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ESTUDO DA

FLEXÃO PURA

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE

• VIGA: Elemento estrutural onde a dimensão longitudinal


(comprimento) é muito maior que as dimensões transversais
(altura e largura);

VISTA DA SEÇÃO
TRANSVERSAL VISTA EM
(CORTE AA) A ELEVAÇÃO

ALTURA

BASE A COMPRIMENTO

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE


FLEXÃO É UM ESFORÇO FÍSICO QUE PROVOCA UMA DEFORMAÇÃO
PERPENDICULAR AO EIXO DO CORPO. O ESFORÇO QUE PROVOCA A FLEXÃO É
O MOMENTO FLETOR.

LINHAS LONGITUDINAIS TORNAM-SE CURVAS;


LINHAS TRANSVERSAIS PERMANECEM RETAS, MAS SOFREM ROTAÇÃO.
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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE

• EIXO LONGITUDINAL: Linha que une o centro de gravidade de


todas as seções transversais da viga;
SEÇÃO
TRANSVERSAL
Y

X Y

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE

• CARREGAMENTO TRANSVERSAL: Significa que cargas ocorrem


perpendiculares ao eixo longitudinal da viga;

ESFORÇOS
DESENVOLVIDOS NA
SEÇÃO TRANSVERSAL:
• MOMENTO FLETOR

• ESFORÇO CORTANTE

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE


CARGAS CARGAS

Q +
DESPREZADO
-

M M
+ +

FLEXÃO SIMPLES FLEXÃO PURA

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE

• PLANO DE SOLICITAÇÃO (PS): Define-se Plano de Solicitação o


plano de carregamento onde as cargas estão aplicadas sobre a
viga;
PS

PS

PS
y
y

x x
x

y
PS desviado em relação
PS contido no eixo Y PS contido no eixo X aos eixos X e Y
FLEXÃO RETA FLEXÃO RETA FLEXÃO OBLÍQUA
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ESTUDO DA FLEXÃO

CLASSIFICAÇÃO PARA O ESTUDO DA FLEXÃO:

RETA (PS contido nos E.P.C.I)

PURA RM1
(M)
OBLÍQUA (PS não contido nos E.P.C.I)
FLEXÃO

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ESTUDO DA FLEXÃO

II. FLEXÃO PURA RETA


• É o caso mais básico e mais comum de flexão. Onde o plano de solicitação
encontra-se aplicado verticalmente para baixo, contido no eixo Y, comum
aos carregamentos gravitacionais (Cargas Peso).
P
S1 S2

P
S1’ S2’

• Isolando o trecho compreendido entre as seções S1 e S2, sob efeito da


flexão, observa-se o giro dessas seções, (S1’ e S2’).

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ESTUDO DA FLEXÃO

I. VIGAS CARREGADAS TRANSVERSALMENTE


• ANÁLISE DA FLEXÃO

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ESTUDO DA FLEXÃO

II. FLEXÃO PURA RETA


S1 S1' S2' S2
M FIBRA SUPERIOR
M
LN Eixo Longitudinal LN
X X

FIBRA INFERIOR

• Em função da deformação, conclui-se:


1. As fibras de baixo alongam-se, indicando tensões normais de tração;
2. As fibras de cima encurtam-se, indicando tensões normais de compressão;
3. Existe uma linha na seção transversal na altura do eixo longitudinal onde as fibras
não se alongam nem se encurtam. Conclui-se que nesta linha não existe tensão
normal. Essa linha é chamada de LINHA NEUTRA (LN) e neste exemplo coincide
com o eixo X , que é o eixo central principal de inércia da seção retangular.
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ESTUDO DA FLEXÃO

II. FLEXÃO PURA RETA


4. Na flexão pura reta a LN sempre um dos eixos principais centrais de inércia da
seção:
PS contido o eixo Y → LN coincide com o eixo X;
PS contido o eixo X → LN coincide com o eixo Y;

5. Em uma flexão pura reta LN e PS são S2’


S1’
sempre perpendiculares entre si;
6. A Linha Neutra representa fisicamente
LN M LN
o eixo em torno do qual a seção gira;
M

7. Quanto mais afastada for a fibra da LN


maior será a sua deformação e
consequentemente maior será a tensão
que lhe corresponde (Lei de Hooke).

