Você está na página 1de 32

ESCOLA SECUNDÁRIA/3 DE FAFE

FUNDAMENTOS Objectivo: Identificar e interpretar os


conceitos fundamentais da contabilidade
DE aplicando-
aplicando-os em situaç
situações prá
práticas

CONTABILIDADE
2

Conteúdos Conteúdos

 Conceitos fundamentais de contabilidade geral:  Conceitos e peç


peças contabilí
contabilísticas:
• Funç
Funções da contabilidade • Patrimó
Património
• Divisões da contabilidade • Inventá
Inventário
• Princí
Princípios contabilí
contabilísticos e caracterí
características da informaç
informação • Conta
contabilí
contabilística
• Balanç
Balanço
• A normalizaç
normalização contabilí
contabilística e o POC

3 4

1
CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE
Conteúdos CONTABILIDADE GERAL

 Variaç
Variação das contas:
• Dinâmica patrimonial
FUNÇÕES
• Emissão de cheque DA
CONTABILIDADE

5 6

A necessidade da contabilidade A necessidade da contabilidade

A gé
génese da contabilidade é explicada pela
necessidade sentida pelo homem de preencher as Assim a contabilidade primitiva visava
deficiências de memó
memória, mediante um processo fundamentalmente suprir as limitaç
limitações da
de classificaç
classificação e registo que lhe permitisse memó
memória humana. AléAlém disso, desempenhava
recordar facilmente as variaç
variações sucessivas de igualmente outra funç
função importante, a de
determinadas grandezas, para que em qualquer constituir um meio de prova entre partes
momento pudesse saber da sua extensão. discordantes ou em lití
litígio.

7 8

2
A evolução da contabilidade A evolução da contabilidade

O grande desenvolvimento dos princí princípios


Os processos de registo usados inicialmente que
contabilí
contabilísticos, tal como hoje existem, deveu-
deveu-se
eram bastante simples, foram-
foram-se generalizando e
fundamentalmente ao movimento econó económico-
mico-
refinando, tendo chegado aos nossos dias
polí
político que foi a revoluç
revolução industrial. É, aliá
aliás, o
sistematizados naquilo que se designa por mé
método
pró
próprio desenvolvimento das unidades de
contabilí
contabilístico. produç
produção capitalistas que vai determinar o
aperfeiç
aperfeiçoamento do mé método contabilí
contabilístico.

9 10

A evolução da contabilidade A evolução da contabilidade

Apresentar hoje a contabilidade como uma Presentemente às empresas não interessa


técnica de registo dos factos patrimoniais apenas o registo histó
histórico dos factos
passados, é limitar o seu campo de aná
análise e patrimoniais. També
Também a previsão do futuro é
consequentemente deixar de lhe atribuir um facto relevante na gestão moderna,
uma caracterí
característica importante – a de assente també
também ela, nos dados fornecidos
constituir um meio eficiente de gestão. pela contabilidade.

11 12

3
A evolução da contabilidade Objectivos da contabilidade

O significado da palavra contabilidade tem variado • Dar a conhecer a situaç


situação patrimonial da empresa
no tempo e no espaç
espaço. Uns consideram-
consideram-na com • Determinar a posiç
posição da empresa em relaç
relação a terceiros
sinó
sinónimo de escrituraç
escrituração outros como uma ciência
de natureza econó • Apurar os resultados obtidos nas diversas actividades,
económica. No entanto, qualquer que
calculando custos e proveitos
seja a noç
noção de contabilidade que se considere,
todas elas pretendem significar: • Apoiar a tomada de decisões de gestão
- escriturar, contar, calcular, determinar uma • Permitir o controlo de factos da gestão da empresa
certa quantidade • Prever o futuro (na medida do possí
possível)
13 14

Funções da contabilidade Funções da contabilidade

• Classificaç
Classificação e registo dos factos contabilí
contabilísticos ou
patrimoniais
Mais resumidamente, as funç
funções para atingir os
• Controlo e avaliaç
avaliação da actividade econó
económica objectivos caracterizam-
caracterizam-se pelo registo,
desenvolvida pela empresa
classificaç
classificação, demonstraç
demonstra ç ão e aná
an á lise dos
• A demonstraç
demonstração e anáanálise da situaç
situação patrimonial com fenó
fenómenos que ocorrem no patrimó património das
interpretaç
interpretação do resultado econó
económico apurado, de entidades.
maneira a garantir a consecuç
consecução dos objectivos previstos
pela mesma

15 16

4
Vantagens da contabilidade Vantagens da contabilidade

• Desde logo, dá
dá a conhecer o patrimó
património, da entidade e • Comprova em juí
juízo, factos cujas provas dependem de
respectiva composiç
composição perí
perícia contabilí
contabilística
• Oferece maior controlo financeiro e econó
económico à entidade • Facilita o acesso a linhas de cré
crédito
• Ajuda na tomada de decisões de gestão • Prova, em juí
juízo, a situaç
situação patrimonial na hipó
hipótese de
questões que possam surgir entre herdeiros e sucessores
• Prova aos só
sócios a verdadeira situaç
situação patrimonial, para ou perante terceiros
fins de apuramento de haveres ou vendas de participaç
participações
• Serve de base para o apuramento do lucro tributá
tributável e
• Perante terceiros, dá
dá a imagem que se pretende, verdadeira possibilidade de compensaç
compensação de prejuí
prejuízos fiscais
e fiel, da entidade
acumulados
17 18

