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2016
GUIA DE
BOAS PRÁTICAS PARA
OS ESPAÇOS PÚBLICOS
DA CIDADE DE SÃO PAULO
Índice Prefácio
Sobre este Guia
07
09
Extensões
02
Ao Longo do Passeio 72
Canteiro Central
Introdução 30
Suporte ao Transporte 77
Eixo Estrutural de Transformação Urbana Ilha de Refúgio 77
Av. Santo Amaro 32
Travessias
Av. Paulista 34
Esquina Elevada 78
Av. Engenheiro Luís Carlos Berrini 36
Faixa Elevada 78
Rua Comercial Faixa de Pedestres Diagonal 79
R. Silva Bueno 38 Ampliação da Faixa de Pedestres 79
04
Rua Duarte da Costa 50
Referências
Rua Sem Passeio Mínimo
Rua Praia de Iracema 52
Travessa Radamés 54 Manuais 86
Bibliografia 88
Recuperação de Espaço Público
Legislação 90
Rua Nossa Senhora da Aparecida 56
Rua Galvão Bueno 58
Rua dos Ingleses 60
Prefácio
Ao longo dos últimos anos, a Prefeitura de São na, traçando estratégias que abarcam as mais espaços do ponto de vista das pessoas, prio-
Paulo vem empreendendo uma série de esfor- diferentes políticas setoriais, como habitação, rizando as atividades de fluxo e permanência.
ços com objetivo de revisar e atualizar o marco mobilidade, meio ambiente, produção imobili- Pensar o espaço urbano a partir da escala hu-
regulatório da política urbana do município. ária, desenvolvimento econômico, patrimônio mana garante o acesso democrático à cidade
Nesse contexto, o novo Plano Diretor Estratégi- histórico, participação popular, entre outros. a todos.
co – PDE, aprovado através da Lei Municipal nº Através de intervenções nos espaços públicos Como estratégias de projeto, buscamos priori-
16.050, de 31 de julho de 2014, é a peça chave é possível dialogar com as mais diversas agen- zar pedestres, ciclistas e o transporte público,
que orienta o crescimento e o desenvolvimento das setoriais. Afinal, o espaço público é a base em detrimento do transporte individual. Procura-
urbano de todo Município pelos próximos 16 da vida urbana, onde são desenvolvidas dife- mos também, possibilitar a diversidade de usos
anos, para torná-lo um lugar mais sustentável rentes funções e interações sociais de forma e dinâmicas, que deem suporte à permanência
para se viver. democrática. Sua conformação, bem como as e à fruição das pessoas pela cidade. Soluções
O Plano Diretor Estratégico define um conjunto intervenções propostas, podem contribuir com que pensem as ruas como ecossistemas, que
de diretrizes, estratégias e medidas que orien- o desenvolvimento urbano desejado a partir das promovam a recuperação dos espaços livres, o
tam a transformação da cidade em defesa de diretrizes definidas. aumento das áreas verdes e, por fim, a qualifi-
um projeto de cidade democrática, inclusiva, Neste contexto, foram estabelecidas as estra- cação da vida urbana como um todo.
ambientalmente responsável, produtiva e, so- tégias de projeto que orientam o Guia de Boas
bretudo, com qualidade de vida. Essas diretrizes Práticas para os Espaços Públicos da Cidade
se aplicam a todas as esferas da política urba- de São Paulo, cujo foco é a qualificação desses
Entre os diversos tipos de espaços públicos As políticas públicas de incentivo à mobilidade em escala humana, propiciando ferramentas
livres existentes, as ruas de São Paulo são o e ao fomento a novos modais de transporte, e procedimentos para se incentivar, dialogar,
tipo com maior área e oferta na cidade. Tem notadamente os corredores de ônibus e o siste- construir e implantar a transformação desejada.
como principal função comportar os diferen- ma cicloviário, vêm causando uma mudança de O desenho do espaço público e sua implanta-
tes modos de deslocamento viário e servir de paradigma nas ruas de São Paulo. Ao mesmo ção complementam as políticas públicas como
suporte para toda a infraestrutura necessária tempo, a forma como as pessoas têm ocupado forma de garantir não só a segurança dos usu-
à vida urbana, como o saneamento, a ener- os espaços públicos potencializam a transfor- ários sobre as ruas, mas principalmente, para
gia e as telecomunicações. Abrigam também mação destas vias. Seja pela mobilidade ou pela se garantir a ocupação e o compartilhamento
diversos elementos que qualificam a cidade ocupação, as ruas necessitam de estratégias da rua.
como a arborização, o mobiliário, a sinalização para garantir a redução no conflito entre pe- Este guia tem o objetivo de difundir as boas
e a relação com os edifícios, suas fachadas e destres e veículos, aumentar a segurança no práticas de Desenho Urbano, desenvolvidas
seus acessos. Ao mesmo tempo é também um usufruto dos espaços e qualificar sua gestão e ao longo dos últimos quatro anos na cidade
local de fruição, lazer, cultura, manifestação e manutenção cotidiana. de São Paulo. Experiências que foram elabora-
ócio. É o lugar onde as pessoas se encontram Desenvolver estratégias de Desenho Urbano é das como referência a fim de se alcançar uma
e compartilham informações, trabalho e mer- uma forma de garantir o atendimento destes forma mais adequada de se conviver na rua,
cadorias. É notadamente um espaço público objetivos. O desenho determina a qualificação qualificando sua paisagem e renovando suas
por excelência. do espaço da cidade para o uso das pessoas, formas de uso.
