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Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas - SEBRAE

Presidente do Conselho Deliberativo Nacional


Roberto Simões

Diretor-Presidente
Luiz Eduardo Pereira Barretto Filho

Diretor-Técnico
Carlos Alberto dos Santos

Diretor de Administração e Finanças


José Claudio dos Santos

Gerente da Unidade de Atendimento Coletivo Serviços - UACS


Juarez de Paula

Gerente Adjunta da Unidade de Atendimento Coletivo Serviços - UACS


Ana Clevia Guerreiro Lima

Coordenadora Nacional de Serviços - UACS


Andrezza Torres

Equipe Técnica - UACS


Andrezza Torres
Lea Lagares
Luiz Hissashi Rocha

Consultoria Técnica
Fernanda Zannoni

Brasília, Novembro de 2014

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I CONSIDERAÇÕES INICIAIS 11

1 OBJETIVOS DO ESTUDO 13
2 METODOLOGIA DA PESQUISA 14

II INTRODUÇÃO 15

III O SETOR DE BELEZA E ESTÉTICA 19

1 HISTÓRICO DA PROFISSÃO E INDÚSTRIA: BELEZA, COSMÉTICOS E


SERVIÇOS DE ESTÉTICA 21
1.1 BELEZA, COSMÉTICOS E SURGIMENTO DA INDÚSTRIA NA HISTÓRIA
MUNDIAL 21
1.2 RENOMADOS PROFISSIONAIS PRECURSORES NA HISTÓRIA
MUNDIAL DA ESTÉTICA E COSMETOLOGIA 22
1.3 PROFISSIONAIS DE DESTAQUE NA HISTÓRIA BRASILEIRA DE ESTÉTICA
E COSMETOLOGIA 27
2 PANORAMA DO SETOR 30
2.1 MERCADO E CADEIA PRODUTIVA 30
2.2 PERFIL DA INDÚSTRIA E GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE
TRABALHO 31
2.3 ASPECTOS QUE IMPULSIONARAM O CRESCIMENTO DO SETOR 33
2.4 AS MAIORES EMPRESAS MUNDIAIS DE COSMÉTICOS 33
2.5 INFORMAÇÃO RELEVANTE NA INDÚSTRIA DA BELEZA NACIONAL E
MUNDIAL 36
3 O SEGMENTO DE SERVIÇOS DE ESTÉTICA 37
3.1 O SEGMENTO DE SERVIÇOS 37
3.2 PECULIARIDADES DOS SERVIÇOS ASSOCIADAS AOS DESAFIOS DO
SEGMENTO ESTÉTICA 38
3.2.1 Serviços versus produtos 38
3.2.2 Composto de marketing expandido 39
3.2.3 Tipologia dos serviços e aplicações ao segmento 39
3.3 AMBIENTE COMPETITIVO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS DE ESTÉTICA 40
3.4 HISTÓRICO DA PROFISSÃO NO BRASIL 42  
3.5 O NEGÓCIO “ATIVIDADE DE ESTÉTICA E OUTROS SERVIÇOS DE
CUIDADO COM A BELEZA” NO BRASIL 42
3.5.1 Escopo das atividades objeto de estudo considerando o CNAE 42
3.5.2 Escopo das atividades objeto de estudo considerando a cbo 47
3.5.3 Aspectos da regulamentação da profissão e limítrofes com áreas afins 49
3.5.4 Cronologia e oferta de ensino profissional 57
3.5.4.1 O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos 58
3.5.4.2 Catálogo Nacional de Cursos Superiores 61
3.5.4.3 Ofertas de Cursos de Bacharelado e Tecnológicos em Estética no Brasil 62
 

 
3.5.5 Entidades representativas 65
3.5.6 Entidades reguladoras e fiscalizatórias 68
3.5.6.1 CFBM – Conselho Federal de Biomedicina 68
3.5.6.2 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária 69
3.5.6.2.1 Centros de vigilância sanitária estaduais 71
3.5.6.2.2 Secretarias Estaduais de Saúde 80
3.5.7 Aspectos tributários e trabalhistas do segmento estética 81
3.5.8 Os negócios de estética formalizados 85
3.5.8.1 Números do mercado “serviços de estética” 85
3.5.8.1.1 Universo MEI 86
3.5.8.1.2 Demais negócios formais não enquadrados no MEI 94
3.5.8.1.3 O grupo estratégico “SPA’s não hoteleiros” ou “SPA’s urbanos” 97
3.5.8.2 Principais eventos do setor 107
3.6 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS 109

IV ANÁLISES E CONCLUSÕES 112

1 RESUMO DO CENÁRIO E AMBIENTE COMPETITIVO


IDENTIFICADO 114
1.1 “CADEIA PRODUTIVA COM ENFOQUE EM SERVIÇOS DE
ESTÉTICA”114
1.1.1 O segmento de serviços de estética apresenta 115
1.1.2 Tendências identificadas 117  
2 CONSOLIDAÇÃO DA MATRIZ SWOT 118
2.1 FORÇAS 118
2.2 FRAQUEZAS 119
2.3 OPORTUNIDADES 121
2.4 AMEAÇAS 122
2.5 Consolidação da Matriz SWOT 122
3 CONCLUSÔES 124

V LISTA DE ILUSTRAÇÕES 126

Figura 1 – Perfil empresarial da indústria


Figura 2 – Cabeleireiros
Figura 3 – Outras atividades estéticas
Quadro 1 – Atividades
Quadro 2 – CBO 3221:Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas
Quadro 3 – Descrição sumária
Quadro 4 – CBO 3221:Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas
Quadro 5 – CBO 5161:Trabalhadores nos serviços de embelezamento e higiene
Quadro 6 – Bacharelados
Quadro 7 – Bacharelados à distância
Quadro 8 – Entidades por estado

7  
 
Gráfico 1 – Entidades por estado
Quadro 9 – Entidades
Quadro 10 – Centros de vigilância
Quadro 11 – Secretarias
Quadro 12 – Atividades do estudo
Quadro 13 – MEI
Gráfico 2 – MEI
Gráfico 3 – MEI – feminino
Gráfico 4 – MEI – masculino
Gráfico 5 – Serviços de estética MEI
Quadro 14 – Serviços de estética MEI
 
Gráfico 6 – Cabeleireiros
Quadro 15 – Cabeleireiros
Quadro 16 – Total
Quadro 17 – Resumo geral
Figura 4 – Metodologia
Gráfico 6 – Distribuição geográfica dos Spas
Gráfico 7 – Participação dos Spas
Gráfico 8 – Taxa de ocupação dos Spas
Gráfico 9 – Idade dos Spas
Gráfico 10 – Serviços oferecidos
Gráfico 11 – Porte econômico
Quadro 18 – Principais eventos e feiras.
Quadro 19 – Matriz SWOT.

VI LISTA DE ANEXOS 130


Anexo A – Lista de Empresas Nacionais que Não Realizam Testes com Animais.

Anexo B – Regulamentação Profissional.

Anexo C – Lei 12.592 e Mensagens de Veto.

Anexo D – Normativas 01-2012 Conselho Regional de Biomedicina;


Res_201de25agosto2011; Res_202de25agosto2011.

Anexo E – tabela_convergência.

Anexo F – catalogo_nacional_cursos_superiores_tecnologia_2010.

Anexo G – CURSOS TECNOLOGICOS MEC.

Anexo H – guia_imaplantação_visa.  
Anexo I – Serviços+de+estética+e+congêneres

Anexo J – Decreto 8077 de 15 de agosto de 2013.


 

 
Anexo K – Parecer-CCJC-11-08-2005;PL 959-2003.

Anexo L – Decreto nº 7404 – REGULAMENTO LEI DE RESÍDUOS SÓLIDOS;


gerenciamentoresiduossolidosgeradosemestabelecimento; L12305 – Resíduos Sólidos

Anexo M – revista-matéria biossegurança.

-AGO-2013; ABCSpas-Estatísticas-2013.

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1 OBJETIVOS DO ESTUDO
O presente documento tem por objetivo o levantamento de dados para apoio técnico
visando o desenvolvimento de estudo de mercado sobre o “Segmento Serviços de Estética”
que contemple:

• Descrição sucinta do mercado de beleza e estética e sua cadeia produtiva;

• Histórico da profissão;

• Mapeamento dos principais eventos relacionados ao setor;

• Definição e classificação das áreas e atividades de atuação (CNAE’s e CBO’s),


bem como os respectivos conflitos resultantes do limítrofe entre as atividades de
beleza/estética, saúde e bem estar;

• Estimativa do perfil de empreendedores formalizados pertencentes ao setor e sua


respectiva distribuição territorial;

• Levantamento das entidades representativas de classe existentes;

• Descrição da regulamentação profissional, fiscal, trabalhista e sanitária existente;

• Levantamento dos cursos de bacharelado e tecnólogos relacionados ao segmento


e reconhecidos pelo MEC – Ministério da Educação e Cultura;

• Levantamento de outras informações pertinentes ao segmento que possam


contribuir ao objeto de estudo;
• Análise dos dados e elaboração de matriz SWOT1 do segmento, contemplando
forças, fraquezas, oportunidades e ameaças identificadas ao segmento;

• Proposição de ações visando o desenvolvimento competitivo do público alvo do


SEBRAE no segmento de serviços de estética.

                                                                                                                       
1
SWOT é a sigla dos termos ingleses Strengths (Forças), Weaknesses (Fraquezas), Opportunities
(Oportunidades) e Threats (Ameaças). Em Administração de Empresas, a Análise SWOT é um importante
instrumento utilizado para planejamento estratégico que consiste em recolher dados importantes que
caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da empresa.
 

2 METODOLOGIA DA PESQUISA
Este documento foi desenvolvido com base em pesquisa e levantamento de informações do
mercado disponíveis em fontes secundárias. Não tem caráter quantitativo estatístico, e sim
descritivo analítico baseado em dados e indicadores públicos.

13  
 
 

15  
 
O mercado da beleza e estética é um dos que mais cresce no Brasil e no mundo. A cadeia
produtiva do setor é longa, e envolve vários players com diferentes naturezas, portes e poder
de barganha.

Dentro dos três setores envolvidos (primário, secundário e terciário), o presente trabalho se
propõe a realizar um levantamento de dados disponíveis sobre um segmento específico:
“Segmento de Serviços de Estética” no Brasil.

As atividades profissionais que compreendem o segmento objeto de estudo estão


enquadradas em diversas denominações de áreas de atuação ou eixos, como se poderá
verificar ao longo do documento:

• Serviços de Beleza;

• Serviços de Estética;

• Serviços de Bem Estar;

• Serviços de Saúde;

• Serviços de Imagem Pessoal, dentre outras.

Poucos e incipientes são os dados e informações secundárias existentes sobre o segmento de


serviços no Brasil, quiçá sobre um grupo de atividades tão específico denominado
“Segmento de Serviços de Estética”.

Após mapear e consolidar o mosaico das informações secundárias disponíveis foi realizada
uma breve análise do cenário diante de tais informações, e por fim construída uma matriz
SWOT, que demonstra as oportunidades, ameaças, forças e fraquezas identificadas.
O trabalho realizado não pretende ser exaustivo, e sim um esboço inicial que auxilie o
SEBRAE na proposição de ações de fortalecimento de seu público-alvo, do qual faz parte
este segmento.
 

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1 HISTÓRICO DA PROFISSÃO E INDÚSTRIA: BELEZA, COSMÉTICOS E


SERVIÇOS DE ESTÉTICA

1.1 BELEZA, COSMÉTICOS E SURGIMENTO DA INDÚSTRIA NA HISTÓRIA


MUNDIAL

Não há como se falar em beleza sem pensar em cosméticos, pois o uso destes remonta há pelo
menos 30.000 anos. Abaixo uma rápida cronologia:

• Na pré-história os homens faziam uso de gravações em rochas e cavernas, pintavam e


tatuavam o corpo;

• Rituais tribais aborígenes com objetivos diversos dependiam da decoração do corpo;

• Os egípcios foram reconhecidos como os primeiros usuários de cosméticos e produtos


de toucador em larga escala, tendo Cleópatra como ícone de beleza eterna;

• Na era Romana, por volta de 180 D.C., o médico grego Claudius Galeno realizou
uma pesquisa científica de manipulação de produtos cosméticos, que deu início a era
galênica dos produtos químico-farmacêuticos. Desenvolveu o produto denominado
Unguentum Refrigerans, o famoso Cold Cream, baseado em cera de abelha e bórax;

• Após os anos de clausura para a ciência cosmética durante a idade média devido ao
rigor religioso, tivemos as Cruzadas que devolveram os costumes do “culto à beleza e
ternura” e com o renascimento houve o retorno à busca do embelezamento, retratados
nas obras de artistas como Leonardo Da Vinci e Miguelangelo, por exemplo;

• Na idade moderna (séculos XVII e XVIII) o costume do banho não regular


proporcionou o crescimento da produção de perfumes, tendo este produto o grande
salto com Giovanni Maria Farina, que em 1725 estabeleceu-se em Colônia, na
Alemanha, e lá desenvolveu a famosa “Água de Colônia”;

• Na idade contemporânea (século XIX), após um período de repressão ao


embelezamento imposto pelo parlamento inglês, os cosméticos retornaram a
popularidade, e começaram a ser produzidos em casa pelas mulheres, que começaram
a expor um pouco o corpo. Houve o surgimento da indústria da matéria prima para a
fabricação de cosméticos e produtos de higiene e beleza nos Estados Unidos, França,
Japão, Inglaterra e Alemanha. Pode-se afirmar que foi o início do mercado de
cosméticos e produtos de higiene no mundo;

No início do século XX os cosméticos saíram das cozinhas e passaram a ser produzidos


industrialmente, tendo como fator propulsor, dentre outros, a liberação da mulher.

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1.2 RENOMADOS PROFISSIONAIS PRECURSORES NA HISTÓRIA MUNDIAL
DA ESTÉTICA E COSMETOLOGIA

Helena Rubinstein

Empresária e cosmetóloga polonesa. Com 18 anos mudou-se para a Austrália onde


começou a misturar fórmulas médicas e pomadas. A pele das mulheres australianas sofria
devido aos efeitos do calor, do clima seco. Foi a primeira especialista em beleza a classificar
a pele como seca, normal e oleosa. Identificando necessidades não atendidas, evoluiu na
produção de cosméticos e abriu seu primeiro salão de beleza, em 1902 em Melbourne,
graças ao sucesso do Crème Valaze, que foi o primeiro de um grande numero de cremes de
tratamento que a consumidora consciente da beleza “simplesmente tinha que
comprar”. Em 1908, outro salão é aberto em Londres, em 1912 em Paris e 1915 em Nova
York.

Desde 1917 fabrica e distribui seus produtos em grande escala. Tornou-se uma das
mulheres mais ricas do mundo e uma das principais forças no desenvolvimento da indústria
de beleza. Combinou ingredientes poderosos em sua mistura de marketing: embalagens
brilhantes, endosso de celebridades, pseudociência e posteriormente a incorporação da
cultura em seus pontos de venda.

Elizabeth Arden

Cursou e se formou em enfermagem. Anos mais tarde, em sua cozinha, começou a formular
cremes para queimaduras e elaborou loções e pastas cosméticas, utilizando gorduras, leites e
outras substâncias. Essas substâncias eram diferentes das dos médicos da época, e tinham
finalidades hidratantes e nutritivas. Logo a cozinha passou a ser seu laboratório, e dedicou
seu tempo em busca do creme perfeito. Aos 30 anos foi para Nova York e com a ajuda de
um químico, começaram a elaborar o “creme perfeito”, o seu grande sonho.
Simultaneamente foi trabalhar em um salão de beleza e dominou a arte da massagem facial,
orientada e treinada pelo maior especialista da época. A partir daí, Florence Nightingale
Graham estava se tornando uma esteticista.

Em 1910, abriu seu primeiro salão de beleza na Quinta Avenida e com sua visão
empreendedora, mudou seu nome para Elizabeth Arden. Instalou na loja uma porta
vermelha luminosa, divulgando seu negócio como a propaganda de seus cremes e de suas
massagens relaxantes e rejuvenescedoras. Já como o novo nome, começou frequentar lugares
importantes da sociedade e foi assim que seu salão logo passou a ser conhecido como o
melhor da cidade. Viajou muito e expandiu os negócios por todo o mundo, montando filiais
em vários lugares. Construiu um verdadeiro império da beleza. Promoveu a prática
da maquiagem, divulgando a pintura dos olhos no estilo “olhar total”, o uso do ruge e do
pó, sendo a maquiagem expressiva a última moda em Paris.

Idealizou a beleza completa, com a pele tratada com cremes e loções específicas
para adstringir, tonificar e hidratar, e em seguida a isso o uso da maquiagem. Fez do seu
 

 
salão um perfeito complexo da beleza. Em 1920, mais de cem produtos levaram sua marca,
chegando a dominar o mundo – em 1930 havia em sua linha mais de 600 produtos, sua
marca era uma das mais conhecidas do planeta. Quando começou a Segunda Guerra
Mundial, Elizabeth lançou um batom vermelho chamado Montezuma Red, o qual era para
ser usado pelas mulheres das forças armadas, para dar vida aos uniformes e um toque a mais
de feminilidade.

A cosmetóloga morreu aos 88 anos, deixando uma herança de fórmulas de cremes e loções e
maquiagem de qualidade. Seu nome virou sinônimo de luxo e glamour.

Revlon

Empresa norte-americana fundada em 1932, pelos irmãos Charles e Joseph Revson,


juntamente com o químico Charles Lachman. Ao procurar um nome para a marca, os três
utilizaram o sobrenome Revson, mas com uma pequena mudança: a letra L, de Lachman,
foi colocada no lugar da letra S.

O primeiro produto de sucesso da Revlon foi um verniz de unha, chamado posteriormente


de esmalte. Em apenas seis anos depois de sua criação a empresa já alcançava lucros
milionários.

Max Factor

Em 1909 um senhor de nome Max Factor, maquiador de origem polonesa, que começou
sua carreira maquiando os integrantes do Royal Ballet na Rússia, inaugurou uma pequena
loja no centro teatral na cidade de Los Angeles. No ano de 1914 criou a primeira
maquiagem especificamente para personagens de filmes, uma espécie de graxa cosmética em
forma de creme com 12 tipos de graduações de cores. Começou com maquiagem para
teatro, na costa oeste dos Estados Unidos, mas logo percebeu o potencial do mercado
doméstico de consumo.

Anna Pegova

Cosmetóloga e empresária russo-francesa. Nascida em 1896, deixou seu país durante


a Revolução Russa e emigrou para França em 1920. Amiga de Helena Rubinstein, tornou-
se uma grande cosmetóloga a partir dos anos 30. Descobriu entre as matérias básicas, as
mais nobres, ativos inovadores e criou os cuidados cosméticos e depois técnicas estéticas.
Adquiriu então um renome mundial ao criar o peeling vegetal, que formulou depois de
muitas adaptações.

A Segunda Guerra Mundial adiou a abertura de seu instituto de beleza em Paris, que
finalmente foi inaugurado em 1947, na Avenida Matignon, com grande sucesso. Depois,
Madame Pegova decidiu explorar o mundo, para prospectar terreno para sua marca.
Decidida a retornar às raízes, a marca Anna Pegova abriu um novo instituto em 1991 em
Paris. Após sua morte, seu filho tomou a frente do instituto e desenvolveu a marca no

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Brasil. Alguns anos depois, um grupo familiar independente, que havia comprado a marca
ao filho de Anna Pegova, não tendo equipe local para se encarregar do desenvolvimento,
decidiu parar as operações na França e se concentrar no Brasil,

Estée Lauder

Nascida Josephine Esther Mentzer, foi uma emblemática cosmetologista estética. Fundou
uma companhia fabricante de produtos de beleza e cosméticos com seu nome, que
rapidamente se tornou sinônimo de qualidade, feminilidade e satisfação. Começou
vendendo os cremes que eram fabricados por seu tio, um químico vienense, em sua própria
cozinha. Logo em, seguida, passou a preparar os seus próprios cosméticos, que
imediatamente foram postos à venda em vários salões de beleza de hotéis de luxo de Nova
Iorque. Em 1944 abre nessa cidade sua primeira loja.
Em 1946, funda sua própria empresa . Utilizava como técnica de comercialização a
colocação de seus produtos ao alcance de sua clientela, disponibilizando amostras grátis, que
surtiam notável impacto de divulgação. A marca fica conhecida internacionalmente quando
é adotado pela loja de departamentos de Harrods, em Londres, no ano de 1960. Estée
representava o maior "faro" existente no ramo da perfumaria
Consagrada em 1998 pelo periódico semanal The Times como "gênio do negócio mais
influente do século", deixa-nos como herança um real império da beleza. Os produtos do
grupo (que inclui algumas marcas como Estée Lauder, Clinique, Aramis e Origins)
encontram-se disponíveis em mais de 14 mil distribuidores varejistas.

Criando seus próprios laboratórios de pesquisas de alta tecnologia, através de renomados


cientistas e dermatologistas, Estée torna-se referência absoluta na pesquisa científica do
ramo da cosmetologia. Ansiosa em permitir que toda mulher ficasse o mais bonita possível,
lançou coleções de maquiagem personalizadas de acordo com as estações do ano, com as
coleções dos estilistas ou mesmo quando recebia encomendas focadas em temas
previamente escolhidos.

Nadine Georgine Payot

Cosmetologista ucraniano-francesa. Nascida em Odessa na Ucrânia em 1906, foi morar


em Lausanne na Suíça para estudar medicina, formando-se em 1912. Casou-se
em 1914 com um engenheiro francês e foi morar na Argentina.

