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Abílio Paulo Armando

Fernanda João Assulai

Jaquelina António Lemos

Nélio Paulo Sanjala

Renaldo Alberto Muitaniua

Sandra Inês Alberto Carlos Rosário

Análise Comparativa da EPC de Namina B e EPC de Naculué: um Estudo


sobre Aspectos Patrimoniais e Equipamento Escolar

(Curso de Licenciatura em Administração e Gestão Educacional)

Universidade Rovuma
Niassa-Cuamba
2021
2i

Abílio Paulo Armando

Fernanda João Assulai

Jaquelina António Lemos

Nélio Paulo Sanjala

Renaldo Alberto Muitaniua

Sandra Inês Alberto Carlos Rosário

Análise Comparativa da EPC de Namina B e EPC de Naculué: um Estudo


sobre Aspectos Patrimoniais e Equipamento Escolar

Trabalho em grupo de carácter avaliativo da


cadeira de Carta Escolar e Micro –
Planificação, Curso de licenciatura em
Administração e Gestão Educacional,
UniRovuma- Delegação de Niassa-Cuamba,
Departamento de Ciências da Educação e
Psicologia (EAD), Centro de Recursos de
Cuamba, orientado pelo docente:
MSc. Chiossa Luís

Universidade Rovuma
Niassa-Cuamba
2021
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Índice

Introdução...................................................................................................................................3

1. Descrição do Património e Equipamento Escolar...................................................................4

1.1. Património e Equipamento da EPC de Namina B...............................................................4

1.2. Património e Equipamento da EPC de Naculué..................................................................5

1.3. Uma análise patrimonial Cruzada das duas EPC’s..............................................................6

2. Análise FOFA das EPC’s de Namina B e de Naculué............................................................6

2.1. EPC de Namina B................................................................................................................6

2.2. Análise FOFA da EPC de Naculué......................................................................................7

3. O Processo de Manutenção, Controlo e Uso Racional...........................................................8

Conclusão....................................................................................................................................9

Bibliografia...............................................................................................................................10
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Introdução

O presente trabalho da cadeira de Carta Escolar e Micro – Planificação tem como tema:
“Análise Comparativa da EPC de Namina B e EPC de Naculué: um Estudo sobre Aspectos
Patrimoniais e Equipamento Escolar”. Tem como objectivo geral analisar comparativamente
das EPC’s de Namina B e de Naculué. Para tal foram definidos os seguintes objectivos
específicos:

 Descrever o património e equipamento escolar de duas escolas;


 Fazer análise FOFA das escolas em análise; e
 Explicar o Processo de sua manutenção, controlo e uso racional das duas escolas em
análise.

O trabalho ganha importância na medida em que constitui uma prática na elaboração de uma
carta escolar analisando todos aspectos referentes ao património Escolar.

O trabalho foi elaborado mediante o método qualitativo baseado na técnica bibliográfica. A


nível da estrutura, essa exposição é composta por três principais itens. O primeiro faz a
descrição patrimonial e equipamento das duas escolas em análise; o segundo item apresenta a
análise FOFA feita em cada uma das escolas em análise em relação ao seu património e sua
gestão; por fim o terceiro e último item explica o processo de manutenção, controlo e uso
racional dos bens das duas escolas em alusão.
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1. Descrição do Património e Equipamento Escolar

Numa primeira fase da nossa abordagem, importa referir que a carta escolar é o processo de
descrição do património e equipamento escolar. E esse trabalho ocupa-se em fazer isso mas
circunscrevendo-se nas duas EPC’s, trata-se da EPC de Namina B e EPC de Naculué.

Segundo o Ministério da Educação (2003:3):

A escola é o centro de convergência que justifica e fundamenta os recursos alocados


ao sistema educativo, os quais devem ser administrados e geridos com elevados
padrões de eficiência, no quadro de uma crescente autonomia e no clima de uma
cultura de exigência e de responsabilidade. A qualidade do serviço de educação
prestado ao cidadão passa também pela funcionalidade, estética, conforto, higiene e
segurança das escolas, como espaços de aprendizagem individual e de formação nos
valores da cidadania.

Para tal, a nossa abordagem começa em descrever o património das duas escolas em destaque.
1.1. Património e Equipamento da EPC de Namina B

A Escola Primária Completa de Namina B é uma instituição do ensino público localizada na


Vila do posto administrativo de Namina, distrito de Mecuburi. Tem como limites: a Este
encontra-se a Estrada nacional N16, a Oeste, localiza-se o Bairro de Ivalane; a Norte pelo
povoado de Mutapua e a Sul, encontra-se a secretaria do posto administrativo de Namina.

