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ENGC38 – LABORATÓRIO INTEGRADO III SEMESTRE – 2021.

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PROFESSORES: EDSON PINTO SANTANA
MÁRCIO FONTANA

TRABAHO SEMESTRAL
GERADOR DE FORMA DE ONDA: TÉCNICAS, ANÁLISE, PROJETO, AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
E APLICAÇÕES

1) OBJETIVO

Esta proposta de trabalho tem por objetivo aplicar conteúdo teórico multidisciplinar ao desenvolvimento
de um gerador de forma de onda senoidal utilizando técnicas analógicas e digitais, envolvendo as etapas
de análise, projeto, avaliação de desempenho e seu emprego em um circuito trifásico.

2) INTRODUÇÃO

Um gerador (de tensão) de forma de onda senoidal é um aparelho eletrônico capaz de gerar um sinal
elétrico (de tensão) cuja amplitude varia ao longo do tempo segundo uma função do tipo senoidal. Trata-
se de um circuito eletrônico de uso bastante frequente e variado, de instrumento em laboratório a bloco
constituinte de circuitos eletrônicos mais complexos.
O gerador de forma de onda senoidal é o tema central desta proposta de trabalho semestral, que está
subdividido em etapas que compreendem: (i) sua concepção utilizando técnica analógica e (ii) digital, (iii)
a avaliação de seu desempenho por meio de ferramenta de análise computacional e numérica
desenvolvida em ambiente OCTAVE, e (iv) sua aplicação em circuito trifásico.

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3) ETAPA I - GERADOR DE FORMA DE ONDA SENOIDAL UTILIZANDO DIODOS SEMICONDUTORES

A atividade prevista nesta etapa consiste na análise teórica, projeto e simulação de um circuito capaz de
gerar um sinal de tensão com forma de onda senoidal a partir de uma onda triangular. A inclinação da
onda triangular deve ser alterada segundo em diferentes faixas de valores de tensão, gerando uma
aproximação senoidal do tipo piecewise linear (linear por partes), como ilustrado na Figura 1. Para
modificar a inclinação da onda triangular, cujo inclinação tem módulo constante e sinais trocados durante
um semiciclo, deverá ser utilizado um conformador de onda a diodos semicondutores (Figura 2), no qual
os resistores e tensões de referência devem ser dimensionados de forma a conferir uma inclinação
próxima a de uma senoide em cada trecho.

vS(t)
VREF3
VREF2

VREF1
t7 t8 t9 t10 t11 t12

t1 t2 t3 t4 t5 t6 t

Figura 1. Aproximação PWL (vermelho) de uma forma de onda senoidal (azul).

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RA

vT(t) vSap(t)
triangular senoidal
R2 R1 R1 R2 aproximada
RB

V3 V2 V1

V1 V2 V3

Figura 2. Conformador de onda senoidal a partir de onda triangular.

(A) ESPECIFICAÇÕES

O projetista deverá analisar teoricamente, dimensionar, especificar dispositivos, e simular um circuito que,
alimentado por uma fonte de tensão regulada simétrica, gere uma forma de onda triangular puramente
alternada de 200 Hz, com amplitude apropriada, e, partindo da mesma, gere uma forma de onda
aproximadamente senoidal de 200 Hz e amplitude igual a 8 volts, por meio de um conformador de onda a
diodos semicondutores. Poderão ser utilizados Amp-Op’s, resistores, capacitores, potenciômetros ou
trimpots, multivibradores astáveis, diodos retificadores e diodos Zener, para construir o gerador de onda
triangular e o conformador de onda, incluindo as referências de tensão. A aproximação deve ser realizada
com um mínimo de 7 ramos no conformador de onda (como ilustrado na Figura 2), o que corresponde a 7
diferentes inclinações em um período da senoide (Figura 1).

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(B) PROJETO E IMPLEMENTAÇÃO DO GERADOR DE FORMA DE ONDA TRIANGULAR

A onda triangular vT(t) deve ter frequência igual à da senoide pretendida (200 Hz) e nível DC nulo. Sua
amplitude deve ser tal que sua inclinação seja maior ou igual à da senoide na origem:

