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A Tábua de Esmeralda
INTRODUÇÃO
AS ORIGENS
Há, no entanto, duas versões e dois autores que, por serem aceites
pela maioria dos estudiosos, iremos apresentar: a primeira – e que
reúne o maior consenso - afirma que o texto foi escrito, em caracteres
fenícios, por Hermes Trismegisto; a segunda, cuja defesa está quase
confinada à Maçonaria, pretende que o texto - que, aliás, pouco difere
do anterior - foi escrito, em caracteres caldaicos, por Chiram, ou
Hiram, ou ainda Hiram Abiff, o construtor do Templo de Salomão.
Há, ainda, uma terceira e inevitável opinião sobre textos, caracteres e
autores, a dos críticos materialistas para os quais tudo não passa de
uma fraude dos primeiros tempos da Idade Média; não percamos mais
tempo com ela ...
O AUTOR
Hermes sobre Typhon,
JAKnaap.
Hermes,como a
personificação da Sabedoria
Universal está aqui
representado com o pé sobre
o dorso de Typhon, o dragão
da ignorancia e da perversão.
Para os Iniciados Egípcios,
vencer o dragão devorador
das almas era se libertar da
necessidade de renascer.
O TEXTO
Alchemy and Mysticism from The Hermetic Museum Author: Heinrich Khunrath Work: Amhitheatrum
sapientae aeternae Date: 1606
This work is over 400 years old, in the public domain.
Outras versões:
2. That wch is below is like that wch is above that wch is above is like yt
wch is below to do ye miracles of one only thing.
3. And as all things have been arose from one by ye meditation of one:
so all things have their birth from this one thing by adaptation.
5. the wind hath carried it in its belly, the earth its nourse.
7a. Separate thou ye earth from ye fire, ye subtile from the gross sweetly
wth great indoustry.
10. Its force is above all force. ffor it vanquishes every subtile thing
penetrates every solid thing.
12. From this are do come admirable adaptations whereof ye means (Or
process) is here in this.
1. Trouth hath hym so, and it is no doubt, that the lover is to the heigher,
and the heigher to the lower aunsweren.
2. The worcher forsoth of all myracles is the one and sool God, of and fro
Whom Cometh all meruelous operacions.
4. Of fire is made erthe. Depart the erthe fro the fire, for the sotiller is
worthier than the more grosse, and the thynne thynge than the thik. This most
be do wisely and discretly.
5. It ascendith fro the erth into the heven, and falleth fro heven to the
erthe, and therof sleith the higher and the lower vertue.
6. And yf it lordship in the lower and in the heigher, and thow shalt
lordship aboue and beneth, which forsoth is the light of lightes, and therfor fro
the wolle fle all derknesse.
7. The higher vertue ouer-cometh all, for sothe all thynne thyng doth in
dense thynges.
3. Also, as all things are made from one, by the consideration of one, so
all things were made from this one, by conjunction.
5. The wind bore it in the womb. Its nurse is the earth, the mother of all
perfection.
7. Separate the earth from the fire, the subtle and thin from the crude
and coarse, prudently, with modesty and wisdom.
8. This ascends from the earth into the sky and again descends from the
sky to the earth, and receives the power and efficacy of things above and of
things below.
9. By this means you will acquire the glory of the whole world, and so
you will drive away all shadows and blindness.
10. For this by its fortitude snatches the palm from all other fortitude
and power. For it is able to penetrate and subdue everything subtle and
everything crude and hard.
13. And because of this they have called me Hermes Tristmegistus since
I have the three parts of the wisdom and Philosophy of the whole universe.
1. True, true, with no room for doubt, certain, worthy of all trust.
2. See, the highest comes from the lowest, and the lowest from the
highest;
indeed a marvelous work of the tao.
4. The father of it (the elixir) is the sun (Yang), its mother the moon
(Yin). The wind bore it in its belly, and the earth nourished it.
7. So separate the earth from the fire, the subtle from the gross, acting
prudently and with art.
8. It ascends from the earth to the heavens (and orders the lights above),
then descends again to the earth; and in it is the power of the highest and the
lowest.
9. Thus when you have the light of lights darkness will flee away from
you.
10. With this power of powers (the elixir) you shall be able to get the
mastery of every subtle thing, and be able to penetrate everything that is gross.
