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Ou seja, 1 Jo 5:7(e outros textos) não se encontram no texto grego adotado pelos
criadores da ARA (que é o Texto Crítico), mas estavam sem colchetes na versão
original de Almeida, que usou o Textus Receptus!
Em outras palavras, para os criadores da versão 'Atualizada' (que basearam sua tradução
no Texto Crítico: manuscritos sinaítico e vaticano), esses textos não se encontram no
texto grego adotado por eles; mas estavam sem colchetes no texto original de Almeida,
uma vez que Almeida endossou o Textus Receptus, que defende a inspiração de todos
esses textos. b. O texto de 1 Jo 5:7 não é de forma nenhum acréscimo ao texto sagrado,
uma vez que pertence ao texto grego original do NT, sendo encontrado nos seguintes
manuscritos gregos: Wizanburgensis (Séc.VIII), 629, 61, 918, 2473, 88, 429, 636, 635,
221; sendo encontrado nas primeiras traduções do NT, como a Phesita Siríaca (150
d.C.) e a Ítala (157 d.C.), o que comprova sua existência no texto grego disponível da
época. O texto ainda é citado em lecionários gregos do NT - o 60, o 173 e o lecionário
conhecido como "apóstolos", de data considerada como anterior ao 4º século, lecionário
esse, pertencente a Igreja Ortodoxa Grega. Ademais como já dissemos, o primeiro
tradutor da Bíblia, Jerônimo (347-420 d.C.), em seu 'Prólogo as Epístolas Católicas",
afirma que o texto "foi omitido por copistas desonestos", o que também comprova sua
existência nas primitivas bíblias das primitivas igrejas. Na mesma obra, Jerônimo ainda
diz:
"Em que lugar particularmente onde lemos sobre a unidade da Trindade, que é colocada
na Primeira Epístola de João, no qual também os nomes de três, ou seja, da água, do
sangue, e do espírito, que eles colocam em sua edição e omitem o testemunho do Pai e
da Palavra, e do Espírito, em que a fé católica é especialmente confirmada e a única
substância do Pai, do Filho e do Espírito Santo é confirmada"
"Assim como, em oposição a Ário, nós afirmamos que a Trindade é de uma mesma
essência, três pessoas em um só Deus; assim como condenando a heresia de Sabelio,
nós distinguimos as três pessoas pelas suas respectivas propriedades, o Pai é sempre o
Pai, o Filho é sempre o Filho e o Espírito Santo é sempre o Espírito Santo. Em essência,
portanto, ESTES TRÊS SÃO UM".
E em sua "Explanação de Fé", dirigida a Cirilo, bispo de Jerusalém, Jerônimo cita
novamente 1 João 5:7, dizendo:
"Para nós, portanto, há um só Pai; um Filho, que é verdadeiro Deus, e um Espírito
Santo, que é verdadeiro Deus: E ESTES TRÊS SÃO UM".
E Cipriano (208-258), bispo de Cartago, em sua obra 'Da Unidade da Igreja', diz:
"O Senhor diz: "Eu e o Pai somos um"; João 10:30 e novamente está escrito do Pai e do
Filho e do Espírito Santo: "E estes três são um"(6)
Phoebadius (+350 d.C.), também cita 1 João 5:7 (Contra Arianos, 17:4).
Elcherius de Lião (434 d.C. também cita 1 João 5:7 (Formulae, C.XI, Seção 3).
Crisóstomo (349-407), o comentarista das Escrituras na época dos pais da Igreja, cita 1
João 5:7 em seu "Discurso Contra os Judaizantes"(I:3).
Quando se refere ao Espírito Santo como uma das testemunhas, ele alude a 1 João 5:7.
Ademais, as palavras em letras maiúsculas formam a substância do sétimo verso que
Cirilo quis citar. Esses dizeres mostram Cirilo citando 1 Jo 5:7,9. Isso foi no 5º século.
Evidentemente, Cirilo cita 1 Jo 5:7 ou alude ao mesmo nesses seus dizeres, pois em que
parte de 1 João 5 encontramos o Espírito Santo completando o número da Trindade,
exceto em 1 João 5:7?
