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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE


DEPARTAMENTO DE OCEANOGRAFIA E LIMNOLOGIA

PROJETO DE PESQUISA: ADAPTAÇÕES SOCIAIS, CULTURAIS E


ECONÔMICAS DOS PESCADORES NO MUNICÍPIO DE RAPOSA, ILHA DO
MARANHÃO, FRENTE À DINÂMICA DE MARÉS.

Identificação da proponente e coordenadora:


Profª Dr ª Naíla Arraes de Araujo.
Departamento de Oceanografia e Limnologia – DEOLI.
Colaboradores:
Prof. Dr. Denilson da Silva Bezerra. CPF: 854.236.453-87
Prof. Dr. Leonardo da Silva Soares. CPF: 008.810.413-35
Profa. Dra. Paula Cilene Alves da Silveira. CPF: 375.311.313-15
Profa. Dra. Larissa Nascimento Barreto. CPF: 351.788.843-53
Profa. Dra. Samara Aranha Eschrique. CPF: 661.893.492-34

1. INTRODUÇÃO
Em vários estuários da região amazônica os ribeirinhos estão notando mudanças
no regime de marés que tem um impacto adverso sobre a agricultura de culturas anuais.
Por outro lado, existe uma resposta relativamente positiva nos sistemas agroflorestais,
no manejo florestal, na pesca e no uso de outros recursos naturais.
Impactos sociais, culturais e econômicos das mudanças climáticas (ex. eventos
extremos de marés) são consideráveis na várzea amazônica onde mais de 5 milhões de
pessoas residem, sendo uma das regiões mais importantes economicamente da
Amazônia. Dados preliminares coletados mostram que nos últimos 30 anos ribeirinhos
estão se adaptando, mudando da agricultura para sistemas agroflorestais, de manejo
florestal e pesca (sistemas de uso de longo prazo).
O objetivo principal desta proposta é observar as respostas sociais, culturais e
econômicas de populações ribeirinhas, particularmente pescadores, às vulnerabilidades
criadas por mudanças no clima, bem como outros distúrbios causados pelas alterações
ambientais.
1
2. JUSTIFICATIVA
Especialistas em clima sugerem que os regimes de inundação por marés nos
sistemas costeiros e estuarinos são afetados pelas mudanças climáticas que ocorrem em
amplas escalas espaciais e temporais quando aumentam o nível do mar (SYVITSKI et
al, 2009), a frequência e a gravidade das tempestades tropicais (HOLLAND e
WEBSTER, 2007), bem como quando ocorrem mudanças nas precipitações sazonais
dentro das bacias em que se encontram os sistemas costeiros e estuarinos (MARENGO
et al, 2009). Conforme relatado por cientistas de outras regiões, as mudanças nos
regimes de inundação de maré têm grande impacto sobre as culturas (VERNER, 2010;
EASTERLING, 2003) e produção florestal (IUCN, 2003), o que começa a forçar as
populações que vivem próximas aos estuários a buscar recursos alternativos e novas
estratégias (DURONGDEJ, 2001; SHERBININ, 2011).
Estuários, que são vulneráveis à subida do nível do mar e outras mudanças
climáticas, são algumas das regiões mais populosas e pobres do planeta (NICHOLLS,
2004; NICHOLLS, 2006). Na América Latina existem cerca de 29 milhões de pessoas
que vivem em zonas costeiras que são vulneráveis às mudanças de maré causadas por
alterações climáticas (McGRANAHAN, BALK, e ANDERSON de 2007; UNEP 2009).
A idéia principal desta proposta é diagnosticar, através de um estudo que permite
a compreensão dos fundamentos conceituais desses comportamentos, as respostas dos
pescadores à vulnerabilidade socioambiental do município de Raposa, criada pelas
mudanças ambientais.
Distúrbios nos regimes de marés são causados por tempestades, inundações
sazonais extremas e anomalias na altura do nível do mar relacionados à variabilidade
natural e às tendências devido à mudança climática (LUCH-COTA et al.,2001;
SYVITSKI et al., 2009; NICHOLLS e CAZENAVE, 2009). Estimativas com uso de
imagens de satélite mostram um aumento médio do nível do mar de cerca de 3 a 4
mm/ano desde 1992, perto da foz do Rio Amazonas (NICHOLLS e CAZENAVE,
2009). O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) projeta um
aumento adicional de 44 cm (média global) em 2070 devido ao derretimento do gelo da
terra e expansão térmica da água relacionados aos oceanos mais quentes (MILNE et al.,
2009).
A fim de ser capaz de compreender como os pescadores de Raposa estão se
adaptando aos desafios e oportunidades causados por mudanças hidroclimáticas, este
2
estudo terá como foco os meios de subsistência ribeirinha e os recursos usados
considerando a economia local, o ambiente e outros fatores dos quais os ribeirinhos
dependem.
Programas de desenvolvimento rural muitas vezes não conseguem executar
projetos de sucesso para as comunidades locais em que é aplicada uma abordagem
setorial que não capta as realidades socioambientais. Isso ocorre porque os meios de
subsistência dos ribeirinhos dependem da gestão de produtos aquáticos (peixes e
camarões, por exemplo) e ecossistemas terrestres (por exemplo, juçara e mandioca).
Os poucos estudos existentes realizados nos estuários de rios na Amazônia, em
especial da Amazônia Maranhense, sobre adaptações socioculturais têm relatado
diferentes respostas que variam para famílias, comunidades, setores, municípios e
regiões, assim como para agências governamentais e não governamentais.
Atualmente, os ribeirinhos se envolvem através de uma variedade de estratégias,
em formas de criar oportunidades para melhor se adaptarem às mudanças sociais,
ambientais e culturais devido o crescimento urbano e do nível do mar, incluindo a
manutenção da diversidade de produção e de sistema de uso da terra, migração
temporária na busca de rendas não agrícolas e criação de redes sociais para facilitar o
fluxo de recursos entre os espaços rurais e urbanos (PINEDO-VASQUEZ e SEARS,
2011; BRONDIZIO et al, 2011; PADOCH et al, 2008; BRONDIZIO, 2009; PINEDO-
VASQUEZ et al., 2002).
Especialistas que trabalham em estuários de rios amazônicos têm relatado que os
ribeirinhos e outros habitantes das várzeas estuarinas desenvolveram sistemas
diversificados de uso da terra e de outros recursos. Esse sistema é complexo, porém
flexível, estratificado em sistemas aquático, de várzea e em ecossistemas de terra firme,
o que facilita a mobilidade de um sistema de uso de recursos para outro, se adaptando à
expansão e retração do mercado e ambientes dinâmicos (PINEDO-VASQUEZ et al,
2002).

