Traçagem Aula 3

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Traçagem

Traçagem
Acessórios: desempenos
Cantoneiras e cubos de traçagem
Morsas

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• INTRODUÇÃO:

• A traçagem é sempre empregada quando se


fabrica uma ou um numero de peças em todas
as oficinas, nas usinagem de máquinas pesadas
etc...
• OBJETIVO:

• Guiar o operador nas diversas operações de


usinagem e controle de dimensão das peças.

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O que é traçagem

• A traçagem é uma operação executada antes


de se proceder à operação de usinagem, e
consiste em marcar na peça os seus contornos
e também inserções de retas (centro dos
furos).

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• O traçado consiste em marcar, sobre a
superfície exterior de uma peça de metal,
linhas para indicar o limite de desbaste, ou
então os eixos de simetria de furos, ranhuras,
etc. É uma operação prévia do ajuste e
usinagem .

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• O traçado se divide em duas classe:

1. no plano;
2. no espaço.

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Tipos de traçado
• Traçado no plano. Chama-se assim ao traçado
no qual todas as linhas assinaladas estão
sobre uma única superfície plana e
reproduzem os contornos e detalhes de uma
peça;

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Tipos de traçado
• Traçado no espaço. Chama-se assim ao
traçado em peças nas três dimensões.

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Materiais de traçagem

• Tintas para traçagem: Tinta azul para


traçagem para facilitar a predominância dos
traçados numa superfície. É um líquido
preparado para uma grande variedade de
superfícies, sendo também muito útil na
verificação do ajuste de peças das máquinas e
outros deslizantes.

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• Tipos de traçagem:
Contornos exatos de peças acabadas.
Localização dos centros dos furos.
Planos de orientação para fixação da peça.
Pontos, linhas e planos de referência para
verificação da usinagem.

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• Traçagem segundo a forma da peça
• Em duas dimensões ou bi-dimensional

• Todas as linhas assinaladas estão sobre uma


única superfície plana e reproduzimos
contornos e detalhes de uma peça.
• Ex: Traçado de molde de chapa.

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• Em três dimensões ou tri-dimensional
• Traçado em peças considerando suas três
dimensões, sendo executado
necessariamente sobre uma superfície de
referência.

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• Principais Instrumentos ou Ferramentas
• Riscador
• Régua de traçagem
• Punção de marcar
• Compassos
• Cintel
• Mesa de traçagem
• Esquadros
• Calibre de altura
• Graminho

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Materiais de traçagem

Características:
• tonalidade azul opaca que elimina reflexos
evitar forçar as vistas; contraste do azul
proporciona legibilidade total do traçado;
suporta refrigerantes de corte sem desgastar;
suporta calor produzido durante a usinagem;
solúvel em álcool.

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Tinta de traçagem

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Tinta de traçagem

• Sulfato de cobre: Solúvel em água, o que


proporciona à peça uma impressão de cobre.

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Instrumento de medição

• paquímetros (calibres); graminho (traçadores);


micrômetros, blocos padrões e relógio
comparador.

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Riscador
• Pode ser reto ou comum a extremidade
dobrada em ângulo reto comprimento de 100
a 400mm com diâmetro de 2 a 6mm,
fabricado em aço carbono temperado.
• Próprio para a traçagem de linhas retas ou
curvas na peça. As linhas geralmente são
traçadas na peça bruta e servirão para definir
os contornos da peça acabada.

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Riscador
• É uma haste de aço, de ponta aguda
endurecida pela têmpera.

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(1). Haste (cilíndrica ou prismática)
(2). Cabo (recartilhado)
(3). Ponta

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Riscador
• Os tipos mais usados estão nas figuras.
Deslizando-o, com ligeira pressão, sobre uma
superfície de material mais macio, será riscada
ou traçada uma linha.