Muitos tem afirmado que essa obra atribuída a Atanásio, é apócrifa, contudo sem um
argumento sólido. Estes afirmam que tal obra não pode ter sido de Atanásio porque o
estilo do diálogo não é consistente com os escritor de Atanásio. No entanto, Charles
Forster refutou essa linha de argumentação, mostrando que o estilo e tipo de citação
empregados no diálogo é inteiramente consistente com o que aparece em outras obras
de Atanásio que são aceitos como verdadeiros por todos. Além disso, na obra "Disputa
com Ario", durante o diálogo, se fala do imperador Constantino no tempo presente,
como governando com Constâncio, seu filho, indicando claramente uma data de
composição na primeira metade do século IV.
E em outra obra de Atanásio, "A Sinopse da 1ª Epístola de João", ele alude a 1 João 5:7,
afirmando: "O apóstolo ensina aqui a unidade do Filho com o Pai". Não existe outro
lugar desta epístola onde a unidade entre o Pai e o Filho seja mencionada, exceto em 1
Jo 5:7, existe?
O Concílio da Igreja de Cartago em 415 d.C., composto de 350 bispos, em sua confissão
de fé, escrita por Eugenio, cita o texto. Como poderia um texto "apócrifo" ser citado por
350 bispos da igreja, sem ouvir-se uma única voz de protesto?
Ansbert (760 d.C.), em seu "Comentário Sobre o Apocalipse" cita 1 João 5:7.
Interessante é que até os anabatistas dos Séculos XVI (que também endossaram o TR)
também citavam 1 Jo 5:7 em suas defesas da Trindade, como por exemplo, Meno
Simmons (1496-1561) (Confissão do Tríuno Deus, 1532 d.C.) (The Complete Writings
of Menno Simons, p.496). Todos os reformadores também, inclusive Calvino
(Institutas, III, 1:1). Justamente por isso, em seu "Comentário de 1 Jo 5:7", Calvino
chegou a dizer sobre esta passagem: "Estou inclinado a recebê-la como verdadeira
leitura". Eu acho até ridículo um camarada se denominar 'presbiteriano calvinista', sem
endossar o TR e consequentemente, negar a autenticidade e canonicidade de 1 Jo 5:7, já
que Calvino endossou o TR e consequentemente defendeu a autenticidade de 1 Jo 5:7.
O que um camarada desses (defensores e usuários do TC e suas traduções [ARA, NVI,
BLH, BV, etc]) tem a ver com Calvino? Vamos, me digam? Um indivíduo que
consegue ser pior do que os anabatistas e os arminianos, merece que tipo de rotulação?
O Dr. Otto Fuller, com maestria, explica que a omissão de 1 Jo 5:7 prejudica todo o
sentido do texto de 1 Jo 5:8 . Em seu livro "Which Bible", ele escreve:
"Se 1João 5:6-8 for retirado do texto grego, as duas pontas soltas resultantes não se
unirão gramaticalmente. A língua grega tem “gênero” na terminação dos seus
substantivos (como fazem muitas outras línguas). Substantivos neutros normalmente
exigem artigos neutros (a palavra “o”, como em “o sangue”, é o artigo). Mas o artigo no
verso 8 da leitura encurtada que é encontrada no grego que é a base das versões
modernistas (verso 7 do texto grego da Bíblia do Rei Tiago) é masculino. Assim, as
novas traduções leem “o Espírito (neutro), a água (neutro) e o sangue (neutro): e estes
três (masculino!! – do artigo grego “hoi”) são um.” Consequentemente, três sujeitos
neutros estão sendo tratados como masculinos (veja abaixo onde a porção omitida é
italizada). Se o “Parêntese” for rejeitado, é impossível explicar adequadamente esta
irregularidade. Adicionalmente, sem o “Parêntese” o verso 7 tem um antecedente
masculino; três sujeitos neutros (substantivos, no verso 8) não admitem um antecedente
masculino. Vendo-se a passagem completa, torna-se aparente como esta regra de
gramática é violada quando as palavras são omitidas.
5:7 Porque três (masculino) são os que testificam (masculino) no céu: o Pai
(masculino), a Palavra (masculino), e o Espírito Santo (neutro); e estes três (masculino)
são um (masculino).
