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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


NUTRIÇÃO

CINTIA CRISTINA DA SILVA FERREIRA

ALIMENTAÇÃO PARA PACIENTE DIABETE TIPO1

CABO FRIO – RIO DE JANEIRO


2020
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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO


NUTRIÇÃO

CINTIA CRISTINA DA SILVA FERREIRA

Alimentação adequada para diabete tipo2. 6 º


semestre do Curso de Nutrição à Universidade
Norte do Paraná- UNOPAR, como requisito
parcial para a obtenção da aprovação na disciplina

Tutor: Ana Carolina Galvão Gonçalves Romano

CABO FRIO – RIO DE JANEIRO


2020
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SUMARIO

Introdução ..............................................................................................................04
1- Formulação dos objetivos geral e específicos ................................................06
2.1- Objetivo Geral....................................................................................................06
2.2 - Objetivos específicos......................................................................................06
2.2.1 – Fisiopatologia ..............................................................................................06
2.2.2 A insulina e o metabolismo dos carboidratos..............................................07
2.2.3 A insulina e o metabolismo das proteínas....................................................07
3. Fundamentação teórica ......................................................................................07
4. Procedimentos metodológicos ..........................................................................09
5. Cronograma da pesquisa ...................................................................................09
6. Resultados esperados ........................................................................................09
7. Referências bibliográficas .................................................................................11
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1- INTRODUÇÃO
Analisando o conteúdo populacional verificamos o aumenta de uma doença
que, é a terceira que mais mata no mundo devido à alimentação. Com o passar dos
anos, percebemos uma preocupação em relação à saúde, tida como consequência o
alto índice de desenvolvimento dessa doença referente aos adolescentes. Iremos
desenvolver o projeto sobre a diabete tipo dois.
O tratamento está relacionado à dieta e o comportamento alimentar está
diretamente associado ao controle e à prevenção do diabetes. Estudos longitudinais
suportam a hipótese de que a resistência à insulina seria consequência da
obesidade. Os ácidos graxos livres fornecidos pelo tecido adiposo na lipólise
induzem a resistência à insulina na utilização periférica da glicose, assim como
exercem ação inibitória na secreção de insulina pela célula (lipotoxicidade).
O tecido adiposo é o maior órgão endócrino pela quantidade de hormônios e
citosinas que é capaz de sintetizar e secretar. As citosinas são proteínas
moderadoras da resposta inflamatória, produzidas e liberadas por vários tecidos e
células, tais como macrófagos, monócitos, adipócitos e células endoteliais.
Outra citosina produzida é a resistina secretada pelos adipócitos maduros e
que poderia ser o elo entre a obesidade e o desenvolvimento da resistência à
insulina. Também é produzida a adiponectina uma proteína específica do tecido
adiposo com ações antiaterogênicas e intiinflamatórias .
O constituinte lipídico da dieta está envolvido no balanço energético como
também no controle metabólico. A capacidade de estímulo de secreção de insulina é
influenciada profundamente pelo comprimento da cadeia e grau de saturação dos
ácidos graxos, porque a composição do ácido graxo na membrana modula a ação
da insulina.
Há evidências que dietas com alto índice glicêmico (AIG) quando
consumidas cronicamente afetam o apetite positivamente e o aproveitamento dos
macronutrientes, levando ao aumento da adiposidade. Possivelmente o consumo
crônico de dietas ricas em carboidratos com alto índice glicêmico leva a
hiperglicemia e hiperinsulinemia pós-prandial, ocasionando alta oxidação de
carboidratos e baixa de gorduras, reduzindo a glicemia e estimulando a secreção
dos hormônios contrarreguladores, acentuando a glicogenólise e a gliconeogênese.
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Sugere-se ainda que estas dietas com alto índice glicêmico aumentem o
apetite e o metabolismo de macronutrientes e a lipogênese em até 53%, como
também os níveis circulantes de ácidos graxos livres; reduz o gasto energético e os
níveis de leptina, com aumento de ingestão alimentar e balanço nitrogenado
negativo.
Parece, portanto, que a constituição da dieta é parte importante da gênese
da obesidade, resistência insulínica e o desenvolvimento de DM2. Não somente no
aspecto energético, mas na sua constituição em macro e micro nutrientes.
A ingestão alimentar diária deve ser disciplinado, fracionada em diversas
refeições ajustada à prática de exercícios e ao esquema de insulinização ou de
antidiabéticos orais, de forma a impedir consumo excessivo de alimentos nas
refeições e o jejum prolongado.
O objetivo é reduzir as oscilações glicêmicas significativas e o risco de
hipoglicemia, o que irá favorecer o controle metabólico refletindo em melhor
qualidade de vida. Para os portadores que utilizam a insulinização intensiva, há
maior liberdade de horários para as refeições e flexibilidade no consumo dos
alimentos, respeitando as escolhas alimentares, disponibilidade de horários e prática
de atividade física.
Para as pessoas em terapia insulínica intensiva, baseada no esquema
insulina basal/bolus pré-prandial, o total de carboidrato das refeições é o
determinante principal das doses de insulina do bolus alimentar e a razão insulina:
carboidrato é um importante instrumento para nortear os ajustes das doses da
insulina às refeições. Os carboidratos das refeições podem ser monitorados através
de alguns métodos, como a contagem de carboidratos, o sistema de trocas, cotas ou
substituições de alimentos.
Há ainda muitos conceitos errados sobre alimentação e nutrição em DM e na
prática clínica as recomendações nutricionais preconizadas, muitas vezes possuem
pouco ou nenhum respaldo na ciência. Já há evidências suficientes suportando que
a dieta muito restrita preconizada anteriormente deu lugar a uma alimentação
balanceada, ajustada individualmente, que permite ao indivíduo uma vida ativa,
perfeitamente integrada ao seu grupo social. Desta forma, é essencial que toda a
equipe de saúde, e não somente o nutricionista, tenha conhecimento das
recomendações nutricionais baseadas em evidências para aperfeiçoar o cuidado em
DM.
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2. FORMULAÇÃO DOS OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS


