Quais efeitos políticos e sociais da Globalização nos países em desenvolvimento?

A Globalização não é uma coisa nova, vem desde as grandes navegações com seus
efeitos políticos e sociais. Um que eu coloco por primeiro é a desigualdade social,
onde a renda está concentrada nas mãos de poucos.

Obviamente há países que ganham muito mais com a globalização, mas, não tem
aquele que não ganhe nada. Todos, bem ou mal, recebem uma parcela, mesmo que
desigual. Vale a pena? Talvez não tenhamos escolha, pior é ficar isolado, separado do
que está ao redor.

Os países subdesenvolvidos sofrem com os indicadores sociais; desenvolvimento

humano, analfabetismo, mortalidade e renda. A falta de investimento na ciência, na
educação, a corrupção e outros males, poda o desenvolvimento de qualquer país.

Se não é só prejuízo, o que é ganho?

A melhoria tecnológica, o combate à inflação, acesso a produtos importados,

o intercâmbio entre países que torna possível as trocas culturais.

A Globalização financeira: integra os sistemas financeiros, facilitando as negociações

de compra e venda. Uma pessoa no Brasil pode comprar ações ou encomendar
matéria prima de qualquer país.

A Globalização produtiva: faz uma estrutura produtiva nacional se inserir numa

estrutura internacional. Aqui as empresas assumem também o papel de atores na
mudança da organização produtiva, não sendo só vítimas da globalização.

Mas o planejamento do desenvolvimento passa pela qualificação. Quem tem mão de

obra qualificada consegue seu espaço, porque ela é necessária para o
desenvolvimento do país.

Infelizmente na base dessa pirâmide estão aqueles que se submetem a trabalhar por
qualquer salário, aumentando assim o tráfico de pessoas para o trabalho forçado.

A Globalização é a nova ordem mundial, que ascendeu o modelo econômico

capitalista, contudo, não vamos pensar na globalização apenas no âmbito econômico,
mas, também no político e no cultural. Dessa forma podemos ver uma prática cultural
chinesa, africana, brasileira... sendo vivenciada em outros países.

Hoje, podemos conhecer qualquer lugar, fazer compras, conhecer pessoas, fazer o
bem ou o mau, sem sair de casa, usando as redes da internet que facilitam esse
escambo cultural e financeiro.

“A notícia do assassinato do presidente norte-americano Abraham Lincoln, em 1865,

levou treze dias para cruzar o Atlântico e chegar à Europa. A queda da bolsa de
valores de Hong Kong (outubro/novembro de 97), levou treze segundos para cair
como um raio sobre São Paulo e Tóquio, Nova York e Tel Aviv, Buenos Aires e
Frankfurt. Eis ao vivo e em cores, a globalização.” (Clóvis Rossi - do Conselho
Editorial - Folha de São Paulo)
https://monografias.brasilescola.uol.com.br/geografia/globalizacao.htm

Na ecologia ainda que tenhamos muito o que fazer, já tivemos muitos ganhos, nas
lutas por ambientes sem poluição, com florestas preservadas, e um desenvolvimento
sustentável.

Nessa pandemia da covid pudemos observar a integração e movimentação mundial

pela vacina, onde o negacionismo saiu perdendo.

A globalização está sempre em evolução e transformação e os países em

desenvolvimento também devem acompanhar essa evolução.

Então, eu posso dizer que a globalização é um bem comum?

O compromisso com o bem comum deve ser o norte da globalização.

Ainda paira na cabeça de alguém a utopia de um mundo melhor?

Por enquanto o que vemos de verdade é o poder monetário das corporações frente ao
estatal.

Os verdadeiros efeitos que queremos ver é no IDH, com boa qualidade de vida, com
renda elevada e uma educação de excelência. A desigualdade ainda é grande e a
distribuição de renda encontra muitos obstáculos.

Eu sou um sonhador, mas com um olho fechado e outro aberto, como dormem os
gatos.

Francisco Nildo de Carvalho

Matrícula: 20200138898