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RECOMENDAÇÕES:
A)Os traços devem ser feitos com o auxílio de
uma régua ou esquadro;
B)Inclinar ligeiramente o riscador durante a
traçagem;
C)Ao armazenar, manter as pontas fincadas em
cortiça.

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Como segurar o riscador

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Régua de Traçagem
• Instrumento auxiliar nos trabalhos de
traçagem;
• Serve como apoio ou guia para traçagem de
linhas retas.

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RECOMENDAÇÕES
• A) Verificar sempre se as bordas estão
devidamente conservadas e retilíneas;
• B) Não utilizar réguas graduadas (escalas)
para apoiar o riscador;
• C) Para peças cilíndricas, utilizar réguas
cantoneiras.

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Esquadro
• O esquadro é um instrumento com lâmina de
aço que serve para o traçado de retas
perpendiculares, isto é, de retas que tenham
entre si um ângulo de 90°.

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Esquadro
• Existem vários tipos de esquadros de acordo
com sua finalidade e com o grau de precisão,
conforme as figuras abaixo.

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Graminho e ou
traçadores
• É uma das ferramentas mais utilizadas para
traçar. É utilizada também para verificar
superfícies paralelas.

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Transferidor (goniômetro)
• É um instrumento utilizado para a medição,
verificação e traçado de um ângulo qualquer
numa peça. Ajustando-se a régua e a base do
goniômetro ao ângulo desejado podemos
traçar com o riscador o ângulo.
• Este instrumento possui graduações
adequadas que indicam a medida do ângulo
formado pela régua e pela base.

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Transferidor (goniômetro)
• A unidade prática de medida angular é o grau
e no corpo está o traço de referência zero (0).
Quando a base é perpendicular à borda da
régua, a referência “0°” do arco coincide com
o “90°” do disco.

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Transferidor (goniômetro)

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Compasso divisor
• O compasso divisor é geralmente um
compasso de mola, tendo na extremidade das
duas pernas pontas finas para riscar.
• Para servir bem, estas pontas tem que ter o
mesmo comprimento de modo que a bissetriz
do ângulo formado pelo comprimento esteja
vertical à superfície que se risca.

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Compasso divisor

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Mesa de desempeno.
• A mesa de desempeno é uma mesa de ferro
fundido retificada, usada para traços e
verificações de planos ou retas paralelas.
• Para que o graminho possa deslizar sobre a
superfície da mesa, esta deve estar lisa e
limpa. Após o uso deve-se deixar a mesa com
uma ligeira camada de óleo.

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Régua de traços
• É uma lâmina de aço de faces planas e
paralelas. Suas bordas ou seus fios são retos.

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Calços (elementos de
fixação)
• São utilizados no traçado e servem para
proteger a mesa de desempeno das rebarbas,
ranhura, etc. De acordo com o seu destino os
calços tem construção diversa, conforme a
figura abaixo.

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Punção
• Ferramenta para marcação de pontos sobre
uma linha traçada de modo a tornar tais
posições visíveis.

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• TIPOS:
• Punção de marcar. Ângulo do bico = 30 a 60º.
• Punção de centrar. Ângulo do bico = 90 a
120º
• Punção automático.
• Peça cônica.

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Punção de centrar e
punção de marcar
• São confeccionados em aço fundido com a
ponta temperada a 800° e revenida a 225°.
• Não se deve confundir o punção de centrar
com o de marcar, que tem o ângulo da ponta
medindo de 30 a 60°. Este serve para marcar
pontos sobre uma linha já riscada.

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Punção de centrar e
punção de marcar
• Já o punção de centrar serve para indicar o
centro em que se coloca uma broca para
iniciar um furo (furação com máquinas
portáteis).

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• Punção Automático
• Dispensa o uso do martelo, marca pela
pressão de uma mola;
• A pressão da mola pode ser regulada, para
aumentar ou diminuir a profundidade da
marca.

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Adaptador Cônico para
Punção
• O punção também pode ser adaptado a uma
peça cônica que possibilita a marcação de
centro(eixo) de peças com seção transversal
circular.

