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ATENDIMENTO AOS

ALUNOS COM TGD


NAS CLASSES
ESPECIAIS
Mara Rubia R. Martins
ESTRATÉGIAS DE ATENDIMENTO
Pressupostos básicos:
Todos os alunos tem direito a uma educação de
qualidade.
Respeitar a singularidade e a individualidade de
cada aluno.
PPI- Plano Pedagógico Individual.
Planejamento: curto, médio e longo prazo.
Participação da família.
Otimização do ambiente de trabalho.
PRIMEIRA ESTRATÉGIA:
Análise documental

• Identificação das particularidades.


• Informações biomédica e mesológica.
• Formação de perfil intraindividual.
• Diagnóstico como informação e não com
estigma.
Segunda estratégia:
Entrevista com os pais

• Pontuar as informações para que se possa


conhecer melhor o aluno.
• Verificar:
* as maiores dificuldades;
* habilidades que possui;
* se faz uso de medicamentos;
* se recebe outros atendimentos;
Entrevista com os pais/
Verificar:
* Nível de independência em relação às suas
necessidades básicas (alimentação, vestuário,
cuidados próprios, controle de esfíncteres etc);
* Como se comunica?
* O que altera o seu comportamento?
* Quais as situações poderiam desencadear uma
crise? O que fazer?
* Quanto à alimentação há restrições? É alérgico?
Distingue o que é comestível e o que não é?
Entrevista com os pais/
Verificar:
* Tem noção de perigo?
* O que a família espera da escola?
* Qual a sua maior ansiedade em relação ao
comportamento do filho?
Anotar os aspectos observados.
Neste momento, o professor começa a traçar o
perfil intraindividual do seu aluno e a conhecer
quais as expectativas da família em relação ao
seu trabalho.
Terceira estratégia:

Observação:
• Propiciar momentos de observação com vários
tipos de materiais.
• Os materiais deverão ser apresentados ao aluno
de forma natural.
• O ambiente não deverá conter muitos estímulos.
• A criança não deverá sofrer nenhum tipo de
interferência do professor neste momento.
Observação:
O professor interfere neste momento
somente se o aluno estiver em risco.
Observar todas as reações do aluno.
Anotar o que mais chama sua atenção e o
que não chama.
Observar como o aluno se comunica.
Qual o canal de interação (auditivo ou
visual)?
Quarta estratégia:
Aplicação do Portage
• Deverá ser aplicado no início do atendimento e
ao final de cada ano letivo.
• A Escala Portage hierarquiza e dá sequência às
várias áreas do desenvolvimento.
• Oportuniza o professor conhecer as áreas fortes
(habilidades) e as áreas fracas (dificuldades).
• Situa o aluno dentro do currículo.
• Os pais devem participar com algumas
informações.
Aplicação do Portage:
Oportunizar os momentos mais
adequados para aplicação.
A aplicação deverá ser realizada de
maneira tranquila, evitando situações
de “stress”.
A aplicação da escala já se
caracteriza como uma intervenção.
Quinta estratégia:
Repertório de condutas simples
• Observar se o aluno precisa de pré-requisitos.
• Selecionar cuidadosamente o que é realmente
importante para melhor qualidade de vida.
• Capacitar o aluno para ser independente.
• Ensinar requisitos simples, como: “me dá,
levanta, pega, olha” etc.
• Selecionar os comandos a serem trabalhados.
• Subdividir tarefas mais complexas em blocos
mais simples.
Sexta estratégia:
Programa de atendimento:

• Neste momento o professor terá em mãos o perfil


intraindividual do aluno.
• Planos estruturados, alternativos e flexíveis.
• Definir claramente os comportamentos e habilidades
básicas necessárias para o alcance dos objetivos.
• O material será elaborado com base na Escala
Portage.
• É necessário dar prioridade aos materiais que
chamem mais a atenção do aluno.
Programa de atendimento
Os objetivos deverão ser traçados em curto,
médio e longo prazo.
Se necessário, as atividades podem e devem
sofrer ajustes.
Uma atividade só será mudada ou dificultada
quando for assimilada pelo aluno.
O professor deverá ter planos alternativos em
mãos.
Programa de atendimento
Quanto mais comprometido o
aluno, mais rígida deverá ser a
rotina de trabalho.

