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MANUAL DE ATENDIMENTO
CASAS DE ACOLHIMENTO PARA MULHERES
EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
(CASA ABRIGO E CASA DE PASSAGEM)
2021 1
Rede de Atendimento de Direitos Humanos: Manual de atendimento
Casas de Acolhimento para Mulheres em Situação de Violência
(Casa Abrigo e Casa de Passagem) / Secretaria Municipal de
Direitos Humanos e Cidadania; Coordenação de Políticas para as
Mulheres . – São Paulo (Cidade), 2021
Ficha catalográfica elaborada por Maria Cristina R dos Santos CRB/8-5260. Dados fornecidos pelo(a) autor(a).
FICHA TÉCNICA
Prefeitura do Município de São Paulo Assessoria de Comunicação (ASCOM)
Bruno Covas / Ricardo Nunes Cesar Guerrero
Coordenador de Comunicação
Secretaria Municipal de Direitos
Humanos e Cidadania (SMDHC) Beto Cavalcante
Ana Claudia Carletto Coordenador de Criação
Coordenadoria de Planejamento e
Informação (CPI)
Raissa Monteiro Saré
Concepção e Organização
Amanda Theodoro de Souza
Grupo de Trabalho
Adna Mantovani
Eliane de Oliveira Silva
Giannandrea Daidone
Lucélia Ferreira
Maria Inês Pinto Santiago
Marisa Conde
Rita de Cássia Ramos
Rosilene Pimentel Gomes
Revisão Bibliográfica
Juliana Marques da Silva
APRESENTAÇÃO
Boa leitura!
INTRODUÇÃO 9
NORMA TÉCNICA 11
PERFIL DO EQUIPAMENTO 12
Contexto de criação do equipamento 14
Principais documentos e legislação de referência 16
Objetivos do equipamento 23
Princípios para o atendimento 24
Diretrizes para prestação dos serviços 26
Direitos da cidadã que acessa o serviço e orientações 28
OPERACIONALIZAÇÃO DO SERVIÇOS 30
Serviços ofertados 30
Recursos necessários para oferta dos serviços 33
ATUAÇÃO INTEGRADA NO TERRITÓRIO E ARTICULAÇÃO EM REDE 41
Diretrizes para atuação em rede 41
Potenciais parceiros para atuação em rede 42
SUPERVISÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DO SERVIÇO 45
Supervisão 45
Monitoramento e Avaliação 45
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO 47
ATENDIMENTO INICIAL (ENTRADA) 48
Procedimento 48
Quadro síntese 50
Fluxograma 50
ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO 51
ORIENTAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS PARA ACESSO A SERVIÇOS E
ATIVIDADES 52
Procedimento 52
Quadro síntese 54
Fluxograma 54
ORIENTAÇÕES E ENCAMINHAMENTO PARA DENÚNCIAS 55
Procedimento 55
Quadro síntese 57
Fluxograma 57
ORIENTAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS PARA ATENDIMENTO
DE SAÚDE 58
Procedimento 58
Quadro síntese 60
Fluxograma 60
ATIVIDADES COLETIVAS 61
Procedimento 61
Quadro síntese 62
DESACOLHIMENTO (SAÍDA) 63
Procedimento 63
Quadro síntese 64
Fluxograma 64
ANEXOS 65
REFERÊNCIAS 65
INTRODUÇÃO
Mais geral
(amplo)
Portaria
SMDHC
nº 15/2021
Procedimentos Operacionais
Padrão (POP)
Mais
específico
(detalhado)
9
Na NT é possível encontrar o perfil detalhado do equipamento e da
equipe, contendo: principais documentos e legislação de referência, seus
objetivos, princípios e diretrizes para o trabalho, o detalhamento sobre os
recursos necessários para a oferta do serviço, as diretrizes e potenciais
parceiros para atuação em rede, bem como orientações para supervisão,
monitoramento e avaliação do serviço.
No POP, as orientações são apresentadas por meio de descrições
das atividades necessárias para o atendimento (Procedimentos) , da
consolidação das macroetapas da operação (Quadros sínteses) e de
diagramas que indicam o processo de atendimento descrito considerando
desde o acesso da(o) cidadã(o) ao serviço, até sua saída (Fluxogramas). O
trabalho foi segmentado nas rotinas para:
3) Atividades coletivas;
4) Desacolhimento (saída).
