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A Autenticidade de 1 João 5:7

Todos os bons e ortodoxos estudantes de heresiologia, em confronto com os


testemunhas-de-jeová, sempre ao citarem o texto coroa da Trindade (1 João 5:7) se
deparam com aquele velho argumento de que tal texto não se encontra nos manuscritos
originais, tendo os TsJ alicerçado essa medíocre e falaciosa afirmação na espúria versão
'Almeida Revista e Atualizada', aludindo aos textos em colchetes em sua 'Explicação de
Formas Gráficas Especiais, Títulos, Referências e Notas'(1993):

"Finalmente, algumas passagens do Novo Testamento aparecem entre colchetes. Essas


passagens não se encontram no texto grego adotado pela Comissão Revisora, mas
haviam sido incluídas por Almeida no texto grego disponível na época"(viii).

Ou seja, 1 Jo 5:7(e outros textos) não se encontram no texto grego adotado pelos
criadores da ARA (que é o Texto Crítico), mas estavam sem colchetes na versão
original de Almeida, que usou o Textus Receptus!

Em outras palavras, para os criadores da versão 'Atualizada' (que basearam sua tradução
no Texto Crítico: manuscritos sinaítico e vaticano), esses textos não se encontram no
texto grego adotado por eles; mas estavam sem colchetes no texto original de Almeida,
uma vez que Almeida endossou o Textus Receptus, que defende a inspiração de todos
esses textos. b. O texto de 1 Jo 5:7 não é de forma nenhum acréscimo ao texto sagrado,
uma vez que pertence ao texto grego original do NT, sendo encontrado nos seguintes
manuscritos gregos: Wizanburgensis (Séc.VIII), 629, 61, 918, 2473, 88, 429, 636, 635,
221; sendo encontrado nas primeiras traduções do NT, como a Phesita Siríaca (150
d.C.) e a Ítala (157 d.C.), o que comprova sua existência no texto grego disponível da
época. O texto ainda é citado em lecionários gregos do NT - o 60, o 173 e o lecionário
conhecido como "apóstolos", de data considerada como anterior ao 4º século, lecionário
esse, pertencente a Igreja Ortodoxa Grega. Ademais como já dissemos, o primeiro
tradutor da Bíblia, Jerônimo (347-420 d.C.), em seu 'Prólogo as Epístolas Católicas",
afirma que o texto "foi omitido por copistas desonestos", o que também comprova sua
existência nas primitivas bíblias das primitivas igrejas. Na mesma obra, Jerônimo ainda
diz:

"Em que lugar particularmente onde lemos sobre a unidade da Trindade, que é colocada
na Primeira Epístola de João, no qual também os nomes de três, ou seja, da água, do
sangue, e do espírito, que eles colocam em sua edição e omitem o testemunho do Pai e
da Palavra, e do Espírito, em que a fé católica é especialmente confirmada e a única
substância do Pai, do Filho e do Espírito Santo é confirmada"

E em sua "Confissão de Fé", enviada e dirigida ao bispo de Roma, Damásio, Jerônimo


ainda cita 1 João 5:7, dizendo:

"Assim como, em oposição a Ário, nós afirmamos que a Trindade é de uma mesma
essência, três pessoas em um só Deus; assim como condenando a heresia de Sabelio,
nós distinguimos as três pessoas pelas suas respectivas propriedades, o Pai é sempre o
Pai, o Filho é sempre o Filho e o Espírito Santo é sempre o Espírito Santo. Em essência,
portanto, ESTES TRÊS SÃO UM".
E em sua "Explanação de Fé", dirigida a Cirilo, bispo de Jerusalém, Jerônimo cita
novamente 1 João 5:7, dizendo:
"Para nós, portanto, há um só Pai; um Filho, que é verdadeiro Deus, e um Espírito
Santo, que é verdadeiro Deus: E ESTES TRÊS SÃO UM".

E Cipriano (208-258), bispo de Cartago, em sua obra 'Da Unidade da Igreja', diz:
"O Senhor diz: "Eu e o Pai somos um"; João 10:30 e novamente está escrito do Pai e do
Filho e do Espírito Santo: "E estes três são um"(6)

E em sua "Epístola a Jubaiano", ele cita novamente 1 João 5:7 (72:12).

Phoebadius (+350 d.C.), também cita 1 João 5:7 (Contra Arianos, 17:4).

E em sua obra "Contra Varimadum" (380 d.C.), Virgílio Tapsus, diz:


"E João Evangelista diz: 'E há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o
Espírito Santo, e estes três são um'"

Priciliano (+ 380 d.C.), em seu 'Liber Apologeticus', diz:


"Como João diz: "e há três que dão testemunho na terra, a água, a carne o sangue, e
esses três estão em um, e há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o
Espírito, e estes três são um"

Elcherius de Lião (434 d.C. também cita 1 João 5:7 (Formulae, C.XI, Seção 3).

Tertuliano (155-222), cita a passagem (Contra Práxeas, 25)

Crisóstomo (349-407), o comentarista das Escrituras na época dos pais da Igreja, cita 1
João 5:7 em seu "Discurso Contra os Judaizantes"(I:3).

Victor Vitensis (+ 485 d.C.), cita o texto de 1 Jo 5:7:


"há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito Santo, e esses três são
um" (Historia persecutionis Africanae Provinciae 3.11).

