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EDUCAÇÃO
FÍSICA
Livro do professor
Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)
(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)
PRESIDENTE: Ruben Formighieri ILUSTRAÇÕES: Edson Farias, Flaper, Reinaldo Rosa, Roberto
Zoellner, Sônia Horn, Vanessa Prezoto
DIRETOR-GERAL: Emerson Walter dos Santos
DIRETOR EDITORIAL: Joseph Razouk Junior PROJETO GRÁFICO: Daniel Cabral
GERENTE EDITORIAL: Júlio Röcker Neto EDITORAÇÃO: Natalia Pires dos Santos
GERENTE DE ARTE E ICONOGRAFIA: Cláudio Espósito Godoy ENGENHARIA DE PRODUTO: Solange Szabelski Druszcz
SUPERVISÃO EDITORIAL: Silvia Eliana Dumont PRODUÇÃO: Editora Positivo Ltda.
SUPERVISÃO DE ARTE: Elvira Fogaça Cilka Rua Major Heitor Guimarães, 174 – Seminário
80440-120 – Curitiba – PR
SUPERVISÃO DE ICONOGRAFIA: Janine Perucci Tel.: (0xx41) 3312-3500
AUTORIA: Nilo Silva Pereira Netto, com reformulação dos Site: www.editorapositivo.com.br
originais de Davi Marangon, Marcos Rafael Tonietto e Sergio
Roberto Chaves Júnior IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Gráfica e Editora Posigraf Ltda.
Rua Senador Accioly Filho, 431/500 – CIC
EDIÇÃO DE CONTEÚDO: Luiz Lucena (Coord.)
81310-000 – Curitiba – PR
EDIÇÃO DE TEXTO: Maria Helena Ribas Benedet Tel.: (0xx41) 3212-5451
E-mail: posigraf@positivo.com.br
REVISÃO: Giorgio Calixto de Andrade e Vanessa Schreiner
2018
PESQUISA ICONOGRÁFICA: Lenon de Oliveira Araújo
EDIÇÃO DE ARTE: Marcelo BIttencourt CONTATO: conquista@positivo.com.br
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educação física no ensino
fundamental – anos iniciais
Concepção de ensino
Os materiais didáticos da Conquista – Solução Educacional Positivo foram produzidos com base nas orientações
do Ministério da Educação (MEC) e nos documentos legais da Educação Nacional Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDBEN), das Diretrizes Curriculares Nacionais (DCN), dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e da Base
Nacional Comum Curricular (BNCC). Para a seleção e a organização dos conteúdos, levou-se em consideração as suges-
tões apontadas na BNCC (2017). Dessa forma, é importante compreender as mudanças e os novos desafios para esse
componente curricular. Na nova forma de organização, o que era tratado como conteúdo passa a ser denominado Uni-
dade Temática, quais sejam: a) Brincadeiras e jogos; b) Esportes; c) Ginásticas; d) Danças; e) Lutas e f ) Práticas corporais
de aventura. Diante disso, há uma subdivisão de cada uma das Unidades Temáticas, a fim de compreender sua plurali-
dade e especificidade, os Objetos de Conhecimento; dessa forma, faz-se necessário propor aos alunos situações inte-
ressantes de apropriação, construção e transformação de possibilidades das práticas corporais, relacionando-as com o
cotidiano na busca de mudança social. Para os Anos Iniciais do Ensino Fundamental, há uma subdivisão que propõe
dois blocos de conhecimento: o primeiro, que contempla os 1°. e 2°. anos; e o segundo, que agrupa 3°., 4°. e 5°. anos.
A proposta didática da Conquista – Solução Educacional Positivo apresenta sequências didáticas com conceitos
estruturados e atividades de sistematização e fixação dos conteúdos. Isso auxilia o professor em seu planejamento
pedagógico e, consequentemente, em seu trabalho em sala de aula. Além disso, possibilita às famílias o acompanha-
mento dos alunos no que tange à execução das atividades e aos hábitos de estudos.
Por meio de seus recursos pedagógicos, a Conquista – Solução Educacional Positivo tem como objetivo
ajudar, de forma consistente, os alunos em seu processo de aprendizagem e estimular o desenvolvimento da
capacidade de pensar de forma crítica e criativa sobre o mundo onde vivem, sobre as relações da sociedade e
sobre si mesmos, propiciando a reflexão sobre a sua realidade pessoal e a do meio de que fazem parte.
Nesse sentido, é importante pensar que a criança vive no confronto entre o que ela é, com suas características e
especificidades, e o que vivencia em suas experiências sociais com os adultos. É um confronto mediado por elemen-
tos – da cultura infantil – que auxiliam na transposição do que é passado pelos adultos e o que é assimilado por ela.
Os jogos e as brincadeiras são os elementos da cultura infantil que fazem relação com os saberes da Educação Física.
Dessa forma, esses saberes aparecem com mais frequência; além disso, as danças, os esportes, as ginásticas e as lutas
são desenvolvidos por meio do jogo simbólico com base em especificidades histórico-sociais das crianças, utilizando
o lúdico e a imaginação com maior ênfase e respeitando diferentes contextos culturais.
O conhecimento da Educação Física se dá pela apropriação da linguagem das práticas corporais, que per-
mitem a leitura crítica dos sentidos e dos significados1 histórico-culturais, bem como das contradições sociais
subjacentes a elas. Ao mesmo tempo, tais práticas corporais abrem espaço para a elaboração de outros sentidos
para a sua realização. Desse modo, as práticas corporais na escola permitem aos alunos, além da reprodução e da
manutenção cultural, a possibilidade de se tornarem agentes transformadores e produtores de cultura. Os alunos
dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental devem se apropriar das práticas corporais nas dimensões de conheci-
mento apontadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2017). São elas:
1 Os significados são previamente determinados e tendem a permanecer constantes, mesmo quando em outro contexto; já os sentidos são instáveis,
dinâmicos e indeterminados, eles mudam conforme o contexto, permitindo adaptações a situações novas e diferentes.
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1 Experimentação: está relacionada ao caráter da vivência de determinada prática corporal, ou seja, é pre-
ciso passar pelo corpo. Para além disso, conta-se com a necessidade de “cuidar para que as sensações gera-
das no momento da realização de uma determinada vivência sejam positivas ou, pelo menos, não sejam
desagradáveis a ponto de gerar rejeição à prática em si” (BRASIL, 2017, p. 180).
2 Uso e apropriação: também têm um caráter de experimentação; no entanto, estão mais relacionados com a
autonomia dos sujeitos. Isso significa que tangenciam situações que vão além das aulas, mas fazem parte do
lazer das crianças.
3 Fruição: trata-se da apreciação estética que passa por uma ideia da experiência do sensível nos mais variados
contextos e grupos sociais.
4 Reflexão sobre a ação: diz respeito à análise realizada pelo próprio aluno ou em relação aos outros. Mas, fun-
damentalmente, garante a resolução que a própria prática impõe favorecendo a apreensão de novos conheci-
mentos e facilitando a adaptação da prática corporal de acordo com as necessidades dos alunos.
5 Construção de valores: nessa dimensão, tem-se a expectativa de lidar com as diferenças dos sujeitos,
enfrentando os estereótipos impostos na sociedade e que contaminam o universo das práticas corporais. Para
tanto, são fundamentais valores como democracia e justiça, de forma dialógica.
6 Análise: trata-se de entender “as características e o funcionamento das práticas corporais (saber sobre)” (BRASIL,
2017, p. 181).
7 Compreensão: diferentemente da dimensão da análise, esta “refere-se ao esclarecimento do processo de inser-
ção das práticas corporais no contexto sociocultural, reunindo saberes que possibilitam compreender o lugar
das práticas corporais no mundo” (BRASIL, 2017, p. 181).