𝒅𝒗𝑻 𝒅[𝑽𝒎 𝒔𝒆𝒏(𝝎𝒕)] 𝑽𝑻𝒎á𝒙


> | → > 𝝎𝑽𝒎 (1)
𝒅𝒕 𝒅𝒕 𝒕=𝟎 (𝑻⁄𝟒)

onde Vm é a amplitude da senoide, VTmáx é a amplitude da onda triangular,  = 2/T e T = 1/f é o período
das duas formas de onda.
O valor de amplitude obtido através de simulação à saída do gerador de forma de onda triangular deverá
ser devidamente registrado para utilização no dimensionamento do conformador de onda.
O circuito poderá ser composto por um gerador de onda retangular simétrica e um circuito integrador a
Amp-Op. O gerador de onda retangular, por sua vez, pode ser obtido a partir de um multivibrador astável,
por sua vez constituído por um Amp-Op com realimentação positiva (uma das aplicações não lineares
deste dispositivo), como ilustrado na Figura 3, ou utilizando o conhecido circuito integrado 555. Deve-se
notar que após a integração da onda retangular simétrica, poderá ser necessário introduzir um
deslocamento de nível para que a onda triangular fique puramente alternada e um bloco de ganho para
alcançar a amplitude de pico necessária. A forma de onda triangular gerada a saída deve ser observada
para que sejam ajustados os seus parâmetros (amplitude e período) com exatidão.
Alternativamente, à saída do integrador pode-se utilizar um circuito do tipo Schmitt-Trigger cuja saída
realimenta o próprio integrador, como ilustrado na Figura 4, para gerar a forma de onda triangular.

RF

-
VRET
+
C

R1
R2

Figura 3. Multivibrador astável a Amp-Op. O período da onda retangular gerada é T=2.R_F.C.ln⁡(1+2 R_2/R_1 ).

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ATENÇÃO: É possível que a corrente a ser drenada pelo conformador de onda seja bastante expressiva,
demandando a utilização de Amp-Op’s de corrente nominal elevada no terminal de saída ou a utilização
de um amplificador entre o gerador de onda triangular e o conformador. O simulador ou modelo de
simulação utilizado para o Amp-Op poderá não capturar esta limitação, que deverá ser analisada para fins
de projeto.

Figura 4. Gerador de onda triangular utilizando bloco Schmitt-Trigger.

(C) CARACTERIZAÇÃO DE COMPONENTES SEMICONDUTORES

Para realizar as referências de tensão V1, V2, e V3 da Figura 2, sugerimos a aplicação de diodos Zener, como
ilustrado na Figura 5. Serão necessários 3 pares de diodos Zener para o caso de 7 ramos (os diodos do
mesmo par são iguais). Assim, devem-se selecionar dispositivos com tensão nominal VZnom(1), VZnom(2) e
VZnom(3) entre 0 e 8 Volts, preferencialmente entre 2 e 7 Volts, e com baixa corrente de teste IZT. A potência
especificada para os diodos de cada par deve ser anotada e verificadas em projeto e simulação. As tensões
de referência serão acrescidas das tensões de limiar dos diodos retificadores, posicionados sempre com
polaridade oposta à dos diodos Zener, em cada ramo. As resistências introduzidas nos ramos com diodos
também deverão ser acrescidas das resistências internas que modelam os dispositivos. Contudo, sendo as
resistências dos diodos Zener de difícil extração e admitindo-as muito baixas, poderão ser desprezadas no
estágio inicial de projeto, para posterior avaliação com maior precisão (recálculos).
Assim, após a seleção dos diodos Zener e diodos retificadores, deve-se proceder à extração por simulação
dos seguintes parâmetros de modelagem, embora alguns destes parâmetros possam estar indicados em
datasheets: tensão de limiar VD0 e resistência rD dos diodos retificadores; tensão nominal (VZnom), corrente
mínima (IZmin) e resistência (rZ) para operação na porção linear da região de ruptura dos diodos Zener.

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RA

vT(t) vSap(t)
triangular senoidal
R2 R1 R1 R2 aproximada
RB

VZ3 VZ2 VZ1 VZ1 VZ2 VZ3

Figura 5. Conformador de onda senoidal utilizando diodos Zener como referências de tensão.

(D) PASSOS PARA EXTRAÇÃO DOS PARÂMETROS DE MODELAGEM DOS DIODOS RETIFICADORES

A metodologia e o circuito a serem utilizados na extração de parâmetros por simulação do diodo


retificador assemelha-se aos que seriam utilizados em uma extração por medição experimental. Inserir no
simulador o diagrama esquemático de circuito ilustrado na Figura 6, adotando uma resistência de 1 k.

+ VD -

+
+
VS ID
VR R
-

Figura 6. Circuito para caracterização do diodo retificador.

Realizar uma varredura DC no valor da fonte VS, entre 1 e 30 V (pode variar de acordo com o diodo
escolhido), e registrar a tensão da fonte VS e a tensão sobre o resistor VR. Calcular a tensão VD = VS – VR e a
corrente ID = VR / R através do diodo, correspondentes a cada valor assumido por VS. Em ambiente
simulado, a corrente pode ser obtida diretamente sobre o dispositivo diodo em vez de ser obtida
indiretamente.