10
NORMA TÉCNICA
11
PERFIL DO EQUIPAMENTO
12
Públicos do equipamento
Horário de funcionamento
Ininterrupto (24h)
13
Contexto de criação do equipamento
14
documentação norteadora produzida no âmbito da então Secretaria
de Políticas para as Mulheres / Presidência da República-SPM/PR,
atual Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH)
contendo diretrizes para uniformização das políticas desenvolvidas em
níveis subnacionais a respeito do tema. A seguir são listados os principais
marcos.
15
Principais documentos e legislação de
referência
INTERNACIONAL
16
FEDERAL
17
Permanente Mista de Combate à Violência contra a Mulher do Congresso
Nacional.
Lei nº 13.104, de 09/03/2015 – Altera o art. 121 do Código Penal, para prever
o feminicídio como circunstância qualificadora do crime de homicídio, e o
art. 1o da Lei de Crimes Hediondos, para incluir o feminicídio no rol dos
crimes hediondos.
18
Lei nº 13.772, de 19/12/2018 – Altera a Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006
(Lei Maria da Penha), e o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940
(Código Penal), para reconhecer que a violação da intimidade da mulher
configura violência doméstica e familiar e para criminalizar o registro não
autorizado de conteúdo com cena de nudez ou ato sexual ou libidinoso de
caráter íntimo e privado.
19
Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher para a ação de divórcio,
separação, anulação de casamento ou dissolução de união estável nos
casos de violência e para tornar obrigatória a informação às vítimas acerca
da possibilidade de os serviços de assistência judiciária ajuizarem as ações
mencionadas; e altera a Lei nº 13.105, de 16 de março de 2015 (Código de
Processo Civil), para prever a competência do foro do domicílio da vítima
de violência doméstica e familiar para a ação de divórcio, separação
judicial, anulação de casamento e reconhecimento da união estável a
ser dissolvida, para determinar a intervenção obrigatória do Ministério
Público nas ações de família em que figure como parte vítima de violência
doméstica e familiar, e para estabelecer a prioridade de tramitação dos
procedimentos judiciais em que figure como parte vítima de violência
doméstica e familiar.
20
Lei nº 13.813, de 13/11/2009 - Institui, no âmbito do Estado, o procedimento
de atendimento especial às mulheres e crianças vítimas de violência
sexual.
MUNICIPAL
21
Decreto nº 55.089 em 08 de Maio de 2014 - Institui o Projeto Guardiã Maria
da Penha.
22
Objetivos do equipamento
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
23
Princípios para o atendimento
24
14. Transparência no atendimento e na comunicação junto à equipe e
outros agentes envolvidos no trabalho;
15. Gestão democrática e participativa do equipamento, com
compartilhamento entre equipe sobre demandas complexas e apoio
mútuo para o trabalho.
25
Diretrizes para prestação dos serviços
26
possibilidades de encaminhamentos apresentadas, respeitando sua
liberdade de decisão;
11. Orientar sobre os acessos a outras instâncias da rede de proteção e
defesa, quando for o caso;
12. Não se comprometer com garantir de contratação quando realizadas
atividades e encaminhamentos para o mercado de trabalho;
13. Não oferecer como saídas para atendimento o uso de recursos
pessoais dos profissionais da equipe (dinheiro para condução, lanches,
acolhimento, abrigo etc.), na tentativa de resolver situações emergenciais;
14. Indicar os recursos oferecidos nos programas e políticas públicas
existentes, realizando articulação com os provedores de serviço quando
se tratar de caso emergencial em que há risco do perecimento do direito
e risco de violação de direito na falta do acesso ao serviço público;
15. Não encaminhar a pessoa para entidades privadas que exijam
contrapartida pelo acesso a bem ou serviço, tais como frequentar culto e
reuniões, prestação pecuniária ou atividades obrigatórias;
16. Pautar a atuação na laicidade do estado e na natureza técnica do
atendimento e das atividades, não realizando atividades de caráter
religioso dentro do serviço e não recomendando às usuárias do serviço
que acessem especificamente qualquer religião a fim de respeitar o direito
à liberdade religiosa.