5:8 E três (masculino) são os que testificam (masculino) na terra: o Espírito (neutro), e a
água (neutro), e o sangue (neutro); e estes três (masculino) concordam num.
Quando pedimos aos eruditos uma explanação para esta estranha situação, a resposta é
que a única maneira de explicar o uso do masculino dos três neutros no verso 8 é que
aqui eles têm sido “personalizados”. Todavia, nós observamos que o Espírito Santo é
referenciado duas vezes no verso 6 e, como Ele é a terceira pessoa da Trindade, isso
equivale a “personalizar” a palavra “Espírito” – mas o gênero neutro é usado. Portanto
(como Hills observou) uma vez que “personalização” não acarretou uma mudança de
gênero no verso 6, não pode razoavelmente ser alegada como a razão para tal mudança
no verso 8.
O que, então, deve ser feito para explicar [as dificuldades do Texto Crítico]? A resposta
é que alguma coisa está faltando! Se nós retemos o Parêntese Joanino, uma razão para
referenciar os substantivos neutros (Espírito, água e sangue) do verso 8 usando o gênero
masculino torna-se imediatamente clara. A chave é o princípio da “influência” e
“atração” na gramática grega. Que influência faria com que “que testificam” em verso 7
e “estes três” em verso 8 subitamente se tornarem masculinos? A resposta só pode ser:
[isto ocorreu] devido à influência dos substantivos Pai e Palavra no verso 7, as quais são
masculinas – é com a presença de “o Pai” e de “a Palavra” que o começo e o final da
passagem concordam, um princípio bem conhecido da sintaxe grega. Com efeito, então,
a única maneira pela qual o Espírito, a água e o sangue podem ser “personalizados”, é
continuarmos adotando a leitura da Bíblia do Rei Tiago de 1611 e do texto grego sobre
a qual ela é baseada. [Nessa leitura,] todas as três palavras são referências diretas à
Trindade (verso 7). Onde está a “Pessoa”? “A Pessoa” está no verso 7 da Versão
Autorizada de 1611.
O leitor perceberá que a frase sublinhada, “os que testificam”, ocorrendo três vezes na
passagem precedente, é um particípio, o qual é um tipo de adjetivo verbal. Como
adjetivos, particípios modificam substantivos e [com estes] têm que concordar em
gênero. Portanto, se um crítico textual deseja retirar esta passagem com integridade de
caráter, ele deveria ser capaz de responder ao seguinte:
a) Por que é que, depois de se usar um particípio neutro na linha um, subitamente um
particípio masculino é usado na linha três?
b) Como pode ser permitido que o numeral masculino, o artigo (grego) e o particípio da
linha três (todos três adjetivos masculinos) modifiquem os três substantivos neutros da
linha sete?
c) Quais fenômenos da sintaxe grega (a parte da gramática que trata da maneira na qual
as palavras são ajuntadas para formar frases, cláusulas ou sentenças em um sistema ou
arranjo ordenados) fariam com que os substantivos neutros da linha sete fossem tratados
como masculinos pelo “estes três” na linha oito?
Sobre a omissão de 1 Jo 5:7 nos manuscritos gregos mais antigos, ainda em seu livro
"Which Bible", o Dr. Otto Fuller diz:
Há muito devíamos ter dado algum lugar a outros na defesa deste verso tão disputado.
Fazemo-lo agora, oferecendo a seguinte explanação, [muito] plausível, de como o verso
foi omitido. As palavras são as do crítico textual [realmente] crente, Dr. Edward Freer
Hills, falecido em 1981:
"... durante o segundo e terceiro séculos (entre 220 e 270, de acordo com Harnack) a
heresia que os cristãos ortodoxos tiveram que combater não foi o Arianismo (uma vez
que este erro não tinha ainda aparecido), mas [sim] o Sabelianismo (... assim chamada
devido a Sabelius, um dos seus principais promotores), que ensinava que o Pai, o Filho
e o Espírito Santo eram um no sentido deles serem idênticos. Aqueles que advogaram
este ponto de vista herético foram chamados de Patripassianos (“o Pai sofreu”), porque
acreditavam que Deus o Pai, sendo idêntico a Cristo, sofreu e morreu na cruz;
"É possível, portanto, que a heresia Sabeliana colocou o Parêntese Joanino em desfavor
com os cristãos ortodoxos [inimigos do Sabelianismo]. ... E, se neste período da
controvérsia manuscritos foram descobertos os quais tinham perdido esta leitura ..., é
fácil ver como o grupo ortodoxo consideraria tais manuscritos mutilados como
representando o texto verdadeiro e encararia o Parêntese Joanino como uma adição
herética. Especialmente no Oriente que falava grego, o parêntese seria unanimemente
rejeitado, pois lá a batalha contra o Sabelianismo foi particularmente severa.
