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MARCELO RUFINO DE OLIVEIRA

I.

das provas discursivas de física do IME de 1980 a 2015. Na verdade, o autor deste livro sempre ouviu
que seus alunos gostavam mais de suas aulas de física do que de matemática. Sabe quando você tem
paiXào por uma coisa, mas seu dom é pra outra coisa? É mais ou menos por aí.

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Marcelo Rufino
Abril de 2018

J
)

i-

T
índice

1. Vetores 1
Segmentos Orientados 1
Vetores 2

2. Introdução à Cinemática 13
Conceitos Fundamentais 13
Posição 13
Vetor Posição 15
Vetor Deslocamento e Deslocamento Escalar 15
Distância Percorrida ou Espaço Percorrido 17
Unidades de Espaço 17
Velocidade Média 18
Unidades de Velocidade 19
Velocidade Instantânea 20
Velocidade Relativa 22
Composição de Movimentos 25
Classificação do Movimento Quanto à Velocidade 26
Movimento Uniforme 27
Exercícios Resolvidos 29
Exercícios Propostos 35

3. Cinemática: Movimento Acelerado 50


Movimento Uniformemente Acelerado 50
Movimento Não Uniforme 61
Exercícios Resolvidos 66
Exercícios Propostos 68

4. Cinemática: Lançamentos 86
Conceitos Fundamentais . . 86
Queda Livre 86
Lançamento Vertical Descendente 87
Lançamento Vertical Ascendente . 87
Lançamento Horizontal 89

C
Lançamento Oblíquo . . 91
Parábola de Segurança 96
Exercícios Resolvidos . 102
Exercícios Propostos 110

5. Cinemática: Movimento Circular 127


Introdução................................................................ 127
Grandezas Angulares............................................ 127
Aceleração Centrípeta.......................................... 132
Movimento Circular Uniforme............................... 134
Movimento Circular Uniformemente Variado . . . 135
Acoplamento de discos, polias e rodas dentadas 136
Movimento Circular Não Uniforme........................ 138
Exercícios Resolvidos 140
Exercícios Propostos 146

6. Estática 161
Conceito de Equilíbrio............. 161
Equilíbrio de Translação......... 163
Equilíbrio de Rotação............... 165
Condições Gerais de Equilíbrio 171
Tombamento............................. 172
Treliças Planas.......................... 173
Princípio dos Trabalhos Virtuais 175
Exercícios Resolvidos............. 177
Exercícios Propostos 191

7. Gravitação............. 223
Introdução............... 223
Modelo Geocêntrico 223
Modelo Heliocêntrico 226
Leis de Kepler . 231
Lei da Atração Universal 232
Momento Angular........... 234
Aceleração Gravitacional 236
Movimento das Marés.................... 239
Energia Potencial Gravitacional . . . 243
Casca Esférica................................. 244
Conservação da Energia Mecânica 247
Órbita Circular................................. 248
Efeito Estilingue Gravitacional 251
Órbita Elíptica.......................... 254
Coordenadas Polares........... 259
Exercícios Resolvidos 261
Exercícios Propostos 269

8. Hidrostática 296
Introdução................................................................................ 296
Densidade e Massa Específica............................................ 296
Pressão .................................................................................... 297
Variação da Pressão com a Profundidade em um Líquido 298
Princípio de Pascal................................................................ 299
O Princípio de Arquimedes................................................... 307
Translação de Fluidos.......................................................... 310
Exercícios Resolvidos . 313
Exercícios Propostos 331

9. Hidrodinâmica 364
Fluxo de Fluido 364
Equação da Continuidade 364
Equação de Bernoulli . . . . 365
Exercícios Resolvidos . . . 370

10. Gabaritos 375


ELEMENTOS DA FÍSICA

VETORES
SEGMENTOS ORIENTADOS

Denomina-se de segmento orientado a um segmento de reta que possui sua origem em


um ponto e sua extremidade em outro. Na figura abaixo está ilustrado um exemplo de segmento
orientado, com sua origem no ponto A e sua extremidade no ponto B.

Afirma-se que um seguimento é nulo quando sua origem coincide com sua extremidade (A
= B). Dado um segmento AB, segue que o segmento BA é o seu oposto.

A A

B
Dados dois segmentos orientados AB e CD, como os mostrados na figura seguinte,
dizemos que eles têm a mesma direção quando os segmentos AB e CD são paralelos ou
coincidentes. Com relação ao seu sentido, dizemos que dois segmentos possuem o mesmo
sentido quando, além de terem a mesma direção possuem a mesma orientação. Quando a
orientação é oposta, dizemos que os segmentos são opostos.

A D

c
Dizemos que dois segmentos sâo equipolentes quando eles possuem o mesmo
comprimento, a mesma direção e o mesmo sentido.

A D

B C

1
ELEMENTOS DA FÍSICA

VETORES

Chama-se de vetor ao segmento de reta orientado que possui sua origem em um ponto e
extremidade em outro. Na figura, o segmento AB é chamado de vetor AB e indicado por AB .

Dado um vetor v AB, o vetor BA é chamado de oposto de AB e se indica por -AB ou


por —v.
A A

ADIÇÃO DE VETORES (FORMA GEOMÉTRICA)

Sejam ü e v dois vetores quaisquer. A soma de ü com v é o vetor ü + v que pode ser
determinado da seguinte maneira: escolhemos representantes AB e BC dos vetores ü e v . O
vetor soma é representado pela flecha que possui origem no ponto A e extremidade no ponto C,
como mostra a figura:

C
U +V
V
u
A u B
A soma coincide com a diagonal do paralelogramo determinado por ü e v, quando estes
vetores são posicionados com o mesmo ponto inicial. Veja:

u U +V
ü

V
Assim fica evidente que ü + v = v + ü.
Vejamos agora algumas definições:
(i) Existe um só vetor nulo 0 tal que, v + 0 = 0 + v = v. O vetor nulo tem módulo zero e direção e
sentido indeterminados.
(ii) Qualquer que seja o vetor v , existe um só vetor -v (vetor oposto de v) tal que v + (-v) = 0.
(iii) A diferença dos vetores ü e v é o vetor ü + (-v).

2
IELEMENTOS DA FÍSICA

-V

n + (-v) /
\ /u

MULTIPLICAÇÃO DE NÚMERO REAL POR VETOR (FORMA GEOMÉTRICA)

Dado um vetor v * Õ (vetor nulo) e um número k e IR*, define-se produto de um número


real k pelo vetor v , o vetor k. v tal que:
a) módulo: | k. v | =| k| | v |, ou seja, o comprimento de k.v é igual ao comprimento de v
multiplicado por | k|.
b) direção: k. v e v possuem a mesma direção.
c) sentido: k. v e v têm o mesmo sentido se k > 0 e k.v ev têm sentidos contrários se k < 0.
Obs. Se k = 0 ou v = Õ (vetor nulo), então k.v =Õ .

A figura abaixo apresenta o vetor v e alguns produtos kv:

-2v
-1,5v -*

AS COMPONENTES DE UM VETOR (FORMA ALGÉBRICA)

Qualquer vetor v = AB considerado no plano cartesiano possui sempre uma


representação (segmento orientado OP) cujo ponto inicial é a origem. Inicialmente, serão
considerados os vetores com origem na origem do sistema. Neste caso, o vetor é determinado
pelo ponto extremo do segmento. Assim, ligando a origem ao ponto P(x, y) tem-se o vetor v =OP
e escreve-se v = (x, y). As coordenadas de P são identificadas como as componentes do vetor.
Y

y P

v i

V o x +x

3
r~TELEMENTOS DA FÍSICA

z Também é possível representar um vetor no espaço.


Para tanto, é necessário trabalhar nas três dimensões,
'"?|P normalmente denominadas de x, y e z, como indicado na
/ I figura ao lado. Se O é a origem do sistema de eixos
I tridimensionais e P = (x, y, z) a extremidade de um vetor
V = (x;x,z)/ I
I ÕP, o vetor v = OP é representado por
I
I V = (X, y, z)
I
1
I y
9^7 4—
I ,
?/
/
XZ

IGUALDADE DE VETORES (FORMA ALGÉBRICA)

Dois vetores são iguais se as respectivas componentes são iguais. Assim, se os vetores
ü= (x,, y,, z,)e v = (x2, y2, z2) são iguais se e somente se x, = x2, y, = y2 e z, = z2.

O MÓDULO DE UM VETOR (FORMA ALGÉBRICA)


y
Caso o vetor v = (x, y) seja dado em um plano, pode-se
determinar seu módulo pelo teorema de Pitágoras:
y
I V I 2 = x2 + y2 I v | = y/x2 + y2 .
O X

Por exemplo, se v = (- 4,3): | v | = 7(-4)2 + (3)2 = V16 + 9 = v25 = 5 .

z.
Caso o vetor v = (x, y, z) seja dado no
espaço, seu módulo é calculado observando que
|v| é a diagonal de um paralelepípedo de
dimensões x, y e z, conforme ilustrado na figura
A ao lado. Desta forma, o módulo de v=(x, y, z)
V vale:

X L I v 1= 7x2 + y2 + z2

4
£
ELEMENTOS DA FÍSICA

SOMA DE VETORES (FORMA ALGÉBRICA)

Sendo u = (x1f y,) e v = (x2, y2), define-se a soma entre os vetores u e v como:

u + v = (xi + x2, yi + y2).

Verifique como a definição algébrica da soma de vetores concorda com a definição


geométrica apresentada anteriormente.

p p

y2 D
u+v
V

B LG
*1 Vi
u _i----------- x
+x
o x2F Xi xd + x2 o Vx2
Como OAPB é paralelogramo, tem-se que os triângulos OAF e BPG, da figura 1, são
congruentes, por LAA0. Assim, OF = BG e então a abscissa de P é Xi + x2. Analogamente, tem-
se que os triângulos ADP e OEB, da figura 2, são congruentes, por LAAO e assim, PD = BE e
então a ordenada de P é y2 + y-i. Assim, as coordenadas de P são (x2 + Xi, y2 + yi).

Tudo que foi apresentado para a soma de dois vetores em um plano é válido para a soma
de dois vetores no espaço. Isto ocorre pois dois vetores não paralelos determinam um único plano.
A demonstração deste fato é bem simples. Faça coincidir a origem O dos vetores com a origem
dos sistema de eixos tridimensionais. O ponto O e os extremos A e B dos vetores v e ü
determinam um único plano, que é o plano que contém o triângulo OAB. Assim, somando os
vetores u= (x1f y,, z-i) e v = (x2, y2, z2) encontra-se u + v= (x4 + x2, y! + y2, z-, + z2)

Por exemplo, se u = (-3, 5,1) e v = (2, - 8, 0) então:

ü + v = (-3 + 2, 5 + (-8), 1 + 0) ü + v = (-1,-3,1)

MÓDULO DA SOMA DE DOIS VETORES (FORMA GEOMÉTRICA)

Considere a figura anterior, onde 0 = ZAÔB é o ângulo formado pelos vetores v = OAe
ü = OB . Como AOBP é um paralelogramo, sabe-se que ZOÂP = 180° - 0. Aplicando o lei dos
cossenos em AOAP:

------ 2 ------- 2 ------ 2--------------


OP =OA +AP -2.AO.AP.cos(18O°-0) => | + v |2=| |2 -+1 v |2 +2. | u |. | v |. cos0,

onde 0 é o ângulo formado entre os vetores u e v.

Por exemplo, se | u |= 2 , | v |= 3 e o ângulo entre os ü e v é 60°:

| Ü + v |2=| Ü |2 +1 v |2 +2.101. | v |,cos0 = 22 + 32 + 2.2.3.cos60°= 4 + 9 + 12.0,5 = 13 + 6 = 18


|ü + v|=3>/2
———^e****—mw—mui m -r---

5
SÜKitaMii
ELEMENTOS DA FÍSICA

MULTIPLICAÇÃO DE UM VETOR POR UM ESCALAR (FORMA ALGÉBRICA)

Sendo u = (xn, yi, z,)ek e IR, a multiplicação de um vetor por um escalar é definido por:

k.u = (k.X!, k.yi, k.z^

A definição algébrica do produto por escalar dada acima concorda com a definição
geométrica vista anteriormente. O módulo de v = (k.x,, k.yi, k.z,) é dado por:
| v | = >/(k-x1)2 + (k.y1)2+(k.z1)2 = 7k2(x,2 + y,2 + z2) = |k|7x,2 + y/ + zf = | k || ü|

Logo, o módulo de k.u é igual ao módulo de u multiplicado por |k|.

VETOR DEFINIDO POR DOIS PONTOS (FORMA ALGÉBRICA)

z Considere o vetor AB de origem em A(xa, ya,


za) e extremidade em B(xb, yb, zb). Da figura:

OA +AB = OB => AB=OB—OA


ÃB = (xb, yb, zb) - (xa, ya, za) =>
AB = (xb - xa, yb - ya, zb - za).

•►y Observação: Sempre que v = ABouv = B- A


o
pode-se concluir também que B = A + vouB = A +
ÃB, isto é, o vetor v transporta o ponto inicial A para
X,
o ponto extremo B.

Suponha que os pontos A e B são dados por A(2, - 7, 5) e B(0, 4, - 6). Assim, o vetor AB
édado por ÃB = B-A = (0, 4, -6)-(2, -7, 5) = (0 -2, 4 - (-7), -6 - 5) = (-2, 11, - 11).

VETOR DEFINIDO PELOS VETORES UNITÁRIOS (FORMA ALGÉBRICA)

É possível associar um vetor de módulo unitário a cada eixo. O vetor unitário 7 será
associado ao eixo x e o vetor unitário j ao eixo unitário ao eixo y, conforme figura abaixo:

1..
j
O"t T ->
X

O par ordenado de vetores unitários (i, j) constitui uma base do plano R2, ou seja, base do
plano cartesiano Oxy. Verifica-se que um vetor ü = (x, y), pode ser escrito univocamente como:

ü = x.i + y.j

Analogamente, no espaço R3, pode-se considerar os vetores unitários 7 , j e k ,


respectivamente, associados aos eixos Ox, Oy e Oz, conforme figura abaixo, e a representação
do vetor 0 = x.7 + y.j + z.k , no espaço é:

6
r ELEMENTOS DA FÍSICA

Zf

z
“71
Z I
I P(x.y.z)
PzZ I
r— I
I
I I
i
1
I U I
l I
i k I
l I
—k
l
j Y
I i
i
5<

O terno de vetores unitários (i , j , k), será a base do espaço R3. O módulo do vetor
ü = x.i + y.j +z.k será dado por:

| ü |= 7x2 + y2 + z2

Para demonstração esta fórmula basta verificar que | ü | é a diagonal de um paralelepípedo


de dimensões x, y e z.

PRODUTO ESCALAR (FORMA ALGÉBRICA)

Sejam ü = (xi, y1f e v = (x2, y2, z2) dois vetores, que formam um ângulo 0. Define-se o
produto escalar de ü por v , que é simbolizado por ü.v como sendo o escalar (número real)

Ü.V =| Ü I. I V I .COS©

Observe que esse produto é simbolizado por um ponto. Não é permitido utilizar o sinal x,
pois este será utilizado para outro tipo de produto. Para obter o produto escalar em função das
coordenadas dos vetores, multipliquemos inicialmente os vetores unitários:

i.j = i.k = j.k = 1.1.cos90° = 1.1.0 = 0 e i.i = j.j =k.k = 1.1.cos0°=1.1.1 = 1

Escrevendo os vetores ü e v em termos dos unitários, o produto ü.v fica:

(xj + y1 j + z-JíHxJ + y2 j + z2k) =


= x1x2i.i +x1y2i.j + x1z2i.k + y1x2j.i +yiy2j j + y1z2j.k + z1x2k.i 4-z^k.j 4-z^k.k
= x1x2.1 + x1y2.0 + x1z2.0 + y1x2.0 + y^.1 + y^.O + z1x2.0 + z1y2.0 + ztz2.1 =
= + y^ + z^2

Caso sejam conhecidas todas as componentes de dois vetores ü(xv y^ z^ e v(x2, y2, z2),
é mais eficiente calcular produto escalar pela expressão ü.v = x,x2 + y,y2 + z,z2 do que pela
definição ü.v =|ü|.| v|.cos0, que é mais utilizada para determinar o valor de cos 0. A propósito,

7
ELEMENTOS DA FÍSICA

pela definição ü.v =| u |. | v | .cos0, é fácil verificar que se ü e v são dois vetores perpendiculares,
o produto escalar é nulo, pois cos 90° = 0.

Por exemplo, considere os vetores ü(2, -4, 3) e v(-1, -2,-4). O produto escalar destes
vetores vale:

ü.v = (2). (-1) + (—4).(-2) + (3).(—4) = -2 + 8 -12 = -6

Os casos de perpendicularismo também podem ser analisados por meio do produto


escalar. Por exemplo, pode-se determinar o valor de k de modo que os vetores 0(1, -2, 7) e
v(-3, k, -5) sejam perpendiculares. Basta impor que o produto escalar seja igual a zero:

ü.v=0 (1).(-3) + (-2).k + (7).(-5) = 0 => -3-2k-35 = 0 => 2k = -38 => k = -19

ÂNGULO ENTRE DOIS VETORES (FORMA ALGÉBRICA)

O ângulo entre dois vetores pode ser calculado a partir do produto escalar entre estes dois
vetores. Isolando cos 0 na expressão do produto escalar segue que:

ü.v
COS0 =
|ü|.|v|

Note que cos 9 = 0 se e somente se os vetores u e v são perpendiculares.

Por exemplo, pode-se determinar o valor de k de modo que o vetor v = (-1, -1,-2) forme
um ângulo de 60° com o vetor ü = (k, - 4, - 2):

COS0 =
ü.v
=> cos 60° =
(k)-(-1) + (-4).(-1) + (-2),(-2) 2 -k + 4 + 4
IüI•Iv| 7k2 + (~4)2 + (-2)2 .V(-1)2 + (-1)2 + (-2)2 22 Vk2 +20.V6
Vôk2 +120 =2(8-k) => 6k2 + 120 = 4(64 - 18k + k2) => 3k2 + 60 = 128 - 32k + 2k2 =
k2 + 32k - 68 = 0 => (k + 34)(k -2) = 0 => k = -34ouk = 2

Como - 1 < cos 0 < 1 segue que -1 u |. | v |< ü.v <| ü |. | v |. A igualdade ocorre apenas
quando 0 = 0, caso em que ü.v =| ü |. | v |, ou 0 = 180°, situação em que ü.v = -1 ü |. | v |.

PROPRIEDADES DO PRODUTO ESCALAR


Para o produto escalar são válidas as propriedades:
(1) ü.v = v.ü (comutatividade)
(2) ü.v = 0 <=> ü±v .
(3) (ü.v).w é um vetor, pois (ü.v) é um escalar e (ü.v).w é o produto de um escalar por um vetor.
(4) (ü.v).w ^ü.(v.w) pois (ü.v).w é um vetor com a mesma direção de w e ü.(v.w) é um vetor
com a direção de ü.
(5) k.(ü.v) = (k.ü).v,k e IR

8
ELEMENTOS DA FÍSICA

PRODUTO VETORIAL

O produto vetorial é uma multiplicação entre dois vetores, onde o resultado será também
um vetor. A simbolização do produto vetorial de 0 por v é üx v ou ü a v.
Os sinais x ou a são usados para o produto vetorial e não podem ser substituído pelo ponto
(.) que é usado apenas para o produto escalar.

O Produto vetorial üxv é definido como sendo um vetor que apresenta as seguintes
características:

MÓDULO: üx v =| ü |.| v |.sen0, onde 0 é o ângulo formado pelos dois vetores.


DIREÇÃO: perpendicular ao plano formado por u e v.
SENTIDO: determinado pela REGRA DA MÃO DIREITA, conforme mostra a figura abaixo:

Üx V

Os dedos indicador, médio e polegar devem estar esticados como indicado na figura, com
o dedo médio perpendicular à palma da mão e o polegar apontado para cima. O primeiro vetor ü
do produto vetorial é apontado com o dedo indicador e o segundo vetor v é apontado com o dedo
médio. O produto ü x v é apontado com o polegar.

O produto vetorial pode ser calculado a partir das coordenadas dos mesmos. Para isso,
inicialmente deve-se determinar os produtos de todos os pares de vetores unitários T, j e k,
utilizando a expressão üxv=|ü|.|v|.senO e lembrando que o ângulo formado entre 7 e j, j e
k e i e k é 90° e o ângulo entre i e 7, j em j e k e k é 0o.

Assim, tem-se que:

ixj k. j x I = -k, i xk= j, kx i -j, jxk i, kx j =-i, i x i = jx j =kxk = 0

Multiplicando u = xj + y, j + zdk por v = x27 + y2 j + z2k tem-se:

(x1T + y1j+z1k)x(x2T + y2j+z2k) =


= xdx2i x i +x1y2i x j +x1z2i xk + y1x2j x i +y1y2j x j +y1z2j xk + z1x2kx i + z1y2kx j + z1z2kxk =
= x1x2.0 + x1y2.k+ x1z2.j-y1x2.k + y1y2.0 + y1z2.i -z^.j-z1y2.i +z1z2.0 =
= (Yiz2 - y2zi)i + (x2Zi - x,z2)j + (x1y2 - x2y1 )k

9
ELEMENTOS DA FÍSICA

O resultado encontrado para üxv, em função das componentes dos vetores pode ser
interpretado como o determinante de uma matriz 3x3 onde os elementos da 1a linha são os
vetores unitários em cada eixo, os elementos da 2a linha são as componentes de ü e os
elementos da 3a linha são as componentes de v :

í j k
üxv = (y1z2-y2z1)i+(x2z1-x1z2)j+(x1y2-x2y1)k= x, y, Z1

x2 y2 Z2

Dados os vetores u= -i +3j+2k e v = T + 5 j - 2k, o produto vetorial ü x v é dado por:

T j k
üxv = -1 3 2 =-67 + 2j-5k-3k-10T-2j =-16T + 0j-8k
1 5 -2

PROPRIEDADES DO PRODUTO VETORIAL

Para o produto escalar são válidas as seguintes propriedades:

(1) üxv=—vxü (anti-comutativa)


(2) k.(üxv) = (k.ü)xv = üx(k.v), k e IR
(3) üxv = 0 <=> ü e v são paralelos
(4) (üxv)xw = üx(vxw) (associativa)
(5) Qx(v + w) = üxv + üxw (distributiva)

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO PRODUTO VETORIAL

Considere o paralelogramo ABCD, abaixo.


D C Sabe-se que a área S desse paralelogramo é:

S = basexaltura => S =| AB | .h
h
Do triângulo AMD, segue que h=|AD|.senO .
e Deste modo, tem-se que:
A B
M S =| AB |. | AD |. sen 0 =| AB x AD |

Por exemplo, dados os vetores ü =(2,1,—1) e v =(1,-1,a), é possível calcular o valor de a


para que a área do paralelogramo determinado por ü e v seja igual a Vô2 unidades de área.

