinheirinho, ganha uma causa, recebe um dinheirinho na
justiça; a primeira coisa que a gente faz é gasta para comemorar. Qua-
se ninguém pega 100% de um dinheiro inesperado e guarda, você sempre
pega uma beiradinha para comprar alguma coisa. Por quê? Porque você
ficou feliz e o que é que a gente faz quando a gente fica feliz? A gente
gasta, nem que seja comendo alguma coisa.

Então, quando você fecha o carrinho, essa pessoa diz: “Nossa! Eu me ar-
rependi. Você não vai abrir de novo, Ícaro? Puts, minha filha, não sei o que
errado, eu viajei, esqueci a internet… Não deu para comprar”. É engraça-
do porque quando você fecha um carrinho de repente começam a vir as
desculpas, não é?” Não consegui, Ícaro, porque meu marido fez tal coisa,
porque meu cartão foi roubado, porque eu fui levar o meu filho para o
taekwondo e aí eu perdi minha carteira e tive que tirar todos os documen-
tos.” Você fala: “Fechei, fechei, fechei”. “Posso comprar, Ícaro? Posso com-
prar, por favor? Posso falar com o suporte? Posso comprar?” “Não.” Sua
ansiedade aumenta: “Puts, eu não pude comprar, perdi, caramba.” Aí você
posta depoimentos, pessoas felizes, pessoas dizendo: “Nossa! Esse produto
foi bom. Nossa, que experiência!”. Olha o print, olha o print, olha esse preço,
olha esse produto. Ansiedade aumenta, ansiedade aumenta, ansiedade
aumenta, ansiedade aumenta, ansiedade aumenta, vai virando uma pa-
nela de pressão, ansiedade aumenta, ansiedade aumenta… Aí você apa-
rece e fala assim: “Pessoal, 24 horas para decidir, eu vou abrir de novo. Por

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quê? Porque muita gente ficou de fora, muita gente não conseguiu com-
prar porque teve problema no site, o Hotmart fez isso, o cartão fez aquilo.
Tem 24 horas para decidir”. O cara já está em uma ansiedade tão grande
que ele fala “eu compro!”. Por quê? Take away — porque ele não pode mais.

Uma outra dica importante que eu quero passar


para vocês. Tem um ditado, na política america-
na, eu não lembro de quem é, vou perguntar pro
Simonsen porque ele é mais inteligente que eu. Si-
monsen, você lembra daquele ditado que diz se
você explica, você está perdendo, se você está ex-
plicando, você está perdendo. De quem é esse di-
tado? Ah… não vá me decepcionar aqui que tem
50 mil pessoas esperando a sua resposta.

Se você falar demais no seu motivo justo, se você falar demais no seu
motivo justo, geralmente as pessoas vão desconfiar. Se você falar demais:
“Olha, pessoal, eu estava conversando com as pessoas e aí…”. É, foi o Rea-
gan. É verdade, o Abner lembrou bem, é Ronald Reagan. “Se você explica
você está perdendo”, eu acho que é ele mesmo, eu acho que é ele mesmo.
Ronald Reagan.

Se você explica muito por que você decidiu fazer um flash opening, as pes-
soas vão te inquirir, as pessoas vão chegar para cima, então, assim, dê um
motivo justo… Presta atenção nisso, porque, assim, não existe flash opening
sem risco de marca. Presta atenção nisso daqui, eu quero que você preste
atenção nisso daqui porque esse é um ponto muito importante da aula.
Não existe flash opening sem risco de marca. Presta atenção nisso daqui:
por que não existe flash opening sem risco de marca? Porque o flash ope-
ning, ele nasce em uma mentira. Não tem como mascarar, não tem como
dizer com outras palavras. Todo flash opening nasce de uma mentira. Que
mentira? A mentira de que você disse que teriam 5 dias ou 7 dias de carri-
nho, você deu alguns dias e você abriu de novo. Todo flash opening nasce
de uma mentira, que será ressignificada, que será justificada de novo, justi-
ficada para o público, mas que parte de uma quebra de confiança: “Olha,
eu disse que eram 7 dias e foi”. 90%, 95% das pessoas vão entender com-
pletamente e seguir a vida delas, mas você terá um pedaço que vai recla-

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mar. E se você fizer 3 ou 4 flash opening seguidos, as pessoas vão perceber,
elas vão assimilar e aí a sua última barra vai começar a ficar cada vez
menor, porque as pessoas vão achar sempre que você vai abrir de novo.

