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A Mercadoria. Capítulo, da primeira edição do volume 1 de o Capital, publicado em 1867.

A riqueza das sociedades em que o modo de produção capitalista domina [ herrscht]


aparece [erscheint] como uma “ enorme coleção de mercadoria”, sendo a mercadoria
individual [ einzelne] sua forma elementar. p 115

A mercadoria é, antes de mais nada, um objeto externo, uma coisa que, por meio de suas
características, satisfaz todos os tipos de necessidades humanas. p 115

Toda coisa útil, como ferro, papel etc., deve ser observada a partir de um duplo ponto de
vista o da qualidade e o da quantidade. p 115

A utilidade de uma coisa para a vida humana faz dela um valor de uso [ gebrauchwert] p116.
o valor de uso se efetiva no uso ou no consumo.

Valores de uso constituem o conteúdo material da riqueza, qualquer que seja a forma social
[gesellschaftiche] na forma de sociedade [gesellshafsform] analisada por nós, eles constituem
o suporte do valor de troca. 116

O valor de troca aparece, antes de tudo, como relação quantitativa, a proporção pela qual os
valores de uso de um tipo são trocados por valores de uso de outro tipo, uma relação que
muda constantemente, de acordo com o tempo e lugar. 116

Por conta disso, o valor de troca parece algo acidental e puramente relativo e, ao mesmo
tempo, um valor de troca intrínseco [ valeur intrinséque ] imanente da mercadoria, ou seja,
uma contradictio in adjecto [ contradição nos termos adjetivos ] 117

Que a substância do valor de troca seja algo perfeitamente distinto e independente da


existência [ Dasein] físico-visível da mercadoria ou da existência, como valor de uso é
demonstrado à primeira vista pela relação de intercâmbio. Ela é caracterizada justamente
mediante a abstração do valor de uso. 117

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