T j k
üxv = 2 1 -1 = aT-j-2k-k —T-2aj =(a-1)T-(2a + 1)j-3k
1 a

Como S=|üxv| segue que:

V62 = V(a -1)2 + (2a +1)2 + (-3)2 => 62 = a2 - 2a + 1 + 4a2 + 4a + 1 + 9 =>


62 = 5a2 + 2a + 11 5a2 + 2a-51=0 => (5a + 17)(a —3) = 0 => a = — 17/5 ou a = 3

10
ELEMENTOS DA FÍSICA

PRODUTO MISTO

O produto misto de três vetores consiste na combinação de produtos escalares e vetoriais na


forma ü.(vxw). O resultado vxw será um vetor que multiplicado escalarmente por ü resultará
em um escalar.

Se ü = x,T + y1 j + z,k, v = x2I + y2 j + z2k e w = x3 i + y3 j + z3k tem-se:

v x w = (y2z3 - y3z2)i + (x3z2 - x2z3)j + (x2y3 - x3y2 )k =>


ü.(v x w) = x1y2z3 - x1y3z2 + y1x3z2 - y1x2z3 + z^y., - z1x3y2,

que é um escalar igual ao determinante da matriz

X! Yi Z1

ü.(vxw) = x2 y2 z2
X3 y3 Z3

ALGUMAS OBSERVAÇÕES SOBRE O PRODUTO MISTO

I. ü.(vxw)í(ü.v)xw o primeiro um escalar e o segundo um vetor.


II. ü.(vxw) = (üxv).w
III. Permutações circulares dos três vetores não modifica o produto:
ü.(vxw) = v.(wxü) = w.(üxv)
IV. A troca da ordem de dois vetores modifica o sinal do produto:
ü.(v x w) = v.(w x ü) = w.(ü x v) = -ü.(w x v) = -v.(ü x w) = -w.(v x ü)

INTERPRETAÇÃO GEOMÉTRICA DO PRODUTO MISTO

Calculando o módulo do produto misto segue que:

|Ü.(VXW)|=|Ü|.|VXW|.COS0,

onde 0 é o ângulo formado pelos vetores


ü e vxw. Lembre que vxw é um vetor
perpendicular ao plano formado pelos
vetores v e w . Logo, a expressão
V x W |ü|cos0 pode ser interpretada como o
módulo da projeção de ü sobre vxw .
Ü 9lh / Como |vxw| é igual à área do
0/ W/í paralelogramo formado pelos vetores ü e
v, o produto | vxw|(|ü|cos0) pode ser
• __Gj
interpretado como o volume do
V paralelepípedo formado por ü , v e w ,
como ilustrado na figura ao lado.

^paralelepípedo | U. (V X W ) |

Pela propriedade u.(vxw) = v.(wxu) = w.(üxv), o volume do paralelepípedo independe


dos vetores que são tomados como base e do vetor que é tomado como altura.

11
ELEMENTOS DA FÍSICA

-7
Tome três vetores ü, v e w no espaço
de modo que as origens coincidem no mesmo
ponto. Repare que esta configuração sempre é
possível. A origem comum e as três
extremidades dos vetores formam um tetraedro,
conforme indicado na figura. O volume deste
tetraedro é igual à um sexto do volume do
paralelepípedo formado pelos vetores ü, v e w .
Assim:

V |ü.(vx w)|
^tetraedro
6

Por exemplo, considere no espaço os pontos A(2,1, 3), B(2, 7, 4), C(3, 2, 3) e D(1, - 2, 3).
Deseja-se calcular o volume do tetraedro que possui A, B, C e D como vértices. Tomando A como
origem, os vetores definidos pelos pontos são AB = (0, 6,1), AC = (1,1, 0) e AD = (-1, -3, 0). O
IAB (AC x AD) I
volume do tetraedro ABCD é dado por Vtetraedro =------------------- — . Calculando o produto misto:
6

0 6 1
ÃB.(ÃCxÃD) = 1 1 0 = 0 + 0 - 3 +1 + 0 + 0 -2
-3 0

Portanto, o volume do tetraedro ABCD vale:

|AB.(ACxAD)| |-2|_1
vtetraedro g 6 3

12
ELEMENTOS DA FÍSICA

INTRODUÇÃO À CINEMÁTICA
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

A cinemática é a área da Física que estuda o movimento dos corpos, sem interesse nas
causas que levaram ao movimento dos corpos. Existe um especial interesse em determinar o que
será futuramente definida como função horária do espaço, que nada mais é do que a dependência
que existe entre a posição do elemento e a grandeza tempo.

POSIÇÃO

No estudo do movimento de um corpo é necessário determinar a posição deste corpo.


Determinar a posição significa determinar as coordenadas deste corpo em determinado instante
de seu movimento. Porém, para determinar coordenadas é necessário definir sobre qual
referencial estas coordenadas são medidas. Dependendo da trajetória do corpo, pose-se usar
referenciais de uma, duas ou três dimensões.

Referencial Unidimensional

O referencial unidimensional é o mais adequado para determinar as coordenadas de um


corpo cujo movimento for ao longo de uma reta. Por exemplo, considere que um atleta está
treinando para uma corrida de 100 metros, cuja trajetória é retilínea. Assim, basta um referencial
unidimensional para determinar a posição do atleta em qualquer instante de seu movimento. A
origem pode estar posicionada em qualquer ponto do eixo x, contudo, por simplicidade, é
interessante posicionar a origem no ponto de largada do atleta. A direção do eixo x deve ser
paralela à trajetória do atleta, porém o sentido do eixo x pode ser da largada para a chegada ou
da chegada para a largada, entretanto, também por simplicidade, é mais adequado adotar o
sentido do eixo x como sendo da largada para a chegada. Desta forma, o eixo x medirá apenas
valores não negativos para a coordenada da posição do atleta, sendo a posição inicial dada por Xo
= 0 e a posição final xf = 100 m.

|sada| |chegada|

+o x 100 m

Referencial Bidimensional

O referencial bidimensional deve ser adotado quando a trajetória do corpo está contida
totalmente em um plano. O referencial bidimensional é formado por dois eixos orientados
perpendiculares, tradicionalmente denominados de eixo x e eixo y. . Assim, as coordenadas de
cada elemento, em um instante qualquer do movimento, é dado por um par ordenado da forma
P(a, b), onde a é a coordenada x do ponto P e b é a coordenada y do ponto P. A origem do
referencial é a interseção destes dois eixos. Apesar de não ser obrigatório, é normal adotar a
origem do referencial como sendo o único ponto do plano que possui coordenadas
simultaneamente nulas, ou seja, o ponto 0(0, 0).
No exemplo seguinte, um corpo está preso a uma corda, cuja outra extremidade está presa
em um ponto do plano. O corpo então movimenta-se ao longo de uma trajetória circular. Como
toda circunferência está contida em um plano, pode-se adotar um sistema bidimensional xy para
determinar as coordenadas do corpo em qualquer instante de seu movimento. Por simplicidade, a
origem do referencial, ponto 0(0, 0) deve ser colocada no centro da circunferência que é a
trajetória do corpo.

13
ELEMENTOS DA FÍSICA

y-1
. P
,'"b

o a x

Note que, para o exemplo citado, a orientação de cada eixo é irrelevante, uma vez que o
corpo percorrerá coordenadas positivas, negativas e nulas, nos dois eixos, ao percorrer toda a
circunferência. Quando a orientação é irrelevante, o padrão é adotar o eixo x horizontal com
valores crescentes da esquerda para a direita e o eixo y vertical com valores crescentes de baixo
para cima.

Referencial Tridimensional

Quando a trajetória do corpo não está contida em uma reta ou em um plano é necessário
utilizar um referencial tridimensional para identificar a posição do corpo. São adotados três eixos,
normalmente denominados x, y e z, perpendiculares entre si, conforme a figura abaixo. As
coordenadas de cada ponto P são determinadas pelas projeções de P sobre os planos xy, xz e yz.
Assim, cada ponto P é identificado da forma P(xP, yP, zP), onde Xp é a coordenada x do ponto P, yP
é a coordenada y do ponto P e zP é a coordenada z do ponto P.

y-
yp

I P(xP, yp, 4p)

O xP X

zP;
z

Analogamente ao caso do referencial bidimensional, a interseção dos eixos é a origem do


referencial e essa interseção ocorre, de forma geral (mas não obrigatória), nos pontos de cada
eixo que possuem coordenada nula.
Um exemplo de movimento tridimensional é a trajetória do voo de um avião entre duas
cidades, onde são feitas curvas em todas as direções, onde não existe nenhum plano que
contenha a trajetória do avião.
Perceba que os casos de movimento unidimensional e bidimensional são casos
particulares do movimento tridimensional, onde a posição do objeto em um ou dois dos eixos é
constante.

14
ELEMENTOS DA FÍSICA

VETOR POSIÇÃO

Em cada instante a posição de uma partícula pode ser dada pelas suas coordenadas
cartesianas a, b e c, ou através do vetor posição, r , cuja origem coincide com a origem do
referencial e cuja extremidade coincide com a posição da partícula. O vetor posição de um ponto
P(a, b, c) pode ser escrito em função das componentes escalares e dos respectivos versores
segundo os eixos x, y e z da forma f = a.T + b. j + c.k . Neste caso, afirma-se que a é a componente
de r no eixo x, b é a componente de r no eixo y e c é a componente de f no eixo z.

Zf

c_
“71
' I P(a, b, c)
I
(■---------------------------
P/ I
1
I I
i I
r I
I I
I I
i k I
I I
I üj' +-T i
z^b
I J i Y
i
I
a

A distância entre a posição da partícula e a origem do referencial é determinada a partir do


módulo do vetor posição r = a.i +b.j + c.k , o que é dado pela expressão | r |= Va2 + b2 + c2 .

VETOR DESLOCAMENTO E DESLOCAMENTO ESCALAR


Considere que uma partícula inicia seu movimento em um ponto A e termina em um ponto
B. O vetor deslocamento Ar da partícula é o vetor que liga a posição inicial A à posição final B:
Ar = fAB. Como vetor, o deslocamento admite módulo, direção e sentido. O vetor deslocamento
independe da trajetória da partícula. Espaço é uma grandeza que define a posição do móvel sobre
a trajetória. O deslocamento escalar é medido ao longo da trajetória, sendo igual à subtração
entre o espaço final e o espaço inicial de um móvel.

As = sf - s0

Para entender melhor a diferença entre vetor deslocamento (ou deslocamento vetorial) e
deslocamento escalar, considere o movimento de um automóvel ao longo de uma estrada não
retilinea, conforme a figura abaixo.

15
r ELEMENTOS DA FÍSICA

O automóvel sai de um ponto A, no km 0 da estrada, e para no ponto B, no km 5. O vetor


deslocamento é o vetor Ar que liga a posição A à posição B. Perceba que Ar independe da
origem do referencial. Se rA = xA i + yA j + zAk e rB = xB i + yB j + zBk então:

| Ar |=| rB - rA |= 7(xB - xA )2 + (yB - yA )2 + (zB - zA )2

Como o deslocamento escalar é medido ao longo da trajetória, sendo o espaço inicial 0 km


e o final 5 km, o seu valor é As = sf-s0 = 5- 0 = 5 km.

Com relação ao deslocamento escalar é necessário destacar o que ocorre quando o móvel
inverte o sentido de seu movimento.

30 km 20 km
*
A B 0

Considere quatro trajetos de um móveL Primeiro saindo de A e parando em C, designado


por A->C. No segundo trajeto o móvel sai de A, passa por C e depois retorna para B, designado
por A-»C->B. No terceiro trajeto o móvel sai de C e para em B, designado por C->B. No quarto
trajeto o móvel vai de A para B e depois retorna para A, designado por A->B->A. O deslocamento
escalar de A->C é sc - sA = 30 + 20 = 50 km. O deslocamento escalar do trajeto A—>C—>B vale 30
km, uma vez que neste trajeto sB - sA = 30 km. No terceiro trajeto, observe que o móvel se
deslocou no sentido oposto ao da orientação do eixo. Desta forma, o deslocamento escalar no
trajeto C-»B vale sB - sc = - 20 km. No trajeto A->B-»A o deslocamento escalar é nulo, uma vez
que o espaço inicial e o final coincidem, ocorrendo inversão do sentido do movimento ao longo da
trajetória

Note, pelo exemplo anterior, que o deslocamento escalar pode assumir valor positivo
(quando sf > s0), negativo (quando Sf < s0) ou nulo (quando sf = s0). Com relação ao deslocamento
escalar nulo, é necessário destacar que ele ocorre somente quando a posição inicial coincide com
a posição final e, em algum momento, o móvel inverte o sentido de seu movimento. Caso um
móvel percorra um circuito fechado, ao passar novamente pela posição inicial o deslocamento
escalar será igual ao comprimento da trajetória, como pode ser evidenciado na figura abaixo.

li
//

A í
-4—
Sf So

Este tipo de situação é bastante comum em corridas de automóveis ou provas de atletismo


de 400 m a 10.000 m.

i
16
F ELEMENTOS DA FÍSICA

DISTÂNCIA PERCORRIDA OU ESPAÇO PERCORRIDO

Enquanto que no deslocamento (escalar ou vetorial) consideramos apenas a posição (ou


espaço) final e a inicial, para calcularmos a distância percorrida nos preocupamos com a trajetória
do móvel. Na verdade, a distância percorrida é igual ao comprimento da trajetória da partícula.

Tome como exemplo o movimento unidimensional abaixo, onde a partícula inicia o


movimento no ponto B, de posição - 2 m, vai em direção ao ponto J, de posição 6 m, e depois
finaliza o movimento no ponto G, de posição 3 m.

1 m
I I T T T I 1 T I T I
A B c D E F G H I J K L
-3 -2 O 1 2 3 4 5 6 7 8

Deste modo, a distância percorrida pela partícula neste movimento de ir de B ao ponto J e


depois de J ao ponto G vale:

^percorrida = BJ + JG =| Xj - XB | + | XG - Xj |=| 6 - (-2) | + |3-6|=8 + 3 = 11m

Perceba que existe uma sensível diferença entre a distância percorrida e o deslocamento
escalar para este movimento. O deslocamento escalar leva em consideração apenas o espaço
inicial e final:

Asb_j_>g = XG-xB = 3-(-2) = 5m

Quando um corpo descreve um movimento retilíneo, sem inversão de sentido, a distância


percorrida coincide com o valor do deslocamento.

UNIDADES DE ESPAÇO

No sistema internacional de unidades (SI) o espaço é medido em metros, cujo símbolo é m.


Assim, se um móvel percorreu um espaço d de dezessete metros, simbolicamente, deve-se
escrever que d = 17 m.

Em alguns casos medir o espaço em metros não é prático. Por exemplo, a distância em
linha reta entre Belém e Brasília é 1.469.960 m. Neste caso, é adequado adotar um múltiplo do
metro, que é quilômetro, onde 1 km = 1000 m. Deste modo, a distância entre Belém e Brasília
pode ser escrita como sendo 1.469,96 km.

Por outro lado, distâncias muito menores que um metro devem ser descritas usando os
submúltiplos centímetro (cm) ou milímetro (mm). Por exemplo, é mais prático afirmar que a largura
de um celular é 5 cm do que 0,05 m. Para feitos de conversão, tem-se que 1 cm = 0,01 m e 1 mm
= 0,001 m.

Nos Estados Unidos uma unidade muito utilizada é a a milha. Tem-se que 1 milha
corresponde a, aproximadamente, 1,609 metros. A polegada é uma unidade de comprimento
muito usada em países como a Inglaterra, e sua medição possui uma relação com o centímetro,
de forma que 1 polegada corresponde a 2,54 centímetros. Na aviação verifica-se uma unidade
usada na determinação de altura, o pé. Quando um avião precisa informar a sua altura ele utiliza
essa unidade comunicando aos passageiros e informando a torre de comando a sua altitude
correta. Por exemplo, um avião que se encontra a 10.000 pés de altitude está a 304.800 cm, que
corresponde a 3048 metros. Dizemos que 1 pé corresponde a 30,48 centímetros.

17
ELEMENTOS DA FÍSICA

VELOCIDADE MÉDIA

Suponha que um carro se desloca de São Paulo a Brasília em 12 horas, utilizando


estradas que tornem a viagem mais rápida. Suponha que o odômetro do carro indique que o
mesmo percorreu uma distância de 1005 km. Sabe-se que a distância em linha reta entre São
Paulo e Brasília é 873 km, como indicado no mapa abaixo.

Vitória da
Conquista Ilhéus

GOIÁS (B)
Brà/ília

Porto Segur-
Goiânia
o

Rio Verde MINAS GERAIS

Uberlândia
ESPÍRITO
SANTO
Belo Horizonte
oo f
Belim Vitória
São José do
Rio Preto
Ribeirí Pretl

Pres. Prudente RIO DE


JANEIRO
SÃO PAULO
Ca\npii Rio de Janeiro
A) o
Maringá o
° Londrina
Sal (j/aulo
° c,
Sorocaba sar intos

>ARANÁ

Suponha que em um determinado referencial, São Paulo seja representada pela posição
inicial A e Brasília pela posição final B. Assim, rAB é o vetor que liga as posições A e B, também
denominado de vetor deslocamento. Pelo mapa, fica bem claro que o módulo do deslocamento
vetorial é de | rAB | = 873 km, enquanto que o deslocamento escalar (que neste caso coincide com
a distância percorrida) é de As = 1005 km.

O vetor velocidade média vm deste movimento é definido como sendo:

*AB
vm
At

Assim, se rA = xA i + yA j + z:Ak e rB = xB i + yB j + zBk então:

(xB-xA) j , (Ys-Ya)] + (zb ~za) p


vm At At J At

O módulo do vetor velocidade média é | vm |= ' L Desta forma, o módulo da velocidade


070
vetorial média da viagem de São Paulo a Brasília é | vm |= = = 72,75 km/h.

18
ELEMENTOS DA FÍSICA

A velocidade escalar média é definida como a razão entre o deslocamento escalar e o


tempo total gasto para percorrer tal espaço. A equação a seguir define essa grandeza:

As
vm
At

Deste modo, para a viagem de São Paulo a Brasília, a velocidade média escalar foi de
As 1005 ..
vm — =------- = 83,75 km / h .
At 12

O resultado vm >| vm | já era esperado, uma vez que em qualquer movimento o espaço
escalar apresenta módulo maior ou igual à variação do vetor posição.

UNIDADES DE VELOCIDADE

No sistema internacional de unidades a velocidade é medida em m/s. Outra unidade muito


utilizada, principalmente em automóveis, é km/h. Para efeito de conversão:

. m . 10'3km 3600 km „ „ km
1 —=1 103 ”h~
= 3,6—
s -U
3600
h

Esquematicamente:

dividir por 3,6

km/h m/s

multiplicar por 3,6

Outras unidades de velocidade, não pertencentes ao SI, são utilizadas em alguns países
ou áreas específicas. Nos Estados Unidos e na Inglaterra a indicação da velocidade nos
velocímetros dos automóveis é em milhas por hora (mph), cuja equivalência para km/h é:

1 mph = 1,609 km/h.

Na navegação a velocidade é normalmente medida em nós, cuja conversão para km/h é

1 nó = 1,852 km/h.

19
ELEMENTOS DA FÍSICA

VELOCIDADE INSTANTÂNEA

É bastante comum estarmos no interior de um veículo e observarmos um instrumento


localizado no painel de instrumentos denominado velocímetro. Este instrumento indica a
velocidade instantânea do veículo. A figura abaixo representa um velocímetro analógico, comum
em carros, onde a o ponteiro está apontando a velocidade instantânea do veículo. No caso da
imagem abaixo, o velocímetro está indicando a velocidade de 10 km/h.

Considere agora uma situação problema em que se deseja determinar a velocidade


instantânea de um móvel em que não se tem acesso ao velocímetro do mesmo. Esta velocidade
instantânea deve ser determinada usando apenas dados do movimento do móvel, como espaço
As
percorrido e tempo. Para tanto, pode-se utilizar a definição de velocidade média:
Suponha que o móvel se movimenta com velocidade variável em um intervalo de tempo At.
Considere apenas o movimento do móvel desde instante t até o instante t + At' (com t + At' < At),
quando At' é muito pequeno. Como At' é infinitesimal, a velocidade praticamente não varia no
intervalo considerado, permitindo que se considere que a velocidade instantânea no instante t é
igual à velocidade média no intervalo At'. Desta forma, se s(t) é a equação horária do espaça, ou
seja, como o espaço varia em função do tempo, pode-se escrever que a velocidade no instante t
vale:

Vinst(t) — * 4?)—qUancj0 At é infinitesimal

Utilizando o operador matemático denominado limite, pode-se escrever a definição de


velocidade instantânea de outra maneira:

... .. s(t + At)-s(t)


vinst(t) = At
Ijm
—>0
;---- —
—---- tAt

Este tipo de limite é a definição de derivada da função que está no numerador em função
da variável que está no denominador. Logo, pode-se afirmar que a velocidade instantânea é
derivada do espaço s(t) no tempo t:

d[s(t)]
vlnst(t) -
dt

20
ELEMENTOS DA FÍSICA

A partir de agora, neste livro, a velocidade instantânea será designada apenas por v,
bastando apenas indicar o instante em que a velocidade deve ser calculada.

d[s(t)]
v(t)
dt

Por exemplo, suponha que a função horária do espaço, de um movimento unidimensional,


seja s(t) = t3 - 2t2 + 1 (com todas as unidades no SI). A velocidade, em função do tempo, é
determinada derivando a expressão do espaço no tempo t:

d(t3 - 2t2 +1)


v(t) = v(t) = 3t2 — 4t (SI)
dt

Para determinar a velocidade, por exemplo, no instante t = 2 s, basta substituir na


expressão da velocidade t = 2:

v(2) = 3.22 - 4.2 = 12 - 8 = 4 m/s

A expressão da velocidade instantânea, que até agora foi escrita apenas na forma escalar,
também pode ser escrita de forma vetorial:

d[r(t)]
v(t)
dt

Assim.se r(t) = x.i + y.j+z.k a velocidade vetorial é dada por

v(t)==d(xT+yi++éz ]+—k
1 ' dt dt dt dt J dt

As parcelas —, — e — são iguais às componentes da velocidade em cada eixo:


dt dt dt

v(t) = vx.i + vy.j +vz.k

Por exemplo, suponha que o vetor posição é dado em função do tempo t pela expressão:
r(t) = (2t2 -1)7 + (5t4 - 2t3 +12 - 8t +10)j + (-6t3 -12 +10t + 9).k (SI)

A velocidade vetorial instantânea vale:

= d[r(t)] = d(2t2 -1) r + d(5t4 - 2t3 +12 - 8t +10) -r + d(-6t3-t2+10t + 9)


v(t) dt dt '+ dt J+ dt
v(t) = (4t)T + (20t3 - 6t2 + 2t - 8)j + (-18t2 - 2t +10)k m/s

Deste modo, o vetor velocidade instantânea para t = 1 s vale:

v(1) = 4.I+ 8.j-1O.k m/s

■MM

21
ELEMENTOS DA FÍSICA

VELOCIDADE RELATIVA

Movimento Unidimensional

Considere a situação em que uma pessoa A está sentada a beira de uma estrada, em um
trecho retilíneo, observando os carros se movimentando. A observa o movimento de dois carros, B
e C, que se movimentam nessa estrada em sentidos contrários.
I x
A
vc C

vB Vc
B

Como o observador A está sentado, afirma-se que A é solidário ao solo, ou seja, não se
movimenta com relação ao solo. Deste modo, a pessoa A e o solo medem as mesmas
velocidades de qualquer móvel, incluindo os carros na estrada. Portanto, um referencial x solidário
ao solo e com origem em A mede velocidade vB para B e velocidade vc para C, as mesmas
velocidades indicadas pelos velocímetros dos carros, que é a velocidade dos carros em relação
ao solo no instante considerado. Devido ao movimento de aproximação, B tem a impressão que a
velocidade de C possui módulo maior que | vc |. Isso ocorre porque os referenciais x e x' medem
velocidades diferentes de qualquer móvel.
No item sobre velocidade instantânea verificou-se que se At tende a zero pode-se
considerar que a velocidade é constante nesse pequeno intervalo de tempo. Desta forma, em um
certo intervalo de tempo At infinitesimal, o carro B percorre uma distância | vB | .At e o carro C
percorre uma distância | vc | .At. Como os carros se movimentam em sentidos contrários, a
distância entre B e C diminuiu em AsBC =| vB |.At+|vc |.At. É exatamente essa distância que o
carro B mede que o carro C andou no intervalo At. Assim, o referencial x', orientado conforme a
figura, que se movimenta ao longo da estrada com velocidade vB , medirá que a velocidade de C
vale:

, | Asbc | | vB | .At+ | vc | .At .._ . ._ ..


v c =-k-7e-1 = ---- = -(I vB | +| vc |)
At At

O sinal negativo é devido à orientação do eixo x', que é da esquerda para a direita,
enquanto que o carro C se desloca em sentido dos valores negativos de x'.
É assim que se determina a velocidade relativa entre dois móveis que não estão em
repouso. Adota-se a posição de um dos móveis, digamos B, como origem e a velocidade do
referencial x' sendo igual à velocidade do móvel B. A velocidade relativa entre B e C é igual ao
módulo da velocidade v'c que o referencial x' mede de C.