Em 1917, já em Nova York, conheceu a dançarina russa Ana Pavlova. Ao fazer-lhe uma
avaliação estética, Dra. N.G. Payot observou que esta tinha um corpo escultural, porém sua
face estava flácida e com rugas. Essa avaliação fez a doutora descobrir sua vontade de
trabalhar com a beleza e se tornar esteticista. Desenvolveu uma técnica de massagem com as
pontas dos dedos e creme nutritivo, um revolucionário tratamento cosmético, e trabalhando
em salões de beleza nos Estados Unidos, difundiu a técnica, ficando muito conhecida.

Em 1927, voltou com seu marido para França, onde fundou um laboratório no qual
químicos especializados formulavam produtos cosméticos sobre sua supervisão. O sucesso
 

 
foi enorme fazendo com que Dra. N.G. Payot abrisse, em 1935, seu primeiro Instituto de
Beleza na Rue de Castiglione. Mais tarde, fundou uma escola de beleza, formando
esteticistas.

1.3 PROFISSIONAIS DE DESTAQUE NA HISTÓRIA BRASILEIRA DE ESTÉTICA


E COSMETOLOGIA2

Léa Grumback

Em 1953, Pierre Grumback introduziu a marca Payot no Brasil. Sua irmã, Léa Grumback,
implantou a profissão de esteticista e montou o primeiro instituto de beleza sofisticado em São
Paulo, que ficava localizado na Boulevard da praça D. José Gaspar. Ensinou e preparou muitas
esteticistas para atender o seu público. A partir de então, mulher brasileira passou a usufruir de
cosméticos importados de renomada qualidade internacional.

Dirce Grotkowski

Em 1969 o casal Dirce e Silvio Grotkowski adquiriu a empresa Payot. Ao juntarem o


espírito empreendedor e administrativo do Sr. Silvio, com o conhecimento técnico dos
cosméticos e suas aplicações, da Sra. Dirce, houve uma alavancagem no crescimento da
empresa. Em seguida fundaram a escola Payot de excelente nível técnico-educacional, que
sempre esteve cotada como uma das melhores do brasil.

Anne Marie Klotz

Fundou no Rio de Janeiro a primeira escola de estética, “Ecole Francis Bel”, tendo formado
várias personalidades do mundo da estética brasileira. Fundou a FEBECO (Federação Brasileira
de Estética e Cosmetologia) com o objetivo maior de que o Esteticista brasileiro pudesse
conseguir garantias para o desenvolvimento profissional e educacional da sua categoria.

Maria Lígia Belfort Carrato

Em 1979, Maria Lígia e seu marido, Dr. Rogério Carrato, lançaram a primeira linha de
cosméticos com princípios ativos de extratos vegetais, com a denominação da marca Rama.
Abriram a clínica de estética Socila, uma das mais famosas do Brasil, que tinha como objetivo
principal oferecer ao público, tanto os melhores tratamentos, como aulas de moda e etiqueta. A
Socila foi pioneira em oferecer tratamentos pós-operatórios de cirurgia estética, quando Maria
Lígia treinava as esteticistas para os procedimentos estéticos pós-operatório.

Antonia Maria Guimarães Rosa

                                                                                                                       
2
Disponível em: <http://pelebonitarj.blogspot.com.br/2013/07/a-historia-da-estetica-e-beleza-no-mundo.html>.
Acesso em: 05 out. 2013.
 

23  
 
Esteticista e enfermeira formada pela Ecole Francis Bel, foi presidente da FEBECO na década
de 80. No exercício de seu mandato foi à Câmara Federal – em Brasília, para lutar pelo
reconhecimento da profissão de esteticista. Como presidente da Instituição, fez grandes
parcerias, nacionais e internacionais, conseguindo realizar no Rio de Janeiro (Hotel Nacional),
um grande evento internacional do CIDESCO em 1983. Fundou a escola de estética Antônia
Maria.

Maria Celina Meirelles

Esteticista formada pela Ecole Francis Bel, fundou em 1981 a associação dos profissionais de
estética e cosmetologia do Rio de Janeiro, no hotel Everest.

Participou ativamente das negociações na realização do primeiro Congresso Internacional do


Cidesco na década de 1980 junto à Febeco. Em sua gestão conseguiu reunir em um ano mais de
1.800 sócios na ASSERJ. Autora de vários livros, tais como: estética, 1000 questões em estética e
muitos outros publicados pela Editora Vida Estética/RJ. Em 1995 no Congresso Internacional
da ANEP – Associação Nacional de Estética de Portugal Maria Celina Meirelles foi convidada
pela presidente Sra. Maria Carolina Nunes da Ponte, como representante do Brasil neste grande
evento.

HugoTurovelsky

Editor da Revista Les Nouvelles Esthétiques na década de 1990 até 2012. Realizou diversos
Congressos Internacionais de Estética no Brasil, conhecido como "EstéticaKa Brasil". Premiou
diversas esteticistas com estatuetas pelos seus trabalhos em estética.

Raul Malheiros

Esteticista Raul Malheiros professor de Estética da Empresa Payot na década de 1990. Também
foi consultor técnico em várias em presas de equipamentos e cosméticos. Tem papel relevante na
área educacional técnica em estética.

Luiz Fernando Lomba e Marcos Lomba

Esteticista Luiz Fernando Lomba na década de 1983 foi editor da Revista Les Nouvelles
Esthétiques Vida Estética, sua carreira inicia-se na Estética com uma força em prol de trazer
para o Brasil conhecimentos de altíssimo nível internacional. A Edição da Revista Les Nouvelles
Esthéthiques Vida Estética com o primeiro exemplar de nº 0 aconteceu no Hotel Nacional do
Rio de Janeiro no 47º Congresso Internacional CIDESCO. A Editora Vida Estética ficava em
Copacabana na Rua Siqueira Campos em uma sala de 12 m², uma grande luta para empreender,
e tinha 600 assinantes. Os empresário João da Mata da Skiner e Dirce da Payot eram os
patrocinadores.

Depois do 47º Congresso do CIDESCO no Brasil, aproveitando o sucesso, a editora promoveu


o primeiro Congresso Brasileiro, tendo Luiz Fernando Lomba na direção. Também a Editora
 

 
Vida Estética editou o 1º livro de Estética do Brasil “Manual Técnico de Estética" de autoria da
Maria Celina Meirelles.

Luiz Fernando Lomba e Marcos Lomba em 1986 tomaram novos rumos, separando-se do
Grupo francês da Revista Les Louvelles Esthétiques. Em 1987 tornou seu sonho realidade com
o evento Esthétiques & Coifffure com mais de 8.000 participantes.

No ano de 1991 trouxe uma Seção CIDESCO para o Brasil com a aprovação por unanimidade
na no Congresso CIDESCO da Malásia. Em outubro de 1993 ocorreu no Brasil sob a
coordenação de Luiz Fernando Lomba o Congresso CIDESCO com delegações de 26 países.

2 PANORAMA DO SETOR
2.1 MERCADO E CADEIA PRODUTIVA

O mercado da beleza e estética apresenta elevado crescimento histórico no Brasil e no


mundo. Sua cadeia de valor é extensa e inicia-se na indústria de cosméticos e equipamentos,
incluindo negócios de salões de beleza, clínicas e estéticas, SPA’s, dentre outros.

Para iniciarmos o entendimento deste segmento, faz-se necessária a análise do panorama da


indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos, que nos últimos 17 anos
apresentou um crescimento médio deflacionado composto de 10% a.a., em comparação ao
crescimento do PIB (3,1% a.a.) e Indústria em Geral (2,5% a.a.) no mesmo período. O
faturamento “ExFactory”, líquido de impostos sobre vendas, de 1996 até 2012 saltou de R$
4,9 bilhões para R$ 34 bilhões.

Nossa indústria está em terceiro lugar no ranking mundial de higiene pessoal, perfumaria e
cosméticos, e deve ultrapassar o Japão na posição de segundo, ficando apenas atrás dos
Estados Unidos, pois de acordo com estudo realizado pela consultoria AT Kearney, o
mercado nacional deverá superar ainda em 2013 a marca dos 50 bilhões de dólares, número
este confirmado no anuário ABIHPEC 2012.

Ainda segundo esta instituição, temos algumas informações relevantes da indústria nacional
que merecem destaque:

• O setor de higiene e beleza tem sido marcado por vigoroso crescimento, muito
superior ao crescimento do PIB e gerador de vários fatores positivos para a
economia nacional (descentralização da indústria na região sudeste, aumento da
geração de empregos e negócios, etc.). Não se vislumbra saturação deste mercado
no curto prazo, ao contrário, o cenário de crescimento é positivo e constante;

• Porém, a balança comercial dos produtos de higiene pessoal, perfumaria e


cosméticos tem apresentado déficit nos últimos anos, desempenho oposto ao
apresentado pela nacional, sendo provável que em 2013, conforme dados da

25  
 
ABIHPEC, este ultrapasse a casa dos US$ 400 milhões. Isto pode ser explicado
especialmente pelo interesse do mercado internacional nas taxas de crescimento
do PIB e crescimento do mercado interno (ascensão das classes “C” e “D”), além
do impacto da valorização do real nos números que compõe este cálculo.

• Esta variável importante ratifica a necessidade do fomento e profissionalização da


indústria de “terceirização de produção” do setor, objetivando minimizar ou
reverter este saldo, bem como ampliar a geração de negócios ao segmento e
reduzir o poder de barganha dos grandes players internacionais da indústria para
o segmento de beleza e estética como um todo, especialmente os prestadores de
serviço objeto deste estudo.

2.2 PERFIL DA INDÚSTRIA E GERAÇÃO DE OPORTUNIDADES DE


TRABALHO

Existem no Brasil 2.392 empresas atuando no mercado de produtos de Higiene Pessoal,


Perfumaria e Cosméticos, sendo que 20 empresas de grande porte, com faturamento líquido
de impostos acima dos R$ 100 milhões, representam 73,0% do faturamento total. As
empresas estão distribuídas por região/estado da seguinte forma:

Figura 1 – Perfil empresarial da indústria.


 

Fonte: Anuário 2012 ABIHPEC.

Os produtos do setor são distribuídos através de três canais básicos: distribuição tradicional,
incluindo o atacado e as lojas de varejo, venda direta, evolução do conceito de vendas
domiciliares e franquia, lojas especializadas e personalizadas.

A geração de oportunidades de trabalho apresenta resultados importantes, conforme se


verifica abaixo, compreendendo a evolução do período entre 1994 e 2012:

• Indústria – Crescimento de 146,2%, passando de 30,1 mil para 74,1 mil;


• Franquia – as lojas personalizadas e especializadas cresceram 381,8%,
passando de 11 mil para 53 mil;

• Consultoras de Venda Direta – cresceram 514,10% - o maior percentual


de crescimento da cadeia passando de 510 mil para 3.132 mil;
• Salões de Beleza - cresceram 189,9%, passando de 579 mil para 1.678,3
mil;
• Crescimento total das oportunidades de trabalho em 18 anos - 336,9%,
passando de 1.130,1 mil para 4.937,4 mil.
(ABIHPEC; ABEVD; FIESP; ABF; IBGE e FEC).

2.3 ASPECTOS QUE IMPULSIONARAM O CRESCIMENTO DO SETOR

27  
 
Dentre os vários fatores que contribuíram para o crescimento do setor, destacam-se:

• Acesso da classe “D” e “E” aos produtos do setor decorrente do aumento da


renda;

• Novos integrantes da classe C passaram a consumir produtos de maior valor


agregado;

• Participação crescente da mulher no mercado de trabalho;

• Utilização de tecnologia de ponta e aumento da produtividade, como redutor de


preços;

• Lançamentos constantes de novos produtos, visando o atendimento das


necessidades de mercado;

• Aumento da expectativa de vida, dentre outros.

2.4 AS MAIORES EMPRESAS MUNDIAIS DE COSMÉTICOS

De acordo com o Women's Wear Daily (WWD3), abaixo a lista das 20 maiores empresas
de cosméticos do mundo. Cabe ressaltar que a empresa brasileira Natura está situada em 4º
lugar no ranking:

1) L’Oréal (França)

2) Procter & Gamble (EUA)

3) Unilever (Reino Unido/Holanda)

4) The Estée Lauder Cos. (EUA)

5) Shiseido Co. (Japão)

6) Avon Products (EUA)


                                                                                                                       
3
Jornal comercial da indústria de moda, chamado por alguns de “bíblia da moda” por seu enfoque não apenas
no estilo, mas nos negócios da moda. De tiragem pequena, cerca de 30.000 exemplares, é o principal veiculo
de consulta de profissionais sobre os assuntos e negócios desde segmento nos Estados Unidos. Publicado
pela Editora Fairchild, o WWD foi fundado em 1910 por Edmund Fairchild como um apêndice feminino do
jornal Daily News Record. Seu caminho até se tornar um veículo de importância no negócio foi longo,
passando de convidado de últimas filas nas platéias de shows de moda no meio da década de 50 até se tornar
um dos líderes em importância neste mercado, ao lado de publicações como Elle, Vogue e Harper's Bazaar.
 

7) Beiersdorf (Alemanha)

8) Kao Group (Japão)

9) Johnson & Johnson (EUA)

10) Chanel (França)

11) LVMH Moët Hennessy Louis Vuitton (França)

12) Coty (EUA)

13) Henkel (Alemanha)

14) Natura (Brasil)

15) Mary Kay (EUA)

16) AmorePacific Group (Coreia do Sul)

17) Groupe Yves Rocher (França)

18) Limited Brands (EUA)

19) Oriflame Cosmetics (Suécia)

20) Alticor (EUA)

Esse ranking da WWD considera como produtos de beleza fragrâncias, maquiagem,


cuidado com a pele, celulite e cabelos, produtos solares, desodorantes e produtos de barbear.

2.5 INFORMAÇÃO RELEVANTE NA INDÚSTRIA DA BELEZA NACIONAL E


MUNDIAL

Movimentos ativistas no Brasil e Mundo têm ganhado força na luta pela proteção e não
realização de todo e qualquer experimento com animais, cuja finalidade é a obtenção de um
resultado seja de comportamento, medicamento, cosmético ou ação de substâncias químicas

29  
 
em geral. Geralmente os experimentos são realizados sem anestésicos, podendo ou não
envolver o ato da vivissecção4.

Alguns nomes que constam na lista da PETA5 de empresas que realizam experimentos em
animais:

• Avon

• Estée Lauder

• Johnson & Johnson

• L’Occitane

• L'Oréal

• Mary Kay

• Maybelline (L’Oreal)

• Procter & Gamble (P&G)


• Revlon

• Shiseido Cosmetics

• Unilever

Isto se constitui em informação importante como componente de diferenciação, promoção


e desenvolvimento da indústria brasileira de beleza e por decorrência, a toda a cadeia do
mercado de beleza e estética, pois a grande maioria das nossas indústrias NÃO realiza
testes em animais. Encontramos no “ANEXO A”, parte integrante deste documento, a lista
de empresas nacionais que não realizam testes com animais, expedida pelo PEA6.

3 O SEGMENTO DE SERVIÇOS DE ESTÉTICA


3.1 O SEGMENTO DE SERVIÇOS

                                                                                                                       
4
Vivissecção: Dissecação de animais vivos para estudos.
5
Disponível em: <http://action.hsi.org/ea-
action/action?ea.client.id=104&ea.campaign.id=23268&ea.tracking.id=facebook#.UmJhdgbuH6M.facebook>
Acesso em: 18 out. 2013.  
6
Disponível em: <http://www.pea.org.br/crueldade/testes/naotestam.htm>. Acesso em: 21 out. 2013.
 

 
O setor de serviços, propulsor das economias mundiais, é bastante heterogêneo como
também desconhecido. Poucos são os estudos que se debruçam sobre o tema, o que aponta
uma oportunidade de melhoria no sentido de empreendermos esforços na coleta e tabulação dos
números deste segmento, especialmente na área da estética. Em linhas gerais, o terciário
brasileiro é dominado por pequenas empresas (96,6%), ou seja, aquelas com até dezenove
pessoas ocupadas que dividem o maior volume de geração de emprego com as grandes (cem
ou mais pessoas ocupadas). As últimas são responsáveis por 63,8% da receita do setor7.

Diante destes números, as informações disponíveis confirmam que este setor está em alta e é o
que mais cresce no país. Além de estimular vagas de emprego e oportunidades de trabalho, gera
melhores salários aos profissionais. Só em 2012, foram criadas mais de 1,2 milhão vagas.
Segundo a Confederação Nacional do Comércio e Serviço, a média salarial é de R$ 1.177,00,
valor que só perde para a indústria.

O reflexo destes números, combinada com a pujança do mercado de beleza e estética, gera
elevada atratividade aos profissionais, seja como empreendedores ou colaboradores de negócios.

3.2 PECULIARIDADES DOS SERVIÇOS ASSOCIADAS AOS DESAFIOS DO


SEGMENTO ESTÉTICA

Para que se possa compreender o panorama de um segmento, faz-se necessário entender as


peculiaridades de sua atuação: natureza, operação e ambiente que está inserido. Nesta linha,
fundamental elencarmos de forma sucinta as peculiaridades de serviços associadas aos “desafios
dos empreendedores de estética”, compondo desta forma base para análises e construção da
matriz SWOT.

3.2.1 Serviços versus produtos

As principais diferenças entre serviços e produtos, e seus respectivos desafios, são:

• Intangibilidade – serviços são promessas, devemos tangibilizar o que será oferecido


como solução para que o cliente se sinta seguro. Para isto, conhecer profundamente o
cliente, suas necessidades, desejos, equilibrar expectativas e posicionar a oferta é
fundamental para a escolha adequada das evidências físicas dos negócios de estética;

• Perecibilidade – aperfeiçoar a produção dos serviços para tornar a atividade mais


competitiva, pois cada hora perdida ou “mal aproveitada” não é recuperada. O
equilíbrio da oferta e demanda é um desafio diário;

• Heterogeneidade – extremamente desafiador padronizar serviços, visto que suas


principais matérias-primas são pessoas e processos. Para os negócios de estética, a
gestão destes componentes é ponto crucial na busca da qualidade e oferta de valor
efetivo ao cliente;
                                                                                                                       
7
IPEA.

31  
 
• Simultaneidade – produção e consumo se dão de forma simultânea, o cliente participa
da totalidade do processo. A educação deste para o entendimento da oferta de solução
à sua necessidade, bem como a compreensão do empreendedor que o serviço é um
espetáculo ao vivo (com os elementos cliente enquanto plateia, figurino, palco, atores
e apoio dos bastidores) será determinante na garantia de uma boa ou má experiência
vivida pelo comprador, e, por conseguinte determinará seu grau de (in)satisfação.

3.2.2 Composto de marketing expandido

Outro aspecto que cabe ressaltar é que, além do alinhamento dos tradicionais 4 P’s do composto
de marketing (preço, promoção, ponto de venda e produto), na prestação de serviços - em
função de suas características peculiares - temos 4 itens adicionais, quais sejam:

• Evidências Físicas – determinante do posicionamento;

• Pessoas – quem faz;

• Processos – como faz;

• Produtividade e Qualidade – gerenciamento do composto inteiro, em especial quem e


como faz.

3.2.3 Tipologia dos serviços e aplicações ao segmento

Quanto à tipologia dos serviços aplicada ao segmento, temos:

• Serviços de Massa – a priori não aplicável ao segmento;

• Serviços de Massa Customizados – pouca ou nenhuma viabilidade de aplicação em


negócios de estética;

• Serviços Profissionais – tipologia aplicada a quase totalidade dos serviços de estética;

• Serviços Profissionais de Massa – embora mantenha natureza personalizada, busca


aumentar seus ganhos reduzindo a variabilidade dos processos operacionais,
controlando com maior eficácia o uso de insumos para a geração de um nível de
customização inteligente. Aplicável em empresas de serviços de estética com elevada
curva de maturidade em operação e gestão, com posicionamento claro, testado e
vencedor.

3.3 AMBIENTE COMPETITIVO DOS PEQUENOS NEGÓCIOS DE ESTÉTICA


 

 
O ambiente competitivo dos pequenos negócios de serviços de estética possui algumas
características especiais:

• Poucas barreiras de entrada aos competidores – inovações em serviços não


patenteáveis, baixo nível de investimento, inovações em processo facilmente copiáveis;

• Oportunidades mínimas para economia de escala: simultaneidade de produção e


consumo dificulta a padronização dos processos e gerenciamento da qualidade e
produtividade, mesmo tratando-se de franquias de serviços. Esta barreira somente
tem chance de ser vencida por players maduros em gestão e operação.

• Flutuações erráticas das vendas: busca de alternativas e soluções para o gerenciamento


da capacidade de produção e oscilação da demanda deve ser priorizado como
oportunidade de melhoria.

• Desvantagens ao negociar com compradores ou fornecedores: examinar


oportunidades inovadoras de aumentar o poder de barganha nas negociações com
fornecedores atuais e alternativos é um desafio importante ao segmento.

• Fácil substituição dos produtos/serviços: produtos e serviços inovadores superam


rapidamente as ofertas atuais. A antecipação de inovações e recriação das ofertas é
uma meta diária que deve ser perseguida. O limítrofe da atuação de outros segmentos
profissionais afins também é fator relevante.

• Dificuldade na Fidelização dos Clientes: para fidelizar é necessário entender quem é e


que soluções buscam seus clientes. Definir e conhecer seu público alvo deve ser uma
obsessão dos empreendedores de estética.

• Baixas barreiras de saída.

Algumas estratégias competitivas em serviços aplicáveis ao segmento de estética, que


oportunamente comporão a Matriz SWOT:

• Liderança em custos: instalações com eficiência de escala, rígido controle sobre custos
e despesas gerais, tecnologia inovadora;

• Procura por clientes de baixo custo: alguns clientes custam menos que outros, para
conhecer estes números é necessária à análise e segmentação apurada do perfil dos
clientes, consoante com a proposta de valor do negócio;

• Padronização de um serviço personalizado ou “customização inteligente”: definição


do fluxo de atendimento e as devidas rotinas;

33  
 
• Diferenciação: reside na criação de um serviço que é percebido como sendo único.
Abordagens para diferenciação: imagem da marca, tecnologia, características, serviços
ampliados ao cliente. Não ignora custos, mas sua característica principal consiste em
criar lealdade e identificação;

• Controle da qualidade: manter um nível consistente de serviços em vários locais


diferentes, em um sistema de trabalho intensivo;

• Focalização: é construído a partir da ideia de satisfazer tão bem um mercado-alvo


particular, quanto suas necessidades específicas. A premissa reside de que a empresa
pode servir seu mercado restrito de maneira mais eficaz e eficiente do que outras
empresas que tentam servir um mercado amplo. O “Hiperfoco” é uma focalização
extrema e interessante de posicionamento para pequenos negócios de serviços e pode
se constituir em uma oportunidade adicional.