2.1 - Objetivo geral: Investigar através de revisão literária, a importância
da nutrição e terapia nutricional na prevenção e no tratamento do DM.
2.2 - Objetivos específicos:
2.2.1 – Fisiopatologia. O DM pode ser conceituado como uma doença na
qual a insulina não exerce suas funções metabólicas adequadamente. As
manifestações fisiopatológicas desta doença estão ligadas aos distúrbios agudos e
crônicos decorrentes da ineficácia insulínica.
A deficiência de insulina pode ser resultante de: lesão das células beta das
ilhotas de Langerhans, inativação da insulina e aumento dos requerimentos de
insulina; alterando o metabolismo dos macronutrientes, levando a Cetose e à
acidose.
Esta deficiência de insulina inicia uma série de reações no organismo,
porque a glicose não pode ser transportada do líquido extracelular para o líquido
intracelular; sem glicose, as células não têm fonte de energia, utilizando a proteína
do músculo e a gordura do tecido adiposo, como fontes de energia.
O uso da proteína leva à perda de tecidos e a um balanço nitrogenado
negativo, devido ao catabolismo proteico. O uso da gordura, como fonte de energia,
leva a Cetose, pelo rápido catabolismo da gordura.
A glicose, estando incapacitada para deixar o líquido extracelular, se
acumula e o seu nível se eleva, produzindo hiperglicemia. Aumentada a glicose
sanguínea, aumenta a pressão osmótica dentro dos vasos, com perda de líquido nas
células, acarretando uma desidratação celular.
Quando o nível de glicose sanguínea ultrapassa o limiar renal, a glicose
passa para a urina, originando glicosúria, que aumenta a pressão osmótica da urina
e impede a reabsorção tubular de água, levando a desidratação extracelular. Estas
modificações acarretam nos seguintes sintomas do diabetes: poliúria, polidsia e
polifagia.
2.2.2 A insulina e o metabolismo dos carboidratos
A insulina influencia de várias maneiras o metabolismo dos carboidratos,
possui um efeito anticatabólico que diminui a degradação e a liberação de glicose
proveniente de glicogênio no fígado; efeito anabólico que facilita a conversão de
glicose em glicogênio para o armazenamento no fígado e músculos; e no transporte,
ativando o sistema de transporte de glicose no músculo e células adiposas.
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A deficiência de insulina irá dificultar a penetração de glicose no músculo e