Vbc =|v’c 1=1 VB | + |vc I

Portanto, a velocidade relativa entre dois móveis que se movem ao longo de uma mesma
reta em sentidos contrários é igual à soma dos módulos das velocidades.
Note que o mesmo resultado seria encontrado se fosse adotado um eixo x" que tivesse
como origem o carro C, com orientação da esquerda para a direita e se movimentasse com
velocidade vc. A velocidade que x" mediria de B seria:

I Asbc | _ | vB 1 -At+1 vc | .At


v"b
At At
=1 vB | + | vc |

22
87~............. . -......
ELEMENTOS DA FÍSICA

A velocidade relativa entre os móveis B e C também pode ser definida como o módulo da
velocidade que o eixo x" mede do móvel B:

vbc=|v"b H vb | + | vc I

Exatamente o mesmo resultado é encontrado caso os móveis estejam com velocidades em


sentidos contrários, porém se afastando, conforme a figura abaixo.

c vc

vB
B

Suponha agora que os móveis B e C estão se movimentando na estrada em um mesmo


sentido. A pessoa A continua sentada na beira da estrada.
X
—►
A

vB x’
—►

vB Vc
B C

Analogamente ao caso anterior, em um certo intervalo de tempo At infinitesimal, o carro B


percorre uma distância | vB | .At e o carro C percorre uma distância | vc | .At. Porém a similaridade
acaba por aí, pois como os carros agora se movimentam no mesmo sentido, a distância entre B e
C diminuiu em AsBC =| vc | .At-1 vB | .At. É exatamente essa distância que o carro B mede para o
deslocamento do carro C em um intervalo At. Perceba que se | vc |>| vB | então a distância entre
os carros aumenta. Se | vc |<| vB | a distância entre os carros diminui. Se | vc |=| vB | a distância
entre os carros se mantém constante.
Um referencial x' com origem em B, orientado conforme a figura, que se movimenta ao
longo da estrada com velocidade vB , medirá que a velocidade de C vale:

. Asnr I Vr I .At-1 Vo I .At , , , ,


V'c=-C' B' =|VC|-|VB|

O módulo desta velocidade é a velocidade relativa entre os carros B e C:

v,bc =|v’c |=|| vB |-| vc ||

Assim, a velocidade relativa entre dois móveis que se movem ao longo de uma mesma
reta no mesmo sentido é igual ao módulo da subtração dos módulos das velocidades.

Em resumo, se dois móveis se movem ao longo de uma mesma reta em sentidos


contrários, a velocidade relativa entre eles é igual à soma dos módulos das velocidades, enquanto
que se dois móveis se movem ao longo de uma mesma reta no mesmo sentido, a velocidade
relativa entre eles é igual ao módulo da subtração dos módulos das velocidades

23
ELEMENTOS DA FÍSICA

Movimentos em mais de uma dimensão

Considere os móveis O e P, que se movimentam no espaço. O referencial O'x'y'z' é


considerado estático em relação ao solo. Neste referencial, no instante considerado, o vetor
posição de O é r’0 e o vetor posição de P é r1, conforme indicado na figura.

P
\

f
z‘ ? \

r'
' o O

O'
y’

Deseja-se determinar a velocidade relativa entre os móveis O e P. Para tanto, suponha


que o referencial Oxyz possui o ponto O como origem e se desloca no espaço com a mesma
velocidade v'o do ponto O, medida por O'x’y'z'. Adote também que os eixos Ox, Oy e Oz não
possuem movimento de rotação em torno de O. Observando os vetores, conclui-se que:

Derivando essa expressão no tempo obtém-se: c


d(f’) =d(r) t d(f'o)
dt dt dt

Como os eixos não possuem movimento de rotação, as derivadas acima são interpretadas
como as velocidades de translação:

v' = v + v'o v = v'-v'o

Desta forma, a velocidade relativa entre dois móveis, medida por um referencial estático, é
a subtração vetorial de suas velocidades. Portanto, se os móveis A e B se movimentam no espaço,
com posições medidas em relação a um referencial estático Oxyz, a velocidade relativa entre os
móveis A e B é dada por:

^AB = vA -vB

Note que este resultado concorda com a análise realizada sobre a velocidade relativa em
movimento unidimensional, uma vez que se dois vetores possuem mesma direção e sentido (caso
de móveis se aproximando) o módulo do vetor subtração é a subtração dos módulo, enquanto se
os vetores possuem mesma direção e sentidos opostos (caso de móveis se afastando) o módulo
da subtração dos vetores é a soma dos módulos.

24
ELEMENTOS DA FÍSICA

COMPOSIÇÃO DE MOVIMENTOS

Em determinadas situações um móvel pode estar se movimentando imerso ou apoiado em


um meio que também esteja se movimentando, ambos os movimentos medidos em relação a
mesmo referencial. Por exemplo, considere o vôo de um avião entre duas cidades. O avião possui
uma velocidade em relação ao vento, que por sua vez também está se movimentando em relação
ao solo. A figura abaixo mostra a vista superior de uma possível configuração das velocidades do
avião em relação ao vento e do vento em relação ao solo.

^avião em relação ao vento

Neste tipo de situação, a velocidade resultante do móvel em relação a um referencial


solidário ao solo é o resultado da soma vetorial da velocidade do móvel em relação ao meio e da
velocidade do meio em relação ao solo. Desta forma, para determinar a velocidade resultante vR
é necessário utilizar a regra do paralelogramo, conforme a figura abaixo.

V M
v avião
9/
Vr - Vavião 9" V vento

Lembrando da regra do módulo da soma vetorial, tem-se que:

I Vr l-l ^avião I2 + I Vvento |2 +2| Vaviâo l -l Vvent0 |.COS0

Outras aplicações da composição de movimentos são a travessia de um rio por uma


pessoa a nado ou sobre um barco motor ou o movimento de uma pessoa dentro de um meio de
transporte em movimento, como um barco ou um ônibus.

25
ELEMENTOS DA FÍSICA

CLASSIFICAÇÃO DO MOVIMENTO QUANTO À VELOCIDADE

Movimento Progressivo
Um movimento é classificado como progressivo quando o móvel se movimenta no mesmo
sentido da orientação da trajetória. No exemplo abaixo, a motocicleta percorre a estrada no
mesmo sentido do crescimento da quilometragem.

km km
33 34

No movimento progressivo tem-se a velocidade escalar positiva: v > 0

Movimento Retrógrado
Um movimento é classificado como retrógrado quando o móvel se movimenta no sentido
contrário da orientação da trajetória. No exemplo abaixo, a motocicleta percorre a estrada no
sentido inverso ao do crescimento da quilometragem.

km km
20 21

No movimento retrógrado a velocidade escalar é sempre negativa: v < 0

Os conceitos de movimentos progressivos ou retrógrados também podem ser transferidos


para os movimentos bi ou tridimensionais.

vy V

>
Vx X

Por exemplo, no movimento bidimensional da figura acima o móvel se movimenta de modo


que a componente x de sua velocidade está na mesma orientação do eixo x, enquanto que a
componente y está no sentido inverso da orientação do eixo y. Assim, para o instante considerado,
a projeção do movimento no eixo é classificada como progressiva, porém a projeção do
movimento no eixo y é classificada como retrógrada.

26
ELEMENTOS DA FÍSICA

MOVIMENTO UNIFORME

Um movimento é classificado como uniforme quando a velocidade escalar é constante


durante toda a trajetória. É importante ressaltar que o movimento uniforme independe da trajetória.
Assim, é possível que um movimento em trajetória retilínea seja uniforme, do mesmo modo que
um movimento circular também pode ser uniforme, bastando que a velocidade escalar seja
constante.

Equação Horária do Espaço da MU

Determinar uma equação horária é expressar uma variável em função do tempo. Podem
até surgir outras grandezas físicas na expressão, desde que sejam constantes. No caso da
equação horária do espaço, a posição s do móvel será determinada em função da variável tempo t.
Suponha que o móvel parta da posição inicial s0 com uma velocidade escalar constante v.
Pelo fato da velocidade escalar ser constante, então a velocidade média é igual à velocidade
escalar:

V V

So S

As s-s0
vm V = s = s0 + v.t
ÃF t

Observações:
1) A grandeza velocidade escalar deve ser substituída na equação horária do espaço levando em
consideração seu sinal. No exemplo da figura acima o móvel está se movimentando no mesmo
sentido da orientação do eixo, ou seja, o movimento é progressivo e portanto v > 0. Entretanto,
caso o móvel estivesse se movimentando no sentido contrário ao da orientação do eixo o
movimento seria classificado de retrógrado e v < 0.
2) Se o móvel iniciar seu movimento a partir da origem tem-se s0 = 0.
3) As unidades de todas as grandezas devem substituídas da equação dentro de um mesmo
sistema de unidades. Assim, se a velocidade for dada em metros por segundo, o espaço será
medido em metros e o tempo em segundos. Caso a velocidade seja medida em quilômetros por
hora o espaço será medido em quilômetros e o tempo em horas.
4) A equação s = s0 + v.t é válida para qualquer trajetória, bastando que o movimento seja
uniforme.

MU bi ou tridimensional

A equação horária do espaço do movimento uniforme também é válida quando as


grandezas espaço e velocidade são dadas de forma vetorial. Neste caso, é necessário que o
movimento seja retilíneo. Essa condição é necessária para garantir que o vetor velocidade se
mantenha constante, além do módulo, em direção e sentido. Assim, se r0 é a posição inicial do
móvel e v seu vetor velocidade (assumido constante devido ao movimento ser uniforme) segue
que o vetor posição r em um instante qualquer t é dado por:

r = r0 + v.t

27
ELEMENTOS DA FÍSICA

Gráficos do MU

Na cinemática dois gráficos possuem especial importância, que são os gráficos da


dependência do espaço pelo tempo e o gráfico da dependência da velocidade pelo tempo.

Gráfico s x t:
Como s = s0 + vt segue que o gráfico de s x t é uma reta, cuja inclinação depende do sinal
de v. Além disso, o ponto onde a reta intercepta o eixo s é a posição inicial s0 do móvel.
s s s

So So

e
So

0 *t 0 *t
0

Gráfico s x t do MU para v > 0 Gráfico s x t do MU para v < 0 Gráfico s x t para v = 0

Caso os eixos sejam feitos na mesma escala, ou seja, uma unidade de comprimento
possua a mesma medida no gráfico que uma unidade de tempo, a tangente da inclinação 0 da
reta com a horizontal (explicitado no 1a gráfico) é igual à velocidade escalar v: tg 0 = v.

Gráfico v x t
Como a velocidade escalar é constante no MU, o gráfico da dependência da velocidade
pelo tempo é uma reta horizontal.
v

0 *t

Gráfico v x t do MU

v
Em um gráfico velocidade versus tempo,
V independentemente se o movimento é uniforme ou não, a área
compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é
numericamente igual ao deslocamento do móvel, Essa
informação será demonstrada no próximo capítulo, mais
especificamente no item sobre movimentos não uniformes.
*t
0 ti t2
A = As

28
L
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) (Espcex-16) Um trem de 150 m de comprimento se desloca com velocidade escalar


constante de 16 m/s. Esse trem atravessa um túnel e leva 50 s desde a entrada até a saída
completa de dentro dele. O comprimento do túnel é de:
a) 500 m b) 650 m c) 800 m d) 950 m e)1100 m
Solução: Alternativa B
De modo a atravessar todo o túnel, o trem deve percorrer uma distância igual à soma do
comprimento do trem e do túnel.
v = — => 16 = 150 + L => 800= 150+L => L = 650 m
At 50

ER2) (Fuvest-16) Um veículo viaja entre dois povoados da Serra da Mantiqueira, percorrendo a
primeira terça parte do trajeto à velocidade média de 60 km/h, a terça parte seguinte a 40 km/h e o
restante do percurso a 20 km/h. O valor que melhor aproxima a velocidade média do veículo
nessa viagem, em km/h, é
a) 32,5 b) 35 c) 37,5 d) 40 e) 42,5
Solução: Alternativa A
Suponha que a distância entre os dois povoados é 3x. Assim, o tempo decorrido para preencher
cada terço do trajeto vale:
.. . x . x .... x x
"'■-í; ’ *’-6õ ii) t2 ^2 iii) t3= — t3 = —
40 V3 3 20
Logo, a velocidade média nessa viagem vale:
3x 3/ _____ 3 3
Vm — = 32,72 km/h
ti + t2+t3 X + X + 2Í 11 • 11 1 2+3+6 11
60 40 20
60 + 40
40 + 20 120

ER3) (ITA-85) Um ônibus parte do Rio de Janeiro para Curitiba às 7 horas da manhã; às 12 horas
parte outro ônibus de Curitiba para o Rio. Percorrem os 720 km entre as duas cidades em 12
horas. A hora e a distância do Rio de Janeiro que os ônibus se encontram, são, respectivamente:
a) 08h30 min e 220 km. b) 15h30 mine 220 km. c) 08h30 min e 510 km.
d) 15h30 min e 510 km. e) 15h30 min e 498 km.
Solução: Alternativa D
Rio de
Janeiro Curitiba
V,
GMV —► X
->
720 km

A velocidade média de cada ônibus vale vm = — = = 60 km/h


m At 12
Assim, a velocidade escalar de cada ônibus, em função da orientação do eixo da figura, vale Vt =
60 km/k e v2 = - 60 km/h
A equação horária do espaço do ônibus que vai do Rio de Janeiro à Curitiba é
Xi = X01 + v,t = 0 + 60t = 60t, para 0 < t < 12 h, t contado a partir das 7 h
Como o ônibus que vai de Curitiba ao Rio de Janeiro sai 5 horas depois, sua posição vale:
0, para 0<t<5h 0, para 0 < t < 5h
x2 = x2
xo2 +v2(t-At), para At<t<12h 720-60(t-5), para 5h<t<12h
No ponto de encontro as posições das partículas são iguais:
Xi = x2 => 60t = 720 - 60(t - 5) => 60t = 720 - 60t + 300 => 120t= 1020 => t = 8,5h =>
t = 8 h 30 min
Desta forma, o ponto de encontro ocorre às 7 h + 8h 30 min = 15 h 30 min

29
r ELEMENTOS DA FÍSICA

A distância do ponto de encontro ao Rio de Janeiro:


x, = 60.(8,5) = 510 km

ER4) (ITA-09) Um barco leva 10 horas para subir e 4 horas para descer um mesmo trecho do rio
Amazonas, mantendo constante o módulo de sua velocidade em relação à água. Quanto tempo o
barco leva para descer esse trecho com os motores desligados?
a) 14 horas e 30 minutos.
b) 13 horas e 20 minutos.
c) 7 horas e 20 minutos.
d) 10 horas.
a) Não é possível resolver porque não foi dada a distância percorrida pelo barco.
Solução: Alternativa B
Sejam vb a velocidade do barco em relação a água e v,a velocidade da correnteza do rio.
Assim, pode-se afirmar que:
Subida: L = (vb — vr).t.
Descida: L = (vb + vr).t2
Motor desligado: L = vr.t3
L L
Logo: -—- = vb + vr - vb+vr = 2vr = —
_ 2L 2 2 1 2
l2 T1 l3 t2 t. ^3 4 10 ^3
t3= 13,33 h => t3=13he20min

ER5) (Espcex-10) Um bote de assalto deve atravessar um rio de largura igual a 800m, numa
trajetória perpendicular à sua margem, num intervalo de tempo de 1 minuto e 40 segundos, com
velocidade constante. Considerando o bote como uma partícula, desprezando a resistência do ar
e sendo constante e igual a 6 m/s a velocidade da correnteza do rio em relação à sua margem, o
módulo da velocidade do bote em relação à água do rio deverá ser de:
margem

Correnteza
Trajetória do Bote

margem
Desenho Ilustrativo
[A] 4 m/s [B] 6 m/s [C] 8 m/s [D] 10 m/s [E] 14 m/s
Solução: Alternativa D
Para determinar a direção em que o bote vai se deslocar em relação à
margem é necessário fazer a soma vetorial da velocidade do
correnteza com a velocidade do bote em relação à água, como
□te indicado na figura ao lado. Inicialmente, vamos calcular o módulo da
800 o ,
\ velocidade resultante do bote: | vR |= = ----- = 8 m/s
100
Como os módulos dos vetores vR, vbote e vri0 formam um triângulo
retângulo: |vbote t2=|vR|2+|vri0|2 => |I v bote |2=64 + 36 = 100
Vbote => I ^bote | = 10 m/s

ER6) (ITA-09) Na figura, um ciclista percorre o trecho AB com velocidade escalar média de
22,5km/h e, em seguida, o trecho BC de 3,00km de extensão. No retorno, ao passar em B, verifica
ser de 20,0 km/h sua velocidade escalar média no percurso então percorrido, ABCB. Finalmente,
ele chega em A perfazendo todo o percurso de ida e volta em 1,00h, com velocidade escalar
média de 24,0km/h. Assinale o módulo v do vetor velocidade média referente ao percurso ABCB.

30
ELEMENTOS DA FÍSICA

A B

a) v= 12,0km/h. b) v = 12,00km/h. c) v= 20,0km/h. d) v= 20,00km/h. e) v = 36,0km/h.


Solução: Alternativa A

ABCBA 2(AB + BC)


I) No trecho ABCBA: vm = At
24 "
= 1 “■

AB + BC =12 km, que implica que a distância AB vale 9 km.


ÃB + 2.BC 2Q = 15
II) No trecho ABCB: vm = 20 = => AtABCB = 0,75 h
A1abcb AtABCB
III) Quando se trata do módulo do vetor velocidade média, o que interessa é o deslocamento:
|vm|= - AB = 9 - = 12km/h
ARCR
At•ABCB 0,75

ER7) (Escola Naval-87) Duas estações A e B, que distam entre si 6 km, estão ligadas por uma
estrada de ferro de linha dupla. De cada uma das estações partem trens de 3 em 3 minutos. Os
trens trafegam uniformemente com velocidade iguais. Um pedestre percorre, com velocidade
constante a estrada. No momento em que ele passa por A. vê um trem que parte para B e outro
que chega de B. No momento em que o pedestre passa por B, vê um trem que parte para A e
outro que chega de A. Contando com esses quatro trens com os quais se encontrou nas duas
estações, o pedestre passou por 29 trens que seguiram no mesmo sentido que ele e por 33 que
iam em sentido contrário. A velocidade dos trens, em km/h, era:
a) 60 b) 70 c) 80 d) 90 e) 100
Solução: Alternativa A
Como as velocidades de todos os trens são iguais e os mesmos partem a cada 3 minutos = 1/20 h,

a distância x entre cada trem é igual e vale x = vt.At = km / h .

A
Considere inicialmente um referencial x'y' que se desloca de A para B com a mesma velocidade
dos trens. Neste referencial, a velocidade dos trens que estão indo de A para B é zero, fazendo
com que a distância que o pedestre percorre de A para B, medido por x'y', é 28x (lembre que
existe um trem em A e outro em B).
28v,
28x 2Q 7vtvp
Como a velocidade do pedestre em x'y’ vale vt - vp: vt - vp =
6 30
(!)
vp
Suponha agora um outro referencial x"y" que se desloca de B para A com velocidade vt. Neste
referencial, a velocidade dos trens que estão indo de B para A é zero, fazendo com que a
distância que o pedestre percorre de A para B, medido por x''y", é 32x (lembre que existe um trem
em A e outro em B).
32vt
32x 20 8v.vp
Como a velocidade do pedestre em x"y" vale vp + vt: vp + vt = (2)
6 30
vp

31
r ... - .
ELEMENTOS DA FÍSICA

v.~vp 7
Dividindo (1) e (2): 8vt - 8vp = 7vt + 7vp vt = 15vp (3)
Vt+Vp 8
Substituindo (3) em (1):
14v, _ 7v2
vt-vp =
7v,vp
vt-A = 7v? => vt = 60 km/h
30 ' 15 30.15 15 ”30.15

ER8) (ITA-94) Um avião voando horizontalmente a 4000 m de altura numa trajetória retilínea com
velocidade constante passou por um ponto A e depois por um ponto B situado a 3000 m do
primeiro. Um observador no solo, parado no ponto verticalmente abaixo de B, começou a ouvir o
som do avião, emitido em A, 4,00 segundos antes de ouvir o som proveniente de B. Se a
velocidade do som no ar era de 320 m/s, a velocidade do avião era de:
a) 960 m/s b) 750 m/s c) 390 m/s d) 421 m/s e) 292 m/s
Solução: Alternativa D
Pelo Teorema de Pitágoras segue que PB = 5000 m
Sejam:
tpB = tempo que o som percorre a distância PB
tpQ = tempo que o avião percorre a distância PQ
4000 m I íqB = tempo que o som percorre a distância QB
At = diferença de tempo que B percebe entre os sons

emitidos em P e Q.
3000 m
Deste modo, tem-se:
A, QB PB PQ
At + Íqb — tpB + tpQ =>
Vs Vs VA
4000 5000 3000 3000 3000
4,0 + +-------- => 4,0 + 12,5 = 15,625 + = 7,125 => vA = 421,05 m/s
320 320 vA vA VA

ER9) (ITA-91) A figura representa uma vista aérea de um trecho retilíneo de ferrovia. Duas
locomotivas a vapor, A e B, deslocam-se em sentidos contrários com velocidades constantes de
50,4 km/h e 72,0 km/h, respectivamente. Uma vez que AC corresponde ao rastro da fumaça do
trem A, BC ao rastro da fumaça de B e que AC = BC, determine a velocidade (em m/s) do vento.
Despreze as distâncias entre os trilhos de A e B.
C h = 160 m
a) 5,00
b) 4,00 h|
A
c) 17,5 B
d) 18,0 T“
1360 m
i
e) 14,4 I* *!