Fulgêncio (468-527 d.C.) cita o texto de 1 Jo 5:7:


"E há três que dão testemunho no céu: o Pai, a Palavra e o Espírito. E os três são um só
ser" (Responsio contra Arianos)
"E Há três que dão testemunho no céu: o Pai, do Filho e do Espírito, e estes três são um
ser" (Contra Fabianum, 21:4)
"Há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito, e estes três são um"
(De Trinitate)

Isidoro de Sevilha(560-636), cita o texto:


"E há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Verbo, e o Espírito, e os três são
um"(Testimonia divinae Scripturae 2)

Cassiodoro (583 d.C.), também cita 1 Jo 5.7:


"Além disso, há três que dão testemunho no céu: o Pai, o Filho e o Espírito Santo, e
estes três são um"(S. Epistolam Parthos ad Joannis: 10.5.1).

Agostinho (354-430) também cita o texto de 1 Jo 5.7:


(Da Trindade, IX, X),
(Cidade de Deus, V).

E em sua obra "Contra Maximiniano"(II, 22:3), Agostinho ainda diz:


"Mas se vamos investigar o significado que as coisas por estas, não exageradamente
entram em nossos pensamentos sobre a Trindade em si, que é uma única Verdade, o
Supremo Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, de quem poderia mais ser realmente dito:
"HÁ TRÊS TESTEMUNHAS, E OS TRÊS SÃO UM. Estes são as três testemunhas, e
os Três são Um. Desta forma, em seguida, as três coisas pelas quais eles são,
significadas como saindo do corpo do Senhor: como a partir do Corpo do Senhor soou
por diante o comando para "batizar as nações em nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo ". "Em nome", não, nos nomes: porque "PORQUE ESTES TRÊS SÃO UM", e
Deus é Um destes três. E, se de outra forma esta profundidade do mistério que lemos na
epístola de João pode ser exposta e compreendida agradavelmente com a fé católica,
que não confunde nem divide a Trindade, nem nega que as pessoas são três, e em
nenhum caso deve ser rejeitada".

Agostinho está claramente confirmando a existência de 1 João 5:7 como um texto da 1ª


epístola universal de João. Isso é um fato inconteste.

Gregório Nazianzo (330-390), um bispo grego, cita o texto, de modo reminiscente:


"...Os três são um" (5ª Oração Teológica,[31:9]).

E novamente em sua "Quinta Oração Teológica"[Oração nº 31, Verso 19], Nazianzo


protesta contra a omissão de 1 João 5:7 por parte de alguém da época, afirmando estar o
texto gramaticalmente sem sentido com a ausência de 1 Jo 5:7:
". . .E sobre João então, quando em sua Epístola Católica diz que há três que dão
testemunho... Em segundo lugar, porque ele não tem sido consistente na maneira como
ele aconteceu em seus termos, porque depois de usar três no gênero masculino,
acrescenta três palavras que são neutros, ao contrário das definições e leis que você e
seus gramáticos estabeleceram. Pois qual é a diferença entre colocar uma masculina três
primeiros, e então adicionando um e um e um no neutro, ou depois de uma Um
masculino e um e um para uso não os três no masculino, mas no neutro, que vós
mesmos assumem no caso da Divindade?".

Notaram a expressão "...que vós mesmos assumem no caso da Divindade"? E também


notaram a expressão "...depois de usar três no gênero masculino"? Essas duas frases não
são alusões as pessoas da Trindade, mencionadas em 1 João 5:7? É claro que Gregorio
reconheceu a inconsistência com a gramática grega, se tudo o que temos são os
versículos seis e oito sem o verso sete. Outros estudiosos têm reconhecido a mesma
coisa. Este foi o argumento de Robert Dabney do Seminário Teológico União, em seu
livro, "Várias Leituras Doutrinárias do Novo Testamento Grego"(1891). O Bispo
Middleton em seu livro, 'Doutrina do Artigo Grego', argumenta que o versículo sete
deve ser uma parte do texto de acordo com a estrutura grega da passagem. Mesmo no
famoso comentário de Matthew Henry, há uma nota afirmando que devemos ter o
versículo sete, se quisermos ter o grego adequado no versículo oito.

O texto de 1 João 5:7 é citado na "Sinopse Grega da Sagrada Escritura", datada do 4º


século.
A passagem de 1 João 5:7 também foi citada em uma homília feita por um autor
desconhecido, na edição beneditina de Crisóstomo (Tomo XII, pp.416-421). A data
desta homília foi corrigida é de 381 d.C., portanto também datada do 4º século.

Teodoro de Mopsuéstia (+ 428 d.C.), o mestre de Crisóstomo e um contemporâneo do


imperador Juliano, citou 1 João 5:7 em sua obra denominada "Um Tratado Sobre a
Trindade Em Um Só Deus, a Partir da Epístola de João, o Evangelista". Este é um
testemunho notável e irrefutável, já que implica a existência e notoriedade de 1 João 5:7
no meio do quinto século.

Cirilo de Alexandria(+ 444 d.C.), em seu "Thesaurus de Sancta Et Consubstantiali


Trinitate" tenta provar que o Espírito Santo é Deus, aludindo a 1 Jo 5.7:
"Por ter dito que o Espírito de Deus enquanto é uma das testemunhas, um pouco para a
frente, ele acrescenta, o testemunho de Deus é maior: Como, então, ele seria uma
criatura quando é dito que ele seria Deus com o Pai Universal, e completando o número
da SANTA TRINDADE"?.

