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TUTORIA DE MATEMÁTICA BÁSICA- 2020

Aula 5 – Função

Gabarito
Questão 1. Se o domínio da função 𝑓(𝑥) = (𝑥² − 9). (𝑥² − 4). 𝑥² é
𝐷(𝑓) = { − 3, − 2, 0, 2, 3}, pode-se dizer que seu conjunto imagem possui:

Resolução:

Note que:

𝑓(𝑥) = (𝑥 − 9). (𝑥 − 4). 𝑥 = (𝑥 + 3). (𝑥 − 3). (𝑥 + 2). (𝑥 − 2). 𝑥²

Sendo assim, temos que:

Se 𝑥 = −3, então (𝑥 + 3) = (−3 + 3) = 0 ⇒ 𝑓(𝑥) = 0

Se 𝑥 = −2, então (𝑥 + 2) = (−2 + 2) = 0 ⇒ 𝑓(𝑥) = 0

Se 𝑥 = 0, então 𝑥 = 𝑥. 𝑥 = 0. 0 = 0 ⇒ 𝑓(𝑥) = 0

Se 𝑥 = 2, então (𝑥 − 2) = (2 − 2) = 0 ⇒ 𝑓(𝑥) = 0

Se 𝑥 = 3, então (𝑥 − 3) = (3 − 3) = 0 ⇒ 𝑓(𝑥) = 0

Portanto, para todo 𝑥 ∈ 𝐷(𝑓), temos que 𝑓(𝑥) = 0. Logo;

𝐼𝑚(𝑓) = {0}

Alternativa (c)

Questão 2: Analise as afirmações abaixo classificando-as em (V) verdadeiras ou (F)


falsas:

a) (V ) Se uma função é bijetora, então é ela sobrejetora

b) ( F) Toda função injetora é bijetora

c) ( V) Uma função afim do tipo f(x) = ax + b, com a0, com domínio e contradomínio
nos reais é bijetora

d) ( F) Qualquer função quadrática é bijetora

e) (V) Se qualquer reta paralela ao eixo das abscissas intercepta o gráfico de uma
função em um único ponto, então a função é injetora
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f) (V) Se o contradomínio de uma função é igual ao conjunto imagem, então a função


é sobrejetora

g) (V) Se uma função é sobrejetora e injetora ao mesmo tempo, então a função é


bijetora

h) ( V) Se uma função é bijetora, então ela é injetora.

Questão 3: Analise a função real abaixo e indique seu domínio:

√2 − 𝑥
𝑓(𝑥) =
𝑥 − 8𝑥 + 12

Resolução:

Para indicarmos o domínio da função 𝑓, devemos analisar para quais valores de 𝑥 esta
função está definida.

Começando pelo numerador, temos que:

√2 − 𝑥 ≥ 0 ⇒ 2 − 𝑥 ≥ 0 ⇒ 𝑥 ≤ 2

A expressão algébrica 𝑥 − 8𝑥 + 12 trata-se de um polinômio, o qual não possui


restrição. No entanto, como este encontra-se no denominador da função 𝑓, devemos
desconsiderar os valores de 𝑥 para os quais 𝑥 − 8𝑥 + 12 = 0.

𝑥 − 8𝑥 + 12 = 0 ⇒ 𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥 = 6

Sendo assim:

Portanto, o dominío de 𝑓 é o intervalo ] − ∞, 2[

Questão 4: Com relação as funções injetoras, sobrejetoras e bijetoras podemos afirmar


que:

Por definição de função bijetora, temos que se uma função é injetora e sobrejetora, então
ela é bijetora.

Alternativa (b)
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Questão 5: Decida se as funções abaixo, dadas por seus gráficos são pares, ímpares ou
nenhuma delas:

Essa função não é par, nem ímpar

a)

Essa função é ímpar

b)
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c)

Essa função não é par, nem ímpar

Essa função é ímpar

d)

Essa função é par

e)
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Questão 6. (DESAFIO) Um fato interessante é que uma função qualquer, não


necessariamente par ou ímpar, sempre pode ser decomposta na soma de uma função par
com uma ímpar! De fato, observe:

a) Chamando g(x) e h(x), a primeira e a segunda parcelas, respectivamente, mostre que a


função g é par e que a função h é ímpar.

Resolução:

Inicialmente, mostremos que a função g é par, isto é, para todo 𝑥 ∈ 𝐷(𝑔):

𝑔(𝑥) = 𝑔(−𝑥)

Dado 𝑥 ∈ 𝐷(𝑔), então:

𝑓(−𝑥) + 𝑓(−(−𝑥)) 𝑓(−𝑥) + 𝑓(𝑥)


𝑔(−𝑥) = =
2 2

Portanto, 𝑔(𝑥) = 𝑔(−𝑥). Logo, a função g é par

Mostremos agora que a função h é ímpar, isto é, para todo 𝑥 ∈ 𝐷(ℎ):

ℎ(𝑥) = ℎ(−𝑥)

Dado 𝑥 ∈ 𝐷(ℎ), então:

𝑓(−𝑥) − 𝑓(−(−𝑥)) 𝑓(−𝑥) − 𝑓(𝑥)


ℎ(−𝑥) = =
2 2

𝑓(−𝑥) − 𝑓(𝑥) −𝑓(−𝑥) + 𝑓(𝑥)


−ℎ(−𝑥) = − =
2 2

Portanto, ℎ(𝑥) = ℎ(−𝑥). Logo, a função h é ímpar


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b) Mostre também que se a função f dada inicialmente é par ou ímpar, então a função h
ou g é nula, respectivamente.