3.4 HISTÓRICO DA PROFISSÃO NO BRASIL

Os serviços de estética são muito recentes no país e os primeiros registros da história da profissão
datam da década de 1950. Além do disposto no tópico “Profissionais de Destaque na História
Brasileira de Estética”, não foram encontradas informações que permitissem a inclusão neste
estudo.

No site “Esteticistas Unidos do Brasil” consta uma publicação denominada “História da


Profissão”, cujas informações parciais fazem parte de diversos trabalhos acadêmicos analisados,
porém o mesmo restringe a utilização do conteúdo disponibilizado.

3.5 O NEGÓCIO “ATIVIDADE DE ESTÉTICA E OUTROS SERVIÇOS DE


CUIDADO COM A BELEZA” NO BRASIL

3.5.1 Escopo das atividades objeto de estudo considerando o CNAE

As subclasses CNAE são um detalhamento da Classificação Nacional de Atividades


Econômicas - CNAE, mantendo sua estrutura, apenas sendo acrescida de mais um nível de
desagregação, com a especificação de 1301 subclasses (Antecedentes).

A CNAE é uma classificação usada com o objetivo de padronizar os códigos de


identificação das unidades produtivas do país nos cadastros e registros da administração
pública nas três esferas de governo, em especial na área tributária, contribuindo para a
melhoria da qualidade dos sistemas de informação que dão suporte às decisões e ações do
Estado, possibilitando, ainda, a maior articulação intersistemas.

A definição e atualização das subclasses são atribuições da Subcomissão Técnica para a


CNAE - Subclasses , organizada no âmbito da CONCLA, sob a coordenação de
 

 
representante da Secretaria da Receita Federal e com a participação de representantes da
administração tributária das esferas estadual e municipal e do IBGE.

A versão original da tabela de códigos e denominações CNAE-Fiscal, num total de 1301


subclasses, foi oficializada pela Resolução IBGE/CONCLA nº 01, de 25/06/98. A versão
revisada da tabela CNAE-Fiscal 1.0 com acréscimo de códigos (total de 1146) e correção
em algumas denominações, foi publicada pela Resolução CONCLA nº 03 de 07/05/2001.

As alterações na CNAE-Fiscal 1.1 resultaram da atualização em relação à CNAE 1.0 e a


ISIC/CIIU 3.1 e também de ajustes em função de dificuldades apontadas pela experiência
de sua implementação. A CNAE-Fiscal 1.1, com 1183 subclasses, foi oficializada pela
Resolução CONCLA nº 07 de 16/12/2002.

A versão 2.0 da CNAE, com 1301 subclasses, foi aprovada e divulgada pela Resolução
CONCLA nº 01, de 04/09/2006, entrou em vigor em janeiro de 2007.

A versão revisada da tabela CNAE 2.1 – Subclasses, com inclusões e exclusões de


subclasses, alterações na denominação de códigos, sem mudança de conteúdo, foi publicada
pela Resolução Concla nº 02 de 25/06/2010, entrou em vigor em dezembro de 2010.
O segmento de serviços “Atividade de Estética e Outros Serviços de Cuidado com a Beleza” está
divido em dois grandes grupos profissionais, conforme a classificação do CNAE (Código
Nacional de Atividade Econômica), a saber:

• CNAE 9602-5/01- Cabeleireiros – que não são objeto deste estudo;


• CNAE 9602-5/01 – Outras Atividades de Tratamento de Beleza – objeto deste
estudo.

Figura 2 – Cabeleireiros.

35  
 
Fonte: CONCLA (2013).

Figura 3 – Outras atividades estéticas.


 

Fonte: CONCLA (2013).

Quadro 1 – Atividades.

37  
 
Fonte: Elaborado pela autora.

3.5.2 Escopo das atividades objeto de estudo considerando a cbo

Quadro 2 – CBO 3221:Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas.


 

Títulos
3221-05 - Técnico em acupuntura
Acupuntor, Acupunturista, Técnico corporal em medicina tradicional chinesa

3221-10 - Podólogo
Técnico em podologia

3221-15 - Técnico em quiropraxia

3221-20 - Massoterapeuta
Massagista, Massoprevencionista

3221-25 - Terapeuta holístico


Homeopata (não médico), Naturopata, Terapeuta alternativo, Terapeuta naturalista

3221-30 - Esteticista
Esteticista corporal, Esteticista facial, Tecnólogo em cosmetologia e estética,
Tecnólogo em cosmetologia e estética facial e corporal, Tecnólogo em estética,
Tecnólogo em estética corporal, facial e capilar, Tecnólogo em estética e
cosmética, Técnico em estética

3221-35 - Doula

Fonte: Elaborado pela autora.

Quadro 3 – Descrição sumária.


Descrição Sumária
Aplicam procedimentos estéticos e terapêuticos manipulativos, energéticos,
vibracionais e não farmacêuticos. Os procedimentos terapêuticos visam a
tratamentos de moléstias psico-neuro-funcionais, músculo-esqueléticas e
energéticas; além de patologias e deformidades podais. No caso das doulas,

39  
 
Descrição Sumária
visam prestar suporte contínuo a gestante no ciclo gravídico puerperal,
favorecendo a evolução do parto e bem-estar da gestante. Avaliam as disfunções
fisiológicas, sistêmicas, energéticas, vibracionais e inestéticas dos
pacientes/clientes. Recomendam a seus pacientes/clientes a prática de
exercícios, o uso de essências florais e fitoterápicos com o objetivo de diminuir
dores, reconduzir ao equilíbrio energético, fisiológico e psico-orgânico, bem
como cosméticos, cosmecêuticos e óleos essenciais visando sua saúde e bem
estar. Alguns profissionais fazem uso de instrumental pérfuro-cortante,
medicamentos de uso tópico e órteses; outros aplicam métodos das medicinas
oriental e convencional.
Fonte: Elaborado pela autora.

Quadro 4 – CBO 3221:Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas.


Títulos

3221-20 - Massoterapeuta

Massagista, Massoprevencionista.

3221-30 - Esteticista

Esteticista corporal, Esteticista facial, Tecnólogo em cosmetologia e estética,


Tecnólogo em cosmetologia e estética facial e corporal, Tecnólogo em estética,
Tecnólogo em estética corporal, facial e capilar, Tecnólogo em estética e
cosmética, Técnico em estética.

Fonte: Elaborado pela autora.

Quadro 5 – CBO 5161:Trabalhadores nos serviços de embelezamento e higiene.


5161-25 - Maquiador

Maquiador social, Maquilador.

5161-30 - Maquiador de caracterização

Maquiador artístico, Maquiador de cinema, teatro e tv

Fonte: Elaborado pela autora.


 

De forma conflitante, há atividades que são listadas no CNAE como serviços estéticos e
não na CBO, ou ainda de forma inversa. Por este motivo não foram incluídos no objeto de
estudo. Vejamos caso a caso:

• Quiropraxia e Podologia: Embora constem da CBO, não pertence ao CNAE.

• Atividades que não pertencem ao CNAE e constam da CBO: Doula,


Acumpuntura, Terapeuta Holístico ou Naturopata.

3.5.3 Aspectos da regulamentação da profissão e limítrofes com áreas afins

A carreira de estética no Brasil iniciou-se nos anos 50, de maneira informal, conforme já
citado anteriormente. O reconhecimento e regulamentação da profissão é um aspecto
complexo, controverso e ainda incipiente, embora o segmento já tenha obtido diversas
conquistas8.

Já em 2009, segundo o documento “Regulamentação Profissional” – ANEXO “B”,


elaborado pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar, havia uma crescente
demanda de informações sobre projetos que tramitam no Congresso Nacional com este
tema. Desde 1988, ano que foi promulgada nossa Carta Magna, já tramitaram no
Congresso Nacional mais de 170 projetos de lei que buscavam regulamentar alguma das
atividades compreendidas na profissão.

A regulamentação de uma determinada profissão é realizada por meio de lei, cuja iniciativa
pode ser dos deputados federais e dos senadores, bem como do Presidente da República. A
apreciação é feita pelo Congresso Nacional, e posterior sanção, pelo Presidente da
República.

O segmento profissional objeto de estudo tem regulamentada a atividade de Massagista,


através da Lei nº 3.968, de 05 de outubro de 1961. O projeto de Lei 959/2003, que dispõe
sobre a regulamentação das profissões de Técnico Em Estética e de Tecnólogo em Estética,
fundamental no sentido de definir os contornos do exercício profissional dentre outras
questões, e futuramente buscar criação de Conselho próprio, tramita buscando sua
aprovação, como pode ser acompanhado no ANEXO K – Parecer_CGC_11-08-2005 e
PL959-2003.

Por fim a Lei Nº 12.5929, de 18 de janeiro de 2012 reconhece as seguintes profissões:


Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador.

Cabe ressaltar e por este motivo abaixo está grifado que:


                                                                                                                       
8
Entendemos que o ambiente é este e temos muito a aprofundar no sentido de ampliar o entendimento do
segmento e colaborar na organização deste tipo de negócio.
9
Vide ANEXO “C” – Lei 12592 e Mensagem de Veto.

41  
 
• Ao reconhecer a referida Lei não definiu os contornos do exercício profissional;

• No parágrafo único do Art. 1o da norma, é ressaltado que “Cabeleireiro, Barbeiro,


Esteticista, Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador são profissionais que
exercem atividades de higiene e embelezamento capilar, estético, facial e corporal dos
indivíduos”.

Estas observações são importantes no sentido de construirmos a análise da incorporação da


atividade de estética ao Conselho Federal de Biomedicina, que logo mais será explanado. E
também para a compreensão da situação limítrofe da atividade nos escopos higiene,
embelezamento, saúde e bem estar.

A CBO nº 5.161, estabelecido pela Portaria nº 397 de 09/10/2002 do Ministério do


Trabalho e Emprego, enquadrava os profissionais esteticistas na área de serviços de
embelezamento e higiene de forma clara, e não na área da saúde. A nova CBO nº 3221-30,
publicada em janeiro de 2011, enquadra as atividades do esteticista no grupo “Tecnólogos e
técnicos em terapias complementares e estéticas” (CBO 3221-30), deixando dúvidas da sua
inclusão ou não na área da saúde.

O MEC – Ministério de Educação e Cultura, em seu “Catálogo Nacional de Cursos


Técnicos”, enquadra o curso “Técnico em Estética” no eixo tecnológico “Ambiente, Saúde e
Segurança”.

Muitas das atividades exercidas pelos esteticistas foram pleiteadas administrativa e


judicialmente, bem como foram objeto de fiscalização e autuação como prerrogativa dos
profissionais de fisioterapia através de suas entidades representativas de classe
(CREFITO’s; COFFITO), evidenciados estes movimentos na publicação abaixo:

“JUSTIÇA FEDERAL CONFIRMA EXCLUSIVIDADE DOS ATOS


PRIVATIVOS DO FISIOTERAPEUTA10

O CREFITO-3 vem recebendo um número alarmante de denúncias de danos à


saúde da população, feitos por leigos que se auto-intitulam “esteticistas”.
Queimadura de pele, aumento da celulite, complicações pós-cirúrgicas e
principalmente ausência da cura prometida, lideram as queixas.

Para colocar fim a essa situação, o CREFITO-3 está tomando várias medidas
fiscalizadoras, policiais e jurídicas para garantir principalmente os interesses e a
saúde da população.

Como exemplo dessas ações, o Juiz José Marcos Lunardelli, no dia 11/03/2005,
determinou nos autos de uma Ação Civil Pública, movida pelo CREFITO-3,
que a BIOSET INDÚSTRIA DE TECNOLOGIA ELETRÔNICA LTDA
faça constar nos certificados dos cursos de seu encontro anual em estética que:

                                                                                                                       
10
 Disponível em: <http://www.crefito3.com.br/revista/crefito3/ano02n01/PDF/17.pdf>.  
 

 
“O curso ministrado não habilita os participantes a exercerem atos privativos do
Fisioterapeuta”.

O CREFITO-3 alerta a todos os Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais


que é ilegal o ensino de atos privativos seus para outros profissionais ou leigos,
podendo o infrator perder inclusive o direito ao exercício profissional.
Tratamentos terapêuticos com aplicação externa à base de eletroterapia (p. ex.
corrente russa),mecanoterapia (p.ex. sucção a vácuo), massoterapia (p. ex.
drenagem linfática), laser ou ultrassom, entre outros, são atos privativos do
Fisioterapeuta.

Para ajudar no processo de fiscalização, o CREFITO-3 solicita a seus


profissionais que portem sempre a carteira profissional, conforme determinação
legal, quando estiverem exercendo a profissão, sejam como clínicos, instrutores,
professores ou mesmo participantes de um curso ou evento científico na área.

O CREFITO-3 alerta também que o exercício ou ensino de ATOS


PRIVATIVOS dos Fisioterapeutas e Terapeutas Ocupacionais por parte de
leigos é crime e os responsáveis serão também acionados pelo CREFITO-3.

Terceiros que incentivarem essas práticas, via a promoção de cursos para leigos,
serão denunciados às autoridades competentes, podendo inclusive perder o
registro da sua empresa no CREFITO-3, se for o caso.

O CREFITO-3 lembra também que apenas Instituições de Ensino Superior


autorizadas pelo Conselho Nacional de Educação do Ministério da Educação
podem ministrar cursos e que as instituições que agem de maneira contrária estão
sendo denunciadas às autoridades competentes. Já os equipamentos e materiais
na área também precisam estar registrados junto às autoridades federais
competentes (ANVISA). Para evitar que sejam punidos pelo uso de material e
equipamento sem regulamentação, o CREFITO-3 solicita que sejam utilizados
apenas os materiais e equipamentos com nota fiscal, constando uma descrição
detalhada dos mesmos, incluindo modelo e ano de fabricação.

Alertamos também a população que no Brasil a profissão de esteticista não está


regulamentada por lei, não possuindo esta qualquer órgão fiscalizador da
profissão.

Por sua vez, a profissão de Fisioterapeuta é reconhecida por Lei Federal e o seu
exercício e fiscalização são controlados no Estado de São Paulo, pelo
CREFITO-3. Esses profissionais são treinados em cursos superiores
reconhecidos pelo governo. Os Fisioterapeutas que atuam na área da “estética”
(dermato-funcional), além desse treinamento, geralmente possuem também uma
Pós-graduação Lato Sensu – ao nível de especialização na área. Todo esse
treinamento para evitar que seu tratamento estético se transforme em um dano
irreparável à saúde.

Portanto, pedimos à sociedade que consulte um Fisioterapeuta e/ou um


Dermatologista antes de contratar qualquer serviço de estética. Em caso de danos
materiais, físicos ou de exercício ilegal de profissão denuncie os responsáveis ao
CREFITO-3, para que possamos tomar as medidas civis e criminais cabíveis.

Rua Cincinato Braga, 59 - 4° andar - Bela Vista São Paulo - SP - CEP 01333-
909 - Telefax: (11) 5591-2255www.crefito3.gov.br

43  
 
São Paulo, 14 de Março de 2005.

Prof. Dr. Gil Lúcio Almeida


Presidente do CREFITO-3”

Embora o profissional esteticista não exerça sua profissão na informalidade, uma vez que a
estética foi regulamentada por legislação federal (Lei 12.592/2012), reconhecida por meio
do CBO e CNAE, diante do disposto no art. 5º, XIII da CF/88, como não há lei que
delimite as atribuições e qualificações necessárias ao exercício profissional, o Conselho
Federal de Biomedicina - CFBM incorporou os profissionais esteticistas, bem como outros
profissionais da área da saúde que ainda não possuem seus respectivos conselhos.

Nos moldes em que foi realizada esta clarificação e delimitação do exercício profissional,
esteticistas e biomédicos estetas passaram a ser profissionais complementares e não
concorrentes. Este assunto é de extrema importância para o segmento profissional e merece
ser objeto de estudo aprofundado, o que será sugerido na proposição de ações ao SEBRAE.

A Resolução nº 201, Resolução nº 202, ambas de 25 de agosto de 2011 do CFBM, e a


Normativa nº 01, de 10 de abril de 201211 dispõem da referida incorporação e rol das
atividades sob sua jurisdição dos profissionais de Estética (Técnicos e Tecnólogos),
denominando-os técnicos da área da saúde e afins.
Abaixo transcrição de notícia da SBBME:

SBBME em apoio a Pró Regulamentação da Carreira de Esteticista

Caros Colegas e Amigos.

É para mim um privilégio e um prazer participar desta AUDIÊNCIA PÚBLICA


NA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA - Auditório Franco Montoro - Pró
Regulamentação da Carreira de Esteticista. Este encontro será realizado no dia 06
de dezembro de 2011, próxima terça-feira, às 18h, numa ação conjunta da
SBBME, SINDEST, CRBM-1 e CFBM.

Neste encontro, será anunciada oficialmente a incorporação dos técnicos e


tecnólogos em Estética de todo o Brasil aos Conselhos Regionais de Biomedicina.
O objetivo é tornar mais fortes e unidas as classes, co-irmãs, dos Biomédicos e das
Esteticistas, onde passaremos a compartilhar dos mesmos respaldos jurídicos,
defesas de direitos e lutas de classe.

Neste dia, a convite da ilustríssima Profa. JEANETE MOUSSA ALMA –


Presidente do Sindicato dos Esteticistas do Estado de São Paulo (SINDEST),
biomédica e defensora exímia da Estética, estaremos realizando um discurso de
boas vindas a mais de 500 esteticistas presentes.

                                                                                                                       
11
Íntegra da Normativa e Resolução no ANEXO “D”.
 

 
É um enorme prazer apoiar as Esteticistas pelo direito de ter um Conselho
Profissional e terem seus atos e competências profissionais regulamentados e
protegidos.

Em termos de competências profissionais, pretende-se agregar a Estética à


Biomedicina Estética, a partir de uma visão de campos distintos de atuação,
complementares e não-concorrentes, onde trabalharemos em parceria e pleno
respeito.

Por isso estamos demonstrando a nossa empatia e apoio a classe das Esteticistas,
de forma que possamos estabelecer um bom trabalho valorizando ambos os
profissionais e agregando o melhor em saúde, bem-estar e beleza para a população
brasileira.

Nesse sentido, as classes trabalharão unidas para o estabelecimento das


competências de todos os profissionais da saúde atuantes na estética. Para que
exista corroboração e delimitação dos campos de atuação.

Este será um grande momento histórico do nosso país em termos de conquistas


de direitos profissionais, pois tal incorporação estende-se as quase 100.000
Esteticistas de todo o país.

Esperamos que você considere este momento importante para nossa classe e nos
ofereça a sua valiosa presença e participação.

Nos vemos em São Paulo!

Dra. Ana Carolina Puga.


Presidente da Sociedade Brasileira de Biomedicina Estética - SBBME

O “Comunicado” (SINDEST e CFBM) e “Esclarecimento” (CFBM), abaixo transcritos,


informam aos profissionais esteticistas técnicos e tecnólogos as modificações ocorridas e
procedimentos de regularização:

“COMUNICADO

SINDEST E CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA12


COMUNICAMOS A TODOS OS PROFISSIONAIS ESTETICISTAS,
TÉCNICOS E TECNÓLOGOS QUE A PARTIR DO DIA 20 DE
NOVEMBRO DE 2011, ESTAREMOS DE MANEIRA LEGAL E
IRREVOGAVELMENTE INCLUSOS E COMPARTILHANDO DO
CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA E SEUS RESPECTIVOS
CONSELHOS REGIONAIS. O INGRESSO AO CONSELHO
GARANTIRÁ A TODOS OS PROFISSIONAIS O EXERCÍCIO DE
NOSSAS ATIVIDADES QUE VÊM SENDO SISTEMATICAMENTE
INVADIDAS POR OUTRAS ÁREAS. GRAÇAS A RESOLUÇÃO 201 DE
25 DE AGOSTO DE 2011, OS PROFISSIONAIS ESTETICISTAS DE
NÍVEL TÉCNICO E TECNÓLOGO PODERÃO SOLICITAR SEU
INGRESSO AO CONSELHO QUE PASSA A SER NECESSÁRIO PARA
EXERCER LEGALMENTE NOSSA PROFISSÃO. O REGISTRO É

                                                                                                                       
12
Disponível em: <http://www.crbm1.gov.br/sindest.pdf>.

45  
 
IMEDIATO A TODOS QUE POSSUÍREM DIPLOMAS
RECONHECIDOS POR INSTITUIÇÕES EDUCACIONAIS
DEVIDAMENTE CREDENCIADAS. QUANTO AOS PROFISSIONAIS
COM CURSOS LIVRES SOLICITAMOS QUE SE
INFORMEM COM O SINDEST. APROVEITAMOS A
OPORTUNIDADE PARA PARABENIZAR OS ESTETICISTAS QUE
AGORA POSSUEM VOZ E VEZ.

DIRETORIA CRBM 1ª REGIÃO”

“ESCLARECIMENTO

O Conselho Federal de Biomedicina-CFBM, em resposta ao COFFITO que


moveu ação no Ministério Público contra a Biomedicina Estética, incorpora a
categoria dos Esteticistas em seu quadro de associados. A partir de agora, os
Esteticistas têm respaldo jurídico de Conselho Profissional de Classe o que é uma
garantia contra abusos de outras profissões que tentam tornar os procedimentos
estéticos como privativos para si. Assim sendo, a Estética passa a ser
regulamentada.