Palavras secretas de Hermes:
coisa única.
por adaptação.
O Sol é seu pai, a Lua é sua mãe, o vento o trouxe no seu ventre;
está aqui.
INTERPRETAÇÃO
Louvor, honra e glória lhe sejam dadas para sempre, ó Senhor Deus Todo Poderoso! Com vosso querido
filho Jesus Cristo, nosso Salvador, verdadeiro Deus e único Homem Perfeito, e com o Santo Espírito
Consolador - Trindade Santa -, Vós que sois o único Deus. Dou-vos graças porque, havendo conhecido as
coisas passageiras deste mundo, inimigo nosso, vós me retirastes dele, por vossa misericórdia, para que
eu não fosse pervertido por suas enganosas voluptuosidades. E, como vejo muitos que trabalham nessa
arte não seguirem o recto caminho, suplico-vos, meu Senhor e meu Deus, que, se assim vos aprouver, eu
PREFÁCIO possa desviar do erro, pela ciência que me destes, todos meus queridos e bem amados, a fim de que,
conhecendo a verdade, possam louvar vosso santo Nome, que seja eternamente bendito. Assim, pois, eu,
Hortulano, - isto é, Jardineiro -, assim chamado por causa dos jardins marítimos, indigno como sou de ser
chamado discípulo da Filosofia, movido pela amizade que devo aos meus amados, quis deixar escrita a
declaração e explicação das palavras de Hermes, pai dos Filósofos, ainda que sejam obscuras, aclarando
sinceramente toda a prática da verdadeira Obra. Certamente, de nada serve que os Filósofos queiram
esconder a ciência nos seus escritos quando está operando a doutrina do Espírito Santo.
CAPÍTULO I : O Filósofo disse: "é verdade", referindo-se a que a arte da Alquimia nos foi dada. "Sem mentira", disse,
para convencer quem diz que a ciência é mentirosa ou falsa. "Certo", isto é, experimentado, pois tudo o
A ARTE DA
que foi experimentado é muito certo. E "muito verdadeiro", pois o muito verdadeiro Sol é procriado pela
ALQUIMIA É
CERTA E
arte. Disse "muito verdadeiro" no modo superlativo porque o Sol engendrado por esta arte ultrapassa a
VERDADEIRA todo Sol natural em todas suas propriedades, tanto medicinais como outras.
Continuando sua exposição, trata da operação da pedra, dizendo que "o que está em baixo é igual ao que
CAPÍTULO II: está em cima". Disse isso porque, pelo Magistério, a pedra divide-se em duas partes principais: a superior,
que vai para cima, e a inferior, que permanece em baixo, fixa e clara. E, sem dúvida, estas duas partes são
A semelhantes em virtude de ter dito: "o que está em cima é como o que está em baixo". Certamente esta
PEDRA DIVIDIR- divisão é necessária. "Para fazer os milagres de uma só coisa", isto é, da Pedra, pois a parte inferior é a
SE-Á EM DUAS Terra, a nutriz e o fermento; a parte superior é a Alma que vivifica toda a Pedra e a ressuscita. Por isso,
PARTES uma vez realizadas a separação e a conjunção, aparecem os "numerosos milagres" na Obra secreta da
Natureza.
E "do mesmo modo que todas as coisas são e vêm do Uno por mediação do Uno". Aqui o Filósofo
CAPÍTULO III exemplifica dizendo que todas as coisas "são e vêm do Uno", isto é, de um globo confuso ou de uma
massa confusa, "por mediação", quer dizer, pelo pensamento e pela criação do Uno, ou seja, de Deus todo
A PEDRA POSSUI,
poderoso. Assim, todas as coisas nasceram, ou saíram, desta coisa única, que é uma massa confusa, "por
EM SI MESMA, OS
QUATRO
adaptação", unicamente pelo mandado e milagre de Deus, assim, a nossa Pedra nasce e surge de uma
ELEMENTOS massa confusa, que contém em si todos os elementos e que foi criada por Deus, e por seu milagre
a nossa Pedra sai dali e nasce.
