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AULA 12

RELÉS DIRECIONAIS (67)

ENE095 – Proteção de Sistemas Elétricos de Potência – Prof. Luís Henrique Lopes Lima 1
RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução
 As redes de distribuição e as linhas de transmissão radiais
são protegidas por relés de sobrecorrente (funções 50/51);

 Num sistema em anel ou em paralelo e/ou alimentado


através das duas extremidades, a proteção com relés de
sobrecorrente é impraticável, devido a impossibilidade de
coordenação do mesmo (ajuda de um relé direcional);

 Elementos direcionais: são sensibilizados ou não pelo sentido


em que flui a corrente (relés direcionais de corrente) ou pelo
fluxo de potência (relés direcionais de potência).

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução
 Assim, a proteção com relé direcional tem a finalidade de
reconhecer em que sentido está fluindo a corrente/potência
em uma determinada parte do sistema (TC’s e/ou TP’s);

 Caso essas grandezas estejam fluindo num sentido inverso ao


normal, o relé direcional deve ser sensibilizado e capaz de
enviar ao disjuntor um sinal de disparo;

 Para ilustrar a aplicação dos relés direcionais, utilizaremos o


sistema no qual é composto de 4 linhas de transmissão
partindo de uma barra de geração a uma de carga.

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Introdução

 Condições normais:

O fluxo de corrente se dá no sentido fonte de geração – carga;

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução

 Condição de Falta na linha 3:

 A corrente no alimentador da linha em condição de falta


inverte a posição na barra consumidora, suprindo o ponto de
falta (e.g., curto-circuito) através das demais linhas sãs.
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Introdução

 O relé direcional do disjuntor 10, no momento da inversão da


corrente, reconhece tal ocorrência e envia um sinal de desarme
para esse disjuntor. As correntes nos disjuntores 9, 11 e 12
continuam fluindo no mesmo sentido da corrente de carga e,
portanto, não alteram seu sentido (não atuação dos relés).

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução

 O relé de sobrecorrente do disjuntor 6, no momento da falta,


reconhece tal ocorrência e envia um sinal de desarme para esse
disjuntor. As correntes nos disjuntores 5, 7 e 8 também possuem
valores elevados, portanto para sua não atuação, o tempo de
disparo desses relés deverá ser superior ao do relé do disjuntor 6.

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução

 Conclusões:

Os disjuntores 5, 6, 7 e 8 não necessitam ser portadores de relés de


sobrecorrente direcionais, bastam as funções de sobrecorrente (50/51);

Os disjuntores 9, 10, 11 e 12 necessitam de relés com a função direcional (67).

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução

 Conclusões:

Os disjuntores 1 e 2 não necessitam ser portadores de relés de sobrecorrente


direcionais, bastam as funções de sobrecorrente (50/51);

Os disjuntores 3 e 4 necessitam de relés com a função direcional (67).

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução
 Outra forma de mostrar o funcionamento de um relé
direcional pode ser observada no sistema em anel fechado;

Condições Normais

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Introdução
 Outra forma de mostrar o funcionamento de um relé
direcional pode ser observada no sistema em anel fechado;

Condição de Falta no Ponto Indicado

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Introdução
No caso de um defeito (curto-circuito) no ponto indicado:
 A corrente de curto circulará pelo trecho A-B e B-C passando
pelos relés associados aos disjuntores D1, D2 e D3;
 Nessa condição, o relé associado ao disjuntor D2 será bloqueado
pela sua unidade direcional, enquanto o relé de sobrecorrente
não direcional associado ao disjuntor D1 está em condições de
operar, mas não deve fazê-lo. O relé associado ao disjuntor D3
deverá ser ajustado com um tempo inferior ao do relé associado
ao disjuntor D1, pois será o responsável pela eliminação da
circulação da corrente nesse trecho.
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Introdução
No caso de um defeito (curto-circuito) no ponto indicado:
 Também haverá circulação de corrente de curto no trecho A-D e
D-C passando pelos relés dos disjuntores D8, D7, D6, D5 e D4;
 Nessa condição, os relés direcionais associados aos disjuntores
D5, D6 e D7 serão bloqueados por seus elementos direcionais.
No entanto, os relés de sobrecorrente não direcionais associados
aos disjuntores D8 e D4 estão em condições de operar. O relé
associado ao disjuntor D4 deverá ser ajustado com o menor
tempo de operação pois será o responsável pela eliminação da
circulação da corrente nesse trecho.
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Introdução
 Dessa forma, com a atuação do disjuntor D3 dotado de um relé
com a função direcional e do disjuntor D4 dotado de um relé com
a função de sobrecorrente, o defeito será eliminado.

Somente o trecho B-C desenergizado

Sem interrupção de energia às outras


cargas conectadas ao sistema.