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Entre os pontos (VD, ID) simulados, selecionar os que estão na região retilínea da característica corrente-
tensão e determinar os parâmetros VD0 e rD que melhor ajustam a reta ID = (VD VD0) / rD aos pontos
simulados, pelo método dos mínimos quadrados (sugestão: utilizar a função polyfit do octave). Comparar
graficamente o modelo com os pontos simulados, para verificação. A título de informação, em uma
caracterização experimental, cada um dos diodos, mesmo possuindo o mesmo código comercial, deveriam
ser medidos separadamente e identificados, em razão das variações de comportamento inerentes ao
processo de fabricação.

(E) PASSOS PARA EXTRAÇÃO DOS PARÂMETROS DE MODELAGEM DOS DIODOS ZENER

De maneira análoga, a metodologia e o circuito a serem utilizados na extração de parâmetros por


simulação do diodo Zener assemelha-se aos que seriam utilizados em uma extração por medição
experimental. Inserir no simulador o circuito indicado na Figura 7 (a), utilizando um gerador de funções e
uma resistência de 1 K.
Ajustar no gerador de funções uma forma de onda senoidal com amplitude pelo menos 3 Volts maior que
a tensão nominal especificada pelo fabricante e frequência de 200 Hz. Pode ser necessário ajustar um
valor de offset para melhor visualização da curva característica em tela.
Para observar a característica corrente-tensão do diodo Zener, o gráfico deverá ser ajustado para o modo
X-Y, aparecendo de forma espelhada em relação ao eixo Y. A corrente iZ é igual a vR/R, sendo vR a tensão
lida no eixo Y.
Por observação da característica, estimar o valor da corrente IZmin a partir do qual o comportamento da
característica na região de ruptura começa a ficar retilíneo, como ilustrado na Figura 7 (b), e determinar
os parâmetros VZ0 e rZ que melhor ajustam a reta IZ = (VZ – VZ0) / rZ aos pontos simulados, pelo método dos
mínimos quadrados (sugestão: utilizar a função polyfit do octave).
Estimar o valor máximo de segurança da corrente do diodo Zener utilizando a potência e tensão nominais
especificadas pelo fabricante como IZmáx = (potência nominal) / (tensão nominal), ou, se disponível, a partir
da informação direta na folha de dados.

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vR

R.IZmin vZ

(a) (b)
Figura 7. (a) Circuito para caracterização do diodo Zener. (b) Característica do diodo zener observada no
osciloscópio com o canal 1 invertido.

(F) DIMENSIONAMENTO E SIMULAÇÃO DO CONFORMADOR DE ONDA

Dispondo dos valores dos parâmetros dos diodos Zener e diodos retificadores, a tensão de referência de
cada ramo é calculada: VREF = VZnom(K) + VD0.
Para dimensionar os resistores do circuito, devem ser calculadas as inclinações dos trechos de reta da
aproximação. Para VREF3 > VREF2 > VREF1, como indicado na Figura 1.
𝑉𝑅𝐸𝐹1 1 𝑉
𝑖𝑛𝑐1 = , com 𝑡1 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( 𝑅𝐸𝐹1 ) (2)
𝑡1 𝜔 𝑉𝑚
𝑉𝑅𝐸𝐹2 −𝑉𝑅𝐸𝐹1 1 𝑉
𝑖𝑛𝑐2 = , com 𝑡2 = 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( 𝑅𝐸𝐹2 ) (3)
𝑡2 −𝑡1 𝜔 𝑉𝑚
𝑉𝑅𝐸𝐹3 −𝑉𝑅𝐸𝐹2 1 𝑉𝑅𝐸𝐹3
𝑖𝑛𝑐3 = , com 𝑡3 = 𝜔 𝑎𝑟𝑐𝑠𝑒𝑛 ( ) (4)
𝑡3 −𝑡2 𝑉𝑚

Só é necessário avaliar as inclinações em 1/4 do período, graças à simetria das funções.


O circuito conformador atenua a inclinação da forma de onda triangular para produzir as inclinações dos
trechos de reta. Deve-se proceder a uma análise nodal para se chegar às relações (para o caso de 7 ramos).

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Para |vSap| < VREF1 = VZnom(1) + VD0:

𝑑𝑣𝑆𝑎𝑝 𝑅𝐵 𝑑𝑣𝑇
= (5)
𝑑𝑡 𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 𝑑𝑡

Para VREF1 < |vSap| < VREF2 = VZnom(2) + VD0:

𝑑𝑣𝑆𝑎𝑝 𝑅𝐵 //𝑅𝐸𝑄1 𝑅𝐵 𝑅𝐸𝑄1 𝑑𝑣𝑇


= = (6)
𝑑𝑡 (𝑅𝐵 //𝑅𝐸𝑄1 ) + 𝑅𝐴 𝑅𝐴 𝑅𝐸𝑄1 + 𝑅𝐵 𝑅𝐸𝑄1 + 𝑅𝐴 𝑅𝐵 𝑑𝑡

sendo REQ1 = rz1 + rD + R1 a resistência equivalente no ramo 1. Para VREF2 < |vSap| < VREF3 = VZnom(3) + VD0:

𝑑𝑣𝑆𝑎𝑝 𝑅𝐵 //𝑅𝐸𝑄1 //𝑅𝐸𝑄2


=
𝑑𝑡 (𝑅𝐵 //𝑅𝐸𝑄1 //𝑅𝐸𝑄2 ) + 𝑅𝐴
(7)
𝑅𝐵 𝑅𝐸𝑄1 𝑅𝐸𝑄2 𝑑𝑣𝑇
=
(𝑅𝐴 + 𝑅𝐵 )𝑅𝐸𝑄1 𝑅𝐸𝑄2 + 𝑅𝐴 𝑅𝐵 (𝑅𝐸𝑄1 + 𝑅𝐸𝑄2 ) 𝑑𝑡

sendo REQ2 = rz2 + rD + R2 a resistência equivalente no ramo 2.


𝑑𝑣𝑇 𝑽𝑻𝒎á𝒙 𝑑𝑣𝑆𝑎𝑝
Substituindo-se por (𝑻⁄𝟒)
, então nas equações acima pode ser igualada aos valores de inc1, inc2
𝑑𝑡 𝑑𝑡

e inc3 calculados previamente, conforme o intervalo considerado.


Assim, podem ser calculados os valores das resistências RA, RB, R1 e R2 (uma delas, por sugestão RA, deve
ser arbitrada). A ordem de grandeza das resistências deve ser tal que a corrente em cada ramo com diodo
Zener seja maior que IZmin e menor que IZmáx. Para uma melhor estimativa dos pontos de descontinuidade,
considerar a corrente total muito maior que a corrente mínima em cada ramo ativado.
No ramo que é ativado (atravessado por corrente) quando |vSap| > VREF3, não há um resistor, uma vez que
a inclinação da senoide é nula no topo. Contudo, por causa da resistência interna dos diodos, haverá uma
pequena inclinação desde este ponto até o pico da forma de onda, que não foi representada na Figura 1.
Para um ajuste fino da operação do circuito, podem ser utilizados potenciômetros ou trimpots em
substituição ou em associação a resistores fixos.
Utilizando todos os valores calculados dos componentes, deve-se realizar uma simulação do circuito
conformador de onda, aplicando em sua entrada o sinal de onda triangular com as características
simuladas da seção A.

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(G) SIMULAÇÃO COMPLETA

O circuito conformador de onda senoidal deve ser conectado ao circuito gerador de onda triangular.
A forma de onda senoidal resultante da simulação deve ter seus parâmetros (amplitude e frequência)
levantados e os pontos (amplitude e tempo) em um intervalo de tempo correspondente a um único
período devem ser exportados para um arquivo de texto (extensão “.txt”).

(H) REFERÊNCIAS

JOHN W. EATON. GNU Octave: Scientific Prorgamming Language, c1998-2021. Disponível em:
<https://www.gnu.org/software/octave/index>. Acesso em: 08 de ago. 2021.

84 OctaveOnline. Disponível em: < https://octave-online.net/ >. Acesso em: 08 de ago. 2021.

SEDRA, A. and SMITH, K. Microelectronic Circuits, Oxford University Press.

ANALOG DEVICES. LTSpice, c1995-2021. Disponível em: < https://www.analog.com/en/design-


center/design-tools-and-calculators/ltspice-simulator.html>. Acesso em: 08 de ago. 2021.

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4) ETAPA II - GERADOR DE FORMA DE ONDA SENOIDAL UTILZANDO ROM E DAC

A atividade prevista nesta etapa consiste na análise teórica, simulação e projeto de um sistema capaz de
gerar um sinal de tensão com forma de onda senoidal a partir de palavras binárias correspondentes ao
valor de tensão de amostras regulares desta forma de onda (Figura 8) armazenadas de forma sequenciada
em uma memória ROM.

Figura 8. Amostras da forma de onda senoidal.

Conforme pode ser observado na Figura 9, a partir de um sinal de relógio que possui período igual ao
intervalo entre amostras consecutivas da forma de onda senoidal, um contador possibilita gerar palavras
binárias de ordem crescente a serem apresentadas nas entradas de endereço de uma memória ROM,
estabelecendo em sua saída os respectivos pontos da forma de onda senoidal em representação binária,
que consecutivamente serão convertidos em uma tensão analógica.

Figura 9. Bloco digital do gerador de forma de onda senoidal. Extraído de (TOCCI, 2003).