Manuais Legislação
O primeiro capítulo é composto de 5 partes: Tipo de via Desenhos de antes e Categoria de Elementos Planta Imagem Ementa/Assunto
Exemplo escolhido depois da intervenção Família de elementos Dimensões gerais manual Do que se trata
Compreendendo o Espaço Público
Apresenta o entendimento e a compreensão do que é o espaço
público, composto por áreas livres públicas;
Referências Referências
Identificando os Responsáveis
Identifica e explica quais são e como atuam os diferentes órgãos e
secretarias responsáveis pelo espaço público: ora pelo projeto, ora
pela implantação, ora pela manutenção das áreas públicas, demons-
trando a complexidade na atuação pública;
Passeio Público
Apresenta o passeio público em suas várias tipologias, dimensões
e possibilidades de uso e de projeto a partir dos contextos e poten- Imagem da situação Breve resenha
cialidades locais; antes da intervenção
A vida cotidiana na cidade passa, inegavelmen- espaço é necessário categorizá-lo de acordo Na estrutura administrativa da Prefeitura Mu-
te, pelo uso do espaço público. Durante os úl- com sua função, qualificação e tamanho. Os nicipal de São Paulo, a gestão dos bens de uso
timos 50 anos, o espaço público nas cidades espaços livres públicos são em sua maioria comum do povo é compartilhada por diversos
brasileiras vem sofrendo uma série de interven- classificados como “espaços de uso comum do órgãos. Isso porque há uma separação entre as
ções que refletem consequências na sua forma povo”, o que determina sua qualificação como competências das Secretarias Municipais, bem
de uso, estrutura e estado de conservação. No livre. Podem pertencer ao sistema viário do como a descentralização de serviços locais que
passado recente a maioria dos espaços possu- município como as ruas, avenidas, alamedas e são realizados por Subprefeituras. Vale ressaltar
íam usos discretos ou se configuravam como bulevares, ou ao sistema de áreas verdes, como que a atuação dos órgãos elencados é muito
simples imagem estática da paisagem. Hoje as praças e os parques. Em qualquer uma das mais ampla do que as competências legalmen-
se encontram em um processo de reativação, funções, os espaços livres são bens imóveis te atribuídas e apontadas.
incentivados por novas formas de lazer ou por pertencentes a diferentes esferas de governo, Se, por um lado, o porte e a complexidade de
processos de ocupação voltados à democrati- como federal, estadual ou municipal. Isto deter- uma cidade como São Paulo levam à existência
zação das atividades urbanas, como por exem- mina sua qualificação enquanto espaço público. de diversos órgãos especializados tendo como
plo, nas manifestações populares dos últimos Diante a ótica do poder público, retratar e objetivo otimizar o funcionamento da Adminis-
anos. Ressignificação de usos que remetem a encarar um espaço público é também classifica tração Municipal, por outro corre-se o risco da
necessidade de formas mais dinâmicas no seu -lo enquanto as atribuições e responsabilidades fragmentação e do desencontro das informa-
desenho e na sua gestão, mas principalmente acerca de sua gestão. Um espaço público hoje ções e gestões. Sendo assim, o planejamento
na compreensão sobre o significado de um es- apresenta diversos componentes que determi- integrado e a articulação das ações nos espa-
paço livre público e a quem compete a implan- nam sua gestão e manutenção, passando por ços públicos mostra-se um desafio contínuo e
tação e gestão de sua estrutura. secretarias, repartições e autarquias, cada uma mutável a Administração Pública.
A cidade de São Paulo apresenta uma vas- com uma determinada responsabilidade sobre
ta gama de espaços livres públicos que estão ele, e que apenas juntas e coordenadas, podem
classificados nas mais variadas formas e es- apresentar bons resultados a cerca da promo-
calas. Para se analisar e renovar os usos de um ção do uso e da qualidade destes espaços.
Urbanas. Nesse contexto, a Secre- a ser aprovadas, elaborando os do Verde e do Meio ma. Também é responsável pela sistema viário, drenagem, pavi-
SP-Obras é uma empresa que tem Pública – ILUME é responsável gada a Empresa Companhia de
mentação, geotecnia e geometria Saneamento Básico do Estado
taria formula ações que propiciem planos e projetos urbanísticos, os Ambiente gestão, regulamentação, cadastro,
das vias do município. Além disto,
como objetivo executar progra- pela iluminação pública e a manu-
de São Paulo – SABESP, os ser-
o posicionamento do município anteprojetos das intervenções e vistoria e fiscalização dos serviços mas, projetos e obras definidos tenção e ampliação da rede públi-
obras, os estudos relativos aos pro- A Secretaria do Verde e do Meio de transporte realizados por táxis, realiza diversos serviços de cons- ca, bem como pela fiscalização viços relativos ao abastecimento
em questões relacionadas ao seu pela Administração Municipal. Bus-
gramas de investimentos, a priori- Ambiente (SVMA) foi criada em fretamento, transporte escolar, trução e manutenção no sistema dos serviços prestados. Além des- de água e o recolhimento e trata-
desenvolvimento urbano, incluindo ca equilibrar as demandas de seus
zação de todas as intervenções e 1993 (Lei n. 11426/93). Desde transporte de carga e moto-frete. viário e nas redes de infraestrutura tas duas importantes autarquias, mento de esgotos. Esta empresa,
as que decorram de sua inserção clientes com os recursos advindos
obras, o cronograma de investimen- então vem passando por reor- da cidade, assim como em edifí- destacamos a Coordenadoria de de capital misto cujo o Governo do
em planos nacionais, regionais, Dep. de Operação do Sistema Viá- do Tesouro Municipal, dos financia-
tos, a quantidade de Certificados ganizações para dar conta das cios públicos. Conectividade e Convergência Estado de São Paulo é sua princi-
estaduais e metropolitanos. rio (DSV) mentos públicos e das Operações
de Potencial Adicional de Constru- questões ambientais da cidade São serviços de responsabilidade Digital – CCCD, responsável pelo pal acionista, tem a premissa de
A Secretaria também coordena o O Departamento de Operação do Urbanas.
ção - CEPACs a serem emitidos e o de São Paulo, sendo que a última da Secretaria: Programa Wi-fi Livre SP que possui implantar novas redes, seja de
desenvolvimento de projetos urba- Sistema Viário é o órgão responsá- A SP-Obras elabora, ainda, lici-
cronograma de sua emissão para aconteceu em 2009 através da Lei - Execução de obras de drena- intensa relação com as atividades abastecimento de água ou reco-
nos, interagindo com os órgãos e vel pelo trânsito da cidade. Cabe ao tações para outros órgãos da
dar suporte aos investimentos; n. 14.887. Compete à Secretaria gem, sistemas viários, e recupera- mantidas nos espaços livres públi- lhimento de esgotos, bem como
entidades da Administração Dire- DSV regulamentar a legislação que Administração Municipal e execu-
- O acompanhamento dos pro- Municipal do Verde e do Meio ções estruturais. cos. O fornecimento de energia de fazer sua manutenção, inclu-
ta e Indireta, com outras esferas rege o trânsito na capital paulista. ta obras, definidas pela Secretaria
jetos básicos e executivos das Ambiente: - Fiscalizar e acompanhar as pública é feito pela empresa priva- sive constando a manutenção de
de governo e com a sociedade Suas atribuições são: Estudar e Municipal de Desenvolvimento
obras e intervenções, em especial - Planejar, ordenar e coordenar obras de macrodrenagem, que da brasileira, com capital nacional toda área afetada, isto é, no caso
civil. Para tanto, cabe à Secreta- promover medidas pertinentes à Urbano, nas áreas de abrangência
nas operações urbanas, de forma as atividades de defesa do meio consistem na construção de gale- e estrangeiro, AES Eletropaulo. de uma necessidade de remoção
ria desenvolver os mecanismos segurança e rendimento do siste- das Operações Urbanas.