8 Protagonismo comunitário: convida os alunos para, de forma crítica e coletiva, analisar e materializar, de
acordo com as reais possibilidades, o acesso às práticas corporais. O objetivo é levá-los a refletir sobre o seu
espaço na escola e na comunidade e buscar possibilidades de intervenção para a efetivação de direitos sociais já
garantidos, relacionados às práticas corporais.
É fundamental entender que essas dimensões se relacionam, mas uma não é mais importante que outra. Portanto,
a estratégia será definida por você, professor, de modo que possa ser autônomo, criativo e reflexivo em relação às neces-
sidades dos seus alunos. Essas dimensões do conhecimento podem ser conceituais, procedimentais ou atitudinais.
CONCEITUAL
Do ponto de vista conceitual, os alunos devem identificar, sistematizar e generalizar os conhecimentos especí-
ficos das manifestações culturais das práticas corporais2, como jogos e brincadeiras, danças, ginásticas, lutas e espor-
tes3, procurando relacioná-las criticamente às possibilidades de leitura da realidade. As dimensões do conhecimento
são: reflexão sobre a ação, análise e compreensão.
2 O debate epistemológico da área da Educação Física indica, por vezes, diversidades de conceituação sobre seu objeto específico de ensino. Expressões,
como “cultura corporal”, “cultura de movimento” e “cultura corporal de movimento”, vindas de bases teóricas distintas, por vezes, são usadas sem um
esclarecimento mais aprofundado. Valter Bracht (2005), acerca da temática e levando em consideração a necessidade de reconhecer os matizes dos
termos, indica o avanço em se utilizar qualquer uma dessas nomenclaturas, desde que seja ressaltado o entendimento que o termo “cultura” é central
no estabelecimento do objeto da área. Segundo o autor, esse termo é o que “melhor expressa a ressignificação [...] e a necessária desnaturalização
do nosso objeto, que melhor reflete a sua contextualização sócio-histórica” (BRACHT, 2005, p. 97). Nesse sentido, na presente proposta, ao serem
apresentadas as manifestações culturais das práticas corporais como objeto privilegiado da Educação Física, objetiva-se afirmar que o aspecto cultural
dessas práticas se constitui primordial para o estudo da área, abarcando, dessa forma, inclusive, as questões motoras, cognitivas, biológicas, fisiológicas,
desenvolvimentistas, entre outras, que representaram de maneira fragmentária os objetos de estudo ao longo do percurso histórico da Educação Física.
3 Tendo em vista os objetivos e as características da primeira fase do Ensino Fundamental, opta-se por trabalhar com os jogos pré-desportivos para o
desenvolvimento dos conhecimentos relacionados aos esportes. Esses jogos têm como característica o desenvolvimento de elementos constitutivos
dos esportes, como gestos técnicos, regras, fundamentos, estratégias, táticas, trabalho em equipe, entre outros, de forma simplificada, a fim de
oportunizar a vivência de situações motoras iniciais que serão utilizadas posteriormente no ensino dos esportes. O elemento lúdico deve ser ressaltado,
por ser fundamental para a formação dos alunos nessa etapa da escolarização.
ATITUDINAL
No plano atitudinal, é possível reconhecer os valores de solidariedade, igualdade e justiça como referências
para os processos cooperativos na realização das práticas corporais. Dessa forma, as dimensões que mais se relacio-
nam são: fruição, construção de valores e protagonismo comunitário.
Tais relações estimulam os alunos para o conhecimento das práticas corporais pela vivência, pela experiência e pela
reflexão, sensibilizando-os e conscientizando-os a perceber os significados e os sentidos dessas práticas, buscando,
ainda, a ampliação desses entendimentos ao considerarem os princípios democráticos de participação de todos em
igualdade de condições.
Nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, as unidades temáticas para o estudo são organizadas com base nas
seguintes características:
Serão desenvolvidas a partir do 3º. ano dos Anos Iniciais. É preciso entender as lutas como
elementos que sempre estiveram presentes em diversas culturas humanas; como objeto de
conhecimento das aulas de Educação Física, devem assumir características lúdicas. Para tanto,
LUTAS são utilizados os jogos de oposição como estratégias para o desenvolvimento de elementos
presentes nas lutas (estratégias, táticas, movimentos, atitudes, valores e princípios), de forma que
tenham significado para os alunos dessa etapa de ensino.
A característica mais intensa dessa prática corporal se refere ao alto grau de competitividade
ESPORTES e à comparação de desempenho; além disso, outro elemento a destacar é a formalização de
regras regidas por federações e confederações que garantem seu cumprimento.
4 Segundo La Taille (2000), o trabalho pedagógico com as crianças apresenta possibilidade de transposição dos limites, como uma possibilidade de
ultrapassar barreiras; de respeito aos limites, ao entender o que é permitido e proibido; e de imposição dos limites, pois a construção da personalidade
e a conquista da autonomia passam pelo controle seletivo do acesso de outrem ao eu, ou seja, pela construção das fronteiras da intimidade
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Competências a serem desenvolvidas
A Educação Física, componente curricular obrigatório da Educação Básica e cujo objeto privilegiado de estudo
são as manifestações culturais das práticas corporais, quando analisada no contexto do 1°. ao 5°. ano do Ensino Fun-
damental, tem como objetivos o respeito aos alunos como sujeitos do processo educativo e o desenvolvimento de
saberes que os auxiliem nas relações consigo, com os outros e com o mundo.
Para isso, ao se trabalhar com esta disciplina, deve-se partir dos conhecimentos prévios que os alunos têm acerca
das práticas corporais, a fim de auxiliá-los a compreender, a praticar, a produzir, a transformar e a transmitir suas
vivências socioculturais.
Dessa forma, com base na BNCC (2017, p. 221), espera-se que os alunos dessa etapa de ensino possam desen-
volver as seguintes competências, ou seja, ao longo desses anos, devem ser capazes de:
• compreender a origem da cultura corporal de movimento e seus vínculos com a organização da vida cole-
tiva e individual;
• planejar e empregar estratégias para resolver desafios e aumentar as possibilidades de aprendizagem das
práticas corporais, além de se envolver no processo de ampliação do acervo cultural neste campo;
• considerar as práticas corporais como fonte de legitimação de acordos e condutas sociais, e sua represen-
tação simbólica como forma de expressão dos sentidos, das emoções e das experiências do ser humano na
vida social;
• refletir, criticamente, sobre as relações entre a realização das práticas corporais e os processos de saúde/
doença, inclusive no contexto das atividades laborais;
• identificar a multiplicidade de padrões de desempenho, saúde, beleza e estética corporal, analisando, critica-
mente, os modelos disseminados na mídia e discutir posturas consumistas e preconceituosas;
• identificar as formas de produção dos preconceitos, compreender seus efeitos e combater posicionamentos
discriminatórios em relação às práticas corporais e aos seus participantes;
• interpretar e recriar valores, sentidos e significados atribuídos às diferentes práticas corporais, bem como aos
sujeitos que delas participam;
• reconhecer as práticas corporais como elementos constitutivos da identidade cultural dos povos e grupos,
com base na análise dos marcadores sociais de gênero, geração, padrões corporais, etnia, religião;
• usufruir das práticas corporais de forma autônoma para potencializar o envolvimento em contextos de lazer,
ampliar as redes de sociabilidade e a promoção da saúde;
• reconhecer o acesso às práticas corporais como direito do cidadão, propondo e produzindo alternativas para
sua realização no contexto comunitário;
• utilizar, desfrutar e apreciar diferentes brincadeiras, jogos, danças, ginásticas, esportes, lutas e práticas corpo-
rais de aventura, valorizando o trabalho coletivo e o protagonismo.