Solução: Alternativa A
I) Convertendo de km/h para m/s:
vA = 50,4 Km/h = 14,0 m/s
vB = 72,0 km/h = 20,0 m/s
^Vv !h II) No mesmo tempo em que o trem B percorre a
A B distância de 680 + x, o trem A percorre 680 - x:
680-x_680 + x
◄--------- ►< x > t=
vA " vB
680-x x 680
20,0(680 - x) = 14,0(680 + x) =>
13600 - 20,Ox = 14,Ox + 9520 => x = 120 m
III) Teorema de Pitágoras em ACPM: CP = Vx2 +h2 =Vl202 +1602 = 200,0 m

P
32
ELEMENTOS DA FÍSICA
»•

IV) Note que a direção da velocidade do vento coincide com direção do segmento que liga o ponto
P de encontro dos trens ao ponto C. Perceba também que o triângulo CPB é semelhante ao
triângulo formado por vv e vB :
vv CP 20,0.200
—== => vv =------------ vv = 5,00 m/s
vB PB 800

ER10) (ITA-07) Considere que um tiro de revólver, a bala percorre trajetória retilínea com
velocidade V constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q. Mostrados na figura, o aparelho M,
registra simultaneamente o sinal sonoro do disparo e c do impacto da bala no alvo, o mesmo
ocorrendo com o aparelho M2. Sendo Vs a velocidade do som no ar, então a razão entre as
respectivas distâncias dos aparelhos M, e M2 em relação ao alvo Q é
T M2
i
I

v
_ _ jx9°°_
P Ml Q
a) Vs (V - Vs) / (V2 - V2S). b) Vs (Vs - V) / (V2 - V2S). c) V (V — Vs) / (V2S — V2).
d) Vs (V + Vs) / (V2 - V2S). e) Vs (V - Vs) / (V2 + V2S).
Solução: ALTERNATIVA: A
. . x
Sejam: x = QM, , y = PM, e z = QM2 . Deseja-se encontrar k = — .
y
Segundo o enunciado, o tempo que o som percorre a distância z é igual à soma do tempo que a
bala percorre z + x e do tempo que o som percorre a distância x:
z z+x x 2xv z + x . 2v ...
— =------ + — => z + x =--------- => ------ = k--------- (1)
vs v vs v-vs y v-v5
Também segundo o enunciado, o tempo que o som percorre a distância PM2 é igual à soma do
tempo que a bala percorre a distância z + x e do tempo que o som percorre a distância y:
2
Z+X Z+X 4k2v2
I +1
7(z + x)2 + y"
y2 z+x + y y y 1
+—
(1) ___ V~Vs , 1

vs v vs Vs V vs vs V Vs

74k2v2 +(v-vs)2 2k 1
■J4k2v2+(v-vs)2 = 2kvs + (v - vs)
vs(v-vs) ~v-vs vs
Elevando ao quadrado essa última expressão:
vs(v —vs)
k2v2 + (v - vs)2 = 4k2vs2 + 4kvs(v - vs) + (v - vs)2
v2-v2

ER11) (ITA-88) Três turistas, reunidos num mesmo local e dispondo de uma bicicleta que pode
levar somente duas pessoas de cada vez, precisam chegar ao centro turístico o mais rápido
possível. O turista A leva o turista B, de bicicleta, até um ponto x do percurso e retorna para
apanhar o turista C que vinha caminhando ao seu encontro. O turista B, a partir de x continua a pé
sua viagem rumo ao centro turístico. Os três chegam simultaneamente ao centro turístico. A
velocidade média como pedestre é v-i, enquanto que como ciclista é v2. Com que velocidade
média os turistas farão o percurso total ?
Solução:

X y L-x-y

A linha pontilhada representa a trajetória do ciclista. Deseja-se determinar vm = —

33
ELEMENTOS DA FÍSICA

Assim, no mesmo intervalo de tempo At:


i) o ciclista (turista A) percorreu a distância L + 2y, sempre com velocidade v2;
ii) o turista B percorreu a distância L, sendo x + y com velocidade v2 e L - x - y com velocidade v,;
iii) o turista C percorreu a distância L, sendo x com velocidade v, e L - x com velocidade v2.
. , , L + 2y x + y L-(x + y) x L-x ...
Desta forma: At =------ - =----- - +---- ------— = — +------ (1)
v2 v2 v, v, v2
Supondo que os turistas A e B seguem juntos de bicicleta em um tempo At, e o turista B segue a
pé em um tempo At2 (de modo que At, + At2 = At) tem-se que:
x + y (2) e At2 = L^±y)=^2£±y
Ati=2S±y (3)
v2
” V, v2
L-(x + y) L-x + y
Isolando y na equação (3): => Lv2 - xv2 - yv2 = Lv, - xv, + yv, =>
v. v2
(L-x)(v2-v,)
y(v, + v2) = L(v2 - v,) - x(v2 - v,) => y (4)
Vi+V2
Isolando y na equação (1):
L + 2y x L-x L/ [ 2y x ! 2y = x(v2-v,) X(V2-V,)
v2 “ v, + v2 X + vz ~ vi + (5)
v2 v,X 2v,
Igualando as expressões (4) e (5):
(L-x)jyy^-<) L-x X
=> 2Lv, - 2xv, = xv, + xv2
v, + v2 2v, v1 + v2 2^

2Lv, = 3xv, + xv2 => x=-*^- (6) => L-x=L- 2Lv, L(v,+v2)
(7)
3v, + v2 3v, + v2 3vi+v2
Substituindo (6) e (7) em (1):
At = A + L~x = 2L + Uvi +v2) = L v, + v2 ] _ L(vi +3v2)
2+
vn v2 3v1+v2 v2(3v1+v2) 3v1+v2 v2 v2(3v1+v2)
L v2(3v,+v2) v v2(3vi+v2)
Vm
At v1 + 3v2 m v,+3v2

34
ELEMENTOS DA FÍSICA

afirmar que
01) a distância percorrida na primeira etapa foi
de 80km.
E1) (UFV-00) Um aluno, sentado na carteira da 02) a duração da viagem foi de 4 horas.
sala, observa os colegas, também sentados 04) a distância total percorrida foi de 260km.
nas respectivas carteiras, bem como um 08) a velocidade média na viagem toda foi de
mosquito que voa perseguindo o professor que 64km/h.
fiscaliza a prova da turma. Das alternativas 16) a velocidade média na viagem toda foi de
abaixo, a única que retrata uma análise correta 70km/h.
do aluno é:
a) A velocidade de todos os meus colegas é E4) (Fuvest-07) Um passageiro, viajando de
nula para todo observador na superfície da metrô, fez o registro de tempo entre duas
Terra. estações e obteve os valores indicados na
b) Eu estou em repouso em relação aos meus tabela.
colegas, mas nós estamos em movimento em Chegada Partida
relação a todo observador na superfície da Vila Maria 0:00 min 1:00 min
Terra. Felicidade 5:00 min 6:00 min

c) Como não há repouso absoluto, não há Supondo que a velocidade média entre duas
nenhum referencial em relação ao qual nós, estações consecutivas seja sempre a mesma e
estudantes, estejamos em repouso. que o trem pare o mesmo tempo em qualquer
d) A velocidade do mosquito é a mesma, tanto estação da linha, de 15 km de extensão, é
em relação ao meus colegas, quanto em possível estimar que um trem, desde a partida
relação ao professor. da Estação Bosque até a chegada à Estação
e) Mesmo para o professor, que não pára de Terminal, leva aproximadamente:
andar pela sala, seria possível achar um S5o José Terminal
referencial em relação ao qual ele estivesse Arcoverce Ccr"al rebcidade
em repouso. Bosquu
V ia Mana

E2) (Unisinos-RS) Numa pista atlética A) 20 min B) 25 min C) 30 min


retangular de lados a = 160 m e b = 60 m, um D) 35 min E) 40 min
atleta corre com velocidade de módulo
constante v = 5 m/s, no sentido horário, E5) (UFPR-10) A distância média da Terra ao
conforme mostrado na figura. Em t = 0 s, o Sol é de 150 milhões de km ou 1 UA (unidade
atleta encontra-se no ponto A. O módulo do astronômica). Supondo que fosse possível se
deslocamento do atleta, após 60 s de corrida, desligar a luz proveniente do Sol, ligando-se
em metros, é: em seguida e considerando-se a velocidade da
b luz como 300 mil km por segundo, o tempo
que esta luz atingiría a Terra seria
I ' I
I aproximadamente de:
i
i I a) 12,7 min. b) 6,5 min. c) 10,8 min.
I I
I d) 20 min. e) 8,4 min.
i
i I
I I
I E6) (UFPR-16) Um sistema amplamente
i a
i I utilizado para determinar a velocidade de
I l
i I veículos - muitas vezes, chamado
i I erroneamente de “radar” - possui dois

tl
l I
I sensores constituídos por laços de fios
I condutores embutidos no asfalto. Cada um dos
I
I laços corresponde a uma bobina. Quando o
A
veículo passa pelo primeiro laço, a indutância
a) 100 b) 220 c) 300 d) 10000 e)18000 da bobina é alterada e é detectada a
passagem do veículo por essa bobina. Nesse
E3) (UFMS-04) Uma viagem é realizada em momento, é acionada a contagem de tempo,
duas etapas. Na primeira, a velocidade média que é interrompida quando da passagem do
é de 80km/h; na segunda é de 60km/h. Sendo veículo pela segunda bobina. Com base nesse
a distância percorrida, na segunda etapa, o sistema, considere a seguinte situação: em
triplo daquela percorrida na primeira, é correto uma determinada via, cuja velocidade limite é

35
ELEMENTOS DA FÍSICA

60 km/h, a distância entre as bobinas é de 3,0 comprimento 3 m, cada, movem-se com


m. Ao passar um veículo por esse “radar", foi velocidades constantes no mesmo sentido de
registrado um intervalo de tempo de passagem uma estrada retilínea, em faixas paralelas.
entre as duas bobinas de 200 ms. Assinale a Num dado instante, a dianteira do carro A, de
alternativa que apresenta a velocidade velocidade 80 km/h, está alinhada com a
determinada pelo sistema quando da traseira do carro B, de velocidade 68 km/h. A
passagem do veículo. partir desse instante, quanto tempo o carro A
a) 15 km/h. b) 23,7 km/h. c) 54 km/h. levará para ultrapassar completamente o carro
d) 58,2 km/h. e) 66,6 km/h. B?
A) 0,1 h B) 0,02 h C) 0,04 h
E7) (UFPR-17) A utilização de receptores GPS D) 0,001 h E) 0,0005 h
é cada vez mais frequente em veículos. O
princípio de funcionamento desse instrumento E11) (UFPE-12) Um barco passa sob uma
é baseado no intervalo de tempo de ponte no momento em que um carro atravessa
propagação de sinais, por meio de ondas a ponte, como mostrado na figura a seguir. O
eletromagnéticas, desde os satélites até os barco e o carro se movem com velocidades
receptores GPS. Considerando a velocidade constantes, de módulos vB = 30 km/h e vc = 40
de propagação da onda eletromagnética como km/h, respectivamente, ambas medidas em
sendo de 300.000 km/s e que, em determinado relação ao solo. Calcule a distância entre eles,
instante, um dos satélites encontra-se a 30.000 em km, decorridos 6,0 minutos após o
km de distância do receptor, qual é o tempo de cruzamento. Suponha que ambos continuaram
propagação da onda eletromagnética emitida nas mesmas trajetórias depois do cruzamento.
por esse satélite GPS até o receptor?
a) 10 s. b) 1 s. c) 0,1 s.
d) 0,01 ms. e) 1 ms.

E8) (UFPE-07) Um barco de comprimento L =


80 m, navegando no sentido da correnteza de
e >
um rio, passa sob uma ponte de largura D = 25
m, como indicado na figura.
D

L <D E12) (ENEM-12) Uma empresa de transporte


I rio precisa efetuar a entrega de uma encomenda
o mais breve possível. Para tanto, a equipe de
logística analisa o trajeto desde a empresa até
Sabendo-se que a velocidade do barco em o local da entrega. Ela verifica que o trajeto
relação ao rio é vB = 14 km/h, e a velocidade apresenta dois trechos de distâncias diferentes
do rio em relação às margens é vR = 4 km/h, e velocidades máximas permitidas diferentes.
determine em quanto tempo o barco passa No primeiro trecho, a velocidade máxima
completamente por baixo da ponte, em permitida é de 80 km/h e a distância a ser
segundos. percorrida é de 80 km. No segundo trecho,
cujo comprimento vale 60 km, a velocidade
E9) (UFPE-09) Num edifício alto com vários máxima permitida é 120 km/h.
pavimentos, um elevador sobe com velocidade Supondo que as condições de trânsito sejam
constante de 0,4 m/s. Sabe-se que cada favoráveis para que o veículo da empresa
pavimento possui 2,5 metros de altura. No ande continuamente na velocidade máxima
instante t = 0, o piso do elevador em permitida, qual será o tempo necessário, em
movimento se encontra a 2,2 m do solo. horas, para a realização da entrega?
Portanto, em tal altura, o piso do elevador a) 0,7 b)1,4 c) 1,5 d) 2,0 e) 3,0
passa pelo andar térreo do prédio. No instante
t = 20 s, o piso do elevador passará pelo: E13) (UFGRS-05) Um caminhão percorre três
A) terceiro andar. B) quarto andar. vezes o mesmo trajeto. Na primeira, sua
C) quinto andar. D) sexto andar. velocidade média é de 15 m/s e o tempo de
E) sétimo andar. viagem é t,. Na segunda, sua velocidade
média é de 20 m/s e o tempo de viagem t2. Se,
E10) (UFPE-09) Dois carros, A e B, de

36
ELEMENTOS DA FÍSICA

na terceira, o tempo de viagem for igual a (h + partícula no tempo que em t = 0 encontrava-se


t2)/2, qual será a velocidade média do na posição x = 20 km. Sobre a descrição do
caminhão nessa vez? movimento da partícula no instante tp,
A) 11,12 m/s B) 12,24 m/s referente ao ponto P marcado na curva,
C) 13,56 m/s D) 15,38 m/s analise as afirmativas abaixo.
E) 17,14 m/s I - A partícula se dirige para a origem das
posições.
E14) (UESPI-12) Um motorista em seu II - A partícula se afasta da origem das
automóvel deseja ir do ponto A ao ponto B de posições.
uma grande cidade (ver figura). O triângulo III - A aceleração é nula.
ABC é retângulo, com os catetos AC e CB de IV - O movimento é progressivo e
comprimentos 3 km e 4 km, respectivamente. desacelerado.
O Departamento de Trânsito da cidade informa V - O movimento é retrógrado e desacelerado.
que as respectivas velocidades médias nos Assinale a alternativa correta.
trechos AB e ACB valem 15 km/h e 21 km/h. a) As afirmativas I e II são verdadeiras.
Nessa situação, podemos concluir que o b) As afirmativas I e V são verdadeiras.
motorista: c) As afirmativas II e III são verdadeiras.
d) As afirmativas III e IV são verdadeiras.
e) As afirmativas IV e V são verdadeiras.

E16) (Ciaba-05) Um iatista solitário completa


certa travessia de 4600 milhas náuticas, em 22
dias. Sua velocidade média, em Km/h, foi de
(Dado: 1 milha náutica = 1852 m)
(a) 12,9 ((b
b) 14,7 (c)16,1
(d) 17,6 (e)19,4
C
A) chegará 20 min mais cedo se for pelo E17) (Ciaba-06) Um navegador solitário
caminho direto AB. completa certo percurso com velocidade média
B) chegará 10 min mais cedo se for pelo de 9 nós (1 nó = 1 milha/hora =
caminho direto AB. aproximadamente 1,852 km/h) em 24 dias; a
C) gastará o mesmo tempo para ir pelo distância percorrida, em km, foi de
percurso AB ou pelo percurso ACB. (A) 5401 (B) 6507 (C) 8723
D) chegará 10 min mais cedo se for pelo (D) 9601 (E) 10202
caminho ACB.
E) chegará 20 min mais cedo se for pelo E18) (Unicamp-92) Um escoteiro está perdido
caminho ACB. no topo de uma montanha em uma floresta. De
repente ele escuta os rojões da policia florestal
E15) (Ciaba-07) em sua busca. Com um cronômetro de
centésimo de segundos ele mede 6 s entre a
60 visão do clarão e a chegada do barulho em
seus ouvidos. A velocidade do som no ar vale
40 vs = 340 m/s. Como escoteiro, ele usa a regra
prática de dividir por 3 o tempo em segundos
■S 20 decorrente entre a visão e a escuta, para obter
e
•1 a distância em quilômetro que o separe da

£
I 0
policia florestal.
a) qual a distância entre o escoteiro e a polícia
~~-20
florestal, de acordo com a regra prática?
-40 b) qual o erro percentual que o escoteiro
cometeu ao usar regra prática?
-60 L c) sabendo que a velocidade da luz vale 3,0 x
0 5 10 15
108 m/s, qual será o erro maior: considerar a
Tempo velocidade da luz infinita ou o erro na
(min) cronometragem do tempo? Justifique.
O gráfico acima mostra a evolução da
velocidade escalar instantânea de uma E19) (Unicamp-14) O passeio completo no

37
ELEMENTOS DA FÍSICA

complexo do Pão de Açúcar inclui um trecho tamanho da Terra. Os astrônomos estimam


de bondinho de aproximadamente 540 m, da que a estrela estaria situada a uma distância d
Praia Vermelha ao Morro da Urca, uma = 9,0 x 1018 m da Terra. Considerando um
caminhada até a segunda estação no Morro da foguete que se desloca a uma velocidade v =
Urca, e um segundo trecho de bondinho de 1,5 x 104 m/s, o tempo de viagem do foguete
cerca de 720 m, do Morro da Urca ao Pão de da Terra até essa estrela seria de (1 ano = 3,0
Açúcar. A velocidade escalar média do x 107 s)
bondinho no primeiro trecho é v, = 10,8 km/h e, a) 2.000 anos. b) 300.000 anos.
no segundo, é v2 = 14,4 km/h. Supondo que, c) 6.000.000 anos. d) 20.000.000 anos.
em certo dia, o tempo gasto na caminhada no
Morro da Urca somado ao tempo de espera E23) (Unicamp-16) Drones são veículos
nas estações é de 30 minutos, o tempo total do voadores não tripulados, controlados
passeio completo da Praia Vermelha até o Pão remotamente e guiados por GPS. Uma de
de Açúcar será igual a suas potenciais aplicações é reduzir o tempo
a) 33 min. b) 36 min. da prestação de primeiros socorros, levando
c) 42 min. d) 50 min. pequenos equipamentos e instruções ao local
do socorro, para que qualquer pessoa
E20) (Unicamp-12) O transporte fluvial de administre os primeiros cuidados até a
cargas é pouco explorado no Brasil, chegada de uma ambulância. Considere um
considerando-se nosso vasto conjunto de rios caso em que o drone ambulância se deslocou
navegáveis. Uma embarcação navega a uma 9 km em 5 minutos. Nesse caso, o módulo de
velocidade de 26nós, medida em relação à sua velocidade média é de aproximadamente
água do rio (use 1nó = 0,5m/s). A correnteza a) 1,4 m/s. b) 30 m/s. c) 45 m/s. d) 140 m/s.
do rio, por sua vez, tem velocidade
aproximadamente constante de 5,0m/s em E24) (Fuvest-03) Uma jovem viaja de uma
relação às margens. Qual é o tempo cidade A para uma cidade B, dirigindo um
aproximado de viagem entre duas cidades automóvel por uma estrada muito estreita. Em
separadas por uma extensão de 40km de rio, um trecho, em que a estrada é reta e
se o barco navega rio acima, ou seja, contra a horizontal, ela percebe que seu carro está
correnteza? entre dois caminhões-tanque bidirecionais e
a) 2 horas e 13 minutos. iguais, como mostra a figura. A jovem observa
b) 1 hora e 23 minutos. que os dois camonhões, um visto através do
c) 51 minutos. espelho retrovisor plano, e o outro, através do
d) 37 minutos. pará-brisa, parecem aproximar-se dela com a
mesma velocidade. Como o automóvel e o
E21) (Unicamp-13) Para fins de registros de caminhão de trás estão viajando no mesmo
recordes mundiais, nas provas de 100 metros sentido, com velocidade de 40 km/h e 50
rasos não são consideradas as marcas em km/h, respectivamente, pode-se concluir que a
competições em que houver vento favorável velocidade do caminhão que está à frente é:
(mesmo sentido do corredor) com velocidade 50 km/h 40 kmlh ??
superior a 2m/s. Sabe-se que, com vento [l*o km] [no km]
{WJ/A^
favorável de 2m/s, o tempo necessário para a
conclusão da prova é reduzido em 0,1s. Se um a) 50 km/h com sentido de A para B.
velocista realiza a prova em 10s sem vento, b) 50 km/h com sentido de B para A.
qual seria sua velocidade se o vento fosse c) 40 km/h com sentido de A para B.
favorável com velocidade de 2m/s? d) 30 km/h com sentido de B para A.
a) 8,0m/s . b) 9,9m/s . e) 30 km/h com sentido de A para B.
c) 10,1 m/s. d)12,0m/s.
E25) (Fuvest-08) Dirigindo-se a uma cidade
E22) (Unicamp-15) Recentemente, uma equipe próxima, por uma auto-estrada plana, um
de astrônomos afirmou ter identificado uma motorista estima seu tempo de viagem,
estrela com dimensões comparáveis às da considerando que consiga manter uma
Terra, composta predominantemente de velocidade média de 90km/h. Ao ser
diamante. Por ser muito frio, o astro, surpreendido pela chuva, decide reduzir sua
possivelmente uma estrela anã branca, teria velocidade média para 60km/h, permanecendo
tido o carbono de sua composição cristalizado assim até a chuva parar, quinze minutos mais
em forma de um diamante praticamente do tarde, quando retoma sua velocidade média

ir.. •— 38
ELEMENTOS DA FÍSICA

inicial. Essa redução temporária aumenta seu E29) (Ciaba-12) Um barco atravessa um rio de
tempo de viagem, com relação à estimativa margens paralelas e largura de 4,0 km. Devido
inicial, em à correnteza, as componentes da velocidade
a) 5 minutos. b) 7,5 minutos. do barco são Vx = 0,50 km/h e Vy = 2,0 km/h.
c) 10 minutos. d) 15 minutos. Considerando que, em t = 0, o barco parte da
e) 30 minutos. origem do sistema cartesiano xy (indicado na
figura), as coordenadas de posições, em
E26) (FGV-00) Um guarda rodoviário munido quilômetros, e o instante, em horas, de
de um binóculo e um cronômetro verifica o chegada do barco à outra margem são
tráfego de veículos em uma rodovia de mão
dupla. Para autuar motoristas infratores, o
policial cronometra o tempo em que os
veículos passam entre duas marcas y(km) Sentido da correnteza

horizontais na pista, distantes 400m entre si.