A EPC de Namina B contém 4 (quatro) blocos de salas de aulas com cerca de quatro salas
para cada bloco; também possui um edifício administrativo onde funcionam a secretaria da
escola e os gabinetes do director, Director adjunto pedagógico bem como uma sala de
professores.

Quanto ao material utilizado na construção, 3 blocos de salas de aulas e o edifício


administrativo foram construídos por material convencional (blocos de cimento) e estão
cobertas de chapas de zinco, ao passo que 1 bloco foi construído por material não
convencional, trata-se de blocos de adobe e está coberto de capim, para a sua concepção foi
graças a comparticipação dos pais e encarregados de educação.

A escola também conta com 4 (quatro) sanitários construídos com material convencional, isto
é, de blocos de cimento e estão cobertos de chapas de zinco.

A escola não possui nenhum bem móvel como é o caso de viaturas ou motociclos, facto que
dificulta a deslocação dos profissionais em missão de serviço quando for necessário.
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O pátio escolar está coberto de árvores de sombra como acácias e mangueiras. A escola,
também possui um campo de futebol por onde os alunos participam as aulas de educação
física, não só, mas também é um centro recreativo para alguns desportistas da vila.

Todas as salas de aulas estão equipadas de carteiras e quadros-pretos convencionais bem


como secretarias para professores. As carteiras são suficientes em todas salas.

1.2. Património e Equipamento da EPC de Naculué

Comparativamente, a Escola Primária Completa de Naculué é um estabelecimento de ensino


que lecciona desde as 1ªs até as 7ªs classes. E ela está localizada no bairro de Naculué, há 15
Km da localidade e Posto administrativo de Namina. Limita-se a Este, pelo povoado de
Mucuile, Oeste pelo Distrito de Ribaue, a Norte pelo Rio Namalili e a Sul pela Estrada
Nacional N16.

A escola por mais antiga que seja, ainda não conhece um desenvolvimento desejado pela
comunidade. Isto porque, é composta por três blocos com três salas de aulas cada e uma casa
Tipo 2 que funciona como sector administrativo da instituição. Todos imóveis descritos,
foram erguidos com material não convencional mercê o esforço dos Pais e Encarregados de
Educação na construção e manutenção anual das infra-estruturas construídas de pau-a-pique
maticados e cobertas de capim e plástico que é fornecido pela direcção da escola mediante o
orçamento do ADE que é atribuído anualmente a escola.

No entanto, a escola possui carteiras convencionais patrocinadas pelo Governo de


Moçambique há 3 anos. Por mais que as salas não têm janelas e portas.

Porém, a escola possui quatro sanitários construídos com material convencional; dois para os
professores e igual número para os alunos. A instituição não possui nenhum bem móvel a
serviço da escola.

1.3. Uma análise patrimonial Cruzada das duas EPC’s


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De acordo com o Ministério da Educação (2003:22), “os edifícios escolares devem ser
providos de dispositivos que permitam dificultar acções de intrusão e vandalismo de pessoas e
objectos, a fim de assegurar a segurança e protecção de utentes e bens materiais”.

Dessa forma, os recintos escolares devem ser protegidos por vedação com altura suficiente e
de difícil transposição, que garanta boas condições de segurança, a qual deverá manter-se
sempre em bom estado de conservação para oferecer a protecção adequada.

Neste caso, analisando as duas escolas em referência, verifica-se que há falta de vedações,
quer dizer, as duas escolas não possuem muros de vedação que podem proteger contra
intrusos.

Como consequência, há possibilidade de intrusão não só de pessoas estranhas, mas também


pelos animais. Portanto não havendo qualquer meio de protecção às instalações.
2. Análise FOFA das EPC’s de Namina B e de Naculué

2.1. EPC de Namina B

O quadro seguinte mostra os resultados da análise FOFA realizada para a EPC de Namina B.

MATRIZ SWOT FACTORES POSITIVOS FACTORES NEGATIVOS

FORÇAS FRAQUEZAS

 Frequente em receber as equipes


 Localização na vila sede de supervisão nacionais assim
do posto administrativo como provincial;
de Namina em pleno  Não oferece o curso nocturno,
Corredor de Nacala; facto que limita alguns alunos
 Possui a maior parte de interessados em estudar no
FACTORES imóveis convencionais; período pós-laboral;
INTERNOS  Condições básicas  A escola não possui meios
acauteladas para a circulantes como carros ou
decorrência do processo motocicletas.
de ensino e  Não tem outras fontes de receita
aprendizagem; para além do Orçamento Geral do
 Possui profissionais com Estado e ADE.
formação  Falta de vedação que possa
psicopedagógica. proteger as instalações de
intrusos.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS

FACTORES  Beneficiou-se da  A escola ainda não possui um


campanha nacional de centro internato para acomodar
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EXTERNOS distribuição massiva de alunos que vêem longe;


carteiras escolares.  Impacto negativo do Ensino
 Beneficia-se da iniciativa Bilingue para a sociedade
do ministério na circundante;
atribuição de ADE e  Impacto mundial da Covid-19,
OGE para a melhoria das facto que compromete com as
infra-estruturas. metas da instituição.