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE
CONTABILIDADE GERAL Divisões da contabilidade

• Zona externa ou de contacto com o ambiente (a empresa


DIVISÕES não pode desenvolver a sua actividade isoladamente, mas
sim em constante relaç
relação com o meio exterior)
DA • Zona interna:
interna: zona em que se desenvolve propriamente a
actividade produtiva da empresa. Consiste na combinaç
combinação
CONTABILIDADE de todos os factos produtivos (materiais, mão-
mão-de-
de-obra,
energia, etc.) com vista à produç
produção pessoal de certos bens
e serviç
serviços

19 20

5
Divisões da contabilidade Divisões da contabilidade

• Contabilidade externa (ou Geral) – Que regista as A Contabilidade Geral, dá dá-nos a situaç
situação
operaç
operações externas da empresa, isto é, aquelas que
Econó
Económica (demonstraç
(demonstração de resultados) e
respeitam à empresa no seu todo: apura o lucro global da
financeira (balanç
(balanço) global da empresa, a sua
empresa e elabora o Balanç
Balanço anual
situaç
situação perante o exterior (endividamento,
• Contabilidade interna (ou analí
analítica de exploraç
exploração) – que responsabilidades, etc.) em concordância com os
regista as operaç
operações realizadas no seio da empresa preceitos legais. A Contabilidade interna permite
(internas). Visa o apuramento de resultados não globais um controlo mais directo e pormenorizado da
(por produto, por departamento, etc) assim como os custos
actividade da empresa. É uma importante tétécnica
unitá
unitários nas diversas fases de produç
produção, os consumos, etc. de Gestão.
21 22

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE
CONTABILIDADE GERAL Princípios contabilísticos

PRINCÍPIOS CONTABILÍSTICOS As empresas cada vez mais têm a necessidade de


E CARACTERÍSTICAS DA recorrer à contabilidade, já
já que só
só por si constitui
um instrumento de gestão de grande importância.
INFORMAÇÃO Pois sem isso, o gestor teria grande dificuldade em
saber, por exemplo:
CONTABILÍSTICA
23 24

6
Princípios contabilísticos Princípios contabilísticos

- A composiç
composição e o valor do patrimó
património da empresa;
- A posiç
posição da empresa perante os seus
fornecedores – qual o grau de dependência, para Assim, verifica-
verifica-se que a contabilidade fornece um
avaliar a sua capacidade de endividamento; conjunto de informaç
informações, com base nos registos
- O montante de cré
créditos sobre a sua clientela; efectuados no quotidiano, que, alé além de
- O montante de vendas; influenciarem as decisões dos gestores, vêm
- Os resultados e a sua natureza; contribuir para:
- Em suma, a situaç
situação econó
económica e financeira da
empresa.
25 26

Princípios contabilísticos Princípios contabilísticos

- Um melhor conhecimento das empresas, pelas a) Princí


Princípio da Continuidade
entidades interessadas
Considera-
Considera-se que a empresa opera
- Possibilitar a prestaç
prestação de contas à Administraç
Administração
continuamente, com duraç
duração ilimitada. Desta
Fiscal
forma, entende-
entende-se que a empresa não tem
- Fornecer dados para a Estatí
Estatística Nacional intenç
intenção nem necessidade de entrar em
- Fornecer elementos para estudos diversos de liquidaç
liquidação ou de reduzir significativamente o
cará
carácter econó
económico, financeiro e social volume das suas operaç
operações;

27 28

7
Princípios contabilísticos Princípios contabilísticos

b) Princí
Princípio da Consistência c) Princ
Princíípio da Especializaç
Especialização (ou do
Segundo este princí
princípio, considera-
considera-se que a Acré
Acréscimo)
empresa não altera as suas polí políticas À luz deste princí
princípio, os proveitos e os custos são
contabilí
contabilísticas de um exercí
exercício para o outro. Se o reconhecidos quando obtidos ou incorridos,
fizer e a alteraç
alteração tiver efeitos materialmente independentemente do seu recebimento ou
relevantes, esta deve ser referida, de acordo com a pagamento, devendo incluir-
incluir-se nas
nota 1 do anexo ao Balanç
Balanço e à Demonstraç
Demonstração de demonstraç
demonstrações financeiras dos perí períodos a que
Resultados; respeitam;
29 30

Princípios contabilísticos Princípios contabilísticos

d) Princí
Princípio do Custo Histó
Histórico e) Princí
Princípio da Prudência
De acordo com este princí princípio, os registos Atendendo a este princí
princípio, dever-
dever-se-
se-á integrar nas
contabilí
contabilísticos devem basear-
basear-se em custos de contas um grau de precauçprecaução ao fazer as
aquisiç
aquisição ou de produç
produção, quer a custos nominais, estimativas exigidas, em condiç
condições de incerteza,
quer a custos constantes; sem, contudo, permitir a criaç
criação de reservas
ocultas ou provisões excessivas ou a deliberada
quantificaç
quantificação de activos e proveitos por defeito ou
de passivos e custos por excesso;
31 32

8
Princípios contabilísticos Princípios contabilísticos

f) Princí
Princípio da substância sobre a Forma g) Princí
Princípio da materialidade
As operaç
operações devem ser contabilizadas atendendo Segundo este princí
princípio, as demonstraç
demonstrações
à sua substância e à realidade financeira e não financeiras devem evidenciar todos os elementos
apenas à sua forma legal; que sejam relevantes e que possam afectar
avaliaç
avaliações ou decisões pelos utentes
interessados.