17. Nunca se comprometer a priorizar lugar nas filas de demandas
dos serviços, pois são critérios previstos em cada serviço e devem ser
respeitados;
18. Para contato com a cidadã, privilegiar sempre os meio de contato
institucionais do serviço, não fornecendo contato telefônico e redes sociais
pessoais para a cidadã, em qualquer hipótese, tão pouco como meio de
coleta de provas dos argumentos expostos durante os atendimentos;
19. Recorrer, durante a atuação profissional técnica especializada, aos
respectivos códigos de ética, normas técnicas e demais orientações dos
conselhos profissionais.
27
Direitos da(o) cidadã(o) que acessa o
serviço e orientações
DIREITOS ORIENTAÇÕES
28
- Não ser exigida nova prova
sobre fato já comprovado em
documentação válida apresentada;
- Acompanhar e avaliar o serviço
prestado;
- Ter acesso a informações,
constantes de registros ou bancos
de dados, observado o disposto no
inciso X do “caput” do artigo 5º da
Constituição Federal e na Lei
Federal nº 12.527, de 18 de
novembro de 2011;
- Ter suas informações pessoais
protegidas, nos termos da Lei
Federal nº 12.527, de 2011;
- Acessar os arquivos referentes
ao seu caso, respeitando as
especificidades das categorias
profissionais;
- Ser informada(o) sobre o período
de manutenção de arquivos
referentes ao seu caso;
- Ter atestados, certidões e
documentos comprobatórios de
regularidades em geral expedidos,
quando solicitados;
- Receber informações precisas,
tendo suas solicitações
respondidas adequadamente.
29
OPERACIONALIZAÇÃO DO SERVIÇOS
SERVIÇOS OFERTADOS
FORMAS DE ACESSO
30
MODELO DE OFERTA DO ATENDIMENTO
31
MATRIZ DE SERVIÇOS - CASAS DE ACOLHIMENTO PARA
MULHERES EM SITUAÇÃO DE VIOLÊNCIA
SERVIÇOS
AQUISIÇÃO MODELO
SOLICITANTE DEMANDA OFERECIDOS
DA USUÁRIA DE OFERTA
(RESPOSTAS)
Informações sobre
direitos, com apoio
Orientações e encaminhamen- para acesso ao
to para rede de serviços e sistema de justiça
políticas públicas e defesa em caso
Acesso a outros de violação/ Atendimento e
Mulher cidadã serviços e violência acompanha-
defesa em caso mento
de violação de Plano de Atendi- individual
direitos Acompanhamento técnico mento e apoio especializado
especializado interdisciplinar para superação da e interdiscipli-
visando a superação da situa- situação de nar
ção de vulnerabilidade e risco e violência e
fortalecimento da autonomia. fortalecimento da
autonomia
Informações e
integração por
meio de atividades
Fortalecimento Atividades coletivas de caráter diversas visando a Atividades
da autonomia sociocultural e terapêutico superação da coletivas
situação de
violência e fortale-
cimento da autono-
mia
32
Recursos necessários para oferta dos
serviços
Equipe
TÉCNICA - PSICOLOGIA
Equipe Técnica
TÉCNICA - SERVIÇO SOCIAL
COORDENADORA
GERAL ORIENTADORA SOCIOEDUCATIVA
Equipe de Apoio
COZINHEIRA
AUXILIAR DE COZINHA
33
PERFIL DA EQUIPE
CARGA
PERFIL DO ATRIBUIÇÕES HORÁRIA
FUNÇÃO QTD
PROFISSIONAL DO CARGO SEMANAL
34
Ensino Fundamental
Preparar as refeições servidas às pessoas
Cozinheira com experiência na 40H 1
acolhidas no serviço
função
Equipe total 17
TÉCNICA - PSICOLOGIA
Equipe Técnica
TÉCNICA - SERVIÇO SOCIAL
COORDENADORA
GERAL Equipe de Apoio
ORIENTADORA SOCIOEDUCATIVA
COZINHEIRA
35
PERFIL DA EQUIPE
CARGA
PERFIL DO ATRIBUIÇÕES HORÁRIA
FUNÇÃO QTD
PROFISSIONAL DO CARGO SEMANAL
36
1. Desenvolver atividades lúdicas, pedagó-
Ensino médio, gicas e de sensibilização com as mulheres Diurna: 1
preferencialmente e seus dependentes acolhidos; 40h
com experiência 2. Fazer o acompanhamento das mulheres
no cuidado de e seus dependentes em atividades
crianças e adoles- externas, quando necessário; Diurna:
Orientadora
centes e com 3. Realizar o plantão noturno do serviço; 12h/36h 3
socioeducativa
formação em 4. Elaborar relatórios sobre o atendimento
andamento nas e fornecer suporte e informações para
áreas de pedago- coordenação do serviço;
gia ou assistência 5. Participar da discussão de casos com os Noturna:
social demais membros da equipe técnica e/ou 5
12h/36h
com outros serviços.