a garantir a conformidade com os ambiente no Município de São rias; do pavimento para manutenção
e modelos mais adequados para A empresa é responsável, tam-
a viabilização e implementação planos e projetos urbanísticos e Paulo, definindo critérios para ma viário através de regulamenta- - Promover a contenção de mar-
bém, pela outorga e pela gestão
Secretaria dos da rede, recai a ela a obrigação de
ção, proposição de obras, execu-
de projetos, com base nos ins- com os anteprojetos de obras e conter a degradação e a poluição
ção de sinalização e controle de
gens de córregos;
das concessões do mobiliário Transportes recomposição do trecho removido
ambiental; - Executar a construção de pis- para o estado anterior. Do geren-
trumentos de política urbana. intervenções;
- Manter relações e contatos trânsito de veículos e pedestres cinões;
urbano, tendo como objetivo a Metropolitanos ciamento de águas, recai a admi-
Compete ainda à SMDU manter - A atuação na aplicação dos criação, confecção, instalação e
visando à cooperação técnico- nos logradouros, nos terminais de - Promover a urbanização de fun- A Secretaria dos Transportes nistração municipal a captação
e atualizar o sistema municipal instrumentos urbanísticos previs- manutenção de relógios eletrôni-
científica com órgãos e entidades transportes e respectivos acessos; dos de vale; Metropolitanos foi criada em 16 de água pluviais, e sua condução
de informações sociais, culturais, tos na legislação federal, estadual cos digitais, bem como de abrigos
ligados ao meio ambiente, do autorizar e acompanhar a execu- - Prestar atendimento emergen- de julho de 1991, com sua organi- ao córregos e rios da cidade,
econômicas, financeiras, patrimo- e municipal, incluindo a concessão e de totens indicativos de parada
Governo Federal, dos Estados e ção de obras ou serviços nos logra- cial em ocasiões de chuvas inten- zação fixada pelo Decreto Estadual também sob responsabilidade
niais, administrativas, físico-territo- urbanística; de ônibus, com exploração publi-
dos Municípios brasileiros, bem douros, na forma regulamentada sas, que podem causar riscos à nº 34.184, em 18 de novembro de do governo municipal. Apenas o
riais, inclusive cartográficas e geo- - O estabelecimento de parcerias citária. Cabe, ainda, à SP-Obras
como com órgãos e entidades por ato do Prefeito; e opinar nos vida e ao patrimônio público e 1991. A Secretaria é responsável Rio Tietê e Rio Pinheiros, devido a
lógicas, ambientais, imobiliárias e com a iniciativa privada e com executar a contratação, a supervi-
internacionais; projetos de edificações e equipa- privado; pelo transporte urbano metropo- sua proporção e interesse do esta-
outras de relevante interesse, pro- outras esferas de governo para a são e a fiscalização de concessão
- Estabelecer com os órgãos mentos urbanos, que possam - Executar obras de recuperação litano de passageiros, que possui do, é atribuído a responsabilidade
gressivamente georreferenciadas implantação de projetos urbanos, urbanística, nos termos da Lei Nº
federal e estadual do Sistema gerar interferências substanciais estrutural e construção de pontes empresas vinculadas, entre as de manutenção e conservação a
em meio digital. utilizando instrumentos de política 14.917, de 07 de maio de 2009.
Nacional do Meio Ambiente - SIS- no tráfego da área. e viadutos; quais CPTM e o Metro. Secretaria Estadual de Saneamen-
urbana.
São Paulo Urbanismo NAMA critérios visando à otimiza-
CET - Prestar esclarecimentos e ana- CONVIAS METRÔ
to e Recursos Hídricos
Secretaria Municipal ção da ação de defesa do meio lisar solicitações de terceiros, por
A São Paulo Urbanismo – SP-Ur- O Departamento de Controle de
banismo é uma empresa pública
de Coordenação das ambiente no Município de São Para operacionalizar a realização intermédio dos Termos de Com-
Uso de Vias Públicas da Secreta-
A Companhia do Metropolitano de
Paulo. do trabalho do DSV, foi criada a promisso e Autorização (TCA);
que se originou da cisão da Empre- Subprefeituras CET – Companhia de Engenharia - Fiscalizar os contratos de obras ria de Vias Públicas - Convias foi
São Paulo – Metrô - foi constituída
no dia 24 de abril de 1968. As obras
sa Municipal de Urbanização – A Secretaria Municipal de Coorde- Secretaria Municipal de Tráfego, em 1976. Empresa de construção e recuperação de criado em 1977 (lei nº 8.658/77) e
da Linha Norte-Sul foram iniciadas
Emurb, conforme Lei nº 15.056, de nação das Subprefeituras (SMSP) dos Transportes de economia mista com capital infraestrutura da cidade de São tem a responsabilidade de organi-
oito meses depois. O Metrô de São
8 de dezembro de 2009 e Decreto tem como função dar apoio geren- majoritário da Prefeitura do Muni- Paulo. zar, conceder permissões e disci-
Criada em 1967 pela Lei 7.065 de Paulo possui cinco linhas em ope-
nº 51.415, de 16 de abril de 2010. A cial e administrativo às decisões do cípio de São Paulo. A CET é con- - Projetar, programar, executar e plinar as instalações dos serviços
30 de outubro, a Secretaria Muni- ração. Ao todo são 68,5 quilôme-
empresa tem como objetivo funda- Prefeito sobre o desempenho das tratada pelo DSV para desenvolver fiscalizar a construção de edifícios de infraestrutura urbana públicos
cipal de Transportes é responsável tros de rede, 61 estações e 154
mental dar suporte e desenvolver Subprefeituras e suas solicitações. as seguintes atividades: Planejar e públicos. e privados, tanto no espaço aéreo
pelo planejamento, projeto, inte- trens. O sistema está integrado à
as ações governamentais voltadas Ao mesmo tempo realiza o acom- implantar, nas vias e logradouros - Aprovar e autorizar a ocupação quanto no subsolo, assim como
gração, supervisão, fiscalização e CPTM por diversas estações.
ao planejamento urbano e à pro- panhamento gerencial das metas do Município, a operação o siste- do leito das vias públicas por equi- nas obras de arte de domínio
moção do desenvolvimento urba- e atividades das Subprefeituras e
controle dos transportes coletivos,
ma viário, com o fim de assegu- pamentos a serem implantados municipal. Tem também a respon- CPTM
no do Município de São Paulo, para táxis, veículos de carga e outros. sabilidade de manter cadastros
auxilia a criação de indicadores rar maior segurança e fluidez do por entidades de direito público e A Companhia Paulista de Trens
concretização de planos e projetos A Secretaria é constituída pelos atualizados.