Um motorista imprudente passa pela primeira
marca a 100km/h. Exatamente a 200m da Margem do rio
primeira marca, e ainda na mesma velocidade, a) (1,0; 4,0) e 1,0 b) (1,0 ; 4,0) e 2,0
ele recebe um sinal de luz alta de um veículo c) (2,0 ; 4,0) e 4,0 d) (16; 4,0) e 4,0
que vem em sentido oposto, na outra pista, e) (16; 4,0) e 8,0
alertando-o sobre a presença do policial.
Sabendo-se que a velocidade máxima E30) (Ciaba-14) Considere a velocidade da luz
permitida em pista de mão dupla é de 80km/h, no ar 3 x 108 m/s e a velocidade do som no ar
qual será a velocidade média com que o 340 m/s. Um observador vê um relâmpago e, 3
motorista deverá percorrer os próximos 200m segundos depois, ele escuta o trovão
para não ser multado? correspondente. A distância que o observador
a) 30,4 km/h c) 10 m/s. e) 80 km/h. está do ponto em que caiu o raio é de
b) 66,6 km/h. d) 79,9 km/h. aproximadamente
( a ) 0,3 km. ( b ) 0,6 km. ( c ) 1 km.
E27) (UFC-96) O sistema solar tem 4,5 x 109 ( d ) 3 km. ( e ) 5 km.
anos de idade. Os primeiros hominídeos
surgiram na Terra há cerca de 4,5 milhões de E31) (Espcex-05) Um caminhão de 10 m de
anos. Imagine uma escala em que o tempo comprimento, descrevendo um movimento
transcorrido entre o surgimento do sistema retilíneo e uniforme, ingressa em uma ponte
solar e a época atual corresponda a um ano de com uma velocidade de 36 km/h. Passados 20
365 dias. De acordo com tal escala, há s, o caminhão conclui a travessia da ponte. O
quantas horas os hominídeos surgiram na comprimento da ponte é de:
Terra? Aproxime sua resposta para um [A]100m [B] 110 m
[B]110m [C]190m
número inteiro apropriado. [D] 200 m [E] 210 m

E28) (Ciaba-00) “As ondas eletromagnéticas E32) (Espcex-10) O gráfico abaixo indica a
viajam no vácuo à velocidade da luz, cerca de posição (S) em função do tempo (t) para um
3x108 m/s. Assim, como os primeiros testes automóvel em movimento num trecho
com transmissões de rádio datam horizontal e retilíneo de uma rodovia.
provavelmente de 1908, o raio máximo S (km) À
atingido por tais emissões, ditas “inteligentes”,
seria de aproximadamente 92 anos-luz (muito
pouco, em termos astronômicos), ou seja, 4-
qualquer inteligência extraterrestre, originária
de sistema planetário além deste limite, por
mais sensíveis e sofisticados que fossem seus
0
radiotelescópios, não conseguiría nos 3 8 10
-2- t (min)
detectar.” A ordem de grandeza da distância
de 92 anos-luz, convertida para metros, é
(considerar ano terrestre com 365 dias): Gráfico Fora de Escala
(A) 1022 (B) 102° (C) 1018 Da análise do gráfico, pode-se afirmar que o
(D) 1016 (E) 1014 automóvel
[A] está em repouso, no instante 1 min.

39
ELEMENTOS DA FÍSICA

[B] possui velocidade escalar nula, entre os computador


câmera
instantes 3 min e 8 min.
“T C
[C] sofreu deslocamento de 4 km, entre os Sp
Si_________
instantes 0 min e 3 min.
[D] descreve movimento progressivo, entre os
instantes 1 min e 10 min.
[E] tem a sua posição inicial coincidente com a
origem da trajetória.
</ = 2 m
E33) (Espcex-11) Um automóvel percorre a
metade de uma distância D com uma Os sensores Si e S2 e a câmera estão ligados a
velocidade média de 24 m/s e a outra metade um computador. Os sensores enviam um sinal ao
com uma velocidade média de 8 m/s. Nesta computador sempre que são pressionados pelas
situação, a velocidade média do automóvel, ao rodas de um veículo. Se a velocidade do veículo
percorrer toda a distância D, é de: está acima da permitida, o computador envia um
[A] 12 m/s [B] 14 m/s [C] 16 m/s sinal para que a câmera fotografe sua placa
[D] 18 m/s [E] 32 m/s traseira no momento em que esta estiver sobre a
linha tracejada. Para um certo veículo, os sinais
E34) (Espcex-11) Um avião bombardeiro deve dos sensores foram os seguintes:
interceptar um comboio que transporta
armamentos inimigos quando este atingir um
ponto A, onde as trajetórias do avião e do
comboio se cruzarão. O comboio partirá de um
ponto B, às 8 h, com uma velocidade
q n í(s)

constante igual a 40 km/h, e percorrerá uma


distância de 60 km para atingir o ponto A. O
avião partirá de um ponto C, com velocidade
S2

0
1
0,1 0,2 0,3
'(s)

constante igual a 400 km/h, e percorrerá uma


distância de 300 km até atingir o ponto A. a) Determine a velocidade do veículo em km/h.
Consideramos o avião e o comboio como b) Calcule a distância entre os eixos do veículo.
partículas descrevendo trajetórias retilíneas.
Os pontos A, B e C estão representados no F2) (Fuvest-92) Em um prédio de 20 andares
desenho abaixo. (além do térreo) o elevador leva 36 s para ir do
A térreo ao 20° andar. Uma pessoa no andar x
C chama o elevador, que está inicialmente no
térreo, e 39,6 s após a chamada a pessoa
atinge o andar térreo. Se não houve paradas
Bi intermediárias, e os tempos de abertura e
Para conseguir interceptar o comboio no ponto
fechamento da porta do elevador e de entrada
A, o avião deverá iniciar o seu voo a partir do
e saída do passageiro são desprezíveis,
ponto C às:
podemos dizer que o andar x é o:
[A] 8 h e 15 min [B] 8 h e 30 min
a) 9o b)11° c) 16° d) 18° e) 19°
[C] 8 h e 45 min [D] 9 h e 50 min
[E]9he15min
F3) (Fuvest-09) Marta e Pedro combinaram
encontrar-se em um certo ponto de uma auto-
estrada plana, para seguirem viagem juntos.
Marta, ao passar pelo marco zero da estrada,
constatou que, mantendo uma velocidade
F1) (Unicamp-99) A figura abaixo mostra o
média de 80km/h, chegaria na hora certa ao
esquema simplificado de um dispositivo colocado
ponto de encontro combinado. No entanto,
em uma rua para controle de velocidade de
quando ela já estava no marco do quilômetro
automóveis (dispositivo popularmente chamado
10, ficou sabendo que Pedro tinha se atrasado
de radar).
e, só então, estava passando pelo marco zero,
pretendendo continuar sua viagem a uma
velocidade média de 100km/h. Mantendo
essas velocidades, seria previsível que os dois
amigos se encontrassem próximos a um marco

40
ELEMENTOS DA FÍSICA

da estrada com indicação de ffi J Alanwdadaa


Y /*\ Amoreiras
km km *-jg. .. (. g—
a) d)
20 50 1S0

ISOm /// /// ///


km km
b) e) | AJamada daTT''**''S ■ /'// —// 7*''^. | AJameda das I
30 60 Pltangaalraa Z. 2S0m - aí- -250 m -TZ l ------■■ ■— I Larani’™' !
Alameda doe I '
Limoeiro» |
km Assinale a alternativa correta.
c)
40 a) João chega a B, 4,0 minutos e 40 segundos
antes que Pedro.
b) Pedro chega a B, 4,0 minutos e 40
F4) (Fuvest-10) Pedro atravessa a nado, com segundos antes que João.
velocidade constante, um rio de 60m de c) João chega a B, 5,0 minutos e 40 segundos
largura e margens paralelas, em 2 minutos. antes que Pedro.
Ana, que boia no rio e está parada em relação d) Pedro chega a B, 5,0 minutos e 40
à água, observa Pedro, nadando no sentido segundos antes que João.
sul-norte, em uma trajetória retilínea, e) Pedro e João chegam juntos a B.
perpendicular às margens. Marta, sentada na
margem do rio, vê que Pedro se move no F6) (Mackenzie-05) Um casal de namorados
sentido sudoeste-nordeste, em uma trajetória passeia, de braços dados, com velocidade
que forma um ângulo 0 com a linha escalar constante de 80 cm/s. O passo da
perpendicular às margens. As trajetórias, como menina mede 40 cm e o do rapaz, 60 cm. Se,
observadas por Ana e por Marta, estão em verto instante, ambos tocam o pé direito no
indicadas nas figuras abaixo, respectivamente solo, o tempo decorrido para que isso ocorra
por PA e PM. Se o ângulo 6 for tal que cos9 = novamente será de:
3/5 (sen6 = 4/5), qual o valor do módulo da a)1,5s b)1,8s c) 2,0 s d) 2,2 s e) 3,0 s
velocidade
A M
F7) (Cesgranrio-90) Um trem sai da estação de
N
uma cidade, em percurso retilíneo, com
Le velocidade constante de 50 km/h. Quanto
tempo depois de sua partida deverá sair, da
Trajetória vista por Ana Trajetória vista por Marta mesma estação, um segundo trem com
a) de Pedro em relação à água? velocidade de 75 km/h para alcançá-lo a 120
b) de Pedro em relação à margem? km da cidade?
c) da água em relação à margem? A) 24 min. B) 48 min. C) 96 min.
D) 144 min. E) 288 min.
F5) (Mackenzie-00) Dois amigos resolvem
disputar uma corrida diferente, entre os pontos F8) (Unifor-OO) Um móvel se desloca, em
A e B de uma região plana do bairro onde movimento uniforme, sobre o eixo x durante o
moram, partindo simultaneamente de A e intervalo de tempo de to = 0 a t = 30 s. O
deslocando-se rigorosamente sobre as linhas gráfico representa a posição x, em função do
tracejadas das alamedas. Enquanto Pedro tempo t, para o intervalo de t = 0 a t = 5,0 s.
segue a pé, com velocidade escalar constante x (m)
de 3,6 km/h, pela Alameda das Amoreiras,
João segue de bicicleta pela trajetória indicada
pelas setas (Al. das Pitangueiras, Al. das
20
Laranjeiras e Al. dos Limoeiros), com
velocidade escalar constante de 18,0 km/h.

10-- I
I
I
I

0
+5 t(s)
O instante em que a posição do móvel é - 30

41
rr." ELEMENTOS DA FÍSICA

m, em segundos, é a) 18 km b) 10,8 km c) 22,5 km


a) 10 b) 15 c) 20 d) 25 e) 30 d) 24 km e) 35 km

F9) (UEL-87) Um barco, com o motor a toda F14) (UFPE) O gráfico representa a posição de
potência, percorre 60 km em 2 h descendo um uma partícula em função do tempo. Qual a
rio. Em sentido contrário, percorre 40 km em velocidade média da partícula, em metros por
igual intervalo de tempo. A velocidade do segundo, entre os instantes t = 2,0 min e t =
barco em relação às águas e a velocidade das 6,0 min?
águas em relação às margens do rio são, x (m) .
respectivamente, em km/h, iguais a:
a) 30 e 20 b) 25 e 5 c) 25 e 20 8,0 X 10z-
d) 30 e 5 e) 12,5 e 7,5
6,0 X 102-

F10) (UESPI-10) Um estudante parado sobre 4,0 X 102-


uma escada rolante em movimento percorre os —r
20 metros de comprimento da escada em 40 2,0 X 102 ___ l—
segundos. Se ele se movimentar sobre a
escada com uma velocidade de módulo 0,5 0 Tsãlo <5 ê!o t (min)
m/s (em relação à escada) e sentido idêntico
ao desta, o estudante percorrerá os mesmos a) 1,5 b) 2,5 c) 3,5 d) 4,5 e) 5,5
20 metros da escada em:
A)10s B) 20 s C) 40 s D) 60 s E) 80 s F15) (UFG-13) Nos jogos paraolímpicos de
Londres, o sul-africano biamputado Oscar
F11) (Furg-RS) Dois trens A e B movem-se Pistorius, após perder a medalha de ouro para
com velocidades constantes de 36 km/h, em o brasileiro Alan Fonteles, indignado, reclamou
direções perpendiculares, aproximando-se do do tamanho das próteses de Fonteles. Antes
ponto de cruzamento das linhas. Em t = 0 s, a dos jogos, elas foram trocadas por um par 5,0
frente do trem A está a uma distância de 2 km cm maior que, no entanto, estavam dentro do
do cruzamento. Os comprimentos dos trens A limite estabelecido pelo regulamento. Porém,
e B são, respectivamente, 150 m e 100 m. Se mesmo com próteses mais longas, as
o trem B passa depois pelo cruzamento e não amplitudes de passada de Fonteles foram
ocorre colisão, então a distância de sua frente menores do que as de Pistorius, conforme o
até o cruzamento, no instante t = 0 s, é, quadro da prova de 200 metros rasos
necessariamente, maior que apresentado a seguir.
a) 250 m b) 2 000 m c) 2 050 m Dados da corrida Fonteles Pistorlus
d) 2 150 m e) 2 250 m Altura 1,82 m 1,86 m

Altura máxima permitida 1,85 m 1,93 m


F12) (Uniube-MG) Um caminhão, de
comprimento igual a 20 m, e um homem Amplitude média da passada 2,04 m 2,17 m
percorrem, em movimento uniforme, um trecho Número de passadas 98 92
de uma estrada retilínea no mesmo sentido. Se
Tempo 21,45 s 21,52 s
a velocidade do caminhão é 5 vezes maior que
a do homem, a distância percorrida pelo Considere que Fonteles consiga aumentar a
caminhão desde o instante em que alcança o amplitude média de sua passada em 1,0 cm,
homem até o momento em que o ultrapassa é, mantendo a mesma frequência de passadas.
em metros, igual a: Nessas circunstâncias, quantos segundos,
a) 20 b) 25 c) 30 d) 32 e) 35 aproximadamente, será a nova vantagem de
Fonteles?
F13) (Unimep-SP) Um carro A, viajando a uma (A) 0,05 (B) 0,07 (C) 0,10
velocidade constante de 80 km/h, é (D) 0,17 (E) 0,35
ultrapassado por um carro B. Decorridos 12
minutos, o carro A passa por um posto F16) (FEI-08) Um automóvel A passa por um
rodoviário e o seu motorista vê o carro B posto com movimento progressivo uniforme
parado e sendo multado. Decorridos mais 6 com velocidade de 54 km/h. Após 10 minutos,
minutos, o carro B novamente ultrapassa o um outro automóvel B, que está parado, parte
carro A. A distância que o carro A percorreu do mesmo posto com movimento progressivo
entre as duas ultrapassagens foi de: uniforme com velocidade de 72 km/h. Após

42
ELEMENTOS DA FÍSICA

quanto tempo depois da passagem do 4 m e a 10 m dessa linha. No instante em que


automóvel A pelo posto, os dois se encontram? o corredor 2 cruzar a linha de chegada Y, o
A) 10 min B) 20 min C) 30 min corredor 3 estará a uma distância dessa linha,
D) 40 min E) 50 min em metros, igual a:

F17) (Ufscar-07) O submarino navegava com


V;.... ...... -\ -----
velocidade constante, nivelado a 150m de
profundidade, quando seu capitão decide levar A) 6,00 B) 6,25 C) 6,50 D) 6,75
lentamente a embarcação à tona, sem,
contudo abandonar o movimento à frente. F20) (UFPR-10) Segundo o grande cientista
Comunica a intenção ao timoneiro, que Galileu Galilei, todos os movimentos descritos
procede ao esvaziamento dos tanques de na cinemática são observados na natureza na
lastro, controlando-os de tal modo que a forma de composição desses movimentos.
velocidade de subida da nave fosse constante. Assim, se um pequeno barco sobe o rio

4L Guaraguaçu, em Pontal do Paraná, com


velocidade de 12 km/h e desce o mesmo rio
com velocidade de 20 km/h, a velocidade
própria do barco e a velocidade da correnteza
Se a velocidade horizontal antes da manobra serão, respectivamente:
era de 18,0km/h e foi mantida, supondo que a a) 18 km/h e 2 km/h. b) 17 km/h e 3 km/h.
subida tenha se dado com velocidade c) 16 km/h e 4 km/h. d) 15 km/h e 5 km/h.
constante de 0,9km/h, determine o e) 19 km/h e 1 km/h.
deslocamento horizontal, em metros, que a
nave realizou, do momento em que o timoneiro F21) (Espcex-02) Um automóvel,
iniciou a operação até o instante em que a nau desenvolvendo uma velocidade constante de
chegou à superfície. 60 km/h, faz, diariamente, uma viagem entre
duas cidades vizinhas em um tempo habitual T.
F18) (Unifesp-06) Para testar o seu Se ele fizesse esta viagem com uma
equipamento de som, um artista dá um toque velocidade, também constante, de 90 km/h, o
no microfone ligado a uma caixa de som tempo de duração, em relação ao habitual,
localizada a 330m de distância, em um local seria 10 minutos menor. Podemos dizer que o
em que a velocidade do som é 330m/s. Pode- valor de T, em minutos, é:
se afirmar que o intervalo de tempo entre o a) 60 b) 50 c) 40 d) 30 e) 20
toque do artista no microfone e o instante em
que o artista ouve o barulho do toque F22) (Espcex-03) Uma lancha atravessa um rio,
reproduzido pela caixa é, aproximadamente, deslocando-se segundo uma trajetória
de perpendicular à margem. Sua velocidade em
A) 1,0s, independentemente de o microfone ter relação à água é constante e tem módulo igual
ou não fio. a 2>/l3 m/s. A velocidade da correnteza do rio
B) 1,5s, independentemente de o microfone ter
ou não fio. em relação a um observador parado na sua
C) 2,Os, independentemente de o microfone ter margem é constante e vale 4 m/s. O módulo
ou não fio. da velocidade da lancha em relação a este
D) 2,Os com microfone sem fio e 1,0s com observador é
A) 2 m/s. B) 4 m/s. C) 6m/s.
microfone com fio.
E) 2,Os com microfone sem fio e um valor entre D) 8 m/s. E) 10 m/s.
1,0s e 2,0 s com microfone com fio.
F23) (AFA-00) Desde que a cronometragem
F19) (UERJ-07) O esquema abaixo representa eletrônica começou a ser utilizada, os tempos
uma pista de corrida na qual os competidores dos recordes na prova de 100 metros rasos
1, 2 e 3, em um determinado instante, baixaram de 9,95 segundos (1968) para 9,79
encontravam-se alinhados, na reta X, a 100 m segundos (obtido por Maurice Greene em
da linha de chegada Y. A partir dessa reta X, 1999), ou seja, apenas 16 centésimos de
as velocidades de cada um permaneceram segundo em 31 anos. As velocidades médias,
constantes. Quando o corredor 1 cruzou, em em km/h, dos recordes citados foram,
primeiro lugar, a linha de chegada, os aproximadamente,
corredores 2 e 3 estavam, respectivamente, a a) 2,8 e 2,9 b) 10,0 e 10,2

43
ELEMENTOS DA FÍSICA

c) 36,2 e 36,8 d) 41,2 e 41,6 abaixo.


vB(km/h)
F24) (AFA-01) Uma esteira rolante com
velocidade Ve. transporta uma pessoa de A 72,0 -
para B em 15 s. Essa mesma distância é
55,5
percorrida em 30 s se a esteira estiver parada
e a velocidade da pessoa for constante e igual
a vp. Se a pessoa caminhar de A para B, com
Ie t+2
í-----
t+6 t(h)
a velocidade Vp, sobre a esteira em movimento, rclopa 2*oupa 3‘«*p*
cuja velocidade é Ve, o tempo gasto no O trajeto entre duas cidades é de 510 km.
percurso, em segundos, será Considere um veiculo executando esse trajeto.
a) 5 b)10 c) 15 d) 30 No gráfico acima, temos a velocidade média
do veículo em três etapas. Com base dos
F25) (AFA-01) Uma estrada de ferro retilínea dados apresentados no gráfico, qual a
liga duas cidades A e B separadas por uma velocidade média, em km/h, estabelecida pelo
distância de 440 km. Um trem percorre esta veículo no trajeto todo?
distância com movimento uniforme em 8h. a) 48 b) 51 c) 54 d) 57 e) 60
Após 6h de viagem, por problemas técnicos, o
trem fica parado 30 minutos. Para que a F30) (ITA-55) Um trem e um automóvel
viagem transcorresse sem atraso, a velocidade caminham paralelamente e num mesmo
constante, em km/h, que o trem deveria sentido, num trecho retilíneo. Os seus
percorrer o restante do percurso seria de movimentos são uniformes e a velocidade do
aproximadamente automóvel é o dobro da velocidade do trem.
a) 55,0 b)61,2 c) 73,3 d) 100,0 Desprezando-se o comprimento do automóvel
e sabendo que o trem tem 100 m de
F26) (AFA-03) Dois aeroportos, A e B, estão comprimento, pergunta-se qual o espaço que o
no mesmo meridiano, com B 600 km ao sul de automóvel percorre desde que alcança o trem
A. Um avião P decola de A para B ao mesmo até o instante em que ultrapassa.
tempo que um avião Q, idêntico a P, decola de
B para A. Um vento de 30 km/h sopra na F31) (ITA-66) Um motorista deseja perfazer a
direção sul-norte. O avião Q chega ao distância de 20 km com a velocidade média de
aeroporto A 1 hora antes do avião P chegar ao 80 km/h. Se viajar durante os primeiros 15
aeroporto B. A velocidade dos dois aviões em minutos com a velocidade de 40 km/h, com
relação ao ar (admitindo que sejam iguais) é, que velocidade média deverá fazer o percurso
aproximadamente, em km/h, restante?
a) 690. b) 390. c) 190. d) 90. a) 120 km/h;
b) 160 km/h;
F27) (AFA-07) Uma pessoa está observando c) é impossível estabelecer a velocidade média
uma corrida a 170 m do ponto de largada. Em desejada nas circunstâncias apresentadas;
dado instante, dispara-se a pistola que dá d) Nula;
início à competição. Sabe-se que o tempo de e) nda.
reação de um determinado corredor é 0,2 s,
sua velocidade é 7,2 km/h e a velocidade do F32) (ITA-79) Um estudante observou o
som no ar é 340 m/s. A distância desse atleta movimento de um móvel durante um certo
em relação à linha de largada, quando o som tempo. Verificou que o móvel descrevia um
do disparo chegar ao ouvido do espectador, é movimento retilíneo e anotou os valores de
a) 0,5 m b) 0,7 m c) 0,6 m d) 0,8 m espaço (e) e de tempo (t) correspondentes,
construindo o gráfico da figura ao lado.
F28) (AFA-07) Um avião voa na direção leste a e
120 km/h para ir da cidade A à cidade B. (m) /
Havendo vento para o sul com velocidade de
50 km/h, para que o tempo de viagem seja o
mesmo, a velocidade do avião deverá ser
a) 145 km/h c) 170 km/h
b) 130 km/h d) 185 km/h ,45o

F29) (Escola Naval-15) Analise o gráfico 0 t(s)

44
ELEMENTOS DA FÍSICA

Pode-se, então afirmar que: então a distância D é, em km, igual a:


( ) A - a velocidade do móvel é constante e A) 1 B) 2 C) 3 D) 4 E) 5
vale 1,0 m.s'1, tendo em vista que o ângulo que
a reta faz com o eixo dos tempo é 45°. A3) (Furg-10) A onda verde, ou sincronização
( ) B - a velocidade do móvel é constante e de semáforos, é uma medida adotada em
, 1 -i diversas cidades de modo a melhorar o tráfego
vale m.s.
de veículos por ruas e avenidas muito
1/2
( ) C - a velocidade do móvel é constante e movimentadas. Numa determinada rua da
vale aproximadamente 1,4m.s'1. cidade, existem três semáforos sincronizados:
( ) D - faltam dados para calcular a velocidade o primeiro, localizado na esquina da rua A, é
do móvel. temporizado para que o sinal dure 1 minuto
( ) E - a aceleração e a velocidade do móvel (tanto o verde quanto o vermelho); o segundo,
estão indeterminadas. localizado 200 m adiante, tem mesma
temporização, mas um atraso de 8 s em
UI'—IIMII II I UM > «« w relação ao primeiro; e o terceiro, localizado
400 m além do segundo semáforo, tem uma
temporização de 42 s e um atraso de 48 s em
A1) (Concurso PRF-09) Ao longo de uma relação ao primeiro. Considerando que um
estrada retilínea, um carro passa pelo posto carro passa pelo primeiro semáforo quando
policial da cidade A, no km 223, às 9h30 min e este ativa o sinal verde, a velocidade mínima,
20 s, conforme registra o relógio da cabine de em km/h, que se pode desenvolver para
vigilância. Ao chegar à cidade B, no km 379, o aproveitar uma onda verde, isto é, os três
relógio do posto policial daquela cidade sinais verdes, em sequência, vale:
registra 10h20 min e 40 s. O chefe do A) 51 B) 24 C)45 D)22 E) 40
policiamento da cidade A verifica junto ao
chefe do posto da cidade B que o seu relógio A4) (UFPR-10) João viaja semanalmente de
está adiantado em relação àquele em 3min e ônibus e a esposa costuma ir de automóvel a
10 s. Admitindo-se que o veículo, ao passar no seu encontro na estação rodoviária de
ponto exato de cada posto policial, apresenta Matinhos, onde ele chega pontualmente, e
velocidade dentro dos limites permitidos pela ambos se encontram exatamente às 18 h. Um
rodovia, o que se pode afirmar com relação à dia, João chega às 17h30 min e resolve andar
transposição do percurso pelo veículo, entre os em direção a sua casa pelo caminho que
postos, sabendo-se que neste trecho o limite costuma seguir com a sua mulher, mas sem
de velocidade permitida é de 110 km/h? avisá-la. Encontram-se no caminho, ele sobe
A) Trafegou com velocidade média ACIMA do no carro e os dois voltam para casa, chegando
limite de velocidade. 10 min antes do horário de costume. Supondo
B) Trafegou com velocidade sempre ABAIXO que sua esposa viajou com velocidade
do limite de velocidade. constante e que saiu de casa no tempo exato
C) Trafegou com velocidade sempre ACIMA do para encontrar o marido às 18 h na estação
limite de velocidade rodoviária, assinale a alternativa que apresenta
D) Trafegou com velocidade média ABAIXO do o tempo, em minutos, que João andou antes
limite de velocidade. de encontrar-se com ela.
E) Trafegou com aceleração média DENTRO a) 10. b) 20. c) 30. d) 25. e) 15.
do limite permitido para o trecho.
A5) (CIABA-91) Um atirador de elite, usando
A2) (Fepecs-11) Uma abelha comum voa a um rifle com mira laser, mira exatamente no
uma velocidade de aproximadamente v-, = 25,0 centro do coração de um seqüestrador, situado
km/h quando parte para coletar néctar, e a v2 = a 60 m de distância. Sabendo que a bala é
15,0 km/h quando volta para a colméia, disparada 1440 km/h, que o eixo horizontal
carregada de néctar. Suponha que uma abelha maior do coração vale 10cm (largura maior) e
nessas condições parte da colméia voando em que, 0,15 segundos antes do disparo o
linha reta até uma flor, que se encontra a uma seqüestrador se move para a sua direita,
distância D, gasta 2 minutos na flor, e volta horizontalmente, a 25 cm/s, pede-se marcar a
para a colméia, também em linha reta. opção correta:
Sabendo-se que o tempo total que a abelha a) O seqüestrador escapa do tiro, passando o
gastou indo até a flor, coletando néctar e mesmo a 1,35 cm da sua axila esquerda.
voltando para a colméia, foi de 34 minutos, b) O seqüestrador morrerá, pegando o tiro 3,75

45
ELEMENTOS DA FÍSICA

cm á direita do ponto mirado inicialmente, seguir de Leste para Oeste, retornando ao


observado pelo atirador ponto P. A velocidade do avião, no ar, é igual a
c) O sequestrador morrerá com seu coração v e a velocidade do ar em relação ao solo é
trespassado 2,325 cm à esquerda do ponto igual a u. A distância entre P e Q vale D e a
inicial, observado pelo atirador. velocidade do avião no ar v é constante.
d) O seqüestrador morrerá com seu coração Suponha que a velocidade do vento esteja
trespassado no ponto inicial, pois não há dirigida para Leste. Calcule o tempo da viagem.
tempo hábil para o deslocamento.
e) O seqüestrador levará o tiro a 2,125 cm à A10) (OBF-01) Uma escada rolante tem
esquerda do ponto inicial. comprimento L = 10 m, velocidade
descendente de módulo constante ve = 0,5 m/s
A6) (Epcar-11) Dois automóveis A e B e inclinação 0 = 30° com a horizontal. A base
encontram-se estacionados paralelamente ao da escada encontra-se a uma distância
marco zero de uma estrada. Em um dado horizontal D = 30 m de uma parede vertical
instante, o automóvel A parte, movimentando- bastante alta. No instante t = 0, uma lâmpada
se com velocidade escalar constante VA = 80 acesa de dimensões desprezíveis é colocada
km/h. Depois de certo intervalo de tempo, At, o no degrau mais alto da escada, como ilustrado
automóvel B parte no encalço de A com na figura a seguir. Nesse mesmo instante, um
velocidade escalar constante VB = 100 km/h. menino de altura H = 1 m, a uma distância
Após 2 h de viagem, o motorista de A verifica horizontal s0 da parede, caminha em direção à
que B se encontra 10 km atrás e conclui que o base da escada com velocidade de módulo
intervalo At, em que o motorista B ainda constante vm = 0,85 m/s. Calcule o
permaneceu estacionado, em horas, é igual a comprimento vertical da sombra do menino
A) 0,25 B) 0,50 C)1,00 D) 4,00 na parede:

A7) (AFA-08) Considere um pequeno avião


voando em trajetória retilínea com velocidade
constante nas situações a seguir.
(1) A favor do vento.
(2) Perpendicularmente ao vento.
Sabe-se que a velocidade do vento é 75% da
velocidade do avião. Para uma mesma
distância percorrida, a razão At1/At2, entre os
lâmpada
ZZZZZZ, Ve

0
L

t,JL,
• /zzzzzzz/fzzzzzzzzzz.

D
*0
I
a) quando a lâmpada atingir a base da escada,
intervalos de tempo nas situações (1) e (2), sabendo que s0 = 3 m;
vale
b) quando t = 4 s, sabendo que s0 =
a) 1/3 b) 3/5 c) 5/7 d) 7/9
0,4x(V3-1) m.
A8) (ITA-82) Um nadador que pode
desenvolver uma velocidade de 0,900 m/s na A11) Um móvel animado de movimento
água parada atravessa um rio de largura D uniforme percorre uma reta AB, partindo do
metros, cuja correnteza tem uma velocidade ponto A e seguindo rumo a B no mesmo
de 1,08 Km/. Nadando em linha reta, ele quer instante em que outro móvel parte do ponto B
alcançar um ponto da outra margem situado rumo a A também com movimento uniforme.
D Sabe-se que o primeiro móvel atinge o ponto B
—— metros abaixo do ponto de partida. Para 25 s após o instante em que cruza com o
segundo e que este atinge o ponto A 9 s após
isso, sua velocidade em relação ao rio deve
o mesmo instante. Calcular a relação entre as
formar com a correnteza o ângulo:
velocidades do primeiro e do segundo.
A) arc sen
V3(V33+1) V3
B) arc sen —
12 A12) Dois trens, cada um com velocidade
escalar de 34 km/h, aproximam-se um do outro
C) Zero graus D) arc sen—
' 12 na mesma linha. Um pássaro que pode voar a
V3(V33 +1) 58 km/h parte de um dos trens quando eles
E) arc sen estão distantes de 102 km e dirige-se
2
diretamente ao outro. Ao alcançá-lo, o pássaro
retorna diretamente para o primeiro trem e
A9) Um piloto deseja voar de Oeste para Leste,
assim sucessivamente. Qual a distância total
de um ponto P a um ponto Q e, em seguida,

46
■................................................................

ELEMENTOS DA FÍSICA

que o pássaro percorre até os trens se A15) (UFSCar-02) Três amigos, Antônio,
chocarem? Bernardo e Carlos, saíram de suas casas para
se encontrarem numa lanchonete. Antônio
A13) (OBF-06) Dois aviões de combate A e B realizou metade do percurso com velocidade
voam em trajetória retilínea e horizontal e média de 4 km/h e a outra metade com
estão alinhados. Estando distanciados 600 m velocidade média de 6 km/h. Bernardo
um do outro, o que vem atrás inicia uma percorreu o trajeto com velocidade média de 4
seqüência de disparos contra o outro, à razão km/h durante metade do tempo que levou para
de 1 projétil a cada um quarto de segundo. A chegar à lanchonete e a outra metade do
velocidade dos projéteis vP/A, relativamente ao tempo fez com velocidade média de 6 km/h.
avião A, é constante e igual a 500 m/s e, como Carlos fez todo o percurso com velocidade
o tempo de seu percurso é muito curto, o efeito média de 5 km/h. Sabendo que os três saíram
de queda do projétil pela gravidade é no mesmo instante de suas casas e
irrelevante na análise desta situação. percorreram exatamente as mesmas
distâncias, pode-se concluir que
a) Bernardo chegou primeiro, Carlos em
segundo e Antônio em terceiro.
b) Carlos chegou primeiro, Antônio em
Considerando que o avião que vem por trás segundo e Bernardo em terceiro.
voa com uma velocidade vA = 100m/s, que a c) Antônio chegou primeiro, Bernardo em
velocidade do da frente é vB = 120 m/s, e que segundo e Carlos em terceiro.
essas velocidades são constantes, calcule: d) Bernardo e Carlos chegaram juntos e
a) o tempo que o primeiro projétil disparado Antônio chegou em terceiro.
leva para atingir o avião que vai à frente. e) os três chegaram juntos à lanchonete
b) a distância entre dois projéteis lançados
consecutivamente. A16) (ITA-93) Uma ventania extremamente
c) o número de projéteis, por segundo, que forte está soprando com uma velocidade v na
atinge a aeronave da frente. direção da seta mostrada na figura. Dois
aviões saem simultaneamente do ponto A e
A14) (Escola Naval-86) Dois navios (A e B) ambos voarão com uma velocidade constante
navegam respectivamente nos rumos 090° e c em relação ao ar. O primeiro avião voa
030° com velocidades de 10,0 m/s e 18,0 m/s, contra o vento até o ponto B e retorna logo em
quando se avistam nas posições mostradas na seguida ao ponto A, demorando para efetuar o
figura abaixo, a uma distância de 1.732 m. percurso total um tempo t-i. O outro voa
A ■\90° / perpendicularmente ao vento até o ponto D e
N retorna ao ponto A, num tempo total t2. As
10 m/s /
distâncias AB e AD são iguais a L. Qual é a
Wc :E razão entre os tempos de vôo dos dois aviões?
v i
1.732m ,
S a) t2/ti =
|30°/

~v
(18 m/s b) t2/t, = d -■

b «Z +-
c) t2/ti = v/c A
B
Pode-se afirmar que, mantidos os mesmos d) t2/ti = 1
rumos e velocidades:
a) haverá abalroamento (colisão), 1 minuto e e) t2/ti -
40 segundos após se avistarem;
b) não haverá abalroamento e o navio A
cortará (cruzará) a proa do navio B; A17) (ITA-94) Um barco, com motor em
c) não haverá abalroamento e o navio B regime constante, desce um trecho de um rio
cortará a proa do navio A; em 2,0 horas e sobe o mesmo trecho em 4,0
d) a velocidade relativa entre as duas horas. Quanto tempo, em horas, levará o barco
embarcações é decrescente em módulo; para percorrer o mesmo trecho, rio abaixo,
e) são corretas as afirmativas C e D. com o motor desligado?
a) 3,5 b) 6,0 c) 8,0 d) 4,0 e) 4,5

47
r ELEMENTOS DA FÍSICA

A18) (ITA-11) Um problema clássico da A21) (OBF-16) Ao passar por uma cidade,
cinemática considera objetos que, a partir de viajando por uma BR a 80 km/h, o motorista
certo instante, se movem conjuntamente com percebeu que o indicador de combustível de
velocidade de módulo constante a partir dos seu veículo mostrava 3/4 de tanque. Ao passar
vértices de um polígono regular, cada qual pela cidade seguinte, notou que o indicador
apontando à posição instantânea do objeto registrava 1/4 de tanque. O manual do veículo
vizinho em movimento.A figura mostra a afirma que o tanque tem uma capacidade de
configuração desse movimento múltiplo no 48 litros e que o veículo faz 10 km/l
caso de um hexágono regular. Considere que (quilômetros por litro) à velocidade padrão de
o hexágono tinha 10,Om de lado no instante 80 km/h. Admitindo que o manual do veículo
inicial e que os objetos se movimentam com esteja correto e que o motorista mantenha a
velocidade de módulo constante de 2,00 m/s. velocidade constante, determine em horas, o
Após quanto tempo estes se encontrarão e tempo gasto entre as duas cidades.
qual deverá ser a distância percorrida por cada
um dos seis objetos? A22) Pancho Villa viaja de Acapulco a
Guadalajara, viajando por uma estrada a uma
velocidade constante. Passa por um marco
(marcador de distância, a partir de Acapulco)
que contém dois algarismos. Uma hora depois,
passa por outro marco, contendo os mesmos
dois algarismos, mas em ordem inversa. Uma
hora depois, passa por um terceiro marco,
contendo os mesmos algarismos, na ordem
que os viu no primeiro marco, mas separados
a) 5,8 s e 11,5 m b) 11,5 s e 5,8 m
por um zero. Com que velocidade Pancho Villa
c) 10,0 s e 20,0 m d) 20,0 s e 10,0 m
viaja?
e) 20,0 s e 40,0 m
A23) Em um momento inicial, duas velas eram
A19) (IME-91) Um jogador de futebol do
iguais e tinham altura h, encontrando-se a uma
Flamengo (F) conduz a bola aos pés, por uma
distância a. A distância entre cada uma das
reta junto à lateral do campo, com uma
velas e a parede mais próxima é também igual
velocidade constante V,, em direção à linha
a a. Com que velocidade movem-se as
divisória do gramado. Um atleta do Botafogo
sombras das velas nas paredes, se uma vela
(B), situado na linha divisória, avalia estar
queima durante o tempo ti e a outra durante o
distante d metros do adversário e t_ metros da tempo Í2?
lateral e parte com velocidade constante V2 >
\A em busca do adversário, para interceptá-lo.
Determine em que direção deve decidir correr
o jogador botafoguense.
X
I
I
h

◄— a —— a —----- a------ ►
A20) Dois trens estão se movimentando em
sentidos opostos ao longo de dois trilhos A24) Duas partículas, 1 e 2, se movem no
paralelos. Um deles move-se com 90 km/h e o
espaço com velocidades constantes v, e v2,
outro com 10 m/s. Um passageiro situado em
um dos trens observa que o outro trem passa de modo que no momento inicial os vetores
em 8 segundos. Qual é o comprimento do posições são q e f2 , respectivamente.
outro trem? Determine a condição que deve existir entre
a) 320 m b) 280 m c) 240 m esses quatro vetores de modo que as duas
d) 190 m e)160 m partículas colidam.

48
ELEMENTOS DA FÍSICA

A25) Um rio de margens retilíneas e largura distância entre as duas cidades é d. O


constante igual a 5,0 km tem águas que transporte de passageiros de uma localidade à
correm paralelamente às margens, com outra pode ser feito por automóvel (velocidade
velocidade de intensidade 30 km/h. Um barco, média v,) ou por avião (velocidade média v2
cujo motor lhe imprime velocidade de desconhecida). Junto à rodovia há, entre A e
intensidade sempre igual a 50 km/h em relação B, uma localidade C à distância x (incógnita)
ás águas, faz a travessia do rio. de A. Um automóvel e um avião partem
a) Qual mínimo intervalo de tempo possível simultaneamente de A com destino a B. No
para que o barco atravesse o rio? mesmo instante em que o automóvel passa
b) Na condição de atravessar o rio no intervalo por C, o avião atinge B. Mais tarde, ambos os
de tempo mínimo, que distância o barco móveis partem simultaneamente de B com
percorre paralelamente às margens? destino a cidade A. O avião atinge a cidade A
c) Qual o intervalo de tempo necessário para com antecedência X em relação ao instante em
que o barco atravesse o rio percorrendo a que o carro passa por C. Os valores de v2 e x
menor distância possível? são respectivamente:
a)_ jXi_
dvi e d^vi dv1 d-Xv,
A26) Duas partículas se movem com e b) e
d-Xv, 2d-Xv, 2
velocidades constantes iguais a Vt e v2, ao
longo de trajetórias retilíneas perpendiculares, 2dvi ( d-Xv1 2d-Xv1
c) e d) e
de modo que suas distâncias iniciais ao ponto d-Xv, 2 d-Xv, 2
O, interseção das trajetórias, são iguais a e 2dv1 d-Xvd
e) e
i2, respectivamente. Determine em quanto d - 2Xv, 2

tempo a distância entre as partículas será


A29) Geraldinho e Magrão saíram de suas
mínima e qual o valor desta menor distância.
casas no mesmo instante com a intenção
de um visitar o outro, caminhando pelo
mesmo percurso. Geraldinho ia pensando
num problema de olimpíada e Magrão ia
Vi refletindo sobre questões filosóficas e nem
perceberam quando se cruzaram. Dez
minutos depois, Geraldinho chegava à casa
de Magrão e meia hora mais tarde, Magrão
chegava à casa de Geraldinho. Quanto tempo
cada um deles andou?
Observação: Cada um deles anda com
velocidade constante.
---------- ►
Í2

A27) (ITA-16) No sistema de sinalização de


trânsito urbano chamado de “onda verde" há
semáforos com dispositivos eletrônicos que
indicam a velocidade a ser mantida pelo
motorista para alcançar o próximo sinal ainda
aberto. Considere que de inicio o painel
indique uma velocidade de 45 km/h. Alguns
segundo depois ela passa para 50 km/h e,
finalmente para 60 km/h., Sabendo que a
indicação de 50 km/h no painel demora 8,0 s
antes de mudar para 60 km/h, então a
distância entre os semáforos é de
a) 1,0 x 10'1km. b) 2,0 x 10'1km.
c) 4,0 x 10’1km. d) 1,0 km
e) 1,2 km.

A28) São dadas duas localidades A e B


interligadas por rodovia sensivelmente reta e a
‘‘TfflnmTWHUMmww. u-^rrirtr.

49
ELEMENTOS DA FÍSICA

CINEMÁTICA - MOVIMENTO ACELERADO


No capítulo anterior foram apresentadas as bases da cinemática, bem como o estudo do
movimento uniforme. Agora serão estudados os movimentos em que ocorre variação da
velocidade escalar, que representa a quase totalidade dos casos práticos de movimento. Qualquer
movimento em que a velocidade escalar não se mantém constante é denominado de movimento
acelerado. Se a variação da velocidade escalar ocorre de forma uniforme, ou seja, variar sempre
do mesmo valor na mesma unidade de tempo, denominamos o movimento de uniformemente
acelerado.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE ACELERADO

Aceleração Escalar

Suponha que um móvel está se deslocando ao longo de uma trajetória. A figura abaixo
mostra como a velocidade escalar do móvel varia de acordo com o tempo de movimento.

24 km/h 30 km/h 36 km/h 42 km/h

to= 1.0 h to» 1.2 h to = 1.4 h to» 1.6 h

Neste movimento é possível identificar que a cada 0,2 h a velocidade aumenta 6 km/h.
Assim, a velocidade do móvel é incrementada de forma uniforme em relação ao tempo. Isto
caracteriza um movimento uniformemente acelerado (MUV). A essa taxa temporal da variação da
velocidade escalar dá-se o nome de aceleração escalar, normalmente simbolizada por a. Deste
modo, a expressão da aceleração escalar média é:

Av Vf~V0
am amm
ÃT At

Av
Caso o movimento seja uniformemente variado, a razão — se mantém constante

independentemente do intervalo de tempo tomado para calcular tal razão.

a= Av, Av2 AV3 Avn


At, At2 At3 ■" At„

Neste caso, a expressão “aceleração escalar média” é substituída apenas por “aceleração
escalar” do MUV.

Como At > 0, a aceleração escalar possui o mesmo sinal da variação da velocidade


escalar. Assim, se Av > 0, ou seja, se a velocidade escalar aumentou, tem-se a > 0, entretanto, se
Av < 0, ou seja, se a velocidade escalar diminuiu, segue que a < 0. Se Av = 0 então o movimento
é uniforme, que já foi estudado no capítulo anterior.

No Sistema Internacional de Unidades aceleração é medida em , porém uma unidade

também utilizada é . A aceleração de 1 m/s2 significa que a velocidade da partícula aumenta

em 1 m/s a cada segundo de movimento.

No exemplo apresentado, a aceleração do automóvel vale

50
í'
ELEMENTOS DA FÍSICA

Av
a =■—
At
-°-=3o*m,
0,2 h2

ou seja, a velocidade aumenta de 30 km/h a cada hora de movimento.

Para converter de m/s para km/h basta verificar que:

—-—km
. m . 1000 (3600)2 km = 12960 ^1
1F = 1 ----- ------ h2 1000 h2
(3600)2

Convertendo em m/s2 a aceleração de 30 km/h2 da situação problema apresentada:

m/s km/h2 x 30
x 30 x = —— m/s2
1 12960
7 12960 432

Classificação do Movimento com Relação à Aceleração Escalar

No capítulo anterior, foi definido que, quando o móvel possui velocidade no mesmo sentido
da orientação d trajetória, ela é positiva (v > 0) e o movimento é denominado de progressivo. Por
outro lado, quando o móvel possui velocidade contrária ao sentido da trajetória ela é negativa (v <
0) e o movimento é denominado de retrógrado. Por isso, no estudo da aceleração somos
incorretamente levados a dizer que sempre que a aceleração é positiva a > 0 o movimento é
acelerado e sempre que a aceleração é negativa a < 0 o movimento é retardado. O correto é
afirmar que um movimento é acelerado quando aceleração escalar e velocidade escalar possuem
o mesmo sinal, enquanto que um movimento é retardado quando aceleração escalar e
velocidade escalar possuem sinais contrários.