Organização didática
Os livros de Educação Física dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental estão organizados em unidades de traba-
lho metodologicamente desenvolvidas com base em funções didáticas organizadas em seções, por meio das quais
se estruturam as atividades.
Unidades de trabalho
São conjuntos de unidades temáticas, ou seja, os conteúdos propriamente ditos, correspondentes a cada uma
das manifestações culturais das práticas corporais, resguardando-se as suas especificidades. As unidades de trabalho
Funções didáticas
As sequências pedagógicas das aulas são desenvolvidas de acordo com as funções didáticas a seguir.
• Mobilização: caracteriza-se como o momento preparatório de uma nova sequência de aprendizagem. É
o momento em que se apresenta o tema com intenção de torná-lo significativo e motivar os alunos em seu
estudo. São elaborados questionamentos sobre os conhecimentos prévios dos alunos, visando aos objetivos a
serem alcançados.
• Instrumentalização: momento em que se faz o levantamento, a discussão e a prática de experiências, expec-
tativas e dificuldades dos alunos durante o processo. Nele, viabiliza-se a percepção ativa, a compreensão e a
reflexão dos alunos sobre os saberes em questão, promovendo debates, vivências e conexões entre os assuntos,
a fim de aumentar e/ou aprofundar o repertório de experiências e reflexões sobre a temática em foco.
• Aplicação: é o momento da aplicabilidade dos conhecimentos, reflete a culminância do processo de ensino e
aprendizagem. Favorece a consolidação das aprendizagens pelos vínculos estabelecidos entre os saberes apreen-
didos e seus usos em situações significativas. Momento em que se faz a reflexão sobre as ações que acompanham
as aprendizagens e se avalia, com os alunos, o nível de aprendizagem alcançado em razão dos objetivos estabele-
cidos, no sentido de nortear as decisões a serem tomadas.
Seções
Visando estruturar o trabalho de planejamento e execução de suas ações, professor, os volumes estão organiza-
dos em seções que orientam atividades específicas. São elas:
Reflexão sobre a ação, análise e compreensão das práticas corporais são dimen-
sões do conhecimento que podem ser observadas com mais intensidade nessa seção.
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Propõe a vivência prática do conteúdo em foco, com descrições sobre a organização da atividade e possibilida-
des de recriá-la, salientando o nível de abrangência e complexidade para os alunos.
Levanta aspectos dos textos ou das vivências para que os alunos possam pensar a respeito e encaminhar alguma
ação ou modificar algum comportamento.
Momento em que são retomados aspectos conceituais, procedimentais e atitudinais como referência para a
avaliação das aprendizagens propostas pelas seções realizadas. São analisadas possíveis dificuldades dos alunos na
realização das tarefas, orientando encaminhamentos futuros em outras unidades.
Orienta registros que devem ser feitos pelos alunos no caderno, em folhas avulsas ou em cartazes. É importante des-
tacar que o uso de um caderno em Educação Física se faz necessário para o registro de pesquisas, de questões ligadas às
vivências ou ao tema geral e das tarefas solicitadas ao longo das unidades, seja por meio de textos ou de desenhos.
Nessa seção, você poderá trabalhar com as dimensões do conhecimento que achar mais coerentes. Muito embora
exista uma divisão dessas dimensões, é importante perceber que a construção do conhecimento não se dá de forma
fragmentada. É necessário desconstruir essa falsa ruptura, pois, quando os alunos estão fazendo a prática (vivência que
passa pelo corpo), estão também construindo diversos conceitos.
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Referências
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Educação Física
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Volume 1
[...] as práticas corporais que têm como elemento organizador a exploração das possibilidades acrobáticas e expressi-
vas do corpo, a interação social, o compartilhamento do aprendizado e a não competitividade. Podem ser constituídas
de exercícios no solo, no ar (saltos), em aparelhos (trapézio, corda, f ita elástica), de maneira individual ou coletiva, e
combinam um conjunto bem variado de piruetas, rolamentos, paradas de mão, pontes, pirâmides humanas etc. Inte-
gram também essa prática os denominados jogos de malabar ou malabarismo. (BRASIL, 2017, p. 177)
Considerando as necessidades das crianças nessa etapa, o trabalho com a ginástica é permeado de possibilida-
des de vivências que contribuem para a construção da consciência corporal dos alunos, produzindo relações que
facilitarão suas leituras do mundo.
Nas primeiras aulas desta unidade, podem ser trabalhados os diversos elementos ginásticos, a fim de que os
alunos reconheçam situações que já desenvolvem em seu cotidiano, como: andar de mãos dadas com alguém,
correr para pegar um ônibus; e, também, em situações mais específicas, por exemplo: pular corda, correr do colega
num pega-pega. Isso ainda não é ginástica, mas o reconhecimento dessas possibilidades com base naquilo que os
alunos já fazem. Ao longo dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental, essas possibilidades serão ampliadas e aprofun-
dadas, caracterizando-se na ginástica geral I.
As orientações metodológicas apresentadas nas seções a seguir têm como objetivo indicar possibilidades de
desenvolvimento das aulas, aplique-as de acordo com sua realidade educativa.
Converse com as crianças sobre como elas podem se deslocar. Em seguida, peça que fiquem de um lado da
quadra ou da sala e façam um dos deslocamentos que citaram, por exemplo, andar. Solicite a eles que andem de um
lado da sala para o outro. Se eles sugerirem outras possibilidades, inclua essas formas.
Nesse momento, a dimensão enfatizada é a reflexão sobre a ação, que permite aos alunos reconhecer os
recursos que utilizam para se deslocar.
Ao refletir sobre as situações vivenciadas, os alunos colocam em ação a dimensão da compreensão, ou seja,
no reconhecimento da prática corporal, articulam com as dimensões éticas e estéticas, fazendo leitura crítica da
sociedade.
• Como foi a realização dessa prática?
• Quais partes do corpo foram mais exigidas?
• Quais as dificuldades encontradas?
• Se fizessem com ajuda, seria mais fácil?
É importante, após a realização das vivências, conversar com as crianças sobre suas impressões. A cada nova
descoberta, reconhecimento e desafio superado, é preciso incentivá-las na busca pelo saber, representado nas e
pelas ações corporais. Nesse sentido, uma estratégia interessante é a roda de conversa, que consiste em reunir as
crianças em um ambiente propício para expressarem suas opiniões, se assim desejarem, e também para aprenderem
a ouvir e a respeitar os posicionamentos expressos pelos colegas. Esse instrumento de retomada dos trabalhos e de
(re)orientação das práticas é importante para as crianças se posicionarem acerca de suas vivências.
Na roda de conversa, lance algumas questões problematizadoras e reflexivas, por exemplo:
• Quais atividades foram mais fáceis de serem realizadas? E quais foram mais difíceis?
• Como foi o trabalho com os colegas?
• Aconteceu algum problema durante as atividades?
• Como esse problema foi solucionado?
• O que é importante lembrar para que atitudes negativas não aconteçam?
• O que foi aprendido na aula?
• É possível vivenciar essas atividades com familiares ou amigos fora da escola?
Outras questões podem ser formuladas no intuito de estabelecer conexões entre os saberes desenvolvidos em
aula e outros tempos e espaços culturais. Aqui, as dimensões que mais ficam visíveis são a fruição e a construção de
valores, as quais envolvem a democracia, a partilha, entre outras situações que abrangem a interação com o outro.