Quando se refere ao Espírito Santo como uma das testemunhas, ele alude a 1 João 5:7.
Ademais, as palavras em letras maiúsculas formam a substância do sétimo verso que
Cirilo quis citar. Esses dizeres mostram Cirilo citando 1 Jo 5:7,9. Isso foi no 5º século.
Evidentemente, Cirilo cita 1 Jo 5:7 ou alude ao mesmo nesses seus dizeres, pois em que
parte de 1 João 5 encontramos o Espírito Santo completando o número da Trindade,
exceto em 1 João 5:7?

Atanásio(295-373), o campeão da ortodoxia de Nicéia, em sua obra "Disputa com Ario"


cita 1 João 5:7:
"Esse batismo vivo e salvador, pelo qual recebemos a remissão dos pecados,
administrado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. E São João diz: E estes três
são um".

Muitos tem afirmado que essa obra atribuída a Atanásio, é apócrifa, contudo sem um
argumento sólido. Estes afirmam que tal obra não pode ter sido de Atanásio porque o
estilo do diálogo não é consistente com os escritor de Atanásio. No entanto, Charles
Forster refutou essa linha de argumentação, mostrando que o estilo e tipo de citação
empregados no diálogo é inteiramente consistente com o que aparece em outras obras
de Atanásio que são aceitos como verdadeiros por todos. Além disso, na obra "Disputa
com Ario", durante o diálogo, se fala do imperador Constantino no tempo presente,
como governando com Constâncio, seu filho, indicando claramente uma data de
composição na primeira metade do século IV.

E em outra obra de Atanásio, "A Sinopse da 1ª Epístola de João", ele alude a 1 João 5:7,
afirmando: "O apóstolo ensina aqui a unidade do Filho com o Pai". Não existe outro
lugar desta epístola onde a unidade entre o Pai e o Filho seja mencionada, exceto em 1
Jo 5:7, existe?

O Concílio da Igreja de Cartago em 415 d.C., composto de 350 bispos, em sua confissão
de fé, escrita por Eugenio, cita o texto. Como poderia um texto "apócrifo" ser citado por
350 bispos da igreja, sem ouvir-se uma única voz de protesto?

Ansbert (760 d.C.), em seu "Comentário Sobre o Apocalipse" cita 1 João 5:7.
Interessante é que até os anabatistas dos Séculos XVI (que também endossaram o TR)
também citavam 1 Jo 5:7 em suas defesas da Trindade, como por exemplo, Meno
Simmons (1496-1561) (Confissão do Tríuno Deus, 1532 d.C.) (The Complete Writings
of Menno Simons, p.496). Todos os reformadores também, inclusive Calvino
(Institutas, III, 1:1). Justamente por isso, em seu "Comentário de 1 Jo 5:7", Calvino
chegou a dizer sobre esta passagem: "Estou inclinado a recebê-la como verdadeira
leitura". Eu acho até ridículo um camarada se denominar 'presbiteriano calvinista', sem
endossar o TR e consequentemente, negar a autenticidade e canonicidade de 1 Jo 5:7, já
que Calvino endossou o TR e consequentemente defendeu a autenticidade de 1 Jo 5:7.
O que um camarada desses (defensores e usuários do TC e suas traduções [ARA, NVI,
BLH, BV, etc]) tem a ver com Calvino? Vamos, me digam? Um indivíduo que
consegue ser pior do que os anabatistas e os arminianos, merece que tipo de rotulação?

O Dr. Otto Fuller, com maestria, explica que a omissão de 1 Jo 5:7 prejudica todo o
sentido do texto de 1 Jo 5:8 . Em seu livro "Which Bible", ele escreve:

A EVIDÊNCIA INTERNA DA CRÍTICA SUSTENTA O “PARÊNTESE”

"Se 1João 5:6-8 for retirado do texto grego, as duas pontas soltas resultantes não se
unirão gramaticalmente. A língua grega tem “gênero” na terminação dos seus
substantivos (como fazem muitas outras línguas). Substantivos neutros normalmente
exigem artigos neutros (a palavra “o”, como em “o sangue”, é o artigo). Mas o artigo no
verso 8 da leitura encurtada que é encontrada no grego que é a base das versões
modernistas (verso 7 do texto grego da Bíblia do Rei Tiago) é masculino. Assim, as
novas traduções leem “o Espírito (neutro), a água (neutro) e o sangue (neutro): e estes
três (masculino!! – do artigo grego “hoi”) são um.” Consequentemente, três sujeitos
neutros estão sendo tratados como masculinos (veja abaixo onde a porção omitida é
italizada). Se o “Parêntese” for rejeitado, é impossível explicar adequadamente esta
irregularidade. Adicionalmente, sem o “Parêntese” o verso 7 tem um antecedente
masculino; três sujeitos neutros (substantivos, no verso 8) não admitem um antecedente
masculino. Vendo-se a passagem completa, torna-se aparente como esta regra de
gramática é violada quando as palavras são omitidas.

5:6...E o Espírito (neutro) é o que testifica (neutro), porque o Espírito (neutro) é a


verdade.

5:7 Porque três (masculino) são os que testificam (masculino) no céu: o Pai
(masculino), a Palavra (masculino), e o Espírito Santo (neutro); e estes três (masculino)
são um (masculino).

5:8 E três (masculino) são os que testificam (masculino) na terra: o Espírito (neutro), e a
água (neutro), e o sangue (neutro); e estes três (masculino) concordam num.