Resolução:

Queremos mostrar que se 𝑓 é par, então ℎ é nula. Sendo assim, considere a função 𝑓 par,
isto é, 𝑓(𝑥) = 𝑓(−𝑥). Portanto:

𝑓(𝑥) − 𝑓(−𝑥) 𝑓(−𝑥) − 𝑓(−𝑥)


ℎ(𝑥) = = =0
2 2
Portanto, se 𝑓 é par, então ℎ é nula. #

Mostraremos agora que se 𝑓 é ímpar, então 𝑔 é nula. Supondo a função 𝑓 ímpar, então
𝑓(𝑥) = −𝑓(−𝑥). Logo:

𝑓(𝑥) + 𝑓(−𝑥) −𝑓(−𝑥) + 𝑓(−𝑥)


𝑔(𝑥) = = =0
2 2
Portanto, se 𝑓 é ímpar, então 𝑔 é nula. #

Questão 7. (DESAFIO) Sejam X e Y dois conjuntos finitos com X ⊂ Y e X ≠ Y.


Considere as seguintes afirmações:

I. Existe uma bijeção f : X → Y.

II. Existe uma função injetora g : Y → X.

III. O número de funções injetoras f : X → Y é igual ao número de funções


sobrejetoras g : Y → X.

Resolução:

 A afirmação I é falsa.
Note que: como X ⊂ Y e X ≠ Y, então a função 𝑓 não é sobrejetiva, pois existem
elementos no conjunto contradomínio que não são imagem de algum elemento do
domínio.
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Vejamos um contraexemplo:

Seja 𝑓 uma função de {1}⟶ {1, 2}, definida por 𝑓(𝑥) = 𝑥

Dessa forma, 𝑓(1) = 1

1
1
2

Note que 𝑦 = 2 ∈ {1,2} tal que 2 ∉ 𝐼𝑚(𝑓). Logo, 𝐶𝐷(𝑓) ≠ 𝐼𝑚(𝑓).

Sendo assim, não é possível estabelecer uma bijeção entre conjuntos com quantidades de
elementos diferentes.

Portanto, como 𝑓 não é sobrejetora, então 𝑓 não é bijetora.

 A afirmação II é falsa.
Note que: como X ⊂ Y e X ≠ Y, isto é, o conjunto Y possui mais elementos do que o
conjunto X. Então para que 𝑔: 𝑌 ⟶ 𝑋 seja uma função, essa função não pode ser injetiva,
caso contrário, “sobraria” elementos em Y e isso descaracterizaria uma função.

Vejamos um contraexemplo:

Seja 𝑔 uma função de {1, 2}⟶ {1}, definida por 𝑔(𝑥) = 1

1
1
2

Dessa forma, caso o conjunto possua mais elementos que o conjunto contradomínio só é
possível estabelecer uma função entre esses conjuntos caso a função não seja injetiva.
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 A afirmação III é falsa.


Vejamos um contraexemplo:

Sejam 𝑋 = {1} e Y = {1, 2}. Nessas condições, existem duas funções injetivas de X em
Y

Graficamente, temos:

𝑓 1
1
2

Ou ainda

𝑓 1
1
2

Sejam 𝑋 = {1} e Y = {1, 2}. Nessas condições, existe apenas uma função sobrejetiva de
Y em X.

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Questão 8: (DESAFIO) Seja 𝑓: ℝ∗ ⟶ ℝ uma função tal que 𝑓(1) = 2 e


( )
𝑓(𝑥. 𝑦) = − , ∀ 𝑥, 𝑦 ∈ ℝ. Calcule o valor de 𝑓

Resolução:
Note que o conjunto domínio da função 𝑓 são os números reais com exceção do número
zero. Sendo assim, consideremos 𝑥 = 1 𝑒 𝑦 = 1.
Portanto:
𝑓(−1)
𝑓(1.1) = 𝑓(1) = −
1
Substituindo 𝑓(1) por 2, temos:
𝑓(−1)
2= − ⇒ 𝑓(−1) = −2
1

Para calcular 𝑓 , considere 𝑥 = 𝑒 𝑦 = 1. Assim:

1 1 𝑓(−1)
𝑓 .1 = 𝑓 = −
2 2 1
2
Substituindo 𝑓(−1) por −2, temos:
1 −2 2
𝑓 = − = −(−2). = 4
2 1 1
2

Sendo assim, 𝑓 =4

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