Haverá risco de marca, o que não quer dizer que acontecerá o risco de
marca, mas sempre haverá o risco de marca. Sempre haverá a chance,
sempre haverá o risco de 20 pessoas, 5 pessoas, 10 pessoas aparecerem
no seus posts: “Ah, mentira! Você falou que ia fechar e não fechou. Mentiro-
so! Estou decepcionado com você”. E o pior comentário não é nem aque-
le comentário que te agride — “Seu safado! Seu ladrão! Seu pilantra!” —,
porque você apaga e tchau; é aquele cara que, puta, cara, eu falo “Bicho,
segue sua vida, bicho, porra, vamos aproveitar, vamos aprender, vamos
fazer”, é aquele cara que escreve aquele comentário educado: “Olha, Ícaro,
eu acompanho seu conteúdo há quatro anos, sou seu fã, compartilho tudo
que você fala, trouxe 15 pessoas para O Novo Mercado, mas assim estou
muito decepcionado com você, não esperava que você fosse fazer isso”.
Aí você pensa: “Nossa, puta, quem eu matei?”. Aí ele fala: “Você disse que
fecharia o carrinho e fez um flash opening”.

Agora, ok, ok… Quer lidar com isso? Saiba que você vai lidar com isso fa-
zendo um flash opening. Não quer isso? Não quer trabalhar com isso? Quer
fazer que nem o Bruno Perini? Quer fazer que nem a Lara? Quer fazer que
nem um monte de gente? Até o Pedro Sobral fez um flash opening recen-
temente que eu lembro. Ele fez o carrinho, aí depois ele abriu por mais um
pedacinho, se eu não estou muito enganado. Quer trabalhar com as pes-
soas que abrem e fecham carrinho e não tem problema? Tudo bem. “Íca-
ro, por que é que eu vou incorrer nessas dores de cabeça?” Porque você
vende mais. Ponto. Simples assim.

O André Marinho está fazendo uma pergunta boa: “Como é que eu posso
responder essas perguntas?”. Cara, você sabe no seu íntimo que você está
fazendo um flash opening por grana. Ponto. Ponto. Você tem que falar para
o cara: “Bicho, muita gente me pediu, eu estou tendo que atendê-los, isso
não te prejudica em nada, isso não tira nenhum conteúdo seu, tem mais
gente entrando, nós estamos crescendo, ficando mais fortes e é isso aí,
segue a vida”.

Qual é uma tática que você pode utilizar para


amenizar esse efeito? A gente faz muito isso aqui
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no O Novo Mercado. Você comprou a anuidade
do O Novo Mercado, eu fiz a promoção do cance-
lamento, eu fiz o Cancelado, aí eu falei: “Pessoal,
quem comprar a anuidade ganha o Cancelado”. Aí
o cara comprou. Dois meses depois, eu fiz o Home
Office. Eu falei: “Pessoal, quem comprar vai ganhar
o Home Office”. “Ah, mas eu não comprei, Ícaro, o
Home Office, mas eu comprei no Cancelado.” Pres-
ta atenção. “Você ganha, tudo que eu fizer alcan-
ça quem está lá atrás, tudo que eu fizer alcança
quem está lá atrás. E quem assinou a assinatura há
11 meses? Ganha também”. É o cara que continua
ganhando, ele pagou por algo e continua rece-
bendo, continua recebendo, continua recebendo,
continua recebendo. “A gente vai lançar, provavel-
mente, não sei, pode ser que a gente faça uma live,
uma masterclass, quem é anual de 11 meses atrás
vai ganhar.”

Então, o que acontece é: você fez o seu carrinho, 1 dia, 2 dias, 3 dias, 4
dias, 5 dias. Aí você deu 7 dias: 1, 2, 3, 4, 5, 6, fez o flash opening. O que
você pode fazer é anunciar um bônus aqui — bônus bom, não bônus bosta,
bônus bom — e falar assim: “Todo mundo aqui ganhou. Pessoal, quer saber
de uma coisa? Vocês compraram esse produto, eu estou entregando isso
daqui a mais sem te cobrar nada, e se você não comprou, cara, aproveita
porque tem 24 horas”. Então você acaba amenizando um pouco o hate,
porque o cara está ganhando uma coisa nova, e você libera essa coisa
nova justamente no flash opening, porque ele não está tendo tempo te
xingando nas redes sociais, ele está gastando tempo consumindo conteú-
do novo que subiu na plataforma dele.

