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ESTUDANDO O MUNICÍPIO DE JAGUARI

HISTÓRIA E SUA CULTURA

Jaguari, RS / 2019
ESTUDANDO O MUNICÍPIO DE JAGUARI

HISTÓRIA E SUA CULTURA

Jaguari, RS / 2019
ESTUDANDO O MUNICÍPIO DE JAGUARI
HISTÓRIA E SUA CULTURA

Autoria:

Professora Adriane Melara


Professora Micheli Bachio Pavanelo
Professora Vanessa Lemos Amorim
Alunos das oficinas I, II e III da
Escola Municipal de Ensino Especial
Tanara Girardon Julien/APAE

Jaguari, RS / 2019
RUMO AOS 100 ANOS
DO MUNICÍPIO DE JAGUARI!
Escola Municipal de Ensino Especial
Tanara Girardon Julien/APAE

Equipe Pedagógica

Adriane Melara
Educadora Especial

Ana Tarsia Pilar de Vargas


Pedagoga

Andressa Martins Ramos


Educadora Especial

Maria Helena Callegaro


Educadora Especial /Diretora da Escola

Mariane Lopes Medeiros


Educadora Especial

Micheli Bachio Pavanelo


Professora de Educação Física

Vanessa Lemos Amorim


Educadora Especial
Equipe Técnica

Laureane Chaves da Rosa


Assistente Social

Paola dos Santos de Almeida


Fonoaudióloga

Vânia Dolores Nemitz do Nascimento


Fisioterapeuta

Vânia Luiza Felli Kubiça


Psicóloga

APAE

Giselda Fava Lena


Presidente

Elisane Battaglin Ugulini


Secretária

Jair Deniz Turchietti


Membro da diretoria

Funcionários

Andreia da Silva Migliorin


Secretária

Janice de Fátima Migliorin


Servente
Katiele Santos Mello
Servente

Mariely Freitas Flores


Monitora

Marlei dos Santos Giacomelli


Servente

Valmor Maria Turchiello


Motorista

Alunos da Escola

Adiel Aparicio
Alexandre Rosa dos Santos
Amaureli Martins Loronha
Americo Motta Cruz
Anderson José da Silva Oliveira
Andreia Stanislaski
Bruno de Almeida Fernandes
Claudia Mara da Costa Fernandes
Cledi de Lourdes Durlo Biasi
Dirnei Santi
Elisabethe Gonzatto
Fernando Almeida Fernandes
Geandro Fava Moleta
Geandro Murari
Janaina Costa da Silva
Janaita Moletta Dalben
Jocelaine da Silva
Joison Saran Bolzan
Jorge Brombila
Jussimara Medianeira Durlo Bolzan
Leodi Lorenzoni
Leonardo Souto Valente
Lucas Fungheto Merlugo
Mara Conceição Turchiello
Marcelo Fragoso
Marcio Monteiro Zamperetti
Mario Flores
Marlene Sales de Araujo
Melina Limana
Rafael Militz Kaiser
Valdemar Flores
Vânia Flores da Silva

Apoiadores

Artemio Righi
Cevy RinaldoTambara Filho
Denise Valente Machado
Fabrícia Tadia
Ione Lourdes Neu Acosta
Secretaria Municipal de Educação

Dúnia Edi Ferrari Sonza


Secretária de Educação

Lisandra Cadó Alves


Coordenadora local do Programa A União Faz a Vida de
Jaguari

Roseli Esmério Ribeiro


Assessora de Programas Sociais do SICREDI /Vale do Jaguari

Letícia Concatto Machado


Assessora Pedagógica do Programa A União Faz a Vida
SUMÁRIO

1. INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO ............................................ 19


2. ASPECTOS HISTÓRICOS E FORMAÇÃO ADMINISTRATIVA ...... 21
3. ATRATIVOS TURÍSTICO DO MUNICÍPIO........................................ 35
4. BRASÃO DO MUNICÍPIO COM O SEU SIGNIFICADO: .................. 37
5. HINO DO CINQUENTENÁRIO DO MUNICÍPIO ............................... 39
6. CAMINHOS DE JAGUARI ................................................................... 41
7. MAPA DO MUNICÍPIO COM SUAS LOCALIDADES E INDICAÇÃO
DOS MUNICÍPIOS LIMITES .................................................................... 43
8. ESTUDO SOBRE OS BAIRROS ........................................................... 45
8.1. CENTRO ......................................................................................... 46
8.1.1. Ruas do bairro.......................................................................... 47
8.2. Bairro Nossa Senhora Aparecida..................................................... 48
8.2.1. Ruas do bairro.......................................................................... 48
8.3. Bairro Nossa Senhora de Lourdes ................................................... 49
8.3.1. Ruas do bairro.......................................................................... 50
8.4. Bairro Santa Rosa ............................................................................ 51
8.4.1. Ruas do bairro.......................................................................... 51
8.5. Bairro Rivera ................................................................................... 52
8.5.1. Ruas do bairro.......................................................................... 53
8.6. Bairro Mauá..................................................................................... 54
8.6.1. Ruas do bairro.......................................................................... 55
8.7. Bairro Consolata .............................................................................. 55
8.7.1. Ruas do bairro.......................................................................... 56
8.8. Bairro Promorar ............................................................................... 57
8.8.1. Ruas do bairro.......................................................................... 57
8.9. Bairro Sagrado Coração de Jesus ................................................... 58
8.9.1. Ruas do bairro ......................................................................... 59
9. MUNICÍPIO DE JAGUARI DIVIDIDO EM DISTRITOS ................... 61
9.1. Primeiro Distrito ............................................................................. 61
9.2. Segundo Distrito ............................................................................. 62
9.3. Terceiro Distrito ............................................................................. 62
9.4. Quarto Distrito ................................................................................ 62
10. IGREJAS DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE
JAGUARI ................................................................................................... 63
11. ENTREVISTA NOS BAIRROS .......................................................... 67
11.1. ROTEIRO DA ENTREVISTA COM MORADORES DOS
BAIRROS .............................................................................................. 67
11.2. RESPOSTAS ................................................................................ 68
11.2.1. Bairro Consolata ................................................................... 68
11.2.2. Bairro Rivera ........................................................................ 71
11.2.3. Bairro Mauá .......................................................................... 73
11.2.4. Bairro Nossa Senhora Aparecida .......................................... 76
11.2.5. Bairro Centro ........................................................................ 78
11.2.6. Bairro Promorar .................................................................... 81
11.2.7. Bairro Nossa Senhora de Lourdes ......................................... 84
11.2.8. Bairro Santa Rosa ................................................................. 86
11.2.9. Bairro Sagrado Coração de Jesus .......................................... 88
12. ENTREVISTA COMUNIDADES NO INTERIOR ............................. 91
12.1. ROTEIRO DAS ENTREVISTAS COM MORADORES DO
INTERIOR ............................................................................................ 91
12.2. RESPOSTAS ................................................................................ 92
12.2.1. Primeiro Distrito ................................................................... 92
12.2.2. Segundo Distrito ................................................................... 95
12.2.3. Terceiro Distrito .................................................................... 99
12.2.4. Quarto Distrito ..................................................................... 104
13. QUESTIONÁRIOS PARA A EMATER ............................................ 106
13.1. INFORMAÇÕES RELEVANTES .............................................. 113
DEPOIMENTO DAS PROFESSORAS IDEALIZADORES DO PROJETO
.................................................................................................................. 114
DEPOIMENTO DOS ALUNOS TURMA DA MANHÃ: ....................... 116
DEPOIMENTOS DOS ALUNOS TURMA DA TARDE: ....................... 116
DEPOIMENTO DA DIRETORA DA ESCOLA MARIA HELENA
CALLEGARO .......................................................................................... 117
DEPOIMENTO MONITORA DA ESCOLA/APAE MARIÉLY FLÔRES
.................................................................................................................. 118
DEPOIMENTO MOTORISTA DA ESCOLA/APAE VALMOR
TURCHELLO ........................................................................................... 118
14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 119
19

1. INFORMAÇÕES SOBRE O MUNICÍPIO

O município de Jaguari está localizado na região central


do estado do Rio Grande do Sul e é conhecido como a "Cidade
das Belezas Naturais" ou “Terra das Belezas Naturais”. Jaguari
também adotou outras denominações, dentre as quais, “Terra
do Vinho”; “Terra da Imigração Italiana” e “Terra do Grito
Nativismo Gaúcho”.
Os seus habitantes são chamados Jaguarienses.
A extensão do município é de 673,4 km² e no censo de
2010 contava com 11.473 habitantes. A densidade demográfica
é de 17 habitantes por km². Faz divisa com os municípios de
Santiago, Jari, Mata, São Vicente do Sul, São Francisco de
Assis e Nova Esperança do Sul.
Está distante 400 Km da capital Porto Alegre e de 105
Km de Santa Maria, centro geográfico do Estado, tendo como
via de acesso a BR-287.
Situado a 112 metros de altitude, possuindo as seguintes
coordenadas geográficas: Latitude: 29°29'51'' Sul e Longitude:
54°41'24'' Oeste.
O clima é o subtropical.
20