Trata-se de uma justificativa à sociedade que Estética não é o mesmo que


Dermato-Funcional, onde cinésiologia não tem relação direta ao surgimento e
correções de disfunções estéticas. A Resolução da Dermato-Fucional está limitada
a conceitos clínicos-cinesiológicos-funcionais (funcionamento do movimento e
das forças relacionadas). Ainda, fazem uso do termo genérico "dermato" o que
não se define nem como dermatologia e nem estética.

O respeito de competências entre os biomédicos e esteticistas continuará. Os


biomédicos estetas e os cosmetólogos possuem campos distintos de atuação,
complementares e não-concorrentes, sendo que os biomédicos estetas continuarão
atuando com procedimentos invasivos não-cirúrgicos, como a Toxina Botulínica,
Intradermoterapia, Preenchimentos, Micro-agulhamento, Lasers de alta potência,
Peelings Médios e entre outros, enquanto as cosmetólogas continuarão atuando
com procedimentos corporais e faciais pelo uso de lasers frios, rádiofrequencia,
ultra-sons e demais procedimentos manuais como a drenagem linfática, limpeza
de pele, bambuterapia e pré/pós operatório.

Outro objetivo a ser alcançado pelo CFBM e seus conselhos regionais é o


aumento no quadro de associados de técnicos e tecnólogos.”

3.5.4 Cronologia e oferta de ensino profissional

Abaixo aspectos relevantes da cronologia dos Atos de Regulamentação do Ensino


Profissional com Ênfase nos Eixos Tecnológicos “Imagem Pessoal” e “Saúde”, aplicados à
Estética e Cosmetologia:

• Lei 8.948/94 – Efetiva a instituição da educação tecnológica, anteriormente


prevista na Lei 5.540/68, art. 23, parágrafo 1º;
 

• Decreto 2.208/97 – Regulamenta e estabelece os níveis de educação profissional


básico, técnico e tecnológico, em seu art. 3º, revogado pelo Decreto 5.154/2004;

• Decreto 2.406/97 – tem por objetivo regulamentar e efetivar a Lei 8.948/94;

• Parecer CNE/CES 436/2001 – Teve importância fundamental na normatização


dos cursos superiores de tecnologia, especialmente na definição clara das áreas
profissionais de atuação “Imagem Pessoal” e Saúde” e cargas horárias mínimas;

• Resolução CNE/CP 3, de 18 De dezembro de 2002 – Institui as Diretrizes


Curriculares Nacionais Gerais para a organização e o funcionamento dos cursos
superiores de tecnologia. Determina os objetivos dos cursos de educação de nível
tecnológico, define os critérios para o planejamento e organização dos mesmos,
os reafirma como cursos de graduação de características especiais, dentre outras
definições importantes. Ratifica que estes cursos deverão obedecer às diretrizes
contidas no Parecer CNE/CES 436/2001;

• Parecer CNE/CP nº 29/2002 – Trata das Diretrizes Curriculares Nacionais no


Nível de Tecnólogo, traz informações relevantes na defesa do ensino profissional
em nível tecnológico, contextualiza historicamente sua importância e necessidade
de fomento diante do caráter empreendedor do país e proposta de ensino desta
modalidade. A flexibilização contida no parecer, no sentido de reconhecimento
integral da validade dos cursos superiores tecnológicos, abriu precedentes para a
realização de pós-graduação “latu sensu” e mestrado e doutorado “strict sensu”
aplicáveis às atividades objeto de estudo;

• Parecer CNE/CES nº 277/2006 – propõe a reorganização da educação


profissional e tecnológica da graduação, segundo uma nova metodologia,
reunindo os cursos em grandes eixos temáticos. Foram excluídos dez eixos em
relação ao parecer 436/2001, dentre eles, o eixo “Imagem Pessoal”, deixando um
vácuo de enquadramento claro e específico para as atividades da área de beleza e
estética. Restou aos esteticistas e cosmetólogos enquadrarem-se no eixo
“Ambiente, Saúde e Segurança”;

• Lei 11.741, de 16 de julho de 2008 – Alterou diversos dispositivos da Lei


9.394/96, com o intuito de redimensionar, institucionalizar e integrar as ações de
educação profissional técnica de nível médio, da educação de jovens e adultos e da
educação profissional e tecnológica.

3.5.4.1 O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos

O Catálogo Nacional de Cursos Técnicos versão 2012 e sua respectiva Tabela de


Convergência apresentam os novos eixos tecnológicos e a equivalência entre as

47  
 
denominações de cursos técnicos atualmente em uso e as constantes dos novos
instrumentos.

Abaixo algumas informações que resumem as principais modificações procedidas:

• A incorporação de 35 novos cursos, considerados de grande relevância para a


formação profissional dos jovens e adultos do país e que respondem às demandas
existentes.

• Outros cursos que já figuravam no CNCT sofreram alterações, seja para


adequação às normas vigentes, seja para melhor apresentar seu perfil de formação
ou ainda para figurar em outro eixo, mais adequado às tecnologias utilizadas;

• Em relação aos eixos tecnológicos foram introduzidas 3 alterações, sendo de


interesse do segmento à criação do eixo “Segurança”, desmembrado do eixo
“Ambiente e Saúde”, conforme já apresentado na organização do Catálogo
Nacional de Cursos Superiores de Tecnologia (CNCST);

• A versão 2012 do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos passou a contemplar


220 cursos, distribuídos em 13 eixos tecnológicos, e constitui-se em referência e
fonte de orientação para a oferta dos cursos técnicos no país.

Eixo Tecnológico: Ambiente, Saúde e Segurança

Compreende tecnologias associadas à melhoria da qualidade de vida, à preservação e


utilização da natureza, desenvolvimento e inovação do aparato tecnológico de suporte e
atenção à saúde. Abrange ações de proteção e preservação dos seres vivos e dos recursos
ambientais, da segurança de pessoas e comunidades, do controle e avaliação de risco,
programas de educação ambiental.
Técnico em estética - 1.200 horas

Descrição: Trata do embelezamento, promoção, proteção, manutenção e recuperação


estética da pele. Seleciona e aplica procedimentos e recursos estéticos, utilizando produtos
cosméticos, técnicas e equipamentos específicos, de acordo com as características e
necessidades do cliente. Utiliza técnicas de atendimento ao cliente, orientando–o sobre
ações de proteção à saúde cutânea.

Técnico em Imagem Pessoal - 1.200 horas

Descrição: Emprega técnicas para valorizar a beleza de um rosto, pela concepção harmônica
entre a maquiagem e o penteado. Realiza procedimentos de embelezamento do cabelo:
higiene capilar, corte, escova, penteados, massagem capilar, coloração e descoloração,
ondulação e alisamento, de acordo com as necessidades do cliente e com as tendências
estéticas. Aplica maquiagens harmônicas e adequadas às diferentes ocasiões. Aplica
 

 
tratamento para revitalização dos fios e couro cabeludo a partir da identificação da estrutura
e textura do cabelo.

Técnico em massoterapia - 1.200 horas

Aplica manobras de massoterapia ocidental, de massagem oriental shiatsu e de reflexologia


podal, visando ao bem-estar físico, ao relaxamento de tensões e ao alívio da dor. Realiza
procedimentos de massoterapia estética e desportiva. Identifica e seleciona técnicas
massoterápicas indicadas às diferentes necessidades do cliente. Aplica drenagem linfática,
quando indicada por prescrição médica e/ou fisioterapêutica.

Tabela de Convergência

Constam da tabela de convergência13, as seguintes atividades relacionadas ao estudo:


• Catálogo Estética: Denominações anteriormente utilizadas - embelezamento
facial e corporal, esteticista com qualificação profissional em estética facial,
esteticista corporal, esteticista, estética e cosmetologia, estética integral, esteticista
facial e esteticista corporal;

• Catálogo Imagem Pessoal - Denominações anteriormente utilizadas – arte e


ciência do cabelo, beleza humana – cabeleireiro, estilismo de cabelo –
cabeleireiro, imagem pessoal com ênfase em estilismo do cabelo;

• Catálogo Massoterapia - Denominações anteriormente utilizadas – ciências das


massagens e bem estar corporal, massagem com ênfase em massagem terapêutica,
massagens terapêuticas, modalidade: chinesa tui-ná, massoterapia e estética
aplicada, massoterapia e naturologia clínica, massoterapia neuromuscular,
massoterapia estética e reparadora, shiatsu, shiatsuterapia e massagem terapêutica
chinesa tui-ná, shiatsuterapia.

3.5.4.2 Catálogo Nacional de Cursos Superiores14

A última versão, datada de 2010, apresenta denominações, sumário de perfil do egresso,


carga horária mínima e infraestrutura recomendada de 112 graduações tecnológicas
organizadas em 13 eixos tecnológicos.

Dos Eixos Previstos, está compreendido no estudo do segmento o eixo “Ambiente e


Saúde”, que tem como escopo:

[...] tecnologias associadas à melhoria da qualidade de vida, à preservação da


natureza e à utilização, desenvolvimento e inovação do aparato tecnológico de
suporte e atenção à saúde. Abrange ações de proteção e preservação dos seres
vivos e dos recursos ambientais, do controle e avaliação de risco, programas de
                                                                                                                       
13
ANEXO “E”
14
ANEXO “F”  

49  
 
educação ambiental. Tais ações vinculam-se ao suporte de sistemas, processos e
métodos utilizados na análise, diagnóstico e gestão, provendo apoio aos
profissionais da saúde nas intervenções no processo saúde-doença de indivíduos,
em como propondo e gerenciando soluções tecnológicas mitigadoras e de
avaliação e controle dos recursos naturais. Pesquisa e inovação tecnológica,
constante atualização e capacitação, fundamentadas nas ciências da vida, nas
tecnologias físicas e nos processos gerenciais são características comuns deste eixo.

Inclui os seguintes cursos: Gestão Ambiental, Gestão Hospitalar, Oftálmica, - Radiologia,


Saneamento Ambiental e Sistemas Biomédicos.

Conforme se verifica abaixo, o Curso Superior de Tecnologia em Sistemas Biomédicos não


contempla de forma clara as atividades de estética. Referidas atividades também não
constam da tabela de convergência dos cursos atuais do documento.

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM SISTEMAS BIOMÉDICOS


O tecnólogo em Sistemas Biomédicos é responsável por planejar, gerenciar,
implantar e manter equipamentos clínicos e médico-hospitalares. Supervisiona e
coordena equipes de manutenção e otimização do uso de equipamentos
eletromédicos. Assessora a aquisição, executa a instalação, capacita usuários de
equipamentos e sistemas biomédicos, além de participar de equipes de pesquisa
aplicada. Responsável também pela implantação e controle das normas de
segurança dos equipamentos nos serviços de saúde, pode atuar em hospitais,
policlínicas, laboratórios, fabricantes e distribuidoras de equipamentos
hospitalares.
Carga horária mínima
2.400 horas”

Esta lacuna da inclusão dos cursos relacionados à estética, no Catálogo de Cursos


Superiores, a exemplo do realizado no Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, bem como a
ampliação do escopo do eixo tecnológico “Ambiente e Saúde” é uma necessidade para
clarificação de diversas demandas da profissão, inclusive quanto a sua regulamentação.

3.5.4.3 Ofertas de Cursos de Bacharelado e Tecnológicos em Estética no Brasil

Segundo consulta os sistema E-MEC, atualmente existem no Brasil:


• 11 cursos presenciais de bacharelado em estética e cosmética registrados e em
atividade;

• Uma instituição de ensino que oferta 30 cursos de bacharelado à distância


registrada e em atividade;

• 1.760 vagas totais ofertadas entre as duas modalidades.

Bacharelados Presenciais:

A concentração de cursos por estado se dá da seguinte forma: SP (04), RJ (04), MG (02) e


RS (01), totalizando 11 cursos presenciais.
 

Quadro 6 – Bacharelados.
Relatório  da  Consulta  Avançada
Resultado  da  Consulta  Por  :      Curso
Relatório  Processado  :  14/10/2013  -­‐  21:47:16        Total  de  Registro(s)  :  147

Instituição(IES) Nome  do  Curso Grau Modalidade CC CPC ENADE Situação CARGA  HORÁRIA UF VAGAS

(135)  CEUCLAR  -­‐  Centro  Universitário   Em  


Claretiano (1185259)  ESTÉTICA Bacharelado A  Distância -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 3201 DVRS 300

(163)  UNESA  -­‐  Universidade  Estácio  de   Em  


Sá (1183770)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 2886 RJ 100

(163)  UNESA  -­‐  Universidade  Estácio  de   Em  


Sá (1183838)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 2886 RJ 100

(449)  ULBRA  -­‐  Universidade  Luterana  do   Em  


Brasil (1188341)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 3395 RS 100

(466)  UAM  -­‐  Universidade  Anhembi   Em  


Morumbi (106650)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial 4 -­‐ -­‐ Atividade 3000 SP 270

(712)  UNI  IBMR  -­‐  Centro  Universitário   Em  


Hermínio  da  Silveira (1153894)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 2680 RJ 60

(712)  UNI  IBMR  -­‐  Centro  Universitário   Em  


Hermínio  da  Silveira (1156478)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 2680 RJ 100

(1043)  UNIARARAS  -­‐  Centro   Em  


Universitário  Hermínio  Ometto (1169436)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 2733 SP 160

(1149)  CEUNSP  -­‐  Centro  Universitário   Em  


Nossa  Senhora  do  Patrocínio (1182592)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 3864 SP 120

Em  
(1557)  FUMEC  -­‐  Universidade  FUMEC (1203254)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 3000 MG 130
ainda  não  
definida,  
segundo  
informações  da  
instituição  será  
(2950)  FADERGS  -­‐  Faculdade  de   Em   em  torno  de  
Desenvolvimento  do  RS (1176962)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial 4 -­‐ -­‐ Atividade 2.100  horas RS 200

(3983)  UNIFORMG  -­‐  Centro   Em  


Universitário  de  Formiga (1168180)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 2620 MG 60
(4522)  UNISALESIANO  -­‐  Centro  
Universitário  Católico  Salesiano   Em  
Auxilium (1178902)  ESTÉTICA Bacharelado Presencial -­‐ -­‐ -­‐ Atividade 3000 SP 60

TOTAL  DE  VAGAS  


DISPONÍVEIS  NO  
BRASIL 1760

Fonte: e-MEC (2013).


Já na modalidade ensino a distância, temos a seguinte oferta por estado:

Quadro 7 – Bacharelados à distância.

51  
 
Código)  Nome  da  IES:    (135)  CENTRO  UNIVERSITÁRIO  CLARETIANO  -­‐  CEUCLAR
 RELAÇÃO  DE  CURSOS
Código Modalidade Grau Curso
1185259 A  Distância Bacharelado        ESTÉTICA
   DETALHES  DO  CURSO  -­‐  (1185259)  Bacharelado  em  ESTÉTICA
(Código)  Grau:    (1185259)  Bacharelado  em  ESTÉTICA
Modalidade:    Educação  a  Distância
Data  de  início  do  funcionamento  do  curso:    Periodicidade  (Integralização)  Semestral  (6.0)
Carga  horária  mínima:    3201  horas  Vagas  Autorizadas:   300
Coordenador:    GABRIELA  FERREIRA  OLIVEIRA  DE  SOUZA
   ENDEREÇO  DE  OFERTA  DO  CURSO
Endereço CEP Municipio UF
   Travessa  Primavera  100    57030-­‐290    Maceió    AL
   Av.  João  Durval  Carneiro  3069    44040-­‐750    Feira  de  Santana    BA
   Área  Especial  para  Igreja  Católica  S/N    72010-­‐070    Brasília    DF
   Rua  Desembargador  José  Batalha  235  Fundação    29051-­‐090    Vitória    ES
   Rua  Aimorés  1583    30140-­‐071    Belo  Horizonte    MG
   Rua  Pernambuco  1533    79022-­‐340    Campo  Grande    MS
   Rua  Major  Gama  731    78020-­‐170    Cuiabá    MT
   Rua  Presidente  Getúlio  Vargas  1193    80250-­‐180    Curitiba    PR
   Avenida  Ayrton  Senna  1151    78967-­‐800    Buritis    RO
   Rua  Cujubim  1942    78967-­‐800    Buritis    RO
   Rua  Vilagran  Cabrita  1533    76900-­‐044    Ji-­‐Paraná    RO
   Seminário  Major  João  XXII  -­‐  Rua  Gonçalves  Dias,  290.  41    78900-­‐650    Porto  Velho    RO
   Av.  São  Paulo  980    78970-­‐000    São  Miguel  do  Guaporé    RO
   Rua  Ipê  2090    78970-­‐000    São  Miguel  do  Guaporé    RO
   Av.  Brigadeiro  Eduardo  Gomes  50    76980-­‐000    Vilhena    RO
   Av.  dos  Bandeirantes  900    69309-­‐515    Boa  Vista    RR
   Rua  Porangaba  1030    16072-­‐475    Araçatuba    SP
   Rua  Nº  28,  844,  Centro.  844    14780-­‐110    Barretos    SP
   Rua  Dom  Bosco  466    14300-­‐000    Batatais    SP
   Rua  Coronel  Afonso  Ferreira  174    12900-­‐000    Bragança  Paulista    SP
Rua  Sales  de  Oliveira,  Nº  2000.  271    13035-­‐510    Campinas    SP
   Avenida  Mato  Grosso  ,Nº  900,  Indaiá.  900    11655-­‐251    Caraguatatuba    SP
   Praça  Joaquim  Vilela  360    09152-­‐110    Guaratinguetá    SP
   Rua  Senador  Dantas  284    08710-­‐690    Mogi  das  Cruzes    SP
   Avenida  Santo  Antonio,  Maria  Claret,  Nº  1724.  1724    13503-­‐250    Rio  Claro    SP
   Rua  Coronel  Fernando  Prestes  326    09020-­‐110    Santo  André    SP
   Rua  da  Cultura  252    15080-­‐060    São  José  do  Rio  Preto    SP
   Rua  Barão  do  Rio  Branco  959    12242-­‐780    São  José  dos  Campos    SP
   Rua  Martin  Francisco  636    01226-­‐001    São  Paulo    SP
   Quadra  602  Sul  -­‐  Avenida  Joaquim  Teotônio  Segurado  -­‐  Conjunto  
   77022-­‐002
01  Lote  17    Palmas    TO
Fonte: e-MEC (2013).

O número de cursos tecnológicos registrados no MEC e em atividade é substancialmente


maior, tendo sido encontrados 128 registros, relacionados no ANEXO “G”.

Cabe pontuar que a inclusão técnico-profissional está facilitada pela oferta e facilidade de
acesso aos cursos na seguinte ordem: prioritariamente o ensino técnico, logo após o
 

 
tecnológico e por último, os cursos de bacharelado e especializações decorrentes da
caminhada de aperfeiçoamento dos profissionais.

3.5.5 Entidades representativas

Embora existam diversas entidades representativas nos estados e seus municípios, a maioria
não apresenta web site ou outro mecanismo de localização ou verificação de seu escopo de
atuação.

Em pesquisas realizadas nos sites das principais entidades e na web de forma geral, foram
localizadas somente 26 entidades relacionadas ao segmento de estética (diretamente ou
inseridas na cadeia), o que aponta necessidade de aprofundamento destas pesquisas nos
âmbitos estaduais do SEBRAE, pois as mesmas são fundamentais no desenvolvimento dos
projetos setoriais como potenciais parceiros “Agentes Integradores”, ou ainda, na etapa de
articulação, visando a realização de ações conjuntas de mobilização do público-alvo.

Abaixo resumo e quadro geral das entidades por estado localizadas15:

Quadro 8 – Entidades por estado.


Resumo  das  Entidades  por  
Estado
SP 11
RJ 5
SC 2
GO 1
MG 3
RS 1
PA 1
ES 1
DF 1
26
Fonte: e-MEC (2013).

Gráfico 1 – Entidades por estado.

                                                                                                                       
15
Entidades localizadas em pesquisa na web. Recomendável que as regionais aprofundem as pesquisas das
entidades representativas locais, pois muitas delas não possuem sites, blogs ou ainda, mecanismo de
localização em pesquisas secundárias.

53  
 
DF;  1
ES;  1
PA;  1
RS;  1

MG;  3 SP;  1 1

GO;  1
SC;  2

RJ;  5

Fonte: Elaborado pela autora.

Quadro 9 – Entidades.
 

