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AVALIAÇÃO 01
Neste caso, é recomendado o uso dos cimentos inibidores, pois possuem adição
de sílica ativa, escórias ou pozolana, que possuem menor quantidade de álcalis solúveis
em sua composição, além do metacaulim, que pode ser adicionado direto ao concreto. O
acréscimo de escórias e pozolanas atuam no processo de redução do potencial de
hidrogênio (pH) do concreto, e isso se dá pois o teor de portlandita da pasta endurecida
de cimento se reduz, ou seja, ela reage com as adições incorporadas formando o silicato
de cálcio hidratado, sendo ele o responsável pela redução o pH.
Outra medida pode ser a pintura externa com massa polimérica, cujo objetivo é
não infiltrar água no bloco. A fim de impedir as reações do tipo álcali-carbonato, é
necessário reduzir o teor de álcalis no concreto, pois as escórias e pozolanas não são
suficientes.
Cc=((1000-volume de ar incorporado)/(1/γc+cal/ϒcal+a/ϒa+a/c))
3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑟 = 350∙2, 6 • 0, 01 • 0, 1 = 0, 91 𝑚
1000−𝑎𝑟
𝐶𝑐 = 1 𝑝 𝑞 𝑎
γ𝑐
+ γ𝑝 + γ𝑞 + 𝑐
1000−0,91
𝐶𝑐 = 1 0,25 8 1,5 = 664, 54 𝐾𝑔/𝑚³
2,86∙1000
+ 2,85∙1000 + 2,665∙1000 + 1
3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 50 𝐾𝑔 = 32 𝐿 = 0, 032𝑚
3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑠𝑎𝑐𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑙 𝑑𝑒 20 𝐾𝑔 = 14 𝐿 = 0, 014𝑚
3
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑔𝑎𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 = 350∙2, 6∙0, 01 = 9, 1𝑚
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 664, 54 ∙9, 1 = 6047, 31
6047,31
50
= 120, 95 𝑜𝑢 121 𝑠𝑎𝑐𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑐𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜
5316,32∙9,1 3
𝑄𝑢𝑎𝑛𝑡𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 𝑎𝑟𝑒𝑖𝑎 = 2,665∙1000
= 18, 15𝑚
4. Você está para ser contratado por uma central dosadora de argamassa. A empresa tem
recebido frequentes queixas em relação à lixiação e eflorescência das argamassas
produzidas. O dono da construtora quer solucionar esse tipo de problema e ele só irá te
contratar se você for capaz de resolver esse tipo de problema. Então pede-se: O que
você irá apresentar como proposta para resolver esse tipo de problema?
A proposta que iriamos apresentar para evitar a eflorescência seria fazer o uso de
argamassa mista, de cimento, cal e areia, para que a reação tijolo-cimento não ocorra.
Também seria interessante empregar a cinza de casca de arroz que substitui o hidróxido
de cálcio. Além disso, para reduzir o fenômeno da lixiviação, iriamos propor a
utilização do Cimento Portland Pozolânico (CP-IV), pois ele apresenta menor
porosidade e por isso é mais adequado para empreendimentos expostos à água corrente,
ou do Cimento Portland de Alto Forno (CP-III), pois ele apresenta baixa concentração
de hidróxido de cálcio. Ademais, a empresa deveria reduzir o fator água/cimento para
aumentar a impermeabilização da argamassa.
5. Por que é imperativo que as argamassas de emboço tenham elevada coesão, boa
plasticidade, boa retenção de água, boa adesão inicial e baixo módulo de elasticidade?
A argamassa de emboço precisa ter elevada coesão para que o material não se
acumule de forma desigual, fazendo com que haja segregação deles e perdendo algumas
propriedades do material. Além disso, é fundamental ter uma boa plasticidade, visto que
essa propriedade é responsável pela argamassa conservar-se deformada após a retirada
das tensões de deformação. Já a boa retenção de água é a capacidade da argamassa
fresca manter sua consistência e trabalhabilidade quando sujeita a fenômenos que
provoquem a perda de água, como por exemplo, a sucção do substrato ou exposição ao
calor que provoque a evaporação. Uma boa adesão inicial mantém a união inicial da
argamassa no estado fresco ao substrato, tendo influência da coesão e da plasticidade.