Fonte: http://1.bp.blogspot.com/-77AS7svD4SQ/THw95Bp3HI/AAAAAA
AAABE/b_qIJTO86Lc/s1600/Jaguari+panoramica.jpg
21

2. ASPECTOS HISTÓRICOS E FORMAÇÃO


ADMINISTRATIVA

A etimologia não deixa dúvidas de que os primeiros


habitantes desta terra foram os índios Guarani. Isso porque
Jaguary significa “rio das onças”, pois na língua guarani a
palavra “jaguar” corresponde ao nome deste felino e o sufixo
“y” a rio.
As raízes históricas da região remontam a 1626, tendo
como marco a ação evangelizadora dos missionários jesuítas,
sob o comando do Padre Roque Gonzalez, que aportaram nessa
região, então denominada “Tape”, habitada por índios Guarani,
erguendo uma alta cruz e uma capela de pau-a-pique, sob a
invocação de Nossa Senhora da Candelária.
Esse primeiro marco jesuítico teve duração efêmera,
pois o Padre Roque foi em seguida nomeado superior das
missões que a Companhia de Jesus estava implantando na
bacia do Uruguai.
A ação jesuítica na região do “Tape” voltou a acontecer
em 1632. Sob o comando do Padre Pedro Romero, os padres
Noel Bertot e Luis Ernot subiram os rios Ibicuí e Jaguari e se
reuniram com Cristovão de Mendonza e Paulo Benevides, que
22

vinham por terra, numa aldeia de 400 almas, à margem direita


do rio Jaguari. Nesse local fundaram a Redução de São Tomé.
Essa foi a primeira redução a vingar na bacia do Ibicuí. A sua
exata localização ainda hoje não é conhecida, embora mais
provavelmente tenha sido em terras do atual município de
São Francisco de Assis.
A exemplo das demais reduções jesuíticas, São Tomé
também foi abandonada. Em 1638, após ser dizimada por uma
peste e uma praga de tigres, e por temor as incursões
bandeirantes, os índios sobreviventes transferiram-se para a
margem direita do rio Uruguai, recriando, com o mesmo nome
a redução que deu origem à cidade argentina situada frente a
São Borja.
Com o êxodo das reduções jesuíticas para a margem
direita do rio Uruguai a região do “Tape” acabou despovoada,
encerrando-se o primeiro ciclo jesuítico no território gaúcho
em 1640.
Nas décadas seguintes deu-se a questão de limites entre
Portugal e Espanha, decorrentes da fundação da Colônia do
Sacramento, em 1680 e da Colônia do Rio Grande de São
Pedro, em 1737. O Tratado de Madri, verdadeiro esbulho aos
23

Sete Povos das Missões, deflagrou a Guerra Guaranítica, de


1752 a 1756.
Seguindo a cronologia dos fatos, passa-se, agora, à
formação do município de Jaguari, como fruto, que é, de um
projeto de colonização iniciado nos últimos anos do Império,
tendo como base legal a Lei Geral de Terras, decretada em
1850. Essa legislação consagrava o princípio da aquisição pela
compra ou pela posse com cultura efetiva, proibindo doações
públicas e ocupação de terras devolutas.
Assim, em 1871 é criada a Colônia Jaguari, pela Lei nº
747, de 29 de abril, da Província do Rio Grande do Sul.
Coube ao Dr. José Manoel da Siqueira Couto dirigir a
Comissão de Medição de Lotes e Estabelecimentos de
Imigrantes, assumindo o cargo a 15 de abril de 1883.
Esse intento importou em anos de disputa judicial com
posseiros irregulares, que reivindicavam as legitimações de
grandes extensões de terras e dessa forma impediam o
assentamento de imigrantes. Essa questão fundiária veio a ser
resolvida favoravelmente no ano de 1886, destacando-se na
defesa desse projeto o então Diretor da Comissão de Terras do
Estado e primeiro administrador da Colônia Jaguari, o Dr.
Siqueira Couto.
24

Em razão dessa delonga, tem-se como marco


fundacional da Colônia Jaguari a data de 14 de setembro de
1888, que assinada a chegada dos primeiros imigrantes em
Jaguari. A partir de então é deflagrado o processo de
colonização, com o ingresso de levas sucessivas de imigrantes,
na maioria em conjunto familiar, o que perdurou até 29 de
agosto de 1906, totalizando a entrada de 8.651 pessoas das
mais diversas nacionalidades: italianos, alemães, húngaros,
poloneses e russos, dentre outros.
O processo de concessão de lotes condicionava a
outorga do título de propriedade ao cumprimento de numerosas
cláusulas. Nada foi doado aos imigrantes, mas financiado. O
empréstimo compreendia os valores do lote, da casa provisória,
das ferramentas e das sementes que eram debitadas aos
imigrantes para saldá-las em prazo estabelecido, condição para
recebimento do título definitivo da propriedade.
O lote rústico padrão media 25 hectares, com 250
metros de frente por 1.000 metros de fundo, demarcados a
partir da Linha Zero, às margens do rio Jaguarizinho. As linhas
eram dispostas em direção Norte-Sul e distanciadas entre si de
um quilômetro, em linhas sucessivas, com numeração
crescente em direção Leste, até a Linha 21.
25

Os primeiros colonizadores foram organizando suas


habitações e lavouras em meio à mata virgem. Nas muitas
comunidades que iam se formando, erguia-se no centro, a
capela dedicada ao Santo de sua devoção. Ao lado, surgia o
salão que, após as devoções, era ponto de reunião para
conversa entre amigos e realização de festas e jogos. A
religião, entre os imigrantes, foi, sempre, fator de integração.
Com o desenvolvimento do Núcleo Sede, surgiram, na
sequência os núcleos de Ernesto Alves, Toroquá e São Xavier,
além do núcleo Toropi.
A 12 de dezembro de 1889 o Bispo de Porto Alegre,
Dom Cláudio Ponce de Leão, assina o Decreto de criação do
C8urato de Jaguari, nomeando como primeiro Cura o Padre
Otávio Cattaneo, que em 1893 deu início a construção da Igreja
Matriz. A 08 de outubro de 1915, o Bispo de Santa Maria,
Dom Miguel de Lima Valverde assina o Decreto de criação da
Paróquia Nossa Senhora da Conceição de Jaguari, nomeando
como primeiro Pároco o Frei Fidelis Della Motte Servolex. A
Igreja Matriz, esboçada pelo notário Pedro Pellizzari, veio a ser
inaugurada a 08 de setembro de 1921, contendo a imagem da
padroeira no seu frontispício e em uma de suas duas torres
26

sineiras foi instalado um grande relógio com badaladas, ainda


em funcionamento.
Por indicação de Siqueira Couto, a 21 de março de 1891
assume a Chefia da Comissão de Terras e Colonização de
Jaguari o Dr. Severiano de Souza e Almeida, conhecedor da
região como agrimensor da comissão. Severiano de Almeida
deu novo impulso à obra iniciada por seu antigo chefe. Siqueira
Couto, após nomeado para a Comissão sediada em Ijuí Grande
pediu exoneração do cargo e, cansado de tantas lutas acabou
retornando a sua terra natal, Barbacena, em Minas Gerais, onde
veio a falecer.
A instrução pública foi iniciada em 1891 pelas escolas
de Gregório Cony e de Guilhermina de Lemos Schneider,
Guilhermina Javorski após o casamento com Maximiliano
Javorski.
Em 1894, a Colônia Jaguari já somava 7.932 habitantes.
A Sede já possuía 122 prédios particulares e 8 do Governo. Em
toda a Colônia já se contavam 19 moinhos hidráulicos, 12
casas comerciais, 6 sapatarias,3 descascadores de arroz, 3
alambiques de cachaça, 2 atafonas para farinha e polvilho, 2
ferrarias, 2 olarias, 2 fábricas de cerveja, 2 açougues, 2
curtumes,1 serraria e 1 fábrica de fumos. Este ano foi marcado
27

pela instalação de um moderno moinho a vapor, na Sede da


Colônia, tido na época como o mais moderno no Rio Grande
do Sul. Este ano também marca a instalação do serviço de
iluminação à querosene na Sede, por iniciativa particular.
Até 1897 já haviam sido demarcados 837 lotes rurais e
uma área cultivada de 21.594 hectares. A rede viária já contava
com mais de 100 quilômetros de estradas e caminhos vicinais.
A estrada para Santiago já alcançava 25 quilômetros. Este ano
também foi marcado pela primeira visita de um governante do
Estado a Jaguari. Em 15 de abril, chegou o Dr. Júlio Prates de
Castilhos, que, por ocasião de sua visita oficial, prometeu a
construção de uma ponte sobre o Rio Jaguari, inaugurada em
1899.
Em 1900, a Sede da Colônia possuía 80 quadras, com 3
praças separadas por 23 ruas. Dos 744 lotes urbanos, 364 já
estavam ocupados. Eram mais de 700 alunos matriculados em
11 escolas da Colônia. A vida social era animada por 2bandas
de música. Havia 3entidades sociais e sendo organizado um
grupo de Teatro. A Imprensa chegaria logo a seguir com a
publicação do Semanário “O Jaguari”.
Em 1902 foi fundada a Comunidade Evangélica
Luterana, sendo o Reverendo Richard Kern seu primeiro
28