Converse com as crianças para resgatar conhecimentos prévios a respeito dos jogos de perseguição. Nor-
malmente, elas já conhecem alguns, vivenciados na Educação Infantil ou em situações cotidianas, por exemplo.
Valendo-se desses jogos, é possível estabelecer sentido para a aprendizagem de outros do mesmo tipo e ampliar as
referências conceituais sobre eles.
Sugira uma votação para a escolha de dois ou três jogos conhecidos para serem realizados nessa primeira aula,
de acordo com o tempo disponível. Com o objetivo de chamar a atenção para as principais características de cada
um dos jogos vivenciados, levante novas problematizações:
• Os jogos realizados apresentam semelhanças?
• Quais as diferenças entre eles?
A análise da estrutura dos jogos visando à identificação de semelhanças e diferenças entre eles deve ocorrer com
sua ajuda, professor, e ser repetida em todas as aulas que exploram tal temática.
Para mobilizar as crianças na realização dos jogos em linha, pergunte a elas se conhecem algum jogo desse tipo
e proponha a brincadeira. Após a realização de alguns jogos citados, pergunte aos alunos o que acharam de seme-
lhante e de diferente entre eles.
Da mesma forma como foi feita a abordagem inicial dos jogos de perseguição em linha, faça alguns questiona-
mentos para mobilizar as crianças na realização dos jogos de perseguição em círculo, como: Por que esses jogos são
chamados de perseguição em círculo? Será que é mais fácil ou mais difícil correr em volta do círculo?
Após a realização de alguns jogos conhecidos/propostos pelas crianças, solicite a identificação de semelhanças
e diferenças entre eles.
Seguem algumas sugestões de experimentações de jogos de perseguição em círculo, com e sem o recurso do pique.
No quadro da página 18, registre os jogos de perseguição em círculo vivenciados com a turma.
Para chamar a atenção das crianças sobre a necessidade de se respeitar a regra de delimitação do espaço, per-
gunte aos alunos: O que se entende por jogo de perseguição com delimitação do espaço?
Depois, sugira a realização de alguns dos jogos conhecidos/propostos pelas crianças e compare as diferenças e
as semelhanças entre eles.
Na sequência, proponha um jogo com a característica de delimitação de espaço.
No quadro da página 18, registre os jogos de perseguição com delimitação de espaço vivenciados com a turma.
Com o objetivo de chamar a atenção dos alunos no sentido de evitarem colisões, pergunte a eles quais são os
cuidados necessários para não machucar a si mesmo e aos colegas nas corridas. Posteriormente, realize os jogos
sugeridos e proponha outros, conforme sugestões a seguir.
Proponha um diálogo usando como recurso mobilizador um quadro afixado no mural da sala. As crianças devem
escolher, a critério delas, um jogo de cada tipo para realizar. Depois de escolhidos, os jogos devem ser vivenciados de
acordo com a ordem de preferência e com a mesma duração, com base no tempo disponível de aula.
3. Jogos rítmicos
Os jogos e as brincadeiras são transmitidos e produzidos pelas crianças com caráter espontâneo. Desse modo, uma
ensina para a outra aquilo que também pode ser ensinado pelos adultos. Alguns se transformam e constituem cultura
própria – a cultura infantil5. Uma possível análise sobre o que envolve a cultura infantil na construção dos saberes é:
Em cada canção, em cada movimento, em cada desafio sugerido pelas brincadeiras, este passado se manifesta. Reno-
vados pela dinâmica social, os saberes das crianças se disseminam, recontados em centenas de rimas, reafirmados
em cada coreografia, dramatizados em cada gesto. As brincadeiras constituem um verdadeiro manancial de cultura,
agindo como ferramentas de socialização e fortalecendo os vínculos dos indivíduos com os aspectos mais elementares
de sua cultura. (SPRÉA; SOUZA, 2010, p.19)
Com base nessas possibilidades, espera-se que os alunos, primeiro, compartilhem das experiências que realizam em
seu cotidiano por meio dos jogos cantados ou que envolvem ritmo. E, para além disso, promovam outras vivências com
jogos que tenham essas características.
Converse com as crianças sobre quais jogos de mãos elas conhecem. Talvez algumas não entendam de imediato;
então, sugira um jogo para que elas possam identificá-los.
ção em sitess da internet.
Professor, caso não conheça esse jogo, pesquise sobre sua realização
Soco-soco
Soco soco bate bate Choco choco lala
Soco soco vira vira Choco choco tete
Roberto Zoellner.
2018. Digital.
SOUZA, Fernanda de. Os jogos de mãos: um estudo sobre o processo de participação orientada na aprendizagem musical. 221f. Dissertação
(Mestrado em Música). Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009. ,
5 A cultura infantil propõe novas reflexões a respeito das necessidades de novos olhares para a construção da infância na contemporaneidade. Num
entendimento de que esses sujeitos constroem histórias próprias e não necessariamente orientados pelo olhar do adulto. Para refletir mais a respeito:
ARROYO, Miguel G.; SILVA, Maurício R. (Org.). Corpo-infância: exercícios tensos de ser criança; por outras pedagogias dos corpos. Petrópolis: Vozes, 2012.
Nessa seção, serão apresentados alguns jogos de mãos que favorecem a participação de todos e o compartilhar
das experiências das crianças, o que facilita o surgimento de novas possibilidades.
Nesses jogos, os alunos participam com vários parceiros, desse modo, têm a oportunidade de conhecer outras
formas de fazer e ritmos distintos. Para a realização dos jogos, pesquise e assista a vídeos, a fim de compreender os
ritmos e a forma de realização.
Nessa aula, a turma revisita o jogo escolhido coletivamente no final da aula 1 e o realiza. Após, apresente mais
dois jogos de mãos, mas lembre-se de pesquisá-los antecipadamente, em vídeos disponíveis na internet, a fim de
conhecer suas características e forma de realização.
Com a turma organizada em duplas e/ou trios, ocupando todo o espaço disponível, proponha a realização dos jogos
de mãos apresentados a seguir. Lembre-se de que as pesquisas desses jogos devem ser feitas antecipadamente, a fim de
conhecer melhor suas características e formas de realização. Pergunte aos alunos se conhecem o jogo de mãos Aonde vai,
Fifi?. Se sim, peça que o expliquem.
SOUZA, Fernanda de; SPRÉA, Nélio. Palmas pra que te quero. Curitiba:
Parabolé, 2014. 1 DVD.
Proponha aos alunos que pesquisem a realização dos jogos no laboratório de informática. Uma alternativa é
levar os vídeos dos jogos Pepino e Lagarta pintada para a sala de aula, a fim de que as crianças possam compreender
os movimentos e os ritmos.
Como as ações estão ganhando mais complexidade, as crianças devem brincar sem a cobrança de ações corretas.
Lagarta pintada
Pepino Lagarta pintada
Quem foi que te pintou
Pe pi no
Foi a velha caximbeira
Mão no pé
Por aqui passou
Roberto Zoellner.
Mão na mão
2018. Digital.
Mão na testa
O tempo da areia
Mão no chão
Fazia poeira
SOUZA, Fernanda de. Os jogos de mãos: um estudo sobre o processo de participação Puxa lagarta por essa orelha
orientada na aprendizagem musical.issertação (Mestrado em Música). Setor de
Ciências Humanas, Letras e Artes, Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2009.
SOUZA, Fernanda de; SPRÉA, Nélio. Palmas pra que te
quero. Curitiba: Parabolé, 2014. 1 DVD.
Depois de vivenciar os dois jogos propostos, incentive as crianças a criar outros jogos de mãos. Para isso, organi-
ze-os em duplas ou trios.
Dialogue com as crianças sobre os jogos que vivenciam na escola, se eles são também realizados em outros
espaços, com outras crianças e/ou familiares.