Por fim, o módulo de elasticidade está relacionado ao comportamento elástico do
revestimento e pode fornecer informações a respeito da deformabilidade e da rigidez de
um revestimento de argamassa, por isso é necessário um baixo módulo de elasticidade.
6. O que pode ser feito em termos de sistema de revestimento de argamassa para
minimizar a retração das argamassas de revestimento?
Não é igual. O tempo de início de pega do cimento, é definido pela NBR 16607
– Cimento Portland – Determinação dos tempos de pega. Essa norma determina que o
tempo de início de pega do cimento é “o intervalo de tempo transcorrido desde o
momento em que o cimento entra em contato com a água até o momento em que a
agulha de Vicat penetra na pasta e estaciona a (6 ± 2) mm da placa-base do molde
tronco-cônico, em condições normalizadas de ensaio”. E que o tempo de fim de pega se
refere ao período “transcorrido desde o momento em que o cimento entra em contato
com a água até o momento em que a agulha de Vicat penetra 0,5 mm na pasta, em
condições normalizadas de ensaio.”
Já para o concreto, os tempos de início e fim de pega são definidos de forma
diferente e consequentemente serão diferentes. Segundo a “NBR NM 9 – Concreto e
argamassa – Determinação dos tempo de pega por meio de resistência à penetração”, o
tempo de início de pega do concreto é definido como o “tempo decorrido após o contato
inicial do cimento com a água de amassamento, necessário para uma argamassa atingir a
resistência à penetração igual a 3,4 Mpa”. Com relação ao tempo de fim de pega do
concreto, a norma define que é : “tempo decorrido após o contato inicial do cimento
com a água de amassamento, necessário para uma argamassa atingir a resistência à
penetração igual a 27,6 MPa”.
Dessa forma, o cimento é produzido em laboratório, com condições de ensaio
controladas, utilizando a pasta de consistência normal (NM 43:2002) e o aparelho Vicat
e tendo assim, um período de início e fim de pega mais controlável. Já o concreto, como
não é produzido em laboratório depende de muitas outras variáveis, como a temperatura
do local onde está sendo produzido, o traço, os aditivos utilizados, entre outros. Por
isso, o tempo de pega do concreto é muito variável.
8. Explique como é possível produzir concretos com mais de 100 MPa, quando se
utiliza cimentos com apenas 40 MPa?
Para produzir um concreto de 100 Mpa com um cimento de 40 MPa, uma opção
é diminuir a quantidade de areia e água, fazendo um traço 1:1:0,25.
Existem algumas medidas que podem ser tomadas para aprimorar a velocidade
de hidratação destas peças, como, por exemplo, a utilização de aditivos químicos
aceleradores no traço do concreto e a técnica de cura a vapor, muito utilizada na
indústria de pré-moldados. Cabe também analisar a região onde esta fábrica está
localizada, isso porque temperaturas muito baixas afetam a taxa de hidratação dos
sólidos do cimento. Outro fator que podemos analisar é a temperatura da água de
amassamento, pois a variação da mesma pode produzir alterações na velocidade e no
tempo de hidratação dos sólidos do cimento, que atuam sob as propriedades do concreto
fresco endurecido.
11. Explique por que o cimento ARI libera bastante calor e como pode-se obter
cimentos com baixo calor de hidratação?
● Projetar peças mais finas: A eliminação do calor acontece por meio do contato
do concreto com o ar. Como o concreto é um mau condutor de calor, as peças mais
largas tendem a dissipar o calor mais lentamente.
● Não fazer a concretagem em dias muito quentes: A exposição demasiada ao sol
pode comprometer a durabilidade do concreto, visto que elevará a temperatura dele,
aumentando as chances de fissuras.
● Refrescar a peça durante a cura: Para auxiliar na dissipação do calor, uma
alternativa é manter a peça irrigada com borrifadores, irrigadores, chuveirinho e
aspersores.
● Controlar a quantidade de cimento: O cimento é o responsável pela reação
exotérmica que ocorre no concreto. Portanto, a melhor maneira de evitar o excesso de
calor na massa é utilizar a menor quantidade possível desse aglomerante.