pastor. O primeiro templo se situava na rua Floriano Peixoto,


entre as atuais ruas Silvio Marchiori e Assis Brasil.
Era modelar a administração da Colônia Jaguari e muito
rápido o seu desenvolvimento. No relatório de 1903, a Colônia
foi descrita como um verdadeiro centro comercial da região ao
norte do Ibicuí e de parte da fronteira.
Em 1906, a população da Colônia Jaguari já
ultrapassava 14.500 habitantes, sendo naquele ano fundado o
Sindicato Agrícola, por cerca de 200 associados. Neste mesmo
ano se registra uma das últimas reivindicações do segundo
administrador da Colônia, Dr. Severiano de Souza e Almeida,
qual seja, a criação de um Posto Agronômico, que justificou já
ser necessário a fim de proporcionar ao agricultor o exato
conhecimento para corrigir e aproveitar as aptidões da terra,
sem maltratá-la.
Em 1907, a rua Siqueira Couto (atual Av. 7 de
Setembro), não mais possuía lotes disponíveis e já estava
edificada em quase toda a sua extensão de 2.000 metros,
incluindo diversos sobrados. Na Sede e arredores, já
funcionavam 16 Sociedades, duas das quais eram Italianas, um
Clube de Atiradores e uma Sociedade Dramática. Contavam-
se, também, 18 casas Comerciais, 9 Marcenarias, 8 Engenhos
29

Hidráulicos, 8 Restaurantes, 5 Sapatarias, 4 Ferrarias, 2


Açougues, 3 Curtumes, 3 Ourivesarias, 2 Padarias, 2
Cervejarias, 2 Olarias, 1 Farmácia, 1 Tipografia, 1 Hotel, 1
Oficina Mecânica, 1 Fábrica de Fogões,1 Fábrica de Chapéus e
1 Fábrica de Inseticidas.
Apesar de todo este crescimento, a partir do ano de
1907, tem-se o gradual encerramento das atividades da
Comissão de Terras, vindo a Colônia Jaguari a converter-se em
3º Distrito de São Vicente, em 1909.Esse novo período é
marcado por estagnação econômica, contrastando com o
desenvolvimento impulsionado pela então Colônia.
Dois fatos merecem destaque neste período: a
inauguração da primeira usina elétrica de Jaguari (13 de maio
de 1915), construída por Pedro Pellizzari, mediante concessão
da Prefeitura de São Vicente, e que funcionava desde o
entardecer até a meia noite; e a conclusão do ramal ferroviário
São Pedro – Jaguari (16 de janeiro de 1916), que teve sua
estação provisória à margem esquerda do rio Jaguari
inaugurada a 13 de maio de 1919.
Pouco havia de comum entre a antiga Colônia Jaguari e
agora Distrito e o município de São Vicente: distinta era a
paisagem, a história, o povo e a base econômica; enfim,
30

distintos eram os interesses que moviam as duas comunidades.


Por tudo isso não tardou para que a população jaguariense
sentisse as consequências e postulasse a sua emancipação
política.
Então, a 16 de agosto de 1920, pelo Decreto Estadual nº
2.627 foi o território da antiga Colônia Jaguari elevado à
condição de Município, mediante desmembramento dos
municípios de São Vicente, São Francisco de Assis, Santiago
do Boqueirão e Júlio de Castilhos, prevendo, também, a
nomeação de um intendente provisório e a manutenção do
novo município à Comarca de São Vicente. Este ato é assinado
por Antônio Augusto Borges de Medeiros, governador do
Estado do Rio Grande do Sul e Protásio Alves, secretário do
Interior.
Num segundo Decreto, de nº 2.628, é instruída a
organização do novo município, determinando o cadastramento
de eleitores e a adoção da lei eleitoral de São Vicente para o
pleito vindouro. E um terceiro Decreto, de nº 2.631, nomeia o
bacharel Miguel Chmielewski como Intendente Provisório.
O primeiro pleito eleitoral do município de Jaguari foi
realizado em 25 de setembro de 1921. Foram eleitos para o
mandato 1921 a 1925: como Intendente, Miguel Chmielewski e
31

Vice-Intendente, Cloraldino Teixeira, ambos com 358 votos


cada um. E, sete (07) conselheiros: João Lena, Acacio d’Ávila
Menezes, Jacob Leopoldo Diefenbach, Luiz Saran, Redencio
Frizzo, Artidor Rodrigues Soares e Juvêncio Menezes de Ávila,
com 354 votos cada um. Restaram quatro votos para nomes
diversos. Não houve chapas contrárias e a eleição transcorreu
na mais perfeita ordem.
A diplomação dos eleitos e a prestação de compromisso
do Intendente foram realizadas a 13 de novembro de 1921, na
primeira reunião dos conselheiros municipais. A mesa do
Conselho foi composta por Jacob Leopoldo Diefenbach,
presidente, João Lena, vice-presidente e Acacio D’Ávila
Menezes, secretário.
A primeira Lei Orgânica foi sancionada e promulgada
no dia seguinte.
Deu-se início, assim, aos primeiros passos da
administração político-administrativa do município de Jaguari.
Essa síntese histórica aqui reproduzida tem por objetivo
retratar os primórdios da formação do município de Jaguari, até
a instalação do seu primeiro governo.
Como fonte de referência, tem-se, especialmente, o
“Esboço Histórico de Jaguari” de autoria do jaguariense José
32

Newton Cardoso Marchiori, editado em 1999, que brindou a


sua comunidade com uma trilogia. Soma-se a essa primeira, a
segunda obra “Gênese da Colônia Jaguari” e a terceira obra
“Jaguari: Documentos Históricos e Relatos”, ambas editadas
em 2000.
A história de Jaguari também está preservada através da
obra do jornalista Otto Gampert, com o título “Jaguari 350
anos de história 1632–1982”, editada em 1982, e da obra do
prefeito Cincinnato Brandão, com o título “Jaguari”, editada
em 1940.
Somam-se, também, um manancial de outras obras que
vem sendo produzidas, a exemplo de um trabalho elaborado
pelos professores da Secretaria Municipal de Educação em
1992 e, a título de genealogia, tendo como autores as gerações
que sucederam aos nossos imigrantes, que com certeza também
estarão a disposição como fonte de pesquisa.
Importa ainda referir que os principais marcos
históricos da formação do município de Jaguari figuram no
Pórtico de acesso à cidade. Na sua face frontal tem-se o ano de
1888, início da Colonização, e o ano de 1920, da emancipação
político-administrativa. No seu verso, o ano de 1626 lembra a
passagem do Padre Roque Gonzalez na região, o primeiro
33

homem-branco a pisar nestas terras e, o ano de 2000, que


assinala a construção do Pórtico, no apagar das luzes do século
XX, como marco permanente da confiança depositada no
futuro de nossa gente. Resta, ainda, seja inserida no verso desse
monumento a expressão latina então prevista: “PERMANEAT
ANIMUS LAPIDE PERENNIUS”, ou seja, que o espírito
permaneça mais perene do que a pedra, simbolizando, assim,
uma afirmação da autoestima dos jaguarienses e da crença
coletiva num futuro cada dia mais radioso para nossa terra.
Em linha de encerramento, invocamos as palavras do
historiador José Newton Cardoso Marchiori ao concluir a
apresentação da sua obra de resgate de nossas origens: “O
conhecimento do passado é essencial ao correto entendimento
do presente e condição indispensável para uma adequada
construção do futuro”. E, parafraseando o filósofo Mário
Sérgio Cortela, devemos caminhar para o futuro com propósito,
esforço e alegria, ciente de que é necessário paciência na
turbulência e sabedoria na travessia.
34

Prefeitura Municipal de Jaguari

Fonte: Acervo do Município.


