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Universidade Federal Fluminense

Instituto Biomédico
Departamento de Microbiologia e Parasitologia
Disciplina: MIP00091 - Virologia V - Turma F2
Coordenador didático: Prof. Dra. Carmen Baur Vieira
Professores participantes: Prof. Dra. Ana Maria Viana Pinto
Prof. Dr. Roberto Salles

AVALIAÇÃO MÓDULO I (3) - Turma F2

Grupo:
Alunos:

Questão: Elaborem um protocolo de diagnóstico laboratorial para o vírus definido para


o grupo de vocês. (2,5 pontos)

Na resposta, devem estar incluídos os seguintes tópicos:


- Quadro clínico
- Espécime clínico escolhido - justifique a escolha
- Coleta, Transporte e Armazenamento - justifique a escolha
- Técnica de diagnóstico escolhida - justifique a escolha

Quadro Clínico(Gabriela Lopes, Giovanna Sobral, Arthur Ponciano):


Paciente homem de 35 anos, solteiro, apresenta-se com queixas de náusea, enjoo e
febre, além de cefaleia e fadiga intensa há 15 dias. Relata que parceira apresentou quadro
semelhante há um mês, mais tarde diagnosticado como hepatite B.
Não possui cartão de vacinação e tem histórico de alcoolismo. Mais recentemente
começou a verificar um amarelado da pele. Nega ter tido doenças anteriores e alergias.

Espécime Escolhido (Carolina Vidal):


A espécime clínica escolhida para detectar a hepatite B do paciente de acordo com o
casoclínico apresentado é o soro, coletado através do sangue,que pode ser analisado por
imunoensaios,uma vez que detectam os antígenos e anticorpos presentes no soro do indivíduo
infectado e podem, também, indicar a fase de infecção. Os imunoensaios utilizados podem
ser testes imunoenzimáticos (ELISA), ensaios luminescentes, ou, o mais usado, TESTE
RÁPIDO que consiste em um imunoensaiocromatogáfico, de cerca de 30 minutos. Além
disso, o soro é o material usado para exames de PCR em tempo real, que permite diagnóstico
e quantificação do vírus. A escolha foi baseada no fato dopaciente apresentar sintomas
semelhantes com a hepatite B e não possuir carteira de vacinação para comprovar a
imunização da doença. Assim, utilizando este espécime pode detectar se ele possui ou não a
patogenia, em qual fase se encontra adoença e se ele já foi imunizado por vacina por meio da
realização da detecção de antígenoe anticorpos da Hepatite B.

Coleta, Transporte e Armazenamento (Beatrice Beatrice, Bruna Caetano, Claudio


Viana, Felipe Costa, Hellen, Isabele Policarpo):
Os métodos utilizados para o diagnóstico de Hepaite B são o PCR em tempo real e
Imunoensaio por quimioluminescencia. As informações acerca da coleta, armazenamento e
transporte são mostrados na tabela abaixo. (Tabela 1).

Tabela 1

Período
Material Acondicionamento
Exame/Método de Transporte
Biológico Temperatura
Coleta
Tubo de coleta à vácuo
8 mL de em EDTA K3 Caixa isotérmica
A
sangue total: com gelo
PCR em tempo real: critério
2 tubos de 4 As amostras não podem reciclável,
quantificação viral do
mL de entrar em contato com temperatura
médico
EDTA K3 gelo, para evitar entre 15 a 25 C
homólise
Caixa isotérmica
A Tudo secundário
com gelo
PCR em tempo real: 4 mL de critério estéril, hermeticamente
reciclável,
quantificação viral plasma do fechado; 2 a 8 C por até
temperatura
médico 24h
entre 15 a 25 C
Tubo de ensaio
12mmx75mm
hermeticamente
Imunoensaio por A fechado
Caixa isotérmica
Quimioluminescencia 2 mL de critério
com gelo
ou similar: HBsAg, soro do Manter em geladeira
reciclável
Anti-HBs médico entre 2 e 8 C por até 48
horas após coleta ou
freezer a -20 C até o
momento do envio
Antes de se iniciar uma coleta é necessário verificar se os recipientes primários estão
identificados. Para o processo de coleta de sangue, o tubo utilizado deve ser plástico, estéril,
hermeticamente fechado e com o anticoagulante recomendado para a realização do exame.
Após a coleta deve-se homogeneizar a amostra. Para coleta de soro, é necessário coletar o
sangue em tubo plástico, estéril e sem anticoagulante. Aguarda-se, então, a coagulação do
sangue e o centrifuga, para separação do soro. Deve-se aliquotar o soro em um tubo estéril e
hermeticamente fechado. Quando houver impossibilidade de realizar a centrifugação, deve-se
deixar retrair o coágulo e aliquotar o soro separadamente. Não se deve centrifugar o sangue
logo após a coleta devido a possibilidade da formação de coágulos. Para coletar plasma,
deve-se coletar o sangue em um tubo com anticoagulante recomendado para o exame,
centrifugar e aliquotar o plasma formado em um tubo estéril. Na impossibilidade de
centrifugar, é necessário deixar o coágulo retrair e aliquotar o plasma separado.
O material biológico deve ser transportado de forma a preservar a sua integridade e
estabilidade e deve ser enviado o mais breve possível para ser analisado. As amostras devem
ser transportadas em caixa isotérmica, rígida, impermeável, revestida internamente de
material liso, lavável e resistente às soluções desinfetantes apropriadas para tal finalidade; e
hermeticamente fechada, à temperatura de 2ºC a 8°C (gelo retornável) ou a -20°C ou
temperatura inferior (gelo seco). As estantes/galerias e os frascos contendo as amostras
devem ser colocados dentro de sacos plásticos individuais antes de serem acondicionadas nas
caixas isotérmicas. Como medida de segurança, na parte externa da caixa isotérmica deverá
ser fixado o símbolo de RISCO BIOLÓGICO, o nome, local, endereço e telefone da unidade
solicitante. Os documentos que acompanham as amostras devem ser encaminhados sempre
fora da caixa isotérmica, em envelopes lacrados, identificados com o nome e contato do
profissional responsável pelo envio (e-mail e telefone); além do endereço da unidade
requisitante e do destinatário. O transporte deverá obedecer às regulamentações nacionais,
estaduais e/ou locais relativas a transporte de material biológico infectante.
Alguns cuidados no armazenamento precisam ser tomados. Cada componente dos
equipamentos deve permanecer estáveis até a data de validade indicada nas embalagens. O
envelope em que vai ser coletado o material precisa se manter lacrado até sua utilização e ser
utilizado até a data de validade prevista. O tempo de coleta, quantidade de material e
qualidade também são fundamentais.
Outra questão importante a ser analisada é que por se tratar de um material sensível é
necessária proteção da umidade e da luz solar, ao colher as amostras elas precisam ser
estocadas em recipientes estéreis e de preferência tubos a vácuo, esses tubos devem ser
rotulados com maior número de dados possível do paciente isso é recomendado para reduzir
os riscos de troca de amostra. Com relação à estocagem dos soros é preciso ser armazenado
em baixas temperaturas, se tratando de imunoensaios o armazenamento necessita de
temperaturas beirando a faixa de - 20°C a -80°.

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