33 34

Características da informação Características da informação

As demonstraç
demonstrações financeiras devem proporcionar
informaç
informação acerca da posiçposição financeira, das A informaç
informação deve ser compreensí
compreensível aos que a
alteraç
alterações desta e dos resultados das operaç
operações, desejem analisar e avaliar, ajudando-
ajudando-os a
para que sejam úteis a investidores, a credores e a distinguir os utentes de recursos econó
económicas que
outros utentes, a fim de investirem racionalmente, sejam eficientes dos que o não sejam, mostrando
concederem cré
crédito e tomarem outras decisões; ainda os resultados pelo exercí
exercício da gerência e a
contribuem assim para o funcionamento eficiente responsabilidade pelos recursos que lhe foram
dos mercados de capitais. confiados.

35 36

9
Características da informação Características da informação

Os destinatá
destinatários da informaç
informação financeira são, mais A responsabilidade pela preparaç
preparação da informaç
informação
especificamente, os seguintes: financeira e pela sua apresentaçapresentação é
• Investidores primordialmente das administraç
administrações. Isto não
• Financiadores invalida que estas també também não estejam
• Trabalhadores interessadas nessa informaç
informação, apesar de terem
acesso a informaç
informação adicional, que as ajude a
• Fornecedores e outros credores
executar e a cumprir as responsabilidades do
• Administraç
Administração Pú
Pública planeamento e do controlo e de tomar decisões.
• Público em geral
37 38

Características da informação Características da informação

Relevância
Os utentes estarão tanto melhor habilitados a A relevância é entendida como a qualidade que a
analisar a capacidade da empresa de gerar fundos, informaç
informação tem de influenciar as decisões dos
com oportunidade e razoá
razoável seguranç
segurança, quanto utentes, ao ajudá
ajudá-los a avaliar os acontecimentos
melhor forem providos de informaç
informação que foque a passados, presentes e futuros ou a confirmar ou
posiç
posição financeira, os resultados das operaç
operações e corrigir as suas avaliaç
avaliações.
as alteraç
alterações naquela posiç
posição. A relevância da informaç
informação pode ser perdida se
houver demoras no seu relato; por isso, a
informaç
informação deve ser tempestivamente relatada.
39 40

10
Características da informação Características da informação

Fiabilidade Comparabilidade
A fiabilidade é a qualidade que a informaç
informação tem de A divulgaç
divulgação e a quantificaç
quantificação dos efeitos
estar liberta de erros materiais e de juí
juízos pré
prévios, ao financeiros de operaçoperações e de outros
mostrar apropriadamente o que tem por finalidade
acontecimentos devem ser registadas de forma
apresentar ou se espera que razoavelmente represente,
podendo, por conseguinte, dela depender os utentes.
consistente pela empresa e durante a sua vida,
para identificarem tendências na sua posiçposição
Deve ser obtida conjugaç
conjugação perfeita da relevância com a
fiabilidade, a fim de que o uso da informaç
informação seja financeira e nos resultados das suas operaç
operações.
maximizado.
41 42

CONCEITOS FUNDAMENTAIS DE
Características da informação CONTABILIDADE GERAL

Estas caracterí
características, juntamente com conceitos,
princí
princípios e normas contabilí
contabilísticas adequados, A NORMALIZAÇÃO
fazem que surjam demonstraç
demonstrações financeiras
geralmente descritas como apresentando uma CONTABILÍSTICA E O POC
imagem verdadeira e apropriada da posiç posição
financeira e do resultado das operaç operações da
empresa.

43 44

11
Normalização Contabilística Normalização Contabilística

A normalizaç
normalização contabilí
contabilística consiste na definiç
definição
3 – Concepç
Concepção de mapas-
mapas-modelo para as
de um conjunto de regras e princí
princípios que visem:
demonstraç
demonstrações financeiras definidas para as
1 – Elaboraç
Elaboração de um quadro de contas que devam unidades econó
económicas;
ser seguidas pelas unidades econó
económicas;
4 – Definiç
Definição dos princí
princípios contabilí
contabilísticos e dos
2 – Definiç
Definição do conteú
conteúdo, regras de movimentaç
movimentação crité
critérios valorimé
valorimétricos que devam ser seguidos
e articulaç
articulação das contas definidas no quadro na contabilidade das diversas entidades
referido em 1; envolvidas.