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II. FLEXÃO PURA RETA


A. TENSÕES NORMAIS DESENVOLVIDAS
Considerando uma seção onde os eixo principais centrais de inércia são os eixos
de simetria (CG) e com plano de solicitações verticais (Cargas Peso), então:
smáxC y

Mx
y
x Mx LN

smáxT
σ : Tensões Normais devido ao esforço fletor;
Jx : Momento de inércia da seção em relação ao eixo x, principal central de inércia;
Mx : Momento fletor atuante na seção transversal;
(+) Traciona as fibras inferiores da seção transversal;
(-) Traciona as fibras superiores da seção transversal;
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II. FLEXÃO PURA RETA


A. TENSÕES NORMAIS DESENVOLVIDAS
Observações:
1. A tensão desenvolvida depende diretamente do momento fletor atuante na seção
transversal e inversamente do momento de inércia a flexão da mesma seção;
2. A tensão também é diretamente proporcional a ordenada y, que representa a distância
da fibra em que se deseja calcular a tensão, até a linha neutra;
3. Essa expressão permite calcular a tensão normal desenvolvida devido ao momento
fletor em qualquer ponto da seção transversal considerada;

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II. FLEXÃO PURA RETA


B. TENSÕES NORMAIS EXTREMAS (MÁX. E MÍN.)
As máximas tensões de tração e compressão ocorrem nos pontos mais afastados
da Linha Neutra, pois nestes pontos as deformações serão máximas (Lei de Hooke).

1. PEÇAS SIMÉTRICAS EM RELAÇÃO AO EIXO DE GIRO


Ex. Seção Retangular
smáxC y

Mx
ymáxC = h/2
x Mx
|y𝑚á𝑥𝐶 | = y𝑚á𝑥𝑇
LN

ymáxT = h/2
|𝜎𝑚á𝑥𝐶 | = σ𝑚á𝑥𝑇

smáxT

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II. FLEXÃO PURA RETA


2. PEÇAS NÃO SIMÉTRICAS EM RELAÇÃO AO EIXO DE GIRO
Ex. Seção T

smáxC y
Mx
ymáxC
y |y𝑚á𝑥𝐶 | ≠ y𝑚á𝑥𝑇
Mx LN

ymáxT |𝜎𝑚á𝑥𝐶 | ≠ σ𝑚á𝑥𝑇

smáxT

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II. FLEXÃO PURA RETA


MOMENTO DE INÉRCIA DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS

Seção Área Inércia (Jx ou Ix) Wx

b.h 3 b.h 2
hh X=LN b.h X=LN
X=LN X=LN
12 6

bb d
d

H, hh B.H − b.h
B.H 3 b.h 3 B.H3 − b.h 3

X=LN X=LN
H, X=LN X=LN
12 12 6.H
B, bb
B, D, d
D, d
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ESTUDO DA FLEXÃO

II. FLEXÃO PURA RETA


MOMENTO DE INÉRCIA DAS SEÇÕES TRANSVERSAIS

Seção Área Inércia (Jx ou Ix) Wx

X=LN .d 2  .d 4 .d 3


X=LN
4 64 32
d
d

X=LN .(D 2 − d 2 )  .D 4  .d 4 .(D 4 − d 4 )


X=LN

4 64 64 32 .D
D,
D, dd
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ESTUDO DA FLEXÃO

II. FLEXÃO PURA RETA


C. MÓDULO DE RESISTÊNCIA A FLEXÃO (W)
É a relação entre o Momento de Inércia a Flexão da seção transversal e a distância da
fibra mais afastada da seção, em relação ao mesmo eixo.
Temos que:

Portanto, podemos reescrever a expressão da tensão máxima desenvolvida, utilizando


a constante numérica do módulo de resistência a flexão (W):

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EXEMPLO

R: Tensão máxima: 296 kgf/cm² (em boas condições)


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EXEMPLO

R: a = 7,1 cm
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