Embora haja semelhanças entre culturas produzidas e os recursos extraídos das


florestas e rios entre as comunidades ribeirinhas em todo o estuário amazônico,
descobertas recentes identificaram variações importantes nas adaptações de sistemas de
uso da terra para otimizar a prestação de serviços de ecossistemas e bens, bem como a
produção de alimentos agroflorestais em campos e florestas manejadas (BRONDIZIO
et al., 2011; PINEDO-VASQUEZ e SEARS, 2011). Os resultados iniciais sugerem que,
3
localmente, ribeirinhos estão adaptando os sistemas para fornecer alimentos e renda
para as famílias ao longo do ano (por exemplo, em uma comunidade a juçara é vendida
entre outubro e dezembro, o camarão é vendido de abril a junho) e ao mesmo tempo, se
adaptam às variações climáticas em todo o estuário para manter a produção comercial
de centros urbanos. Nesse sentido, há diferenças no nível regional, e de adaptações
climáticas dos sistemas sócio-ecológicos dos ribeirinhos.
Outra hipótese de estratégia de adaptação à mudança ambiental é da mobilidade
das famílias. Alguns especialistas sugerem que, embora a população no censo esteja
dividida em categorias rurais e urbanas, é cada vez mais difícil distinguir o rural da
população urbana. Em algumas comunidades ribeirinhas a maioria da população
mantém uma residência, ou uma família economicamente ligada na cidade (muitas
vezes em periferias urbanas) e uma na comunidade rural, fazendo com que eles sejam
famílias multi-instaladas ou dispersas (PADOCH et al, 2008; BRONDIZIO, 2009).
Produtos de subsistência e outros recursos podem fluir em qualquer direção para
compensar as perdas de um distúrbio extremo em qualquer local (urbano/rural). Como o
acesso aos recursos urbanos e rurais está ajudando a atenuar as perdas de produtos
devido às mudanças ambientais como alteração no regime de marés? A resposta dessa e
de outras questões conexas serão explorados neste estudo.
Estudos de caso realizados em comunidades na região do estuário amazônico,
onde ribeirinhos estão manejando florestas e sistemas agroflorestais identificou aumento
nos estoques de peixe e camarão. Recursos pesqueiros, tais como peixes e camarões
estão se tornando alguns dos produtos mais importantes produzidos, geridos e
conservados pelos ribeirinhos nas escalas da comunidade local e regional. Nas
comunidades onde a colheita mais sustentável é observada, os moradores estão
envolvidos na ação coletiva e uma liderança eficaz de gestão é, principalmente, a
mulher. Entre as atividades mais eficazes coletivas estão a criação de Acordos de Pesca
que são formas de regular o acesso a zonas de pesca, regulamentando tamanho de
captura, espécies de peixes a ser pescados, montante a ser vendido, etc. Com as
mudanças na liderança dos homens e mulheres, qual é o papel das convenções coletivas
no processo de adaptação sociocultural às mudanças ambientais como aumento no nível
do mar? Serão coletados dados relevantes para responder a esta e a outras questões
relacionadas que fazem parte deste projeto.
Nesse sentido, este projeto de pesquisa é particularmente importante para os
ribeirinhos marginalizados, especificamente pescadores, e vulneráveis que vivem nas
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áreas estuarinas e regiões periurbanas que estão continuamente modificando seus
sistemas sócio-ecológicos em face de modificações de regimes de marés, por exemplo.
Eles serão apoiados nesse esforço enquanto serão identificados através desta pesquisa os
processos socioambientais que facilitam ou dificultam as transições do uso da terra para
posições mais resistentes às mudanças ambientais, como mudanças na dinâmica das
marés.

4. OBJETIVOS
Geral: Entender a resiliência dos sistemas sociais, econômicos e culturais que podem
ser incorporados nos planos de adaptação a ser disseminadas entre as comunidades
pesqueiras do município de Raposa.

Específicos:
1) Avaliar a resiliência socioeconômica dos meios de subsistência pesqueira para se
adaptarem aos desafios e oportunidades produzidas pelas mudanças ambientais.
2) Avaliar os custos gerados às comunidades pesqueiras devido à necessidade de
adaptação frente às mudanças na dinâmica de marés, bem como os impactos na
subsistência e economia das mesmas.
3) Identificar as mudanças socioculturais nas comunidades pesqueiras devido aos
impactos causados pelas mudanças ambientais.
4) Identificar os recursos pesqueiros produzidos ao longo do ano e a variação de
preços dos mesmos, correlacionando-os com as adaptações dos pescadores para
produção.