Conforme ilustra a Figura 10 (a), a palavra de dados à saída da memória ROM é inserida em um conversor
digital-analógico (DAC), resultando na forma de onda indicada na Figura 10 (b), que na sequência passa
por um filtro passa-baixas, resultando na forma de onda senoidal. O sistema completo para o gerador de
forma de onda senoidal está apresentado na Figura 11.

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(a) (b)
Figura 10. DAC e forma de onda após conversão.

Figura 11. Gerador de forma de onda senoidal.

(A) ESPECIFICAÇÕES

O estudante deverá analisar teoricamente, simular, dimensionar e especificar dispositivos de um sistema


capaz de gerar uma tensão com forma de onda senoidal a partir de amostras armazenadas em uma
memória ROM, com amplitude igual a 8 V e frequência de 200 Hz, além de 4 entradas binárias para ajuste
fino em torno desta frequência. O código referente ao bloco digital deverá estar descrito em linguagem
VHDL e ser sintetizável. A simulação de todo o sistema deverá ser realizada na plataforma PARTQUEST
(http://explore.partquest.com), capaz de realizar simulação sobre sinais mistos.

(B) CONVERSOR ANALÓGICO-DIGITAL

Existem várias técnicas para conversão digital-analógico, dentre as quais é muito difundida a rede R-2R
(Figura 12), também denominada multiplicativa, e que está presente em dispositivos comerciais, a
exemplo do DAC0832. Neste circuito, os bits, do mais significativo ao menos significativo, controlam
chaves que definem a presença da contribuição de corrente em cada ramo da rede. As chaves analógicas
controladas por um bit poderão ser implementadas como modelos ideais utilizando linguagem VHDL-AMS,
ou como transistores. Um Amp-Op é conectado aos terminais da rede R-2R conforme ilustra a Figura 13,
promovendo a conversão da soma de contribuições de corrente em tensão. Ainda na Figura 13, observa-
se a presença opcional de um potenciômetro conectado às entradas de ajuste de offset (VOS - tensão de
offset de entrada) com o intuito de otimizar a precisão da conversão.

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O estudante é convidado a analisar o circuito da rede R-2R e determinar as expressões que governam as
correntes nos terminais IOUT1 (Eq. 1), IOUT2 (Eq. 2) e a tensão de saída VOUT (Figura 13) em função da tensão
de referência VREF (assumindo Rfb = R).

𝑉𝑅𝐸𝐹 (𝐷𝑖𝑔𝑖𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑝𝑢𝑡 )10 (8)


𝐼𝑂𝑈𝑇1 = ×
𝑅 256
𝑉𝑅𝐸𝐹 255 − (𝐷𝑖𝑔𝑖𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑝𝑢𝑡 )10 (9)
𝐼𝑂𝑈𝑇2 = ×
𝑅 256
(10)

Figura 12. Rede R-2R.

Figura 13. Conversor D/A.

O conversor D/A ilustrado na Figura 13 possibilita apenas tensão unipolar à sua saída. É possível obter uma
tensão bipolar à saída utilizando um segundo amplificador operacional para realizar a operação de soma
responsável por um deslocamento, conforme ilustra a Figura 14. Neste caso, verifica-se que o primeiro bit
representa o sinal, obtendo-se a Tabela 1 com base na Eq. (12), que deriva da análise do circuito da Figura
14.

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Utilizando uma representação em complemento de dois (binc2) das amostras de tensão da forma de onda
senoidal armazenadas na ROM, deve-se inverter o bit mais significativo para corresponder a palavra digital
de entrada (Digital Input) do circuito da Figura 14. Assim, a tensão de saída fica definida no intervalo:
-VREF ≤ VOUT ≤ (254/256) VREF (11)

Figura 14. Conversor D/A com saída bipolar.

(𝐷𝑖𝑔𝑖𝑡𝑎𝑙 𝐼𝑛𝑝𝑢𝑡)10 (𝑏𝑖𝑛𝑐2)10 (12)


𝑉𝑂𝑈𝑇 = 𝑉𝑅𝐸𝐹 × (2 − 1) = 𝑉𝑅𝐸𝐹 × 2 = 𝑉𝑅𝐸𝐹 𝑥 𝐾𝑓
256 256

Tabela 1. Conversão de valores.

(Digital_Input)10 (Digital_Input)2 binc2 (binc2)10 Kf


0 00000000 10000000 -128 -256/256
1 00000001 10000001 -127 -254/256
2 00000010 10000010 -126 -252/256
... ... ... ... ...
127 01111111 11111111 -1 -2/256
128 10000000 00000000 0 0/256
... ... ... ... ...
254 11111110 01111110 126 252/256
255 11111111 01111111 127 254/256

O valor da tensão de referência VREF utilizado na representação binária das amostras armazenadas na ROM
é de 15 V, mesmo valor presumido da tensão nominal de alimentação positiva do amplificador
operacional.