35

3. ATRATIVOS TURÍSTICO DO MUNICÍPIO

A atividade turística surge como alavanca do


desenvolvimento de uma comunidade e até mesmo de regiões.
O município de Jaguari conta com importantes atrativos
turísticos, entre eles: o Pórtico de acesso à cidade, o Balneário
Fernando Schilling, o Clube Capejar, o Museu Municipal, a
Igreja Matriz, a Praça Osvaldo Aranha, a Praça Gilson Carlos
Reginato, o Cerro do Obelisco, os monumentos do Colono e do
Motorista e de São Cristovão e Santo Izidoro, a Gruta de
Fontana Freda, a Reserva Cerro Chapadão, as ruínas da Capela
Monte Bérico, os mirantes da Família Minuzzi e da Família
Sonza, a Rota Nostra Colônia, a Cantina da Cooperativa
Agrária São José, o Parque Florestal Luiz e Doralina Olson e a
Pequena Central Hidrelétrica Furnas do Segredo.
Além dos atrativos turísticos, o Município sedia vários
eventos com destaque regional, como o Carnaval de Rua, o
Torneio Internacional de Bochas, o Torneio Praiano de Bochas,
a Copa Verão Intermunicipal de Futsal, o Rodeio
Intermunicipal de Equipes, a Festa do Imigrante e a
Feira Industrial, Comercial, Serviços e Agropecuária -
FEICOAGRO, tendo ainda as festividades religiosas, como a
36

Festa da Padroeira Nossa Senhora da Conceição, a Festa do


Motorista e do Colono e a Festa de Nossa Senhora de Lourdes.
Além desses eventos se aguarda, com otimismo, o retorno do
Grito do Nativismo Gaúcho de Jaguari.
Jaguari também se destaca pelos seus atrativos
histórico-culturais, além dos que se encontram em meio à
natureza. As crenças e costumes da colonização italiana,
especialmente, estão presentes e são marcantes nas atitudes do
dia a dia da comunidade local.
A questão étnica interligada às características locais
proporciona a atratividade do Município. Os relevos
acidentados, com presença de morros, paredões, vegetações,
agricultura e pecuária, misturam-se formando cenários
atrativos aos olhos do visitante, confirmando a popularidade de
que Jaguari é conhecida como “Cidade das Belezas Naturais”
ou “Terra das Belezas Naturais”, ou ainda, como “Terra do
Vinho”; “Terra da Imigração Italiana” ou “Terra do Grito
Nativismo Gaúcho”.
37

4. BRASÃO DO MUNICÍPIO COM O SEU


SIGNIFICADO:

Lei Municipal nº 586, de 08/05/1963


Aprova o Brasão de Armas do Município de Jaguari.

Significado

Escudo oval, dividido em dois quartéis e um campo. No


primeiro quartel a direita, no alto, uma onça malhada, em
fundo de prata, recordando a origem do nome do Município.
No segundo quartel, à esquerda, sobre fundo azul, o Cruzeiro
do Sul, símbolo da nossa Pátria. Logo abaixo em fundo verde
musgo três sulcos, simbolizando a terra roteada pelo arado,
para agricultura. Dividindo os quartéis do campo, uma linha
sinuosa, em azul, referindo-se ao rio Jaguari que corta o
Município no sentido leste oeste. Na parte inferior em campo
amarelo, uma cruz de missionário, em vermelho e duas flechas
indígenas de ponta de osso, em sentido contrário, uma
lembrança histórica dos pioneiros desta terra quando foi
fundada em 1632, a antiga Redução Jesuítica de São
Tomé.Apoio lateral à direita, um cacho de arroz e, a esquerda,
38

um ramo de fumo, esteios da massa economia agrícola, com


apoio de base dois cachos de uva. Uma faixa estilizada, em
vermelho, ondulante, com o lema "Pela Pátria" e as datas 1632
data da fundação da Redução de São Tomé e, 1920 data da
criação do Município de Jaguari. Na parte superior do Brasão
de Armas, uma coroa, em preto, com quatro castelos fortes,
simbolizando os quatro distritos em que está dividido o
Município.

Brasão do Município

Fonte: Acervo do Município.


39

5. HINO DO CINQUENTENÁRIO DO MUNICÍPIO

Lei Municipal nº 1.011, de 05/08/1970


Institui o Hino do Cinquentenário do Município

Música do Sgt. Idamir Barros da Silva, pertencente ao


19º Grupo de Artilharia de Campanha, da 1ª D.C. /Letra da
Srta. Júlia Albuquerque Pereira

Sob um céu de imenso azul Berço viril e hospitaleiro


Há uma joia engastada És pujante, forte na conquista.
Esta joia é minha terra
Onde o amor nasce e viceja O teu rio só traduz melodia
Com as bênçãos da Imaculada. Nas belas águas cristalinas
Tuas grutas e verdes matas
Jaguari terra adorada Que de ti se descortina
De paz e amor és relicário; Tudo em ti é doce encanto
Como estás resplandecente É relíquia terna e divina.
No fulgor do teu cenário
Onde espelhas a pujança Parabéns neste teu aniversário
Do teu aniversário. Teu nobre povo saudamos
Neste ano de luz e esplendor
Teu progresso constante revela Numa prece imploramos
Uma grandeza infinita Vida e Paz reine em teu seio
Terra amada e querida por Deus Teu destino a Deus confiamos.
E por nós sempre bendita
40
41

6. CAMINHOS DE JAGUARI

Lei Municipal nº 1.950, de 15/09/1992


Institui o Hino Nativista de Jaguari a Música
“Caminhos De Jaguari”.

Letra de Claudio Lena e Mauro Ferreira / Música de Luiz


Bastos

"Quando as manhãs tornam-se Fazer caminhos, plantar cidades.


lentas Foram-se os tigres, foram-se os
E o sol se embala nos sarandis bugres
Bailam celestes claros vidrilhos E o rio do tempo traria então,
Na estrada agreste do Jaguari. Os italianos, suas vozes claras,
Suas magias de fazer pão.
O que hoje é calma já foi
paisagem Tombou um cedro e se ergueu a
De luas índias de estranhos igreja
tigres, Lavrou-se a terra e nasceu
E bugres machos que não fartura,
sabiam, Queijos moldados na lua cheia
Que eram felizes por serem E o vinho tinto na noite escura.
livres.
Vila e cidade-sonho e certeza
Viria o tempo-que é rio de sobras Fica em quem soube te construir
Escurecer esta liberdade, Uma saudade que faz represas
Era imperioso que ele viesse Nas correntezas do Jaguari."
42
43

7. MAPA DO MUNICÍPIO COM SUAS LOCALIDADES


E INDICAÇÃO DOS MUNICÍPIOS LIMITES
44
45

8. ESTUDO SOBRE OS BAIRROS

O que vimos?

Mapa dos bairros do município de Jaguari.

Fonte: https://inundacoesjaguarirs.files.wordpress.com/2017/08/mapa-dos-
bairros-de-jaguari.png?w=1200&h=&crop=1
46

8.1. CENTRO

Bancos, casas, shopping, lojas, calçadão, praça, igreja,


salão paroquial, prefeitura, hospital, posto de saúde, posto de
gasolina, restaurante, lancherias, farmácias, Escola São José,
APAE, Estação Férrea, Escola Tia Mana, Asilo, Correio,
Cartório, rio Jaguari, Sindicato, Museu, Poliesportivo, Fórum,
Ministério Público, Escola Guilhermina, Hotéis, Pousadas,
Corsan e autoescola.
47

8.1.1. Ruas do bairro

Rua dos Imigrantes, Largo Henrique Dri, ruas


Maximiliano Cortiana, Atílio Giacomelli, Ernesto Berger,
Prefeito Luiz Farinati, Enio Décimo, Av. Dr. Severiano de
Almeida, Largo Waldemar Diefenbach, ruas Sílvio Marchiori,
Assis Brasil, Carlos Callegaro, Bento Gonçalves, Dr. Edú
Marchiori da Silveira, Júlio de Castilhos, Pref. Ervandil
48

Reghelin, Av. Daltro Filho, ruas Pref. Davi Machado, Coronel


Flores, Garibaldi, José Bonifácio, General Osório, Av. 7 de
Setembro, ruas Olinto Couto, Marechal Floriano, São Jorge e
Jóquei Clube.

8.2. Bairro Nossa Senhora Aparecida

Poucas ruas e algumas casam com pátio.

8.2.1. Ruas do bairro

João Valdemar Nunes, Santa Catarina, Paraná.


49

8.3. Bairro Nossa Senhora de Lourdes

Centro Comunitário, casas bonitas, gruta do Obelisco,


empresa de ônibus, campo de futebol.
50

8.3.1. Ruas do bairro

Rua dos Atiradores, Dr. Leo Pinto da Silva, Guilherme


Goelzer, Severiano Alves de Mello, Jacob Leopoldo
Diefenbachi, Vitório Lena, Pedro Pelizzari, Flávio Saciloto
Lena.
51

8.4. Bairro Santa Rosa

Casas bonitas, Centro de Tradição Gaúcha - CTG,


Centro de Comunitário Santa Rosa, restaurante, mercado,
presídio.