tecido adiposo, assim como a sua fixação no hepatócito, resultando uma elevação
do nível glicêmico. Nos casos mais brandos, essa deficiência só poderá ser
detectada após a administração de uma sobrecarga glicídica (teste oral de tolerância
à glicose).
À medida que esta deficiência se agrava, surge a hiperglicemia de jejum. No
fígado, livre dos efeitos inibidores da insulina, os hormônios glicogenolíticos
(adrenalina e glucagon) estimulam as fosforilases responsáveis pela degradação do
glicogênio, contribuindo para a elevação da glicemia.
2.2.3 A insulina e o metabolismo das proteínas
A insulina influencia de várias maneiras o metabolismo das proteínas, possui
um efeito anticatabólico que inibe a degradação e diminui a gliconeogênese; efeito
anabólico que estimula a síntese proteica; e no transporte, diminuindo aminoácidos
em paralelo com os níveis de glicose sanguínea.
Quando ocorre a deficiência de insulina, os aminoácidos não são mais
incorporados às proteínas musculares, que sofrem uma lise, liberando seus
aminoácidos constituintes, elevando assim o teor destes no sangue. Não podendo
ser captados pelo músculo, são levados ao fígado, onde serão utilizados na
produção de glicose.
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Analisando que já foi pesquisado, o DM tipo 2 (DM2) é a forma presente em
90%-95% dos casos e é caracterizada por defeitos na ação e secreção da insulina.
Em geral ambos os defeitos estão presentes quando a hiperglicemia se manifesta,
porém pode haver predomínio de um deles. A maioria dos pacientes com essa forma
de DM apresenta sobrepeso, obesidade ou deposição central de gordura, e a
cetoacidose raramente desenvolve-se espontaneamente, ocorrendo apenas quando
associada a outras condições, como por exemplo, infecções ou estresse muito
grave.
O termo tipo 2 é usado para designar uma deficiência relativa de insulina. A
administração de insulina nesses casos, quando efetuada, não visa evitar
cetoacidose, mas alcançar controle do quadro hiperglicêmico.
Em geral, os pacientes mostram evidências de resistência à ação da
insulina e o defeito na secreção de insulina manifesta-se pela incapacidade de
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compensar essa resistência. Em alguns indivíduos, no entanto, a ação da insulina é


normal, e o defeito secretor mais intenso.
O DM2 pode ocorrer em qualquer idade, mas é geralmente diagnosticado
após os 40 anos. Os pacientes não são dependentes de insulina exógena para
sobrevivência, porém podem necessitar de tratamento com insulina para a obtenção
de um controle metabólico adequado.
Diferentemente do DM1 autoimune não há indicadores específicos para o
DM2. O aumento da incidência do DM entre crianças e adolescentes é observado
em diversas comunidades. Esforços são empreendidos, em vários níveis, com o
objetivo de se detectar fatores responsáveis pela eclosão da doença nessa faixa
etária, passíveis de correção ou intervenção.
Paralelamente ao número cada vez maior de casos, observa-se a incidência
crescente de formas da doença, principalmente em determinados grupos étnicos,
até então consideradas raras nesta faixa etária, como é caso do DM2. Nos últimos
anos, tem-se observado um aumento crescente na prevalência do DM2 entre jovens.
Anteriormente, essa forma correspondia a 1-2% dos casos de diabetes na
juventude.
Atualmente, observa-se que de 8% a 45% dos casos novos de diabetes
diagnosticados nessa faixa etária, nos Estados Unidos, não tem a etiologia
autoimune demonstrada.
Os fatores de risco para DM2 englobam fatores genéticos e ambientais,
como história familiar, idade avançada, obesidade, obesidade intra-abdominal,
sedentarismo, história anterior de diabetes gestacional, homeostese deficiente de
glicose e raça ou etnia.
A distribuição central de gordura também assume um papel importante na
gênese do DM. Há evidencias de que pacientes com IMC normal e relação
cintura/quadril > 0,8 apresentam risco aumentado de apresentar a doença. Um
estudo chama a atenção para outro fator de risco modificável, o gasto energético
através de exercícios físicos, demonstrando que quanto menor o nível de atividade
física, maior o risco de se desenvolver DM. Fizeram um estudo observacional numa
comunidade de origem japonesa residente no Brasil. Em um período de sete anos, a
prevalência de diabetes nessa população aumentou de 21% para 36%, valores
atribuídos à mudança no padrão dietético, particularmente a maior ingestão de
gordura.
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4. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Trata-se de uma revisão bibliográfica a partir dos descritores “diabetes
mellitus”, “nutrição” e “nutrientes” realizadas nos bancos de dados científicos nos
Ministério da Saúde (BR), Sociedade Brasileira de Diabetes – SBD, Diretrizes da
Sociedade Brasileira de Diabetes 2009. Idioma Português. O período de análises
dos estudos compreendeu os anos de 2000 a 2019, que foram utilizados por terem
grande importância para o desenvolvimento do tema proposto.