• Quais desses jogos rítmicos vivenciados em aula já eram conhecidos por meio de contato com familiares ou
outros espaços?
• Quais desses jogos rítmicos vivenciados em aula foram incorporados às brincadeiras fora da escola?
A proposta para essa aula é que brinquem com outros dois jogos de mãos.
O exercício de refletir sobre as aulas deve ser compreendido como elemento permanente do trabalho pedagógico,
ora de modo mais sistematizado, ora de modo mais espontâneo, com base nas respostas das crianças às atividades.
Os jogos rítmicos podem desencadear várias reflexões, por exemplo, as dificuldades de fazer (brincar) com um e
outro. Algumas perguntas podem ser realizadas ao final de cada aula:
• Sentiram dificuldade para realizar o jogo? Qual?
• Como o jogo pode se tornar mais fácil? E mais difícil?
• Sentiram dificuldade no relacionamento com os colegas?
• É possível resolver essas dificuldades? De que maneira?
Os registros podem acontecer por meio de desenhos dos jogos de mãos vivenciados pelos alunos. Cada um fala
um pouco sobre o seu desenho, como percebeu o jogo e o que gostou mais. A ideia é confeccionar um “livro de
jogos de mãos da turma” que represente tanto os jogos de mãos que conheceram quanto os que criaram.
O desenho deve ser incorporado à rotina das aulas, para que, ao final, aumente as possibilidades de os alunos
recordarem os conteúdos trabalhados e darem sentido às ações desenvolvidas. Além disso, faça registros de vídeo
das crianças brincando com os jogos.
Para este momento, será preciso que cada aluno escolha dois animais: um que representa o nível alto, por exem-
plo: girafa, aves; e outro que representa nível baixo, como: cobra, minhoca, entre outros.
Converse com as crianças sobre como esses animais se deslocam. Por exemplo:
• A cobra se desloca em nível alto ou baixo? • E em nível baixo?
• Em qual nível a girafa se desloca? • Quais outros animais se deslocam em nível baixo?
• Como é o deslocamento em nível alto? • E em nível alto?
Os alunos irão brincar com essas escolhas e representar as formas de deslocamento dos animais.
Escultor e modelo
Com a referência da aula anterior, peça aos alunos que se dividam em duplas. Quando estiverem andando
pelo espaço, cada participante deverá encontrar a sua dupla, de acordo com os tempos (de 0 a 3), que você, pro-
fessor, definirá. Explore isso algumas vezes com eles.
Quando encontrarem sua dupla, um será escultor e o outro será o modelo. De acordo com o tempo estabelecido por
vocês (esse tempo pode ser marcado com música), o escultor deve explorar situações diversas com o corpo do colega,
tentando brincar como se moldasse uma escultura. Depois, as duplas trocam de papel, e o escultor passa a ser modelo.
Representando o cotidiano
Divida a turma em quartetos. Cada grupo terá um tema relacionado ao cotidiano. Seguem algumas sugestões:
Grupo A: um ônibus cheio de pessoas em deslocamento.
Grupo B: um relógio de parede.
Grupo C: uma pessoa se penteando em frente ao espelho.
Grupo D: um mágico tirando o coelho da cartola.
Cada grupo realizará essa ação no tempo que escolherem (de 0 a 3). Para isso, deverão usar música. Lembre as
crianças de que podem explorar também os níveis alto e baixo.
Deixe explícito aos alunos que todos devem fazer parte da ação. Por isso, precisam conversar, decidir como fazer, deter-
minar e respeitar o tempo. Repetir algumas vezes. Depois, cada grupo apresentará o seu tema aos demais.
Seria interessante, professor, fazer o registro com o recurso da filmagem, a fim de organizar um momento de
apresentação dos trabalhos desenvolvidos pela turma, com base nessas oportunidades de contato com alguns ele-
mentos da dança.
Solicite dois desenhos: um animal para representar o nível baixo e um para representar o nível alto.
Para mobilizar as crianças, será utilizado o faz de conta (elemento do mundo imaginário da criança6), em que os
alunos vivenciarão o jogo Coelho sai da toca.
No trabalho com a música Seu lobo, o lobo será você, professor. No decorrer da música, todos poderão represen-
tar os papéis e as tarefas à medida que vão cantando.
6 No brincar, aparecem tanto as ações na esfera imaginativa numa situação de faz de conta como a criação das intenções voluntárias e as formações dos
planos da vida real, constituindo-se, assim, no mais alto nível do desenvolvimento pré-escolar (VYGOTSKY, 1984).
Cultura popular
Ao final, é possível dizer que o “lobo” está pronto e todos devem fugir dele. As ações que o lobo realiza (tomar
banho, enxugar-se, etc.) podem variar conforme a imaginação dos participantes da atividade.
Durante o jogo Coelho sai da toca, é importante deixar as crianças auxiliarem os colegas no que se refere à aten-
ção às cores, atuando como mediadores no processo de ensino e aprendizagem. Ao final do jogo, forme um círculo
para que ocorra o feedback da atividade. Para isso, estabeleça relação entre as cores dos cartões com as cores do
semáforo, deixando que os alunos comentem sobre os significados das cores e sobre o que ocorre com quem não
obedece à sinalização. Dessa forma, o jogo poderá se relacionar com o cotidiano social.
A proposta é desenvolver uma atividade sobre o tema “educação para o trânsito”. Para isso, apresente imagens
relacionadas ao tema (de jornais, revistas e/ou de outras fontes) às crianças, com o objetivo de trabalhar as sinaliza-
ções e as regras de trânsito, ressaltando que o cumprimento delas é importante para que se viva em harmonia.
Com antecedência, solicite às crianças que tragam caixas de papelão e outros materiais sugeridos na aula 3, para
a construção das ruas e avenidas de uma cidade de faz de conta.
A proposta é montar, com as crianças, uma cidade contendo ruas e avenidas. Para isso, solicite a elas que identi-
fiquem materiais que possam representar carros, casas, semáforos, etc.
P.Imagens/Pith
papéis. As crianças podem representar pedestres, guardas de trânsito e/ou motoristas.
Ao seu comando, elas terão que trocar de papéis, o mais rápido possível, caracteri--
zando-se da forma como os outros colegas estavam. Assim, elas passam por todas ass
funções e identificam os materiais como sendo de uso coletivo, o que propicia a cons--
trução da noção de vida em comunidade.
É importante chamar a atenção para a necessidade do respeito às normas de trânsito.
Além disso, ressalte os movimentos realizados nos deslocamentos (dando a preferência
ia e tro-
cando direções, sentidos e velocidades).
Proponha uma roda de conversa com as crianças para desenvolver um feedback em relação ao respeito entre
os participantes durante os jogos e entre os cidadãos, no contexto social. Amplie a conversa falando sobre os sinais
de trânsito.
Amplie o repertório de atividades motoras das crianças de forma que reconheçam seu corpo no espaço. Para
isso, a proposta é desenvolver os jogos Cada macaco em seu galho e Os esquilos e as árvores.
P.Imagens/Pith
galhos para se pendurarem. Ao seu comando, os macacos devem
trocar de árvore. Aqueles que estiverem sem os galhos aprovei-
tam o momento para ocupar os galhos vazios. Desenvolva a sis-
temática do jogo algumas vezes. Em seguida, problematize sobre
a capacidade das árvores de suportar mais macacos.