5. METODOLOGIA
Devido à complexidade que os impactos decorrentes das mudanças ambientais
têm sobre a dinâmica das marés em todo o estuário amazônico, e da complexidade das
respostas a elas, serão conduzidos estudos de condições sociais, econômicas e culturais
com base na aplicação de questionários semi-estruturados (ALEXÍADES, 1996) para
realização de entrevistas.
Propõe-se uma estrutura que inclui, paralelamente, os próprios pescadores em
matéria de coleta de dados e comunicação de dados para caracterizar comportamentos e
práticas de respostas frente às mudanças ambientais.

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Os métodos participativos serão utilizados para investigar os impactos das
mudanças ambientais percebidas e as estratégias de adaptação a elas. Para isto serão
realizadas: (i) entrevistas com moradores de comunidades pesqueiras que serão
amostradas no município de Raposa e (ii) dinâmica de grupo e sessões com os
moradores das comunidades selecionadas para validar as informações coletadas a partir
de entrevistas individuais.
Estes métodos participativos utilizarão pessoas chaves do local e desta forma, as
comunidades não só participarão na investigação de estratégias de adaptação local e
identificação de planos de adaptação para o município, mas também terão sua
capacidade de discussão incluída no processo.
No levantamento socioeconômico para registro das adaptações serão coletados,
armazenados e analisados dados sobre o comportamento dos pescadores e práticas para
se adaptarem às mudanças ambientais.
Uma análise econômica irá utilizar os dados diários que serão coletados por
pescadores selecionados a partir de famílias multi-localizadas com uso de formulários
específicos (PADOCH et al., 2008). Membros selecionados a partir destas famílias que
mantêm residência tanto urbana como rural deverão coletar dados sobre o tipo e volume
de recursos que são transferidos da área rural para urbano e das áreas urbanas para rural
no nível familiar.
Este conjunto de dados permitirá uma análise detalhada de quanto de renda é
derivada da exploração / produção em cada dia do ano, como essas estratégias de
produção diária correlacionam-se com as mudanças e estratégias de adaptação dos
pescadores frente às alterações ambientais ocorridas no município de Raposa.
De maneira geral, a metodologia se baseia na realização de entrevistas por meio
de questionários semi-estruturados e conversas informais com comunidades de
pescadores para avaliar mudanças sociais, econômicas, culturais, bem como ambientais,
no sentido de compreender as adaptações dos pescadores frente a tais impactos
decorrentes das mudanças ambientais.
Todos os dados coletados serão analisados com auxílio do programa estatístico
Past 3.14. Para análise dos dados serão utilizados os Testes F e t (duas amostras), Testes
pareados (Wilcoxon), Testes de Normalidade, Coeficiente de Variação, Teste de Mann-
Whitney, Análises de Riscos/probabilidades e análises multivariadas, como Análise de
Componentes Principais e Análise de Correspondência.

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5.1 Área de estudo
O estudo será realizado no município de Raposa que está situado a pouco mais
de 30 km de São Luís, capital do Estado do Maranhão. Possui uma população de 24.201
habitantes, que se distribuem em uma superfície de cerca de 64 Km². Encontra-se no
quadrante nordeste da ilha do Maranhão entre as coordenadas de 02° 25’ 22’’S e 44° 05’
21’W. (Figura 1).
Figura 1. Localização do município de Raposa.

Fonte:https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/mapas/GEBIS%20-%20RJ/map11139.pdf

6. ASPECTOS ÉTICOS
Considerando que no estudo serão realizadas entrevistas semi-estruturadas, serão
respeitados os princípios éticos constantes nas Resoluções do Conselho Nacional de
Saúde (CNS) Nº 466, de 12 de dezembro de 2012 e a Resoluções do Conselho Nacional
de Saúde (CNS) Nº 510 de 7 de abril de 2016.

7. IMPACTOS PREVISTOS PELO PROJETO


Em termos de desenvolvimento social a pesquisa deve contribuir para melhorar
o padrão de vida das comunidades de pescadores, pois as mesmas terão suas demandas

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tomadas em conta no sentido de inseri-las nos objetivos de futuras pesquisas como
forma de apoiar tais populações.
Os pescadores locais serão os principais beneficiários dos resultados deste
estudo, pois as formas de uso dos recursos pesqueiros serão analisadas e sintetizadas,
para identificar indicadores de ecossistemas saudáveis que podem aguentar os impactos
de mudanças ambientais e alternativas para tornar a produção mais resiliente ou para se
recuperar rapidamente dos eventos climáticos e das mudanças ambientais.
O desenvolvimento tecnológico virá da aliança do conhecimento tradicional das
comunidades de pescadores envolvidas na pesquisa com o conhecimento científico
oriundo da Universidade. As informações coletadas serão transferidas para
pesquisadores e estudantes das Universidadesdo Estado do Maranhão que investigam
temáticas relacionadas à desta pesquisa. Resultados deste estudo serão transferidos para
a academia para ajudar a construir capacidade em estabelecer relações similares entre
mudanças ambientais e eventos que alterem a dinâmica das marés locais.
Agências do Estado serão utilizadas para disseminar o conhecimento aprendido
na pesquisa para os ribeirinhos, em especial os pescadores, de todos os estuários da
costa maranhense.
Os resultados também servirão para identificar estratégias de alternativas
socioeconômicas e gestão do uso dos recursos pesqueiros mais resistentes a mudanças
ambientais (por exemplo, planos de adaptação) e para explorar alternativas necessárias
para o desenvolvimento de planos e programas em nível municipal.
Os resultados produzidos neste estudo serão disponibilizados aos interessados
locais e para pesquisadores para facilitar a exploração contínua dos impactos e
adaptações das comunidades pesqueiras frente às mudanças ambientais, como por
exemplo, mudanças no regime das marés.
Todas as atividades a serem desenvolvidas neste projeto de pesquisa, seus
resultados e discussões conduzirão ao final do mesmo à publicação de artigos em
periódicos nacionais.