Ensino Fundamental
Preparar as refeições servidas às pessoas
Cozinheira com experiência na 40H 1
acolhidas no serviço
função
Equipe total 13
37
FORMAÇÃO CONTINUADA
TEMAS
38
Infraestrutura
39
• Cozinha/Copa: espaço contendo 2 refrigeradores sendo 1 refrigerador e
1 freezer, 1 microondas, 1 pias, 1 fogão tipo industrial com forno e 1 armário
tipo dispensa para alimentos. (1 unidade)
40
defesa de direitos para distribuição às usuárias.
• Artigos pedagógicos, lúdicos e culturais pertinentes às atividades
coletivas realizadas.
41
4. Promover momentos e espaços de discussão de caso com profissionais
de diferentes equipamentos e especialidades visando o alinhamento das
expectativas sobre o trabalho e a troca de experiências na rede;
5. Manter uma rede de profissionais com mecanismos de comunicação de
informações entre equipes que assegurem a compreensão e a aplicação
das regras do sigilo e da partilha de informação;
6. Avaliar conjuntamente e de forma periódica a resposta articulada
dos serviços que compõe a rede, em especial das respostas da polícia,
ministério público e judiciário a fim de ampliar a eficácia dos atendimentos
e evitar a revitimização das mulheres atendidas.
42
PARCEIRO POTENCIAL OBJETIVO DA ARTICULAÇÃO
43
ampla na cidade, contendo informações importantes para o contato com
estes parceiros, como o horário de funcionamento e endereço, quando
acioná-lo e um contato de referência. Também podem ser consideradas
redes de instituições ou atores que atuam com a temática e que de alguma
forma apoiam ou são importantes para o trabalho realizado.
Essas informações devem ser de conhecimento de toda a equipe e
para sua atualização periódica podem ser usadas diferentes metodologias,
como por exemplo, o Biomapa, Mapa falado, Mapa de Redes e Instituições
e outras indicados no Anexo – Mapeamento de Redes Locais.
44
SUPERVISÃO, MONITORAMENTO E
AVALIAÇÃO DO SERVIÇO
SUPERVISÃO
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO
45
MODELO DESCRIÇÃO
DE OFERTA INDICADOR
DO SERVIÇO
46
PROCEDIMENTOS
OPERACIONAIS
PADRÃO
47
ACOLHIMENTO INICIAL (ENTRADA)
PROCEDIMENTO
48
Roteiro básico de perguntas ao agente que está solicitando o
acolhimento (captação da vaga), no casos em que o direciona-
mento não estiver sendo feito por serviço especializado:
49
especializado, para só depois levá-la aos seus aposentos.
A profissional responsável por este acolhimento deverá orientar
sua abordagem sempre por uma escuta ativa da cidadã, oferecendo todo
atendimento disponível conforme necessidade da usuária. Também é
importante que nesta fase a cidadã seja informado sobre a gratuidade
do serviço e a profissional verifique se a mulher acolhida tem histórico
de acolhimento no serviço ou em outros equipamentos da rede, a fim de,
se necessário, explicar mais detalhadamente as etapas e metodologia de
atendimento do serviço, bem como trocar informações com os serviços
pelos quais já tenha passado com o propósito de garantir o melhor
atendimento possível à usuária.