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Introdução
 Os relés direcionais podem ser encontrados em:

a) Unidades Eletromecânicas ou Indução (não mais fabricados);

b) Unidades Eletrônicas ou Estáticas (não mais fabricados) e;

c) Unidades Digitais.

 Há três tipos dependendo da grandeza controlada:

a) Relés Direcionais de Sobrecorrente de Fase;

b) Relés Direcionais de Sobrecorrente de Terra e;

c) Relés Direcionais de Potência.

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RELÉ DIRECIONAL (67)
Introdução
 Os relés direcionais utilizam corrente e tensão para poder
reconhecer o sentido de fluxo da corrente e, para isso, são
empregados transformadores de corrente e tensão;

 Para tensões inferiores a 69 kV são empregados


transformadores de potencial (TP’s) eletromagnéticos de
categoria 1 (fase-fase) e categoria 2 ou 3 (fase-terra).

 Para tensões iguais ou superiores a 69 kV são empregados


transformadores de potencial (TP’s) eletromagnéticos ou do
tipo capacitivo categoria 2 ou 3.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Relé Direcional de Sobrecorrente de Fase
 São construídos em unidades monofásicas e trifásicas;

 Os relés direcionais de sobrecorrente são utilizados,


essencialmente, na proteção de linhas de transmissão
da classe de tensão igual ou superior a 69 kV;

 Esses elementos somente devem ser aplicados em


sistemas fechados em anel ou aqueles dotados de dois
ou mais circuitos alimentadores operando em paralelo.

Não há sentido em aplicá-los em sistemas radiais;

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Características Construtivas
 Normalmente, possuem uma unidade temporizada de
corrente do tipo disco de indução e uma unidade
direcional instantânea do tipo cilindro de indução;

a) Unidade de sobrecorrente temporizada

Quando a corrente está fluindo na direção escolhida


para fechar o contato, a unidade temporizada é
acionada e desenvolve o torque no disco de indução.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Características Construtivas
b) Unidade direcional

Em geral, a unidade direcional é polarizada por tensão


e controla direcionalmente a operação da unidade
temporizada por meio dos seus contatos;

A maioria das aplicações é para fechamento do contato


da unidade direcional para a circulação de corrente
saindo da barra e abertura do contato para a circulação
de corrente entrando na barra.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Características Construtivas
c) Unidade instantânea

É do tipo armação articulada. Quando a corrente


atinge valores muito elevados, a unidade fecha os seus
contatos, ao mesmo tempo que faz surgir no visor uma
bandeirola vermelha que somente é desfeita por
desarme manual. A bobina da unidade instantânea é
ajustada para operação em uma das duas faixas
indicadas: faixa H (alta) ou faixa L (baixa).

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Características de Tempo
 Podem apresentar as características de tempo de
atuação descritas a seguir, cuja aplicação deve ser
definida em função das condições operacionais.

a) Característica de Tempo Inverso;

b) Característica de Tempo muito Inverso;

c) Característica de Tempo extremamente Inverso.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Características de Tempo

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Na maioria dos relés (conexão 90°), a unidade direcional é
percorrida pela corrente da fase correspondente à ligação
do relé, enquanto a tensão aplicada à bobina de potencial é
referente às outras duas fases. Isto é, o relé da fase A é
sensibilizado pela corrente que flui na fase A, enquanto a
bobina de potencial é ligada entre as fases B-C.

 Para que exista um torque na direção desejada, necessita


das grandezas de operação (corrente) e de polarização
(corrente/tensão) agindo no sentido de operação.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 O torque produzido por uma unidade direcional de
sobrecorrente, onde as grandezas de operação e polarização
são a corrente:
𝑇 = 𝐾1 × 𝐼1 × 𝐼2 × 𝑠𝑒𝑛∅ − 𝐾2
𝐾1 − constante do relé que depende do projeto;
𝐾2 − constante que representa o torque resistente da mola;
𝐼1 − corrente da bobina de corrente da unidade direcional;
𝐼2 − corrente da bobina de potencial da unidade direcional;
∅ − ângulo de defasagem entre as correntes 𝐼1 e 𝐼2 ;

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase

Os relés direcionais são


constituídos de:

 Unidade direcional formada


por uma bobina de tensão,
conectada aos terminais do
transformador de potencial;
 Uma bobina de corrente,
conectada em série à
bobina de corrente da
unidade de sobrecorrente.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Situação normal de carga

Contato da unidade de Contato da unidade


sobrecorrente: aberto direcional: aberto

Contato da unidade de Contato da unidade


sobrecorrente: aberto direcional: aberto

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Disjuntores D1 e D2 (relé de sobrecorrente): o contato
da unidade de sobrecorrente do relé de sobrecorrente
não direcional (51) está aberto;
 Disjuntores D3 e D4: o contato da unidade de
sobrecorrente do relé direcional (51) está aberto e o
contato da unidade direcional (67) está aberto;
 O mesmo ocorre com o contato da unidade não
direcional do relé de sobrecorrente.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase

 Disjuntores D1 e D2: os tempos da unidade 51 dos relés


não direcionais estão ajustados para T = 0,60 s.

