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Proteção de Sistemas Elétricos
Elétricos
1 - INTRODUÇÃO
I L4
4
T1
Barra consumidora
L3
3
F
~ T2
L2
2
L1
1
A B
Carga
LT T2 Icc
1 2 T3
3 LT
II
Icc
9
I 4 T4
Carga
Carga
LT
8 7 T6
T7 6
Carga C
D
Carga
8 - Disjuntor extraível
LT - Linha de transmissão T5 5
Para a resistência
2 2
I 1,5
R 2 R1 1 0,43 0,107
I2 3
Para a reatância
2 2
I 1,5
X 2 X 1 1 1,01 0,252
I2 3
c) Unidade instantânea
É do tipo armação articulada.
Tab. 10.15 – Carga da unidade instantânea
Unidade Faixa Pick-up Carga no pick-up mínimo
Faixa Carga Z ( ) x pick-up
instatânea
mínimo
A - A A R X Z 3 10 20
6 - 150 60 L 6,0 - 30,0 0,110 0,078 0,135 0,090 0,080 0,080
H 30,0-150,0 0,022 0,005 0,023 0,020 0,020 0,020
Descrição Tapes
0,2 2
Resistência CC ± 10% () 7,00 0,13
Operação mínima (A) + 0 - 25% 0,20 2,00
Passagem contínua (A) 0,30 3,00
Passagem para 30 A/s 0,03 4,00
Passagem para 10 A/s 0,25 30,00
Impedância, 60 Hz () 52,00 0,53
10
Tempo e Segundos
Tempo e Segundos
10
11 9
8
7
Ajuste de Tempo
6
5
4
0,1 1
1
2
0,01
1 10 100 1.000 10.000
Múltiplos de Calibração do Tape
A Equação (10.18), de caracter geral, fornece o torque produzido por uma unidade direcional
de sobrecorrente, ou seja:
T K 1 I 1 I 2 sen K 2
conforme Fig. 10.70 (a). Porém, muitas vezes se deseja que o conjugado máximo seja
alcançado para um ângulo diferente de 90 0 , como ocorre durante os eventos de curto
circuito. Para isso, basta que através de uma resistência ou capacitor se efetue a
decomposição de I 1 (corrente tomada como referência), de tal forma que apenas uma de suas
componentes I 1 atue na bobina da unidade direcional. Dessa forma, obtêm-se a Equação
(10.19).
T K 3 I1' I 2 sen K 2
Ou ainda:
T K3 I1' I 2 cos K 2
I2 Posição de I 2
para conjugado I2
máximo
I1
I1
Referência
90º
= 90°
I1 T>0
T<0 T=0
I1
(a) (b)
Fig. 10.70 – Diagrama vetorial do relé polarizado por corrente
I 1' - componente de I1, aplicada à bobina de corrente da unidade direcional;
- ângulo que define neste caso o conjugado máximo que é uma característica particular
de cada relé.
Analisando a Equação (10.20) pode-se constatar que os conjugados máximos, nulos e
negativos são obtidos para as seguintes condições, admitindo-se K 2 desprezível.
cos 1 T Tmax
cos 0 900 T 0
Isso pode ser melhor entendido através da Fig. 10.70 (b). Com a variação do ângulo de 90
°a 90 °, pode-se garantir que o relé produz um torque positivo. Para valores diferentes, o
torque resultante será negativo ou nulo. Através desse artifício se consegue que o relé seja
direcional para um determinado sentido de corrente.
Sendo a corrente I 1 tomada como referência, os ângulos são contados como positivo quando
estão medidos a partir de I 1 no sentido contrário aos ponteiro do relógio.
O torque de uma unidade direcional poderá ser calculada de uma outra forma, quando se
considera que o relé é alimentado por um vetor corrente e um vetor tensão que é utilizado
como polarização. Nessa condição, o torque pode ser fornecido pela Equação (10.21).
T K1 I p I sen( ) K 2
A Fig. 10.71 mostra o diagrama de operação do relé direcional, cuja tensão é tomada
como referência, enquanto a Fig. 10.73 mostra um diagrama básico de um relé direcional
dotado das unidades direcionais e de sobrecorrente com indicação da tensão e correntes
aplicadas às respectivas bobinas de tensão e corrente.