Quando pedimos aos eruditos uma explanação para esta estranha situação, a resposta é
que a única maneira de explicar o uso do masculino dos três neutros no verso 8 é que
aqui eles têm sido “personalizados”. Todavia, nós observamos que o Espírito Santo é
referenciado duas vezes no verso 6 e, como Ele é a terceira pessoa da Trindade, isso
equivale a “personalizar” a palavra “Espírito” – mas o gênero neutro é usado. Portanto
(como Hills observou) uma vez que “personalização” não acarretou uma mudança de
gênero no verso 6, não pode razoavelmente ser alegada como a razão para tal mudança
no verso 8.

O que, então, deve ser feito para explicar [as dificuldades do Texto Crítico]? A resposta
é que alguma coisa está faltando! Se nós retemos o Parêntese Joanino, uma razão para
referenciar os substantivos neutros (Espírito, água e sangue) do verso 8 usando o gênero
masculino torna-se imediatamente clara. A chave é o princípio da “influência” e
“atração” na gramática grega. Que influência faria com que “que testificam” em verso 7
e “estes três” em verso 8 subitamente se tornarem masculinos? A resposta só pode ser:
[isto ocorreu] devido à influência dos substantivos Pai e Palavra no verso 7, as quais são
masculinas – é com a presença de “o Pai” e de “a Palavra” que o começo e o final da
passagem concordam, um princípio bem conhecido da sintaxe grega. Com efeito, então,
a única maneira pela qual o Espírito, a água e o sangue podem ser “personalizados”, é
continuarmos adotando a leitura da Bíblia do Rei Tiago de 1611 e do texto grego sobre
a qual ela é baseada. [Nessa leitura,] todas as três palavras são referências diretas à
Trindade (verso 7). Onde está a “Pessoa”? “A Pessoa” está no verso 7 da Versão
Autorizada de 1611.

O leitor perceberá que a frase sublinhada, “os que testificam”, ocorrendo três vezes na
passagem precedente, é um particípio, o qual é um tipo de adjetivo verbal. Como
adjetivos, particípios modificam substantivos e [com estes] têm que concordar em
gênero. Portanto, se um crítico textual deseja retirar esta passagem com integridade de
caráter, ele deveria ser capaz de responder ao seguinte:

a) Por que é que, depois de se usar um particípio neutro na linha um, subitamente um
particípio masculino é usado na linha três?

b) Como pode ser permitido que o numeral masculino, o artigo (grego) e o particípio da
linha três (todos três adjetivos masculinos) modifiquem os três substantivos neutros da
linha sete?

c) Quais fenômenos da sintaxe grega (a parte da gramática que trata da maneira na qual
as palavras são ajuntadas para formar frases, cláusulas ou sentenças em um sistema ou
arranjo ordenados) fariam com que os substantivos neutros da linha sete fossem tratados
como masculinos pelo “estes três” na linha oito?

Não há nenhuma resposta satisfatória! Estudiosos-líderes do gregos (tais como Metzger,


Vincent, Alford, Vine, West, Bruce, Plummer etc.) não fazem nenhuma menção do
problema, de forma alguma, quando tratam a passagem, em nenhum dos seus escritos
até o presente. The International Critical Commentary devota doze páginas à passagem
mas, ignorante ou desonestamente, silencia a respeito dos gêneros que não casam.

Finalmente, com respeito à evidência interna, se as palavras fossem omitidas, as


palavras concludentes, ao final do verso 8, conteriam uma referência ininteligível. As
palavras gregas “kai oi treis eis to en eisin” significam precisamente – “e esses três
concordam com aquele um (antes mencionado).” Se o verso 7º é omitido, “aquele um”
não aparece. É inconcebível como “aquele um” (grego = to hen) pode ser reconciliado
com a omissão das palavras precedentes, isto é – com a extirpação do “Parêntese”.
Como Gaussen observou: “Remova-o [isto é, remova o “Parêntese”], e a gramática
torna-se incoerente”.

Sobre a omissão de 1 Jo 5:7 nos manuscritos gregos mais antigos, ainda em seu livro
"Which Bible", o Dr. Otto Fuller diz:

UMA PROVÁVEL EXPLANAÇÃO DA OMISSÃO DO “PARÊNTESE” [por alguns,


posteriormente]

Há muito devíamos ter dado algum lugar a outros na defesa deste verso tão disputado.
Fazemo-lo agora, oferecendo a seguinte explanação, [muito] plausível, de como o verso
foi omitido. As palavras são as do crítico textual [realmente] crente, Dr. Edward Freer
Hills, falecido em 1981:

"... durante o segundo e terceiro séculos (entre 220 e 270, de acordo com Harnack) a
heresia que os cristãos ortodoxos tiveram que combater não foi o Arianismo (uma vez
que este erro não tinha ainda aparecido), mas [sim] o Sabelianismo (... assim chamada
devido a Sabelius, um dos seus principais promotores), que ensinava que o Pai, o Filho
e o Espírito Santo eram um no sentido deles serem idênticos. Aqueles que advogaram
este ponto de vista herético foram chamados de Patripassianos (“o Pai sofreu”), porque
acreditavam que Deus o Pai, sendo idêntico a Cristo, sofreu e morreu na cruz;

"É possível, portanto, que a heresia Sabeliana colocou o Parêntese Joanino em desfavor
com os cristãos ortodoxos [inimigos do Sabelianismo]. ... E, se neste período da
controvérsia manuscritos foram descobertos os quais tinham perdido esta leitura ..., é
fácil ver como o grupo ortodoxo consideraria tais manuscritos mutilados como
representando o texto verdadeiro e encararia o Parêntese Joanino como uma adição
herética. Especialmente no Oriente que falava grego, o parêntese seria unanimemente
rejeitado, pois lá a batalha contra o Sabelianismo foi particularmente severa.