Em termos gerais espera-se:


1. Geração de conhecimento sobre as estratégias de adaptação dos pescadores
frente às mudanças ambientais.
2. Entendimento da dinâmica econômica das comunidades estudadas.

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3. Criação de uma consciência e entendimento local da importância da conservação
ambiental.
4. Produção de Monografia de alunos da graduação em Oceanografia.
5. Publicação de artigos, livros e/ou capítulos de livros sobre as adaptações sociais,
culturais e econômicas das comunidades pesqueiras do município de Raposa.
6. Qualificação de recursos humanos: pescadores e alunos da graduação em
Oceanografia.
7. Incentivo e incorporação das comunidades no processo de discussão sobre as
mudanças climáticas globais.
8. Melhoria da autoestima dos pescadores pela atenção que é dada a sua atividade.
9. Desenvolvimento de novas propostas que indiquem alternativas de adaptação às
mudanças ambientais.
10. Geração de conhecimento para qualificação de recursos humanos: no nível local,
pela interação da academia com as comunidades em suas trocas de saberes
(científico e tradicional) e no nível acadêmico pelo conhecimento gerado ao
longo da pesquisa.

8. ORÇAMENTO
Esta pesquisa contará, inicialmente, com recursos financeiros próprios da proponente e
coordenadora para a pesquisa de campo, bem como para aquisição de materiais que se
farão necessários para as entrevistas como papel, canetas, lápis, pranchetas, borrachas,
celular para gravação de áudios e registro fotográfico, água, combustível, alimentação e
demais materiais que se façam necessários para ida ao campo no intuito de aplicação de
entrevistas.

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PROJETO DE PESQUISA: ADAPTAÇÕES SOCIAIS, CULTURAIS E ECONÔMICAS DOS PESCADORES NO MUNICÍPIO DE RAPOSA, ILHA DO
MARANHÃO, FRENTE À DINÂMICA DE MARÉS.
Profa. Dra. Naíla Arraes de Araujo.
ORÇAMENTO DETALHADO

Especificação do material de consumo Quantidade/unidade Valor Unitário Valor R$

Combustível (álcool) 240 litros R$4,39 R$1.053,60


Folha sulfite A4 3 resmas R$12,00 R$36,00
Prancheta MDF A4 com prendedor 4 unid. R$4,60 R$18,40
Canetas tipo Bic 10 unid. R$2,00 R$20,00
Lápis 10 unid. R$1,00 R$10,00
Custeio com alimentação 48 unid. R$15,00 R$720,00
Protetor solar 6 unid. R$20,00 R$120,00
Garrafão térmico para água 1 unid. R$85,00 R$85,00
Borracha 10 unid. R$0,90 R$9,00
Total - R$ 2.071,40

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9. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO (para 24 meses)
2020
Atividades 2019

mai jun jul ago set out nov dez jan fev mar abr mai jun jul ago set ou nov dez
t
Revisão de literatura X X X X X
Métodos participativos X X X X X X X
(entrevistas, dinâmicas de
grupos, reuniões).
Levantamentos socioeconômicos X X X X X X X X X X
de adaptações (questionários).
Avaliação de impactos X X X X X X X X X X X X
ecológicos e adaptações
(questionários).
Relatório parcial X X X
Análise dos resultados X X X X X X X X X X
Relatório Final

Atividades 2021

jan fev mar abr


Revisão de literatura
Métodos participativos
(entrevistas, dinâmicas de
grupos, reuniões).
Levantamentos socioeconômicos
de adaptações (questionários).
Avaliação de impactos
ecológicos e adaptações
(questionários).
Relatório parcial
Análise dos resultados X X X X
Relatório Final X

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REFERÊNCIAS
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12
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ANEXO I– QUESTIONÁRIO
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Projeto de Pesquisa em Raposa – Profa. Dra. Naíla Arraes

Questionário nº____ Comunidade:_______________


Data:___/___/___ Município de Raposa
Hora início entrevista:______________

(Comunidades pesqueiras)

Dados pessoais
Nome: Sexo: ( )M ( )F
Naturalidade: Idade:
Estado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) divorciado ( ) separado ( )
viúvo
( ) união estável
Escolaridade: ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino
fundamental completo ( ) ensino médio incompleto ( ) ensino
médio completo ( ) alfabetização ( ) analfabeto ( ) nível superior
incompleto ( ) nível superior completo
Tem filhos? ( )sim ( ) não Se sim, quantos?
Atividade principal: ( )agricultura ( )pesca ( )extrativismo ( )
pecuária ( ) outro Qual?

Atividades produtivas
Agricultura
Você plantou no ano passado (2018)? ( ) sim ( ) não
O que você plantou? Quando (marcar com um X)?
( )arroz JFMAMJJASOND
( )feijão JFMAMJJASOND
( ) mandioca JFMAMJJASOND
( )milho JFMAMJJASOND
Você plantou em 2017? ( )sim ( ) não
Notou alguma mudança na plantação entre 2017 e 2018? ( ) sim ( )
não
Se sim, o quê?

Pesca
Quando o ano é muito quente você tem maior ou menor produção de
peixe?
Maior( ) Menor ( ) Igual ( ) Isso não ocorre ( )
Quanto o ano é mais frio durante a safra você tem maior ou menor
produção de peixe? Maior( ) Menor ( ) Igual ( )
Isso não ocorre ( )
Quando o ano tem muita chuva você tem maior ou menor produção
de peixe?
Maior( ) Menor ( ) Igual ( ) Isso não ocorre ( )
Quando o ano tem pouca chuva você tem maior ou menor produção
de peixe?
Maior( ) Menor ( ) Igual ( ) Isso não ocorre ( )
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Qdo o ano tem as marés grandes você tem maior ou menor produção
de peixe?
Maior( ) Menor ( ) Igual ( ) Isso não ocorre ( )
Qdo o ano tem as marés pequenas você tem maior ou menor
produção de peixe?
Maior( ) Menor ( ) Igual ( ) Isso não ocorre ( )
Pecuária
Quais animais você cria?

