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Durante muito tempo, a constituição da matéria gerava curiosidade no homem. Desde a
Antiguidade, filósofos tentavam descobrir como a matéria é formada.
Dois filósofos gregos, Demócrito e Leucipo, sugeriram que toda a matéria era formada por
pequenos corpos indivisíveis. Chamaram estes corpos de átomo, que em grego a significa não
e  significa divisível.

Demócrito, pai da atomística

Então, átomo era a última partícula que podia a ser dividida.


Nos anos 500 e 1500 da era cristã, surgiram entre os árabes e europeus, os a a. Seus
trabalhos eram obter o elixir da longa vida, para que o ser humano se tornasse imortal. Era a
pedra filosofal, capaz de tornar qualquer metal em ouro.

No século XVI, surge a Iatroquímica, que era uma doutrina médica que atribuía a causa química
para tudo o quese passava no organismo.
Mais tarde, no século XVIII, nasce a idéia de química com os cientistas que estudaram as Leis
Ponderais, Lavoisier e Proust.

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Os modelos atômicos são teoria baseadas na experimentação feita por cientistas para explicar
como é o átomo.
Os modelos não existem na natureza. São apenas explicações para mostrar o porquê de um
fenômeno. Muitos cientistas desenvolveram suas teorias. Com o passar dos tempos, os modelos
foram evoluindo até chegar ao modelo atual.

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O átomo de John Dalton era uma bolinha maciça (= = D e indivisível.
Para ele, a matéria era formada por partículas que não podiam ser divididas chamadas de átomos.
Seu trabalho era baseado nas Leis Ponderais de Proust e Lavoisier.
Dalton utilizava círculos de mesmo diâmetro com inscrições para representar os átomos dos
diferentes elementos químicos. Assim, ele estabeleceu os postulados a seguir:

ID Todas as substâncias são constituídas de minúsculas partículas, denominadas átomos, que não
podem ser criados e nem destruídos. Nas substâncias, eles se encontram unidos por forças de
atração mútua.

IID Cada substância é constituída de um único tipo de átomo. Substância simples ou elementos
são formados de ³átomos simples´, que são    . Substâncias compostas são formadas
por ³átomos compostos´, capazes de se decompor, durante as reações químicas em ³átomos
simples´.

IIID Todos os átomos de uma mesma substância são idênticos na forma, no tamanho, na massa e
nas demais propriedades; átomos de substâncias diferentes possuem forma, tamanho, massa
propriedades diferentes. A massa de um ´átomo composto´ é igual à soma das massas de todos
os ³átomos simples´ componentes.

IVD Os ³átomos compostos´ são formados por um pequeno número de ³átomos simples´.

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Em 1903, o físico Joseph John Thompson propôs um novo modelo atômico, baseado nas
experiências dos raios catódicos, o qual chamou de 
.
Para Thomson, o átomo era uma esfera de carga elétrica positiva ³´ de elétrons de
carga negativa. Esse modelo ficou conhecido como ³  ´. Este modelo derruba a
idéia de que o átomo é indivisível e introduz a natureza elétrica da matéria.

Fonte www.portaltosabendo.com.br

O modelo de Thomson explica alguns fenômenos como a corrente elétrica, eletrização por atrito,
formação de íons e as descargas elétricas em gases.
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Em 1911, o neozelandês Ernest Rutherford realizou uma importante experiência.

Ele pegou um pedaço do metal polônio (PoD que emite partículas alfa (ĮD e colocou em uma
caixa de chumbo com um pequeno orifício. As partículas alfa atravessavam outras placas
de chumbo através de orifícios no seu centro. Depois atravessavam um lâmina muito fina
(10-4mmD de ouro (AuD.

Rutherford adaptou um anteparo móvel com sulfeto de zinco (fluorescenteD para registrar o
caminho percorrido pelas partículas.

O físico observou que a maioria das partículas alfa atravessava a lâmina de ouro e apenas
algumas desviavam até mesmo retrocediam.

A partir destes resultados,     


       
 

  
  Concluiu que:

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O modelo atômico de Rutherford sugeriu então, um átomo com órbit as circulares dos
elétrons em volta do núcleo. Comparou o átomo com o Sistema Solar, onde os elétrons
seriam os planetas e o núcleo seria o Sol.

Hoje, sabe-se que o átomo é 10.000 a 100.000 vezes maior que seu núcleo. Numa escala
macroscópica, pode-se comparar um átomo com um estádio de futebol. Se o átomo fosse
o estádio do Maracanã, o seu núcleo seria uma formiga no centro do campo. Então o átomo
é enorme em relação ao seu núcleo.

Porém,  
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   . Se o núcleo atômico é formado por
partículas positivas, por que essas partículas não se repelem e o núcleo não desmorona? Se
as partículas são de cargas opostas, por que elas não se atraem? Os elétrons iriam perder
energia gradualmente percorrendo uma espiral em direção ao núcleo, e à medida que isso
acontecesse, emitiriam energia na forma de luz. Mas como os elétrons ficam em
movimento ao redor do núcleo sem que os átomos entrem em colapso?