Os esquilos e as árvores
Os alunos serão divididos em “árvores” e “esquilos”. As árvo-
res serão formadas por duas crianças de mãos dadas, frente a
frente. Cada árvore acomodará um esquilo. No centro do espaço,
haverá uma criança que não será nem esquilo nem árvore. Ao
seu comando, os esquilos têm de trocar de árvores ou as árvores
têm de trocar de esquilos. Enquanto isso, quem estiver sem papel
determinado terá de tentar chegar às árvores vazias antes dos
esquilos ou precisará abraçar um esquilo que estará sem árvores
(nesse caso, será uma parte da árvore para completar).
O próximo jogo de troca de lugares a ser proposto se chama Zoológico. Para mobilizar as crianças, mostre a elas
imagens referentes ao tema (ilustrações ou fotos de leão, zebra, girafa, macaco, hipopótamo, tigre e outros animais
que, comumente, são encontrados em zoológicos).
Zoológico
Para vivenciar o jogo, cada criança escolhe ser um animal (exceto leão), sendo permitido repetir papéis. Entre-
tanto, cada animal deve ficar em uma única jaula (círculo desenhado no chão com giz), que deve conter o nome
do animal ao qual pertence. Você escolhe uma criança para representar o leão – rei do zoológico – que, no início da
atividade, estará “livre”. Ao seu comando, alguns ou todos os animais trocam de jaula. Durante a troca, o leão deve
tentar pegar um dos animais; quando isso ocorrer, eles trocam de papéis. A qualquer momento, você pode organizar
o zoológico solicitando
tando o a tod
todos
dos que voltem para sua jaula inici
inicial, dizendo
izendo a frase: “Deu
Deu zebra no zoológ
zoológico”.
A proposta é vivenciar uma atividade que instrumentalizará as crianças para a criação de um jogo próprio da
turma. O jogo apresentado é o Troca de lugares.
Troca de lugares
As crianças devem ser divididas em dois grupos, sentados frente a frente e numerados (conforme a quantidade
de integrantes). No centro, deve haver uma criança que conhece a numeração dos colegas. Ao seu comando, profes-
sor, dois (ou mais) representantes dos números devem trocar de lugar entre si; enquanto isso, quem está no centro
deve tentar pegar quem está trocando de lugar. Caso pegue, trocam-se os papéis.
A proposta é apresentar o tema “salada de frutas” aos alunos. Para isso, faça algumas perguntas mobilizadoras, como:
• Qual sua fruta preferida?
• Qual a importância das frutas na alimentação?
• Qual a contribuição das frutas para realização das atividades físicas?
Não são necessárias respostas muito elaboradas; é importante, apenas, que as crianças tenham noção de que
uma alimentação balanceada é essencial para a saúde e que o corpo necessita da energia que provém dos alimen-
tos. Nesse caso, os conhecimentos contemplam a relação entre alimentação, movimento e corpo saudável, promo-
vendo a dimensão da análise.
Em seguida, proponha às crianças que escolham uma fruta para representarem e construam um jogo de troca
de lugares.
Solicite aos alunos que registrem o jogo que produziram. Eles podem fazer tentativas de escrita, colagem ou
desenho. Se optarem por colagem, podem usar revistas velhas, panfletos de ofertas de supermercados ou jornais. É
possível, também, mesclar colagem e desenho, o que facilitará na representação do espaço, por exemplo. Oriente-os
a representar a forma como organizaram os lugares, a maneira como se deu a troca dos lugares no jogo, a fruta que
cada colega escolheu e como foi feita a distribuição das "frutas" na realização da brincadeira. Incentive as crianças a
ensinar o jogo criado a outras turmas da escola.
Para iniciar o desenvolvimento do atletismo – esporte –, identifique algumas situações do contexto social em
que as crianças realizam a ação de correr. Para tanto, pergunte a elas:
• Em que situações vocês correm?
• Como se sentem quando correm? Conseguem explicar?
• A sensação é agradável ou desagradável?
vel? Se desagradável, é possível mudar a forma de correr para evitar tal
situação? Como?
Nessa seção, são apresentadas possibilidades de jogos de revezamentos com diferentes direções e tipos de
deslocamentos corporais.
Jogo de revezamento
em linha reta
Pergunte à turma se, além do percurso em linha reta, existem outras direções para se deslocar no espaço e
quais são elas. A seguir, explique aos alunos sobre os jogos de revezamento com percursos em curvas e em zigue-
-zague. O objetivo dessas variações é que eles reconheçam diferentes direções e suas características, como a dimi-
nuição da velocidade em curvas ou a ocasionada pela mudança de direção durante um percurso em zigue-zague.
P.Imagens/Pith
Curvas
Os alunos devem correr em volta da quadra contornando-a
primeiro para um lado e depois para o outro. Variação: reúna
todas as crianças em uma única coluna e proponha uma cor-
rida contra o relógio. O primeiro dará uma volta completa na
quadra e, quando retornar, sentará ao final da fila, dando a vez
ao próximo. Ao final, comunique o tempo de percurso e desafie
as crianças a correr novamente, mas em um tempo menor.
Zigue-zague
Os alunos devem correr entre cones distantes 1 m um do Jogo de revezamento em zigue-zague
outro. Os cones estarão dispostos em linha reta, até a linha de
fundo. O deslocamento tem início pelo lado direito do cone e, a seguir, pelo esquerdo, caracterizando o zigue-zague.
Variação: (re)posicione os cones, possibilitando a vivência de um novo trajeto. Estimule as crianças a contribuir com
ideias de novos trajetos.
P.Imagens/Pith
P.Imagens/Pith
dinâmica de realização se dá ao seu sinal. Basicamente, o
número chamado deve ser o primeiro a executar a tarefa –
apresentada anteriormente por você –, retornar ao seu lugar
e dar a vez ao próximo. A equipe marca ponto quando todos
os seus integrantes cumprirem a tarefa.
Tarefas:
a) interagir com o seu círculo – contornar o círculo
e sentar-se no seu lugar, dando a vez ao próximo.
Variação: percorrer o trajeto de costas, em um pé só,
em quatro apoios. Outra possibilidade: contornar os
próprios colegas, fazendo zigue-zague no sentido Interação com o seu círculo
anti-horário.
b) interagir com o outro círculo – o desafio con-
siste em contornar o círculo da sua equipe e, em
P.Imagens/Pith
JOGOS DE REVEZAMENTO
Provas Equipe 1 Equipe 2 Equipe 3 Equipe 4 Equipe 5
Linha reta
Zigue-zague
1º.
momento
Trajeto individual
Trajeto coletivo
Interagir com o
seu círculo
2º.
momento
Interagir com o
outro círculo
Total de pontos
PONTUAÇÃO
1º. lugar 5 pontos
2º. lugar 4 pontos
3º. lugar 3 pontos
4º. lugar 2 pontos
5º. lugar 1 ponto
Organize a turma em grupos de quatro alunos. Cada um dos grupos terá um bastão, que pode ser um cano de
PVC de mais ou menos 30 cm. Para a realização da prova, organize uma pista de atletismo ao redor da quadra ou em
outro terreno.
Brincando com o revezamento
O trajeto será dividido em quatro partes iguais. Cada aluno percorrerá uma parte e levará o bastão; assim que
completar seu trajeto, passa o bastão para o outro colega, que, ao final, passará para o próximo, e assim por diante,
até que termine todo o trajeto. O quarteto que terminar primeiro, vence. Se houver espaço, as equipes podem correr
ao mesmo tempo. Se não houver, faça duas largadas por vez marcando o tempo.
Se possível, mostre aos alunos um vídeo de uma corrida de revezamento 4 × 100 m ou 4 × 200 m. Pergunte aos
alunos como perceberam a diferença entre os jogos anteriores e esse (mais próximo do esporte propriamente dito).