para dimensionar os recursos trânsito e do tráfego; promover a privado; Metropolitanos – CPTM é uma
da Administração Municipal, por seguintes órgãos:
humanos e materiais para as Sub- implantação e a exploração econô- empresa de economia mista do
Pedestres Pessoas em
mobiliário urbano
Ciclistas
Pessoas em espaços
conquistados
Usuários de
transporte público
Comerciantes
Transportadores
de cargas Pessoas em bares,
cafés ou restaurantes
Motoristas e
passageiros
Entre os espaços livres, as ruas representam Neste sentido, estão aqui apresentadas
a maior parcela dos espaços públicos, e entre algumas situações existentes considerando
os espaços das ruas, os passeios públicos diferentes cenários de fluxos de pedestres,
comportam diversas funções: o deslocamento dado importantíssimo para a priorização do
de pedestres e ciclistas, os sistemas de infra- desenho na escala humana.
estrutura, a arborização e o mobiliário urbano, Por fim, são pontuados exemplos concre-
tornando-se, portanto, o foco de estudo e inter- tos de passeios públicos de São Paulo cor-
venção. respondentes aos tipos levantados; alguns
Desta forma, para um desenho urbano inclusive trabalhados nos Estudos de Caso
consistente e de qualidade, é imprescindível apresentados neste guia.
a leitura e compreensão da heterogeneidade
de tipos e contextos dos passeios nas ruas
paulistanas: a largura do passeio; a presença
ou não de infraestrutura e espaços de perma-
nência; a relação com os lotes; os usos e tipos
de ocupação.
Faixa de Serviço - FS
Destinada à implantação das infraestru-
turas, como iluminação e sinalização, 26 a 74 O fluxo comercial intensifica a precariedade da Rua comercial de média intensidade típica de Via de uso misto com pequenos comércios de Centralidades locais com a presença de trans-
a Faixa de Serviço é também a região pedestres/minuto* fruição dos pedestres. centralidades locais das áreas periféricas da abastecimento local. porte público em massa em regiões afastadas
reservada à permanência onde pode ser - Av. Mal. Tito pp. 44 e 46 cidade. - R. Silva Bueno p. 38 do centro.
instalado o mobiliário urbano. - Av. do Cursino - Av. Jabaquara
Faixa de Acesso - FA
Área de apoio ao imóvel ou terreno de
responsabilidade do proprietário. A Fai-
xa de Acesso torna-se a região própria
à realização e uso das fachadas ativas. ≥ 75 O fluxo comercial extremo e a forte presença de O fluxo comercial intenso torna o compartilha- O fluxo comercial e cultural intenso faz com que Presença de comércio e serviços com passeio
pedestres/minuto* comércio ambulante no passeio intensificam a mento de pedestres e veículos inevitável. os pedestres circulem no leito carrossável. público condizente com o fluxo existente.
precariedade da fruição dos pedestres. - Av. Sete de Abril p. 40 - R. Galvão Bueno p. 40 - Av. Luis Carlos Berrini p. 34
- R. Santa Ifigênia
> 5.00 m
26 a 74 Via com oferta de transporte coletivo mas com Calçadões instalados em locais mais afastados Apresenta algum tipo de atratividade, ou seja, é Escadaria que representa uma ligação entre Lugar resultante de largas porções de território
pedestres/minuto* poucos atrativos ao pedestre do centro, como pequenas centralidades de co- motivo de conexão entre dois pontos no meio dois pontos movimentados, como alternativa destinadas aos veículos, muitas vezes localiza-
- Av. Dr. Arnaldo mércio e serviços urbano. de acesso. dos em regiões históricas da cidade.
- Alameda Rio Claro - Rua Medeiros de Albuquerque - Rua dos Ingleses p. 60
≥ 75 Passeio público exemplantar em uma região Regiões de grande movimentação comercial Forte eixo de ligação entre dois pontos, como in- Ligação principal ou única entre pontos extre-
pedestrest/minuto* densamente ocupada por comércio, serviços e ou outros atrativos, típico da região central da terligações entre grandes meios de transportes. mamente importantes.
atividades culturais. cidade e outras fortes centralidades locais. - Ladeira da Memória
- Av. Paulista p. 32 - Rua São Bento
Garantir o acesso democrático à Possibilitar a diversidade de usos e Dar suporte à fruição Qualificar a vida urbana
cidade dinâmicas Espaços de trajeto do pedestre confortavel- Enfatizar a importância da dinâmica existente
Pensar as ruas e espaços livres como efetivos Conceber ruas e espaços públicos plurais que mente desenhados e sinalizados para garantir do lado de fora do espaço construído e qua-
espaços públicos que garantam expressões suportem diferentes usos e atividades. conforto e segurança à fruição. lifica-la.
culturais, sociais e políticas.
Introdução
Rua Comercial
R. Silva Bueno
Centralidade de bairro
Av. Marechal Tito - Mercadão
Av. Marechal Tito x R. Beraldo Marcondes
A prefeitura de São Paulo realiza periodicamen- sam ou não ser padronizados. Por exemplo, Como forma de comparação do espaço
te constantes intervenções nos espaços livres para fazermos uma intervenção técnica, como antes e depois da intervenção, utilizamos re-
públicos da cidade com o objetivo de melhorar a reforma de uma avenida para receber um cursos visuais comparativos acompanhados
sua infraestrutura e manter sua qualidade de corredor de ônibus, pode-se facilmente adotar por breves textos em relação ao descritivo do
uso. Além da prefeitura, empresas concessio- elementos e implantações comuns, mas em local, sua condição existente e as diretrizes
nárias de serviços públicos também realizam uma obra de requalificação paisagística ou para serem realizadas as intervenções. Tam-
atividades de manutenção que impactam dire- vinculada a áreas envoltórias de patrimônio bém é apresentado um texto com informa-
tamente no cotidiano destes espaços. Na ten- histórico, dificilmente isto acontecerá. ções pertinentes ao local, como seu uso e seu
tativa de mitigar os impactos destas interven- Neste guia são apresentados alguns estu- histórico, e um texto descritivo ressaltando os
ções é usual adotar-se componentes, materiais dos de caso de obras realizadas ou planejadas pontos específicos da intervenção, marcando
e soluções técnicas padronizadas. Processo pela prefeitura municipal. Os estudos de caso junto ao desenho o posicionamento destas in-
que é adequado uma vez que a padronização tem por objetivo discutir e compreender deter- tervenções.