Quais os principais problemas encontrados na criação dos animais?

Acha que esses problemas estão relacionados às mudanças


ambientais (calor, chuva)? ( ) sim ( ) não
Se não, estão relacionados a quê?

Aspectos ambientais
Notou alguma mudança na estação chuvosa?
( ) sim ( ) não ( )não notou ( ) não sabe ou não quis responder
Quais?
( ) chuvas mais fortes ( )chuvas mais fracas ( )imprevisibilidade
(descontrole) ( )mais concentradas na região ( ) mais distribuídas na
região ( )verões mais longos ( ) verões mais curtos ( ) não sabe ou
não quis responder
Observações:
Frequência de anos secos: ( )nenhuma ( )aumento ( )redução ( )
não sabe ou não quis responder
Anos de seca que marcaram a região:
Anos de chuva que marcaram a região:
Notou alguma mudança de temperatura? ( )sim ( ) não ( ) não sabe
ou não quis responder
Quais? ( ) mais amena ( ) mais quente ( ) mis dias quentes ( )
menos dias quentes ( ) mais noites frias ( ) menos noites frias
Você já teve prejuízos por causa do clima? ( ) sim ( ) não ( ) não
sabe ou não quis responder
De que tipo? ( ) perda de animais ( ) perda da lavoura ( )
diminuição de produtividade ( ) perda de benfeitorias ( ) outro Qual?
Estimativa do prejuízo em R$
Tipo de evento que provocou o prejuízo: ( )seca ( )calor
( )trovoadas/tempestades ( )vento ( ) inundação do rio ( )
pragas/doenças
Ano (s) de prejuízo:
Doenças ou pragas:
Já fez modificações em sua produção por causa do clima? ( )sim ( )
não ( ) não sabe ou não quis responder
Se sim, quais? Se não, porque?

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( )mudou a época do plantio ( ) não é necessário
( )abandonou alguma cultura ( )não deseja
( )forragem e/ou silagem ( )falta de informação
( )diversificou a produção ( )falta de recurso
( )melhoramento genético
Outras observações Outras observações

Notou mudança na época de florir ou de dar fruto de alguma planta?


( )sim ( )não ( ) não sabe ou não quis responder
Espécies/detalhes

Notou mudança nos produtos coletados (alimentação, medicinais,


etc)?
Qualidade: ( )não ( )diminuiu ( )aumentou ( ) não sabe ou não quis
responder
Quantidade: ( )não ( )diminuiu ( )aumentou ( ) não sabe ou não
quis responder
Espécies/detalhes

Notou mudança nos animais selvagens?


Quantidade: ( )não ( )diminuiu ( )aumentou ( ) não sabe ou não
quis responder
Tamanho: ( )não ( )diminuiu ( )aumentou ( ) não sabe ou não quis
responder
Espécies/detalhes

Notou mudança nos peixes?


Quantidade: ( )não ( )diminuiu ( )aumentou ( ) não sabe ou não
quis responder
Tamanho: ( )não ( )diminuiu ( )aumentou ( ) não sabe ou não quis
responder
Espécies/detalhes

Acha que as marés têm aumentado nos últimos anos? ( )sim ( )não
Acha que as marés têm diminuído nos últimos anos? ( )sim ( )não
Notou mudança na intensidade das vazantes? ( ) nenhuma ( )
vazantes maiores
( ) vazantes menores ( )não sabe ou não quis responder
Ano (s) vazante (s) marcante (s)
Notou mudanças na intensidade das cheias? ( ) nenhuma ( )sim,
cheias maiores
( )sim, cheias menores ( )não sabe ou não quis responder
Ano (s) de enchente (s) marcante (s)
16
Você acha que o clima (ou tempo) se mantém o mesmo desde
quando você está na região? ( )sim ( )não ( )não sabe ou não quis
responder
Melhorou ou piorou? ( ) melhorou ( )piorou ( )não sabe ou não quis
responder
Se essas mudanças continuarem, que áreas serão mais afetadas? ( )
saúde
( ) alimentação ( )escassez de água ( ) produção agrícola ( )
criação de animais
( ) outros _______________( )não sabe ou não quis responder
Já ouviu falar em mudanças climáticas? ( )sim ( ) não ( )não sabe
ou não quis responder
Já ouviu falar em aquecimento global? ( )sim ( ) não ( )não sabe ou
não quis responder
Se sim, onde? ( )televisão ( )rádio ( )internet ( )revista/jornal
( )amigos/familiares ( )agentes do estado ( )igreja ( )ONGs ( )
associações

Outras questões sobre mudanças ambientais (geral)


Você acha que os fenômenos das mudanças ambientais são o maior
problema da humanidade? ( )sim ( ) não
Acha que as mudanças ambientais podem ter impactos negativos
sobre o turismo, a agricultura, a pesca e o comércio? ( ) sim ( ) não
As mudanças ambientais podem contribuir para o aumento de fogos
florestais?
( ) sim ( ) não
Considera haver uma grande relação entre a subida das
temperaturas e o aumento de mortes associadas ao calor? ( ) sim
( ) não
Quais serão os piores efeitos que as mudanças ambientais poderão
ter sobre a biodiversidade (explicar)?

Acha que o clima/temperatura da região mudou? ( )sim ( )não


Está pior ou melhor? ( )pior ( )melhor
Pior porque/para quê?