Fonte: Autor (2021).


2.2. Análise FOFA da EPC de Naculué

MATRIZ SWOT FACTORES POSITIVOS FACTORES NEGATIVOS

FORÇAS FRAQUEZAS

 Possui péssimos edifícios com


 Uma Escola antiga e material tradicional ou não-
reconhecida a nível convencional;
distrital;  Não oferece o curso nocturno,
 Encontra-se circundada facto que limita alguns alunos
por uma comunidade interessados em estudar no
interessada em estudar; período pós-laboral;
FACTORES  Possui um conselho de  A escola não possui meios
INTERNOS escola forte. circulantes como carros ou
motocicletas.
 Não tem outras fontes de receita
para além do Orçamento Geral do
Estado e ADE.
 Condicionamento das actividades
lectivas em tempos chuvosos.
 Falta de vedação que possa
proteger as instalações de
intrusos.
OPORTUNIDADES AMEAÇAS

 Beneficiou-se da  Falta de parceiros que podiam


campanha nacional de melhorar a situação de condições
FACTORES distribuição massiva de de salas de aulas;
EXTERNOS carteiras escolares.  Impacto negativo do Ensino
 Beneficia-se da iniciativa Bilingue para a sociedade
do Ministério na circundante;
atribuição de ADE e  Impacto mundial da Covid-19,
OGE para a melhoria das facto que compromete com as
infra-estruturas. metas da instituição.

Fonte: Autor (2021).


3. O Processo de Manutenção, Controlo e Uso Racional
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Segundo o Ministério da Educação (2003:23), “os edifícios escolares devem ser equipados e
conservados de modo a assegurarem as condições de salubridade necessárias, para que a
saúde dos ocupantes não seja afectada por efeitos da própria ocupação”.

Nas duas Escolas primárias completas em análise o processo de manutenção dos imóveis é
feito pelo conselho de escola encabeçada pela direcção da escola em coordenação com a
comunidade escolar em geral.

Neste caso, o processo de limpeza é executado pelos alunos, que, através de enxadas e
vassouras controlam as condições de saneamento do meio nas escolas.

Já o processo de Construção e Manutenção de salas de aulas está à cargo dos pais e


encarregados de educação, sobretudo na manutenção anual das salas construídas com material
não convencional.

Já para o caso da EPC de Namina B onde grande número de salas é de construção


convencional, a manutenção das mesmas cabe à direcção da escola mediante a aplicação
anual do ADE.

Já o processo de controlo e uso racional das infra-estruturas, cabe grandemente às direcções


das duas escolas, mediante o controlo corriqueiro do património existente, não obstante às
vezes as escolas receberem técnicos do âmbito distrital e provincial que ajudam a fazer o
respectivo controlo.

À toda comunidade escolar, cabe a responsabilidade do uso racional do património, evitando


provocar danos nele. Essas informações são disseminadas e reuniões constantes promovidas
pela direcção da escola em coordenação com o conselho de escola.
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Conclusão

Para terminar, importa referir que os objectivos anteriormente traçados para este estudo foram
alcançados com sucesso uma vez que constituiu uma experiencia inspiradora no processo de
análise comparativa das duas escolas, ora, em alusão.

Com isso, há que apontar algumas convergências e divergências encontradas nas duas escolas
primárias completas de Namina B e de Naculué.

As duas divergem pela sua localização e características dos imóveis. Aqui há que sublinhar
que a EPC de Namina B, tem uma vantagem estratégica em termos de localização
diferentemente da EPC de Naculué; em relação as características dos imóveis, a EPC de
Namima B encontra-se apetrechada com a maior parte de salas construídas com material
resiliente, o mesmo que não se pode falar da EPC de Naculué.

Em relação às convergências, encontramos a equipação das carteiras escolares bem como a


vulnerabilidade em relação aos intrusos que as duas escolas estão sujeitas por não se
encontrarem vedadas.
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Bibliografia

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO. Manual de Utilização, Manutenção e Segurança nas


Escolas. 2ª ed. Portugal em Acção; Lisboa, 2003.

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