CAPÍTULO IV
Do mesmo modo que vemos um animal gerar naturalmente outros animais com ele parecidos, assim o Sol
gera artificialmente o Sol, pela virtude da multiplicação da pedra, e por isso continua: "o Sol é seu Pai" - o
Ouro dos Filósofos. E, dado que em todas as gerações naturais tem de haver um lugar próprio para
A PEDRA TEM PAI
receber as sementes com uma certa conformidade de semelhança entre as partes, assim também é
E MÃE, QUE SÃO
O SOL E A LUA preciso que, nesta geração artificial da Pedra, o Sol tenha uma matéria que seja a matriz adequada para
receber o seu esperma e a sua tintura. E isto é a Prata dos Filósofos, por isso continua dizendo: "a Lua é a
sua mãe".
Quando ambos se recebem um ao outro na concepção da Pedra, esta é engendrada no seio do Vento, e
CAPÍTULO V isto é dito em seguida: "o Vento a trouxe em seu seio". Sabe-se que o Vento é o ar, e o ar é vida, e a vida é
a alma, que, como já foi dito antes, vivifica a Pedra. Assim, pois, é necessário que o Vento traga toda a
A CONJUNÇÃO Pedra e a transporte, gerando o Magistério. Disso se infere que a Pedra deva receber o alimento de sua
DAS PARTES É A nutriz, a Terra. Disse ainda o Filósofo: "a Terra é sua nutriz". Pois, como a criança que sem o alimento que
CONCEPÇÃO E A recebe de sua mãe jamais cresceria, assim também a nossa Pedra jamais chegaria a existir sem a
GERAÇÃO DA fermentação da Terra, e o fermento chama-se alimento. Deste modo, por conjunção do pai com a mãe se
PEDRA geram os filhos, semelhantes aos pais, e que, se são submetidos a um demorado cozimento, tornar-se-ão
semelhantes à mãe e terão o peso do pai.
Continua: "o pai de tudo, o Telesma de todo o mundo está aqui". Isto é, na obra da Pedra há uma via final.
E nota que o Filósofo chama a operação o "pai de tudo", o "Telesma", ou seja, todo o tesouro ou segredo
de todo o mundo, ou ainda, toda Pedra que se tenha encontrado neste mundo. "Está aqui", como se
dissesse: "aqui te mostro". Pois o Filósofo disse: "Queres que te mostre quando está acabada e perfeita a
CAPÍTULO VI força da Pedra? Será quando ela se tenha transformado e convertido na sua Terra", por isso disse: "a sua
força e potência serão completas, isto é, perfeitas, se se converte e se transforma em Terra". Isto é, se a
A PEDRA É
alma da Pedra (da qual antes se fez menção, dizendo que a alma é chamada Vento ou Ar e que nela está
PERFEITA SE A
ALMA SE FIXA NO
toda a vida e força da Pedra) se transforma em Terra da Pedra e se fixa, de tal maneira que toda a
CORPO substância da Pedra esteja de tal modo unida à sua nutriz (a Terra) que toda a Pedra se transforme em
fermento. De igual modo, quando se faz pão, um pouco de levedura nutre e fermenta uma grande
quantidade de massa, mudando assim toda a substância da pasta em fermento; da mesma maneira, o
Filósofo indica que a nossa Pedra terá de ser fermentada de modo a servir, ela mesma, de fermento para
a sua própria fermentação.
CAPÍTULO VII
A PURIFICAÇÃO Continuando, ensina como se há-de multiplicar a Pedra, mas antes faz referência à purificação da mesma e
DA PEDRA à separação das suas partes, dizendo: "Separarás a Terra do Fogo, o subtil do espesso, suavemente e
com grande perícia". "Suavemente", ou seja, pouco a pouco e sem violência, ou melhor, com espírito e
habilidade, e por meio do excremento ou esterqueiro filosofal. "Separarás", isto é, dissolverás, pois a
dissolução é a separação das partes. "A Terra do Fogo, o subtil do espesso", isto é, a sujeira e a imundície
do Fogo, do Ar, da Água e de toda a substância da pedra, de modo que permaneça, na sua totalidade, sem
mancha alguma.