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(C) BLOCO DIGITAL

As principais funções do bloco digital estão indicadas na Figura 9, excetuando-se a possibilidade de ajuste
fino da frequência fclk, que é obtida a partir da divisão em frequência de um sinal de relógio fosc de 5 MHz.
Portanto, além dos blocos funcionais presentes na Figura 9, identifica-se a necessidade de um bloco divisor
de frequência conforme ilustrado na Figura 15, responsável por estabelecer a frequência da senoide à
saída baseado na taxa de atualização de amostras do sinal na entrada do DAC. Sugere-se utilizar uma
multiplexação de sinais de relógio com diferentes fatores de divisão pré-definidos.

Figura 15. Bloco divisor de frequência.

O bloco de memória ROM é responsável por armazenar os valores binários de todas as amostras contidas
em um período do sinal senoidal, cada amostra correspondendo a uma palavra de 8 bits. A partir de um
endereço específico, a memória deve apresentar à sua saída a palavra de 8 bits armazenada na posição
correspondente. O professor disponibilizará arquivo texto contendo, inicialmente, 61 amostras de 8 bits
com representação em complemento de 2, equivalente a um período da forma de onda senoidal. Poderá
ser necessário experimentar um número diferente de amostras ao longo do desenvolvimento do projeto.

(D) FILTRO PASSA-BAIXAS

A forma de onda da tensão de saída do DAC na Figura 10 (b) apresenta degraus indesejáveis que podem
ser mitigados pelo uso de um filtro passa-baixas. Recomenda-se como proposta inicial a ser verificada pelo
estudante a utilização de um circuito R-C série, conforme pode ser observado na Figura 16.

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Figura 16. Proposta inicial do filtro passa-baixas.

(E) SIMULAÇÃO COMPLETA

A forma de onda senoidal resultante da simulação à saída do filtro passa-baixas deve ter seus parâmetros
(amplitude e frequência) levantados e os pontos de amplitude e tempo em um intervalo correspondente
a um único período devem ser exportados para um arquivo de texto (extensão “.txt”).

(F) GERADOR TRIFÁSICO

Realizando adaptações na descrição do bloco digital e replicando os demais blocos presentes na Figura 11
que constituem o gerador de forma de onda senoidal, realizar a simulação de um gerador trifásico de
sequência R-S-T conforme Figura 17.

Figura 17. Gerador trifásico.

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(G) REFERÊNCIAS

TOCCI, Ronald J., WIDMER, N. S. e MOSS, G. L., Sistemas Digitais: Princípios e Aplicações, 5a. Edição,
Prentice-Hall, São Paulo, 2003.

PEDRONI, V. A. Eletrônica Digital Moderna e VHDL, Elsevier, 2010.

ASHENDEN, P. J. The Designer’s Guide to VHDL, 3rd Edition, Morgan Kaufmann.

SEDRA, A. and SMITH, K. Microelectronic Circuits, Oxford University Press.

Texas Instruments. DAC0830/DAC0832 8-Bit μP Compatible, Double-Buffered D to A Converters


Datasheet.

SIEMENS. PARTQUEST, c2021. Disponível em: < https://explore.partquest.com/>. Acesso em: 08 de ago.
2021.

DOULOS. EDA playground. Disponível em: < https://www.edaplayground.com/ >. Acesso em: 08 de ago.
2021.

W. EATON. GNU Octave: Scientific Prorgamming Language, c1998-2021. Disponível em:


<https://www.gnu.org/software/octave/index>. Acesso em: 08 de ago. 2021.

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5) ETAPA III – FERRAMENTA PARA ANÁLISE DE FOURIER DE SINAIS PERIÓDICOS