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• RECOMENDAÇÕES DE USO:
A)Sempre verificar se a ponta do punção não
está muito desgastada.
B)Inclinar o punção para verificar se a ponta
está posicionada em cima da linha.

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C) Posicionar o punção perpendicular à peça
quando for executar a marcação;
D) Para pequena correções de marcação,
“empurrar” o ponto inclinando o punção em
direção à posição correta;

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Acessórios: desempenos
• O desempeno é usado para indicar as regiões
defeituosas de uma peça. As imperfeições são
materializadas por regiões coloridas. Também
serve para a traçagem de peças.

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Verificação de peças
utilizando-se
desempenos
1. Um tubo de zarcão ou similar deve estar à mão.
2. Utilize um pano limpo para esfregar o
desempeno e a peça a ser verificada.
3. Cubra o desempeno com uma camada fina e
regular de zarcão. Se a espessura da camada for
excessiva, a verificação da peça será falsa.
4. Deslize a peça suavemente sobre a superfície do
desempeno sem iniciá-la, mesmo que haja
empenamento ou abaulamento.
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Verificação de peças
utilizando-se
desempenos
• 5. Remova a peça do desempeno. Os pontos
altos são brilhantes e circundados por uma
região colorida; as regiões ocas são de cor
clara; e o desempeno indica as regiões
defeituosas de uma peça. As imperfeições são
materializadas por regiões coloridas.

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• O ajustador mecânico deve simplesmente
limar os pontos brilhantes, até que se obtenha
uma superfície plana.

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• Os desempenos possuem superfícies de
referência rasqueteadas (tipo de acabamento),
sobre as quais qualquer instrumento de traçagem
deve ser colocado.
• Aconselha-se a não dar pancadas ou causar
impactos violentos à superfície de referência.
• Não deixe cair sobre ela qualquer objeto pesado
que possa danificar a superfície perfeitamente
plana.
• Após o uso devemos cobrir o desempeno com
uma fina película de óleo.
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Verificação de ângulos

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Cantoneiras
• Feitas de ferro fundido, são usinadas no
exterior e nas extremidades. Em alguns tipos,
as faces são rasqueteadas.

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Cubos de traçagem
• São cubos ocos e de ferro fundido, com faces
e extremidades usinadas e rasqueteadas.
Possibilitam assim o posicionamento da peça
em três direções diferentes, perpendiculares
umas às outras no espaço.

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Cantoneiras ajustáveis
• Sua parte superior é móvel. Utilizando-se
essas cantoneiras pode-se posicionar uma
peça num plano que forma qualquer ângulo
com o desempeno.

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Morsas
• Para trabalhar superfícies manualmente,
utilizamos também as morsas.
• Existem dois tipos principais:
• Morsa Torninho de base fixa;
• Morsa Torninho de base giratória;

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Morsas

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Morsas
• Essas morsas são feitas de ferro fundido ou
aço moldado.
• Visto que os mordentes são paralelos, as
peças podem ser fixadas de uma maneira
muito mais lógica. Peças largas podem ser
fixadas facilmente.
• Os ajustadores mecânicos apreciam muito
esse tipo de morsa.

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Mordentes de proteção
• Quando qualquer face de uma peça está
acabada, deve-se evitar danificá-la.
• Consequentemente, a face acabada deve ser
protegida contra os mordentes da morsa. Para
isso, basta inserir entre as faces e o mordente
um material mais macio, que pode ser
chumbo, alumínio, cobre, latão ou plástico.

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Cintel
• Para traçagem de circunferências, cujos raios
superam a capacidade dos compassos.
• TRAÇAGEM
• Componentes principais:
• .Barra-suporte
• . Ponta de centrar
• .Ponta esférica
• .Pontas secas intercambiáveis
• .Adaptador para traçador de tinta, lapis ou
caneta de traçagem.
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Principais aplicações

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SERRAMENTO
• Serramento significa separar uma peça em
mais partes. No processo de serramento faz se
uso de serras manuais ou mecânicas.