"Deste modo, não é impossível que durante o terceiro século, entre o stress e a tensão da
controvérsia Sabeliana, o Parêntese Joanino perdeu o seu lugar no texto Grego mas foi
preservado nos textos latinos da África e Espanha, onde a influência do Sabelianismo
provavelmente não foi tão grande. ... embora o texto do Novo Testamento Grego tenha
sido o recebedor especial do providencial cuidado de Deus... este cuidado também se
estendeu, em menor grau, às versões antigas e ao seu uso -- não somente aos cristãos de
fala grega, mas também aos de outros ramos [portanto línguas] da igreja cristã. Por isso,
embora o tradicional texto encontrado na vasta maioria dos manuscritos gregos seja uma
completa reprodução, digna de confiança, do texto original divinamente inspirado,
todavia é possível que o texto da Vulgata Latina, que realmente representa o uso
estabelecido na Igreja Latina desde os primeiros séculos, preserve algumas poucas
leituras genuínas não encontradas nos manuscritos gregos. ... por isso, é possível que o
Parêntese Joanino seja uma dessas leituras excepcionais as quais ... foram incluídas no
Textus Receptus sob a direção da providência especial de Deus”.

Assim, com respeito à evidência externa, temos visto que, no cômputo global, se 1João
5:7 é recebido, tem de ser recebido principalmente com base no testemunho da Igreja
Ocidental ou Latina. Admitidamente, parece injustificável que se despreze a autoridade
da Igreja Grega e se aceite o testemunho da Latina onde uma questão surge sobre a
autoridade de uma passagem a qual apropriadamente pertence ao texto da primeira [a
igreja grega]. No entanto, quando a doutrina contida naquela passagem é tomada em
consideração, existem razões para dar preferência à autoridade da Igreja Ocidental
acima daquela da Oriental.

Como a citação do Dr. Hills indica, o Arianismo surgiu logo após o período no qual a
heresia Sabeliana floresceu. Arius, um presbítero de Alexandria (d. 336 D.C.) e aluno de
Luciano de Antioquia, negou a divindade e a eternidade de Jesus Cristo. A Igreja Grega
ou Oriental se entregou completamente àquela heresia desde o reinado de Constantino
até aquele de Teodósio o Ancião, por um período de pelo menos quarenta anos (c.340-
381, a convocação do quarto Concílio de Bizâncio).

Ao contrário, a Igreja Ocidental permaneceu incorrompida pela heresia Ariana durante


este período. Assim se o problema do “Parêntese” não se desenvolveu durante a
controvérsia Sabeliana (como o Dr. Hills propõe), pode muito bem ter se desenvolvido
durante o tempo do domínio Ariano sobre a Igreja Grega (como o Dr. Frederick Nolan
tem proposto com fortíssimos argumentos). Nolan argumenta que, com os Arianos em
controle da Igreja Grega durante um período de cerca de quarenta anos, Euzébio foi
capaz de suprimir esta passagem na edição que “revisou”, a qual teve o efeito de
remover o verso dos textos gregos. Portanto, o verso disputado foi originalmente
suprimido, e não gradualmente introduzido na tradução Latina".

Uma das provas para se descobrir o texto genuíno das Escrituras(como disse A. A.
Hodge) são a citação das Escrituras por meio dos cristãos pós-apostólicos:

"Citações das Escrituras apostólicas encontradas nos escritos dos primeiros cristãos.
Essas são tão numerosas, que todo o Novo Testamento poderia ser reunido das obras de
escritores escritas ante do 7º século; ELAS PROVAM O EXATO ESTADO DO
TEXTO NO TEMPO EM QUE FOI REDIGIDO"(Confissão de Fé de Westminster
Comentada, pp.69,70).

Se todas as citações dos textos do NT, feitas pelos pais da Igreja, não só comprovam o
texto genuíno do NT, mas em sí reúne "todo o NT", então segue-se que a preservação
total das Escrituras Gregas, não pode jamais ser encontrado no Texto Crítico, uma vez
que textos como 1 Jo 5:7; Mc 16:9-20; Jo 8:1-11, etc, citados pelos pais da Igreja, não
constam neste texto grego, mas apenas no Texto Receptus (Texto Majoritário).
Cometeram os pais da Igreja o "pecado" de citar e colocar textos "apócrifos" do NT em
suas obras? Ou de onde eles tiraram esses textos? Será que os defensores e usuários do
TC (ARA, BLH, NVI, BV, etc.), os 'modernos reformados" podem responder essa
pergunta? Pedro chama as Escrituras de "o leite racional, NÃO FALSIFICADO" (1 Pd
2:2). Quem dentre ambos os grupos (defensores do TR e do TC) está se alimentando do
puro leite?