Melhor porque/para quê?

Já ouviu falar em aquecimento global? ( )sim ( )não


Se sim, acha que a culpa é das atividades humanas? ( )sim ( )não
O nível médio das águas do mar tem subido. Acha que é
consequência das atividades humanas? ( )sim ( )não
Em muitas cidades litorâneas a linha de costeira sofre erosão. Acha
que é consequência das atividades humanas? ( )sim ( )não
Acha que a existência de períodos de chuvas torrenciais é uma
consequência da atividade humana? ( )sim ( )não
17
Acha que os períodos de intensas ondas de calor, potenciadores de
fogos florestais, são uma consequência da atividade humana? ( )sim
( )não
Acha que a ocorrência de grandes períodos de seca é uma
consequência da atividade humana? ( )sim ( )não
Acha que a saúde das pessoas é afetada pelas mudanças no clima? (
)sim ( )não

Hora fim da entrevista:_______________________

18
ANEXO II– ROTEIRO EXPLORATÓRIO

ROTEIRO PARA ENTREVISTA EXPLORATÓRIA – PROJETO EM


GUIMARÃES

Dados pessoais
Nome: Sexo: ( )M ( )F
Naturalidade: Idade:
Estado civil: ( ) solteiro ( ) casado ( ) divorciado ( ) separado ( ) viúvo
( ) união estável
Escolaridade: ( ) ensino fundamental incompleto ( ) ensino fundamental
completo ( ) ensino médio incompleto ( ) ensino médio completo ( )
alfabetização ( ) analfabeto ( ) nível superior incompleto ( ) nível superior
completo
Tem filhos? ( )sim ( ) não Se sim, quantos?
Atividade principal: ( )agricultura ( )pesca ( )extrativismo ( )pecuária ( )
outro Qual?

PERGUNTAS COMUNS A TODOS OS ENTREVISTADOS

1. Você notou alguma mudança no clima da região nos últimos 4 anos? Por
exemplo, na temperatura (acha que está mais que quente/ou mais frio),
no regime das chuvas (anos com mais chuvas/menos chuvas ou chuvas
mais fortes/mais fracas)?
2. A área onde você mora já foi invadida por enchentes? Em qual (is)
ano(s)?
3. E quais foram os prejuízos trazidos com essa(s) enchente(s)? (“Anotar”
todos os prejuízos citados).
4. Você tem feito alguma coisa para evitar os prejuízos decorrentes das
enchentes?
5. Fora enchente, alguma outra alteração ambiental tem trazidos prejuízos
a comunidade e/ou para a natureza? Que alteração? E qual (is)
prejuízo(s)?
6. Você já teve algum prejuízo financeiro por causa de mudanças no clima?
7. Que tipo de prejuízo? (ex. perda de animais, diminuição de
produtividade...)
8. Tem ideia de quantos reais foram perdidos?
9. O que você tem feito para evitar esses prejuízos? (por ex. mudou época
de plantio, diversificou a produção, manejo, ajustes no calendário de
plantação e colheita...)
10. Houve algum ano(s) de seca (s) que marcou a região? Qual (is)? E
quais os impactos decorrentes dessa(s) seca(s)?
19
11. Lembra se nos últimos 4 anos ocorreu algum incêndio florestal,
aparentemente, de causa natural? Que ano?
12. Você teve prejuízos por causa do fogo? Fez algo para recuperar o
prejuízo ou tentar evitar um novo incêndio?
13. Nos últimos 4 anos houve mudança na qualidade da água? Se sim,
como a água está e como era antes? Qual (is) o(s) impacto(s)
decorrentes dessa mudança na qualidade da água?
14. Tem feito alguma coisa pra tentar diminuir esses impactos ou para se
adaptar a essas mudanças?

15. Alguma interferência antrópica direta na região? Qual (is) a(s)


consequência(s)?
16. Tem feito algo para se adaptar? (relacionado à questão anterior)
17. Notou mudança na época de florir ou de dar fruto de alguma planta?
Qual? O que aconteceu?

PERGUNTAS PARA SEREM FEITAS POR GRUPOS/ATIVIDADES

PEIXE

18. Você notou alguma mudança na pescaria nos últimos 4 anos? (ex. antes
pescava maior quantidade e hoje menos ou o contrário; tamanho dos
peixes).
19. Acha que essas mudanças estão relacionadas a quê?
20. Essas mudanças se diferenciam quando é período de inverno e quando
é verão? Como é no período de chuvas? Como é no período com pouca
chuva?
21. Tem feito alguma coisa para se adaptar a essa(s) mudança(s)? (ex.
criação de peixes, não pescar em defeso...)
22. Quais são as espécies de peixes mais pescadas hoje? São as mesmas
de há 4 anos atrás? Quais diminuíram e/ou sumiram? Quais
apareceram?
23. Qual a espécie mais vendida?
24. Com relação à produtividade, antes quanto custava o quilo do peixe
(dessa espécie mais vendida)? E hoje?
25. Se hoje custa menos, tem usado ou começou a usar outra fonte para
complementar a renda da pesca? (usar essa pergunta somente se o
preço do quilo for menor)
26. Se hoje custa mais, você pesca mais para aumentar o valor recebido
com a venda? Ou pesca menos, já que o preço melhorou? Ou
indiferente?
27. Lembra-se de algum ano em que a produção de peixe foi muito grande?
Qual? Você acha que foi devido a que?
28. Você lembra como foi o ano de 2017 no que diz respeito ao clima (se foi
um ano de muita chuva ou um ano de seca; água mais quente ou mais
fria; mais calor ou menos calor)?
20
29. Nesse ano a pesca foi diferente dos anos anteriores? O que mudou dos
anos anteriores (ou de 2018) para o ano de 2019?
30. As mudanças foram boas ou ruins? Ou houve pontos positivos e
também pontos negativos?
31. Com relação aos pontos negativos, você tomou alguma providência para
melhorar a pesca?
32. E o ano de 2018, você lembra como foi no que diz respeito ao clima (se
foi um ano de muita chuva ou um ano de seca; água mais quente ou
mais fria; mais calor ou menos calor)?
33. Nesse ano a pesca foi diferente dos anos anteriores? O que mudou dos
anos anteriores (ou de 2018) para o ano de 2019?
34. As mudanças foram boas ou ruins? Ou houve pontos positivos e
também pontos negativos?
35. Com relação aos pontos negativos, você tomou alguma providência para
melhorar a pesca?