Aceleração Velocidade Classificação quanto Classificação quanto


à velocidade_______ à aceleração_______
a > 0 v > 0 Progressivo_________ Acelerado__________
a < 0 v < 0 Retrógrado_________ Acelerado__________
a > 0 v < 0 Progressivo_________ Retardado__________
a < 0 v > 0 Retrógrado Retardado

Aceleração Vetorial Média

Suponha que um móvel se movimenta no espaço de uma posição A para uma posição B
em um tempo At, em uma trajetória qualquer. A expressão da aceleração vetorial média deste
movimento é análoga à expressão da aceleração escalar média:

Avab VB — V
V VA
im = ãm =
At At

Posteriormente, no item sobre Cinemática Vetorial, será explorado melhor o conceito de


aceleração vetorial.

sst-

51
ELEMENTOS DA FÍSICA

Equação Horária da Velocidade do MUV

Determinar a equação horária de uma grandeza significa exprimir esta grandeza em


função da variável tempo e de outras grandezas constantes. Deste modo, a equação horária da
velocidade do MUV representa a dependência da velocidade pelo tempo.
Admita que um móvel parte com velocidade inicial v0 com uma aceleração escalar
constante a. Após um tempo t de movimento deseja-se determinar como a velocidade do móvel
varia com o tempo. A demonstração da equação horária da velocidade do MUV é a partir da
expressão da aceleração escalar:

Av
a=— => v - Vo = at => v = v0 + at
At t-0

Como v = Vo + at é uma expressão de 1 a grau em t, pode-se também utilizar o


simbologismo de função:

v(t) = Vo + at

Esta expressão deve ser homogênea com relação às unidades das grandezas. Assim, se a
aceleração for medida em m/s a aceleração será medida em m/s2 e o tempo em s. Do mesmo
modo, se a velocidade for medida em km/h, a aceleração será medida em km/h2 e o tempo em h.

Por exemplo, admita que em um MUV a velocidade inicial seja igual a v0 = - 6 m/s e a
aceleração escalar seja a = 5 m/s2. A equação horária da velocidade é:

v(t) = v0 + at => v(t) = -6 + 5.t (SI)

Assim, a velocidade escalar no instante t = 8 s vale:

v(8) = - 6 + 5.8 = - 6 + 40 = 34 m/s

Também possível identificar imediatamente os valores da velocidade inicial v0 e da


aceleração a dada a equação horária de um MUV. Por exemplo, se a equação horária de um
movimento for dada por v(t) = 4 - 7t, em unidades do SI, segue que v0 = 4 m/s e a = - 7 m/s2.

Gráfico v x t do MUV

Do estudo das funções, sabe-se que o gráfico de uma função do 1o grau é uma reta. Deste
modo, a linha que representa o gráfico de velocidade versus o tempo no MUV é uma reta cujo
coeficiente angular é a aceleração escalar e cujo coeficiente linear é a velocidade inicial. Se a > 0
a reta é crescente e se a < 0 a reta é decrescente.

V ‘1 v '‘

tg e = a Vo tg 0 = a

e
0
Vo

*t 0 *t
0

a>0 a<0

W*Ml

te.— 52
ELEMENTOS DA FÍSICA

Geometricamente falando, a tangente do ângulo 0 será igual a aceleração escalar somente


se os dois eixos forem construídos com a mesma escala, ou seja, se 1 m/s no eixo da velocidade
possuir a mesma dimensão de 1 s no eixo do tempo.

No item sobre aceleração não uniforme será demonstrado que no gráfico da velocidade
versus o tempo, independentemente do tipo de movimento, a área compreendida entre a linha do
gráfico e o eixo do tempo é numericamente igual ao deslocamento escalar. No caso particular do
movimento uniformemente variado a região representada será um trapézio retângulo ou um ou
dois triângulos retângulos

V Ák V jL

Vo

Vo As As

*t
1
0 0

a>0 a<0

Área = As

Se alguma parte do gráfico estiver abaixo do eixo do tempo (caso de velocidades


negativas) a área correspondente deve ser considerada como negativa no cálculo do
deslocamento escalar.

V ‘‘ v ‘‘

Gráfico 1 Gráfico 2
a<0 a>0

Ai! A:
ti
0 *t 0 to *t
t. tz tz
I Ai

As = A, — A2 As = - A, + A2

Observando o gráfico 1 pode-se concluir que no instante t2 ocorre a inversão do sentido do


movimento. O móvel do gráfico 1 partiu com uma determinada velocidade escalar inicial positiva e,
devido à aceleração escalar negativa, a velocidade escalar foi diminuindo, até atingir o valor nulo
em t2. A partir de t2 a velocidade escalar do móvel apresentou valores negativos. Como a
inclinação da reta do gráfico 1 não foi alterada, a aceleração se manteve a mesma durante todo o
movimento. Com relação ao sentido do movimento representado pelo gráfico 1, até o instante t2 o
móvel se movimentou no mesmo sentido da orientação do trajetória, enquanto que a partir de t2 o
móvel se movimentou no sentido contrário da orientação do trajetória.
WM

53
ELEMENTOS DA FÍSICA

Equação Horária do Espaço do MUV

A dependência do espaço em função do tempo, em um movimento uniformemente variado,


é determinada utilizando o fato que a área do gráfico v x t é o deslocamento escalar. A
demonstração será feita para o caso em que a aceleração escalar é positiva, porém é válida para
qualquer situação de MUV. Para tanto, considere um móvel que parte do velocidade v0 em um
MUV de aceleração a. Sabe-se que no instante t a velocidade escalar vale v = v0 + at.

V i k

Vo

0 *t
t

=> s s - (V + V°}t _(2v0+at)t at2


ÁS — Airapézio => S - So - -—-------- - 2 => s = so+vot + —

Sendo uma expressão de 2o grau em t, pode-se adotar a simbologia de função para


representar o espaço:

... . at2
s(t) = so+vot + —

Como toda equação física, as grandezas devem ser medidas em unidades do mesmo
sistema. Portanto, se a aceleração for dada em m/s2, o espaço será dado em m, o tempo em s e a
velocidade inicial em m/s. Caso a velocidade inicial seja dada em km/h, o espaço será medido em
km, o tempo em h e a aceleração em km/h2.

Por exemplo, suponha que uma partícula executa um MUV de espaço inicial - 8 m,
velocidade inicial 4 m/s e aceleração 6 m/s2. Na equação horária do espaço desse movimento é:

s(t) = so+vot + -y- => s(t) = -8 + 4t + -^- => s(t) = — 8 + 4t + 3Í2 (SI)

Se for afirmado que uma determinada expressão de 2° grau em t é uma equação horária
do espaço do MUV, é possível identificar os valores do espaço inicial, da velocidade escalar inicial
e da aceleração escalar do movimento. Por exemplo, se s(t) = 5 - 2t - õt2 representar uma
at2
equação horária do espaço do MUV, comparando com a expressão geral s(t) = s0+vot + —,
concluiu-se que s0 = 5 m, v0 = - 2 m/s e a = - 10 m/s2.

54
■bssmk-. ELEMENTOS DA FÍSICA

Gráfico da Equação Horária do Espaço do MUV

Devido a ser uma expressão polinomial do 2o grau na variável tempo, o gráfico do espaço
pelo tempo é uma parábola. A concavidade da parábola depende do sinal da aceleração, fazendo
com que existam duas possibilidades.

sjk s
a>0 a<0
concavidade concavidade
voltada pra cima voltada pra baixo

So
so J inversão do J inversão do
• sentido do i sentido do
{ / movimento J /movimento

> >
■"* instante t t
onde s = 0 instante ’
instante
onde s = 0
onde s = 0

região ------ •------- ► região região -4------ [------ ► região


onde v < 0 onde v > 0 onde v > 0 onde v < 0

Algumas observações são importantes:


1) O gráfico deve ser traçado apenas para t > 0, uma vez que todo movimento inicia de to = 0;
2) É possível que o vértice da parábola esteja na região em que t < 0 e assim não aparecerá no
traçado do gráfico. Neste caso, o gráfico será estritamente crescente se a > 0 ou estritamente
decrescente se a < 0.
3) Não é obrigatório que o gráfico cruze o eixo do tempo. Quando isso ocorre o móvel nunca
passa pelo espaço s = 0.

Velocidade Média de um MUV

Independentemente do tipo de movimento, a velocidade escalar média sempre será a


razão entre o deslocamento escalar e o tempo. No caso de MUV é possível encontrar um
resultado importante para a velocidade média escalar:

at2
As SfS0 _ V°t + ~T 2v0 + at v0+(v0+at) Vp+Vf
Vm
At t t 2 2 2

Assim, em um MUV, a velocidade escalar média é a média aritmética da velocidade inicial


e da final. Portanto, se uma partícula em MUV apresentou um deslocamento As durante um
intervalo de tempo At, partindo de uma velocidade inicia v0 e finalizando com uma velocidade final
v(, pode-se afirmar que:

As Vp+Vf As
vm “Ãt
2 At

n ■WJR-.V

55
ELEMENTOS DA FÍSICA

Equação de Torricelli

Sabe-se que, em um movimento uniformemente variado, a velocidade escalar média é a


média aritmética da velocidade inicial e da final:

v0 +V, As 2As
At
2 At vo+vf

Isolando At na equação horária da velocidade e substituindo o valor acima:

At = ^^ => 2 As Vf-Vp
vf = Vo + a.At => => (vf - v0)(vf + vo) = 2aAs =>
a v0+v( a
v,-v„=2aAs => v, = v„ + 2aAs

Note que todas as equações anteriormente demonstradas do MUV (equação horária da


velocidade, equação horária do espaço e velocidade média) tem a variável tempo em suas
expressões. A equação de Torricelli é muito útil quando não é conhecido o tempo de movimento.

Gráfico a x t no MUV

Como a aceleração escalar de um MUV é constante, o gráfico da aceleração pelo tempo é


uma reta horizontal. Dependendo do sinal da aceleração, esta reta horizontal pode estar acima (se
a > 0) ou abaixo (se a < 0) do eixo do tempo. Além disso, a área compreendida entre a linha do
gráfico e o eixo do tempo é numericamente igual à variação da velocidade escalar Av.

‘•a a

O ti tj
a
*t
I
A = Avi A = Av
i
I a í I
O ti t2 *t

No caso de a < 0, a área deve ser contabilizada como negativa, uma vez que está abaixo
do eixo do tempo. Assim, toda vez que a < 0 tem-se A = Av < 0.

No próximo item desse capítulo, sobre movimento não uniforme, será demonstrado que em
qualquer tipo de movimento a área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é
numericamente igual à variação da velocidade escalar Av.

56
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) (Mackenzie-10) Dois automóveis A e B se movimentam sobre uma mesma trajetória retilínea,
com suas velocidades variando com o tempo de acordo com o gráfico abaixo. Sabe-se que esses
móveis se encontram no instante 10 s. A distância entre eles, no instante inicial (t = 0 s), era de
v (m/s) A
45-----------

30

0 ,t(s)
10
-10
B

-30

a) 575 m b) 425 m c) 375 m d) 275 m e) 200 m


Solução:
Pelo gráfico pode-se determinar a velocidade inicial e a aceleração de cada automóvel:
__ , Av. 45-30 . ,
vOi = 30 m/s e a, = —1 =----------- = 1,5 m/s
1 At 10

v02 = - 10 m/s e a2 = = ———= -2,0 m/s


2 At 10
Assim, a equação horária do espaço de cada automóvel vale:
a t2
x1(t) = x01 +v01t + -^- = x01 +30.t + 0,75.t2

x2(t) = x02 + v02t + = x02 -10.t -12

Como os automóveis se encontram para t = 10 s:


X1(10) = X2(10) => xOi + 30.10 + 0,75(100) = x02- 10.10- 100 => Xq, + 375 = X02 - 200 =>
x02 -X01 = 575 m

ER2) (UFPE-01) O gráfico da figura abaixo representa a velocidade de um foguete lançado


verticalmente. Qual a altitude máxima, em km, atingida pelo foguete?
v (m/s)
A
I I
1000 ...

500 í—i i~i


T
0

-500

-1000 4
0 40 80 120 160 200 t(s)
Solução:

57
ELEMENTOS DA FÍSICA

Sabe-se que a área compreendida entre a linha do gráfico v x t e o eixo do tempo é


numericamente igual ao espaço percorrido. Pelo gráfico, a velocidade do foguete é não negativa
para 0 < t < 120 s. Neste intervalo o foguete está subindo. Para t > 120 s o foguete está descendo.
Deste modo, a altura máxima é numericamente igual a área do gráfico para 0 < t < 120 s:

hmax = S'0stS120
0sts120 = = 60000 m = 60 km

ER3) (PUC/RJ-10) Os vencedores da prova de 100 m rasos são chamados de homem/mulher


mais rápidos do mundo. Em geral, após o disparo e acelerando de maneira constante, um bom
corredor atinge a velocidade máxima de 12,0 m/s a 36,0 m do ponto de partida. Esta
velocidade é mantida por 3,0 s. A partir deste ponto o corredor desacelera também de maneira
constante com a = - 0,5 m/s2 completando a prova em aproximadamente 10 s. É correto afirmar
que a aceleração nos primeiros 36,0 m, a distância percorrida nos 3,0 s seguintes e a velocidade
final do corredor ao cruzar a linha de chegada são, respectivamente:
a) 2,0 m/s2; 36,0 m; 10,8 m/s. b) 2,0 m/s2; 38,0 m; 21,6 m/s.
c) 2,0 m/s2; 72,0 m; 32,4 m/s. d) 4,0 m/s2; 36,0 m; 10,8 m/s.
e) 4,0 m/s2; 38,0 m; 21,6 m/s
Solução: Alternativa A
Pela equação de Torricelli: v2=vjj+2a1Ax1 => (12)2 = O2 + 2.a,.36 => ai = 2,0 m/s2
Nos 3 segundos seguintes: Ax2 = v^tj = 12.3 = 36 m
AXt + Ax2 + Ax3 = Axt => 36 + 36 + Ax3 =100 => Ax3 = 28 m
Por Torricelli: v2 = v2 + 2a3Ax3 = 122 + 2(-0,5)(28) = 144 - 28 = 116 vf s 10,8 m/s

ER4) (AFA-01) Ao ultrapassar uma viga de madeira, uma bala tem sua velocidade escalar variada
de 850 m/s para 650 m/s. A espessura da viga é 10 cm. Admitindo o movimento como sendo
uniformemente variado, o intervalo de tempo, em segundos, em que a bala permaneceu no
interior da viga foi aproximadamente
a) 5,0 xW4 b) 1,3x10 ' c) 5,0x10' d)1,3x10‘2
Solução: Alternativa B
Como o movimento é admitido como uniformemente variado, a velocidade média é a média
.. ... , . .. . v0+Vf Ax 850 + 650 0,10 A. . „ ,__4
aritmética das velocidades: v_=
v, —12----- - = — => --------------- =------- => At =1,3.10
= 1,3.10 s
m 2 At 2 At

ER5) (Ciaba-16) Um automóvel, partindo do repouso, pode acelerar a 2,0 m/s2 e desacelerar a 3,0
m/s2. O intervalo de tempo mínimo, em segundos, que ele leva para percorrer uma distância de
375 m, retornando ao repouso, é de
( a ) 20 ( b ) 25 ( c ) 30 (d)40 (e ) 55
Solução: Alternativa B
O tempo mínimo ocorrerá quando o automóvel se movimenta da seguinte forma:
i) partindo do repouso, o automóvel acelera com 2 m/s2 até atingir uma velocidade máxima vn
percorrendo uma distância Xj em um tempo tj.
ii) após a distância x1t o automóvel deve desacelerar com - 3 m/s2, desde a velocidade Ví até o
repouso, percorrendo uma distância x2 em um tempo t2, de modo que Xi + x2 = 375 m (1)
Equação de Torricelli para o primeiro percurso:
V12 = v02 + 2aiXi = 0 + 2.2x, => v,2 = 4xi (2)
Equação de Torricelli para o segundo percurso:
v2 = Vj2 + 2a2x2 => 0 = v,2 - 2.3x2 => v/ = 6x2 (3)
Igualando as expressões (2) e (3): 4x-i = 6x2 => 2x, = 3x2 (4)
Substituindo (1) em (4): 2x1 = 3(375 - x,) = 1125 - 3x, => x, = 225 m => x2=150m
=> 225 = ^-
Logo: x, => t-i = 15 s
2 2
x => 150=^-
=> = 10 s
2 2 2
Portanto: tT = t, + t2 = 15 + 10 = 25 s

58
ELEMENTOS DA FÍSICA
...

ER6) (ITA-96) Um automóvel a 90 km/h passa por um guarda num local em que a velocidade
máxima é de 60 km/h. O guarda começa a perseguir o infrator com sua motocicleta, mantendo
aceleração constante até que atinge 108 km/h em 10 s e continua com essa velocidade até
alcançá-lo, quando lhe faz sinal para parar. Pode-se afirmar que:
a) O guarda levou 15 s para alcançar o carro.
b) O guarda levou 60 s para alcançar o carro.
c) A velocidade do guarda ao alcançar o carro era de 25 m/s.
d) O guarda percorreu 750 m desde que saiu em perseguição até alcançar o motorista infrator.
e) Nenhuma das respostas acima é correta.
Solução: Alternativa D
Equação horária do espaço do automóvel:
x-, = xOi + v,t = 0 + 90t = 90t
Equação horária do espaço do guarda:
x2 = x02 + v2t = v2AtV2 + v2t = (108)(10/3600)/2 + 108t = 0,15 + 108t
Quando o guarda alcança o carro:
x, = x2 => 90t = 0,15 + 108t => 18t = 0,15 => t= (1/120) h => t = 30 s
Velocidade do guarda ao alcançar o carro:
v2 = 108 km/h = 30 m/s
Espaço percorrido pelo guarda até alcançar o carro:
x, = 90t = 90(1/120) = 0,750 km => x, = 750 m

ER7) (ITA-05) Um aviao de vigilância aérea está voando a uma altura de 5,0 km, com velocidade
de 5OVÍÕ m/s no rumo norte, e capta no radiogoniômetro um sinal de socorro vindo da direção
noroeste, de um ponto fixo no solo. O piloto então liga o sistema de pós-combustão da turbina,
imprimindo uma aceleração constante de 6,0 m/s2. Após 40VTÕ/3 s, mantendo a mesma direção,
ele agora constata que o sinal está chegando da direção oeste. Neste instante, em relação ao
avião, o transmissor do sinal se encontra a uma distância de
a) 5,2 km. b) 6,7 km. c) 12 km. d) 13 km. e) 28 km.
Solução: Alternativa: D
1 i
fx distância percorrida pelo avião no intervalo de tempo dado é: AS = vot + — at => AS = 12km

Vista de cima: A
C
r

2^ avião
B
Como C B A = 45° => AB = CA = 12km

Vista do plano no instante dado:

12 km
Por Pitágoras, d = 13 km

59
r.;: ELEMENTOS DA FÍSICA

ER8) (IME-13) Um automóvel percorre uma estrada reta de um ponto A para um ponto B. Um
radar detecta que o automóvel passou pelo ponto A a 72 km/h. Se esta velocidade fosse mantida
constante, o automóvel chegaria ao ponto B em 10 min. Entretanto, devido a uma eventualidade
ocorrida na metade do caminho entre A e B, o motorista foi obrigado a reduzir uniformemente a
velocidade até 36 km/h, levando para isso, 20 s. Restando 1 min para alcançar o tempo total
inicialmente previsto para o percurso, o veículo é acelerado uniformemente até 108 km/h, levando
para isso, 22 s, permanecendo nesta velocidade até chegar ao ponto B. O tempo de atraso, em
segundos, em relação à previsão inicial, é:
(A) 46,3 (B) 60,0 (C) 63,0 (D) 64,0 (E) 66,7
Solução: Alternativa D
A distância entre A e B vale: AxT = v^ = 20.600 = 12000 m
Como o problema ocorreu na metade do caminho: Ax, = 6000 m e ti = 5 min = 300 s
.. . , - vl+v2 Ax2 20 + 10 Ax2 a „„
Na desaceleraçao: vm = -- => —-— = => Ax2 = 300 m

Tempo com velocidade de 36 km/h = 10 m/s: t3 = t0 — At — t-i —12 = 600 - 60 - 300 - 20 = 220 s
Espaço percorrido com 36 km/h: Ax3 = v2.t3 = 10.220 = 2200 m
Espaço que falta para B quando do início da aceleração:
Ax< = Axt - AXi - Ax2 - Ax3 = 12000 - 6000 - 300 - 2200 = 3500 m
i - v2 + v, Ax5 10 + 30 Axs A
Na aceleraçao: vm = - J => —-— = => Ax5 = 440 m

Espaço percorrido até B com velocidade de 108 km/h: Axg = Ax^ - Axs = 3500 - 440 = 3060 m
Tempo com velocidade de 108 km/h: t5 = —— = = 102 s

Tempo total: tT = t, + t2 + t3 + t, + t5 = 300 + 20 + 220 + 22 + 102 = 664 s


Logo, o tempo de atraso foi de AtA = tT -10 = 664 - 600 = 64 s

ER9) As cidades A e B se encontram a uma distância L = 4 km uma da outra. De A sai um


automóvel em direção a B, que mantém uma velocidade constante v. Ao mesmo tempo, de B sai
um outro automóvel em direção de A com velocidade inicial v0 = 32 m/s, que apresenta uma
aceleração a = 0,2 m/s2 com o mesmo sentido da velocidade do primeiro automóvel, sabe-se que
os dois se encontram duas vezes no trajeto AB. Dentro de que limites se encontra a velocidade v
do primeiro automóvel?
Solução:
Equação horária do automóvel que vai de A para B: x-, = vt
a t2
Equação horária do automóvel que vai de B para A: x2 = L - vot + —

Nos instantes do encontro:

x, = x2 vt
L-v2t + ^- => = 4000
vt =
=> vt 4000-32t+ => t2- 10(v + 32)t + 40000 = 0
0,11122 =>
-32t+0,1 (1)

Como os automóveis se encontram duas vezes, essa equação de segundo grau deve possui duas
raízes distintas, que ocorre quando seu discriminante é maior que zero:
A>0 => 100(v + 32)2 - 4.40000 > 0 => 100[(v + 32)2 - 1600] > 0 => v2 + 64v - 576 > 0 =>
(v - 8)(v + 72) = 0 => v < - 72 m/s (não convém pois v > 0) ou v > 8 m/s
Entretanto, perceba que o automóvel que vai de A para B for muito rápido, haverá apenas um
cruzamento. Assim, é necessário impor que a maio raiz da equação (1) seja inferior ao tempo que
o automóvel que sai de B demora para retornar para B:

x2 = L => L = L-vot + yy => -32t + 0,1t2 = 0 => t = 0 s (n]ao convém) ou t = 320 s

10(v + 32) + aJi00(v2 + 64v-576)


Logo: t2sL => <320 v + 32 + Vv2 +64V-576 < 64 =>
_ 2
Vv2 +64V-576 < 32-v => v2 + 64v- 576 < 1024 - 64v + v2 => 128v < 1600 => v < 12,5 m/s
Assim, segue diretamente que 8 m/s < v < 12,5 m/s

60
ELEMENTOS DA FÍSICA

MOVIMENTO NÃO UNIFORME

Até este momento este livro apresentou estudos detalhados de dois tipos de movimento:
Movimento Uniforme e Movimento Uniformemente Variado. Em cada um deles uma das
grandezas que caracterizam o movimento se mantém constantes: velocidade ou aceleração. Mas
o que acontece quando nem velocidade nem aceleração se mantém constantes? A única maneira
de resolver este problema é lançando mão da utilização de derivada e integral. No capítulo sobre
movimento uniforme foi demonstrado que a velocidade instantânea é igual à derivada do espaço
no tempo:

d[s(t)]
v(t) =
dt

Esta expressão permite determinar a velocidade a partir de uma equação que relacione o
espaço ao tempo. Caso seja dada uma equação que relacione a velocidade ao tempo, basta
utilizar a operação inversa da derivada, que é a integral. Deste modo, o espaço é a integral da
velocidade no tempo:

s(t) = jv(t)dt.