dos elementos integrantes do espaço público minadas soluções, de forma a ser criado um Com a apresentação destes estudos, será
facilita os processos de compra e contratação catálogo de soluções técnicas que possam possível compreender que diferentes dinâ-
dos serviços. inspirar novos projetos a partir de boas práti- micas de diferentes locais geram diferentes
Entretanto os espaços públicos não apre- cas ou ideias. Nos estudos de caso também soluções. Todas elas, entretanto, ressaltam a
sentam as mesmas características físicas, podem ser apresentadas informações que importância do pedestre e da melhoria da con-
históricas e funcionais na cidade, o que torna não necessariamente tratam do ambiente dição de vida urbana na cidade de São Paulo,
difícil a sua padronização. Apenas a tarefa de construído. Questões relacionadas a gestão buscando construir, através da transformação
compatibilização das infraestruturas e dos res- do espaço público e do sistema viário também do espaço, uma cidade mais justa, acolhedora,
ponsáveis por sua manutenção já é uma ativi- resultam em transformações, como a redução saudável e vívida. Apenas com a qualificação
dade que apresenta bastante dificuldade. de velocidade dos veículos automotores, que do espaço público, tais condições e caracte-
Soma-se a esta heterogeneidade de tipos apesar de dispensar obras, tem um impacto rísticas podem ser alcançadas pelas pessoas.
e usos as diferentes escalas de intervenção, bastante significativo na dinâmica local.
fazendo que determinados componentes pos-
0 1 km 5 km 10 km
Histórico
A via surge como tantas outras na capital
paulista como uma rua residencial. A rua não
apresenta outros tipos de ocupação, mas, é
extremamente estreita e mal concebida, pois a
largura dos passeios apenas serve como apoio
de estacionamento e instalação de postes de
iluminação.
Para atravessar a via, os pedestres usam o
leito carroçável, compreendo as características
locais, sem maiores conflitos com os automó-
veis. Essa dinâmica local, de coexistência entre
o pedestre e o veículo, é positiva se observar-
mos que nesta localidade isso não promove
acidentes. Cabe então a regulamentação desta
prática, além de melhorar as soluções de drena-
gem para que os automóveis não joguem água
nos pedestres.
Introdução
Passeio Público
Mobiliário
Abrigo de parada de ônibus
Abrigo de parada de táxi
Elemento de acesso ao Metrô
Sanitário Público
Quiosque multiuso
Bicicletário
Mobiliário Urbano Básico
Balizadores
Extensões
Ao longo do passeio
Esquinas
Temporárias
Canteiro Central
Suporte ao transporte
Ilha de Refúgio
Travessias
Esquina Elevada
Faixa Elevada
Faixa Diagonal
Ampliação da Faixa de Pedestres
Infraestrutura Ambiental
Jardim de chuva
Corredor Verde
Árvores na rua
Praças em terrenos residuais
Qualificação de Infraestrutura
Iluminação Pública
Sistema de Coleta de resíduos Drenagem Superficial
Enterramento de redes
Introdução
Como parte das estratégias de desenho urba- ros centrais que podem ser utilizadas como re- O sexto grupo dedica-se a apresentar al-
no que garantam uma ocupação qualificada e fúgio em travessia, implantação de ciclovia ou guns dispositivos para qualificar a infraestrutu-
segura do espaço público, a escolha das solu- de componentes do sistema de corredores de ra urbana, buscando a diminuição do excesso
ções de projeto e do mobiliário urbano é parte ônibus, além de áreas de ajardinamento. de interferência na paisagem urbana.
fundamental. O desenho determina a qualifica- O terceiro grupo dedica-se a apresentar as É importante destacar que os elementos
ção do espaço da cidade em escala humana, travessias, isto é, situações de interação entre aqui apresentados são uma amostra das pos-
estabelecendo ferramentas para que a cidade automóveis e pessoas em cruzamentos viá- sibilidades de soluções típicas de desenho
seja usufruida da forma desejada. Neste guia, rios, pontos de extrema atenção, uma vez que urbano e de mobiliário. Desta maneira e, estes
chamamos de Elementos o conjunto de solu- boa parte dos acidentes viários acontecem não são os únicos elementos disponíveis e
ções típicas de desenho e mobiliário urbano, nestes locais. nem tampouco imutáveis. Todo projeto urba-
agrupados de acordo com sua funcionalidade O quarto grupo apresenta o dimensiona- no pode apresentar soluções específicas em
e local de implantação. mento e os tipos de mobiliário urbano, parte situações determinadas, gerando desenhos
O primeiro grupo dedica-se ao passeio pú- integrante da vida pública e fundamentais para únicos e não replicáveis. Entretanto, é possível
blico e às várias possibilidades de extensão do o desenvolvimento de atividades de modo qua- aplicar tais soluções em grande parte dos pro-
mesmo, com diferentes objetivos, assim como lificado. jetos urbanos, uma vez que a cidade apresenta
extensões das esquinas e temporárias. O quinto grupo apresenta soluções e ideias características semelhantes em seu território.
O segundo grupo dedica-se a apresentar as para a infraestrutura ambiental, tema funda-
áreas popularmente conhecidas como cantei- mental para a melhoria da qualidade urbana.
O mobiliário urbano é parte da vida cotidiana papeleiras são implantados em praticamente plantados na faixa de serviço, quando a largura
das pessoas e sua implantação em quantidade todas as calçadas. Os pontos de parada de ôni- da calçada permite a separação deste espaço,
adequada é essencial para o desenvolvimento bus são implantados nas vias onde os mesmos ampliando a qualidade do ambiente. A arboriza-
de atividades de modo qualificado, para pre- circulam, podendo ser abrigos, quando há espa- ção, essencial para a qualidade ambiental, deve
servar a qualidade do espaço público e para a ço suficiente, ou totens, em locais onde o abri- ser também definida de acordo com a largura
universalização do acesso ao uso dos serviços go prejudicaria o fluxo na faixa livre. Soluções da calçada e da faixa de serviços. Outros mo-
públicos. A implantação do mobiliário está con- como o avanço de calçada para implantação biliários, de apoio ao lote ou de fruição pública,
dicionada às necessidades de cada local e à do abrigo (pág. 66) podem resolver questões podem ser instalados na faixa de acesso, quan-
capacidade do local de implantação. Mobiliá- deste tipo. Bancos e paraciclos podem ser im- do esta é possível.