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Serramento manual
• Para serrar manualmente é necessário
adaptar a serra a um arco. O arco é um
instrumento ou suporte ao qual se fixa a
lâmina de serra. Os arcos para lâminas podem
ser fixos ou extensíveis.

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Serramento manual
• A fixação da lâmina é conseguido por meio da
borboleta ou porca.
• Para trabalhos comuns são empregados lâminas
de 16 e 22 dentes por polegadas e a espessura da
lâmina varia de 0,7 a 1,5 mm. As serras manuais
devem ser, preferivelmente finas, de 0,7 ou 0,81
mm.
• O comprimento das serras costuma variar de 8 a
24 polegadas medindo-se pela distância entre os
centros dos furos.
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• Antes de serrar, deve-se verificar se as pontas
dos dentes da serra estão voltadas para a
borboleta (direção de corte) e suficientemente
tensa, verificando também se a colocação da
serra está no plano do arco.

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Serramento manual
• Ao serrar, o cabo deve ser empurrado como a
lima. Deve-se tomar o cuidado que mais de
um dente trabalhe.

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Serramento mecânico
• Pode ser circular ou contínuo.
• Serramento Circular (Caso 1) - Processo no qual a
ferramenta gira ao redor de seu eixo e desloca-se
em uma trajetória retilínea avançando
transversalmente até a peça ser cortada;
• Serramento Circular (Caso 2) - Processo no qual a
ferramenta gira ao redor de seu eixo, em uma
posição fixa, e a peça desloca-se em uma
trajetória retilínea, guiada, em direção a
ferramenta.
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Serramento mecânico

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Serramento contínuo
• Serramento Contínuo - Processo no qual o
material a ser serrado fica fixo, a ferramenta
• (serra-fita), se desloca com movimento continuo
em um circuito fechado, preso sob tensão
• entre dois volantes e guiada por roldanas;
• Serramento Contínuo (Recorte) - Processo no
qual a ferramenta realiza um movimento
• continuo e fixo em sua posição, o material a ser
serrado é conduzido livremente, de maneira a
• produzir o recorte desejado.

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Serramento contínuo

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REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
1. Callister Jr., W. D. Materials science and engeneering: an introduction. N.Y: John Wiley & Sons,
Inc, 3a. ed., 1994.
2. Chiaverini, V. Aços e ferros fundidos. São Paulo: ABM, 1988, 6a ed, 576p.
3. Chiaverini, V. Tecnologia mecânica: estrutura e propriedades das ligas metálicas. São Paulo:
Makron Books do Brasil Editora Ltda. 2a. ed., v. 1, 2, 3, 1994.
4. Blass, A. Processamento de polímeros. Florianópolis: Editora da UFSC, 1988, 313p.
5. Padilha, A. F. Materiais de engenharia: microestrutura e propriedades. São Paulo: Hemus
Editora Limitada. 1997.
6. De Seabra, A. V. Metalurgia geral. Lisboa, Gráfica Laboratório Nacional de Engenharia Civil,
1981, v.1, 503p.
7. Macorim, U. A. Manual do mecânico, Editora Cone, 1986.
8. Freire, J. M. Introdução às máquinas- ferramentas. R.J: Ed. Interciência Ltda. 2a. ed. v.2; 1989.
9. Freire, J. M. Instrumentos e ferramentas manuais. R.J: Ed. Interciência Ltda. 2a. ed. v.1; 1989.
10. Freire, J. M. Torneiro mecânico, Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1983.
11. Ferraresi, D. Fundamentos da usinagem dos metais. São Paulo. Ed. Edgard Blücher Ltda, 1977.
12. Stemmer, C. E. Ferramentas de corte. Ed. da UFSC, Florianópolis, 1987.

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