A atividade prevista para esta etapa consiste na concepção de uma ferramenta computacional, a ser
desenvolvida em ambiente de software de computação numérica OCTAVE, para a análise de Fourier de
sinais periódicos, gerados por simulação ou experimentalmente, que será empregada na avaliação de
desempenho do gerador de forma de onda senoidal. Subjacentemente, o estudante deve aprofundar a
sua compreensão sobre a operação de circuitos não lineares na decomposição de um sinal em frequências.
A ferramenta deve ser capaz de calcular numericamente, a partir de sua definição, os coeficientes da série
de Fourier de uma forma de onda qualquer (até a n-ésima componente harmônica, sendo o valor do inteiro
n definido pelo usuário) nos formatos trigonométrico e exponencial. Esta ferramenta deverá ser
desenvolvida dentro do ambiente online de software para computação numérica OCTAVE (https://octave-
online.net/) ou em sua versão offline, que se apresenta como alternativa gratuita para o software
matemático MATLAB, sendo este último amplamente empregado em diversos setores acadêmicos e
profissionais.
Atenção: deve ser usado algum recurso de integração numérica (funções trapz, cumsum ou congênere),
pois a entrada da rotina deve ser um conjunto de pontos do tipo amplitude x tempo de uma forma de
onda correspondentes ao intervalo de um período.
A ferramenta deve ser capaz de trabalhar com qualquer sinal periódico de entrada, de amplitude pico-a-
pico e valor médio (nível DC) desconhecidos. Desta forma, a ferramenta deve contemplar os seguintes
recursos:
a) Detecção de nível DC;
b) Cálculo dos coeficientes da série de Fourier nos formatos trigonométrico e exponencial;
c) Recomposição do sinal a partir dos coeficientes obtidos calculando-se a soma indicada na série
de Fourier;
d) Interface com o usuário (desejável).
e) Apresentação de, no mínimo: (i) uma tabela exibindo os coeficientes da série trigonométrica e da
série exponencial; (ii) uma figura exibindo a forma de onda original e a forma de onda obtida pelo
somatório das componentes senoidais da série truncada até a ordem n; (iii) uma figura exibindo o
conteúdo espectral do sinal a partir do módulo e ângulo dos coeficientes da série exponencial de
Fourier.
f) Cálculo do parâmetro distorção harmônica total.

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A distorção harmônica total (THD - Total Harmonic Distortion) consiste em um parâmetro comumente
utilizado para avaliar linearidade em diversos circuitos eletrônicos, e que possibilita avaliar o desempenho
de um gerador de forma de onda senoidal, sendo definida pela expressão:


1 2 (13)
𝑇𝐻𝐷 = √∑ 𝑉𝑚(𝑘)
𝑉𝑚1
𝑘=2

onde Vmk é a amplitude da componente na frequência k.f (k inteiro) sendo f = 1/T a frequência
fundamental.
Este parâmetro caracteriza quão próxima de uma senoide pura (THD = 0) encontra-se o sinal de saída do
gerador e deverá ser calculado para fins de comparação entre as formas de onda obtidas nas ETAPAS I e II
através da importação de dados de simulação em arquivos de texto.

Observação: O somatório da expressão (13) será truncado na centésima componente, contemplando,


desta forma, harmônicas relativas à amostragem do sinal presente na técnica digital.

(A) REFERÊNCIAS

JOHN W. EATON. GNU Octave: Scientific Prorgamming Language, c1998-2021. Disponível em:
<https://www.gnu.org/software/octave/index>. Acesso em: 08 de ago. 2021.

Octave Online. Disponível em: < https://octave-online.net/ >. Acesso em: 08 de ago. 2021.

GUI Development. Disponível em: < https://octave.org/doc/v4.0.1/GUI-Development.html>. Acesso em:


08 de ago. 2021.

IRWIN, J. D. Análise de Circuitos em Engenharia, Makron Books, Cap. 18, Técnicas de Análise de Fourier.

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6) ETAPA IV – POTÊNCIA EM CIRCUITOS TRIFÁSICOS

Esta etapa consiste na aplicação de um gerador trifásico baseado no gerador de forma de onda senoidal
desenvolvido na ETAPA III, e aborda a medição de potência ativa e a correção do fator de potência em
circuitos trifásicos balanceados através de análise, cálculos manuais, e simulação.
Considere um sistema trifásico equilibrado de sequência R-S-T alimentando uma carga equilibrada de
impedância Z = |Z|θ (°) por fase.

Tabela 2. Métodos de medição de potência em sistemas trifásicos.

A potência ativa absorvida por fase pela carga é dada por:


Pfase = Vfase Ifase cos(θ) (W) (14)

enquanto a potência reativa absorvida pela carga é dada por:

(15)
Qfase = Vfase Ifase sen(θ) (VAR)
Assim, a potência total absorvida por um circuito trifásico balanceado, conectado em Y (estrela) ou em ∆
(triângulo) é dada por:

P = 3 Pfase = 3 Vfase Ifase cos(θ) = 3 Vlinha Ilinha cos(θ) (W) (16)

Similarmente, a potência reativa total é dada por:

Q = 3 Qfase = 3 Vfase Ifase sen(θ) = 3 Vlinha Ilinha sen(θ) (VAR) (17)

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O wattímetro é um instrumento que permite medir a potência elétrica fornecida ou dissipada por um
elemento. O wattímetro implementa o produto das grandezas tensão e corrente elétrica no elemento,
razão pela qual a sua ligação ao circuito é feita simultaneamente em série e em paralelo. Assim, dois dos
terminais são ligados em paralelo com o elemento, efetuando a medição da tensão, e os dois restantes
são interpostos no caminho da corrente. Tal como o voltímetro e o amperímetro, o wattímetro ideal mede
a tensão sem desvio de qualquer fluxo de corrente, e mede a corrente sem introduzir qualquer queda de
tensão aos seus terminais.