QUADRO SÍNTESE
DOCUMENTOS ARMAZENA-
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL LOCAL
GERADOS MENTO
Realizar
articulação Antes de
para o acolhi- confirmar o Não há Equipe técnica Não há Não há
mento junto ao acolhimento
serviço deman- da usuária
dante
Realizar
primeiro Antes de
acolhimento da encaminhar Relatório de Sala Arquivo físico
cidadã, apre- para dormitó- Equipe técnica
Atendimento recepção ou digital
sentando a rio
Casa
Antes de Sala
Fazer Confe- Termo de confe-
encaminhar atendimento Arquivo físico
rência de Itens rência e posse de Equipe técnica
para dormitó- individual ou digital
pessoais itens pessoais
rio
50
ATENDIMENTO E ACOMPANHAMENTO
ESPECIALIZADO
51
ORIENTAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS
PARA ACESSO A SERVIÇOS E ATIVIDADES
PROCEDIMENTO
52
Sobre os encaminhamentos, tal como indicado na Norma Técnica
Federal (2006),
53
QUADRO SÍNTESE
DOCUMENTOS ARMAZENA-
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL LOCAL
GERADOS MENTO
- Base de
Dados: Atendi-
Realizar a mentos
escuta ativa e - Formulário de
qualificada da Atendimento Sala de
Durante o Técnico - Prontuário de
mulher para atendimento Atendimento:
atendimento - Relatório de especializado
qualificação individual Arquivo com
das demandas Atendimento
acesso somen-
te pela equipe
técnica.
- Base de
Dados: Atendi-
mentos
Realizar a - Formulário de
orientação Atendimento Sala de
Durante o Técnico - Prontuário de
sobre as atendimento
atendimento especializado Atendimento:
demandas - Relatório de individual
Arquivo com
apresentadas Atendimento
acesso somen-
te pela equipe
técnica.
Fazer os
- Prontuário de
encaminha- Relatórios de
Atendimento:
mentos encaminhamen- Técnico Sala de
Durante o Arquivo com
pertinentes e to; E-mails para especializado atendimento
atendimento acesso somen-
articulá-los outros serviços; individual
te pela equipe
junto a Rede de etc.
técnica.
serviços local
Produzir a
Declarações; Técnico Sala de
documentação Finalização do Cópia do encami- especializado atendimento Não há
necessária, se atendimento nhamento individual
for o caso
54
ORIENTAÇÕES E ENCAMINHAMENTO
PARA DENÚNCIAS
PROCEDIMENTO
55
evitar a revitimização da mulher em situação de violência. Cabe ainda,
ressaltar, nesse sentido o cuidado necessário no registro das informações
durante a abordagem, visto que a documentação deve constar de relatos
sintetizados, registrados em linguagem direta, indicando exatamente o
quê e como foi dito.
Durante a orientação deve ser perguntado sempre a cidadã se
ela apresenta dúvidas ou e esclarecê-las, sempre que possível. Caso a
pessoa traga questionamentos além do escopo de atendimento, orientar
que passe por um novo atendimento para abordagem mais completa da
demanda. Ao fim, deve-se produzir e fornecer à cidadã os documentos
associados ao atendimento, como por exemplo: encaminhamentos,
mapas e declarações.
IMPORTANTE: Todas as ações realizadas pela equipe da Casa de
Acolhimento devem ser informadas e articuladas com a equipe do serviço
especializado que faz o acompanhamento da usuária. As orientações
e atendimentos realizados a partir das casas de acolhimento são
complementares e não substituem a do serviço ao qual a usuária está
vinculada, porque as casas da mulher ou outro serviço especializado
devem ser a principal referência da cidadã durante e , principalmente,
após o seu o seu acolhimento.
56
QUADRO SÍNTESE
DOCUMENTOS ARMAZENA-
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL LOCAL
GERADOS MENTO
- Base de
Dados: Atendi-
Realizar a mentos
escuta ativa e - Formulário de
qualificada Atendimento Sala de
Durante o Técnico - Prontuário de
da(o) cidadão atendimento Atendimento:
atendimento - Relatório de especializado
para qualifica- individual Arquivo com
ção das Atendimento
acesso somen-
demandas te pela equipe
técnica.