45 46

Normalização Contabilística Normalização Contabilística

Vantagens da normalizaç
normalização contabilí
contabilística:
Em sí
síntese, normalizar, consiste em criar uma
metodologia comum, a ser seguida pelas  Das empresas: poderão conhecer a sua posiç
posição
unidades econó
económicas, visando principalmente, a relativa no respectivo sector e, eventualmente,
comparabilidade das informaç
informações inter-
inter-unidades, reconhecer a necessidade de melhorar a sua
a universalidade dos dados recolhidos e a sua produtividade;
compreensibilidade pelos diversos agentes
econó  Dos profissionais de contabilidade: que passam a
económicos.
dispor de um có
código de regras e de procedimentos;
47 48

12
Normalização Contabilística Normalização Contabilística

 Da didá
didáctica e o da Pedagogia: na medida em que  Do Estado: para alé
além de poder controlar com maior
proporciona orientaç
orientações menos discutí
discutíveis e evita eficá
eficácia os elementos que servem de base à
perdas de tempo em “descobertas jájá descobertas”
descobertas”, tributaç
tributação das empresas, o que reduzirá
reduzirá as
permitindo que todos os esforç
esforços se transfiram injustiç
injustiças e tornará
tornará menos controversa a missão
para a crí
crítica e aperfeiç
aperfeiçoamento das soluç
soluções do fisco, passará
passará a ter maior confianç
confiança nos dados
adoptadas; macroeconó
macroeconómicos.

49 50

Normalização Contabilística em Portugal Normalização Contabilística em Portugal

De facto, na ausência de normas que


Em Portugal, até
até muito recentemente, só só em dois estabelecessem a forma que aqueles deviam
sectores de actividade – bancá
banc á rio e segurador – revestir no que respeita à terminologia das contas
se encontrava normalizaç
normalização contabilí
contabilística e à forma como deviam ser ordenadas,
imposta por lei. elaboravam-
elaboravam-se esses documentos de uma forma
Fora estas duas excepç excepções verificava-
verificava-se que permitia esconder a verdadeira situaç situação
indisciplina em maté
matéria da contabilidade. Quem patrimonial e os resultados.
observasse os balanç
balanços e contas de resultados, No iní
início da dédécada de 70 verificou-
verificou-se uma
constava a anarquia . melhoria sensí
sensível.
51 52

13
Normalização Contabilística em Portugal Normalização Contabilística em Portugal

O reconhecimento da necessidade crescente de Na sequência dos trabalhos da comissão foi


normalizaç
normalização contabilí
contabilística, entre nónós, está
está aprovado pelo Decreto-
Decreto-Lei n.º
n.º 47/77, de 7 de
presente em vá vários projectos de planos de Fevereiro, o Plano Oficial de Contabilidade (POC),
contabilidade (contas) e esteve na base da para as empresas.
constituiç
constituição em Novembro de 1974 de uma
comissão, com existência oficial pelo Despacho Em 1 de Janeiro de 1990 entrou em vigor a revisão
de 27 de Fevereiro de 1975. A comissão foi efectuada ao POC de 1977.
encarregue do estudo da normalizaç normalização
contabilí
contabilística a implantar no nosso paí
país.
53 54

Plano Oficial de Contas (POC) Plano Oficial de Contas (POC)

O POC não é de aplicaç


aplicação geral, já
já que para as
empresas do sector financeiro, segurador e Para a maior parte das empresas abrangidas, o POC
bancá
bancário se criam planos de contabilidade mostra-
mostra-se, aliá
aliás, suficientemente flexí
flexível, quer no
especí
específicos. Da mesma forma, os empresá
empresários em sentido de possibilitar desdobramentos, quer
nome individual que exercem uma actividade devido ao facto de a sua aplicaç
aplicação se restringir em
comercial, industrial ou agrí
agrícola, mas que não funç
função das situaç
situações concretas de cada empresa,
realizem um volume de negó
negócios superior a 149 em que grande parte das contas e das notas do
639,36 €, não são obrigados a ter contabilidade anexo poderá
poderá ser dispensada.
organizada e portanto não usam o POC.
55 56

14
Plano Oficial de Contas (POC) Plano Oficial de Contas (POC)

O diploma do Plano Oficial de Contabilidade 7 - Demonstraç


Demonstração de Resultados
contempla o seguinte índice: 8 - Anexo ao Balanç
Balanço e Demonstraç
Demonstração de Resultados
1 - Introduç
Introdução 9 - Origem e Aplicaç
Aplicação de fundos
2 - Consideraç
Considerações TéTécnicas 10 - Quadro de Contas
3 - Caracterí
Características da informaç
informação financeira 11 - Código de Contas
4 - Princí
Princípios contabilí
contabilísticos 12 - Notas explicativas
5 - Crité
Critérios de valorimetria 13 - Normas de Consolidaç
Consolidação de contas
6 - Balanç
Balanço 14 - Demonstraç
Demonstrações financeiras consolidadas
57 58

Plano Oficial de Contas (POC) Plano Oficial de Contas (POC)

No POC, as contas das classes 1 a 5, bem como as da classe Elaboraç


Elaboração das classes subordinou-
subordinou-se a alguns
8, conduzem à elaboraç
elaboração do Balanç
Balanço. crité
critérios e segue a Ordem:
As contas das classes 6 a 7, permitem a determinaç
determinação dos
resultados do exercí
exercício e as respectivas demonstraç
demonstrações.  Contas do Balanç
Balanço
As contas da classe 8 destinam-
destinam-se a explicitar, por  Contas do Activo e Passivo
desenvolvimento ou por sí síntese os resultados apurados no
 Contas de Capital Pró
Próprio
exercí
exercício e, eventualmente, a sua aplicaç
aplicação.
Ficam reservadas as classes 9 e 0 à contabilidade interna,
 Contas de Custos e Proveitos classificados por natureza
analí
analítica, de custos ou de gestão e ao tratamento de outras  Contas de Resultados
informaç
informações.
59 60