E o que é mais triste é ver como a IPB em suas publicações da Confissão de Fé e dos
Catecismos de Westminster (feitas pela editora "Cultura Cristã") simplesmente omitiu o
texto de 1 João 5:7, em seus capítulos sobre a Trindade, enquanto que esses símbolos
primitivos constem o texto em suas edições originais. A primeira Confissão de Fé da
Igreja Presbiteriana, a Confissão Escocesa (1560), cita o texto. Todavia, com a sua
aliança espúria com a SBB, a IPB, para agradar os defensores do Texto Crítico, não só
publicou uma 'Bíblia' (ARA) com um hinário (Novo Cântico), além de publicar "A
Bíblia de Estudos de Genebra"(também baseada na ARA, e portanto, no TC) mas
também omitiu 1 Jo 5:7 da publicação da CFW e e dos Catecismos Maior e Menor.
Engraçado é o fato de terem sido obrigados a citar a expressão de Mt 6:13('...porque teu
é o reino, e o poder, e a glória, para sempre. Amém'), simplesmente pelo fato dos
autores dos Catecismos Maior e Menor de Westminster o terem citado por extenso em
suas próprias perguntas (Catecismo Maior, Pergunta nº 196/Catecismo Menor, Pergunta
nº 107), enquanto que a ARA põe tal expressão entre colchetes, afirmando com isso que
tal texto é espúrio e não se encontra no texto original grego do NT. Que esta expressão
de Mt 6:13 é autêntica, o prova a Patrística, já que Tatiano (150 d.C.) a cita (O
Diatesseron, 9ª Seção). Até Calvino era contrário a omissão destas palavras da oração
do Senhor (Institutas, III, 20:47). A liderança infiel da IPB e todos os que endossam o
TC e a ARA não querem que o reino, o poder e a glória pertençam para sempre ao
Senhor Jesus. Isso os incomoda!? Nesse sentido, já começaram a enjoar de confessarem
a soberania de Deus? Vergonhosamente, a liderança da IPB, já apostatou da doutrina da
preservação das Escrituras (onde o Senhor prometeu preservar sua Palavra
integralmente pura [Mt 5:18; 24:36; Gl 3:16)]) endossando o texto da ARA, que é
baseado nos corrompidos manuscritos dos séculos IV-V - o Sinaítico e o Vaticano. Eis
algumas das provas das corrupções dos manuscritos do TC:

a. O descobridor do Códice Sinaitico – Tischendorf contou em torno de 14.800


alterações feitas por nove pessoas diferentes dos copistas originais;

b. Ebernard Nestle — admitiu que teve de modificar o estilo do Texto Grego do Códice
Sinaitico, que apresentava um estilo do grego de Aristóteles e Platão, para o estilo
Koinê;

c. O texto do Ms Vaticano omite 2877 palavras só nos evangelhos;

d. O Ms Sinaitico omite 3453 só nos evangelhos;

e. Em relação ao Textus receptus, o Texto Crítico difere 5337 vezes;

f. O Códice Sinaitico e o Códice Vaticano divergem entre si cerca de 3000 vezes, só nos
evangelhos

Essa é a razão pelo qual rejeitam 1 Jo 5:7 como parte da Palavra de Deus - o
endossamento do TC e de sua tradução mais conhecida no Brasil - a ARA. Pelo menos,
ao endossar a ARA, a infiel liderança da IPB, vai ter a diferença de ter um "Cristo" que
não é escriturísticamente sempre eterno, já que tem "origens" (Mq 5:2), que não
ressuscitou corporalmente já que foi "vivificado no espírito" (1 Pd 3:18). [Sei que essa
questão do AT é outra, já que o assunto aqui tratado é sobre a preservação das
Escrituras Gregas. Mas, aqueles que deturpam e pervertem a tradução do NT, fariam o
que com relação a tradução do AT? Alguém aqui esperaria algum gesto ortodoxo desses
indivíduos? (Risos)] Da mesma forma, a mesma liderança e aqueles que seguem o seu
exemplo (endossar a ARA) poderão até ir ao confessionário, já que "Tiago" nos manda
confessar nossos pecados uns aos outros (Tg 5:16), invés de privadamente orar ao
Senhor (Mt 6:5-6) confessando os pecados a Ele (Sl 32:5; At 8:22). Vale tudo nas
igrejas onde se toleram o Texto Crítico e suas 'traduções', até porque o 'Cristo' do TC e
dos tradutores do TC e da NVI, dá-nos a 'promessa' do universalismo: "Asseguro-lhes
que aquele que crê tem a vida eterna" (Jo 6:47). Todos estão tranquilos, crendo que
"vão" para o céu!
Acho que a infiel liderança e os membros infiéis da IPB e das Igrejas Reformadas do
Brasil devem estar encantados com essa 'promessa' do "Senhor". Realmente vale tudo
nas igrejas que não tem a mínima objeção em usar traduções corruptas da Bíblia.
Interessante que na primitiva Igreja Reformada da Holanda, se rejeitou a tradução
católica da Bíblia da época e fez sua própria tradução da Bíblia, tudo por ordem do
Sínodo de Dort em 1618 (Paulo Anglada, Sola Scriptura,p.110) sendo essa tradução ('a
Statenvertaling') a usada para combater o Arminianismo, que fora baseada não no TC,
mas no Texto Receptus. Mas hoje, as Igrejas Reformadas do Brasil não fazem nenhuma
objeção ante o uso de traduções que enalteçam o arminianismo, até porque seus
ministros e membros usam abertamente essas traduções, como a ARA, NVI, BLH, etc.
Nesse sentido, quando nosso Senhor disse "...porque há muitos chamados, mas poucos
escolhidos" (Mt 20:16 ACF), Ele não poderia estar dizendo a verdade, porque tal
expressão não aparece nos manuscritos do TC [Sinaítico e Vaticano](4º e 5º Séculos),
embora fosse citada pelos primitivos cristãos - os pais da Igreja; como Irineu (130-200)
(Contra Heresias, IV, 15:2), Agostinho (354-430)(A Correção e a Graça, 7:14) e o
historiador Sócrates (380-439)(História Eclesiástica, 5:10). A "Bíblia Viva" omite a
eleição incondicional em At 13:48 e defende o dogma do livre arbítrio, colocando na
boca de Lucas a seguinte heresia: "...e todos os que queriam a vida eterna, creram". E
em 1 Pd 2:8, a mesma BV omite a predestinação para a morte. A Bíblia na Linguagem
de Hoje faz a mesma coisa em Rm 9:21-23. Essas bíblias feitas pelos tradutores do TC
agradam a tudo e a todos. Elas substituem 'sodomita' por 'prostituto cultual'(Vide NVI
Dt 23:17; 1 Re 14:24; 15:12; 22:46; 2 Re 23:7), tudo para não ofender ao movimento
homossexual!. Ah, agora o ato sexual entre pessoas do mesmo sexo só é pecado se for
em adoração, adoração idólatra, dentro de um templo pagão, e ainda mais sem amor
mas sim em troca de pagamento?!... Como esta tradução contenta o movimento pró-
gays! Os gays devem estar pulando de alegria e gritando "aleluia"!. Até porque dois de
seus tradutores americanos eram homossexuais declarados - Virgínia Mollenkott e
Marten Woudstra! A NVI brasileira mantêm essa substituição!