- Base de
- Formulário de Dados: Atendi-
Atendimento mentos
Realizar a
orientação Sala de
Durante o - Relatório de Técnico - Prontuário de
sobre as atendimento
atendimento Atendimento especializado Atendimento:
demandas individual
apresentadas Arquivo com
- Plano de acesso somen-
segurança te pela equipe
técnica.
- Base de
Fazer os - Formulário de Dados: Atendi-
encaminha- Atendimento mentos
mentos Sala de
pertinentes e Durante o - Relatório de Técnico - Prontuário de
especializado atendimento
articulá-los atendimento Atendimento; Atendimento:
individual
junto a junto a E-mails para Arquivo com
rede de saúde outros serviços; acesso somen-
etc. te pela equipe
técnica.
Prontuário de
Produzir a Sala de Atendimento -
Finalização do Declarações; Técnico
documentação atendimento Arquivo com
atendimento Cópia do encami- especializado
necessária, se individual acesso somen-
nhamento
for o caso te pela equipe
técnica.
57
ORIENTAÇÕES E ENCAMINHAMENTOS
PARA ATENDIMENTO DE SAÚDE
PROCEDIMENTO
58
SAÚDE MENTAL VIOLÊNCIA SEXUAL VIOLÊNCIA FÍSICA
Centro de Atenção Psicossocial Hospital Pérola Byton Hospitais com Pronto Socorro
(CAPS)
Instituto Médico Legal (IML)
CAPS Álcool e drogas
59
QUADRO SÍNTESE
DOCUMENTOS ARMAZENA-
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL LOCAL
GERADOS MENTO
- Base de
Dados: Atendi-
Realizar a mentos
escuta ativa e - Formulário de
qualificada Atendimento Sala de
Durante o Técnico - Prontuário de
da(o) cidadão atendimento Atendimento:
atendimento - Relatório de especializado
para qualifica- individual Arquivo com
ção das Atendimento
acesso somen-
demandas te pela equipe
técnica.
- Base de
Dados: Atendi-
Realizar a mentos
- Formulário de
orientação Atendimento Sala de
Durante o Técnico - Prontuário de
sobre as atendimento
atendimento especializado Atendimento:
demandas - Relatório de individual
apresentadas Arquivo com
Atendimento
acesso somen-
te pela equipe
técnica.
Fazer os
Prontuário de
encaminha- Relatório de Atendimento:
mentos Atendimento; Sala de
Durante o Técnico Arquivo com
pertinentes e E-mails para atendimento
atendimento especializado acesso somen-
articulá-los outros serviços; individual te pela equipe
junto a junto a etc. técnica.
rede de saúde
Produzir a Sala de
Finalização do Declarações; Técnico
documentação atendimento
Cópia do encami- Não há
necessária, se atendimento especializado
nhamento individual
for o caso
60
ATIVIDADES COLETIVAS
PROCEDIMENTO
61
QUADRO SÍNTESE
DOCUMENTOS ARMAZENA-
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL LOCAL
GERADOS MENTO
Orientar a
usuária para
atividade ou Sala de
Antes da Orientadora Não há
articular sua Não há atendimento
atividade socioeducativa
participação (em individual
caso de ativida-
de externa)
Ofertar a
Durante a Orientadora Não há local
atividade para Não há Não há
atividade socioeducativa específico
usuária
- Base de
Dados: Atendi-
mentos
Registrar a
participação da Após a Registro de Orientadora Não há local - Prontuário de
usuária em atividade Atividade socioeducativa específico Atendimento:
atividade Arquivo com
acesso somen-
te pela equipe
técnica.
62
DESACOLHIMENTO (SAÍDA)
PROCEDIMENTO
63
QUADRO SÍNTESE
DOCUMENTOS ARMAZENA-
AÇÃO PRAZO RESPONSÁVEL LOCAL
GERADOS MENTO
- Base de
Dados: Atendi-
mentos
Definir com a - Formulário de
usuária a Atendimento Sala de
Durante o Técnico - Prontuário de
estratégia de atendimento Atendimento:
atendimento - Relatório de especializado
desacolhimen- individual Arquivo com
to Atendimento
acesso somen-
te pela equipe
técnica.