Figura 18. Representação do Wattímetro

Um único wattímetro pode ser usado para medir a potência média em um circuito trifásico balanceado,
de tal maneira que PR = PS = PT, e a potência média total é três vezes a leitura do wattímetro. Entretanto,
dois ou três wattímetros são necessários para medir a potência se o sistema for desbalanceado.
O método dos três wattímetros (Tabela 2 – Figura 1 - coluna esquerda) é adequado para a medição de
potência em um sistema trifásico no qual o fator de potência varia constantemente, sendo a potência
média a soma algébrica das leituras dos três wattímetros (P = PR+ PS+PT). Se a carga estiver conectada em
estrela, o ponto N pode ser conectado ao ponto de neutro do circuito. Para uma carga conectada em
triângulo, o ponto N pode ser conectado a qualquer outro ponto. Se o ponto N estiver conectado ao ponto
T, por exemplo, a bobina de tensão do wattímetro irá ler PT = 0, indicando que o wattímetro 2 não é
necessário. Portanto dois wattímetros são suficientes para medir a potência total.
O método dos dois wattímetros (Tabela 2 – Figura 2 - coluna direita) é o mais comumente utilizado para a
medição de potência trifásica. Neste caso, apesar de os wattímetros individuais não lerem mais a potência
de uma fase em particular, a soma (ou subtração) algébrica da leitura dos dois wattímetros é igual a
potência média total absorvida pela carga, esteja a carga conectada em Y (estrela) ou ∆ (triângulo),
balanceada ou desbalanceada.

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Sugere-se ao estudante a demonstração da validade da aplicação do método dos dois wattímetros na
medição de potência ativa trifásica utilizando diagrama fasorial: a situação em que a potência ativa
trifásica é dada pela subtração da leitura dos dois wattímetros, e qual situação é dada pela soma algébrica.

(A) CIRCUITO TRIFÁSICO SEM CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

Considere um sistema equilibrado de sequência R-S-T formado pelo gerador trifásico desenvolvido na
ETAPA II alimentando uma carga em Y constituída de um resistor de 100 Ω em série com um indutor de
300 mH em cada uma das fases. Para que o gerador desenvolvido seja capaz de alimentar a referida carga
sem degradar seu comportamento, deve-se inserir entre estes estágios um buffer (amplificador de ganho
unitário que não interfere no comportamento do circuito conectado à sua entrada e é capaz de alimentar
o circuito conectado à sua saída) em cada uma das fases. O estudante deve pesquisar alternativas para
implementação do buffer. Utilizando cálculos manuais e resultados de simulação na plataforma
PARTQUEST (http://explore.partquest.com), preencha os campos da Tabela 3.

Tabela 3. Resultados do circuito trifásico SEM correção do fator de potência.

Valores Previstos Valores Simulados


Correntes de Linha (A)
Correntes de Fase (A)
Tensões de Linha (V)
Tensões de Fase (V)
Fator de Potência
Método dos Três Wattímetros
Leitura dos Wattímetros (W)
WR=WS=WT
Potência Média Total (W)
Método dos Dois Wattímetros
Leitura dos WR
Wattímetros (W) WS
Potência Ativa (W)

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(B) CIRCUITO TRIFÁSICO COM CORREÇÃO DO FATOR DE POTÊNCIA

Para correção do fator de potência da carga em Y (constituída de um resistor de 100 Ω em série com um
indutor de 300 mH), um capacitor de C = 5 µF é conectado em paralelo com a impedância de cada fase.
Utilizando cálculos manuais e resultados de simulação na plataforma PARTQUEST
(http://explore.partquest.com), preencha os campos da Tabela 4.

Tabela 4. Resultados do circuito trifásico COM correção do fator de potência.

Valores Previstos Valores Simulados


Correntes de Linha (A)
Tensões de Linha (V)
Tensões de Fase (V)
Fator de Potência
Método dos Três Wattímetros
Leitura dos Wattímetros (W)
WR=WS=WT
Potência Ativa (W)
Potência Reativa (VAR)

(C) REFERÊNCIAS

IRWIN, J. D. Análise de Circuitos em Engenharia, Makron Books.

SIEMENS. PARTQUEST Cloud, c2021. Disponível em: < https://explore.partquest.com/>. Acesso em: 08 de
ago. 2021.

PET ELETRICA UFBA. Bancada de Potência – Instrumentos de Medição – Videoaula 03.


Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=QFPbtBobAKY>. Acesso em: 08 de ago.
2021.

PET ELETRICA UFBA. Bancada de Potência – Correção do fator de potência – Videoaula 04.
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=xc2D16rSLKc&t=421s>. Acesso em: 08 de
ago. 2021.

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