Interessante que os arminianos das Assembleias de Deus, ao publicarem sua "Bíblia de


Estudo Pentecostal", se basearam na "Almeida Revista e Corrigida"(99% baseada no
Texto Receptus) e o Instituto Cristão de Pesquisas(de maioria absolutamente arminiana)
ao publicar sua "Bíblia Apologética", endossou a 'Almeida Corrigida Fiel'(100%
baseada do Texto Receptus). Que pecado seria maior - o de negar a soberania de Deus
(como fazem os arminianos) ou o de negaram a preservação das Escrituras? Se as
Escrituras não foram 100% preservadas, temos hoje então seguradas em nossas mãos,
em hebraico e em grego, a mais absolutamente perfeita e infalível Palavra de Deus,
perfeitamente inspirada? (A liderança e os membros da IPB e da IRB podem responder
essa pergunta?) E se as Escrituras não foram 100% preservadas, então Deus não
cumpriu a sua promessa (Mt 24:35) e se Ele não cumpriu a sua promessa, então não
temos um Deus confiável, temos? Será possível Deus não cumprir suas promessas? (Jó
42:2; Jr 1:12). A doutrina da preservação das Escrituras é a coroa da fé cristã, pois se as
Escrituras não foram 100% preservadas, não temos toda a Palavra inspirada por Deus, e
se não temos preservada toda a palavra que saiu da boca de Deus, não poderemos ser
objetos da promessa de Jesus: "Não só de pão viverá o homem, mas de TODA A
PALAVRA QUE SAI DA BOCA DE DEUS"(Mt 4:4). A pergunta é: nas modernas
bíblias do TC (ARA, NVI, BLH, BV, etc.), podemos encontrar 'toda a palavra que saiu
da boca de Deus'? O simples fato de que todas as citações do NT, feita pelos pais da
Igreja estejam contidas 100% no Texto Receptus (também chamado Texto
Majoritário)mostra que o TC e suas 'bíblias' não contêm toda a palavra que saiu da boca
de Deus. De fato, a preservação plenária das Escrituras Gregas só pode ser encontrada e
defendida apenas dentro e através do Texto Majoritário. Faço minhas as palavras do
ministro presbiteriano, Rev. Paulo Anglada (que é um fiel ministro da IPB):

"O texto grego representado na maioria dos manuscritos, conhecido como texto
majoritário, bizantino, tradicional ou eclesiástico, foi o texto empregado em todas as
traduções da Bíblia até o início deste século... Eles preservaram em essência, agora não
mais manuscrito, mas impresso, o texto majoritário ou eclesiástico, O QUAL
CONTINUARIA A SER AMPLAMENTE ADOTADO PELA IGREJA, INCLUSIVE
PELOS REFORMADORES, COMO CÓPIA FIDÉDIGNA DO TEXTO ORIGINAL...
O FATO É QUE A NÃO ACEITAÇÃO DO TEXTO MAJORITÁRIO COMO A FIEL
TRANSMISSÃO DO TEXTO ORIGINAL IMPLICA NA REJEIÇÃO DA
DOUTRINA DA PRESERVAÇÃO DO NOVO TESTAMENTO; POIS, QUE OUTRO
TEXTO DO NOVO TESTAMENTO TERIA O TESTEMUNHO DA HISTÓRIA DE
HAVER SIDO PRESERVADO!?" (Sola Scriptura, pp.97,100,102).

"TUDO O QUE FOI INSPIRADO, PALAVRA POR PALAVRA, TEM SIDO


PRESERVADO POR DEUS, ATRAVÉS DA IGREJA, NAS ESCRITURAS, no
decurso dos séculos" (Ibidem, p.104).