- Prontuário de
Promover as Relatório de
Atendimento:
articulações Atendimento; Sala de
Durante o Técnico Arquivo com
necessárias E-mails para atendimento
atendimento especializado acesso somen-
ao desacolhi- outros serviços; individual
te pela equipe
mento etc.
técnica.
Apoiar e - Base de
orientar a Dados: Atendi-
usuária visando mentos
o êxito do - Formulário de
desacolhimen- Atendimento Sala de - Prontuário de
Durante o Técnico
to e a retomada especializado atendimento Atendimento:
atendimento - Relatório de
das condições individual Arquivo com
de vida e Atendimento acesso somen-
segurança te pela equipe
adequados técnica.
64
ANEXOS
REFERÊNCIAS
BRASIL. Constituição Federal de 1998. Parágrafo 8º, art. 226. Dispõe que
o Estado criará mecanismos para coibir a violência no âmbito das relações
familiares. Disponível em: http://www.compromissoeatitude.org.br/
constituicao-federal-parag-8oart-226/. Acesso em: 30 jun. 2021.
65
393-de-15122010-dispoe-sobre-a-central-de-atendimento-a-mulher-
ligue-180/. Acesso em: 30 jun. 2021.
66
BRASIL. Presidência da República. Secretaria Geral. Subchefia para
Assuntos Jurídicos. Lei nº 11.340, de 07 de agosto de 2006. Lei Maria da
Penha, cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra
a mulher. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-
2006/2006/Lei/L11340.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
67
para dispor sobre o direito da mulher em situação de violência doméstica
e familiar de ter atendimento policial e pericial especializado, ininterrupto
e prestado, preferencialmente, por servidores do sexo feminino. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2017/lei/
L13505.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
68
BRASIL. Presidência da República. Secretaria Geral. Subchefia para
Assuntos Jurídicos. Lei nº 13.772, de 19 de dezembro de 2018. Altera a Lei
nº 11.340, de 7 de agosto de 2006 (Lei Maria da Penha), e o Decreto-Lei nº
2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), para reconhecer que a
violação da intimidade da mulher configura violência doméstica e familiar
e para criminalizar o registro não autorizado de conteúdo com cena de
nudez ou ato sexual ou libidinoso de caráter íntimo e privado. Disponível
em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-2018/2018/lei/
L13772.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
69
vítimas de violência doméstica e familiar e aos dispositivos de segurança
por elas utilizados. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
Ato2019-2022/2019/Lei/L13871.htm. Acesso em: 30 jun. 2021.
70
de violência doméstica e familiar, e para estabelecer a prioridade de
tramitação dos procedimentos judiciais em que figure como parte vítima
de violência doméstica e familiar. Disponível em: http://www.planalto.gov.
br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13894.htm. Acesso em: 30 jun.
2021.
71
de-uniformizacao-dos-centros-de-referencia-de-atendimento-a-
mulher-em-situacao-de-violencia/. Acesso em: 30 jun. 2021.
72
CIDH (Comissão Interamericana de Direitos Humanos). Relatório: Acceso
a la justicia para las mujeres víctimas de violencia en las Américas.
Organização dos Estados Americanos (OEA), 2007. Disponível em: http://
www.compromissoeatitude.org.br/relatorio-acceso-a-la-justicia-para-
las-mujeres-victimas-de-violencia-en-las-americas-cidhoea-2007/.
Acesso em: 29 jun. 2021.
73
das Nações Unidas, de 10 de Outubro de 1948. Disponível em: https://
www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf.
Acesso em: 29 jun. 2021.
74
providências. Disponível em: https://www.al.sp.gov.br/norma/76795.
Acesso em: 01 jul. 2021.
75
nos centros de Referência da Mulher e nos Centros de Cidadania da
Mulher. São Paulo, SP: 2010. Disponível em: http://www.mpsp.mp.br/
portal/page/portal/cao_civel/acoes_afirmativas/inc_social_mulheres/
Diversos_Mulheres/guia_de_procedimentos_vio_mulher_sp_web1.pdf.
Acesso em: 01 jul. 2021.
76
funcionamento da Administração Pública Municipal Direta (Revogado por
ADIN). Disponível em: http://legislacao.prefeitura.sp.gov.br/leis/decreto-
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