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Outubro, 2020
SÁVIO DE SOUSA MARTINS
Outubro, 2020
CAPACITAÇÃO ESPERMÁTICA INDUZIDA
Sávio de Sousa Martins
INTRODUÇÃO
Visto que o plasma seminal contém inúmeras BSPs (Proteínas do Plasma Seminal) que
dificultam a capacitação, a remoção do fluido seminal é essencial para que tal processo seja iniciado
em condições in vitro, juntamente à incubação dos mesmos em um meio capacitante, como por
exemplo a heparina, que tem sido considerada a principal substância que promove a capacitação in
vitro sem induzir a reação acrossômica em espermatozoides bovinos. Outros estudos sugerem que
a heparina ligada a superfície do espermatozóide aumenta as concentrações de cálcio e o pH
intracelular, e ainda facilita o desligamento do espermatozóide da tuba uterina. Entretanto, este
processo também pode ser obtido com o uso de concentrações precisas de bicarbonato, cafeína ou
adenosina, onde os espermatozoides atingem o mesmo percentual de capacitação alcançado com o
uso da heparina, avaliado pelo teste de clortetraciclina (CTC). O hidrocloreto de clortetraciclina, ou
CTC, é uma sonda que se liga à membrana plasmática dos espermatozoides em uma forma
dependente de Ca²+/Mg²+ no final da capacitação, quando há o deslocamento dos íons no
plasmalema da cabeça do espermatozoide, formando assim um complexo altamente fluorescente,
de coloração amarela.
ASSUMPÇÃO, M.E.O.D.; HAIPECK, K.; LIMA, A.S.; MELLO, M.R.B.; OLIVEIRA, L.J.;
OLIVEIRA, V.P.; TAVARES, L.M.T.; VISINTIN, J.A. Capacitação espermática in vitro com
heparina e cálcio ionóforo e sua correlação com a fertilidade em touros. Braz. J. vet. Res. anim. Sci.,
São Paulo, v.39, n.2, p. 149-156, 2002.