"Deste modo, não é impossível que durante o terceiro século, entre o stress e a tensão da
controvérsia Sabeliana, o Parêntese Joanino perdeu o seu lugar no texto Grego mas foi
preservado nos textos latinos da África e Espanha, onde a influência do Sabelianismo
provavelmente não foi tão grande. ... embora o texto do Novo Testamento Grego tenha
sido o recebedor especial do providencial cuidado de Deus... este cuidado também se
estendeu, em menor grau, às versões antigas e ao seu uso -- não somente aos cristãos de
fala grega, mas também aos de outros ramos [portanto línguas] da igreja cristã. Por isso,
embora o tradicional texto encontrado na vasta maioria dos manuscritos gregos seja uma
completa reprodução, digna de confiança, do texto original divinamente inspirado,
todavia é possível que o texto da Vulgata Latina, que realmente representa o uso
estabelecido na Igreja Latina desde os primeiros séculos, preserve algumas poucas
leituras genuínas não encontradas nos manuscritos gregos. ... por isso, é possível que o
Parêntese Joanino seja uma dessas leituras excepcionais as quais ... foram incluídas no
Textus Receptus sob a direção da providência especial de Deus”.
Assim, com respeito à evidência externa, temos visto que, no cômputo global, se 1João
5:7 é recebido, tem de ser recebido principalmente com base no testemunho da Igreja
Ocidental ou Latina. Admitidamente, parece injustificável que se despreze a autoridade
da Igreja Grega e se aceite o testemunho da Latina onde uma questão surge sobre a
autoridade de uma passagem a qual apropriadamente pertence ao texto da primeira [a
igreja grega]. No entanto, quando a doutrina contida naquela passagem é tomada em
consideração, existem razões para dar preferência à autoridade da Igreja Ocidental
acima daquela da Oriental.
Como a citação do Dr. Hills indica, o Arianismo surgiu logo após o período no qual a
heresia Sabeliana floresceu. Arius, um presbítero de Alexandria (d. 336 D.C.) e aluno de
Luciano de Antioquia, negou a divindade e a eternidade de Jesus Cristo. A Igreja Grega
ou Oriental se entregou completamente àquela heresia desde o reinado de Constantino
até aquele de Teodósio o Ancião, por um período de pelo menos quarenta anos (c.340-
381, a convocação do quarto Concílio de Bizâncio).
Uma das provas para se descobrir o texto genuíno das Escrituras(como disse A. A.
Hodge) são a citação das Escrituras por meio dos cristãos pós-apostólicos:
"Citações das Escrituras apostólicas encontradas nos escritos dos primeiros cristãos.
Essas são tão numerosas, que todo o Novo Testamento poderia ser reunido das obras de
escritores escritas ante do 7º século; ELAS PROVAM O EXATO ESTADO DO
TEXTO NO TEMPO EM QUE FOI REDIGIDO"(Confissão de Fé de Westminster
Comentada, pp.69,70).
Se todas as citações dos textos do NT, feitas pelos pais da Igreja, não só comprovam o
texto genuíno do NT, mas em sí reúne "todo o NT", então segue-se que a preservação
total das Escrituras Gregas, não pode jamais ser encontrado no Texto Crítico, uma vez
que textos como 1 Jo 5:7; Mc 16:9-20; Jo 8:1-11, etc, citados pelos pais da Igreja, não
constam neste texto grego, mas apenas no Texto Receptus (Texto Majoritário).
