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Nome: Estêvão de Figueiredo Cellin

Matrícula: 201603157425

Professor: Yuri de Oliveira Dantas Silva

Disciplina: Direito Administrativo II

Estudo de Caso – AV2.

Questionamento: Você concorda com a inconstitucionalidade do art. 23,


parágrafo 2º da Lei de Responsabilidade Fiscal ou com o voto intermediário
do Min. Dias Toffoli? Fundamente.

O tema é de grande discussão no meio do serviço público e passou a ter maior


notoriedade ainda com a pandemia do COVID-19 onde o governo federal adotou
medidas econômicas para a manutenção dos empregos e ajuda as empresas,
dentre elas a possibilidade de redução dos salários e dos seus empregados com
a respetiva redução na jornada de trabalho.

Como a medida é valida para a iniciativa privado, muitos questionam o porque


da impossibilidade do mesmo ocorrer no serviço público.

Uma das explicações é do entendimento do STF da inconstitucionalidade do §2º


do at. 23 da LC 101/2000, que fez prevalecer o princípio constitucional da
irredutibilidade do salário (art. 7º, VI, da CF/1988).

Entendo que nenhuma norma constitucional tem eficácia absoluta ou que não
possa ser relativizada. Em caso específicos e excepcionais entendo ser possível
a redução dos vencimentos dos servidores públicos com sua respectiva redução
da carga horária.

Tento pensar sempre com uma visão macro da economia e das contas
governamentais do que um caso específico. Se o governo atravessa uma
situação de problemas de arrecadação grave ou gasto descontrolados com
pessoal temos que ter mecanismo para uma adequação da realidade econômica
e a de pessoal.
Claro que temos que ter proteção para o servidor público, pois como quem
comanda os orçamentos são de políticos temos que tentar evitar perseguições
para evitar injustiças. Critérios claros e objetivos tem que impostos para
chegarmos ao ponto de se propor a redução salarial do funcionalismo público.

Pelo exposto entendo que o art. 23, § 2º da LC 101/2000 não deverias ter sido
considerada inconstitucional para qualquer interpretação. Me alinho ao
pensamento do Ministro Dias Tóffoli em que deveria ter uma interpretação
relativa, pontuando critérios objetivos para que se possa ter a possibilidade de
redução de vencimentos dos servidores público com a respectiva redução da
jornada de trabalho.

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