8.4.1. Ruas do bairro

Pedro Marchiori, Emílio Sesti, Daniel Lena Marchiori,


Ernesto Berger, Prefeito Enio Décimo, Prefeito Luiz Farinati,
Valdemar Cochlar, Otto Gampert, Almécio Manucello.
52

8.5. Bairro Rivera

Centro Comunitário Santo Ivo, Escola Antonieta,


CAPEJAR, Posto de Saúde, Posto de gasolina, restaurante,
Pórtico de Jaguari.
53

8.5.1. Ruas do bairro

Ricardo Beche, David Cortiana, Dona Luiza, Adão


Vieira, Érico Veríssimo, Frederico Pauleski, Vilson Marchiori,
Antônio Araújo Boeira, Rio Branco, Carlos Gomes, Rui
Barbosa, Alexandre Pasqualine, D. João Becker, João
Crivellaro, Guia Lopes, Santo Antônio, São Xavier, São Pedro,
Rua dos Ferroviários, Dona Maria, Vale do Sol, São Cristovão.
54

8.6. Bairro Mauá

Não tem centro comunitário, têm trilhos que passava o


trem, engenho Mauá (antigo), mercado, casas, ruas calçadas.
55

8.6.1. Ruas do bairro

Olinto Couto, Demétrio Ribeiro, General Lima, 14 de


Julho, Álvaro Batista.

8.7. Bairro Consolata

Estádio Municipal dos Eucaliptos (em reforma), Sede


Campeira do CTG, cemitério, bar, Escola Getúlio Vargas,
Ginásio, Centro Comunitário, Igreja, cancha de bocha, piquete,
56

serraria, pavilhão da reciclagem, bastantes casas, poucas ruas


calçadas.

8.7.1. Ruas do bairro

Rua do Angico, Rua da Cabreúva, Rua da Azaléia, Rua


do Ipê, Flores do Campo, Rua do Ingá, Rua da Palmeira, Rua
da Orquídea, Rua Girassol, Rua da Grápia, Rua das Hortênsias,
Rua Jatobá, 18 de Julho, Dante Luis Sesti.
57

8.8. Bairro Promorar

Ponte de madeira, conjunto habitacional, Igreja


Quadrangular, Centro Comunitário (em construção), quadra
esportiva e cancha de bocha.

8.8.1. Ruas do bairro

Carlos Callegaro, Nelson Betim, Célia Fernandes,


Anísio Garcia da Silva, Santo Garcez, Irmã Lúcia Ferrazza,
Carlo Minussi.
58

8.9. Bairro Sagrado Coração de Jesus

Casas, a maioria das ruas não são calçadas (só a


principal), Bar do Jegue, cancha de bocha, sanga, campo de
futebol, ponte de madeira, casas com hortas, bastantes árvores,
porteiras, Centro Comunitário.
59

8.9.1. Ruas do bairro

Quim Machado, Luiz Zanini, Valentin Zanini, Angelo


Borsa Zanini, Pedro Zanini, Fortunato Zanini, 16 de Agosto,
Garibaldi.
60
61

9. MUNICÍPIO DE JAGUARI DIVIDIDO EM


DISTRITOS

Fonte: https://inundacoesjaguarirs.files.wordpress.com/2017/08/mapa-dos-
distritos-de-jaguari.png?w=1200&h=&crop=1

9.1. Primeiro Distrito

Boca da Picada, São Luis Potreiro Grande, Cerro São


Miguel, Santa Juliana, Linha 10 São Paulo, Passo dos
62

Barrosos, Linha 13, Marmeleiro, Linha6 São Roque, Sanga da


Areia, Chapadãozinho, Panelão, Chapadão, Jaguarizinho.

9.2. Segundo Distrito

Santo Isidro, Picada dos Alemães (Becker), Ereno,


Piquiri.

9.3. Terceiro Distrito

Rincão dos Gampert, Linha 16, Barragem, Linha 20,


Linha 15 São Jorge, Boa esperança, Boa Vista Santo Reis,
Boca da Picada Segredo, Rincão dos Pivetta, Linha 15 São
Valentin, Ijucapirama, Igrejinha São Pedro, Fontana Freda,
Linha 11, Linha 8, Bom Respiro, Bom Retiro, Linha 7 Carlos
Gomes.

9.4. Quarto Distrito

Caixa D'Água, Faxinal, Rincão dos Alves,


Taquarichim, Schopf, Kolodzei, São José dos Brauner, São
63

Xavier, Santo Antônio, Mangueirinha, Pinheirinho,


Pessegueiro.

10. IGREJAS DA PARÓQUIA NOSSA SENHORA DA


CONCEIÇÃO DE JAGUARI

 Nossa Senhora Monte Bérico - Chapadão


 Nossa Senhora Auxiliadora - Chapadãozinho
 Santa'Ana - Panelão
 Santo Estanislau - Linha 7
 Santo Antônio - Fontana Freda
 Santo Estevão - Marmeleiro
 Santa Rita - Passo dos Barroso
 Santo Antônio - Linha 10
 São Paulo - Linha 10
 São Miguel - Caixa D'Agua
 Santa Catarina - Taquarichim
 Santa Juliana
 Nossa Senhora da Consolata - São Luis Potreiro grande
 São Pedro - Jaguarizinho
 Santíssima Trindade
 São João Evangelista - Rincão dos Alves
64

 São Pio X - Pinheirinho


 Santa Maria Goretti - Mangueirinha
 São Nicolau - Pessegueiro
 Santo Antônio (4º distrito)
 São José (4º distrito)
 Nossa Senhora da Paz - Segredo
 Nossa Senhora das Graças - Rincão da Boa Esperança
 São João Bosco - Boa Vista
 Nossa Senhora da Saúde - Bom Respiro
 Divino Espírito Santo - Ijucapirama
 São José - Linha 11
 São Pedro (3º distrito)
 São Roque - Linha 6
 São Valentim - Linha 15
 Nossa Senhora de Fátima - Barragem
 Nossa senhora Aparecida - Linha 20
 São Jorge - Linha 15
Obs.: Nos bairros da cidade as celebrações religiosas e festivas
acontecem nos Centros Comunitários:
 Centro Comunitário Santa Rosa
 Centro Comunitário Santo Ivo
 Centro Comunitário Nossa Senhora de Lourdes
65

 Centro Comunitário São Francisco


 Centro Comunitário Sagrado Coração de Jesus
 Igrejas da cidade de Jaguari.
 Igreja Matriz
 Igreja N.S. CONSOLATA, do bairro Consolata
 Igreja Assembleia de Deus
 Igreja Luterana
 Igreja Quandrangular
 Igreja Ministério Profético / Comunidade Evangélica
66
67

11. ENTREVISTA NOS BAIRROS

11.1. ROTEIRO DA ENTREVISTA COM MORADORES


DOS BAIRROS

1. Quanto tempo você mora neste Bairro?


2. Como era o Bairro Antigamente?
3. O que mudou desde a época que vive aqui? Estas
mudanças te agradam?
4. Quais as atividades oferecidas no Centro Comunitário?
5. Como está a segurança no Bairro? O que mais lhe
incomoda no bairro?
6. O que você gostaria que tivesse no seu Bairro?
7. Quais as vantagens e desvantagens de morar aqui?
8. Resuma como é morar aqui.
68

11.2. RESPOSTAS

11.2.1. Bairro Consolata


69

Morador A
1- 16 anos.
2- Não havia asfalto na rua principal, as ruas eram de
chão, não havia pracinha.
3- Todas as ruas calçadas, e um ginásio de esportes.
4- Atualmente somente para velórios e aniversários.
Antigamente havia sarau.
5- Por enquanto tranquilo, nos sentimos seguros. São
os cavalos soltos nas ruas.
6- Posto de saúde.
70

7- Vantagens: amizade entre os vizinhos. Não têm


desvantagens.
8- É bom, tranquilo.

Morador B
1- 30 anos.
2- As ruas eram sem asfalto, sem encanamento, tinha
menos casas não tinhas todas estas ruas paralelas.
3- Asfalto, encanamento, as mudanças foram para
melhor.
4- Não frequenta o Centro Comunitário. Atualmente
serve para velório, antes tinha sarau e bailes.
5- Está tudo bem.
6- Postinho.
7- Desvantagens: longe do centro. Vantagens colégio
perto as pessoas se dão.
8- É ótimo morar aqui.
71

11.2.2. Bairro Rivera


72

Morador A
1- 43 anos.
2- Não tinha calçamento, poucas casas, terrenos
baldios.
3- Calçamento, mais casas, posto de saúde.
4- Acho que festas, não frequento.
5- Está boa a segurança, tudo bom.
6- Supermercado, farmácia, shopping.
7- Vantagens: sossego, desvantagens: longe do centro.
8- Muito bom, tranquilo, conheço todas das pessoas do
bairro.