CAMARÃO

36. Você notou alguma mudança na captura do camarão nos últimos 4


anos? (ex. antes pegava maior quantidade e hoje menos ou o contrário;
tamanho dos camarões).
37. Acha que essas mudanças estão relacionadas a quê?
38. Essas mudanças se diferenciam quando é período de inverno e quando
é verão? Como é no período de chuvas? Como é no período com pouca
chuva?
39. Tem feito alguma coisa para se adaptar a essa(s) mudança(s)?
40. Quando a produção de camarão é maior? Maré grande ou maré
pequena? Muita chuva ou pouca chuva?
41. Com relação à produtividade, antes quanto custava o quilo do camarão?
E hoje?
42. Quando foi que mudou o preço do quilo? (ano)
43. Se hoje custa menos, tem usado ou começou a usar outra fonte para
complementar a renda que ganha com a venda do camarão? (usar essa
pergunta somente se o preço do quilo for menor)
44. Se hoje custa mais, você pesca mais para aumentar o valor recebido
com a venda? Ou pesca menos, já que o preço melhorou? Ou
indiferente?
45. Lembra-se de algum ano em que a produção do camarão foi muito
grande? Qual? Você acha que foi devido a que?
46. Você lembra como foi o ano de 2017 no que diz respeito ao clima (se foi
um ano de muita chuva ou um ano de seca; água mais quente ou mais
fria; mais calor ou menos calor)?
47. Nesse ano a captura de camarão foi diferente dos anos anteriores? O
que mudou dos anos anteriores (ou de 2018) para o ano de 2019?
48. As mudanças foram boas ou ruins? Ou houve pontos positivos e
também pontos negativos?
21
49. Com relação aos pontos negativos, você tomou alguma providência para
melhorar a produção de camarão?
50. E o ano de 2017, você lembra como foi no que diz respeito ao clima (se
foi um ano de muita chuva ou um ano de seca; água mais quente ou
mais fria; mais calor ou menos calor)?
51. Nesse ano a captura de camarão foi diferente dos anos anteriores? O
que mudou dos anos anteriores (ou de 2018) para o ano de 2019?
52. As mudanças foram boas ou ruins? Ou houve pontos positivos e
também pontos negativos?
53. Com relação aos pontos negativos, você tomou alguma providência para
melhorar a produção de camarão?

AÇAÍ

54. Quantos pés de açaí você tem em sua propriedade?


55. Nos últimos 4 anos você notou alguma mudança na produção do açaí?
Que tipos de mudanças? (ex. diminuiu ou aumentou a produção; frutos
têm amadurecido mais rápido/menos rápido; sabor alterou).
56. Acha que essas mudanças estão relacionadas a quê?
57. Quantas rasas você colheu na safra passada? E por quanto vendeu a
rasa?
58. Lembra-se de algum ano em que a produção de açaí foi muito grande?
Que ano? E quanto custava a rasa nesse ano?
59. Lembra-se se foi um ano de muita ou pouca chuva?
60. Fora a produção do açaí, tem notado alguma alteração na palmeira?
(ex. crescimento lento/rápido; diminuição do tamanho, sabor, cor do
fruto; flores).
61. As mudanças observadas têm implicado em mudanças na dinâmica da
atividade? O que mudou?
62. Você lembra como foi o ano de 2017 no que diz respeito ao clima (se foi
um ano de muita chuva ou um ano de seca; água mais quente ou mais
fria; mais calor ou menos calor)?
63. Nesse ano a produção do açaí foi diferente dos anos anteriores? O que
mudou nas safras dos anos anteriores (ou safra de 2017) para o ano de
2018?
64. As mudanças foram boas ou ruins? Ou houve pontos positivos e
também pontos negativos?
65. Com relação aos pontos negativos, você tomou alguma providência para
melhorar a produção/venda de açaí?
66. E o ano de 2017, você lembra como foi no que diz respeito ao clima (se
foi um ano de muita chuva ou um ano de seca; água mais quente ou
mais fria; mais calor ou menos calor)?
67. Nesse ano a produção de açaí foi diferente dos anos anteriores? O que
mudou nas safras dos anos anteriores (ou safra de 2018) para o ano de
2019?

22
68. As mudanças foram boas ou ruins? Ou houve pontos positivos e
também pontos negativos?
69. Com relação aos pontos negativos, você tomou alguma providência para
melhorar a produção/venda na safra do açaí?

BURITI

70. Nos últimos 4 anos você notou alguma mudança nos buritizais? Que
tipos de mudança?
71. Acha que essas mudanças estão relacionadas a quê?
72. Essas mudanças tem implicação na coleta dos frutos, no extrativismo
das folhas?
73. Qual (is) o (s) impacto (s) dessas mudanças na sua vida ou da
comunidade (ex. na economia e cultura)?
74. Tem feito algo para melhorar as atividades relacionadas ao buriti depois
que começaram a ocorrer mudanças?