rio urbano essencial, a iluminação pública e as
Fruição - Faixa Livre Faixa de Serviço - Infraestrutura Faixa de Acesso - Apoio ao lote
*dimensão mínima: 1.20 m *dimensão mínima: 0.75 m
Floreiras e vasos
passeio livre garantido com duas
unidades de passagem Iluminação pública Toldos
Árvore de pequeno porte (4-6m) Mobiliário portátil
Bancos sem encosto
Lixeira
Paraciclo
Conjunto de paraciclos
Quiosque multiuso
Composição de bancos
A implantação de mobiliário urbano deve seguir uma distância mínima da guia para preservar inclinação. A distância das esquinas também
regras definidas na ABNT 9050/2015 e na Legis- a segurança do usuário, prever a infraestrutura deve respeitar as exigências da legislação mu-
lação Municipal, respeitando as distâncias míni- (quando se tratar de mobiliário que necessitem nicipal, preservando a visibilidade e a segurança
mas conforme demonstrado nos desenhos ao luz ou água) subterrânea e prever mecanismos do usuário.
lado, e sempre mantendo a faixa livre mínima, de ajustes quando implantado em vias de muita
Bancos Lixeiras
min 1,20
Balizadores Guarda-corpo
min 5,00
0,50
min 1,20
Bebedouro Paraciclo
travessia existente
a a
travessia reduzida 2.2 a 2.7m
b
b
a
e
a
k
c h b
variável
g
variável
e e
b
d i
variável
variável
k
e
m m
m m
Suporte à permanência Suporte ao transporte Suporte à travessia em rampa Alargamento de Passeio para Implantação de Vegetação
O espaço de suporte a permanências das pessoas deve ser criado de O alargamento do passeio em meio de quadra pode ser usado para É uma das maneiras de diminuir a extensão da travessia e de aumentar O alargamento do passeio em meios de quadra pode ser usado para
forma qualificada e sem interferência na faixa livre, para a instalação a instalação de abrigos de ônibus, dando mais proteção ao pedestre a segurança do pedestre. Esta intervenção demarca mais claramente a implantar vegetação, promovendo áreas de sombra e conforto aos
de bancos e outros mobiliários urbanos pertinentes. no embarque e desembarque. É uma solução para passeios estreitos, travessia, tornando o pedestre mais visível ao automóvel e vice versa, e usuários. As árvores devem ser plantadas de maneira coordenada e
de vias congestionadas, sem faixa exclusiva para ônibus. Este espaço pode ser aplicada em diferentes situações. planejada, na porção ampliada da calçada. Esta estratégia está asso-
pode ser também utilizado para alocar equipamentos de maior porte, ciada à importância conferida ao aspecto ambiental no tecido urbano.
tais como quiosques.
b b
b b
a
a k
k a a
k
k
6m
6m
2.2 a 2.7m
2.2 a 2.7m
r=
2.2 a 2.7m
r=
2.2 a 2.7m
3m
m m m m
r=
3 a 4m 3 a 4m 3 a 4m
recomenda-se 15 a 20m recomenda-se 15 a 20m recomenda-se 15 a 20m
Ampliação em um dos eixos da esquina Ampliação de esquina com raio de 3m Ampliação de esquina com raio de 6m Ampliação com raio mínimo
Consiste na ampliação de uma das calçadas da esquina. Esta solução Este modelo é mais adequado para veículos de pequeno porte. O raio Neste caso específico, o raio é maior devido à necessidade de curva Quando não há conversão de veículos na esquina em questão, a amplia-
pode ser adotada em esquinas cujos passeios são descontínuos ou em menor induz a redução da velocidade dos veículos, o que consequente- de veículos de maior porte, como ônibus ou caminhão. Esta solução é ção da calçada pode ser feita com raio reduzido, podendo ser de apenas
que o fluxo de pedestres em um sentido é mais intenso do que em outro. mente garante o aumento da segurança do pedestre na sua travessia. a mais recorrente no desenho da cidade. 1m.
a
a a a
b
b
b b
e g
m
10m máximo
k
3a4m
k
k
3a4m
3a4m
j
l l
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2.2 a 2.7m
a
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intesidade fluxo
k
variável
k
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4 a 7m
variável b
a
m
m f
f
k
e
m
a
e
b
Esquina Elevada Faixa Elevada Faixa de Pedestres Diagonal Ampliação de Faixa de Pedestres
A esquina elevada consiste em nivelar o leito carroçável à altura do A faixa elevada consiste no nivelamento do trecho de travessia à altura Este sistema estabelece um caminho seguro no sentido não ortogonal Esta intervenção visa adequar a faixa existente de acordo com o volume
passeio público ao longo de todo o cruzamento. Em determinadas do passeio, facilita a locomoção do pedestre, sobretudo daqueles com do cruzamento, através do traçado de uma nova faixa e da mudança de pedestres. É implementada por meio da ampliação da área de tra-
situações, a adoção deste elemento pode representar uma boa solu- mobilidade reduzida. Esse sistema também contribui com a segurança no tempo semafórico. A identificação da vontade do pedestre e a sua vessia, uma vez que o espaço ocupado pela faixa reflete diretamente na
ção de projeto, pois facilita a locomoção de cadeirantes e diminui a do pedestre, pois induz a diminuição de velocidade do veículo Sua legalização reflete imediatamente no ganho de segurança. Em determi- segurança do pedestre: quanto maior a área de travessia, maior será a
velocidade do veículo automotor. A esquina elevada pode ser aplicada aplicação deve ser verificada junto aos órgãos competentes (CET) para nados cruzamentos o volume e a intenção de travessia podem justificar segurança. A faixa deve abrigar a travessia simultânea nos dois sentidos
em locais que não apresentem grande volume de circulação veicular e avaliação em relação ao fluxo de veículos na via em questão. a aplicação da faixa em diagonal. feita por pedestres, cadeirantes, carrinhos com bebês, dentre outros.
é importante que seja considerado remanejamento da drenagem para
sua implantação.
Um componente essencial para a vida saudável alagamentos. O projeto de arborização urbana para um ambiente saudável e qualificado, além
na cidade é a área verde, e o município possui deve ser coordenado com os demais elementos de contribuir com as funções de microclima, mi-
um índice baixo de área verde por habitante. A existentes no passeio público para minimizar crodrenagem e sombreamento da cidade.
falta de áreas permeáveis também contribui as possibilidades de conflitos. A presença da
para diversos problemas, entre os quais os arborização e de áreas verdes é imprescindível
A cidade passou ao longo de sua história por tação destes processos ocorreram de forma coordena e planeja as instalações de infraes-
diversos processos de instalação de infraes- desintegrada e descoordenada ocasionando trutura da cidade, com o intuito de melhorar os
trutura, desde a instalação da iluminação pú- em sobreposição e de redes, e interferências acessos, centralizar as instalações diminuindo
blica à gás até a adoção da fibra ótica como em excesso na paisagem. O processo de qua- sua interferência negativa na paisagem urbana
condutor de informações. Entretanto a implan- lificação da infraestrutura organiza, disciplina, da capital.