O exercício de refletir sobre as aulas deve ser compreendido como elemento permanente do trabalho peda-
gógico, ora de modo mais sistematizado, ora de modo mais espontâneo, com base nas respostas das crianças às
atividades.
Os jogos de revezamento, compreendidos dentro do contexto dos esportes de marca, podem desencadear
várias reflexões, entre elas: a ideia de fazer o seu melhor, independentemente do resultado final, reflexões sobre as
atitudes do aluno em relação à autocobrança e à cobrança com o outro. Nesse sentido, espera-se promover um
ambiente que favorece o reconhecimento dos próprios limites e a valorização de suas qualidades.
Os registros podem acontecer por meio de desenhos das corridas que realizam. Nesse sentido, o desenho pode
ser incorporado à rotina das aulas, para que, ao final, aumente as possibilidades de os alunos recordarem os conteú-
dos trabalhados e construírem novas relações.
Além disso, pode ser realizada uma exposição dos trabalhos em um varal com os desenhos, para que as crianças
possam mostrar à família e contar sobre o que vivenciaram. Para essa mesma situação, o registro em vídeo ou em
fotografia é interessante.
Para introduzir o tema, é importante criar um contexto lúdico com o objetivo de gerar maior interesse e signifi-
cado para a sequência de atividades que serão realizadas nas próximas aulas.
Parques de diversões são locais, geralmente frequentados pelas crianças, onde atividades de acertar alvos são
encontradas; portanto, esse pode ser o tema mobilizador para as ações infantis. Proponha à turma a vivência de
diferentes jogos com alvos; o objetivo é construir um parque de diversões de acertar alvos. Comece a conversa com
perguntas para estabelecer a aproximação das crianças com o tema, como:
• Quem conhece um parque de diversões?
• Quais atividades vocês mais gostam de fazer em um parque de diversões?
• Nesses parques, há atividades de acertar alvos?
• Que tal procurar e vivenciar sugestões de jogos de acertar alvos para criar um parque de diversão de acertar alvos?
Uma sugestão de atividade para o início dos trabalhos com os jogos de precisão é o Tiro ao alvo com elástico. As
regras desse jogo estão apresentadas a seguir. Providencie, com antecedência, quantidade suficiente de elásticos de
dinheiro (um para cada aluno) e pedaços de papel já utilizados.
Tiro ao alvo com elásticos
Materiais necessários
• folhas de papel
• elásticos
Como brincar
1. Afixe três folhas em uma parede – elas serão os alvos –, de preferência, em um lugar onde possam permanecer
coladas por algum tempo, para que as crianças se divirtam após o término de uma atividade ou no final da aula.
Lembre-se de deixá-los a uma altura equivalente ao tamanho médio das crianças.
2. Trace uma linha no chão, para indicar onde o “atirador” deve ficar.
Ao definir a distância que as crianças devem ficar do alvo, pense em um intervalo de espaço que as desafie, mas
não as impeça de acertar o alvo.
3. Dobre uma tira de papel em V e arrume seu elástico, prendendo-o no dedo indicador e no polegar de uma das mãos.
Mostre como as crianças devem prender o elástico na mão e demonstre como faz. Inicialmente, permita que
façam sozinhas, oferecendo ajuda apenas para quem não conseguir.
4. Prenda a tira de papel no elástico, puxe-o, mire o alvo afixado na parede e atire. Ganha quem acertar mais vezes
o alvo afixado na parede.
Questione as crianças sobre os jogos de acertar alvos no plano baixo que elas conhecem. Ressalte que esse tipo
de jogo prioriza o lançamento realizado junto ao solo, de forma rasteira.
Converse sobre a importância do controle e da consciência corporal ao realizar esses lançamentos, uma vez que
a posição de lançamento (normalmente agachado) exigirá o equilíbrio e a coordenação motora em rolar ou lançar o
objeto o mais próximo possível do solo.
Além de incentivar a utilização de ambos os lados corporais nas atividades dos jogos de precisão, problematize,
entre outras questões:
• Os lados do corpo são iguais?
• Quais as diferenças entre eles?
• Em qual lado do corpo vocês encontram mais facilidade (dominância)?
• Em quais situações sentem dificuldades com o outro lado?
• O lado dominante é utilizado igualmente nas diferentes tarefas do cotidiano?
Diferentemente da atividade
anterior, nesse momento, serão exigi-
das habilidades de lançar a bola e de
planejar sua trajetória, contando com
o quique (tocar no chão) antes de
entrar no alvo. Converse com as crian-
ças sobre suas experiências com esse
tipo de jogo.
Para essa atividade, providencie, com antecedência, bolas de tênis de mesa e caixas de ovos vazias. Divida as
crianças em equipes que se revezarão na tentativa de fazer a bola quicar no chão, pelo menos uma vez, e cair dentro
dos compartimentos da caixa de ovos.
Por ser uma atividade de média complexidade, proponha algumas variações e estilos de cumprimento da tarefa:
pode-se tentar a “casa cheia”, na qual o desafio é colocar uma bolinha em cada compartimento; ou o “salto da velha”,
no qual as crianças tentam colocar três bolinhas uma ao lado da outra.
No desenvolvimento das atividades, é preciso saber das crianças suas impressões acerca das mudanças de
planos, das condições dos objetos lançados e dos alvos. São possibilidades de questões problematizadoras:
• Em qual plano é mais fácil fazer o lançamento (baixo, médio e alto)?
• Em qual é mais difícil?
• Qual a relação do plano com a forma (movimento) de lançar?
• É mais fácil acertar o objeto parado ou em movimento?
• Lançar um objeto maior facilita o acerto ou não?
• Quais as relações entre o tamanho e o peso do objeto e a distância a qual é possível lançá-lo?
Dar continuidade aos registros no caderno incluindo os jogos vivenciados no plano médio.
Converse sobre as dificuldades de realizar lançamentos e arremessos em alvos colocados no plano elevado.
Questione as crianças sobre quais outros objetos podem ser lançados no plano elevado. Se for possível, realize as
atividades sugeridas por elas, assim como a sugestão a seguir.
Lançar bambolês
Usando a mesma estrutura de organização de grupos e de linhas
demarcatórias do jogo anterior, os lançamentos agora devem ser rea-
lizados com os bambolês. Um dos colegas do grupo deve segurar um
bastão (cabo de vassoura) com as duas mãos à frente do corpo, de tal
forma que a ponta dele fique bem acima de sua cabeça. O objetivo
é lançar o bambolê tentando laçar o bastão. Peça à criança que está
segurando o bastão para que o movimente lentamente de um lado
para o outro tornando o alvo móvel, a fim de dificultar o lançamento.
Reinaldo Rosa. 2013. Digital.
al.
. Digit
. 2013
o Rosa
Reinald
As crianças devem realizar o registro das vivências dos jogos no plano alto.
Essa temática prevê o trabalho com a dimensão atitudinal das crianças, no que se refere à convivência e à pos-
sibilidade de escolha democrática das atividades que farão parte da proposta para encerramento da unidade. Algu-
mas sugestões de questões problematizadoras:
• Quais as atividades escolhidas e por quê?
• Quais suas considerações sobre esse processo de elencar as atividades?
• Foi fácil escolher?
• Quais interesses foram levados em conta?
• Puderam apresentar sua opinião?
• A opinião dos colegas foi respeitada?
Outras possibilidades podem surgir durante as aulas, por isso, professor, observe em quais dimensões do conhe-
cimento (conceitual, procedimental e atitudinal) elas se manifestam, propondo seu aprofundamento por meio de
estratégias dialógicas.