 Disjuntores D3 e D4: os tempos da unidade 51 dos relés

não direcionais estão ajustados para T = 0,30 s.

 Disjuntores D3 e D4: os tempos das unidades 51/67 dos

relés direcionais estão ajustados para T = 0,0 s.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Situação de falta no ponto indicado

Contato da unidade de Contato da unidade


sobrecorrente: fechado direcional: fechado

Contato da unidade de Contato da unidade


sobrecorrente: aberto direcional: aberto

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Disjuntor D1: o contato da unidade de sobrecorrente do
relé de sobrecorrente não direcional (51) se fecha por
sobrecorrente, após a abertura do disjuntor D3
(unidades 51/67), num tempo T = 0,6 s;

 Disjuntor D2: o contato da unidade de sobrecorrente do


relé de sobrecorrente não direcional (51) não se fecha
por estar temporizado para T = 0,6 s, tempo superior a
abertura do disjuntor D3.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Disjuntor D3: o contato da unidade de sobrecorrente do
relé direcional (51) se fecha por sobrecorrente e o contato
da unidade direcional (67) se fecha por inversão de
corrente, fazendo atuar o disjuntor num tempo 0,0 s;
 Disjuntor D4: o contato da unidade de sobrecorrente do
relé de sobrecorrente direcional (51) se fecha por
sobrecorrente e o contato da unidade direcional (67)
mantém-se aberto, inibindo a atuação do disjuntor. Já o
contato da unidade 51 não atua pois o defeito foi
removido em 0,0 s e este está temporizado para 0,30 s.
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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO

Nessa condição a barra B continua em operação, porém com


redução do montante de geração e, assim, com redução de carga.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 É possível ocorrer falha na proteção direcional quando o
defeito acontece muito próximo ao barramento em que
esta proteção está instalada.

 Como o relé direcional opera com os sinais de tensão e


corrente, nessa condição de falta a tensão nos terminais
do transformador de potencial é muito pequena,
tendendo a zero, o que é denominado de zona morta da
proteção direcional.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
 Na proteção direcional, existe praticamente três tipos de
ligação convencional quando são utilizados relés
direcionais polarizados por tensão-corrente.

 Cada uma dessas ligações corresponde a um relé


direcional específico, com ângulo máximo de torque
diferente. Nos relés digitais, pode-se ajustar o ângulo
conforme a necessidade do projeto.

 Esses três tipos de ligação convencional são:

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
a) Conexão 30°
Nesse caso, a corrente de operação 𝐼𝑎 está adiantada da
tensão de polarização 𝑉𝑎𝑐 de um ângulo de 30° elétricos.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
b) Conexão 60°
A corrente de operação 𝐼𝑎 está adiantada da tensão de
polarização 𝑉𝑏𝑐 + 𝑉𝑎𝑐 de um ângulo de 60° elétricos.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Torque do Relé de Sobrecorrente de Fase
c) Conexão 90°
Nesse caso, a corrente de operação 𝐼𝑎 está adiantada da
tensão de polarização 𝑉𝑏𝑐 de um ângulo de 90° elétricos.

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Relé de Sobrecorrente de Neutro
 São relés de usados na proteção de linhas de
transmissão contra defeito fase e terra;

 Tais como os relés direcionais de fase, são dotados de


uma unidade temporizada, uma unidade direcional,
uma unidade instantânea e uma unidade de selo;

 Apresentam as mesmas curvas características de tempo


× corrente dos relés direcionais de fase (curva inversa,
muito inversa e extremamente inversa).

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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Relé Direcional de Potência
 Esta proteção tem a finalidade de reconhecer em que
sentido está fluindo a potência do sistema;
 Esses relés são empregados em unidades geradoras,
quando um fluxo de potência flui num sentido não
desejado, denominado potência reversa, ou quando se
deseja limitar o fluxo num determinado sentido;
 São polarizados por tensão e reconhecem o fluxo da
corrente correspondente. Operam para uma tensão
entre fases e para a corrente de linha.
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RELÉ DE SOBRECORRENTE DE INDUÇÃO
Relé Direcional de Potência
 Os relés direcionais de potência podem, também, ser
aplicados em sistemas dotados de condutor neutro.
Nesse caso, são polarizados pela tensão de fase e neutro
e operam com a corrente de linha;
 Construtivamente, esses elementos consistem de:
1) Uma unidade direcional;
2) Uma unidade de sobrecorrente temporizada;
3) Uma unidade de bandeirola e selagem.

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