15
Plano Oficial de Contas (POC) CONCEITOS E PEÇAS CONTABILÍSTICAS

Grupos Homogéneos Classes POC


1 Disponibilidades
2 Terceiros
Contas de Balanço 3
4
5
Existências
Imobilizações
Capital, Reservas e Resultados Transitados
PATRIMÓNIO
6 Custos e perdas
Contas de Resultados 7 Proveitos e ganhos
8 Resultados
9 Contabilidade de custos
Outras Contas
0 ………
61 62

Noção de Património Categorias de Património

 Bens - Casa, dinheiro, automó


automóvel, computador,
mobiliá
mobiliário diverso;
É o conjunto de bens (B), direitos (D) e
obrigaç
obrigações (O), pertencentes a uma entidade  Direitos – Cré
Créditos da empresa, dí
dívida de um
individual ou colectiva num dado momento. cliente;

 Obrigaç
Obrigações – Dívida à CGD, dí
dívida a um fornecedor.

63 64

16
Tipos de Património Classes de Património

 Patrimó
Património particular ou individual – Conjunto  Activo – Conjunto de elementos que representam
de bens, direitos e obrigaç
obrigações meramente pessoais, aquilo que se possui e/ou se tem a receber, ou seja,
ou seja, valores não afectos a qualquer actividade conjunto de valores positivos (bens e direitos).
econó
económica.
 Passivo – Conjunto de elementos que
 Patrimó
Património comercial – Conjunto de bens, representam aquilo que se tem a pagar (obrigaç
(obrigações
direitos e obrigaç
obrigações directamente relacionados das empresas), ou seja, conjunto de valores
com a actividade comercial. negativos (obrigaç
(obrigações).

65 66

Património: Aspectos a Considerar Património: Aspectos a Considerar

Num património há a considerar dois  Quanto à composiç


composição – trata- trata-se de um conjunto de
aspectos distintos: elementos heterogé
heterogéneos (de natureza diferente), aos quais
se lhes atribui um determinado valor, como por exemplo: o
numerá
numerário, os edifí
edifícios, as viaturas, os cré
créditos sobre os
 A sua composiç
composição terceiros, etc.

 O seu valor  Quanto ao valor – a quantia que seria preciso dar para
obter, isto é, para receber em troca todo o activo, ficando ao
mesmo tempo com o encargo de pagar todo o passivo.

67 68

17
Valor do Património Situação Líquida

VP = B + D – O Expressão numé
numérica do valor do patrimó
património:
ou
• A>P => SL ACTIVA (A=P+SL ACTIVA)
VP = A - P
• A=P => SL NULA (A=P+0)
O Valor do Patrimó
Património (ou Capital Pró
Próprio)
representa o que a empresa dispõe depois de • A<P => SL PASSIVA (A=P+SL PASSIVA OU A=P-
A=P-SL
pagar as suas dí
dívidas. PASSIVA)

69 70

Massas Patrimoniais Massas Patrimoniais

Massas Patrimoniais Gerais: Massas Patrimoniais Parciais:


É constituído por bens patrimoniais activos
• Capital Pró corpóreos, incorpóreos e investimentos financeiros
Próprio • Imobilizado que a empresa utiliza na sua actividade com carácter
de permanência, isto é, mantém-se na empresa por
• Activo um período superior a um ano.

• Passivo É constituído pelas existências em armazém (bens),


• Circulante pelas dívidas de terceiros (direitos) e pelos depósitos
bancários e dinheiro em cofre.
Está sempre em rotação.

71 72

18
Massas Patrimoniais Massas Patrimoniais

Massas Patrimoniais Parciais: Massas Gerais Massas Parciais


• Dívidas a É constituído por todas as dívidas a pagar pela empresa a Imobilizado
curto, médio e longo prazo.
terceiros Activo
É constituído pelo capital com que se iniciou a actividade,
Circulante
• Capital pelas reservas e pelos lucros ou prejuízos retidos pela
Pró
Próprio empresa. Capital Próprio Capital Próprio

Passivo Dívidas a terceiros

73 74

Esquema do Património Esquema simplificado

Património da empresa Património da empresa


Imobilizado Capital Próprio Activo Capital Próprio
(Bens) (V.P. ou C.P.) (Bens e Direitos) (V.P. ou C.P.)

Circulante Dívidas a Terceiros Passivo


(Bens e Direitos) (Obrigações) (Obrigações)

75 76

19
CONCEITOS E PEÇAS CONTABILÍSTICAS Noção de Inventário

INVENTÁRIO O Inventá
Inventário é uma listagem dos elementos
patrimoniais com indicaç
indicação do preç preço
unitá
unitário, quantidade e respectivo valor.

77 78

Fases do Inventário Classificação dos Inventários

Tipo Divisão Definição


Identificaç
Identificação ou Verificaç
Verificação dos elementos Gerais Englobam a totalidade do património.
arrolamento patrimoniais existentes. Extensão Englobam, apenas, uma parcela do património. Ex.
Parciais Inventário de mercadorias.
Simples Lista de elementos patrimoniais sem qualquer ordem.
Descriç
Descrição e Repartiç
Repartição dos elementos Ordenação Os elementos patrimoniais são classificados em função
pelas contas e massas. Classificados
Classificaç
Classificação das suas características.
Vertical
Apresentação
Horizontal
Atribuiç
Atribuição de um valor a cada
Valorizaç
Valorização elemento patrimonial. Analíticos
Quando além do título da conta estão também os seus
elementos integrantes.
Descrição
Sintéticos Surgem somente as contas.