A infiel liderança da IPB e da IRB e boa parte de seus membros infiéis tem a coragem
de repetir a mesma confissão acima, feita por Anglada ou discordam dela? Eles têm a
coragem de responder tal pergunta, ou ficarão feito os inimigos de Jesus, dizendo que
não sabem responder? (Mt 21:23-27). Todos eles sabem que não existe neutralidade em
questões de fé? (Lc 11:23). Até quando ficarão em cima do muro? Lembrem-se que o
lugar de indivíduos sem coragem, covardes, não é no céu, mas dentro do lago de fogo
(Ap 21:8). Para a atual liderança da IPB, não há nenhum interesse em defender essa
doutrina clara da Palavra de Deus - a preservação das Escrituras. Assim, essa atual e
infiel liderança, além de rejeitar(por omissão ou por ação) essa verdade das Escrituras,
nega(ou ignora)até a sua própria confissão de fé, pois a Confissão de Fé de
Westminster(1643-1649), diz:

"O Velho Testamento em Hebraico (língua vulgar do antigo povo de Deus) e o Novo
Testamento em Grego (a língua mais geralmente conhecida entre as nações no tempo
em que ele foi escrito), sendo inspirados imediatamente por Deus E PELO SEU
CUIDADO E PROVIDÊNCIA CONSERVADOS PUROS EM TODOS OS SÉCULOS,
são por isso autênticos e assim em todas as controvérsias religiosas a Igreja deve apelar
para eles como para um supremo tribunal; mas, não sendo essas línguas conhecidas por
todo o povo de Deus, que tem direito e interesse nas Escrituras e que deve no temor de
Deus lê-las e estudá-las, esses livros têm de ser traduzidos nas línguas vulgares de todas
as nações aonde chegarem, a fim de que a palavra de Deus, permanecendo nelas
abundantemente, adorem a Deus de modo aceitável e possuam a esperança pela
paciência e conforto das escrituras"(I:8).

A CFW defende a preservação das Escrituras. Mas o que isso significa para a infiel
liderança da IPB? Nada, absolutamente nada. [A atual liderança da IPB crê que nessa
declaração da CFW? Ela endossa tal afirmação?] Isso mostra quer além de não ser
bíblica, a atual liderança da IPB (que nada fez para punir a Editora Cultura Cristã pela
omissão de 1 João 5:7) não é confessional. Nosso objetivo não é jogar na vala comum
da apostasia e do anticonfessionalismo todos os ministros da IPB (pois há ministros fiéis
da mesma[pouquíssimos], que creem na preservação das Escrituras e defendem o
Textos Receptus [ou TM] e que combatem o TC), mas protestar contra essa liderança
infiel da mesma, que nada faz contra a atitude da 'Editora Cultura Cristã', em omitir o
texto de 1 João 5:7 das publicações da Confissão de Fé e dos Catecismos de
Westminster. E como já dissemos - essa liderança infiel peca por omissão ou por ação.
Peca direta ou indiretamente. Que direito tem a Editora Cultura Cristã de mutilar as
publicações dos símbolos de Westminster? Em nome de que e de quem ela fez e faz
isso? Agora o que é inacreditável é que se ache que a atitude da Cultura Cristã em
omitir 1 João 5:7 de suas publicações da Confissão e dos Catecismos de Westminster
tenha sida feita sem o prévio consentimento e conhecimento da liderança da IPB,
correto? Não podemos ser ingênuos demais, temos que ter os pés no chão. Essa é a
verdade.

É lamentável vermos indivíduos que se dizem reformados, condenarem os arminianos


por um pecado, estando eles cometendo um pecado ainda maior que o dos arminianos.
Esses indivíduos precisam primeiro tirar o argueiro de seus olhos! (Mt 7:3-5). Os
arminianos pecam negando uma doutrina das Escrituras. Os 'pseudo-reformados' pecam
duas vezes mais do que os arminianos - negam uma doutrina das Escrituras (i.e, a
Preservação das Escrituras), e se são passivos ante o uso de traduções corrompidas das
próprias Escrituras. Pecam assim por ação e omissão.

Não existe mais seriedade na Igreja do Senhor. Não existem mais reformados como
antigamente. É tudo um faz de conta. Não devemos manter laços espirituais irrestritos
com indivíduos que se dizem reformados, mas que se fazem passivos ante o abandono
explícito da doutrina da preservação das Escrituras. Aqueles que se calam ante o uso de
traduções falsificadas da Bíblia, são cúmpliçes desse pecado, e Deus condena tanto os
que praticam o pecado, quanto os que consentem naqueles que o praticam (Rm 1:32). E
não podemos manter laços espirituais irrestritos com quem abandona uma doutrina
primária e fundamental da fé cristã! (2 Jo 9-11). Amigos bem intencionados advertiram
Martinho Lutero que por amor a unidade ele não deveria se apegar com tanta veemência
a um determinado artigo de fé. Ele replicou:

"Malditos sejam o amor e a unidade pelas quais a Palavra de Deus tem de ser
sacrificada!".

O bispo Hugo Latimer (1485-1555), que na Inglaterra, morreu na fogueira por causa de
sua fé em Cristo, disse:

"A unidade deve ser de acordo com a Santa Palavra de Deus ou é preferível que haja
guerra e não paz. Jamais devemos considerar a unidade tão importante a ponto de
sacrificarmos a Palavra de Deus"

"PORQUE NÓS NÃO SOMOS COMO MUITOS, FALSIFICADORES DA


PALAVRA DE DEUS, antes falamos de Cristo com sinceridade, como de Deus na
presença de Deus" (2 Co 2:17 ACF).

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