Alguém me perguntou ali: “Ícaro, particularmente, você gosta de fazer flash


opening ou não?”. Cara, depois de tantos anos aqui, eu perdi o medo de
testar. Depois de tantos anos aqui, a gente não fica semanas suando frio

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para decidir se o carrinho é de 5 ou 7 dias, a gente faz. Então, assim, tem
vezes que eu faço flash opening, tem vezes que eu não faço, tem vezes
que eu vendo um produto… Por exemplo, quando eu vendi o Mente Blinda-
da por 50 reais e falei que eu não iria repetir, qual foi a estratégia? Sei lá,
vamos testar, vamos vender. E essa masterclass agora? Sei lá, vamos testar,
vamos fazer. Então, assim, depois de tanto tempo aqui, eu perdi um pouco
esse medo de testar. Faria flash opening hoje? Tranquilamente. Faria sobre
produtos mais caros? Tranquilamente. Eu não me importo mais, porque a
gente já tem muita base. Agora, se você está começando agora, você é
frágil, você ainda tem muito medo dessas validações externas, você ain-
da não tem uma marca consolidada, pense muito. Mas o principal é: você
é ansioso, cara? Você é uma pessoa apreensiva? Você é uma pessoa que
não sabe lidar com a crítica alheia? Você quer lidar com a crítica alheia?
Então não faça. Não faça porque esses 35% a mais de faturamento vão te
tirar a noite de sono e talvez não precise fazer isso.

O que eu quero passar para vocês hoje é isso, é uma estratégia simples
de reabertura de carrinho, que pode aumentar 30/35% o teu faturamen-
to, pega um tipo de cliente que não iria comprar de jeito nenhum que é
o cliente take away, faz o cliente mais duro comprar porque é mais uma
injeção agora de 24 horas de escassez. Então, assim, pensem, mas saibam
que existe sim risco de gerenciamento de crise de marca. Mas tudo bem,
quem quiser, faz parte do jogo e esteja disposto a jogar isso.
Fechado? Pessoal, espero que vocês tenham aprendido. Isso daqui, para
quem não faz nenhum lançamento, isso daqui para quem não está acos-
tumado…

Pega isso daqui, diretor.

Isso daqui para quem não está acostumado a lançar, para quem não lan-
ça muito, vai olhar isso daqui e vai falar: “Ah, isso aqui são abstrações, isso
aqui… Ah, Ícaro, quanto joguinho de carrinho, quanto joguinho de carrinho”.
Mas, cara, quem lança de verdade, quem lança 2, 3 meses por ano, quem
faz 4, 5 carrinhos por ano, sabe que esses são ajustes importantes e que
são ajustes que fazem diferença no caixa. Então, eu espero que vocês pen-
sem bastante, reflitam bastante sobre isso porque um carrinho com flash
opening às vezes significa mais 100, 200 mil reais no seu bolso e significa
um monte de investimento na sua própria empresa, mais profissionais que
vão trazer mais resultado.

João Victor Bezerra Massa - 3a9ddcbb-bd0e-4918-b9b5-c1be78e97048


A Gabriela fez uma pergunta interessante: “Esse flash opening se decide
antes ou depois do lançamento?”. É possível decidir depois? É, só que é um
erro, não é? Você está decidindo um negócio depois que o carrinho fechou,
é um erro. O ideal é que seja decidido antes: “Olha, nós faremos um flash
opening, pessoal. Já estamos preparados? Já estamos cientes? Então é
isso que nós vamos fazer”. Beleza?

O Beto está perguntando, é a última pergunta que eu vou responder


hoje: “Existe o risco de não ter clientes take away o suficiente para valer
a pena?”. Existe. Não dá para fugir desse risco, você pode fazer um flash
opening e gerar 10% de mais caixa e você falar: “Puts, eu troquei esse risco
de marca por 10%?”. É, mas não existe posição segura, não é? Mas o im-
portante é fazer e fazer de novo, fazer de novo.

Fechou? Pessoal, muito obrigado pela presença de todos. Vejam as aulas


que eu recomendei, procurem o livro do Cialdini que eu recomendei, eles
vão te ajudar a entender um pouco como é que a composição funciona na
cabeça do cliente, por que é que tem tanto cliente que só compra desse
jeito. Saibam que desse jeito sempre implica em uma pequena mentira,
cada um lida pessoalmente, espiritualmente, moralmente da maneira que
quiser. Eu espero que vocês falam bom proveito dessa aula, muito obrigado
pela presença de todos e até a próxima.

João Victor Bezerra Massa - 3a9ddcbb-bd0e-4918-b9b5-c1be78e97048


Aulas indicadas Aula 159: A Fórmula da Jornada do Herói — Parte 1
Aula 160: A Fórmula da Jornada do Herói — Parte 2
Aula 161: A Fórmula da Jornada do Herói — Parte 3
Pit Stop 04 — Como precificar um produto
Pit Stop 09 — Push
Aula 147: Regras básicas de um lançamento
Aula 148: Tipos de produtos em um lançamento —
Parte 1
Aula 149: Tipos de produtos em um lançamento —
Parte 2
Aula 44: Escassez

Bibliografia As armas da persuasão – Robert Cialdini

recomendada:

OBRIGADO!

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