T máximo
I b
Ib
T>0
T=0
70
T<0 °
Vp
Ip
p
Contato móvel
Bobina de corrente da
unidade direcional 67
Terminais
de corrente
B
C
Transformadores
TP1 TP2 de potencial
a c
b
Bobina
de
Transformadores de
Unidade direcional
potencial b Vp
a c
Ip
b
de fase
corrente
Bobina
de c b a
Ib
Ia
Ic
corrente
Unidade de
TC1
TC2
TC3
c b a sobrecorrente
Ib
Ia
Ic
de fase
52
Banco de
Baterias
51 - A 67 - A I
Disjuntor
51 - B 67 - B Bobina de
abertura
51 - C 67 - C
Contatos da
unidade de
sobrecorrente
A B C
S2
X1
Y
52
Ib 67 - 3 67 - 2 67 - 1
X1
H1 DIR DIR DIR
H1
67 - 3 67 - 2 67 - 1 67-3 62-2 67-1
TC TOC TOC TOC
DIR DIR DIR
TC TC TC
c
Corrente de Disparo
CORREÇÃO DA CORRENTE
Direção da
67 - 1
Vcd
DIR H1 X1
DE DISPARO
67 - 2 67-3
b
TPs DIR DIR
67-1
67 - 3 DIR
DIR
67-2
DIR
a
ABERTO
67 - 3
TOC - Bobina de corrente da unidade da sobrecorrente temporizada da fase C.
67 - 3
67 - 3 - Unidade direcional da fase C. D I R - Bobina de corrente da unidade direcional da fase C.
Fig. 10.75 – Relé dir. c/ 2 TP´s e 3 TC´s Fig. 10.76 – Relé dir. c/ 3 TP´s e 3 TC´s
Linha 1 Linha 2
Rede de suprimento Rede de suprimento
C B A C B A
TPs TPs
a a
a a
x +3 +3
67.A 4 67.A 4
b 4 b 4
67-C 67-C
b b
+3 +3
67.B +3 67.B +3
Defeito
c 4 c 4
c c
Defeito
Normal
Normal
+
F 67-A/DIR
67-A/DIR
+ 51-A + 51-A
67 - C TCs 7 8 5 6 TCs 5 6
SI
7 8 5 6 5 6
125 ou 220 Vcc
67 - B 67 - A 51 - C 67 - C/DIR
67 - C 67 - C
SI 7 8 5 6 5 6
Para defeito no
52 ponto X 52
Normal
Normal
52a
52
TC
-
SI - Bobina de selo
52/TC - Bobina de disparo do disjuntor Carga
52a - Contato auxiliar do disjuntor (este contato está aberto quando do disjuntor está desligado)
Na proteção direcional existem praticamente três tipos de ligação convencional quando são
utilizados relés direcionais polarizados por tensão-corrente. Cada uma dessas ligações
corresponde um relé direcional específico, com ângulo máximo de torque diferente. Nos relés
digitais, pode-se ajustar o ângulo conforme a necessidade do projeto.
São esses os tipos de ligação:
a) Conexão 300
Corresponde à ligação vista na Fig. 10.79. Nesse caso, a corrente de operação Ia está
adiantada da tensão de polarização Vac de um ângulo de 300 elétricos.
TC
A Ia
30
°
B A
C TP TP Ia
a
a
Vac
c
b C B
TC
Ia
A
B A
Vbc + Vac
C TP TP Ia 60°
a
Vbc + Vac
b
c C B
B A
C TP TP Ia
b Vbc 90°
c C B
A
G1 I b
TC C
52 T=O
TP I b (para Fp=1)
Posição de I b
67 para conjugado
Carga
máximo
Corrente Mínima
B I min
G2
TC Vpol
52
TP
T>O
67
T<O
Corrente de operação I op I a
Relé da fase B
Tensão de polarização V pol V ac
Corrente de operação I op I b
Relé da fase C
Tensão de polarização V pol Vba
Corrente de operação I op I c
A Ia
Vba Vba
Ia Vcb
Ib Vfase(para Fp=1)
Ic
C Ic Ib B
Vac Vcb Vac
(a) (b)
Fig. 10.84 – Conexão em quadratura (90º)
Considerar agora os valores numéricos de um relé ligado em quadratura, conforme
diagrama da Fig. 10.85. O ângulo pode ser alterado pela simples aplicação de resistores
e capacitores no circuito das bobinas do relé e, por isso, é denominado ângulo de projeto.