Morador B
1- 18 anos.
2- Não tinha tantas casas, melhoraram a iluminação,
tinha terrenos baldios que criavam cabritos.
3- Posto de saúde que foi muito bom para a
comunidade, centro comunitário, academia popular.
4- Festas, missas, ginástica.
5- A segurança está ameaçada, tem roubo. O que
incomoda são os vizinhos, pessoas difíceis.
6- Está tudo bem.
73

7- Vantagem: que é um lugar calmo, desvantagens:


não tem farmácia, padaria, mercado.
8- Tranquilo apesar da vizinhança não respeitar.

11.2.3. Bairro Mauá


74

Morador A
1- 50 anos.
2- Era engenho Mauá, já tinha todas estas ruas, o trem
passava, não era asfalto, faz em torno de 10 anos
que o trem deixou de passar.
3- Antigamente as portas ficavam abertas, tinha muita
tranquilidade, todos se davam bem.
4- O Bairro não tem Centro Comunitário, algumas
atividades ainda saem na Estação Ferroviária,
ginástica.
75

5- Não está segura como antes, já fomos assaltados


aqui no nosso mercadinho, os carros de polícia
passam até seguidamente por aqui.
6- Tudo bom.
7- Poderia ter menos fofoca, cada um cuidar de si.
8- Tudo bom, não queremos ir embora.

Morador B
1- 30 anos.
2- Quando vim morar aqui não tinha calçamento, o que
funcionava era o engenho Mauá (Arroz e soja) tinha
um terminal de trem que carregava os produtos, a
viação férrea tinha em torno de 40 funcionários.
3- A capatazia do DAER funcionava aqui no bairro,
calçamento mais casas.
4- Não tem centro comunitário
5- Está bem, não temos problemas somente cachorros
e cavalos soltos.
6- Centro comunitário.
7- Vantagens: lugar calmo e sossegado.
8- Adoro morar aqui.
76

11.2.4. Bairro Nossa Senhora Aparecida

Morador A
1- 36 Anos.
2- Não tinha calçamento nas ruas, tinha alguns terrenos
baldios, bastante mato, já tinha as casas da Cohab.
3- Mudou muito, tem pracinha que é um divertimento
para as crianças, tem o posto de saúde, centro
comunitário, todas as mudanças foram para melhor.
77

4- Algumas vezes eu frequento, sai festas de


aniversário e uma festa no ano de Nossa Senhora
Aparecida.
5- A segurança está boa, tudo bom, ótimo
relacionamento com os vizinhos.
6- Está tudo bom, ótimo. Farmácia.
7- É perto do Centro.
8- Adoro morar aqui, não saio por nada!

Morador B
1- 18 Anos.
2- Era um capinzal, tinha bastante terreno baldio,
bastante sujeira, bem menos povoado, bastantes
poças de água, mas já era calçado.
3- Têm mais casas, posto de saúde, academia de
ginástica popular, centro comunitários, pracinha
para as crianças. Mas também tem muito barulho e
desrespeito.
4- Sim. Têm missas, festas de aniversário, formaturas,
chá de fralda e outras atividades.
5- O Bairro não tem segurança, cada um faz a sua lei.
78

6- Rua com canteiro e flores. E mais segurança, que a


polícia fizesse a ronda.
7- Vantagem: que tenho jardim, horta, amizade com
todo mundo. Desvantagens: falta de segurança e
respeito.
8- Bom, apesar de tudo.

11.2.5. Bairro Centro


79

Morador A
1- 87 anos, desde que nasceu.
2- Não tinha asfalto, nem calçamento, existia o
cinema, quando tocavam uma sirene sabiam que
iam passar um filme, as pessoas faziam caminhadas
antes do Cinema.
3- Fizeram o calçadão, asfalto, tiraram os canteiros que
antes tinham no meio das ruas, tiraram os postes de
madeira.
4- O ginásio paroquial oferece a tradicional festa do
padre e bailes.
5- Aqui ainda está tranquilo, porém seria necessário
colocar mais policiais e as viaturas circulares.
80

6- Indústrias, para ter mais empregos, existem muitas


lojas.
7- É um lugar sossegado.
8- É bom.

Morador B
1- 34 anos, morava antes no interior.
2- A prefeitura era onde hoje é o Museu, as ruas já
eram calçadas, as linhas de ônibus no interior
vinham de manhã e retornavam à tarde.
3- A cidade evoluiu, têm mais casas, lojas.
4- No clube União são oferecidos torneios de bocha,
boates, no Salão Paroquial a Tradicional Festa do
Padre, Bailes da Terceira Idade.
5- Está bom, porém a polícia deveria cuidar mais em
todos os Bairros, e as drogas são o que mais
incomoda.
6- Mais controle da Polícia.
7- Vantagens: bom, lugar pacato. Desvantagens: nós
que moramos aqui, quando chove muito, entra água
nas casas, através dos esgotos, emboca pelos canos.
8- É bom.
81

11.2.6. Bairro Promorar


82

Morador A
1- 16 Anos.
2- Mais tranquilo que agora, só a rua principal era
calçada.
3- Calçamento, construção das moradias habitacionais,
da pracinha, do centro comunitário, da quadra de
esportes, praça de ginástica. Mudou para melhor.
4- Está em fase de acabamento.
5- Fraca, bastante drogas na área de ginástica, se
juntam turmas do bairro, com outras de outros
bairros. A polícia até passa por aqui, mas depois das
nove da noite, dificilmente dá para ocupar a área de
ginástica, pois os jovens estão fumando. Isso tem
acontecido de uns três anos para cá.
6- Gostaria que tivesse mais segurança.
7- Vantagens: eu gosto, a vizinhança é boa, agora a
escola São José fica perto. Desvantagens: as drogas.
8- Eu gosto daqui.
83

Morador B
1- 35 Anos.
2- Não tinha rede de esgoto, não tinha ruas calçadas,
poucas casas. Quando nos mudamos, existia em
torno de 92 casas no bairro, tinha campo de futebol
nos lugares onde hoje têm casas.
3- Construção de casa, esgoto, ruas calçadas.
4- No centro comunitário que caiu com o temporal de
2017, as atividades eram intensas, como ginástica,
risoto, bailes. Agora tem um novo centro em
construção, e também pracinha e centro de
ginástica.
5- Segurança normal, todos se conhecem, uns cuidam
dos outros, as portas ficam abertas.
6- Queríamos tanto o centro comunitário e a pracinha,
e agora teremos.
7- Vantagens: muito bom morar aqui. Não têm
desvantagens.
8- Muito bom morar aqui.
84

11.2.7. Bairro Nossa Senhora de Lourdes


85

Morador A
1- 30 Anos
2- Não tinha calçamento, poucas casas, tinha
iluminação.
3- As casas, o calçamento, ginástica.
4- Datas comemorativas, têm festas para crianças,
aniversários.
5- Tudo tranquilo, antes tinha música alta, agora não
tem mais. Os cachorros incomodam.
6- Não sei de nada que gostaria.
7- É bom porque não tem muito barulho.
8- Acho muito bom.
Morador B
1- 36 Anos.
2- Não tinha calçamento, nem movimento.
3- Mudou bastante, hoje tem rede de esgoto,
calçamento (menos na minha rua).
4- Às vezes, têm festas, aniversários.
5- Mais ou menos.
6- Não precisa de nada.
7- Tudo bom.
8- É ótimo.
86

11.2.8. Bairro Santa Rosa


87

Morador A
1- 34 Anos, desde que nasci, fiquei anos longe mas
retornei para cá.
2- Eram poucas casas, o clube era pequeno, não tinha
tantas ruas, tinha o piquete Vento Chucro, era quase
só campo.
3- As mudanças agradam. Têm mais casas, ruas
abertas.
4- Jogos de cartas e bocha, aniversários e lugar para se
encontrar no domingo. Antes tinha ginástica.
5- Aqui é um bairro calmo, mas nesta rua faz falta um
quebra-molas, por causa das crianças. E tem muito
barulho dos cachorros.
6- Poderia ter uma pracinha para as crianças.
7- Vantagens: bons amigos, família próxima.
Desvantagens: poucas opções de trabalho.
8- Gosto de morar aqui não troco por nada.

Morador B
1- 34 Anos.
88

2- Eram menos casas, não tinha calçamento, eram


menos moradores.
3- Todas para melhor. Calçamento, mais moradores,
mercado, empresa de ônibus, centro comunitário.
4- Festas, ginástica e missas.
5- Bem calmo, só tem muito latido.
6- Gostaria que voltasse a ter ginástica.
7- Não têm desvantagens, é bom morar aqui.
8- Ótimo.

11.2.9. Bairro Sagrado Coração de Jesus


89

Morador A
1- 24 Anos.
2- Não tinha nada de casas ao redor, plantávamos,
tínhamos alguma cabeça de gado.
3- Hoje têm mais moradores, vizinhança, porém
também têm mais enchentes, que já entraram na
minha casa.
4- Eu frequento o centro, vou à missa, também é usado
para aniversários. Antes tinha ginástica.
5- Está tranquila, nada me incomoda atualmente.
90

6- Gostaria que continuasse a ginástica no centro


comunitário.
7- Vantagens: perto da cidade, médicos e mercado.
Não tem desvantagens.
8- Muito bom, nos damos bem com todos os vizinhos,
só o que assusta são as enchentes.

