Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Relatório
Fabrico de misturas betuminosas drenantes PA 12,5 com
aditivos
1. Introdução ............................................................................................. 1
2. Objetivo ................................................................................................ 1
5.1. Porosidade, VMA e VFB das misturas compactadas (EN 12697-8) ........................... 6
7. Bibliografia ...........................................................................................11
ii
Lista de Figuras:
iii
Lista de tabelas:
iv
Fabrico de misturas betuminosas drenantes PA
12,5 com aditivo
1. Introdução
Existem diversos materiais betuminosos para serem usados como ligantes, mas atualmente só
são usados praticamente produtos derivados do petróleo bruto, os betumes. O comportamento
do betume é dependente do petróleo de origem e da refinação, assim o excesso e escassez de
asfalteno podem causar perda de elasticidade e elevada suscetibilidade térmica e deformação
plástica excessiva, respetivamente. Assim, as propriedades fundamentais que devem ter os
betumes e, os ligantes betuminosos, para a sua utilização são:
• A variação da temperatura faz variar a sua consistência, podendo o ligante, ao ser
aquecido a temperaturas mais elevadas, ser capaz de envolver os agregados e, para
temperaturas ambientes, proporcionar uma adequada rigidez e coesão das misturas;
• Boa adesividade;
• Bom comportamento reológico e mecânico;
• Durabilidade.
2. Objetivo
Formulação de uma mistura betuminosa drenante, com betume modificado com polímeros
(fibras celulósicas).
1
3. Estudo de composição (Fuso PA 12,5)
CE EP
Abertura Abertura Pó de Brita 3/6 Brita 5/10 Brita 5/15 Cal hidráulica Mistura Fuso
da malha da malha Pedra % acumulada dos passados PA 12,5
76,2 100 100 100 100 100 100 100
50,8 100 100 100 100 100 100 100
40 38,1 100 100 100 100 100 100 100
31,5 25,4 100 100 100 100 100 100 100
20 19,1 100 100 100 100 100 100 100
12,5 12,7 100 100 100 99 100 99,11 90 - 100
10 9,51 100 100 97 77 100 79,53 55-75
4 4,75 100 46 17 6 100 16,34 12 - 30
2 2,36 85 2 3 3 100 12,47 11 - 18
1 1,19 63 0 1 1 100 8,93 6 - 14
0,5 0,59 44 0 1 1 100 7,41
0,125 0,149 14 0 0 0 100 4,12
0,063 0,075 5 0 0 0 100 3,4 2-5
Pb = 4,85 %
2
3.3. Cálculo da baridade máxima teórica
ρ máx = 2,436
4. Procedimentos experimentais
Materiais % 1200 g
Pó de pedra 7,6 91,2
Cal hidráulica 2,9 34,8
Brita 5/15 84,6 1015,2
Betume 4,9 58,8
Fibras celulósicas 0,5 6
Tabela 4 - Quantidades otimizadas para a mistura
3
Procedeu-se a pesagem dos materiais. Primeiro pesou-se as fibras celulósicas (fig. 1), depois a
cal hidráulica, registou-se a massa, tarou-se a balança e adicionou-se o pó de pedra, e fez-se a
mesma coisa para as britas (fig. 2).
Para o betume procedeu-se de forma diferente, ou seja, pesou-se no seu próprio recipiente
(fig. 3).
Nota: todos os materiais antes da pesagem, com exceção das fibras celulósicas, estavam dentro
de uma mufla, à temperatura constante (fig. 4).
Após a pesagem, procedeu-se a mistura à quente, com todo cuidado (fig. 5) e pôs-se no molde
(fig. 7) para então ser compactado com 55 pancadas (fig. 6).
4
Figura 5 - Mistura betuminosa Figura 6 - Compactação da mistura betuminosa
Repetiu-se o procedimento 5 vezes para a obtenção de 5 provetes, para melhor avaliação (fig.
8).
24 horas após a produção dos provetes, procedeu-se a pesagem (fig. 9) e a medição das alturas
e diâmetros para a caraterização das propriedades.
5
4.2. Ensaio Cantabro
Cada provete deu aproximadamente 300 voltas no equipamento (fig. 10), e mediu-se as massas,
𝑊1−𝑊2
e através da seguinte expressão, calculou-se a perda por desgaste: 𝑃𝐿 = ∗ 100
𝑊1
Onde:
• PL – Perda de partículas (%);
• W1 – Massa inicial da amostra (g);
• W2 – Massa final da amostra (g).
6
− b
Vm = m 100
m
Onde:
• ρm – Baridade máxima teórica da mistura (EN 12697-5);
• ρb – Baridade do provete (EN 12697-6).
b
VMA = Vm + B
B
Onde:
• Vm – Porosidade do provete (%);
• B – Conteúdo de betume do provete, em 100% de mistura (%);
• ρb – Baridade do provete (kg/m3);
• ρB – Massa volúmica do ligante (kg/m3).
VFB = B b / VMA 100
B
Onde:
• B – Conteúdo de betume do provete, em 100% de mistura (%);
• ρb – Baridade do provete (kg/m3);
• ρB – Massa volúmica do ligante (kg/m3);
• VMA – Vazios na mistura de agregados (%);
Após a aplicação dos dados nas fórmulas, obteve-se os resultados respetivos (tabela 6).
7
Identificação do provete 1 2 3 4 5
b Baridade do provete 3
(kg/m ) 1982,0 1819,0 1954,0 1937,0 1981,0
− b
Vm = m 100 Porosidade da Mistura (%) 21
m
b
VMA = Vm + B Vazios na mistura de agregados (%) 30
B
VFB = B b / VMA 100 Vazios nos agregados cheios de betume (%) 31
B
m1
Baridade ( b,dim ) =
h d2
4
Com base na fórmula, obteve-se os resultados (tabela 7).
1 1982 2436 19 28 34
2 1819 2436 25 35 25
8
3 1954 2436 20 29 32
4 1937 2436 21 30 30
5 1981 2436 19 28 33
Tabela 7 – Baridade dos provetes
9
6. Resultados e conclusão
Após a realização de todos os cálculos, fez-se a comparação dos resultados obtidos com os
valores de referência no Caderno de Encargos das Estradas de Portugal. A percentagem
acumulada do material passado no peneiro 10 deve estar no intervalo [55;75], o que não
aconteceu no presente caso, obteve-se um valor de 79,53.
A porosidade média deve estar dentro do intervalo [22;30], e no caso, obteve-se 21, que
também não está dentro do intervalo, mas tais erros, provavelmente terão acontecido devido
a um erro na fórmula, detetado pela docente após o início dos cálculos.
10
7. Bibliografia
11