Na prática, esse ângulo está compreendido entre 45 0 a 70 0 .
Admitindo inicialmente um relé ajustado de fábrica com um ângulo 45 , conforme se 0
pode observar na Fig. 10.85, o relé desenvolverá o seu conjugado máximo para uma
corrente I b , defasada de 45° em relação a Vac . Neste caso, a corrente I b estará atrasada
de 45° em relação à sua posição para fator de potência igual a 1.
Se considerar agora um relé que vem ajustado de fábrica para um ângulo de projeto 70 0
I b
Ib
Posição para I b
para conjugado
máximo I b = (para fator potencia igual a 1)
Ib
0
45
Posição de I b para conjugado máximo
T>0 70
°
450
T<0 V ac = 20°
Vac
45 0
T>0
T<0
T=0 T=0
Fig. 10.85 – Quadratura para : - 45º Fig. 10.86 – Quadratura para : - 70º
Muitas vezes é conveniente ajustar o relé para o seu conjugado máximo relativo a uma
corrente em atraso da tensão de um ângulo de 70 0 para a posição de fator de potência
unitário, em virtude de sua atuação se dar, em geral, durante ocorrências de curtos-circuitos,
quando o fator de potência é muito baixo, cerca de 0,30. Isso corresponde a uma corrente
em atraso da tensão de um ângulo de 72,5 , obtendo-se, assim, o valor máximo do
0
conjugado desejado.
Assim, para um relé, cujo ângulo entre a tensão de polarização e a corrente de operação para
a condição de fator de potência unitário, é 40 , operando num circuito cuja corrente de carga
0
vale I 65 /-31,70 A (fator de potência igual a 0,85), pode-se analisar a condição de operação e
bloqueio do relé da seguinte forma, baseada na Fig. 10.87.
Vab = V34
T>O
Va T<O
30°
Ia
I 65 /-31,7° (Invertida)
-V2 20° 11
,7°
°
72
40
Tmáx ,5°
I 56 /-72,5°
I 56 /-72,5°
(Invertida)
Ic 120° Ib
Vc Vb
I 65 /-31,7°
Corrente de defeito
Corrente de carga
Ia
Vc
T=O Ic
I 65 /-31,7° Tmáx
(Invertida)
31,7° -Vb
I 56 /-72,5°
72
,5°
40°
°
120
Vab = V34
I 56 /-72,5°
(Invertida)
Va
V3
I1 Corrente de defeito
T>O
Corrente de carga
I 65 /-31,7° T<O
Icc
G3
Ic
Carga
G1 1 2 4 5
F
G2
TP TP TP
3VO
Relé
3I O
3I o I a I b I c 0
Se o sistema está submetido a uma falta monopolar, por exemplo, na fase A para a terra,
haverá circulação de corrente de seqüência zero 3I o e consequentemente a atuação do relé
que está polarizado por 3V 0 .
28 – Relés Direcionais de Corrente
Consultoria
e Projetos
Proteção de Sistemas Elétricos
Elétricos
I cc Carga
G1 1 3 G3
A LT1
Carga
LT2
G2 2 4 G4
Relé + Disjuntor
+
52 F
67
X1 SI
H1
em excesso p/ disparo
67
Direção da potência
TOC
67 67
SI TOC
H1
X1 67
TOC 52a
67
TOC
A carga máxima por linha é de 55 MVA. O relé direcional está ligado em quadratura, isto é, a
corrente no relé para fator de potência unitário está adiantada da tensão de polarização de um
ângulo de 90 0 . O ângulo de projeto do relé é de 450 .
Transformadores de proteção
6.370
It 318,5 A
20
RTC : 400 5 : 80
55.000
In 460,2 A
3 69
I cc 6.370
M 9,1
RTC I t 100 7
Logo, o ajuste do dial é a curva 2. Conforme se observa na Fig. 10.87, para um corrente de
curto-circuito de 6.370 / 51 A, o relé atuará próximo ao ângulo do seu conjugado máximo, que é
0
Transformador de corrente
RTC 3.000 5 600
Transformador de potencial
RTP 13.800 120 115
Para que o relé atue na reversão de potência é necessário que disponha de um tap mínimo
igual ou inferior a 0,08, cuja corrente de acionamento seja de:
I a I t RTC 0,08 600 48 A 52,3 A
a corrente da fase correspondente e a polarização é dada pela tensão das outras duas fases,
(conexão em quadratura).