79 80

20
CONCEITOS E PEÇAS CONTABILÍSTICAS Noção de Conta

Conta é o conjunto de elementos


CONTA patrimoniais com caracterí
especí
características comuns e
específicas e que se expressa em unidades
monetá
monetárias.

81 82

Elementos Constitutivos Características da Conta

Uma conta só deve conter os elementos que


É a expressão ou palavra por que se designa a conta, obedeçam à característica comum que os define.
• Título devendo ser escolhido de tal forma que revele de • Homogeneidade Ex.: Uma dívida a receber de um cliente deve ser
imediato a natureza dos seus elementos. Tem como registada numa conta que indique uma dívida a
finalidade identificar a conta e distingui-la de todas receber. A conta em que se registar esta dívida deve
as outras, pelo que será fixo e imutável. incluir apenas os elementos que possuam a
característica de valores que a empresa tem direito
Define a qualidade e esta é expressa em unidades a receber.
• Valor ou monetárias. A cada elemento patrimonial é-lhe A conta deve incluir todos os elementos que gozam
Extensão atribuído um determinado valor que deve constar na
• Integralidade da característica comum por ela definida. Ex.: A
contabilidade, inscrito na sua respectiva conta. conta “mercadorias” deve incluir todo o tipo de
mercadorias transaccionadas e as suas variações.

83 84

21
Representação Gráfica Representação Gráfica

O quadro da conta apresenta a forma de “T”. Sobre o Assim os valores registados do lado esquerdo da conta
traço horizontal indica-se o título da conta, podendo designam-
designam-se por dé débitos e os valores registados no lado
ainda distinguir-se um lado esquerdo e um lado direito designam-
designam-se cré
créditos. Portanto, debitar uma conta
direito. consiste em registar um valor a dé débito e creditar consiste
em registar um valor a cré
crédito.
Débito Título da conta Crédito
O lado da conta també
também é conhecido como lado do “Deve”
Deve” e
o lado direito como o lado do “Haver”
Haver”.
Lado esquerdo Lado direito A diferenç
diferença entre o dé débito e cré
crédito, em dado momento,
chama-
chama - se saldo da conta.
85 86

Saldo da Conta Tipos de Contas

Três casos podem acontecer:


 Contas do Activo - representam os elementos
• D>C => Saldo devedor (Sd) patrimoniais activos;

• D=C => Saldo nulo (So)  Contas do Passivo - representam os elementos


• D<C => Saldo credor (Sc) patrimoniais passivos;

Para se saldar uma conta, determina-se o seu saldo e  Contas do Capital Pró
Próprio - designam os capitais
adiciona-se ao lado da conta de menor valor obtendo assim da empresa.
uma igualdade entre ambos os lados da conta.
87 88

22
Contas Simples e Complexas Grau das Contas

 Contas Simples ou Elementares - as que se


referem a elementos com caracterí
características muito
comuns e que por isso não é possí
possível maior divisão
entre esses elementos;

 Contas Complexas - també também designadas por


colectivas ou gerais, as que englobam vá
várias contas
simples ou elementares.

89 90

Regras de Movimentação Regras de Movimentação

As Contas do Activo são debitadas pelas extensões As Contas do Passivo e Capital Próprio são debitadas
iniciais e pelos aumentos de Extensão e são creditadas pelas diminuições de extensão e são creditadas pela
pelas diminuições de extensão. extensão inicial e pelos aumentos de extensão.

D Conta do Activo H D Conta do Passivo H


Extensão Inicial Extensão Inicial
E Diminuições de Extensão Diminuições de Extensão E
Aumentos de Extensão Aumentos de Extensão

91 92

23
Regras de Movimentação Regras de Movimentação

As contas de custos são debitadas, sempre que se As contas de proveitos são creditadas, sempre que se
suporta um custo. obtém um proveito.

D Conta de Custos H D Conta de Proveitos H


Debitada pelos custos Creditada pelos proveitos

93 94

Regras de Movimentação Movimentação das Contas

Contas Regras
Debitam-se pelas extensões iniciais e aumentos e Segundo o mé
Activo método das partidas dobradas ou disgrafia,
creditam-se pelas diminuições.
todo o dé
débito numa ou mais contas origina um cré
crédito de
Capital próprio e Creditam-se pelas extensões iniciais e aumentos igual montante noutra ou noutras contas. Todo o facto
Passivo e debitam-se pelas diminuições.
patrimonial implica o registo em duas ou mais contas.
Custos e perdas Debitam-se pelos custos e perdas.

Proveitos e
Creditam-se pelos proveitos e ganhos.
ganhos

95 96

24
Movimentação das Contas Movimentação das Contas

1ª Fórmula: um débito = um crédito 2ª Fórmula: um débito = vários créditos


Ex: Depósito bancário de 200€. Ex: Compra de um carro de 50.000€, pagou-se 10.000€ com um cheque. Ficou
a dever-se 40.000€.

