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º ANO
SOLUÇÕES
GRUPO I
Lê atentamente o texto.
Onde está a felicidade?
Onde está a felicidade? Ninguém sabe onde ela
para ou onde se pode encontrar. Há quem diga que
não está em nenhum lugar e que simplesmente
acontece. E, no entanto, em algum sítio há de estar,
5 não lhes parece? […]
Há os que pensam que só a encontramos se
não a procurarmos. Nem pensarmos nisso. E os que
estão convencidos de que é preciso procurá-la sem cessar. Por isso, ouçam agora a história do
Senhor Pascoal, que vivia desde menino numa aldeia pequenina, à beira-mar. Era um belo sítio
10 para se morar, já se vê, e ele sentia-se bem, mas faltava-lhe qualquer coisa, não sabia o quê. E
essa qualquer coisa, achava ele, era a felicidade.
Fez então as malas e saiu de casa à procura dela. Foi de aldeia em aldeia, de vila em vila,
de cidade em cidade, e encontrou tudo o que procurava, tudo menos a felicidade. […]
Decidiu então partir para mais longe. E foi assim que deu várias voltas ao mundo e
15 conheceu cada recanto de tudo o que já existia, dos bosques da Noruega às montanhas do
Japão. E viu coisas de pasmar, a felicidade é que não.
Mesmo assim, continuou a procurá-la, viajando sem parar, sim, porque em algum sítio ela
havia de estar.
E estaria? Já vamos saber. O tempo, como sabem, passa a correr e, um dia, o Sr. Pascoal
20 percebeu que estava a envelhecer. Tinha os cabelos brancos, as pernas fracas, os ossos doridos,
a vista cansada. Andara muito nesse dia e parou em frente de uma velha casa abandonada.
Os vidros das janelas estavam partidos, a poeira invadira quartos e salas, o mato cobria o
jardim.
Ele olhou para aquilo e pensou assim:
25 «Nesta casa, desprezada e sem dono, vou construir a minha felicidade.»
E consertou o telhado, pôs vidros nas janelas, pintou as paredes, cuidou do jardim.
«Agora sim», pensou ele por fim. «Aqui está um bom sítio para se morar.»
Sentou-se então num sofá da sala, em frente à lareira, a descansar.
«Que bem eu me sinto», disse para si.
30 E percebeu, então, que aquela estranha sensação de bem-estar era esse não sei quê que
0 ele tanto procurara: a felicidade. Estava ali.
«Finalmente encontrei-a», gritou o Sr. Pascoal, muito entusiasmado.
Estava tão contente que se pôs aos saltos e veio para a rua festejar, esquecido já da sua
idade. Reparou então que estava na aldeia de onde partira há muitos anos e que aquela casa era
35 a sua própria casa, a mesma que ele abandonara para procurar a felicidade.
Álvaro Magalhães, Onde está a felicidade?
in O senhor do seu nariz e outras histórias, Edições Asa, 2014
(texto com supressões)
4. Explica, por palavras tuas, o que fez o senhor Pascoal para a encontrar?
Sugestão de resposta.
O Senhor Pascoal fez a mala e foi à procura dela; para a encontrar viajou por todo o
mundo.
7. Nas questões seguintes assinala com X a única opção que completa cada frase de
acordo com o sentido do texto.
7.1. “(…) e conheceu cada recanto de tudo o que já existia, (…) (linhas 14 e 15)
A frase anterior revela-nos que o Sr. Pascoal…
7.3. “Nesta casa, desprezada e sem dono, vou construir a minha felicidade.” (linha 25)
A expressão sublinhada significa que…
8. O Sr. Pascoal partiu à procura da felicidade, outros consideravam que não era
necessário procurá-la. E tu? Consideras que é necessário procurar a felicidade ou não?
Explica por palavras tuas o que pensas deste assunto.
Na resposta deverá constar a posição do aluno face à procura, ou não, da felicidade,
assim como o fundamento relativo à sua escolha.
GRUPO II
Felicíssima
Uma formiga passeava ao sol E aqui não encontras nada para comer
Sobre uma pedra de granito Aqui … só pedra!
Ia andando como se andasse A formiga olhou-a comovida
Sobre montes e vales E murmurou no seu silêncio de formiga:
A mica de granito cinzento – Mica! Tanto sol pequenino nesta pedra
Brilhava ao sol Cinzenta e escura… Mas tão linda!
E brilhou com mais ternura Vou chegar fe-li-cís-si-ma ao meu celeiro.
E brilhou com mais ternura Nem imaginas! Fe-li-cís-si-ma!
Quando viu a formiga E continuou a caminhar mais leve com
A andar tão esforçada palavras tão compridas
– Amiga não te canses Admirada por falar tanto.
Esta pedra é muito dura
Matilde Rosa Araújo, Felicíssima, in As fadas
Verdes, Civilização Editora, 2006
2. Completa.
O texto está escrito em verso. A autora deste texto é uma poetisa.
4. Explica por palavras tuas por que motivo a formiga regressou felicíssima ao celeiro.
A resposta deve apresentar coerência e o aluno justificar a felicidade da formiga utilizando
elementos do poema.
GRUPO III
1. Preenche o quadro com palavras do 2.º parágrafo do texto “Onde está a felicidade?”.
Observa o exemplo.
determinantes adjetivos
nomes verbos
artigos qualificativos
brancos,
cabelos,
fracas,
os, as, os, a pernas, tinha
doridos,
ossos, vista
cansada
“E consertou o telhado, pôs vidros nas janelas, pintou as paredes, cuidou do jardim.”
“E arranjou o telhado, pôs vidros nas janelas, pintou as paredes, cuidou do jardim.”
O Sr. Pascoal fez as malas e foi viajar, porque queria encontrar a felicidade.
Ele procurou-a por toda a parte, mas não a viu em lado nenhum.
GRUPO IV
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