Estas questões foram respondidas em 1932 por %  &' (. Ele observou que o
núcleo do berílio (BeD radioativo emitia partículas sem carga elétrica e com massa igual à
dos prótons (+D. Chamou esta partícula de )
. Surgia então, a terceira partícula
subatômica.

Agora sabemos que no núcleo do átomo há prótons e nêutrons e na eletrosfera há elétrons.

Então estabeleceu-se esta relação:

PARTÍCULA MASSA CARGA ELÉTRICA

p 1 +1

n 1 0

é 1/1836 -1

Na tabela acima, pode-se verificar que o elétron é 1.836 vezes menor que a massa de um
próton.

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O modelo do físico dinamarquês Niels Bohr tentava dar continuidade ao trabalho feito por
Rutherford. Para explicar os erros do modelo anterior, Bohr sugeriu que o átomo possui energia
quantizada. Cada elétron só pode ter determinada quantidade de energia, por isso ele é
quantizada.

O modelo de Bohr representa os níveis de energia. Cada elétron possui a sua energia. É
comparado às orbitas dos planetas do Sistema Solar, onde cada elétron possui a sua própria órbita
e com quantidades de energia já determinadas.
As leis da física clássica não se enquadram neste modelo. Quando um elétron salta de um nível
menor para um nível mais elevado, ele absorve energia e quando ele retorna para um nível
menor, o elétron emite uma radiação em forma de luz.
Bohr organizou os elétrons em camadas ou níveis de energia.
   
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O cientista francês Louis de Broglie estudou a natureza das ondas dos elétrons.
Pare ele, a matéria é formada ora por corpúsculos, as partículas ora como onda. Esta é a teoria da
dualidade. Suas teorias foram baseadas nos estudos de Albert Einstein e também de Max Planck.
Ele introduz o conceito da mecânica ondulatória.
Neste momento o elétron é visto como uma partícula-onda.


 
    
Segundo Werner Heisenberg, para encontrar a posição correta de um elétron, é necessário que ele
interaja com algum instrumento de medida, como por exemplo, uma radiação. A radiação deve ter
um comprimento de onda na ordem da incerteza com que se quer determinar esta posição.
Quanto menor for o comprimento de onda, maior é a precisão do local onde está o elétron.
Quando se consegue descobrir o local provável onde está o elétron, este elétron já não estará
neste local.




Segundo Heisenberg, é difícil se prever a posição correta de um elétron na sua eletrosfera.


Schrodinger em 1926 calculou a região mais provável onde o elétron possa estar. Para essa região
deu o nome de orbital.
Orbital ± região do espaço que está ao redor do núcleo, onde há máxima probabilidade de se
encontrar um elétron.
É importante ressaltar que não se pode ver um átomo isolado exatamente como foi descrito nos
modelos atômicos. Algumas técnicas utilizadas por supercomputadores mostram manchas
coloridas, mostrando a localização dos átomos de um determinado material. Essas imagens são
obtidas por um microscópio de tunelamento que pode aumentar até 28 milhões de vezes.
De acordo com o modelo de Rutherford-Bohr, o átomo apresenta níveis de energia ou camadas
energéticas, onde cada nível possui um número máximo de elétrons. O número do nível
representa o número quântico principal (nD.
Cada nível está dividido em subníveis de energia s, p, d, f.
Representam o número quântico secundário ou azimutal (lD.

SUBNÍVEL s p d f
)
NÚMERO QU NTICO 0 1 2 3
*
NÚMERO M X DE é 2 6 10 14

O subnível indica a forma da região no espaço onde está o elétron.


As siglas s, p, d, f vem das palavras em inglês a

 
a    , respectivamente.

Número máximo de elétrons em cada subnível:

+ = 1 ; 1s²
L = 2 ; 2s² 2p6
M = 3 ; 3s² 3p6 3d10
N = 4 ; 4s² 4p6 4d10 4f14
O = 5 ; 5s² 5p6 5d10 5f14
P = 6 ; 6s² 6 p6 6d10
Q = 7 ; 7s²

O diagrama acima mostra a notação utilizada para indicar o número de elétrons em um nível e em
um subnível.

Exemplos:
1s² - 2 é no subnível s do nível 1 ( +D
2p3 - 3 é no subnível p do nível 2 (LD
5d6 ± 6 é no subnível d do nível 5 (OD

Os orbitais são identificados pelo número quântico magnético (mD. Indica a orientação desse
orbital no espaço. Para cada valor de ³l´ (subnívelD, m assume valores inteiros que variam de ± l
..., O,... +l

Assim:

s±1
p ±3
d ±5
f±7

Cada orbital é representado simbolicamente por um quadradinho. Então eles podem ser assim:

-3 -2 -1 0 +1 +2 +3

Em cada orbital pode conter no máximo dois elétrons.


Mas se os elétrons são cargas negativas, porque eles não se repelem e se afastam?
Se os elétrons giram no mesmo sentido ou em sentido contrário, eles criam campo magnético que
os repelem ou os atraem. Essa rotação é chamada de SPIN, palavra em inglês derivada do
verbo  
 , que significa girar.

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