A cocaína pode ser administrada pelas vias oral, intranasal, intravenosa e
inalatória, sendo, nas duas últimas, absorvida mais rapidamente, uma vez que seus sais, termolábeis e difusíveis em água, são facilmente absorvíveis pela mucosa nasal.
Seus efeitos psicoativos têm início de 8 segundos a 30 minutos após a
administração e podem ter seguimento de 5 a 90 minutos a depender da via em que foi administrada e do seu nível de concentração no plasma. ***Esse segundo parágrafo fica a critério, pode ficar ou sair, mas acho que é interessante contextualizar.
DISTRIBUIÇÃO:
Após sua administração, a droga é absorvida e segue para a corrente sanguínea,
distribuindo-se, dada à sua alta lipossolubilidade, pelo organismo e atravessando a barreira hematoencefálica e placentária, com especial afinidade pelo cérebro. A cocaína tem um volume de distribuição de 2 L/KG.
METABOLIZAÇÃO:
Devido ao pH aquoso, sua biotransformação é rápida, potencializada por
colinesterases e completada no fígado, onde é também hidrolisada por colinesterases que vão produzir seus metabólitos principais, a benzoilecgonina e a metil-éster de ecgonina. Alguns outros metabólitos menores, como a norcocaína e o cocaetileno – gerado quando a cocaína é administrada com etanol –, podem ser detectados em quantidades menores.
A cocaína e seus metabólitos não se ligam às proteínas plasmáticas e a vida
média destes (metabólitos) oscila entre 4 e 6 horas, sendo maior que a da cocaína livre, que é de aproximadamente 60 minutos. A quantidade encontrada no sangue equivale à quantidade exposta aos receptores e pode haver concentrações diferentes no cérebro e sangue em caso de superdosagem, sendo possível encontrar no primeiro 10 vezes a concentração sanguínea, tomada ao mesmo tempo.
EXCREÇÃO:
Sua excreção se dá principalmente por via renal, representando de 85% a 90%
do total. Dessa quantidade, apenas 1% a 5% é cocaína não metabolizada, sendo a benzoilecgonina e metil-éster de ecgonina as principais formas encontradas, detectadas a partir de 6 horas após o consumo, em pequena quantidade e em forma livre.
REFERÊNCIAS
CASTRO, A. R. et al. Crack: farmacocinética, farmacodinâmica, efeitos clínicos e
tóxicos. Revista Médica de Minas Gerais, p. 254-255, 2015. Disponível em: <www.rmmg.org/artigo/detalhes/1782> Acesso: 21 de nov. de 2020.
Desenvolvimento e Validação de Um Método para Quantificação de Cocaína e Metabólitos em Unhas Por LCMS/MS (Perfil Toxicológico Post-Mortem de Unhas: Uma Ferramenta Na Investigação Criminal)