Morador B
1- 9 Anos.
2- Não tinha calçamento, nem tanta casa.
3- Hoje tem calçamento e mais moradores.
4- Raramente frequento, somente quando tem
vacinação.
5- Me sinto tranquila, o que me incomodava era uns
moradores aqui perto que faziam muito barulho,
mas foram embora.
6- Poderia ter um quebra-molas nesta rua aqui da
frente em função das crianças.
7- Vantagens: tudo tranquilo e é bom para as crianças.
Nenhuma desvantagem.
8- É bom, não quero sair daqui.
91

12. ENTREVISTA COMUNIDADES NO INTERIOR

12.1. ROTEIRO DAS ENTREVISTAS COM MORADORES


DO INTERIOR

1- Na sua comunidade tem igreja e clube? Quais


atividades são oferecidas no clube? Como funciona?
Tem diretoria?
2- Tem Escola? Até qual modalidade? Se não tem
onde os alunos estudam? Tinha Escola
Antigamente?
3- Na comunidade existe grupo de mulheres? Alguém
da família participa? Quais atividades são
realizadas?
4- O que é produzido na propriedade? A produção
principal?
5- Vocês recebem orientação de algum órgão público
ou particular para a produção dos produtos? Qual?
6- Quais insumos agrícolas são utilizados na
propriedade?
7- Onde são comercializados os produtos produzidos
na propriedade?
92

8- A propriedade é caracterizada como agricultura


familiar?

12.2. RESPOSTAS

12.2.1. Primeiro Distrito

Linha 10
93

Morador A
1- Sim, tem Igreja e Clube.
2- Não tem escola, nunca teve, os alunos vão para a
cidade.
3- Sim existem, mas não participamos.
4- Milho, soja, brócolis, couve flor, hortaliças,
cenoura, rabanete, beterraba, feijão de vagem,
repolho, melancia. A plantação principal são as
verduras.
5- Sim, da EMATER.
94

6- Não utilizamos agrotóxico, somente quando é muito


necessário, quando as mudas são pequenas o
tomate, às vezes, precisa. As hortaliças são 100%
orgânicas, utilizamos câmera de aviários e húmus
produzidos pelas minhocas no minhocário.
7- Vende-se os produtos na feira, no mercado, para as
escolas e nas casas também.
8- Sim, agricultura familiar.

Chapadão
95

Morador A
1- Têm missas, jogos de futebol, bocha, baralho.
2- Sim IFFar, e antigamente tinha a escola Carlos
Callegaro até o 5º ano.
3- Sim, se reúnem para lanches compartilhado,
atividades da EMATER, sindicado e encontros.
4- Tem horta, mandioca, cana, arrendam para a soja.
5- Não recebem.
6- Não utilizamos, vendem nos mercados.
7- Para consumo próprio.
8- Sim é agricultura familiar.

12.2.2. Segundo Distrito

Santo Isidro

Morador A
1- Têm duas festas por ano, jantar de grupos
familiares,
2- Ensino fundamental completo.
3- Sim às vezes se reúnem para conversar e antes tinha
ginástica.
96

4- Soja, arroz, milho e gado de corte. Principal soja e


arroz.
5- Se precisa a EMATER vem.
6- Adubo químico, defensivos agrícolas e fertilizantes.
7- Na cooperativa do município.
8- Não
9- Agricultura empresarial.
97

São Luis

Morador A
1- Têm festas de casamentos, festa da igreja,
aniversários.
2- Ensino fundamental completo, antigamente tinha
uma escola de anos iniciais nos Lopes
3- Tem grupo de mulheres, às vezes temos reunião.
4- Produzimos milho, soja e gado de corte. Produção
principal soja.
98

5- A EMATER ajuda e orienta as lavouras.


6- Sim, adubo, fertilizantes agrotóxicos de todos os
tipos.
7- Na cooperativa.
8- Não.
99

12.2.3. Terceiro Distrito

Ijucapirama

Morador A
1- Sim. No clube acontecem bailes, aniversários,
casamentos, jantares, encontros. Tem diretoria do
clube e de igreja.
2- Sim tem escola, até Ensino Médio. Antigamente era
Grupo Escolar Otávio Rocha, depois Escola Rural
Ijucapirama.
100

3- Tem grupo de mulheres, antigamente tinha a


pastoral da saúde, espaço para conservação de
remédios.
4- Planta para consumo próprio. Tem gado de corte
principal renda.
5- Não.
6- Não utiliza.
7- Para consumo próprio.
8- Sim.

Fala relevante:

As comunidades do interior estão terminando, pois, os


jovens não estão ficando na propriedade. Antigamente o
interior era mais organizado, tínhamos ferrarias, carpintarias,
engenhos de serra, curtume, selaria, fábrica de bota e calçados.
Nós produzíamos tudo em casa para o consumo. Tínhamos
carreta de frete, pagávamos impostos, tínhamos carreta própria
para carregar os produtos.
101
102

Morador B
1- Sim tem, frequentamos. Tem bailes, festas, jogos de
bocha, cartas e futebol.
2- Sim até ensino médio.
3- Tem grupo de mulheres, mas quase não
participamos por causa do trabalho
4- Peixes, salame, soja. Principal é peixes.
5- Não. Faz 40 anos que produzimos peixes, hoje até
orientamos os outros.
6- Não usamos.
7- Na feira, em casas, Santiago, em mercados. Carpa
prateada, cabeça grande, capim, tilápia em gaiola e
traíra.
8- Agricultura familiar
103
104

12.2.4. Quarto Distrito

Morador A
1- Atividades recreativas e religiosas, missas mensais,
festa da localidade, aos domingos têm jogos de
cartas e bola.
2- Tem escola, estudam até o ensino fundamental
completo, a escola completou 50 anos.
3- Na localidade de São Xavier não têm grupo de
mulheres, mas em outras localidades no quarto
distrito tem grupos da EMATER e sindicato.
4- Fumo, soja, milho, batata, feijão, mandioca, criação
de gado, principal produção é o fumo.
5- No fumo tem a empresa que orienta, a soja tem
assistência das cooperativas, a EMATER da
assistência em pomares e peixes.
6- Adubo, calcário, ureia, adubação química.
7- O Fumo é comercializado nas empresas fumageiras;
o soja nas cooperativas.
8- Sim.
105

Morador B
1- Têm missas mensais, catequese, festa da família,
aniversários, festa do agricultor.
2- Ensino fundamental completo.
3- Não. Na localidade de São José não tem.
4- Fumo e soja, são os principais. Milho e Feijão
também são produzidos.
5- O fumo tem assistência das indústrias.
6- Agrotóxicos.
7- O fumo é comercializado nas indústrias fumageiras,
soja na cooperativa.
8- Sim.
106

13. QUESTIONÁRIOS PARA A EMATER

1- Principal produção agrícola que caracteriza o distrito?


Em termos de produção agropecuária, no 2º Distrito, se
destaca produção de arroz e soja e a criação de gado de corte.
O cultivo de arroz pelo fato do Rio Jaguari passar por grande
parte do 2º Distrito, facilita a irrigação, tão necessária no
processo produtivo desta cultura. Outro destaque dessa região
do município é o relevo, que se configura como plano e é
propicio para a criação de gado de corte. Neste distrito destaca-
se a agricultura patronal que se caracteriza por produzir em
grandes áreas com a utilização de mão de obra contratada. A
agricultura familiar é menos expressiva; o 2º distrito é o menor
107

em número de população. No 1º Distrito predomina a produção


de arroz. A produção de uvas é centralizada no Chapadão,
posteriormente leite, soja e pouca produção de fumo.
O 3º e 4º Distrito são caracterizados pelo relevo
acentuado e grandes áreas de mata nativa. A produção
predominante é o fumo, seguido de soja, milho e cana-de-
açúcar. Também tem a produção de olerícolas– produção de
hortaliças, em torno de 15 famílias produzem para
comercialização nas feiras de produtor, nos mercados locais e
na alimentação escolar. A fruticultura vem ganhando espaço de
produção nesses distritos, através da produção de figo, pêssego,
laranja e bergamota. O fumo é a cultura mais expressiva
atualmente nestes 2 distritos em torno de 700 a 800 famílias. O
fumo possui uma boa produtividade em uma pequena área,
sendo uma cultura atrativa e geradora de renda importante nas
pequenas propriedades.
Além destas culturas comerciais, as famílias produzem
também para seu consumo, mandioca, batata doce, hortaliças,
abóboras, criam animais, como suínos, aves, peixes, bovinos,
etc...
108

2- O que caracteriza a agricultura familiar? É predominância


nos distritos?
A agricultura familiar é caracterizada pelo trabalho que
é desenvolvido pelos membros das famílias, ou seja, mão de
obra estritamente familiar, fazem também a gestão das
propriedades que não podem ter mais do que 4 módulos fiscais
(em Jaguari, cada módulo representa 22ha), ou seja, não podem
ter área superior a 88 ha. Esta categoria de agricultores é
predominante nos 1º, 3º e 4º Distritos.
A agricultura empresarial é predominante do 2º Distrito
e em parte do 4º, no qual os produtores não residem muitas
vezes na localidade e possuem vários funcionários.