Cometeram os pais da Igreja o "pecado" de citar e colocar textos "apócrifos" do NT em
suas obras? Ou de onde eles tiraram esses textos? Será que os defensores e usuários do
TC (ARA, BLH, NVI, BV, etc.), os 'modernos reformados" podem responder essa
pergunta? Pedro chama as Escrituras de "o leite racional, NÃO FALSIFICADO" (1 Pd
2:2). Quem dentre ambos os grupos (defensores do TR e do TC) está se alimentando do
puro leite?
E o que é mais triste é ver como a IPB em suas publicações da Confissão de Fé e dos
Catecismos de Westminster (feitas pela editora "Cultura Cristã") simplesmente omitiu o
texto de 1 João 5:7, em seus capítulos sobre a Trindade, enquanto que esses símbolos
primitivos constem o texto em suas edições originais. A primeira Confissão de Fé da
Igreja Presbiteriana, a Confissão Escocesa (1560), cita o texto. Todavia, com a sua
aliança espúria com a SBB, a IPB, para agradar os defensores do Texto Crítico, não só
publicou uma 'Bíblia' (ARA) com um hinário (Novo Cântico), além de publicar "A
Bíblia de Estudos de Genebra"(também baseada na ARA, e portanto, no TC) mas
também omitiu 1 Jo 5:7 da publicação da CFW e e dos Catecismos Maior e Menor.
Engraçado é o fato de terem sido obrigados a citar a expressão de Mt 6:13('...porque teu
é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém'), simplesmente pelo fato dos
autores dos Catecismos Maior e Menor de Westminster o terem citado por extenso em
suas próprias perguntas (Catecismo Maior, Pergunta nº 196/Catecismo Menor, Pergunta
nº 107), enquanto que a ARA põe tal expressão entre colchetes, afirmando com isso que
tal texto é espúrio e não se encontra no texto original grego do NT. Que esta expressão
de Mt 6:13 é autêntica, o prova a Patrística, já que Tatiano (150 d.C.) a cita (O
Diatesseron, 9ª Seção). Até Calvino era contrário a omissão destas palavras da oração
do Senhor (Institutas, III, 20:47). A liderança infiel da IPB e todos os que endossam o
TC e a ARA não querem que o reino, o poder e a glória pertençam para sempre ao
Senhor Jesus. Isso os incomoda!? Nesse sentido, já começaram a enjoar de confessarem
a soberania de Deus? Vergonhosamente, a liderança da IPB, já apostatou da doutrina da
preservação das Escrituras (onde o Senhor prometeu preservar sua Palavra
integralmente pura [Mt 5:18; 24:36; Gl 3:16)]) endossando o texto da ARA, que é
baseado nos corrompidos manuscritos dos séculos IV-V - o Sinaítico e o Vaticano. Eis
algumas das provas das corrupções dos manuscritos do TC:
b. Ebernard Nestle — admitiu que teve de modificar o estilo do Texto Grego do Códice
Sinaitico, que apresentava um estilo do grego de Aristóteles e Platão, para o estilo
Koinê;
f. O Códice Sinaitico e o Códice Vaticano divergem entre si cerca de 3000 vezes, só nos
evangelhos
Essa é a razão pelo qual rejeitam 1 Jo 5:7 como parte da Palavra de Deus - o
endossamento do TC e de sua tradução mais conhecida no Brasil - a ARA. Pelo menos,
ao endossar a ARA, a infiel liderança da IPB, vai ter a diferença de ter um "Cristo" que
não é escriturísticamente sempre eterno, já que tem "origens" (Mq 5:2), que não
ressuscitou corporalmente já que foi "vivificado no espírito" (1 Pd 3:18). [Sei que essa
questão do AT é outra, já que o assunto aqui tratado é sobre a preservação das
Escrituras Gregas. Mas, aqueles que deturpam e pervertem a tradução do NT, fariam o
que com relação a tradução do AT? Alguém aqui esperaria algum gesto ortodoxo desses
indivíduos? (Risos)] Da mesma forma, a mesma liderança e aqueles que seguem o seu
exemplo (endossar a ARA) poderão até ir ao confessionário, já que "Tiago" nos manda
confessar nossos pecados uns aos outros (Tg 5:16), invés de privadamente orar ao
Senhor (Mt 6:5-6) confessando os pecados a Ele (Sl 32:5; At 8:22). Vale tudo nas
igrejas onde se toleram o Texto Crítico e suas 'traduções', até porque o 'Cristo' do TC e
dos tradutores do TC e da NVI, dá-nos a 'promessa' do universalismo: "Asseguro-lhes
que aquele que crê tem a vida eterna" (Jo 6:47). Todos estão tranquilos, crendo que
"vão" para o céu!