Depósito à Ordem Caixa Imobilizado Depósito à Ordem

200 200 50.000 10.000

Fornecedores

40.000

97 98

Movimentação das Contas Movimentação das Contas

3ª Fórmula: vários débitos = um crédito 4ª Fórmula: vários débitos = vários créditos


Ex: Compra de um computador no valor de 500€ para venda e de uma
Ex: Depósito de 6.000€, 250€ na conta à ordem e 5.750€ na conta a prazo.
fotocopiadora para o escritório no valor de 2.500€. Pagou-se com um cheque
de 2.800€ e o restante em dinheiro.
Depósito à Ordem Depósitos a Prazo Existências Imobilizado

250 5.750 500 2.500

Caixa Depósito à Ordem Caixa

6.000 2.800 200

99 100

25
CONCEITOS E PEÇAS CONTABILÍSTICAS Noção de Balanço

O Balanç
Balanço é o resumo do Inventá
Inventário da
BALANÇO empresa, pois compara o Activo com o
Passivo e evidencia o Valor do Patrimó
Património,
isto é, o Capital Pró
Próprio.

101 102

O Balanço Aspecto Gráfico do Balanço

 O Inventá
Inventário apenas regista os bens do Activo e Disposiç
Disposição horizontal – no 1º
1º membro do balanç
balanço (lado
esquerdo) são registadas as contas do Activo; no 2º 2º
do Passivo de uma empresa. membro, descrevem-
descrevem-se as contas do Passivo e da Situaç
Situação
Líquida.
 Ao acrescentar a Situaç
Situação Lí
Líquida ao inventá
inventário,
obté Situação Líquida
obtém-se o balanç
balanço. Activo
Passivo
 Este documento regista a situaç
situação patrimonial
num dado momento.
1º membro 2º membro
103 104

26
Aspecto Gráfico do Balanço Perspectiva Financeira do Balanço

Disposiç
Disposição vertical – o Activo, a O Passivo de uma empresa representa os recursos
Situaç
Situação Lí
Líquida e o Passivo são
dispostos por esta ordem, em Activo postos à sua disposiç
disposição por terceiros (os credores).
coluna.
A Situaç
Situação Lí
Líquida activa (capitais pró
próprios)
representa os fundos disponibilizados pelos
Situação Líquida proprietá
proprietários da empresa.

Passivo  O Activo corresponde à utilizaç


utilização dos fundos dos
proprietá
proprietários e de terceiros.
105 106

Origem e Aplicação de Fundos Ordenação de Contas no Balanço

 Aplicaç
Aplicação de Fundos: Activo;  As contas do Activo fixo (Imobilizado) registam-
registam-se no
topo do 1º
1º membro do balanç
balanço.
 Origem de Fundos: Capital Pró
Próprio e Passivo.
 São ordenadas, colocando em 1º
1º lugar as contas que
representam os bens que, em princí
princípio, permanecem
Esquematicamente temos:
mais tempo na empresa.
 No Activo, as contas com menor liquidez são
Aplicações de Fundos Origem de Fundos
registadas em 1º
1º lugar.

107 108

27
Ordenação de Contas no Balanço Ordenação de Contas no Balanço

 As contas da Situaç
Situação Lí
Líquida (Capital Pró
Próprio) são as  As contas do Passivo registam-
registam-se a seguir às da
primeiras a ser discriminadas no lado direito do Situaç
Situação Lí Líquida, por ordem decrescente de
balanç
balanço, ordenadas pela formaç
formação histó
histórica dos seus exigibilidade.
valores.
 Os valores da Situaç
Situação Lí
Líquida Passiva são registados
As contas que representam as dívidas a liquidar
no balanç
balanço, no 2º
2º membro.
com maior urgência são descritas em último lugar.
As que representam dívidas a pagar a longo prazo
são colocadas em primeiro lugar.
109 110

Tipos de Balanço Tipos de Balanço

 Periodicamente as empresas são legalmente


obrigadas a apresentar contas.  O Balanç
Balanço inicial é o balanç
balanço efectuado no inicio
da actividade econó
económica ou no iníinício de um
 Em geral o perí
período considerado (o chamado exercí
exercício econó
económico.
exercí
exercício econó
económico da vida das empresas) inicia-
inicia-
se em 1 de Janeiro e termina em 31 de Dezembro de  O Balanç
Balanço final é o balanç
balanço efectuado no fim do
cada ano. exercí
exercício econó
económico, que na generalidade dos
casos corresponde à data de 31 de Dezembro.
Balanço inicial Balanço final
111 112

28
VARIAÇÃO DAS CONTAS Dinâmica Patrimonial

 O patrimó
património de uma empresa está
está em constante
mutaç
mutação.
DINÂMICA  Todas as relaç
relações da empresa com o exterior
(compras, vendas, prestaç
prestações de serviç
serviços) provocam
PATRIMONIAL variaç
variações nos factos patrimoniais e, portanto, na
estrutura da empresa.
Acontecimentos normais Ocorrências anormais e
associados à actividade da Involuntárias.
empresa.
113 114

Factos Patrimoniais VARIAÇÃO DAS CONTAS

 Factos permutativos são os que não alteram o


valor do patrimó
património.
Apenas alteram a composiç
composição do patrimó
património.
Exemplo: um depósito bancário
EMISSÃO DE
 Factos modificativos são acontecimentos que CHEQUE
alteram o valor do patrimó
património.
Alteram a composiç
composição e o valor do patrimó
património.
Exemplo: a venda de mercadoria com lucro
115 116