PLANTIOS DIVERSOS

75. Você tem árvores frutíferas plantadas em sua propriedade? Quais?


76. Notou alguma mudança na produção dos seus frutos nos últimos anos?
O que mudou?
77. Acha que essas mudanças estão relacionadas a quê?
78. Tem feito alguma coisa para se adaptar a essas mudanças? Ou para
melhorar a produção dos frutos, crescimento da planta, etc?

ANEXO

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO

Prezado (a) Senhor (a),

O (a) Sr (a). está sendo convidado a participar da pesquisa: “Adaptações sociais,


culturais e econômicas de ribeirinhos no estuário do rio Pericumã - município de
Guimarães - frente a eventos extremos de marés” que tem por objetivo entender a
resiliência dos sistemas sociais, econômicos e culturais que podem ser incorporados nos
23
planos de adaptação a ser disseminadas entre as comunidades ribeirinhas do estuário do
rio Pericumã e associações no nível de governo municipais e estaduais de toda a região
estuarina.

Essa pesquisa será realizada com moradores, especificificamente ribeirinhos


(pescadores), no estuário do rio Pericumã, no muninicípio de Guimarães, Maranhão.

Senhor (a), sua participação no estudo é proposta a partir de uma uma estrutura que
inclui aplicação de questionários semi-estruturados, os quais o senhor (a) ficará à
vontade para prestrar informações ou não.

A pesquisa utilizará também métodos participativos (ou em grupos) que serão utilizados
para investigar os impactos das mudanças climáticas percebidas e as estratégias de
adaptação a elas. Para isto serão realizadas: (i) entrevistas com moradores das
comunidades amostradas no município de Guimarães e (ii) dinâmica de grupo e sessões
com os moradores das comunidades selecionadas para validar as informações coletadas
a partir de entrevistas individuais. De maneira geral, a metodologia se baseia na
realização de entrevistas por meio de questionários semi-estruturados e conversas
informais com comunidades ribeirinhas no município de Guimarães para avaliar
mudanças sociais, econômicas, culturais, bem como ambientais, causadas por eventos
extremos de maré, no sentido de compreender as adaptações dos ribeirinhos frente a tais
impactos decorrentes das mudanças climáticas. A entrevista/coleta de dados/grupo terá
uma duração de mais ou menos 30 minutos.

Durante a pesquisa, caso haja interesse do senhor(a), poderás ser acompanhado no que
tange à sua atividade, terão assistência por parte dos membros pesquisadores
participantes deste pesquisa, inclusive considerando benefícios e acompanhamentos
posteriores ao encerramento e/ou interrupção da pesquisa.

Garantimos ao senhor(a) a plena liberdade de recusar-se a participar ou retirar seu


consentimento, em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma.

Os riscos com essa pesquisa, que faz uso apenas de entrevistas são mínimos,
considerando que o senhor(a) pode sentir-se desconfortável ou tímido em algum
momento dos questionamentos, o que podemos reparar com pausa ou mesmo término
da entrevista, com posterior retorno ou não; o que estará a seu critério.

24
O Senhor(a) tem a liberdade de não participar da pesquisa ou retirar seu
consentimento a qualquer momento, mesmo após o início da entrevista/coleta de
dados, sem qualquer prejuízo. Está assegurada a garantia do sigilo das suas
informações. O Senhor(a) não terá nenhuma despesa e não há compensação financeira
relacionada à sua participação na pesquisa.

Caso tenha alguma dúvida sobre a pesquisa o Senhor(a) poderá entrar em


contato com o coordenador responsável pelo estudo: Profa. Dra. Naíla Arraes de
Araujo, que pode ser localizado no Departamento de Oceanografia e Limnologia
(DEOLI) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), na Avenida dos
Portugueses, 1966 – Vila Bacanga, São Luís – MA, 65080-805. Telefone (98)
327208565, das 8h às 18h. Também pode ser feito contato pelo e-mail
arraes.naila@ufma.br.

Sua participação é mito importante e voluntária e vai gerar informações que serão
úteis para os principais impactos previtos por este projeto.

Este termo será assinado em duas vias, pelo senhor e pelo responsável pela pesquisa,
ficando uma via em seu poder.

Acredito ter sido suficientemente informado a respeito do que li ou foi lido para mim,
sobre a pesquisa: “Adaptações sociais, culturais e econômicas de ribeirinhos no
estuário do rio Pericumã - município de Guimarães - frente a eventos extremos de
marés”. Discuti com o pesquisador NAÍLA ARRAES DE ARAUJO ou com seu
substituto, responsável pela pesquisa, sobre minha decisão em participar do estudo.
Ficaram claros para mim os propósitos do estudo, os procedimentos, garantias de
sigilo, de esclarecimentos permanentes e isenção de despesas. Concordo
voluntariamente em participar deste estudo.

Data__/___/______

25
______________________________________
Assinatura do entrevistado
Declaro que obtive de forma apropriada e voluntária o Termo de Consentimento
Livre e Esclarecido deste entrevistado ou representante legal (se for o caso) para a
sua participação neste estudo.

Data__/___/______

______________________________________
Assinatura do coordenador responsável pelo estudo

26
OBSERVAÇÕES EXTRAS REFERENTES AO PROJETO.
27
O presente projeto de pesquisa teve seus três planos de trabalho aprovados no Edital PPPG Nº
13/2019 PIBIC COTA 2019-2020.
PIBIC Voluntário.
É de grande importância ter este projeto aprovado e ter sua numeração no CONSEPE. Todos os
trâmites, incluindo o cumprimento a Resolução Nº466, de 12 de dezembro de 2012, estão em
andamento, como comprovam documentos anexados acima.

Atenciosamente,

Profa. Dra. Naíla Arraes de Araujo.

28

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