 
ENTIDADE NOME SITE UF
Associação  Brasileira  de  Atacadistas  e  
ABAD Distribuidores  de  Produtos  Industrializados http://www.abad.com.br SP
ABC Associação  Brasileira  de  Cosmetologia http://www.abc-­‐cosmetologia.org.br/ SP
ABC  SPAS Assoxiação  Brasileira  de  Clínicas  e  Spas http://www.abcspas.com.br/ SP
Associação  Brasileira  da  Indústria  de  Higiene  
ABIHPEC Pessoal,  Perfumaria  e  Cosméticos http://www.abihpec.org.br SP
ASSOCIAÇÃO  BRASILEIRA  DE  ESTÉTICA  E  
ABRAESC-­‐SC SAÚDE  COMPLEMENTAR http://www.abraesc.com.br/ SC
ABRAMC     Sociedade  Brasileira  de  Medicina  Manual http://abramc.org.br/home.html RJ
ABRE-­‐MG Associação  Brasileira  de  Estética  –  ABRE http://www.abresteti ca.org.br/abresteti ca/ MG
AECES-­‐  ASSOCIAÇÃO  DOS  ESTETICISTAS  E  
COSMETÓLOGOS  DO  ESTADO  DO  ESPIRITO  
AECES-­‐ES SANTO http://www.aecesesteti ca.com.br/ ES
ASSOCIAÇÃO  MINEIRA  DE  ESTÉTICA  E   http://amecemdi a.bl ogspot.com.br/2010/08/fun
AMEC-­‐MG COSMETOLOGIA dacao-­‐da-­‐amec-­‐associ acao-­‐mi nei ra-­‐de.html MG
Associação  Profissional  de  Estética  do  Estado  
APEP-­‐PA do  Pará http://apeppa.bl ogspot.com.br/p/apep.html PA
Associação  dos  Esteticistas  e  Cosmetólogos  
ASSECSC-­‐SC de  Santa  Catarina http://assecsc.bl ogspot.com.br/ SC
ASSERIO  -­‐  Associação  dos  Esteticistas  do  
ASSERIO Estado  do  Rio  de  Janeiro http://asseriorj.blogspot.com.br/ RJ
Associação  dos  Profissionais  de  
Cosmetologia,  Estética  e  Maquiagem  do  
ASSOCEMP Estado  de  São  Paulo http://www.assocemsp.com.br SP
Confederação  Nacional  dos  Trabalhadores  
CONTRATUH em  Turismo  e  Hospitalidade  ( Contratuh) http://www.contratuh.org.br/ DF
FEBRAPE  –  Federação  Brasileira  dos  
FEBRAPE-­‐SP Profissionais  Esteticistas   http://febrapebrasi l .bl ogspot.com.br/ SP
Federação  dos  Trabalhadores  e m  Turismo  e  
Hospitalidade  do  Estado  de  São  Paulo  
FETHESP-­‐SP (FETHESP) http://www.fethesp.org.br/ SP
https://www.facebook.com/pages/Soci edade-­‐
Brasi l ei ra-­‐de-­‐Tecnol ogi a-­‐em-­‐Est%C3%A9ti ca-­‐e-­‐
Sociedade  Brasileira  de  Tecnologia  e m   Cosmetol ogi a/178363282234283?id=178363282
SBTEC-­‐RJ Estética  e  Cosmetologia 234283&sk=i nfo RJ
Sindicato  dos  Institutos  de  Beleza  e  
SINBEL-­‐RJ Senhoras  do  Município  do  Rio  de  Janeiro http://www.si nbel .com.br   RJ
Sindicato  dos  Salões  de  Barbearias,  
Cabeleireiros,  Institutos  de  Beleza  e  
SINCA Similares  do  Estado  do  Rio  Grande  do  Sul http://www.si ncars.com.br RS
Sindicato  dos  Centros  de  Formação  de  
Profissionais  de  Cabeleireiros  e  Similares  do  
SINDESCAB Estado  de  São  Paulo http://www.si ndescab.com.br SP
http://si ndesmg.bl ogspot.com.br/search/label /P
SINDES-­‐MG Sindicato  dos  Esteticistas  do  Estado  de  MG RINCIPAL MG
SINDICATO  DOS  PROFISSIONAIS  
SINDEST-­‐SP ESTETICISTAS  DO  ESTADO  DE  SÃO  PAULO http://si ndestsp.bl ogspot.com.br/ SP
SINDETTERJ  SINDICATO  DOS  ESTETICISTAS  
TÉCNICOS  E  TECNÓLOGOS  DO  ESTADO  DO  
SINDETTERJ-­‐RJ RIO  DE  JANEIRO http://si ndesteti carj.bl ogspot.com.br/ RJ
Sindicato  dos  Proprietários  de  Barbearias,  
Institutos  de  Beleza  e  Afins  do  Estado  de  
SINDIBELEZA-­‐GO Goiás http://si ndi bel ezago.com.br GO
Sindicato  dos  Institutos  de  Beleza  e  
Cabeleireiros  de  Senhoras  do  Estado  de  São  
SINDIBELEZA-­‐SP Paulo http://www.si ndi bel eza.org.br SP
SindEstética    –  Sindicato  dos  Empregadores  
em  Empresas  e  Profissionais  Liberais  e m  
Estética  e  Cosmetologia  do  Estado  de  São  
SINDSTETICA-­‐SP Paulo http://www.sindestetica.org.br/ SP
Fonte: Elaborado pela autora.

3.5.6 Entidades reguladoras e fiscalizatórias

55  
 
3.5.6.1 CFBM – Conselho Federal de Biomedicina

Sedes E Delegacias Conselho Federal De Biomedicina

CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA - REPRESENTAÇÃO EM


BRASÍLIA
PRESIDENTE: DR. SILVIO JOSÉ CECCHI - Celular (16) 8118-9162
SCS - QUADRA 07 - EDIFICIO TORRE DO PATIO BRASIL - BLOCO A Nº 100
SALAS 806/808
ASA SUL - BRASILIA - DF CEP: 70307-901 - FONE/FAX: (61) 3327-3128

CONSELHO FEDERAL DE BIOMEDICINA


CNPJ: 52.391.703/0001-91
RUA: ALVAREZ CABRAL, 464 9 ANDAR S/901 A 905 - CENTRO
14010-908 - RIBEIRÃO PRETO - SP. FONE/FAX: (16)36365963 / 36365586 /
36365539
cfbm@netsite.com.br

CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA - 1º. REGIÃO - SP.


CNPJ: 62.021.837/0001-74
Presidente: Dr. Dácio Eduardo Leandro Campos
AV. LACERDA FRANCO, 1073 - CAMBUCI
01536-000 - SÃO PAULO - SP - FONE: (11)33475555 (11)33475555 Fax:
(11)32094493
crbm1@crbm1.gov.br e www.crbm1.gov.br
JURISDIÇÃO: São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro,
Mato Grosso do Sul e Espírito Santo.

CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA - 2º REGIÃO - PE.


CNPJ: 24.417.008/0001-16
Presidente: Dr. Luís de França Ribeiro Neto
RUA GERVASIO PIRES, 1075 - SOLEDADE - 50050-070
RECIFE - PE. - FONE: (81)32223200 e FAX:(81)3221-1080
crbm2@hotlink.com.br e www.crbm2.com.br
JURISDIÇÃO: Pernambuco, Bahia, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí
Maranhão e Paraíba.

CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA - 3º REGIÃO - GO.


CNPJ: 26.619.841/0001-75
Presidente: Dr. Rony Marques de Castilho
RUA: 112, QD.F-36, LT 51, Nº 137 SETOR SUL
74085-150 - GOIÂNIA - GO - FONE: (62) 3215-1512/3215-2251 /FAX: (62) 3215-
3259
E-mail: crbm3@terra.com.br site: www.crbm3.org.br
 

 
JURISDIÇÃO: Goiás, Tocantins, Distrito Federal, Mato Grosso e Minas Gerais.

CONSELHO REGIONAL DE BIOMEDICINA - 4º REGIÃO - PA.


CNPJ: 34.639.419/0001-00
Presidente: Dr. Ricardo Ishak
EDIFÍCIO JOSÉ MIGUEL BITAR - AV: NAZARÉ, 541 SALA 309 - NAZARÉ
66035170 - BELEM - PA - FONE/FAX: (91) 32122468- (91) 32413933
JURISDIÇÃO: Pará, Amazonas, Amapá, Roraima, Rondônia e Acre.

3.5.6.2 ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária

O Núcleo de Assessoramento de Descentralização de Ações de Vigilância Sanitária (NADAV)


é a área responsável, dentre outras atividades, pela articulação entre a ANVISA e os demais
componentes do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária, inclusive com áreas afins do
Ministério da Saúde.

Tem como atribuição prestar apoio técnico a estados e municípios e promover espaços que
possibilitem a discussão e formulação de políticas relacionadas à descentralização, financiamento,
pactuação e acompanhamento da execução das ações de vigilância sanitária.

Em 2007 o NADAV realizou oficinas de elaboração do plano de ação nos 26 estados e DF, das
quais surgiram demandas relativas à ausência de regulamentação sobre o funcionamento de
serviços de interesse da saúde.

Considerando a necessidade de existência de suporte legal, principalmente pelas VISAS


municipais, para que as equipes realizem as ações de orientação e fiscalização sanitária, o
NADAV assumiu a organização e coordenação de grupos para elaboração de referências técnicas
sobre serviços de interesse da saúde.

Estão disponibilizados os primeiros resultados dos Grupos de Referência16, sendo importante


destacar que os mesmos não possuem valor legal, pois objetivam fornecer base aos estados e
municípios na elaboração e instituição de legislação local pertinente aos assuntos tratados em
cada referência. Cabe ressaltar a importância das políticas adequadas de biossegurança previstas
neste instrumento que devem ser incorporadas aos negócios de estética, pois sua falta é um
ponto fraco do segmento e fator de alto risco aos profissionais e usuários dos serviços.

O inteiro teor do Regulamento Técnico, que define as normas de funcionamento para os


serviços de estética e embelezamento sem responsabilidade médica, nos termos dos parágrafos
anteriores, está disponibilizado no ANEXO “I”, parte deste documento.

Disponibilizamos no Anexo “J” o Decreto 8.077 de 14 de agosto de 2013, que regulamenta as


condições para o funcionamento de empresas sujeitas ao licenciamento sanitário, e o registro,
controle e monitoramento, no âmbito da vigilância sanitária, dos produtos de que trata a Lei nº
                                                                                                                       
16
 Vide ANEXO “H”.  

57  
 
6.360/76 e dá outras providências. Este anexo foi incluído por conter algumas disposições que
indiretamente podem afetar os estabelecimentos de estética, especialmente quanto à
responsabilidade solidária no armazenamento e venda de produtos sujeitos a esta norma.
Ainda sobre o tema “Biossegurança”, disponibilizamos no “ANEXO M” matéria publicada
sobre “Biossegurança e Estética”, Revista Científica INA, que contemplando o tema de forma
didática e abrangente.

3.5.6.2.1 Centros de vigilância sanitária estaduais

No quadro abaixo é apresentado a localização desses centros de vigilâncias sanitárias


estaduais.

Quadro 10 – Centros de vigilância.


ACRE – AC

ALBERTINA MARIA DE SOUZA COSTA


Gerente Da Divisão De Vigilância Sanitária Estadual
Rua Benjamim Constant, Nº 830, 4º Andar - Centro
CEP: 69908-520
Rio Branco – AC
Tel.: (68) 3215-2774
Fax: (68) 3215-2773
Cel.: (68) 9985-6232
E-MAIL: vgsanitaria.saude@ac.gov.br, tinacost@gmail.com

ALAGOAS – AL

PAULO BEZERRA NUNES


Diretor De Vigilância Sanitária
Rua 07 De Setembro, N°50 – Centro
CEP: 57020-700
Maceió – AL
Tel.: (82) 3315-3779 / 6691 / 3667
Fax: (82) 3315-1487
E-MAIL: visa.alagoas@gmail.com; sinavisa@saude.al.gov.br; pbn1915@yahoo.com

AMAPÁ – AP
 

JOÃO SOARES DOS SANTOS FILHO


Diretor Da Vigilância Sanitária
Av. Almirante Barroso, Nº. 619 – Centro
CEP: 68900-041
Macapá – AP
Tel.: (96) 3212- 6258
Fax: (96) 3212-6258
Cel.: (96) 9971-2900
E-MAIL: visa.ap@anvisa.gov.br; joaosoaressf@bol.com.br

AMAZONAS – AM

RAIMUNDO ASTÉRIO MOTA PIMENTEL


Chefe do Departamento De Vigilância. Sanitária - DEVISA.
Avenida Joaquim Nabuco, 2245 – Centro.
Manaus – AM
CEP 690020-030
Tel.: (92) 3182-8929/8921
Fax:( 92)3182-8922
Cel. Raimundo: (92) 9981-0091
E-MAIL: devisa@fvs.am.gov.br; raimundopimentel@hotmail.com

BAHIA – BA

ITA DE CÁCIA AGUIAR CUNHA


Diretora De Vigilância Sanitária
Centro De Atenção à Saúde Prof° Dr. José Maria De Magalhães Netto - Av. Antônio
Carlos
Magalhães S/ N – Iguatemi.
CEP: 41820-000
Salvador – BA
Tel.: (71) 3351-1515
Fax: 3270-5775/ 32707677
E-MAIL: sesap.divisa@saude.ba.gov.br, divisa.ba@gmail.com

59  
 
CEARÁ – CE

GERARDA CUNHA DA SILVA


Supervisora de Vigilância Sanitária
Av. Almirante Barroso, 600 – Praia De Iracema
CEP: 60060-440
Fortaleza - CE
Tel.: (85)3101-5285/5287/5289/5290
Fax: (85) 3101-5286
E-Mail: nuvis@saude.ce.gov.br, gerarda.cunha@saude.ce.gov.br

DISTRITO FEDERAL – DF

MANOEL SILVA NETO


Diretor De Vigilância Sanitária
SGAN Quadra 601 Lotes O/P, Asa Norte
CEP: 70830-010
Brasília - DF
Tel.: (61) 3325-4811/4812
Fax: (61) 3322-2182
E-MAIL: manoelneto@terra.com, vigilanciasanitariadf@gmail.com

ESPIRITO SANTO – ES

MARIZETE DE OLIVEIRA SILVA


Chefe de Núcleo Especial de Vigilância Sanitária
Av. Marechal Mascarenhas De Moraes, 2025 3° Andar – Bento Ferreira

CEP: 29052121
Vitória – ES
Tel.: (27) 3137-2427/2472
Celular institucional: (27) 9853-4692
Fax: (27) 3382-5071
E-MAIL: visa@saude.es.gov.br; marizetesilva@saude.es.gov.br
 

GOIÁS – GO

TÂNIA DA SILVA VAZ


Superintendente de Vigilância Sanitária
Avenida Anhanguera, nº 5.195 - Bairro Setor Coimbra
CEP: 74043-011
Goiânia - GO
Tel.: (62) 3201-4141/4100/4106
Fax: (62) 3201-4101
E-MAIL: visago@visa.goias.gov.br; tttaniavaz@gmail.com

MARANHÃO – MA

PAULO JESSÉ SILVA GONÇALVES


Superintendente De Vigilância Sanitária
Rua Viveiro De Castro, nº 11 - Bairro Apeadouro.
CEP: 65036- 710
São Luiz – MA
Tel.: (98) 3275-4278 / 9145-5702
Fax: (98) 3275-1160
E-MAIL: visa.ma@anvisa.gov.br,
visa@saude.ma.gov.br;jesse.goncalves@saude.nma.gov.br

MATO GROSSO – MT

VERA MARTA FERRO BONACIM RODER


Coordenadora Interina De Vigilância Sanitária
Centro Político Administrativo - Rua D, s/n, Bl. 5 - 1°Piso
CEP: 78450-000
Cuiabá – MT
Tel: (65) 3613-5370 / 5373 / 5378
Fax: (65) 3613-5377
Cel Mara: (65) 9958-2115
E-MAIL: covsan@ses.mt.gov.br, veraroder@ses.mt.gov.br

61  
 
MATO GROSSO DO SUL – MS

GLAUCE GUIMARÃES DE OLIVEIRA MOURA


Coordenadora De Vigilância Sanitária
Rua Joel Dibo n°267- Centro
CEP: 79002-060
Campo Grande – MS
Tel.: (67) 3312-1139/1172/1125
Fax: (67) 3312 - 1123
E-MAIL: cvisa@saude.ms.gov.br; glauceguimaraes@gmail.com

MINAS GERAIS – MG

MARIA GORETTI MARTINS DE MELO


Superintendente De Vigilância Sanitária
Rodovia Prefeito Americo Gianetti - Serra Verde – 13º andar.
CEP: 316309-900
Cidade Administrativa - MG
Tel.: (31) 3916-0452/0453
Fax: (31) 3916-0454
E-MAIL: svs@saude.mg.gov.br, goretti.melo@saude.mg.gov.br.

PARÁ – PA

THELMA DE OLIVEIRA ARAÚJO


Diretora De Vigilância Sanitária
Rua Presidente Pernambuco, 489 – Bairro Batista Campos
CEP: 66015-200
Belém - PA
Tel.: (91) 4006-4278/4280
Fax: (91) 4006-4278
Celular: (91) 8112-0281
E-MAIL: dvs@sespa.pa.gov.br, tharaujo@yahoo.com.br
 

PARAÍBA – PB

JAILSON VILBERTO DE SOUSA E SILVA


Diretor Geral De Vigilância Sanitária
Avenida João Machado, nº 109, 1º andar – Centro
CEP: 58013-520
João Pessoa - PB
Tel.: (83) 3218-5927/5928/5937/5936
Fax: (83) 3218-5930
E-MAIL: agevisa@agevisa.pb.gov.br

PARANÁ – PR

PAULO COSTA SANTANA


Chefe De Departamento De Vigilância Sanitária
Rua Piquiri, nº 170, 2° Andar - Rebouças
CEP: 80230-140

CURITIBA - PR

Tel.: (41) 3330-4538/4536/4500


Fax: (41) 3330-4535
E-MAIL: visa@sesa.pr.gov.br; paulosantana@sesa.pr.gov.br
Celular do Paulo: (41)99568379

PERNAMBUCO – PE

JAIME BRITO DE AZEVEDO


Gerente Geral de APEVISA
Praça Oswaldo Cruz, S/N - Boa Vista
CEP: 50050-210

63  
 
RECIFE - PE

Tel.: (81) 3181-6425/6424/ (81)9488-4600


FAX: (81) 3181-6355
E-MAIL: apevisa@saude.pe.gov.br; jaime@saude.pe.gov.br

PIAUÍ – PI

TATIANA VIEIRA SOUSA CHAVES


Diretora De Vigilância Sanitária
Rua 19 De Novembro, n° 1865 – Bairro Primavera
CEP: 64002-570
Teresina - PI
Tel.: (86) 3216-3660/3664 /
Fax: (86) 3216-3662
E-MAIL: visapiaui@yahoo.com.br; tatianavsc@yahoo.com.br.

RIO DE JANEIRO – RJ

JORGE CAVALCANTE DE OLIVEIRA


Superintendente De Vigilância Sanitária
Rua México, 123 – 3° Andar
CEP: 20031-142
Rio De Janeiro - RJ
Tel.: (21) 2333-3780/3788/3786/3790
FAX: (21) 2333-3806
E-MAIL: vigsanitaria@saude.rj.gov.br,
npdi@saude.rj.gov.br;jorge.cavalcante@saude.rj.gov.br

RIO GRANDE DO NORTE – RN

MARIA HELENA DA MOTTA URBANO PEREIRA


Subcoordenadora De Vigilância Sanitária
Av. Junqueira Aires, 488 – Centro
CEP: 59025-280
 

Natal – RN
Tel.: (84) 3232-2562/2566
Fax: (84) 3232-2557
E-MAIL: visa@rn.gov.br, mariahelenarq@rn.gov.br

RIO GRANDE DO SUL – RS

SIRLEI FAMER
Chefe De Divisão De Vigilância Sanitária
Rua Domingos Crescêncio, n° 132 – 5º andar / sala 502
Bairro Santana
CEP: 90650-090
Porto Alegre - RS
Tel.: (51) 3901-1090/1066/
Fax: (51) 3901-1161
E-MAIL: dvs@saude.rs.gov.br, sirlei-famer@saude.rs.gov.br

RONDÔNIA – RO

Maria do Socorro Rodrigues da Silva


Gerente Técnica De Vigilância Sanitária Estadual - GTVISA
Nações Unidas 1.300 – Bairro Roque
CEP: 76804-436
Porto Velho - RO
Tel.: (69) 3216-5357(Direto ao Gabinete)/5297
Cel.: (69) 9957-0884
Fax: (69) 3216-5354
E-MAIL: visa.agevisa.ro@gmail.com; soroco_2@hotmail.com

RORAIMA – RR

ANDRÉ LUIZ COSTA DE CASTRO


Diretor De Departamento De Vigilância Sanitária
Av. Brigadeiro Eduardo Gomez, Nº 521, Bairro Mecejana
Boa Vista - RR

65  
 
CEP: 69310-005
Tel.: (95) 3623-2800/ 9118-2483/ 8112-0720
Fax: (95) 3623-2800
E-MAIL: visa_rr@yahoo.com.br/ devisarr@gmail.com/ zagquimico@bol.com.br

SANTA CATARINA – SC

RAQUEL RIBEIRO BITTENCOURT


Diretora De Vigilância Sanitária
Av. Rio Branco, 152 – Centro
CEP: 88015-200
Florianópolis - SC
Tel.: (48) 3251-7995/7960/7921-divisão de produtos
FAX: (48) 3251-7907
E-MAIL: dvs@saude.sc.gov.br, raquelbittencourt@saude.sc.gov.br

SÃO PAULO - SP

MARIA CRISTINA MEGID


Diretora Técnica De Departamento De Vigilância Sanitária
Diretora de Produtos (Substituta): Isabel de Lelis
Av. Dr° Arnaldo, nº 351, Anexo III - Cerqueira Cesar
CEP: 01246-902
São Paulo - SP
Tel.: (11) 3065-4666/4733/4716
Fax: (11) 3065-4838
E-MAIL: secretarias@cvs.saude.sp.gov.br; mmegid@cvs.saude.sp.gov.br

SERGIPE – SE

ANTÔNIO DE PÁDUA PEREIRA POMBO


Coordenador De Vigilância Sanitária Estadual
Rua Urquiza Leal, 617 – Bairro Salgado Filho
 

CEP: 49020-490
Aracajú - SE
Tel.: (79) 3225-3800/3801
Fax: (79) 3246-3930
Celular do Antônio: (79)88248180
E-MAIL: covisases@saude.se.gov.br, antonio.padua@saude.se.gov.br

TOCANTINS – TO

TWIGGY CRISTINA ALVES BATISTA


Diretora Estadual de Vigilância Sanitária
Quadra 104 Norte - Av Lo 2 N° 13 Conj. 1 Lote 30
CEP: 77006-022
Palmas - TO
Tel.: (63) 3218-6272
Celular: (63) 8415-9055
Fax: (63) 3218-3298
E-MAIL: visa@saude.to.gov.br; twiggybat@gmail.com
Fonte: Elaborado pela autora.