29
Cheque Requisitos Essenciais do Cheque

 A palavra cheque escrita no próprio texto do título


 Noção:  O mandato puro e simples de pagar uma quantia
O cheque é um título de crédito, no qual o determinada
depositante – o sacador – dá ordem ao depositário  O nome de quem deve pagar (sacado)
– o sacado – para pagar, contra entrega do próprio
 A indicação do lugar em que o pagamento se deve
título, uma determinada importância em dinheiro a
efectuar
uma terceira entidade – o beneficiário.
 A indicação da data em que o cheque é passado
O Banco Titular da conta A quem o cheque é emitido
 A assinatura de quem passa o cheque (sacador)
117 118

Na Falta de Alguns Requisitos Tipos de Emissão de Cheque

 À Ordem – quando o cheque contém o nome da pessoa a


O título de crédito não produz efeito como cheque. que deve ser pago. Pode transmitir-se por endosso.

Com excepção:
 Nominativo, não à ordem - quando indica o nome da
pessoa a quem deve ser efectuado o pagamento, seguida da
 Do lugar do seu pagamento cláusula “não à ordem”. Este tipo obriga à identificação do
 Do lugar de emissão seu representante, impede a transmissão por endosso, só
podendo ser pago ao beneficiário.
Que não existindo considera-se o lugar onde o  Ao portador - é aquele que não contém o nome da pessoa
banco tem o seu estabelecimento principal a quem deve ser pago, ou seja, pode ser pago a quem o
apresentar para cobrar.
119 120

30
Cheques e a sua Segurança Cheques e a sua Segurança

 Cheque cruzado – é o cheque atravessado, na face


principal, por duas linhas paralelas. O cruzamento pode  Cheque visado – A entidade sacada apõe um certificado
assumir duas modalidades: de que o saque tem provisão, bloqueando imediatamente,
 Cruzamento geral - o cheque apresenta-se apenas com na conta do sacador, a quantia respectiva não admite
dois traços paralelos, podendo escrever-se ou não entre contra-ordem do sacador.
eles a palavra “ banqueiro” ou “banco”. E só pode ser pago
pelo sacado a um banqueiro ou a um cliente do sacado.  Cheque de “Levar em conta” – Este cheque tem que ser
 Cruzamento especial – o cheque apresenta-se com dois
obrigatoriamente depositado, sendo o pagamento
traços paralelos mas está escrito entre eles o nome dum efectuado por transferência entre contas. O sacador deverá
banco. Este tipo de cheque só pode ser pago pelo sacado inscrever transversalmente, na frente do cheque, a
ao banqueiro designado, ou, se este é o sacado, a um dos expressão “Para levar em conta”.
seus clientes.
121 122

Endosso de Cheque Aval

 O Aval tem como função garantir o pagamento de um


Endosso – é o acto pelo qual o beneficiário transmite, a cheque, no todo ou em parte, do seu valor.
terceiros, o direito de receber o valor inscrito no cheque  Esta garantia pode ser dada por um terceiro ou por um
transmitido. O endosso pode assumir duas formas: signatário do cheque. O sacado (banco) não pode dar o aval.
 Endosso completo - o endossante, além de assinar,
escreve no verso a expressão “Pague-se a…”.
Formas de aval:
 Endosso incompleto ou em branco – o endossante  Aval completo: Exprime-se pelas palavras “bom para aval”
apenas assina no verso, passando o cheque a funcionar ou “Dou o meu aval a favor de ...”
...” e é assinado pelo avalista.
como cheque ao portador.  Aval incompleto: apenas contém a assinatura do avalista
escrita na face principal do cheque.
123 124

31
Responsabilidade do Avalista Pagamento

 O cheque não deve ser apresentado a pagamento, nem antes


da data de emissão, nem após o termo do prazo de
 O avalista é responsável da mesma forma que o seu apresentação. No entanto, uma vez que o cheque é uma
avalado, ou seja, são co-responsáveis. ordem de pagamento à vista, o seu beneficiário poderá,
quando entender, apresentá-lo a pagamento.
 Pagando o cheque, o avalista pode exigir o Assim:
respectivo pagamento, tanto da pessoa por quem se  Caso o cheque seja apresentado antes da data de emissão, o
cheque será pago ou devolvido, consoante os fundos
responsabilizou como dos outros signatários para disponíveis.
com ela obrigados.  Caso a apresentação do cheque ocorra para além do prazo
legal, o banco não será obrigado a efectuar o seu pagamento,
podendo devolvê-lo pelo motivo de “apresentação fora de
prazo”.
125 126

Prazo para Apresentação a Pagamento Fundamentos de Contabilidade (POC)

 Para os cheques emitidos e pagáveis em Portugal, o


beneficiário dispõe de (8) oito dias, para a sua apresentação
a pagamento.
 Nos casos em que o cheque é emitido num país e pagável
noutro país, o prazo para a sua apresentação a pagamento
pode variar entre (20) vinte dias ou (70) setenta dias,
consoante o lugar de emissão e o lugar de pagamento se
situem, respectivamente, na mesma ou em diferentes partes
FIM
do mundo.
 O prazos começam a contar da data de emissão do cheque e
inclui sábados, domingos e feriados. Se o prazo terminar num
desses dias, o termo do prazo passa para o primeiro dia útil
seguinte.
127 128

32

Você também pode gostar