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RESUMO
1 INTRODUÇÃO
Dados da Associação Médica Brasileira, estimam que de 3.646 denúncias feitas até
o dia 26mai20, dentre a falta de Álcool Gel 70%, Máscara tipo N95 ou PFF2, Luvas,
Gorro, Óculos ou Face Shield, Capote Impermeável e outros, em 86% dos casos há
a falta de Máscara, uma das peças consideradas mais importantes para evitar o
contágio. De acordo com os gráficos apresentados abaixo é possível dimensionar
que a falta de EPIs não ocorre entre um ou outro equipamento, mas, muitas vezes,
na soma de dois ou todos eles.
Na CRFB/ 88, em seu artigo 196 c/c o artigo 6º, tem-se que o direito à saúde
abrange a todos, sendo seu acesso universal e igualitário às formas ofertadas
para sua promoção, proteção e recuperação. É considerado como dever do
Estado através de políticas sociais e econômica que objetivem a reduzir o risco
de doenças e outros agravos. Corroborando com o que foi explanado, têm-se
nos artigos 24, inciso XII e 194 concomitante com o artigo 198 § 1º, ambos da
legislação supracitada, indicam que o Estado, no tocante aos seus entes
federados, deverá assegurar a proteção e defesa da saúde, oportunizando,
também, através da seguridade social por meio de ações de iniciativa do Poder
Público e da Sociedade a proteção dos direitos relativos à saúde, custeando-os
juntamente com o Estado na forma dos seus entes federativos e outras fontes.
Quanto à iniciativa privada a assistência à saúde é dirimida pelo artigo 199, caput
e §1º da CRFB, sendo estas complementares ao Sistema Único de Saúde,
também assevera, que haverá preferência pelas entidades de filantropia e
aquelas sem fins lucrativos, porém, não veda que sejam constituídas instituições
privadas com fins lucrativos (não podendo estes serem custeados pelo Estado).
A Constituição Cidadã em seu artigo 7º, inciso XXII já vem assegurando aos
trabalhadores, indistintamente, a REDUÇÃO DOS RISCOS advindos do trabalho,
no caso trabalhado seria contrair o COVID-19, por meio de normas de saúde,
higiene e segurança, as quais podem ser visualmente adequadas na concessão
dos EPIs pela empregador e o uso pelo empregado, como poderá ser visto ao
longo do texto.
Em seu artigo 165, a CLT indica a priorização das medidas de ordem geral,
porém, caso estas não oferecerem a proteção completa contra os riscos de
acidentes e danos à saúde dos trabalhadores, ficam obrigados os
empregadores cederem gratuitamente os Equipamentos de Proteção Individual,
caracterizados por aqueles ADEQUADOS ao risco e que estejam em PERFEITO
estado de conservação e funcionamento.
No tocante aos grifos feitos no texto anterior, salienta que está em vigor desde
20mar20, o Decreto nº 10.282, o qual no seu artigo 3º §1º, elenca os serviços
públicos e atividades essenciais que deverão manter o funcionamento devido a
sua indispensabilidade ao atendimento de necessidades inadiáveis da
comunidade, dentre estas no inciso I está a assistência à saúde, com inclusão de
serviços médicos e hospitalares. Decerto é que, quanto as medidas de
enfrentamento ao COVID-19 expostas no artigo 3º da Lei 13.979, funcionários
vinculados à saúde não poderão praticar muitas dessas em sua integralidade,
pois, tornou-se dever destes profissionais se arriscarem em prol do bem comum,
ressaltando que caso não adotem as medidas de prevenção, no uso de EPIs,
durante o seu labor, adentrarão no seio da sua família disseminando e colocando
em risco seus familiares.
5 CONCLUSÃO
ANAMT. “Brasil ultrapassa a marca de cem médicos mortos por Covid-19, dois por
dia. Fonte: O Globo, 21mai20. Disponível em:
<https://www.anamt.org.br/portal/2020/05/21/brasil-ultrapassa-a-marca-de-cem-
medicos-mortos-por-covid-19-dois-por-dia/>. Acessado em: 01 de junho de 2020.
COFEN. “Brasil é o país com mais mortes de enfermeiros por Covid-19 no mundo”.
Fonte: redação do G1, 28mai20. Disponível em: < http://www.cofen.gov.br/brasil-e-o-
pais-com-mais-mortes-de-enfermeiros-por-covid-19-no-mundo-dizem-
entidades_80181.html >. Acessado em: 01 de junho de 2020.
LENZA, Pedro. Direito constitucional esquematizado/ Pedro Lenza. – 23. ed. – São
Paulo: Saraiva Educação, 2019.