O professor precisa estar atento


à sua própria resistência em
relação às atividades.
Sétima estratégia:
Elaboração do material pedagógico

• O material deverá ser elaborado em blocos ou


caixas.
• Deverá levar em consideração todas as estratégias
anteriores.
• O professor deverá elaborar atividades que o aluno
já realiza.
• As atividades deverão ser planejadas com base na
Escala Portage, no entanto, o professor deve fazer
as devidas adaptações.
Elaboração do material
pedagógico
As atividades deverão ser repetidas todos
os dias até que o aluno aprenda
realmente.

O professor deverá estar atento à Zona


de Desenvolvimento Proximal (ZDP)
baseada nos estudos de Vygotsky.
Oitava estratégia:
Avaliação diagnóstica

• Refletir sobre seus objetivos.


• Considerar todos os aspectos que envolvem o
aluno.
• Poderão ser utilizados vários procedimentos:
escritos, gráficos, portfólios ou o próprio Portage.
• Estar atento às dificuldades tanto do aluno
quanto às suas próprias.
Avaliação diagnóstica:
A avaliação diagnóstica deve ser de todo
o processo, inclusive do próprio professor.

De acordo com Fonseca (1992): “o


insucesso ou sucesso da aprendizagem é
o reflexo do insucesso ou sucesso da
intervenção”.
Nona estratégia:
Ensino estruturado
• A rotina deverá estar estruturada e
sistematizada.
• Os objetos de grande interesse do aluno não
deverão ficar expostos.
• A música deverá estar presente, mas somente
em momentos adequados.
• Proporcionar momentos de descanso entre uma
atividade e outra.
Aspectos importantes:

• A agenda deverá ser feita no primeiro


momento da aula.
• Espaço de trabalho bem delimitado e
definido.
• Espaço para relaxamento e tempo livre
definidos.
• Utilização de esquemas reforçadores.
Ensino estruturado:
Divisão das atividades mais complexas em
pequenas etapas, tantas quantas forem
necessárias.
Quando um comportamento precisar ser
adquirido, deve-se reforçar toda resposta
próxima ao comportamento desejado,
seguindo uma sequência preestabelecida até
que se chegue ao comportamento desejado.
Quando um comportamento inadequado for
apresentado em um grupo, o aluno deverá ser
retirado imediatamente.
Ensino estruturado:
As tarefas deverão ser demonstradas no seu
todo.
Reforçar sistematicamente cada passo de
aprendizagem.
As atividades deverão ser iniciadas pelas
áreas fortes (habilidades adquiridas).
Não dar atenção e nem reforçar um
comportamento inadequado (reforço neutro),
ignorar os comportamentos inapropriados e
reforçar os apropriados imediatamente e
sistematicamente.
Ensino estruturado:
O aluno deverá ser informado sobre o que se
espera dele.
Utilizar apoio visual.
Verificar se o aluno apresenta pré-requisitos
para a realização da atividade .
Empregar procedimentos de ajuda, até que a
criança consiga realizar sozinha a atividade
proposta.
Misturar uma atividade dominada com outras
em processo de aquisição.
Ensino estruturado:
A linguagem verbal deverá ser acompanhada
por gestos ou figuras.
A ocupação adequada reduz significativamente
os comportamentos inadequados e as crises.
O melhor método para manejar um
comportamento inadequado é a sua
compreensão.
A linguagem utilizada com o aluno deverá ser
simples, direta, sem interpretação simbólica.
Aspectos importantes:
O professor deverá registrar suas observações
diariamente.

Toda equipe da escola deve estar envolvida no


atendimento aos alunos com TGD.

A família não pode ficar excluída. O professor


deverá informar e orientar os responsáveis.
MUITO

OBRIGADA!

Mara
Rubia
Escola Classe 416 Sul : 39012505

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