Acho que a infiel liderança e os membros infiéis da IPB e das Igrejas Reformadas do
Brasil devem estar encantados com essa 'promessa' do "Senhor". Realmente vale tudo
nas igrejas que não tem a mínima objeção em usar traduções corruptas da Bíblia.
Interessante que na primitiva Igreja Reformada da Holanda, se rejeitou a tradução
católica da Bíblia da época e fez sua própria tradução da Bíblia, tudo por ordem do
Sínodo de Dort em 1618 (Paulo Anglada, Sola Scriptura,p.110) sendo essa tradução ('a
Statenvertaling') a usada para combater o Arminianismo, que fora baseada não no TC,
mas no Texto Receptus. Mas hoje, as Igrejas Reformadas do Brasil não fazem nenhuma
objeção ante o uso de traduções que enalteçam o arminianismo, até porque seus
ministros e membros usam abertamente essas traduções, como a ARA, NVI, BLH, etc.
Nesse sentido, quando nosso Senhor disse "...porque há muitos chamados, mas poucos
escolhidos" (Mt 20:16 ACF), Ele não poderia estar dizendo a verdade, porque tal
expressão não aparece nos manuscritos do TC [Sinaítico e Vaticano](4º e 5º Séculos),
embora fosse citada pelos primitivos cristãos - os pais da Igreja; como Irineu (130-200)
(Contra Heresias, IV, 15:2), Agostinho (354-430)(A Correção e a Graça, 7:14) e o
historiador Sócrates (380-439)(História Eclesiástica, 5:10). A "Bíblia Viva" omite a
eleição incondicional em At 13:48 e defende o dogma do livre arbítrio, colocando na
boca de Lucas a seguinte heresia: "...e todos os que queriam a vida eterna, creram". E
em 1 Pd 2:8, a mesma BV omite a predestinação para a morte. A Bíblia na Linguagem
de Hoje faz a mesma coisa em Rm 9:21-23. Essas bíblias feitas pelos tradutores do TC
agradam a tudo e a todos. Elas substituem 'sodomita' por 'prostituto cultual'(Vide NVI
Dt 23:17; 1 Re 14:24; 15:12; 22:46; 2 Re 23:7), tudo para não ofender ao movimento
homossexual!. Ah, agora o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo só é pecado se for
em adoração, adoração idólatra, dentro de um templo pagão, e ainda mais sem amor
mas sim em troca de pagamento?!... Como esta tradução contenta o movimento pró-
gays! Os gays devem estar pulando de alegria e gritando "aleluia"!. Até porque dois de
seus tradutores americanos eram homossexuais declarados - Virgínia Mollenkott e
Marten Woudstra! A NVI brasileira mantêm essa substituição!
"O texto grego representado na maioria dos manuscritos, conhecido como texto
majoritário, bizantino, tradicional ou eclesiástico, foi o texto empregado em todas as
traduções da Bíblia até o início deste século... Eles preservaram em essência, agora não
mais manuscrito, mas impresso, o texto majoritário ou eclesiástico, O QUAL
CONTINUARIA A SER AMPLAMENTE ADOTADO PELA IGREJA, INCLUSIVE
PELOS REFORMADORES, COMO CÓPIA FIDÉDIGNA DO TEXTO ORIGINAL...
O FATO É QUE A NÃO ACEITAÇÃO DO TEXTO MAJORITÁRIO COMO A FIEL
TRANSMISSÃO DO TEXTO ORIGINAL IMPLICA NA REJEIÇÃO DA
DOUTRINA DA PRESERVAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO; POIS, QUE OUTRO
TEXTO DO NOVO TESTAMENTO TERIA O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA DE
HAVER SIDO PRESERVADO!?" (Sola Scriptura, pp.97,100,102).