3.5.6.2.2 Secretarias Estaduais de Saúde

Quadro 11 – Secretarias.
Alagoas – www.saude.al.gov.br
Amazonas – http://www.saude.am.gov.br/links.php
Bahia – www.saude.ba.gov.br
Ceará – http://www.saude.ce.gov.br/internet/
Distrito Federal – www.saude.df.gov.br
Espírito Santo – www.saude.es.gov.br
Goiás – www.saude.go.gov.br
Mato Grosso – www.saude.mt.gov.br
Minas Gerais – www.saude.mg.gov.br
Pará – www.saude.pa.gov.br
Paraíba – www.saude.pb.gov.br
Paraná – www.saude.pr.gov.br
Pernambuco – www.saude.pe.gov.br
Piauí – www.saude.pi.gov.br
Rio Grande do Sul – www.saude.rs.gov.br

67  
 
Rio de Janeiro – www.saude.rj.gov.br
Roraima – www.saude.rr.gov.br
Santa Catarina – http://www.saude.sc.gov.br/
São Paulo – www.saude.sp.gov.br
Sergipe – http://www.saude.se.gov.br/
Fonte: Elaborado pela autora.

3.5.7 Aspectos tributários e trabalhistas do segmento estética

Embora a profissão tenha sido reconhecida pela Lei 12.592 de 18 de janeiro de 2012, há
controvérsias sobre as possibilidades de enquadramento ou não de determinadas atividades nos
regimes MEI – Microempreendedor Individual e SIMPLES. Também a relação entre
proprietários de empreendimentos e seus colaboradores possuem tratamentos e entendimentos
diversos nos estados brasileiros.

Após consultas realizadas no portal do empreendedor, e análise comparativa com a lista de


atividades compreendidas no “Segmento Estética”, foi elaborada a tabela abaixo, evidenciando a
autorização legal de opção e regularização fiscal dos profissionais através do MEI:

Quadro 12 – Atividades do estudo.


 

ATIVIDADES  COMPREENDIDAS  NO  ESTUDO


9602-­‐5/02  -­‐  Resolução  02/2010
CBO  3221 OPÇÃO  PELO  MEI
BRONZEAMENTO  ARTIFICIAL;  SERVIÇOS  DE NCE
CLÍNICA  DE  EMAGRECIMENTO  COM  USO  DE  EQUIPAMENTOS NCE
CORRENTE  RUSSA;  SERVIÇO  DE NCE
DEPILAÇÃO  COM  CERA;  SERVIÇOS  DE SIM
DEPILAÇÃO;  SERVIÇOS  DE SIM
ENDERMOTERAPIA;  SERVIÇO  DE NCE
ESTÉTICA  CORPORAL;  SERVIÇOS  DE NCE
ESTETICISTA;  SERVIÇOS  DE SIM
HIDRATAÇÃO  DE  PELE;  SERVIÇOS  DE NCE
HIGIENE  E  BELEZA;  SERVIÇOS  DE NCE
HIGIENE  E  EMBELEZAMENTO;  SERVIÇOS  DE NCE
HIGIENE  PESSOAL;  SERVIÇOS  DE NCE
INSTITUTO  DE  BELEZA;  SERVIÇOS  DE NCE
INSTITUTO  DE  EMAGRECIMENTO  COM  USO  DE  EQUIPAMENTOS NCE
INSTITUTO  DE  MASSAGEM  ESTÉTICA NCE
LIMPEZA  DE  PELE;  SERVIÇOS  DE NCE
LIMPEZA  FACIAL;  SERVIÇOS  DE NCE
MAQUIAGEM;  SERVIÇOS  DE SIM
MAQUILAGEM;  SERVIÇOS  DE SIM
MASSAGEM  ESTÉTICA;  SERVIÇOS  DE NCE
MASSAGEM  FACIAL;  SERVIÇOS  DE NCE
PEELING;  SERVIÇOS  DE NCE
REVITALIZAÇÃO  DE  PELE;  SERVIÇOS  DE NCE
SPA  SEM  SERVIÇO  DE  ALOJAMENTO;  SERVIÇOS  DE NCE
TONIFICAÇÃO  DE  PELE;  SERVIÇOS  DE NCE
TRATAMENTO  ESTÉTICO NCE
TRATAMENTO  ESTÉTICO;  SERVIÇOS  DE NCE
TRATAMENTO  FACIAL;  SERVIÇOS  DE NCE
*NCE  =  NÃO  CONSTA  EXPRESSAMENTE
Fonte: e-MEC (2013).

Na tentativa de sanar esta e outras relações profissionais existentes, tramita o projeto de lei
complementar (PLP 255/13), do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que dispõe sobre a base
de tributação do “salão parceiro” e do “profissional parceiro”. A proposta sugere a instituição
das figuras do “salão parceiro” e do “profissional parceiro”, que, atendidas as especificações
contidas na lei que dispõe sobre aquele que trabalha no ramo da beleza (Lei 12.592/12)
poderiam ser incluídos na regra de microempreendedor individual e prestariam serviços ao
“salão parceiro”, que teriam uma base tributária segregada daquilo que repassassem ao
“profissional parceiro”.

69  
 
O deputado justifica que, dessa forma, tanto os empresários como os profissionais da área
sofrerão tributação exclusiva sobre o valor que efetivamente lhes couberem e lhes forem
direcionados, ambos integrados ao sistema do Simples Nacional.

Segundo o deputado, a lei reconheceu o profissional da beleza, mas o número de


informalidade entre esses profissionais, que recebem apenas um percentual sobre o
faturamento dos seus serviços é muito grande. “o modelo adotado pelos salões de beleza é
de que o profissional trabalhe sem vínculo empregatício e receba apenas uma comissão, e
isso reflete a alta de taxa de fechamento desses empreendimentos.”

A matéria será ainda apreciada pelas Comissões de Finanças e Tributação e Constituição e


Justiça e de Cidadania, sujeita à apreciação do Plenário, em regime de tramitação de
prioridade.

Sobre a possibilidade de opção pelo SIMPLES, abaixo matéria publicada pelo SEBRAE
que contempla o tema:

“Centro de Estética
Informações Fiscais e Tributárias
O segmento de CENTRO DE ESTÉTICA, assim entendido pela
CNAE/IBGE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) 9602-5/02
como atividade de limpeza de pele, massagem facial,
maquilagem, depilação, massagem estética e para emagrecimento, spas que não
operam estabelecimentos hoteleiros, outras atividades de tratamento de beleza
não especificadas anteriormente, (esta sub classe não compreende as clínicas
dermatológicas com recursos para a realização de procedimentos cirúrgicos e
exames complementares CNAE-8630-5/01), poderá optar pelo SIMPLES
Nacional - Regime Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e
Contribuições devidos pelas ME (Microempresas) e EPP (Empresas de Pequeno
Porte), instituído pela Lei Complementar nº 123/2006, desde que a receita bruta
anual de sua atividade não ultrapasse a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais) para micro empresa R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais)
para empresa de pequeno porte e respeitando os demais requisitos previstos na
Lei.
Nesse regime, o empreendedor poderá recolher os seguintes tributos e
contribuições, por meio de apenas um documento fiscal – o DAS (Documento de
Arrecadação do Simples Nacional), que é gerado no Portal do SIMPLES
Nacional (http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/):
• IRPJ (imposto de renda da pessoa jurídica);
• CSLL (contribuição social sobre o lucro);
• PIS (programa de integração social);
• COFINS (contribuição para o financiamento da seguridade social);
• ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza);
• INSS (contribuição para a Seguridade Social relativa a parte patronal).
Conforme a Lei Complementar nº 123/2006, as alíquotas do SIMPLES
Nacional, para esse ramo de atividade, variam de 6% a 17,42%, dependendo da
receita bruta auferida pelo negócio. No caso de início de atividade no próprio
ano-calendário da opção pelo SIMPLES Nacional, para efeito de determinação
da alíquota no primeiro mês de atividade, os valores de receita bruta acumulada
devem ser proporcionais ao número de meses de atividade no período.
 

 
Se o Estado em que o empreendedor estiver exercendo a atividade conceder
benefícios tributários para o ICMS (desde que a atividade seja tributada por esse
imposto), a alíquota poderá ser reduzida conforme o caso. Na esfera Federal
poderá ocorrer redução quando se tratar de PIS e/ou COFINS.
Se a receita bruta anual não ultrapassar a R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), o
empreendedor, desde que não possua e não seja sócio de outra empresa, poderá
optar pelo regime denominado de MEI (Microempreendedor Individual) . Para
se enquadrar no MEI o CNAE de sua atividade deve constar e ser tributado
conforme a tabela da Resolução CGSN nº 94/2011 - Anexo XIII
(http://www.receita.fazenda.gov.br/legislacao/resolucao/2011/CGSN/Resol94.ht
m). Neste caso, os recolhimentos dos tributos e contribuições serão efetuados em
valores fixos mensais conforme abaixo:
I) Sem empregado
II) • 5% do salário mínimo vigente - a título de contribuição previdenciária
do empreendedor;
III) • R$ 5,00 a título de ISS - Imposto sobre serviço de qualquer natureza.
II) Com um empregado: (o MEI poderá ter um empregado, desde que o salário
seja de um salário mínimo ou piso da categoria)
O empreendedor recolherá mensalmente, além dos valores acima, os seguintes
percentuais:
•Retém do empregado 8% de INSS sobre a remuneração;
•Desembolsa 3% de INSS patronal sobre a remuneração do empregado.
Havendo receita excedente ao limite permitido superior a 20% o MEI terá seu
empreendimento incluído no sistema SIMPLES NACIONAL.
Para este segmento, tanto ME, EPP ou MEI, a opção pelo SIMPLES Nacional
sempre será muito vantajosa sob o aspecto tributário, bem como nas facilidades de
abertura do estabelecimento e para cumprimento das obrigações acessórias.
Fundamentos Legais: Leis Complementares 123/2006 (com as alterações das
Leis Complementares nºs 127/2007, 128/2008 e 139/2011) e Resolução CGSN -
Comitê Gestor do Simples Nacional nº 94/2011.
Não há informações complementares disponíveis para este Estado.”

3.5.8 Os negócios de estética formalizados

O mercado de serviços de estética contempla diversas formas de operação, do ponto de vista de


regularização, porte e enquadramento fiscal, quais sejam:

• Profissionais que atuam como autônomos, regularizados ou não junto as prefeituras,


INSS e SRF;

• Profissionais de serviços regularizados como Microempreendedores Individuais, que


atuam individualmente ou em estabelecimentos estéticos;

• Profissionais registrados pela CLT como colaboradores de empreendimentos


estéticos;

• Estabelecimentos estéticos regularizados de micro, pequeno, médio e grande porte,


optantes ou não do simples.

3.5.8.1 Números do mercado “serviços de estética”

71  
 
Fontes Consultadas:

• Receita Federal: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/estatistica - somente


os dados estatísticos do SIMEI estavam disponíveis para consulta e será
apresentado o resultado consolidado da pesquisa procedida.
http://www8.receita.fazenda.gov.br/SimplesNacional/Aplicacoes/ATBHE/estati
sticas.app/Estatisticas/MenuEstatisticas.aspx?ano=2010

• Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário: Dispõe de serviço de coleta de


dados com inúmeros indicadores mediante orçamento.
http://empresometro.com.br/ - Não foram disponibilizados dados nas consultas
efetuadas neste site.

• Ministério do Trabalho: http://www3.mte.gov.br/geral/estatisticas.asp - Não


foram disponibilizados dados nas consultas efetuadas neste site.

Estima-se que são mais de 500 mil negócios de beleza legalizados no país, e que este número
corresponde a 20% dos negócios existentes, ou seja, este universo é desconhecido e justifica os
esforços em todas as esferas do incentivo à formalização como medida de fortalecimento do
setor, dentre outros benefícios.

Dos negócios formalizados, a maioria pertence ao universo MEI, conforme se observa nos
resultados abaixo:

3.5.8.1.1 Universo MEI

Quadro 13 – MEI.
 

Total Masc Fem Total Masc Fem Total Masc Fem


AC Outros 128 2 126 AC Cabelereiros 690 160 530 AC Todos 10308 5235 5073
AL Outros 507 14 493 AL Cabelereiros 2886 543 2343 AL Todos 40828 19930 20898
AM Outros 446 22 424 AM Cabelereiros 1659 410 1249 AM Todos 33590 18061 15529
AP Outros 94 2 92 AP Cabelereiros 522 159 363 AP Todos 8505 4464 4041
BA Outros 4584 138 4446 BA Cabelereiros 15627 3740 11887 BA Todos 222843 118294 104549
CE Outros 1871 58 1813 CE Cabelereiros 7161 1602 5559 CE Todos 106189 52675 53514
DF Outros 2115 98 2017 DF Cabelereiros 5568 1156 4412 DF Todos 61999 32062 29937
ES Outros 2439 53 2386 ES Cabelereiros 6403 1368 5035 ES Todos 84723 42389 42334
GO Outros 2422 82 2340 GO Cabelereiros 9603 2282 7321 GO Todos 124578 68309 56269
MA Outros 651 20 631 MA Cabelereiros 3088 586 2502 MA Todos 45494 23355 22139
MG Outros 9796 233 9563 MG Cabelereiros 27649 6346 21303 MG Todos 344509 182263 162246
MS Outros 1309 25 1284 MS Cabelereiros 3715 779 2936 MS Todos 51367 27618 23749
MT Outros 1287 42 1245 MT Cabelereiros 4794 1069 3725 MT Todos 65370 34946 30424
PA Outros 1181 55 1126 PA Cabelereiros 3968 1031 2937 PA Todos 88069 48668 39401
PB Outros 608 25 583 PB Cabelereiros 2683 547 2136 PB Todos 44848 24637 20211
PE Outros 1930 90 1840 PE Cabelereiros 7386 1668 5718 PE Todos 110948 60333 50615
PI Outros 338 10 328 PI Cabelereiros 2352 514 1838 PI Todos 29306 14911 14395
PR Outros 5994 140 5854 PR Cabelereiros 11984 2601 9383 PR Todos 173706 94998 78708
RJ Outros 11896 435 11461 RJ Cabelereiros 28365 6273 22092 RJ Todos 393130 205695 187435
RN Outros 945 32 913 RN Cabelereiros 3010 546 2464 RN Todos 45558 24643 20915
RO Outros 525 8 517 RO Cabelereiros 2238 570 1668 RO Todos 25641 14014 11627
RR Outros 165 8 157 RR Cabelereiros 537 124 413 RR Todos 6976 3598 3378
RS Outros 6787 157 6630 RS Cabelereiros 12458 2359 10099 RS Todos 191441 101202 90239
SC Outros 3317 95 3222 SC Cabelereiros 6547 1468 5079 SC Todos 111659 60547 51112
SE Outros 433 12 421 SE Cabelereiros 1880 364 1516 SE Todos 22668 11641 11027
SP Outros 28378 824 27554 SP Cabelereiros 68127 16571 51556 SP Todos 812886 427778 385108
TOTAL  GERAL 90146 2680 87466 240900 54836 186064 3257139 1722266 1534873

Outros  MEI 2926093


Cabeleireiros 240900
Outros  Beleza 90146
3257139
Fonte: Elaborado pela autora.

Gráfico 2 – MEI.

73  
 
MEI  -­‐ Masculino  e  Feminino  -­‐ Todos  os  Estados
Outros  MEI Cabeleireiros Outros  Beleza

7% 3%

90%

Fonte: Elaborado pela autora.

Gráfico 3 – MEI – feminino.

MEI  -­‐ Feminino  -­‐ Todos  os  Estados


Outros  MEI Cabeleireiros Outros  Beleza

6%
12%

82%

Fonte: Elaborado pela autora.


Gráfico 4 – MEI – masculino.
 

MEI  -­‐ Masculino  -­‐ Todos  os  Estados


Outros  MEI Cabeleireiros Outros  Beleza
0%
3%

97%

Fonte: Elaborado pela autora.

Serviços de Estética – Panorama MEI:

Gráfico 5 – Serviços de estética MEI.

Fonte: Elaborado pela autora.


Quadro 14 – Serviços de estética MEI.

75  
 
Serviços  de  Estética  -­‐  MEI
Total Masc Fem
AC Outros 128 2 126
AL Outros 507 14 493
AM Outros 446 22 424
AP Outros 94 2 92
BA Outros 4584 138 4446
CE Outros 1871 58 1813
DF Outros 2115 98 2017
ES Outros 2439 53 2386
GO Outros 2422 82 2340
MA Outros 651 20 631
MG Outros 9796 233 9563
MS Outros 1309 25 1284
MT Outros 1287 42 1245
PA Outros 1181 55 1126
PB Outros 608 25 583
PE Outros 1930 90 1840
PI Outros 338 10 328
PR Outros 5994 140 5854
RJ Outros 11896 435 11461
RN Outros 945 32 913
RO Outros 525 8 517
RR Outros 165 8 157
RS Outros 6787 157 6630
SC Outros 3317 95 3222
SE Outros 433 12 421
SP Outros 28378 824 27554
TOTAL  GERAL 90146 2680 87466
Fonte: Elaborado pela autora.

Cabeleireiros - Panorama MEI:

Gráfico 6 – Cabeleireiros.
 

80000
68127
70000

60000

50000

40000

27649 28365
30000

20000 15627
11984 12458
9603
10000 7161 5568 6403 7386 6547
2886 1659 3088 3715 4794 3968 2683 2352 3010 2238 1880
690 522 537
0
AC AL AM AP BA CE DF ES GO MA MG MS MT PA PB PE PI PR RJ RN RO RR RS SC SE SP
Fonte: Elaborado pela autora.

Quadro 15 – Cabeleireiros.

77  
 
Cabeleireiros
Total Masc Fem
AC 690 160 530
AL 2886 543 2343
AM 1659 410 1249
AP 522 159 363
BA 15627 3740 11887
CE 7161 1602 5559
DF 5568 1156 4412
ES 6403 1368 5035
GO 9603 2282 7321
MA 3088 586 2502
MG 27649 6346 21303
MS 3715 779 2936
MT 4794 1069 3725
PA 3968 1031 2937
PB 2683 547 2136
PE 7386 1668 5718
PI 2352 514 1838
PR 11984 2601 9383
RJ 28365 6273 22092
RN 3010 546 2464
RO 2238 570 1668
RR 537 124 413
RS 12458 2359 10099
SC 6547 1468 5079
SE 1880 364 1516
SP 68127 16571 51556
240900 54836 186064
TOTAL  GERAL 481800 109672 372128
Fonte: Elaborado pela autora.

Resumo dos totais – categorias “Serviços de Estética” e “Cabeleireiros”:

Quadro 16 – Total.
 

%  MEI SERVIÇOS  DE  BELEZA %  MEI


SALÕES  DE  BELEZA OUTROS  SERVIÇOS
CABELOS  E  CIA BRONZEAMENTO
MANICURA DEPILAÇÃO
EMAGRECIMENTO
72,77% ENDERMOTERAPIA 27,23%
ESTETICISTAS  E  AFINS
MAQUIAGEM
MASSAGEM
SPAS  NÃO  HOTELEIROS
Fonte: Elaborado pela autora.

Quadro 17 – Resumo geral.


RESUMO  GERAL  SIMEI  -­‐  SET/2013
FEM %  FEM MASC %  MASC TOTAL
CNAE  9602501 186.064 12,12% 54.836 3,18% 240.900 7,40%
CNAE  9602502 87.466 5,70% 2.680 0,16% 90.146 2,77%
OUTROS 1.261.343 82,18% 1.664.750 96,66% 2.926.094 89,84%
TOTAIS 1.534.873 100,00% 1.722.266 100,00% 3.257.140 100,00%

RESUMO  GERAL  SIMEI  -­‐  SET/2013


FEM %  TT MASC %  TT TOTAL
CNAE  9602501 186.064 5,71% 54.836 1,68% 240.900 7,40%
CNAE  9602502 87.466 2,69% 2.680 0,08% 90.146 2,77%
OUTROS 1.261.343 38,73% 1.664.750 51,11% 2.926.093 89,84%
TOTAIS 1.534.873 47,12% 1.722.266 52,88% 3.257.140 100,00%

MULHERES  NO  MEI  BELEZA 8,40%


MULHERES  NO  MEI  BELEZA  EM  RELAÇÃO  AO  TOTAL  DE  MULHERES 17,82%
MULHERES  NO  MEI  BELEZA  -­‐  %  NÃO  CABELEIREIRAS 31,98%
MULHERES  NO  MEI  BELEZA  -­‐  %  CABELEIREIRAS 68,02% 100,00%
TOTAL  DE  MULHERES  NO  MEI 47,12%

HOMENS  NO  MEI  BELEZA 1,77%


HOMENS  NO  MEI  BELEZA  EM  RELAÇÃO  AO  TOTAL  DE  HOMENS 3,34%
HOMENS  NO  MEI  BELEZA  -­‐  %  NÃO  CABELEIREIROS 4,66%
HOMENS  NO  MEI  BELEZA    -­‐  %  CABELEIREIROS 95,34% 100,00%
TOTAL  DE  HOMENS  NO  MEI 52,88%
Fonte: Elaborado pela autora.
3.5.8.1.2 Demais negócios formais não enquadrados no MEI

79  
 
Os números dos demais enquadramentos dos serviços de estética (ME e EPP), bem como os de
mercado são de difícil obtenção e isto se constitui em uma ameaça ao entendimento da dinâmica
deste segmento e mercado como um todo.