Iluminação pública Sistema de coleta de resíduos Drenagem superficial Enterramento de redes e galerias técnicas
O sistema de iluminação pública compreende a iluminação de pas- A geração de resíduos sólidos é um desafio e sua coleta pode gerar A água proveniente de precipitação deve ser conduzida a rios e ele- A instalação subterrânea apresenta algumas características mui-
seios, leitos e espaços públicos, de maneira geral. A iluminação presta incômodos. Uma opção para aprimorar o sistema de coleta de resíduos mentos naturais receptadores. Para tanto se faz necessária a implan- to positivas em relação à rede aérea. Sua baixa exposição minimiza
diversas funções: no aspecto prático da visualização em momentos de sólidos são as lixeiras enterradas. Esta proposta consiste em estabe- tação de um sistema de drenagem superficial, que engloba diferentes problemas, tais como, manutenção e segurança. As galerias técnicas
escuridão, facilita a identificação de obstáculos e elementos, contribui lecer um ponto na região destinado para descarte de lixo doméstico, estruturas de captação e condução das águas pluviais. O canal oculto são complementares ao enterramento das redes, promove o acesso
para a segurança pública e da mobilidade. A implantação do sistema de tendo uma lixeira como porta de entrada e um sistema de armazena- é um sistema de drenagem superficial que consiste na composição a manutenção e organizam as redes que percorrem as ruas. A galeria
iluminação requer planejamento adequado que leve em conta critérios gem no subsolo. Este sistema também facilita e agiliza o serviço de de 2 peças principais, grelha em “T” ou em “L” que minimiza o impacto também diminui a necessidade da recorrente abertura do pavimento e
como área de abrangência, manutenção e custo de funcionamento. coleta, por concentrar o descarte em um único ponto e por apresentar visual na superfície e canaleta em concreto polimérico para armazenar seu posterior fechamento.
capacidade de armazenagem, suficiente para estocar o lixo de maneira e encaminhar a água a rede existente. A capacidade do canal varia de
correta por tempo maior. acordo com a necessidade de cada via, assim como a quantidade de
canais de drenagem.
Manuais
Bibliografia
Legislação
Manual Técnico de Arborização - Manual Operacional para Implantar Manual Ilustrado de Aplicação Conheça as Regras Para Arrumar
Secretaria Municipal do Verde e do Um Parlet em São Paulo da Lei Cidade Limpa sua Calçada – Passeio Livre
Meio Ambiente Para facilitar a compreensão da legislação e esclarecer ao munícipe as Para simplificar o acesso às informações e facilitar a compreensão, Em janeiro de 2012 foi regulamentada pela Prefeitura Municipal a Lei
Uma boa arborização é essencial à qualidade de vida em uma metrópole etapas do processo de implantação de um parklet, visando incentivar aplicação e monitoramento da Lei Cidade Limpa por toda a sociedade, n° 15.442, que dispõe sobre os passeios públicos. A fim de que o regra-
como São Paulo. Cientes da necessidade de estabelecer normas téc- a adesão a essa política e assim ampliar a oferta de espaços públicos a Prefeitura da Cidade de São Paulo desenvolveu o Manual Ilustrado de mento presente na legislação fosse melhor disseminado e traduzido
nicas para promover a implantação da arborização no espaço público, qualificados na cidade, a SP Urbanismo elaborou o Manual Operacional Aplicação da Lei Cidade Limpa e normas complementares. O Manual para meios mais simples e acessíveis, a PMSP, através da Secretaria de
prevenindo assim as distorções causadas pela falta de planejamento, Para Implantar Um Parklet Em São Paulo, apresentando todas as infor- reúne as regras definidas pela Lei Municipal nº 14.223/2006, decretos Coordenação das Subprefeituras, lançou a Cartilha “Conheça as regras
técnicos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente e da Secretaria mações necessárias para realização do projeto, por meio de diagramas e resoluções dela decorrentes, para a ordenação dos elementos que para arrumar sua calçada – passeio livre”.
das Subprefeituras se reuniram para estabelecer e editar diretrizes re- explicativos e resumos das recomendações e exigências. compõem a paisagem urbana do Município de São Paulo. A cartilha aborda o novo ordenamento do espaço físico do passeio
lacionadas a projetos e implantação de arborização em vias e áreas São abordados critérios e diretrizes para guiar o proponente por Nele podem ser consultados os objetivos, diretrizes e estratégias da público, com a divisão da calçada em três faixas: faixa de serviço, para
livres públicas. cada etapa do processo, como a escolha do lugar de implantação, ordenação da paisagem urbana, definições e regras para a inserção de colocação de mobiliário e demais estruturas; faixa livre, exclusiva para
A arborização urbana parte do conceito de Florestas Urbanas, surgi- as características do projeto, a logística da construção e a gestão do anúncios, intervenções artísticas e urbanas, funcionamento e modali- circulação; e faixa de acesso, em frente ao imóvel.
do na América do Norte, na década de 1.960, compreendendo quaisquer parklet, contribuindo para que o resultado final seja um espaço que dades de termos de cooperação, procedimentos para licenciamento e A partir dessa forma de organização aplicada aos passeios nas mais
formas de vegetação nos espaços livres urbanos, de forma a conectar qualifique a paisagem urbana e promova oportunidades de descanso aprovação de elementos a serem inseridos na paisagem e também as diversas larguras e tipologias, a cartilha apresenta especificidades téc-
fragmentos florestais próximos, criando uma rede mais equilibrada de e convivência para a população. Além disso, o Manual esclarece quais infrações e penalidades previstas. As informações são acompanhadas nicas para as soluções possíveis conforme as diferentes necessida-
ecossistemas. são os documentos necessários para a solicitação, indicando os trâ- de indicação das normativas relacionadas, facilitando a busca pelos des apontadas, por exemplo com conteúdos relativos a inclinação de
Este Manual considera os aspectos biológicos, referentes às árvores, mites do pedido inicial até a autorização de implantação e assinatura artigos de leis, decretos e resoluções que dispõem sobre cada assunto. escadas, escoamento de água, largura mínima da faixa livre, além do
e também os aspectos físicos, referentes ao local onde se pretende do termo de cooperação. Há, ainda, informações sobre a Comissão de Proteção à Paisagem rebaixamento do passeio para travessia do pedestre cadeirante ou com
plantar, e cria parâmetros específicos para arborização, possibilitando Urbana – CPPU, instância de participação popular responsável pelo malas e carrinhos. São indicados não apenas os materiais recomenda-
a escolha das espécies de árvores para cada situação. acompanhamento das políticas públicas referentes à paisagem da dos, como também as formas de execução e manutenção, pensando
No final do Manual, consta todas as legislações vigentes para arbo- cidade. ainda na interface do passeio com elementos verdes e arbóreos.
rização no município de São Paulo, onde podem ser encontradas todas É importante destacar as atenções que a cartilha traz acerca das
as diretrizes para tais questões. pessoas com algum tipo de deficiência física, a fim de tornar o pas-
seio público um lugar plenamente inclusivo para o acesso de toda a
população.