A infiel liderança da IPB e da IRB e boa parte de seus membros infiéis tem a coragem
de repetir a mesma confissão acima, feita por Anglada ou discordam dela? Eles têm a
coragem de responder tal pergunta, ou ficarão feito os inimigos de Jesus, dizendo que
não sabem responder? (Mt 21:23-27). Todos eles sabem que não existe neutralidade em
questões de fé? (Lc 11:23). Até quando ficarão em cima do muro? Lembrem-se que o
lugar de indivíduos sem coragem, covardes, não é no céu, mas dentro do lago de fogo
(Ap 21:8). Para a atual liderança da IPB, não há nenhum interesse em defender essa
doutrina clara da Palavra de Deus - a preservação das Escrituras. Assim, essa atual e
infiel liderança, além de rejeitar(por omissão ou por ação) essa verdade das Escrituras,
nega(ou ignora)até a sua própria confissão de fé, pois a Confissão de Fé de
Westminster(1643-1649), diz:
"O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo
Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo
em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus E PELO SEU
CUIDADO E PROVIDÊNCIA CONSERVADOS PUROS EM TODOS OS SÉCULOS,
são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar
para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por
todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de
Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas
as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas
abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela
paciência e conforto das escrituras"(I:8).
A CFW defende a preservação das Escrituras. Mas o que isso significa para a infiel
liderança da IPB? Nada, absolutamente nada. [A atual liderança da IPB crê que nessa
declaração da CFW? Ela endossa tal afirmação?] Isso mostra quer além de não ser
bíblica, a atual liderança da IPB (que nada fez para punir a Editora Cultura Cristã pela
omissão de 1 João 5:7) não é confessional. Nosso objetivo não é jogar na vala comum
da apostasia e do anticonfessionalismo todos os ministros da IPB (pois há ministros fiéis
da mesma[pouquíssimos], que creem na preservação das Escrituras e defendem o
Textos Receptus [ou TM] e que combatem o TC), mas protestar contra essa liderança
infiel da mesma, que nada faz contra a atitude da 'Editora Cultura Cristã', em omitir o
texto de 1 João 5:7 das publicações da Confissão de Fé e dos Catecismos de
Westminster. E como já dissemos - essa liderança infiel peca por omissão ou por ação.
Peca direta ou indiretamente. Que direito tem a Editora Cultura Cristã de mutilar as
publicações dos símbolos de Westminster? Em nome de que e de quem ela fez e faz
isso? Agora o que é inacreditável é que se ache que a atitude da Cultura Cristã em
omitir 1 João 5:7 de suas publicações da Confissão e dos Catecismos de Westminster
tenha sida feita sem o prévio consentimento e conhecimento da liderança da IPB,
correto? Não podemos ser ingênuos demais, temos que ter os pés no chão. Essa é a
verdade.
Não existe mais seriedade na Igreja do Senhor. Não existem mais reformados como
antigamente. É tudo um faz de conta. Não devemos manter laços espirituais irrestritos
com indivíduos que se dizem reformados, mas que se fazem passivos ante o abandono
explícito da doutrina da preservação das Escrituras. Aqueles que se calam ante o uso de
traduções falsificadas da Bíblia, são cúmpliçes desse pecado, e Deus condena tanto os
que praticam o pecado, quanto os que consentem naqueles que o praticam (Rm 1:32). E
não podemos manter laços espirituais irrestritos com quem abandona uma doutrina
primária e fundamental da fé cristã! (2 Jo 9-11). Amigos bem intencionados advertiram
Martinho Lutero que por amor a unidade ele não deveria se apegar com tanta veemência
a um determinado artigo de fé. Ele replicou:
"Malditos sejam o amor e a unidade pelas quais a Palavra de Deus tem de ser
sacrificada!".
O bispo Hugo Latimer (1485-1555), que na Inglaterra, morreu na fogueira por causa de
sua fé em Cristo, disse:
"A unidade deve ser de acordo com a Santa Palavra de Deus ou é preferível que haja
guerra e não paz. Jamais devemos considerar a unidade tão importante a ponto de
sacrificarmos a Palavra de Deus"