A “Pesquisa Mensal de Serviços”, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), têm


características genéricas que não atendem a necessidade de informações sobre o segmento objeto
de estudo, como se pode verificar abaixo:

A Pesquisa Mensal de Serviços produz indicadores que permitem acompanhar o


comportamento conjuntural do setor de serviços no País, investigando a receita
bruta de serviços nas empresas formalmente constituídas, com 20 ou mais
pessoas ocupadas, que desempenham como principal atividade um serviço não
financeiro, excluídas as áreas de saúde e educação.
A pesquisa foi iniciada em janeiro de 2011 e apresenta indicadores a partir de
janeiro de 2012. Compõem a pesquisa indicadores gerais, sem detalhamento por
atividade, para o Brasil e as 27 Unidades da Federação. Para o Brasil, há
indicadores por atividade, de acordo com os seguintes grupos e subgrupos:
serviços prestados às famílias (alojamento e alimentação; outros serviços prestados
às famílias); serviços de informação e comunicação (serviços TIC; serviços
audiovisuais, de edição e agências de notícias); serviços profissionais,
administrativos e complementares (serviços técnico-profissionais; serviços
administrativos e complementares); transportes, serviços auxiliares aos transportes
e correio (transporte terrestre; transporte aquaviário, transporte aéreo;
armazenagem, serviços auxiliares dos transportes e correio); e outros serviços.
Também são produzidos indicadores por atividade para os Estados do Ceará,
Pernambuco, Bahia, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e o Distrito Federal, com o
seguinte nível de desagregação: serviços prestados às famílias; serviços de
informação e comunicação; serviços profissionais, administrativos e
complementares; transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio; e outros
serviços.

Periodicidade: Mensal
Abrangência geográfica: Brasil e Unidades da Federação
Ainda sobre a dificuldade de obtenção de números, temos esta matéria elucidativa do
panorama atual:

Falta de estatísticas sobre setor de serviços dificulta investimento


Sem dados oficiais recentes, economistas e investidores reclamam da dificuldade
de planejar sem informações
Brasil Econômico - Fernanda Nunes | 16/07/
Responsável por 67% da circulação de dinheiro internamente, o setor de serviços
é ainda uma incógnita para economistas e investidores. Não há estatísticas
oficiais de análise do seu desempenho no curto prazo, ao contrário da indústria e
do comércio, acompanhados mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). Com dados insuficientes para trabalhar, economistas
reclamam da dificuldade de compreender o cenário atual e projetar variáveis
prioritárias para prever os rumos do país - como inflação e mercado de trabalho.
Por meses, os serviços foram os principais responsáveis pela variação dos preços e
ainda hoje são os principais geradores de postos de trabalho.
Digulgação
 

 
Falta de dados oficiais sobre o setor de serviços dificulta planejamento de
investidores
Mesmo a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), com lançamento previsto para
agosto pelo instituto — uma promessa de alívio para profissionais que se
debruçam sobre os números para avaliar o desenrolar da economia ou para decidir
investimentos — deixará de fora uma parcela significativa do setor: os segmentos
financeiros e de educação e saúde públicas.
Atualmente, o único dado oficial é o Produto Interno Bruto (PIB) de Serviços,
divulgado trimestralmente, porém, alvo de críticas quanto à defasagem das
informações e precisão. Há dúvidas sobre a capacidade do IBGE de calcular o
valor adicionado dessa parcela majoritária da economia, cujos meandros, muitas
vezes, esbarram na informalidade.
“Nossas previsões do PIB de Serviços acabam sendo muito focadas no comércio.
Utilizamos também estatísticas de outros setores, desenhando associações, como
os dados divulgados pelo Banco Central e os de transporte e armazenagem na
indústria, para tentar chegar a uma projeção. Mas são modelos que poderiam ser
bem melhores”, relata Alessandra Ribeiro, economista da consultoria Tendências.
“O setor de serviços é o mais sensível ao mercado de trabalho e à inflação. É
imprescindível ter um conhecimento mais atento sobre ele”, ressalta o
economista-chefe do Banco ABC Brasil, Luís Otávio Leal.
Do lado das empresas, a ausência de estatística prejudica o investimento, segundo
o economista da Confederação Nacional do Comércio, de Bens, Serviços e
Turismo (CNC) Bruno Fernandes. “Sem estatísticas, o empresário não consegue
enxergar um cenário do mercado no qual está inserido. E, sem enxergar o seu
próprio nicho de atuação, fica indeciso em investir”, afirma.
O grande desafio em conhecer o setor de serviços está na sua dimensão, porque
ele abrange desde um pequeno estabelecimento voltado à estética até as grandes
empresas de telecomunicações. Além disso, no segmento varejista, há uma
expressiva dose de informalidade de economia que foge ao controle público. “A
parcela que não é capturada pelas estatísticas tem a dimensão de um setor
industrial, por exemplo. Não é pouca coisa, faz toda diferença no cálculo das
contas nacionais. Talvez, se houvesse uma PMS anteriormente, o governo não
tivesse insistido tanto no fator consumo para sustentar a economia por tanto
tempo”, avalia Leal, do ABC Brasil.
Na tentativa de facilitar a compreensão do setor, o Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) está trabalhando no
aprofundamento dos dados da sua Sondagem de Serviços, a única disponível
atualmente. A intenção é utilizar os dados produzidos internamente e somar com
a PMS para gerar, além das estatísticas mensais, projeções para os meses
seguintes.
O esforço do Ibre/FGV, na verdade, vai além do setor de serviços. Os dados
recolhidos serão agregados aos da indústria e do comércio da economia, como um
todo, próximo ao PIB, só que de forma mensal e com projeções. “Daqui a pouco,
será possível cruzar os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e
Desempregados) com a PMS para tirar informação sobre a informalidade”,
exemplifica Silvio Sales, economista do Ibre/FGV.
A PMS que será divulgada em agosto será referente ao período de janeiro de
2012, início da série histórica, até junho de 2013. Nos meses seguintes, será
divulgada com defasagem de dois meses. O formato será o mesmo utilizado na
Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), que traz estatísticas de volume de venda e
receita gerada, comparada ao mês imediatamente anterior e a igual mês do ano
anterior. E ainda trará o desempenho de serviços em 12 estados.
A pesquisa, no entanto, pouco deve ajudar na compreensão do subsetor “Outros
serviços”, a grande incógnita do cálculo do PIB de Serviços, por incluir tudo o que

81  
 
não está inserido nos demais segmentos. Apesar do nome indefinido, esse
subsetor responde por 22% dos serviços e 14% do PIB nacional. “A PMS não
resolve todo o problema. E esse não é um desafio só do Brasil. Ocorre no mundo
todo. De qualquer forma, a PMS vai ajudar a formar um cenário. Não resolve,
mas é um avanço”, diz Leal.

3.5.8.1.3 O grupo estratégico “SPA’s não hoteleiros” ou “SPA’s urbanos”

Um grupo estratégico pode ser definido com um conjunto de empresas que competem com
estratégias semelhantes dentro de um segmento de mercado. A intensidade de concorrência
é maior dentro do grupo estratégico ao qual pertence do que em relação ao segmento como
um todo.

Dentro do mercado de serviços de estética, o grupo estratégico SPA’s Não Hoteleiros,


comumente denominados “SPA’s Urbanos” tem características peculiares:

• Reúnem diversos serviços profissionais de estética, bem estar, além de outras


áreas relacionadas à saúde;

• Possuem maiores barreiras de entrada e saída do que outros grupos estratégicos


(esteticistas ou centros estéticos, por exemplo) em função da necessidade de
maiores investimentos estruturais, operacionais, de marketing, nível mínimo de
gestão, dentre outros.

Existem diversas categorias de SPA’s. Para que possamos entender qual delas está
compreendida no objeto deste estudo, é necessário entender seu conceito e tipologia.

Conceito de SPA

Estabelecimento que promove o bem-estar de seus clientes, tanto em suas atividades quanto
na ambientação.

Categorias de SPA’s:

• Spa Destino: fora dos grandes centros urbanos,oferecem tratamentos completos


com objetivos pré-acordados, com estrutura de hospedagem e alimentação;

• Spa Resort/Hotel: situados dentro uma estrutura hoteleira, serviço oferecido aos
hóspedes, em conjunto com outras atividades;

• Spa Urbano (ou Day Spa): estabelecidos dentro das cidades, em sua maioria
grandes centros urbanos, vocação principal de combate ao stress, incluem
também tratamentos estéticos.

• Spa Passeio – não incluídos no relatório.


 

Durante a realização da Beauy Fair 2013, no Seminário de Gestão em Negócios para


Clínicas e Spas, a ABC Spas 17apresentou e disponibilizou, dentre outras informações, o
“Relatório Estatístico do Mercado de Brasileiro de Spas 2013”.

Abaixo informações sobre a metodologia utilizada e alguns números do segmento:

Figura 4 – Metodologia.

Metodologia Aplicada
§ O presente relatório é fruto do compêndio dos resultados de
quatro diferentes estudos:

□ Levantamento Nacional de Spas e Clínicas de Estética – ABC Spas;


□ Pesquisa Nacional ABC Spas do Perfil de Estabelecimentos;

□ Levantamento ABC Spas de Dados Econômicos dos Spas;

□ Pesquisa com clientes do Spa Week.

Relatório Estatístico
out-13 5
Mercado Brasileiro de Spas 2013
Fonte: Beauty Fair (2013).

                                                                                                                       
17
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CLÍNICAS E SPAS.

83  
 
Gráfico 6 – Distribuição geográfica dos Spas.

Fonte: Elaborado pela autora.


Gráfico 7 – Participação dos Spas.

Participação  dos  Spas  por  Categoria

Spa Destino
7%
Spa
Resort/Hotel18%

Spa Urbano
75%

Fonte: Estimativa ABC Spas


Relatório  Estatístico  do  Mercado  Brasileiro  
out-­‐13 48
de  Spas  -­‐ 2013

Fonte: Elaborado pela autora.

Gráfico 8 – Taxa de ocupação dos Spas.


 

Taxa  de  Ocupação  dos  Spas


Base: 80 estabelecimentos – adotada Média – Fonte: Levantamento de Dados Econômicos dos Spas

Ocupação
15%

Ocioso
85%

Relatório  Estatístico  do  Mercado  Brasileiro  


out-­‐13 49
de  Spas  -­‐ 2013

Fonte: Elaborado pela autora.


Gráfico 9 – Idade dos Spas.

Idade  dos  Spas por  Categoria


Base: 221 entrevistas – Fonte: Pesquisa Nacional ABC Spas do Perfil de Estabelecimentos

12 anos
13 anos

11 anos
8 anos

9 anos

7 anos
4 anos

5 anos

3 anos

1 anos
Spa Destino Spa Resort/Hotel Spa Urbano
Relatório  Estatístico  do  Mercado  Brasileiro  
out-­‐13 53
de  Spas  -­‐ 2013

Fonte: Elaborado pela autora.

Gráfico 10 – Serviços oferecidos.

85  
 
Serviços  oferecidos  por  Categoria  de  Spa
98% 100%
94%
100% 88% 88% 90% 89%
90%
80%
70% 63%
56%
54%
60% 50%
43%
50% 37%
37% 34%
40%
30%
20%
10%
0%
Spa Destino Spa Resort/Hotel Spa Urbano
S.Relax S.Estéticos S.Beleza S.Médicos Ativ.Físicas

Relatório  Estatístico  do  Mercado  Brasileiro  


nov-­‐13 56
de  Spas  -­‐ 2013

Fonte: Elaborado pela autora.


Gráfico 11 – Porte econômico.

Porte  Econômico  dos  Spas


(faturamento  mensal)

1,3%
+ de R$120.000

1,3%
De R$70.001 a R$90.000

De R$50.001 a R$70.000
3,9%

5,3%
De R$40.001 a R$50.000

27,6%
De R$30.001 a R$40.000

27,6% 88%
De R$20.001 aR$30.000

32,9%
Até R$20.000

0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40%

Relatório  Estatístico  do  Mercado  Brasileiro  


out-­‐13 58
de  Spas  -­‐ 2013

Fonte: Elaborado pela autora.


 

Os dados apresentados pela entidade nos mostram que o setor no país é relativamente
jovem, a maioria dos SPA’s é urbano, e o faturamento mensal médio é de até R$ 40.000,00.
Concentram-se em SP e no RJ, utilizam um percentual alto de serviços estéticos e possuem
baixa taxa de ocupação.

Dados integrais da pesquisa e apresentação institucional da entidade podem ser analisados


no “ANEXO N”.

Embora o número de negócios apontado seja pequeno no universo dos empreendimentos


de estética em termos quantitativos, fica registrada a oportunidade ao SEBRAE de maior
aproximação com o “nicho”, tendo em vista que:
• Demonstram possuir maior grau de profissionalização, podendo servir de
benchmarking aos negócios de menor porte do segmento “estética”;

• São potenciais geradores de oportunidades de trabalho, pois sua estrutura


operacional depende de uso intensivo de mão de obra.

Algumas informações importantes para o nicho foram identificadas durante a participação


no evento, e irão compor uma matriz específica para o nicho dentro dos serviços de estética
SPA’s, diante das peculiaridades destes em relação ao universo dos serviços de estética:

Oportunidades para SPA’s:

As oportunidades para Spas são:

• Realizarem Benchmarking com o “negócio fitness”, que anteriormente era de


acesso restrito e passou a encarado como uma necessidade pelo público em geral;

• Utilização dos players de atividade física como parceiros de negócio, pois


conforme a pesquisa, 74% do público de SPA’s Urbanos pratica exercícios físicos
duas ou mais vezes por semana;
• Exploração do mercado de “nutrição” dentro dos SPA’s urbanos, como por
exemplo, serviços de coaching nutricional. “Nutrição” hoje representa um
percentual muito baixo de receita dentro dos negócios e o público demonstra
interesse (18%);

• Ofertas inovadoras e criativas de relaxamento, tais como arteterapia;

• Busca dos tratamentos relaxantes originais (orientais, por exemplo), e não como
se apresentam no mercado (customizados, modernizados);

87  
 
• Educação ao cliente do efeito preventivo de utilização de serviços de bem estar e
relaxamento, em função das características da vida moderna. Isso auxiliaria nos
maiores gargalos geradores da baixa taxa de ocupação, que são “preço” e “tempo”;

• Explorar mais o mercado masculino, étnico e datas comemorativas;

• Explorar a tendência de celebração em ambientes diferenciados, mesmo que com


tempo reduzido como é o caso do SPA urbano;

• Explorar a facilidade ao cliente de em um único local ter uma convergência de


soluções com especialistas multidisciplinares;

• Proporcionar uma experiência mais marcante ao cliente (gestão aprofundada da


experiência do cliente);

• Capacitar a mão de obra para obtenção de maior taxa de conversão de vendas ou


aumento do ticket médio nos primeiros contatos (cross- selling e upselling18);

• Avaliar viabilidade de SPA’s Kids (espaços ou estabelecimentos focados);

• Explorar mercado de gestantes como hiperfoco ou serviço especializado dentro


dos espaços existentes;

• Explorar os clientes com necessidades especiais. O cliente de SPA urbano quer


“quebrar” sua rotina e este nicho de mercado está desatendido;

• Avaliação da viabilidade de criar pacotes de créditos para uso (individual ou


familiar), sem rápida perda de validade, como oportunidade de diferenciação e
aumento da atratividade.

Desafios:

Os desafios são:

• Melhoria nas práticas de gestão, como por exemplo, busca de sócios com perfis
complementares (mais gestores e menos operacionais);
                                                                                                                       
18
Técnicas de alavancagem de vendas: Cross-selling – venda de produto complementar; Upselling – venda de
up grade de um produto.
 

• Educar o cliente para a necessidade e retorno das soluções oferecidas;

• Gestão do tempo e otimização dos processos de produção de serviços;

• Aumentar o relacionamento e troca de informações com os players, como medida


fortalecedora do nicho;

• Criação ou revisão de métricas de desempenho (processos, pessoas, resultados,


satisfação interna e externa, etc.);

• A falta de regulamentação impacta profundamente a atividade de SPA: trata-se


de um quebra-cabeças de prestação de serviços com diferentes categorias, normas
jurídicas, profissionais, regulatórias, fiscais e trabalhistas. Muitas vezes dentro de
um SPA há diversos CNPJ’s diferentes, um para cada atividade, com finalidade
de viabilizar as normatizações específicas de atividades mais complexas;

• Investimento nas pessoas: treinamento e desenvolvimento deve ser um grande


foco, pois as reclamações dos clientes se concentram nos serviços adicionais e de
suporte19;

• Evitar confundir as características dos espaços relativos às grandes atividades


praticadas dentro dos estabelecimentos: SPA requer ambiente de experiência e
relaxamento, estética requer resultado e dinamismo;

• Selecionar e qualificar a mão de obra buscando pessoas que se identifiquem com


as propostas, que veem propósito nas soluções oferecidas pelo negócio.

3.5.8.2 Principais eventos do setor 20

                                                                                                                       
19
Serviços Adicionais-Também chamados de serviços facilitadores. Exemplo: no SPA, serviço de recepção.
São obrigatórios, e se faltarem, o pacote de serviços entra em colapso.
Serviços de Suporte - Como os facilitadores são auxiliares, porém satisfazem outra missão: usados para
diferenciar o serviço da sua empresa em relação à concorrência. Exemplo: xampu e mimos nos quartos de
SPA’s Hoteleiros. Utilizados exclusivamente como um meio de competição e para que este objetivo seja
atingido é preciso que o cliente perceba valor. Se eles faltarem, o serviço central continua sendo consumido,
porém o pacote de serviços poderá se tornar menos atraente e competitivo.
Fonte: a autora.
20
 Adaptado de “Relatório Final Consolidado – Diagnóstico de Mercado para o Segmento Beleza e Bem Estar
(Comunicação e Eventos), SEBRAE – NACIONAL UACS, Consultora Melissa Galvão”. Inserções de
eventos não constantes no documento original pela autora.  

89  
 
Quadro 18 – Principais eventos e feiras.
 

Lista  das  Principais  Feiras  e  Eventos  Nacionais  do  "Segmento  Estética"  no  Brasil
Mês  de   Vistantes  da  
Feira Edição  atual Localização Realização Edição  Anterior Fonte  e  Perfil  da  Feira
Beauty  Fair  São  Paulo 9ª São  Paulo/SP setembro 145.000 http://www.beautyfair.com.br/afeira/index.html

Hair  Brasil 12ª   São  Paulo/SP abril 97.000 http://www.hairbrasil.com/index.php


Professional  Fair 10ª   Belo  Horizonte/MG julho não  obtido* http://www.professionalfair.com.br/
http://www.portaldofranchising.com.br/feira-­‐d e-­‐
franquias/noticias-­‐a bf-­‐e xpo/balanco-­‐a bf-­‐
franchising-­‐e xpo-­‐2013-­‐63-­‐mil-­‐visitantes-­‐e -­‐r480-­‐
ABC  Franchising  Expo 22ª São  Paulo/SP junho 63.000 milhoes-­‐e m-­‐volume-­‐d e-­‐n egocios
Hair  Beauty 7ª Rio  de  Janeiro/RJ novembro 45.517 http://www.hairbeautyexpo.com.br/
http://www.hairnor.com.br/2013/?pagina=canais&i
HairNor 5ª Recife/PE junho 40.000 dc=95#

Fegobel 2013 Goiânia/GO setembro 60000** http://www.fegobel.com.br/caldas/congressos.php


Congresso  Científico  
Internacional  de  
Estética  -­‐  Feira  Estétika 21ª São  Paulo/SP agosto 28.000 http://www.congressoestetica.com.br/
Natural  Tech 9ª São  Paulo/SP junho 22.000 http://www.naturaltech.com.br/2014/afeira.asp
http://www.fibel.com.br/site/(njlsjcfgfuo2hu55gbk0
FIBEL  -­‐  Feira  Iguaçuana   kirc)/site/indexinst.aspx?acao=ini&usuid=4504#!a-­‐
de  Beleza**** 13ª Nova  Iguaçu/RJ junho 22.000 feira/cipy
http://www.fcecosmetique.com.br/index.php?pgID
FCE  Cosmetique 18ª São  Paulo/SP maio 19.815 =perfildafeira&mi=901000000000
Expo  Cosméticos   não  
Profissional informada*** Goiânia/GO Agosto não  obtido* http://www.expocosmeticos.com.br/site/index.php
11.000  em  2012,  
dados  de  2013  
Look  Hair 6ª Belém/PA Junho não  obtidos http://www.lookhair.com.br/conheca-­‐o-­‐e vento/
Estética  In  Rio 7ª Rio  de  Janeiro/RJ maio 15.200 http://esteticainrio.com.br/2014/feira.asp

Feira  Beleza  e  Saúde  MS 1ª Campo  Grande/MS maio 10.000 http://www.belezaesaudems.com.br/


Feira  Brasileira  de   http://www.feirabrasileiradebeleza.com.br/o_eve
Beleza  e  Estética 1ª DF outubro 30.000* nto.php
Feira  da  Beleza   http://www.feiradabelezadeimperatriz.com.br/#!/?
Imperatriz 1ª Imperatriz/MA novembro 20.000 page_id=19

Fonte: Elaborado pela autora.


Observações:

91  
 
Professional Fair*
Na 8ª edição, em 2011, o número de visitantes estimado foi de 70.000.
Na 12ª edição o número de visitantes esperado é de 55.000, segundo site
da feira.

Fegobel**
Visitantes esperados de acordo com o site.

Expo Cosméticos Profissional***


Em 2011 ocorreu a 3ª edição.

FIBEL - Feira Iguaçuana de


Beleza****
Desde 2011, a Fibel conta com o setor de Estética

Feira Brasileira de Beleza e Estética DF


30.000* Estimados

3.6 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Recentemente aprovada e regulamentada, a legislação referente à Política Nacional de


Resíduos Sólidos impactará diretamente o segmento de serviços de estética, gerando
desafios de:

• Tomar conhecimento dos preceitos legais;

• Adaptar-se ao gerenciamento dos mesmos, especialmente nos aspectos de não


geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e descarte adequado dos
rejeitos.

Isto se constitui uma oportunidade de atuação ao SEBRAE como agente interlocutor de


políticas de governança e promotor de capacitação para a competitividade aos micro e
pequenos empreendimentos do país.