No relé ZiV, o elemento de sobrecorrente temporizado realiza sua operação sobre o valor
eficaz da corrente de entrada. A partida do relé ocorre quando o valor da corrente medida
supera 1,05 vezes o valor da corrente ajustado. O relé retorna a sua condição de repouso
quando a corrente decresce e atinge o valor 1 vez seu valor da corrente ajustado.
I1
I1
I2
I2
I3
I3
MICROPROCESSAMENTO
In
CIRCUITOS DE
DO RELÉ
In
V22
V1
V23
V2
V31
V3
Vv
Vl
Compactadores
A ativação da partida do relé habilita a função de temporização que realiza uma integração dos
valores medidos de corrente. Esta se realiza aplicando incrementos em função da corrente de
entrada sobre um contador que, ao fim da contagem de tempo ajustado, determina a atuação
do elemento temporizado do relé.
Quando o valor eficaz da corrente medida decresce abaixo do valor da corrente de partida
ajustado ocorre a reposição rápida do integrador. A ativação do sinal de saída do relé requer
que a partida permaneça atuando durante todo o tempo de integração. Qualquer retorno à
condição inicial de repouso do relé conduz o integrador às suas condições iniciais, de forma
que uma nova atuação inicia a contagem de tempo na posição zero.
No caso do relé ZiV 7IVD-L, a característica de tempo pode ser selecionada entre 6 (seis)
alternativas de funções inversas (inversa, muito inversa, extremamente inversa e tempo longo
inversa, tempo curto inversa e uma de tempo fixo). A estas pode ser acrescentada uma
característica de tempo definida pelo usuário e introduzida no relé através do seu sistema de
comunicação.
Para o relé de fabricação ZiV são os seguintes elementos utilizados na graduação:
Unidade de corrente temporizada de fase direcional (modelo 7IVD-L)
habilitação da unidade (permissão): sim ou não;
curva de tempo: tempo fixo, curva inversa, muito inversa, extremamente inversa, etc;
Unidade direcional
Ângulo característico de fase: 15° a 85°, em passos de 1°;
Tiempo en Segundos
Tiempo en Segundos
1000 1000
100 100
10 10
Indices
1
0,9
0,8
0,7 Indices
0,6
0,5
1 1
0,4
0,3 1
0,9
0,8
0,7
0,2 0,6
0,5
0,4
0,1
0,3
0,2
0,05
0,1 0,1
0,1
0,05
0,01 0,01
curva de tempo: tempo fixo; curva inversa, muito inversa, extremamente inversa, etc;
Unidade direcional
ângulo característico de fase: 150 a 850, em passos de 10;
CS
TC 50 51 51N 49 46 TC 50 51 51N 49 46
CS
I >, t I e >, t Ie Ie > I >, t I e >, t Ie Ie >
CS
52 52
CS
CS
TP
CS CS
TC 50 51 51N TC 50 51 51N
CS CS
Carga Carga
EXEMPLO DE APLICAÇÃO
I cc 11.000
It 550A (veja Fig. 10.97)
20 20
P.A.(ponto de acoplamento)
52
10/12,5 MVA
69/13,80 kV
~ 7,5 MVA
52 52
TC 67 TC 67
I cc = 11 kA
I ft = 1,7 kA
13,8/440V
1000 kVA
1000 kVA
Corrente de acionamento:
I a I am RTC 1,38 5 120 828A
I 11.000
M máx 13,2
I
s 828
Tms - curva ajustada : 0,3 (valor adotado em função do tempo de coordenação com outros
relés aqui não considerados)
Para que o relé opere no seu torque máximo, ajustar o ângulo característico do relé em 53°(a
faixa de ajuste varia entre 15 a 85°).
b) Ajuste da unidade instantânea de sobrecorrente de fase
Habilitação da unidade: não
c) Ajuste da unidade temporizada direcional de neutro
Corrente de tape
K I c 0,30 552,9
I tn 1,38A
RTC 120
Corrente de acionamento
I ac I am RTC 0,27 120 5 162A