Assim preparada, a Pedra já pode ser multiplicada. Por isso, aqui coloca a multiplicação e fala da fácil
CAPÍTULO VIII liquefacção ou fusão desta por aquela, virtude que tem de ser penetrante nos corpos densos e subtis,
dizendo: "Subirá da Terra ao Céu e de novo descerá à Terra". Aqui, há que indicar que, ainda que a nossa
A PARTE NÃO Pedra, durante a sua primeira operação, se divida em quatro partes - os quatro elementos -, existem nela
FIXA DA PEDRA duas partes principais, como já se disse antes: uma que sobe, chamada não fixa ou volátil, e outra que
HÁ DE SEPARAR- permanece fixa em baixo, chamada Terra ou fermento. Mas há que se ter uma grande quantidade da parte
SE DA PARTE não fixa para se dar à Pedra quando esta estiver limpa e sem manchas, e terá de ser dada por meio do
FIXA ELEVAR-SE Magistério tantas vezes quantas as necessárias, até que, por virtude do Espírito, ao sublimá-la e fazê-la
subtil, toda a Pedra seja levada para cima. Disto fala o Filósofo quando diz: "Sobe da Terra ao Céu".
Feito tudo isso, há que se incinerar esta pedra (assim exaltada e elevada ou sublimada), com o azeite
CAPÍTULO IX extraído dela mesma durante a primeira operação, chamado água da Pedra. E far-se-á que retorne amiúde,
sublimando-a, até que, pela virtude da fermentação da Terra (com a Pedra elevada ou sublimada), toda a
LOGO TERÁ DE Pedra desça ao seio da Terra por reiteração, permanecendo fixa e fluida. É isso que disse o Filósofo: "...e
SER FIXADA A descerá de novo à Terra, deste modo recebe a força das coisas superiores", sublimando, "e das inferiores",
PEDRA VOLÁTIL descendo, isto é, o corporal se tornará espiritual durante a sublimação e o espiritual se tornará corporal
durante a descida, quer dizer, quando se reveste de matéria.
CAPÍTULO X "Por esse meio, terás a glória do mundo", isto é, com esta Pedra, assim composta, terás a glória de todo o
mundo e "toda a obscuridade se afastará de ti", quer dizer, toda pobreza e enfermidade. "É a força forte de
DA UTILIDADE DA toda força", pois não há comparação entre a força desta Pedra e as outras forças deste mundo, "pois
ARTE E DA vencerá toda coisa subtil e penetrará toda coisa sólida". "Vencerá", ou seja, ao vencer e ao elevar-se,
EFICÁCIA DA transformará e mudará o mercúrio vivo, congelando-o, por mais subtil e brando que seja, e penetrará os
PEDRA demais metais, que são corpos duros, sólidos e firmes.
CAPÍTULO XI
O MAGISTÉRIO Continuando, o Filósofo dá um exemplo da composição de sua Pedra, dizendo: "Assim foi criado o mundo".
IMITA A CRIAÇÃO Assim, temos que a nossa pedra se faz da mesma maneira que foi criado o mundo, pois as primeiras
DO UNIVERSO coisas de todo o mundo, e tudo o que no mundo tenha havido, foi previamente uma massa confusa, sem
ordem, um caos, como dito antes. E, depois, por artifício do soberano Criador, essa massa confusa, após
ter sido admiravelmente separada e rectificada, foi dividida em quatro elementos; e, devido a tal separação,
são feitas diversas e diferentes coisas. Assim também se pode fazer diversas e diferentes coisas pela
produção e disposição da nossa Obra e pela separação dos elementos dos diversos corpos. "Disso sairão
admiráveis adaptações", isto é, se separares os elementos, far-se-ão as admiráveis composições próprias
da nossa Obra, na composição da nossa Pedra, por conjunção dos elementos rectificados. Das quais, isto
é, destas coisas admiráveis e adequadas a tal fim, o "meio", quer dizer, o meio de proceder "está aqui".
CAPÍTULO XII "Por isso sou chamado Hermes Trismegisto", isto é, Mercúrio três vezes muito grande. Depois de haver
mostrado a composição da Pedra, o Filósofo declara, de modo enigmático, de que é feita nossa Pedra,
DECLARAÇÃO nomeando-se a si mesmo. Em primeiro lugar, para que os seus discípulos, quando chegarem a esta
ENIGMÁTICA DA ciência, se recordem sempre do seu nome. Sem dúvida, aquilo com que se faz a Pedra é tratado a seguir
MATÉRIA DA quando ele diz "porque tenho as três partes da Filosofia de todo o mundo", que estão, as três, contidas na
PEDRA nossa Pedra, isto é, no Mercúrio dos Filósofos.