3- Qual a força das mulheres nas atividades da comunidade?


Como elas se organizam?
As Mulheres rurais representam uma força de trabalho
muito expressiva dentro das propriedades, pois além do
trabalho na lavoura e com as criações, é responsável pela
produção dos alimentos para manutenção familiar, serviço
doméstico, manutenção dos arredores e da residência. As
mulheres rurais são exemplos de organização, pois na maioria
das comunidades existem grupos organizados de mulheres,
109

atualmente são 25 grupos atendidos pela EMATER. Estes


grupos têm diretoria, e uma rotina de reuniões. Anualmente os
25 grupos se reúnem.
O trabalho nos grupos é voltado para o artesanato,
saúde mental (possibilitar que elas saiam da rotina), trabalho
informativo, saneamento básico oficinas culinárias através do
aproveitamento do que plantam, plantas medicinais, segurança
alimentar, saúde preventiva, trocas de experiências, entre
outros. Isso acontece com o apoio e parcerias de secretarias do
município (educação, agricultura, saúde).
Existe uma localidade, comunidade em cada distrito
onde são concentradas as atividades de modo geral? Não
existe, mas cada distrito tem uma comunidade sede. Tem 56
Comunidades no interior de Jaguari. Em todas as comunidades
são realizadas ações, de forma geral são bem organizadas e
participativas.

4- Em quais distritos tem agroindústrias?


As agroindústrias estão concentradas no 1º distrito,
principalmente na comunidade de Chapadão, ali estão
localizados também pontos de venda de produtos coloniais
110

Agroindústrias no Chapadão- Granja Santa Teresa,


produção de queijo, Agroindústria 3 Coqueiros, mandioca
descascada, Agroindústria de panificados Produtos da Nona.
Uma padaria Rural- Produtos D´Mari, A agroindústria e ponto
de venda Dalla Valle, A tenda do Oraci, que produz e
comercializa embutidos.
Produção de rapaduras e derivados de cana-de-açúcar,
estão localizadas no 3º distrito (Ijucapirama). Assim como
outra agroindústria de Queijo - Queijaria Bolzan em Bom
Respiro; a Agroindústria de conservas e compotas Segredo,
localizada na Boca da Picada Segredo, a Cachaçaria Limana
em Fontana Freda.
Algumas destas Agroindústria são formais, outras estão
em processo de formalização.

5- Em quais distritos tem escolas?


Todos têm, e o 1º Distrito tem o IFFAR-
Campus/Jaguari

6- Alguma localidade tem produção orgânica com


certificação?
111

Na linha 10 tem o senhor Henrique Ereno, a produção


dele é orgânica, mas não tem certificação pois o custo é muito
alto.
112
113

13.1. INFORMAÇÕES RELEVANTES

 Pórtico, as pedras vieram do interior de uma família de


Fontana Freda.
 Em torno de 40% da população do município de Jaguari
mora na zona rural.
 2500 residem na zona rural,
 O município possui 56 comunidades
 A agricultura familiar gira em torno de 90%
 O 3º Distrito é o que tem mais população e o 3º e 4º que
têm mais propriedades rurais.
 Produtores assistidos pela EMATER são orientados a
não usar agrotóxico.
 Diminuição da juventude no meio rural
 Inclusão social e produtiva, muitas pessoas carentes no
interior, recebem benéfico do governo e trabalham para
outras pessoas, muitas vezes são exploradas.
 Diminuição da juventude no meio rural.
 Em quase todos os distritos com exceção do 2º, tem-se
a produção em pequena quantidade de fruticultura
(banana, pêssego, figo, laranja, moranguinho).
114

DEPOIMENTO DAS PROFESSORAS IDEALIZADORES


DO PROJETO

 Professora Adriane Melara

Participar e elaborar este Projeto junto com os alunos e


as colegas professoras foi gratificante e desafiador. Trabalhar
com esta temática possibilitou conhecer a história do município
de Jaguari, bem como reconhecer o espaço da cidade e seus
Bairros e também o interior do município e suas localidades
maravilhosas.
Foi possível observar a motivação e empenho dos
alunos durante a realização das atividades, muito em função
dos saberes e conhecimentos trabalhados decorrerem de um
contexto significativo para os alunos. As atividades foram
realizadas pelas vias de pesquisa, observação, comparação,
leitura, experimentação, trocas, entrevistas e diálogos.
Possibilitando a trajetória de aprendizagens ricas e
significativas vinculadas as trocas, as investigações, as
produções, as descobertas e as sistematizações das informações
em forma de Livro.
115

 Professora Vanessa Lemos Amorim

Participar deste Projeto foi extremamente satisfatório,


pois foi planejado e executado com a participação dos alunos.
Houve envolvimento, alegria, curiosidade. Como professora
observei o interesse e comprometimento de cada um deles.
Infelizmente não foi possível participar de todas as atividades,
mas fica a certeza de que todo o empenho de todos em
pesquisar sobre a história, conversar com os moradores,
escrever sobre o município foi gratificante.

 Professora Micheli Bachio Pavanelo

Ter participado do resgate histórico do município de


Jaguari, foi muito bom, pois conhecemos Bairros que não
tínhamos estado desde então, apesar de trabalhar a alguns anos
na cidade. Frequentamos o interior e conhecemos os seus
costumes e tradições. Foi possível ter o conhecimento dos
verdadeiros nomes das localidades e Bairros, conhecemos
pessoas incríveis e dispostas a nos ensinar um pouco mais
sobre suas comunidades e histórico dos lugares.
116

DEPOIMENTO DOS ALUNOS TURMA DA MANHÃ:

Nós gostamos de participar do Projeto, nós aprendemos,


ficamos sabendo de coisas novas que a gente não conhecia. Foi
bom por que nós não conhecíamos todos os Bairros e o interior
tinha alguns lugares que a gente não conhecia. Gostamos de ir
nas casas entrevistar as pessoas, tirar fotos e conversar. Fomos
bem recebidos. O mais legal foi passear e fazer o Livro de
Jaguari. Colocamos tudo nele.

DEPOIMENTOS DOS ALUNOS TURMA DA TARDE:

Nós achamos muito legal participar do projeto, poder


passear e visitar os Bairros, ir nas casas, conversar com as
pessoas, ver as coisas que tem em cada lugar. Gostamos de ir
também no interior, mas não deu para ir em todos os lugares
era muita gente e não tinha lugar na Kombi.
117

DEPOIMENTO DA DIRETORA DA ESCOLA MARIA


HELENA CALLEGARO

Ter a oportunidade de acompanhar a construção deste


Projeto foi magnífico. Uma iniciativa fantástica dos professores
envolvidos, motivar nossos alunos conhecer um pouco mais do
lugar onde vivem.
O melhor de tudo isso foi o envolvimento e alegria de
todos, de um lado "aprendendo", do outro "divertindo-se". E
aprender com alegria tem outro sabor!
Tenho certeza que do jeito deles conseguiram entender,
conhecer, vivenciar e experimentar um pouco da história do
nosso município, contribuindo para que outras pessoas possam
usufruir deste material tão rico, cheio de emoção e realizado
com tanto amor e dedicação.
Parabéns professoras Adriane, Micheli e Vanessa!
Parabéns gurizada, vocês realmente fazem a diferença!
118

DEPOIMENTO MONITORA DA ESCOLA/APAE


MARIÉLY FLÔRES

Eu achei super legal e interessante a iniciativa das


professoras de poder proporcionar aos alunos o conhecimento
dos bairros na própria cidade deles, até porque muitos não
conheciam os demais bairros. Foi legal, tanto para eles (os
alunos), quanto para nós (profissionais) poder proporcionar
essa cultura a eles.

DEPOIMENTO MOTORISTA DA ESCOLA/APAE


VALMOR TURCHELLO

Eu gostei bastante de acompanhar as professoras e os


alunos nos passeios, porque percebi que foi bem importante
para os alunos, chamou a atenção a curiosidade deles em
conhecer os Bairros e o interior e mesmo eles morando aqui
não tiveram a oportunidade de conhecer até a realização deste
Projeto. Eles estavam muito felizes e realizados por ver coisas
que nunca tinham visto, mesmo aqui na cidade. Achei muito
interessante o trabalho das professoras.
119

14. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

http://jaguari.rs.gov.br/a-cidade/historia/
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/riograndedosul/
jaguari.pdf
http://jaguari.rs.gov.br/a-cidade/pontos-turisticos/

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