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – PMSP. Cadernos das ALCADÍA DE MEDELLÍN. Manual del Espacio Público – MEP. Medellín,
Subprefeituras – Material de apoio para Revisão Participativa dos 2015.
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NATIONAL ASSOCIATION OF CITY TRANSPORTATION OFFICIALS AND
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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO – PMSP. Catálogo de Inter- Streets Plan: policies and guidelines for the pedestrian realm. San
venções Urbanas: Território CEU. Disponível em: http://gestaourbana. Francisco, 2010.
prefeitura.sp.gov.br/wp-content/uploads/2015/04/TER-CEU_CATALO-
GO_r1.pdf
Lei 12.907/2008 Estadual Dispõe sobre a consolidação da legislação relativa à pessoa com deficiência no Estado de São Paulo e Decreto 44.015/2003 Regulamenta a Lei .º 13.525, de 28 de fevereiro de 2003, que dispõe sobre a ordenação de anúncios na
dá outras providências paisagem do Município de São Paulo.
Lei 16.050/2014 Municipal Plano Diretor Estratégico: Aprova a Política de Desenvolvimento Urbano e o Plano Diretor Estratégico do Decreto 27.542/1988 Regulamenta as permissões de usos em passeios públicos
Município de São Paulo e revoga a Lei nº 13.430/2002
SMDU/CPPU/009/2011 Resoluções Constante na Ata da 11ª Reunião Ordinária - dispõe sobre a consideração do paraciclo como mobiliário
Lei 15.962/2014 Informações em pontos de ônibus Municipais urbano na cidade de São Paulo, estabelece padrões para o mobiliário e dá outras providências
Lei 15.465/2011 Dispõe sobre a outorga e a gestão de concessão, visando a criação, confecção, instalação e manutenção SMDU/CCPU/001/2012 Constante da Ata da 18ª Reunião Ordinária – dispõe de regras gerais sobre abrigos para taxistas e usu-
de relógios eletrônicos digitais de tempo, temperatura, qualidade do ar e outras informações institucionais, ários em pontos de parada de táxi.
bem como de abrigos de parada de transporte público de passageiros e de totens indicativos de parada
de ônibus, com exploração publicitária. SMDU/CPPU/011/2012 Dispõe sobre a interpretação do disposto na Lei Municipal 14.223/2006 e dá outras providências
Lei 15.442/2011 Dispõe sobre a limpeza de imóveis, o fechamento de terrenos não edificados e a construção e manu- ABNT NBR 9050/2015 Normativas Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - Esta Norma estabelece cri-
tenção de passeios, bem como cria o Disque-Calçadas; revoga as Leis nº 10.508, de 4 de maio de 1988, térios e parâmetros técnicos a serem observados quanto ao projeto, construção, instalação e adaptação
e nº 12.993, de24 de maio de 2000, o art. 167 e o correspondente item constante do Anexo VI da Lei nº do meio urbano e rural, e de edificações às condições de acessibilidade
13.478, de 30 de dezembro de 2002.
ABNT NBR 16236/2013 Aparelho de fornecimento de água para consumo humano com refrigeração incorporada — Requisitos
Lei 14.266/2007 Indica a instalação de paraciclos em locais de grande circulação de pessoas e dá outras providências de desempenho
Lei 14.223/2006 Dispõe sobre a ordenação dos elementos que compõem a paisagem urbana do município de São Paulo ABNT NBR Guarda Corpo para Edificações - Esta Norma especifica as condições mínimas de resistência e segurança
(Lei Cidade Limpa) 14.718/2008 exigíveis para guarda-corpos de edificações para uso privativo ou coletivo
Lei 13.995/2005 Instaura o sistema cicloviário na cidade de São Paulo e dá outras providências Instalações elétricas de baixa tensão - Esta Norma estabelece as condições a que devem satisfazer as
ABNT NBR 5410/2004 instalações elétricas de baixa tensão, a fim de garantir a segurança de pessoas e animais, o funcionamento
Lei 13.646/2003 Dispõe sobre a legislação de arborização nos logradouros públicos do Município de São Paulo adequado da instalação e a conservação dos bens.
Lei 13.614/2003 Estabelece as diretrizes para a utilização das vias públicas municipais, inclusive dos respectivos subsolo e
espaço aéreo, e das obras de arte de domínio municipal, para a implantação e instalação de equipamentos
de infra-estrutura urbana destinados à prestação de serviços públicos e privados; delega competência ao
Departamento de Controle de Uso de Vias Públicas da Secretaria de Infra-Estrutura Urbana para outorgar
apermissão de uso; disciplina a execução das obras dela decorrentes, e dá outras providências.
Lei 13.525/2003 Dispõe sobre a ordenação de anúncios na paisagem do Município de São Paulo e dá outras providências.
Lei 13.517/2003 Dispõe sobre a outorga de concessão para criação, desenvolvimento, fabricação, fornecimento, instalação,
manutenção, conservação e exploração publicitária de mobiliário urbano.
Lei 13.293/2002 Dispõe sobre a criação das “Calçadas Verdes” no Município de São Paulo, e dá outras providências.
Lei 12.260/1996 Disciplina a utilização das calçadas situadas nas proximidades das faixas de pedestres, e dá outras
Lei 12.002/1996 Dispõe sobre permissão de uso de passeio público fronteiriço a bares, confeitarias, restaurantes, lancho-
netes e assemelhados, para colocação de toldos, mesas e cadeiras, e dá outras providências.
Lei 10.072/1986 Disciplina a instalação de bancas de jornais, flores e similares na Cidade de São Paulo e dá outras pro-
vidências
Formato: A4 retrato
Tipologia: Roboto
Número de páginas: 92
2016