[…] Ela é um esporte que integra dança, ginástica artística e elementos acrobáticos, estes últimos de origem prin-
cipalmente chinesa, e exigem uma interação entre os participantes que não é encontrada em nenhum outro tipo
de esporte, principal motivo de incentivar sua inserção nos programas de educação física escolares.
Ainda que essa prática corporal tenha uma natureza competitiva, nessa etapa de ensino, será abordada uma
perspectiva não competitiva.
Solicite aos alunos que analisem e tentem representar as imagens exibidas. É importante compreender que,
nesse primeiro momento, o foco não será a técnica, dimensão que será abordada ao longo do Ensino Fundamental
e do Médio.
Reconhecendo as possibilidades com os apoios
As crianças devem caminhar pela sala explorando tempos diferentes, mudança de direção, diferentes velocida-
des, conforme já vivenciado na primeira unidade de trabalho, ou seja, velocidades entre 0 a 3, sendo 0 = parado; 1 =
muito lento; 2 = um pouco mais rápido e 3 = rápido. Ao seu comando, os alunos devem caminhar pela sala de acordo
com a velocidade determinada. Veja, a seguir, sugestão para as formas de deslocamento.
Por exemplo, os alunos estão caminhando na velocidade 1, eles formam quartetos com quem está mais próximo
e deverão formar uma imagem em que os quatro interagem e constroem uma maneira de deslocamento com cinco
apoios na velocidade 1. Os alunos terão que escolher quais apoios usar (pé, joelho, bumbum, cotovelo, mão, cabeça).
Para isso, comece com situações mais simples em relação à velocidade e à ideia de apoios; conforme eles forem
entendendo a lógica da atividade, aumente a complexidade.
Os alunos, por meio do diálogo, terão que construir as respostas dos desafios.
Inicie a aula com um vídeo sobre a ginástica acrobática; este deve ser curto, de modo que mobilize os alunos à
experimentação da aula. Questione os alunos:
• Quais elementos identificaram?
• Sabem executar alguns deles? Quais?
Mostre aos alunos as imagens de um elemento importante que compõe a ginástica acrobática e explique sua
importância e função:
Pegas (fundamentais para garantir a segurança)
Pega de punho
Roberto Zoellner. 2018. Digital.
Pega frontal
No segundo momento da aula, solicite que todos os alunos comecem a caminhar pelo espaço, explorando as
direções. Ao seu sinal, eles mudam as velocidades.
Os alunos estarão ainda em deslocamento com variação de velocidade. Ao seu sinal, devem se reunir em duplas
ou trios e representar a situação de acordo com a imagem que você mostrar. Uma sugestão é projetar essas imagens
a fim de que os alunos possam analisá-las e reproduzi-las.
Por medida de segurança, os alunos podem formar quintetos; enquanto dois ou três realizam a ação, os outros
ajudam; depois, os papéis se invertem para que todos participem.
1ª. situação – alunos formados em duplas 3ª. situação – alunos formados em trios
2ª. situação – alunos formados em duplas 4ª. situação – alunos formados em trios
Solicite aos alunos que registrem, por meio de desenhos, as imagens que ficaram mais intensas para eles
durante as aulas.
Referências
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Anotações
Unidades Objetos de
Capítulo Conteúdos Habilidades Livro didático
temáticas conhecimento
EF12EF07 – Experimentar, fruir e identificar diferentes elementos básicos da ginástica
Para vivenciar, p. 14 e 15
(equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem materiais) e da ginástica geral,
de forma individual e em pequenos grupos, adotando procedimentos de segurança.
• Reconhecimento EF12EF08 – Planejar e utilizar estratégias para a execução de diferentes elementos Para contextualizar, p. 12 e 13;
dos elementos básicos da ginástica e da ginástica geral. Para vivenciar, p. 13
ginásticos
• Reconhecimento
e experimentação Ginástica Ginástica geral EF12EF09 – Participar da ginástica geral, identificando as potencialidades e os limites do
Para refletir, p. 14
de deslocamentos corpo, e respeitando as diferenças individuais e de desempenho corporal.
• Possibilidades
básicos da ginástica
de ginástica em
grupo
1. Conhecendo os elementos
EF12EF10 – Descrever, por meio de múltiplas linguagens (corporal, oral, escrita e
Para refletir, p. 16; Para registrar,
audiovisual), as características dos elementos básicos da ginástica e da ginástica geral,
p. 16
identificando a presença desses elementos em distintas práticas corporais.
• Diferentes formas
de perseguição: Brincadeiras e jogos EF12EF02 – Explicar, por meio de múltiplas linguagens (corporal, visual, oral e escrita), Para contextualizar, p.17, p. 19,
em linha, em da cultura popular as brincadeiras e jogos populares do contexto comunitário e regional, reconhecendo e p. 21, p. 22; Para registrar, p. 18,
círculo, sem Brincadeiras e valorizando a importância desses jogos e brincadeiras para suas culturas de origem. p. 22, p. 23
presentes no
delimitação de jogos
contexto comunitário EF12EF03 – Planejar e utilizar estratégias para resolver desafios de brincadeiras e
espaço e regional jogos populares do contexto comunitário e regional, com base no reconhecimento das Para vivenciar, p. 23
características dessas práticas.
EF12EF04 – Colaborar na proposição e na produção de alternativas para a prática,
em outros momentos e espaços, de brincadeiras e jogos e demais práticas corporais
Para vivenciar, p. 23
tematizadas na escola, produzindo textos (orais, escritos, audiovisuais) para divulgá-las na
Unidades Objetos de
Capítulo Conteúdos Habilidades Livro didático
temáticas conhecimento
3. Jogos rítmicos
p. 28-29
reconhecimento das características dessas práticas.
espaço na dança
qualquer natureza.
4. Conhecendo sobre o
Unidades Objetos de
Capítulo Conteúdos Habilidades Livro didático
temáticas conhecimento
EF12EF01 – Experimentar e fruir diferentes brincadeiras e jogos da cultura Para vivenciar, p. 34-35, p. 36,
popular presentes no contexto comunitário e regional, reconhecendo e p. 37, p. 38; Para refletir, p.
respeitando as diferenças individuais de desempenho dos colegas. 37
de ocupação de espaço
reconhecimento das características dessas práticas.
6. Esportes de marca
esportes de marca e de precisão para assegurar a integridade própria e as dos Para vivenciar, p. 43; Para
demais participantes. refletir, p. 44
MAPA CURRICULAR INTEGRADO – EDUCAÇÃO FÍSICA – 1º. ANO – VOLUME 4
Unidades Objetos de
Capítulo Conteúdos Habilidades Livro didático
temáticas conhecimento
EF12EF05 – Experimentar e fruir, prezando pelo trabalho coletivo e pelo Para contextualizar, p. 46, p. 47; Para
• Jogos de acertar protagonismo, a prática de esportes de marca e de precisão, identificando vivenciar, p. 48, p. 50, p. 51, p. 52,
alvos: no plano baixo os elementos comuns a esses esportes. p. 53
e médio; em alvos Esportes de marca
Esportes
fixos; em alvos Esportes de precisão
móveis; em alvos EF12EF06 – Discutir a importância da observação das normas e regras
jogos de precisão
estabelecidos dos esportes de marca e de precisão para assegurar a integridade própria Para vivenciar, p. 52, p. 53
e as dos demais participantes.
7. Reconhecimento dos
EF12EF07 – Experimentar, fruir e identificar diferentes elementos básicos
da ginástica (equilíbrios, saltos, giros, rotações, acrobacias, com e sem Para contextualizar, p. 55, p. 56;
materiais) e da ginástica geral, de forma individual e em pequenos grupos, Para vivenciar, p. 55, p. 57
adotando procedimentos de segurança.
64