5. CRONOGRAMA DA PESQUISA (PREVISÃO SOBRE O TEMPO PARA O


DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA)

Etapas Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro


Elaboração do projeto X X
Revisão da Literatura X X X X
Apresentação/submissão X
do projeto

6. RESULTADOS ESPERADOS
Através da pesquisa que estamos construídos, aguardamos que no final
possamos contribuir no tratamento alimentar e que nutrição é um aspecto desafiador
do tratamento do DM. A atenção à nutrição e princípios de planejamento de refeição
é essencial para o controle glicêmico e boa saúde geral. Um nutricionista que tenha
conhecimento e habilidade na execução de princípios nutricionais atuais e faça as
recomendações para DM é o membro da equipe multidisciplinar de saúde que deve
planejar executar e avaliar a terapia nutricional.
Os estudos sobre interações de nutrientes e DM permanecem inconclusivos
ou com resultados divergentes, o que demonstra que são necessárias mais
pesquisas nesta área que é muito importante para a conduta dietética e o tratamento
nutricional.
A classificação atual do DM é baseada na etiologia e não no tipo de
tratamento, portanto os termos diabetes mellitus insulinodependente e diabetes
mellitus insulinodependente devem ser eliminados.
Esta síndrome é classificada de acordo com os fatores etiológicos
peculiares envolvidos no aparecimento de cada uma de suas doenças. O aumento
do conhecimento tem nos permitiu identificar discretas condições causadas por
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anormalidades genéticas, enquanto que outros tipos de diabetes continuam difíceis


de classificar em uma base etiológica.

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ASSUNÇÃO, T. S.; URSINE, P. G. S. Estudo de fatores associados à adesão ao


tratamento não farmacológico em portadores de diabetes mellitus assistidos
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BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estadísticas (IBGE). 2014. Disponível
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BRASIL, Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas Públicas. Plano de
reorganização da atenção à hipertensão e ao diabetes mellitus. Brasília:
Ministério da Saúde, 2001.
BRASIL, Ministério da Saúde. Organização Pan-Americana da Saúde. Painel de
indicadores do SUS. Brasília: Ministério da Saúde, 2006 a. Disponível em: . Acesso
em: 25 de março 2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Diabetes Mellitus. Brasília: Ministério da Saúde, 2006b, (Caderno
de Atenção, n.16)
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de
Atenção Básica. Diabetes Mellitus, 2006c. Disponível em: . Acessado em: março
2015.
BRASIL. Ministério da Saúde. DATASUS. Situação de Saúde – Brasil. Brasília;
2010a. Disponível em. Acesso em: 25 de março 2015. BRASIL. Ministério da Saúde.
Secretaria da Geral.
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Painel de indicadores do SUS n 7: Panorâmico VIII. Brasília: Ministério da Saúde,
2010b. Disponível em:
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CAMPOS, F. C. C.; FARIA, H. P.; SANTOS, M. A. Planejamento e avaliação das
ações em saúde. 2ed. Belo Horizonte: Nescon/UFMG, 2010.
FARIA, H. T. G. Fatores relacionados á adesão do paciente diabético á terapêutica
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2008. Disponível em: . Acesso em: 29 de dezembro 2015.

OLIVEIRA, P. B.; FRANCO, L. J. Consumo de adoçantes e produtos dietéticos por


indivíduos com diabetes melito tipo 2, atendidos pelo Sistema Único de Saúde em
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Ribeirão Preto, SP. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia. v. 54,


n. 5, p. 455-462, 2010. Disponível em: . Acesso em 23 de dezembro 2015.
SILVA, F. M. L; SILVA, M. M. M. L. Jornal Brasileiro de Medicina. Rio de Janeiro:
Editora de Publicações Cientificas Ltda, 2005.
SOCIEDADE BRASILEIRA DE DIABETES (SBD). Diretrizes da Sociedade
Brasileira de Diabetes. Rio de Janeiro: AC Farmacêutica, 2013-2014.
XAVIER, A. T. F.; BITTAR, D. B.; ATAÍDE, M. B. C. Crenças no autocuidado em
diabetes – implicações para a prática. Texto Contexto Enferm, n. 18, v. 1, p. 124-
30, 2009.

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