Por outro lado, é uma ameaça que requer posicionamento de “proteção” dos
empreendedores e negócios de estética, especialmente os que apresentam baixo grau de
maturidade em gestão.

Legislação, Estudo e Publicações Sobre o Tema21:

                                                                                                                       
21
Os documentos elencados nos itens “a” e “b” encontram-se no ANEXO L, parte integrante deste
documento.
 

a) Legislação:

• Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010.

Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de


1998; e dá outras providências.

• Decreto nº 7.404, de 23 de dezembro de 2010.

Regulamenta a Lei no 12.305, de 2 de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de


Resíduos Sólidos, cria o Comitê Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e
o Comitê Orientador para a Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras
providências.

b) Estudo:

Gerenciamento De Resíduos Sólidos Gerados Em Estabelecimentos De Beleza

A importância do estabelecimento de beleza, para alguns, são considerados supérfluos, para


outros, eles são imprescindíveis para a manutenção da própria autoestima. Os salões de
beleza são considerados por muitos como um templo onde se realizam verdadeiros milagres,
ou seja, funcionam como verdadeiras fábricas de beleza e é também visto até como um lazer.

O presente trabalho teve o intuito de demonstrar os procedimentos que devem ser


utilizados para o controle na geração dos resíduos sólidos dos serviços de saúde, nos
estabelecimentos de beleza, através de revisão da literatura. A metodologia empregada foi
pesquisa bibliográfica, analisando-se artigos, jornais, livros e legislação vigente. Após análise
dos resíduos gerados deve-se classifica-los em grupos, para então descrever o melhor
gerenciamento dos mesmos no estabelecimento de beleza. Concluímos que existem muitas
informações e descrições da importância do gerenciamento dos resíduos gerados nos salões
de beleza e atendimento domiciliares, porém de forma desencontrada, por ser em suma uma
adaptação das leis vigentes do Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de
Saúde - PGRSS, dificultando a aderência de profissionais, colocando em riscos clientes,
meio ambiente e os próprios prestadores deste serviço.

Palavras-chave: Resíduos sólidos. Serviços de saúde. Procedimentos. Estabelecimentos de


beleza.

c) Projeto:

“Dê a mão para o futuro22”

                                                                                                                       
22
Fonte: 2010/2011 - II Caderno de Tendências - Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos Ano 2 / Nº 2.

93  
 
A Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e
Cosméticos (ABIHPEC), consciente da necessidade de buscar soluções para a
questão das embalagens pós-consumo e empenhada em contribuir para o
incremento dos índices de reciclagem no Brasil oferece às empresas associadas e
divide com outras associações interessadas, o seu projeto, cujo objetivo é criar uma
solução técnica, ambiental, econômica e socialmente apropriada para a gestão dos
resíduos sólidos urbanos. A ABIHPEC promove a capacitação e
acompanhamento técnico de catadores por 24 meses, visando à auto
sustentabilidade das atividades. Recursos financeiros também são disponibilizados
para a aquisição de equipamentos para as associações e cooperativas.
 

95  
 
 

1 RESUMO DO CENÁRIO E AMBIENTE COMPETITIVO IDENTIFICADO


1.1 “CADEIA PRODUTIVA COM ENFOQUE EM SERVIÇOS DE ESTÉTICA”

Embora a os números consolidados do mercado brasileiro de beleza e estética sejam


robustos, a competitividade da maioria dos integrantes da cadeia “nacional” - leia-se
indústria, comércio e serviços brasileiros – e, em especial os negócios de “Serviços de
Estética” necessitam de reforço.

A indústria Nacional está concentrada em grandes players, e centralizada em duas regiões


do país. Isto fica evidenciado ao analisarmos que das 2.392 indústrias nacionais existentes,
apenas 20 respondem por 73% do faturamento do setor. Além e também por conta disto, o
poder de barganha dos fornecedores internacionais é extremamente impactante nos
negócios de serviços. Como ponto positivo, temos a tendência do aumento de consumo de
produtos ecológicos e étnicos, o que favorece o desenvolvimento da indústria nacional de
menor porte, por proximidade, logística e conhecimento mais apurados das características
locais. Por decorrência, impactará positivamente o poder de barganha dos negócios de
serviços diante do menor porte e especificidade dos “novos entrantes da indústria”.

No ambiente legal nos deparamos com falta de integração, clarificação, especificidade e


muitas vezes inexistência de legislação fiscal, trabalhista, reguladora e fiscalizatória. A
Regulamentação profissional difusa é outro ponto fundamental, objeto de luta da categoria
e ainda não solucionado. O mapeamento completo das entidades representativas, hoje
fragmentadas e desestruturadas, e a consolidação de esforços em prol do segmento também
se constituem em oportunidade de atuação do SEBRAE.

As empresas de serviços implantam suas estratégias de posicionamento individualmente,


com baixo grau de maturidade e conhecimento dos aspectos legais, regulamentadores,
fiscalizatórios e de gestão.

Não menos importante e preocupante é a falta formalização deste setor. Estima-se que os
negócios formalizados representam apenas 20% dos negócios existentes. E mais, os
números dos negócios formalizados são quase que desconhecidos, pois não existe uma
coleta ou base estruturada de informações que permita análises mais acuradas. Faz-se
necessário o levantamento, estruturação e divulgação das informações referentes aos
negócios existentes, quanto a sua natureza e CBO´s.

1.1.1 O segmento de serviços de estética apresenta as seguintes variáveis decorrentes do


ambiente externo23

• Poucas barreiras de entrada e saída;

                                                                                                                       
23
 Variáveis incontroláveis, que requerem posicionamento de proteção ou aproveitamento.  

97  
 
• Oportunidades mínimas para economia em escala;

• Baixo poder de barganha com fornecedores;

• Fácil substituição dos produtos e serviços em função da constante oferta de


produtos e serviços com inovações tecnológicas crescentes;

• Baixo grau de engajamento nas entidades representativas para aumento do poder


de barganha junto aos órgãos regulamentadores de políticas fiscais, trabalhistas,
profissionais, dentre outros;

• Inexistência de informações consolidadas do segmento;

• Elevado risco de passivos ocultos tributários e trabalhistas em função do


desconhecimento e inexistência/difusão de normas próprias as especificidades do
segmento.

Já no ambiente interno, são recorrentes no segmento de serviços de estética as seguintes


variáveis:24

o Baixo ou inexistente grau de profissionalização em todos os aspectos de gestão;

o Baixo aproveitamento das ofertas de capacitação subsidiadas por entidades


promotoras de desenvolvimento setorial, no caso específico, o SEBRAE;

o Baixa ou inexistente política de segurança no ambiente de trabalho e tratamento


dos resíduos sólidos, consoante com as normas existentes;

o Baixo grau de aproveitamento às oportunidades de formalização, especialmente


as decorrentes do MEI;

o Dificuldades de fidelização dos clientes por falta de definições estratégicas de


foco e posicionamento, baixo ou inexistente grau de maturidade em gestão;

o Conhecimento pouco aprofundado ou inexistente do perfil do cliente, o que


impede a adequada gestão da experiência do mesmo;

o Dificuldades de regularizar, atrair, qualificar e reter mão de obra adequada às


exigências do mercado de serviços no segmento;

o Dificuldade de controle dos processos de operação, identificação e eliminação de


desperdícios que impactam diretamente na competitividade;
                                                                                                                       
24
Controláveis, que requerem desenvolvimento ou potencial utilização como diferencial.
 

o Falta de aproveitamento adequado das constantes ofertas de qualificação


profissional técnica e tecnológicas, na sua maioria de acesso subsidiado e
fundamental para a qualificação técnica dos serviços;

1.1.2 Tendências identificadas

• Consumo consciente: orgânicos e produtos ambientalmente corretos, como por


exemplo, cosméticos verdes e vegetais;

• Era da excentricidade: consumidor busca identidade única;

• Ocidentalização dos hábitos da mulher oriental;

• Hiperfoco no posicionamento: ser referência absoluta para um perfil específico de


consumidor;

• Convergência e acessibilidade de serviços;

• Ofertas inovadoras de conveniência: horários alternativos de atendimento,


“plantões de atendimento”, delivery, etc.

• Gestão da experiência do cliente e consultoria para educação da oferta e pós-uso


dos serviços – o cliente cognitivamente desenvolvido torna-se consciente e
incorpora o uso de efeito imediato e, especialmente, preventivo dos tratamentos
estéticos como rotina;

• Inovação na oferta combinada de serviços de vocação integrada: informações


complementares que valorizem o relacionamento e serviços (visagismo,
combinações de pele e paleta de cores, etc.), bem como produtos adicionais para
criação de cross-selling e upselling;

• Aumento do poder de consumo das classes C e D;

• Atendimento focado no público infantil;

• Aumento da conscientização e busca dos tratamentos estéticos preventivos em


prol dos procedimentos invasivos de maior custo e risco.

Oportunidades adicionais importantes, que já não se constituem mais tendências, porém


são pouco exploradas na focalização dos pequenos negócios de estética:

• Exploração do Mercado étnico;

99  
 
• Exploração do Mercado de Gestantes;

• Exploração Mercado Masculino.

2 Consolidação da matriz SWOT 25

Após a análise dos dados compilados, os resultados apontam para a conveniência de


consolidação das conclusões através da construção da Matriz SWOT do segmento,
conforme abaixo:

2.1 Forças26

• Criatividade e agilidade na tomada de decisão dos empreendedores;

• Interesse de acesso à melhoria da qualidade técnica dos serviços;

• Possibilidade de educar o cliente quanto ao benefício e gerenciamento de sua


experiência em função da natureza pessoal do serviço profissional;

• Pioneirismo na prática profissional no país;

• Alto interesse do consumidor por prevenção, embelezamento e efeitos rápidos


que proporcionem a elevação da autoestima;

• Crescente interesse da indústria estética;

• Paixão e vocação para a atividade;

• Gosto pela inovação.

2.2 Fraquezas

• Poucas barreiras de entrada e saída;

• Oportunidades mínimas para economia em escala;

                                                                                                                       
25
  Muitas das oportunidades, ameaças, forças e fraquezas identificadas neste estudo, de caráter amplo, serão
objeto de maior detalhamento no estudo complementar “Resumo Executivo do Segmento Serviços de
Estética”.
26
  Cabe ressaltar que boa parte das forças identificadas são subjetivas e inferências. Estas resultaram de
pesquisas obtidas em fontes secundárias, análise do panorama global do estudo e mercado, relatos e observação
dos negócios e empreendedores em campo, especialmente quando participantes de projetos e atendimentos do
SEBRAE. Também foram analisados estudos sobre o comportamento de compra do consumidor.
 

• Flutuações erráticas de vendas;

• Baixo poder de barganha com fornecedores;

• Fácil substituição dos produtos e serviços em função da constante oferta de


produtos e serviços com inovações tecnológicas crescentes;

• Dificuldades de fidelização dos clientes por falta de definições estratégicas de


foco e posicionamento, baixo ou inexistente grau de maturidade em gestão;

• Conhecimento pouco aprofundado ou inexistente do perfil do cliente, o que


impede a adequada gestão da experiência do mesmo;

• Dificuldades de regularizar, atrair, qualificar e reter mão de obra adequada às


exigências do mercado de serviços no segmento;

• Dificuldade de controle dos processos de operação, identificação e eliminação de


desperdícios que impactam diretamente na competitividade;

• Falta de aproveitamento adequado das constantes ofertas de qualificação


profissional técnica e tecnológicas, na sua maioria de acesso subsidiado e
fundamental para a qualificação técnica dos serviços;

• Baixa ou inexistente política de segurança no ambiente de trabalho e tratamento


dos resíduos sólidos, consoante com as normas existentes;

• Baixo grau de engajamento nas entidades representativas para aumento do poder


de barganha junto aos órgãos regulamentadores de políticas fiscais, trabalhistas,
profissionais, dentre outros;

• Baixo aproveitamento das ofertas de capacitação subsidiadas por entidades


promotoras de desenvolvimento setorial, no caso específico, o SEBRAE;

• Baixo grau de formalização;

• Baixo ou inexistente grau de profissionalização em todos os aspectos de gestão;

• Elevado risco de passivos ocultos tributários e trabalhistas;

• Pouca ou nula utilização de benchmarking: a atividade profissional no país é


muito jovem e não aproveita ou se beneficia de técnicas utilizadas e ainda válidas
de profissionais mundiais pioneiros na profissionalização e alavancagem dos seus
negócios.

101  
 
2.3 Oportunidades

• Crescimento vigoroso e constante da cadeia produtiva e segmento;

• Desenvolvimento da indústria nacional de menor porte com inovações focadas na


peculiaridade da miscigenação da população do país, produtos étnicos, “verdes” e
“ambientalmente corretos”;

• Existência de interesse e investimento de entidades governamentais e não


governamentais no desenvolvimento do segmento;

• Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho;

• Aumento da expectativa de vida;

• PLP 255/13, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que dispõe sobre a base de
tributação do “salão parceiro” e do “profissional parceiro”;

• CFBM – Conselho Federal de Biomedicina;

• PL 959/2003, que dispõe sobre a regulamentação das profissões de Técnico Em


Estética e de Tecnólogo em Estética, tramita buscando sua aprovação;

• Explorar o aumento do consumo consciente: orgânicos e produtos


ambientalmente corretos, como por exemplo, cosméticos verdes e vegetais;

• Aproveitar a era da excentricidade: consumidor busca identidade única;

• Aproveitar a ocidentalização dos hábitos da mulher oriental;

• Planejar como se beneficiar do aumento do poder de consumo das classes C e D;

• Explorar o aumento da conscientização e busca dos tratamentos estéticos


preventivos em prol dos procedimentos invasivos de maior custo e risco.

2.4 Ameaças

• Concentração de poucos fornecedores com elevado poder de barganha;

• Falta de integração, clarificação e especificidade de legislação fiscal, trabalhista,


reguladora e fiscalizatória;

• Falta de regulamentação clara da profissão;


 

• Representatividade específica nos âmbitos sindical e associativista fragmentada,


pouco mobilizadora, e em muitos locais, inexistente;

• CFBM – Conselho Federal de Biomedicina;

• Inexistência de informações consolidadas do segmento.

2.5 Consolidação da Matriz SWOT

Para facilitar a visualização, abaixo tabela consolidada da matriz SWOT:

Quadro 19 – Matriz SWOT.

103  
 
Forças Fraquezas
Criatividade e agilidade na tomada de decisão dos
Poucas barreiras de entrada e saída
empreendedores

Interesse de acesso à melhoria da qualidade técnica dos serviços Oportunidades mínimas para economia em escala

Possibilidade de educar o cliente quanto ao benefício e


gerenciamento de sua experiência em função da natureza Flutuações erráticas de vendas
pessoal do serviço profissional
Pioneirismo na prática profissional no país Baixo poder de barganha com fornecedores
Alto interesse do consumidor por prevenção, embelezamento e Fácil substituição dos produtos e serviços em função da constante oferta de
efeitos rápidos que proporcionem a elevação da auto estima produtos e serviços com inovações tecnológicas crescentes
Dificuldades de fidelização dos clientes por falta de definições estratégicas
Crescente interesse da indústria estética de foco e posicionamento, baixo ou inexistente grau de maturidade em
gestão
Conhecimento pouco aprofundado ou inexistente do perfil do cliente, o que
Paixão e vocação para a atividade
impede a adequada gestão da experiência do mesmo
Dificuldades de regularizar, atrair, qualificar e reter mão de obra adequada às
Gosto pela inovação
exigências do mercado de serviços no segmento
Dificuldade de controle dos processos de operação, identificação e
eliminação de desperdícios que impactam diretamente na competitividade
Falta de aproveitamento adequado das constantes ofertas de qualificação
profissional técnica e tecnológicas, na sua maioria de acesso subsidiado e
fundamental para a qualificação técnica dos serviços
Baixa ou inexistente política de segurança no ambiente de trabalho e
tratamento dos resíduos sólidos, consoante com as normas existentes
Baixo grau de engajamento nas entidades representativas para aumento do
poder de barganha junto aos órgãos regulamentadores de políticas fiscais,
trabalhistas, profissionais, dentre outros

Baixo aproveitamento das ofertas de capacitação subsidiadas por entidades


promotoras de desenvolvimento setorial, no caso específico, o SEBRAE

Baixo grau de formalização


Baixo ou inexistente grau de profissionalização em todos os aspectos de
gestão
Elevado risco de passivos ocultos tributários e trabalhistas
Pouca ou nula utilização de benchmarking: a atividade profissional no país é
muito jovem e não aproveita ou se beneficia de técnicas utilizadas e ainda
válidas de profissionais mundiais pioneiros na profissionalização e
alavancagem dos seus negócios
Oportunidades Ameaças
Crescimento vigoroso e constante da cadeia produtiva e
Concentração de poucos fornecedores com elevado poder de barganha
segmento
Desenvolvimento da indústria nacional de menor porte com
inovações focadas na peculiaridade da miscigenação da Falta de integração, clarificação e especificidade de legislação fiscal,
população do país, produtos étnicos, “verdes” e “ambientalmente trabalhista, reguladora e fiscalizatória
corretos”
Existência de interesse e investimento de entidades
governamentais e não governamentais no desenvolvimento do Falta de regulamentação clara da profissão
segmento
Representatividade específica nos âmbitos sindical e associativista
Aumento da participação da mulher no mercado de trabalho
fragmentada, pouco mobilizadora, e em muitos locais, inexistente
Aumento da expectativa de vida CFBM – Conselho Federal de Biomedicina
PLP 255/13, do deputado Ricardo Izar (PSD-SP), que dispõe
sobre a base de tributação do “salão parceiro” e do “profissional Inexistência de informações consolidadas do segmento
parceiro”
CFBM – Conselho Federal de Biomedicina
PL 959/2003, que  dispõe  sobre  a  regulamentação  das  profissões  
de  Técnico  Em  Estética  e  de  Tecnólogo  e m  Estética,  tramita  buscando  
sua  aprovação
Explorar o aumento do consumo consciente: orgânicos e
produtos ambientalmente corretos, como por exemplo,
cosméticos verdes e vegetais
Aproveitar a era da excentricidade: consumidor busca identidade
única
Aproveitar a ocidentalização dos hábitos da mulher oriental

Fonte: Elaborado pela autora.

3 CONCLUSÕES
 

Na análise da matriz de SWOT Cruzada, a predominância de fraquezas e oportunidades


do segmento de “Serviços de Estética” no Brasil , permite afirmar que este está localizado
na postura estratégica de “Crescimento”, ou “Reforço”.

Figura 5 – Análise SWOT.

Serviços  de  Estética  


no  Brasil

Fonte: Elaborado pela autora.

Esta classificação nos mostra que é determinante a estes micro e pequenos negócios de
serviço investir na melhoria de seus pontos fracos importantes para que possam aproveitar
as oportunidades de negócio existentes no panorama nacional da cadeia, este sim, em franca
posição de desenvolvimento.

E por fim, fica claro ao final deste estudo o papel fundamental e estratégico do SEBRAE
na contribuição deste crescimento rumo ao quadrante “desenvolvimento”, tendo em vista
sua vocação e finalidade da promoção do aumento de competitividade das MPEs,
especialmente através da capacitação em gestão e disseminação da inovação.

105  
 
 

107  
 
 

Figura 1 – Perfil empresarial da indústria

Figura 2 – Cabeleireiros

Figura 3 – Outras atividades estéticas

Quadro 1 – Atividades

Quadro 2 – CBO 3221:Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas

Quadro 3 – Descrição sumária

Quadro 4 – CBO 3221:Tecnólogos e técnicos em terapias complementares e estéticas

Quadro 5 – CBO 5161:Trabalhadores nos serviços de embelezamento e higiene

Quadro 6 – Bacharelados

Quadro 7 – Bacharelados à distância

Quadro 8 – Entidades por estado

Gráfico 1 – Entidades por estado

Quadro 9 – Entidades

Quadro 10 – Centros de vigilância

Quadro 11 – Secretarias

Quadro 12 – Atividades do estudo

Quadro 13 – MEI

Gráfico 2 – MEI

Gráfico 3 – MEI – feminino

Gráfico 4 – MEI – masculino

Gráfico 5 – Serviços de estética MEI

Quadro 14 – Serviços de estética MEI

Gráfico 6 – Cabeleireiros

109  
 
Quadro 15 – Cabeleireiros

Quadro 16 – Total

Quadro 17 – Resumo geral

Figura 4 – Metodologia

Gráfico 6 – Distribuição geográfica dos Spas

Gráfico 7 – Participação dos Spas

Gráfico 8 – Taxa de ocupação dos Spas

Gráfico 9 – Idade dos Spas

Gráfico 10 – Serviços oferecidos

Gráfico 11 – Porte econômico

Quadro 18 – Principais eventos e feiras.

Quadro 19 – Matriz SWOT.

Figura 5 – Análise SWOT.


 

111  
 
 

 
Anexo A – Lista de Empresas Nacionais que Não Realizam Testes com Animais
Anexo B – Regulamentação Profissional
Anexo C – Lei 12.592 e Mensagens de Veto
Anexo D – Normativas 01-2012 Conselho Regional de Biomedicina;
Res_201de25agosto2011; Res_202de25agosto2011;
Anexo E – tabela_convergência
Anexo F – catalogo_nacional_cursos_superiores_tecnologia_2010
Anexo G – CURSOS TECNOLOGICOS MEC
Anexo H – guia_imaplantação_visa
Anexo I – Serviços+de+estética+e+congeneres
Anexo J – Decreto 8077 de 15 de agosto de 2013
Anexo K – Parecer-CCJC-11-08-2005;PL 959-2003
Anexo L – Decreto nº 7404 – REGULAMENTO LEI DE RESÍDUOS SÓLIDOS;
gerenciamentoresiduossolidosgeradosemestabelecimento; L12305 – Resíduos Sólidos
Anexo M – revista-matéria biossegurança
Anexo N – ABCSpas-AGO-2013; ABCSpas-Estatísticas-2013

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