Diz-se que essa Pedra é perfeita porque tem, em si, a natureza das coisas minerais, vegetais e animais,
daí ser chamada tríplice e também triuna, isto é tríplice e única, que possui em si quatro naturezas, isto é,
CAPÍTULO XIII
os quatro elementos, e três cores: o negro, o branco e o vermelho. Também é chamada "Grão de trigo",
que, se não morre, fica sozinho; porém, se morre, (como antes se disse quando se falou da conjunção)
POR QUE SE DIZ
trará muitos frutos, assim que se cumpram as operações de que temos falado. Ó amigo leitor! Se já sabes
QUE A PEDRA É
PERFEITA a operação da Pedra, verás que te disse a verdade; se não a sabes, não te disse nada. "O que foi dito da
Operação do Sol está cumprido e acabado". O que se disse da operação da Pedra de três cores e de
quatro naturezas que estão em uma única coisa, a saber, no Mercúrio Filosofal, está cumprido e acabado.”
A VERSÃO DE CHIRAM
Bacstrom (sec. XVIII – XIX) foi um dos mais importantes eruditos em Alquimia
dos últimos tempos. Pouco se sabe da sua vida a não ser que era natural da
Escandinávia, que viajou por todo o mundo como médico a bordo de um navio,
e que em 12 de Setembro de 1794, nas Ilhas Maurícias foi iniciado na
Sociedade da Rosa Cruz pelo conde Louis de Chazal, na altura um venerável
ancião de 96 anos, que lhe ensinou a Grande Obra. Mais tarde instalou-se em
Londres e criou um centro de estudos de Alquimia onde se traduziram
inúmeros documentos alquímicos antigos, cuja proveniência permanece em
mistério e aos quais Madame Blavatsky teve acesso.
O AUTOR
A lenda maçónica vai mais longe e diz que o verdadeiro construtor do célebre
monumento foi Hiram Abiff [5], o único homem que conhecia os segredos de
um Mestre Maçon, incluindo o maior de todos os segredos, a Grande Palavra
Maçónica, o nome de Deus, o nome inefável.
O TEXTO
Da obra The Secret Teachings of All Ages tirou-se este texto que Bacstrom
afirma ser o original da Tábua de Esmeralda, bem como a transcrição dos seus
manuscritos e as explicações dadas por Manly. P. Hall, que chama a atenção para o
facto de os textos originais irem escritos em letras maiúsculas; na
tradução, essencialmente literal, respeitei os caracteres em itálico, as iniciais
maiúsculas e os parêntesis curvos e rectos.
È uma figura muito forte, o indicar que o L.P. possui todos os Poderes
ocultos na Natureza, não para a destruição, mas para a exaltação e regeneração
da matéria nos três Departamentos da Natureza.
É claro que isso conquistará todas as Coisas subtis, como fixará o mais
subtil Oxigénio na sua própria Natureza ardente, e isso com mais poder,
penetração e virtude, na proporção de um para dez em toda a multiplicação, e
cada vez num período mais curto, até o seu poder se tornar incalculável, que o
poder multiplicado também penetrará [vencerá] todas as Coisas Sólidas, tais
coisas invencíveis Ouro e Prata, ao invés o inalterável Mercúrio, Cristais e Vidro
Fundente, aos quais é capaz de dar dureza natural e firmeza,
como Philaletha reconhece, e se prova com o Diamante artificial, nos tempos do
meu pai, na posse do Príncipe de Lichtenstein em Viena, avaliado em
Quinhentos Mil Ducados, preparado pelo Lápis [Pedra dos Filósofos].
CONCLUSÃO
Parafraseando o Jardineiro dos jardins marítimos, diria que o que se disse
da Tábua de Esmeralda, está cumprido e acabado, já que, seja na versão fenícia de
Hermes Trismegisto, seja na caldaica de Chiram, dei a conhecer o texto em que se
insere o célebre axioma alquímico
António Monteiro
Outubro de 2005
[2] Heinrich Khunrath, ou Kunrath, (c. 1560 – 1605), médico alemão e alquimista, autor de uma obra
célebre, Amphitheatrum sapientiae aeternae. O seu motto era “Was helffn Fackeln, Liecht oder Brilln,
Wann die Leute nicht sehen wölln?" (Para que servem tochas, luz ou óculos aos que não vêem?)