Mas, e quanto à aceleração? Sabe-se que a aceleração média escalar é definida por:

Av
am
ÃT
Assim, fazendo At tender a zero, obtém-se a aceleração instantânea do movimento:

... v(t + At)-v(t) , A. ... .. v(t + At)-v(t)


ainst(t) = —-------J----- quando At-> 0 => ainst(t) = hm

Esta última expressão é a definição da derivada da velocidade no tempo. Assim:

d[v(t)]
a(t) =
dt

Para determinar a velocidade em função da derivada é necessário usar o conceito de


integral:

v(t) = ja(t)dt.

Grandezas Vetoriais

Todas as definições, a partir de derivadas e integrais, das grandezas cinemáticas também


são válidas quando essas grandezas são dadas nas suas formas vetoriais. Assim, a velocidade
vetoriais é a derivada de vetor posição no tempo:

d[r(t)]
v(t) =
dt

Do mesmo modo, o vetor posição é a integral no tempo, o vetor velocidade:

r(t) = fv(t)dt

61
I............ .................. ......................... ■
ELEMENTOS DA FÍSICA

A vetor aceleração é a derivada, no tempo, do vetor velocidade:

d[v(t)]
ã(t) =
dt

O vetor velocidade é a integral da aceleração vetorial:

v(t) = Jã(t)dt

Em função das componentes retangulares, pode-se escrever que, se f = xi +yj+zk é o


vetor posição da partícula em determinado momento:

v(t) = ^ = ^í dy dz, dx dy dz
+ —i+ — k, onde v =—, v„ = — e v =—
' ' dt dt dt dt x dt y dt z dt

r = jvdt r = j(vxi + vyj + v2k)dt, onde x = Jvx dt, y = jvy dt e z = Jv2dt

ij+^^-k, onde ax ,dvx dv dv


ã(t) = — a„ =-—- e a, =—-
' dt dt dt dt dt ' v dt z dt

v = Jãdt v = j(axi + ayj + a2k)dt, onde vx =Jaxdt, vy = jaydt e v2 = fa2dt

Por exemplo, suponha que um móvel realiza um movimento retilíneo de modo que o
espaço escalar varie com o tempo de acordo com a expressão s(t) = 2t4 - 5t3 + 3t2 -1 + 6 (SI). As
expressões da velocidade escalar e da aceleração escalar podem ser obtidas derivando
sucessivamente s(t):

d[s(t)J d(2t4 - 5t3 + 3t2 - t + 6)


v(t) = 8t3-15t2+6t-1 (SI)
dt dt

d[v(t)J d(8t3 -15t2 + 6t-1)


a(t) = 24t2-30t + 6 (SI)
dt " dt

Do mesmo modo, a partir da aceleração escalar, pode-se determinar a velocidade escalar


e o espaço, bastando integrar duas vezes, sempre lembrando-se da constante de integração.
Assim, se a(t) = 72Í2- 12t + 10 (SI) segue que:

v(t) = Ja(t)dt = J(72t2 -12t + 10)dt = 24t3 -6t2 +10t+ k, (SI), onde ki é uma constante

s(t) = jv(t)dt = j(24t3 -6t2 + 10t + k1)dt = 6t4 -2t3 +5t2 +k,t + k2 (SI), onde k2 é uma constante

Perceba que k-i e k2 não são duas constantes quaisquer. Fazendo t = 0 em v(t) conclui-se
que k4 = v(0), ou seja, kí é a velocidade inicial da partícula. Analogamente, substituindo t = 0 em
s(t) segue que k2 = s(0), fazendo com que k2 seja o espaço inicial da partícula.

62
r. ELEMENTOS DA FÍSICA

Direção do Vetor Velocidade

Uma das consequências do fato de vetor velocidade v ser a derivada do vetor posição r
no tempo é que o vetor velocidade é sempre tangente à trajetória na posição da partícula.
Suponha, por exemplo, um movimento bidimensional, medido por meio de um referencial xOy,
como indicado na figura abaixo. Em determinado instante a partícula encontra-se em um ponto de
sua trajetória definido pelo vetor posição r = xi + yj . O vetor velocidade é dado pela derivada no
tempo do vetor posição:

dr dxr dy- -?
v = — = — i + — J = v„i + v„j.
dt dt dt J y

y“

trajetória

>X

Como o vetor velocidade é sempre tangente à trajetória na posição da partícula, segue que
a inclinação 0, com relação à horizontal, da reta tangente à trajetória em uma posição específica é
tal que:

tg0 = —
Vx

onde vx e vy são as componentes da velocidade na mesma posição especificada.

Outra maneira de caracterizar 0 é determinando seno ou cosseno de 0, da forma:

n Vv
cos 0 = ou sen 0 = ^-
|v| |v|

No caso extremo da trajetória da partícula ser retilínea, o vetor velocidade possuirá direção
paralela à trajetória.

O que acabou de ser exposto para o movimento bidimensional também vale para o
tridimensional, com o vetor velocidade sempre sendo tangente à trajetória na posição especificada.
Assim, se v = vxT + vy j + vzk então os ângulos 0X que v faz com o plano yz, 0y que v faz com o
plano xze 0Z que v faz com o plano xy são tais que:

A. Vv ~ V,
cos 0X = — — COS0y = ~ e cos0z=-^-
I v| ‘ V V

r 63
ELEMENTOS DA FÍSICA
■MB*

Direção do Vetor Aceleração

Sabe-se que a aceleração é a derivada da velocidade no tempo:

ã= —
dt

Deste modo, a aceleração é responsável pela variação do vetor velocidade no tempo. Essa
variação pode se manifestar no módulo e/ou na direção do vetor velocidade. Todo vetor
aceleração pode ser escrito como a soma de dois vetores perpendiculares: vetor aceleração
tangencial (ãT) e vetor aceleração normal (ãN).

ã ãT+ãN

O vetor aceleração tangencial é responsável pela variação do módulo do vetor velocidade.


Por isso, ãT sempre possui direção paralela a v, ou seja, ãT sempre é tangente à trajetória na
posição da partícula. Se o módulo de v estiver aumentando no tempo, ãT terá mesmo sentido de
v (ver figura 1). Se o módulo de v estiver diminuindo no tempo, ãT terá sentido contrário de
v (ver figura 2). Se o módulo de v se mantém constante em um determinado intervalo de tempo,
para esse intervalo segue que ãT = 0.

normal tangente
normal -*
aT
v
tangente A
a taN

aN\
a
Figura 1 Figura 2

O vetor aceleração normal é responsável pela mudança da direção do vetor velocidade. A


direção de ãN é sempre perpendicular a de v , ou seja, ãN sempre é perpendicular à reta tangente
à trajetória na posição da partícula. O sentido de ãN é sempre dirigido da partícula para o ponto
onde, instantaneamente, a partícula está rotacionando sobre. Caso a trajetória (ou parte dela) seja
retilínea ou se em determinado instante v = 0, tem-se ãN = 0.

Perceba, pelas figuras 1 e 2, que se aT #0 e ãN #0a aceleração resultante sempre será


um vetor orientado para a parte interna da concavidade da curva.

64
ELEMENTOS DA FÍSICA

Gráficos v x t e a x t

Toda variável que é definida a partir de uma integral pode ter sua variação calculada
através da área de um gráfico. A justificativa desse resultado está no capítulo 1 do volume
Mecânica 1 dessa coleção. Por exemplo, sabe-se que o espaço é definido como a integral da
velocidade no tempo s = vdt. Assim, a variação do espaço no intervalo L < t < t2 é igual a área,
Jti

no gráfico v x t, compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo.

A = As = s2 - s-i

o ti t2 t

Lembre que este resultado já havia sido enunciado para os casos do movimento uniforme
e do movimento uniformemente variado, porém é válido para qualquer tipo de movimento. Cabe
também ressaltar que todas as partes da área que estiverem abaixo do eixo do tempo
(velocidades escalares negativas) devem ser contadas como negativas no cálculo da área total.

r ^2
Analogamente, como v adt, a variação da velocidade escalar, no intervalo < t á t2, é

igual à área, no gráfico a x t, compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo.

a, k

A = Av = v2 - v-i

>
o t. t

Partes da área que estejam abaixo do eixo do tempo (acelerações escalares negativas)
devem ser contadas como negativas no cálculo da área total.

65
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) Uma partícula, inicialmente em repouso, parte da origem com aceleração a = 4s m/s2, onde
s é o espaço, dado em metros. Determine a velocidade da partícula na posição s = 2 m.
Solução:
„ , ds dv
Sabe-se que v = — e a —. Eliminando dt nestas duas equações obtém-se v dv = a ds.
dt
s
Assim: v dv = 4s ds => fv vdv = [S4sds V = 2s2 => v2 = 4s2 v = 2s m/s
Jo Jo 2 0 o

Assim, para s = 2 m tem-se v = 4 m/s

ER2) Um ponto material move-se ao longo de uma trajetória horizontal com velocidade v = 3t2 - 6t
m/s, onde t é o tempo em segundos. Supondo que no instante inicial o ponto se localizava na
origem O, determine a distância percorrida e, 4 s.
Solução:
s(t) = Jv(t)dt => s(t) = J^(3t2-6t)dt => s(t) = t3-3t2

Para determinar a distância percorrida é necessário investigar a trajetória do ponto material.


Perceba que a velocidade escalar é negativa para 0 < t < 2 seé positiva para t > 2 s.
Portanto, o ponto material se deslocou para um sentido em 0 < t < 2 s e para outro sentido em
2 < t á 4 s. Como s(0) = 0, s(2) = - 4 m e s(4) = 16 m, a distância percorrida vale:
dpercomda = |s(2) - s(0)| + |s(4) - s(2)| = 4 + 20 = 24 m

ER3) (IME-87) Uma partícula desloca-se verticalmente, com velocidade crescente, de uma altura
5 m até o solo em 2 s. A representação gráfica do diagrama altura (z) vs tempo (t), relativa ao seu
deslocamento, é o quadrante de uma elipse. Determine:
a) o tempo necessário, a partir do início do deslocamento, para que a velocidade da partícula seja
2,5 m/s;
5 ?
b) a altura que estará a partícula quando sua aceleração for de . m/s .
V4-t2
Solução:
‘ • z(m) a) Como a inclinação da reta tangente ao gráfico z x t no ponto t = 0
5 é paralela ao eixo do tempo conclui-se que a velocidade inicial do
z2 t2
corpo é v0 = 0 m/s. A equação deste quarto de elipse é — + — = 1,
25 4
com 0<z<5e0<t<2
*t(s)
2 Isolando z obtém-se: z(t) = — 74 -12 , para 0 < t < 2.

5 1 -2t 5t
Derivando z(t) no tempo: z'(t) = v(t) = — => v(t) = - , 0 < t < 2.
2^4-t2
Fazendo v(t) = -2,5: -^ = 5t ^t2 =t 4-t2 = t2 => t2 = 2 => t = 72 s
274-t2
74 -12 - t2 '
5 V4-t2 5
b) v’(t) = a(t) = ——
4-t2 74 — t2 2 274—7

5t2 15-74-t2
=> 3(4 — t2) = t2 => 12 —3t2 = t2 => t2 = 3 => t = 73 s
274-t2 2

66
ELEMENTOS DA FÍSICA

Substituindo na equação: z -V4-t2 = -y/4-3 = 2,5 m


2 2

ER4) A aceleração tangencial de um objeto ao longo de uma trajetória fixa é at = - 0,4v, onde a é
medida em mm/s2 e v em mm/s. Sabendo que em t = 0 a velocidade é 30 mm/s, calcule:
a) A distância que o objeto percorrerá antes de parar.
b) A dependência da velocidade pelo tempo.
c) O tempo necessário para o objeto parar.
Solução:
ds dv
a) Sabe-se que v = — e a = —. Eliminando dt nestas duas equações obtém-se v dv = a ds.

Assim: v dv = - 0,4v ds => dv = -0,4ds => [v dv=fs-0,4ds => (v - v0) = - 0,4(s - s0)
Jvq Jso
No instante em que o objeto parar tem-se v = 0: (0 - 30) = - 0,4As => As = 30/0,4 => As = 75 mm
b) a=— => -0,4v = — => -0,4dt = —dv => í*-0,4dt = í* —dv
' dt dt v Jo jm v

,-0.4t v = 3Oe’0'4'
- 0,4t = In v - In 30 => -0,4t = ln — => — = e
30 30
c) Note que v tende a zero apenas quando t tende a infinito

ER5) Dois objetos, A e B, se conectam mediante uma barra rígida que tem comprimento L. Os
objetos deslizam ao longo de guias perpendiculares como é mostrado na figura. Suponha que A
desliza para a esquerda com uma velocidade constante v. Encontre a velocidade de B quando 0 =
60°.

I O
Solução:
A equação horária do movimento do objeto A é x = L - vt.
Para determinar a equação horária de B basta observar que x2 + y2 = L2:
(L - vt)2 + y2 = L2 => L2 - 2vLt + vV + y2 = L2 => y = V2vLt-v2t2
A velocidade de B é determinada derivando y no tempo:
dy 2vL-2v2t . .. vL-v2t
VB VB =
dt 2>/2vLt-v2t2 V2vLt - v2t2
Quando 0 = 60° segue que x = t => L
L-Vt: = — => vt = - t=—
2 2 2v
vL-v2 —
. x L vL-v2t 2v V
Logo, para t = ^: vb =
V2vLt-v2t2
f2vL —-v2f—
2 J3
2v 2v

67
ELEMENTOS DA FÍSICA

freando seu veículo, depois de 0,50 s. Qual


deve ser a aceleração
mínima do veículo de trás para não colidir com
E1) (UFPR-11) O gráfico ao lado representa a o da frente?
velocidade de um veículo durante um passeio
de três horas, iniciado às 13h00. E5) (UFPE-10) Um motorista dirige um carro
com velocidade constante de 80 km/h, em
65------------
linha reta, quando percebe uma “lombada”
60------------
eletrônica indicando a velocidade máxima
55------------
Velocidade permitida de 40 km/h. O motorista aciona os
(km/h) 50--------------
freios, imprimindo uma desaceleração
45--------------
constante, para obedecer à sinalização e
40-------- 7
passar pela “lombada” com a velocidade
35 V/ máxima permitida. Observando-se a
I 13600 14h00 15h00 16h00 velocidade do carro em função do tempo,
tempo
desde o instante em que os freios foram
De acordo com o gráfico, o percentual de acionados até o instante de passagem pela
tempo nesse passeio em que o veículo esteve “lombada”, podemos traçar o gráfico abaixo.
a uma velocidade igual ou superior a 50
quilômetros por hora foi de: 80-^
a) 20%. b) 25%. c) 30%.
d) 45%. e) 50%.

E2) (UFPR-10) Um motorista conduz seu


automóvel pela BR-277 a uma velocidade de
I
108 km/h quando avista uma barreira na | 40 ,
estrada, sendo obrigado a frear
(desaceleração de 5 m/s2) e parar o veículo f
após certo tempo. Pode-se afirmar que o
tempo e a distância de frenagem serão,
respectivamente:
0,0-1-
a) 6 s e 90 m. b) 10 s e 120 m. 0,0 *70 zõ 7Õ
c) 6 se 80 m. d) 10 s e 200 m. Tempo (s)
e) 6 s e 120 m. Determine a distância percorrida entre o
instante t = 0, em que os freios foram
E3) (UESPI-12) Uma propaganda de um acionados, e o instante t = 3,0 s, em que o
automóvel informa que, numa reta, ele vai de carro ultrapassa a “lombada”. Dê sua resposta
zero a 100 km/h em 10 segundos. Qual deve em metros.
ser a sua aceleração, supondo que ela seja
constante? E6) (UFPE-12) Dois veículos partem
A) 36000 km/h2 B) 64000 km/h2 simultaneamente do repouso e se movem ao
C) 100000 km/h2 D) 146000 km/h2 longo da mesma reta, um ao encontro do outro,
E) 164000 km/h2 em sentidos opostos. O veículo A parte com
aceleração constante igual a aA = 2,0 m/s2. O
E4) (Unesp-01) Uma norma de segurança veículo B, distando d = 19,2 km do veículo A,
sugerida pela concessionária de uma auto- parte com aceleração constante igual a aB =
estrada recomenda que os motoristas que nela 4,0 m/s2. Calcule o intervalo de tempo até o
trafegam mantenham seus veículos separados encontro dos veículos, em segundos.
por uma “distância" de 2,0 segundos.
a) Qual é essa distância, expressa E7) (UFPE-12) Uma partícula executa um
adequadamente em metros, para veículos que movimento ao longo do eixo x. O gráfico a
percorrem a estrada com a velocidade seguir apresenta a sua velocidade em função
constante de 90 km/h? do tempo. Quando t = 0, a posição da partícula
b) Suponha que, nessas condições, um é x = 57 m. Calcule a posição da partícula, em
motorista freie bruscamente seu veículo até metros, no instante t = 15 s.
parar, com aceleração constante de módulo
5,0 m/s2, e o motorista de trás só reaja,

68
ELEMENTOS DA FÍSICA

v (m/s) ‘' Maru, que, partindo de Tóquio, trouxe ao Brasil


os primeiros imigrantes japoneses. A viagem
durou cerca de 50 dias. Atualmente, uma
+ 5,0 viagem de avião entre São Paulo e Tóquio
dura em média 24 horas. A velocidade escalar
média de um avião comercial no trecho São

0 5,'
+-
10 t(s)
Paulo-Tóquio é de 800km/h.
a) O comprimento da trajetória realizada pelo
Kasato Maru é igual a aproximadamente duas
vezes o comprimento da trajetória do avião no
-5,0 -- trecho São Paulo-Tóquio. Calcule a velocidade
escalar média do navio em sua viagem ao
Brasil.
E8) (UFPE-00) Dois carros, A e B, percorrem b) A conquista espacial possibilitou uma
uma estrada plana e reta no mesmo sentido. viagem do homem à Lua realizada em poucos
No instante t=0 os dois carros estão alinhados. dias e proporcionou a máxima velocidade de
O gráfico representa as velocidades dos dois deslocamento que um ser humano já
carros em função do tempo Depois de experimentou. Considere um foguete subindo
quantos segundos o carro B alcançará o carro com uma aceleração resultante constante de
A? módulo aR = 10m/s2 e calcule o tempo que o
v(m/s) foguete leva para percorrer uma distância de
800km, a partir do repouso.
7,0

E11) (Unicamp-15) Considerando que a massa


e as dimensões de uma estrela são
comparáveis às da Terra, espera-se que a
aceleração da gravidade que atua em corpos
próximos à superfície de ambos os astros seja
0 6,0 t(s)
constante e de valor não muito diferente.
Suponha que um corpo abandonado, a partir
E9) (Unicamp-08) Uma possível solução para do repouso, de uma altura h = 54 m da
a crise do tráfego aéreo no Brasil envolve o superfície da estrela, apresente um tempo de
emprego de um sistema de trens de alta queda t = 3,0 s. Desta forma, pode-se afirmar
velocidade conectando grandes cidades. Há que a aceleração da gravidade na estrela é de
um projeto de uma ferrovia de 400km de a) 8,0 m/s2. b) 10 m/s2.
extensão que interligará as cidades de São c) 12 m/s2. d) 18 m/s2.
Paulo e Rio de Janeiro por trens que podem
atingir até 300km/h. E12) (Unicamp-15) A Agência Espacial
a) Para ser competitiva com o transporte aéreo, Brasileira está desenvolvendo um veículo
estima-se que a viagem de trem entre essas lançador de satélites (VLS) com a finalidade de
duas cidades deve durar, no máximo, 1 hora e colocar satélites em órbita ao redor da Terra. A
40 minutos. Qual é a velocidade média de um agência pretende lançar o VLS em 2016, a
trem que faz o percurso de 400km nesse partir do Centro de Lançamento de Alcântara,
tempo? no Maranhão.
b) Considere um trem viajando em linha reta a) Considere que, durante um lançamento, o
com velocidade constante. A uma distância de VLS percorre uma distância de 1200 km em
30km do final do percurso, o trem inicia uma 800 s. Qual é a velocidade média do VLS
desaceleração uniforme de 0,06m/s2, para nesse trecho?
chegar com velocidade nula a seu destino. b) Suponha que no primeiro estágio do
Calcule a velocidade do trem no início da lançamento o VLS suba a partir do repouso
desaceleração. com aceleração resultante constante de
módulo aR. Considerando que o primeiro
E10) (Unicamp-09) Os avanços tecnológicos estágio dura 80 s, e que o VLS percorre uma
nos meios de transporte reduziram de forma distância de 32 km, calcule aR.
significativa o tempo de viagem ao redor do
mundo. Em 2008 foram comemorados os 100 E13) (Unicamp-16) A demanda por trens de
anos da chegada em Santos do navio Kasato alta velocidade tem crescido em todo o mundo.

69
ELEMENTOS DA FÍSICA

Uma preocupação importante no projeto v (m/s)^ L


desses trens é o conforto dos passageiros
durante a aceleração. Sendo assim, considere 4
que, em uma viagem de trem de alta
velocidade, a aceleração experimentada pelos
passageiros foi limitada a amax = 0,09g, onde g
= 10 m/s2 é a aceleração da gravidade. Se o
0 -►
trem acelera a partir do repouso com d 2 3 4 5 G 7 8 t (s)
aceleração constante igual a amax, a distância
mínima percorrida pelo trem para atingir uma
velocidade de 1080 km/h corresponde a
a) 10 km. b)20km. -4 -

c) 50 km. d) 100 km. Gráfico fora de escala

E14) (UESPI-09) A posição de um móvel que [A] - 32 m [B]-16m [CJOm


executa um movimento unidimensional ao [D] 16 m [E] 32 m
longo de uma linha reta é dada em função do
tempo por x(t) = 7t - St2. O tempo t é dado em E18) (Espcex-12) Um carro está
segundos, e a posição x, em metros. Nestas desenvolvendo uma velocidade constante de
circunstâncias, qual é a velocidade média 72 km/h em uma rodovia federal. Ele passa por
deste móvel entre os instantes de tempo t = 0 um trecho da rodovia que está em obras, onde
s e t = 4 s? a velocidade máxima permitida é de 60 km/h.
A) 5 m/s B) -5 m/s C) 11 m/s Após 5 s da passagem do carro, uma viatura
D) -11 m/s E) 14,5 m/s policial inicia uma perseguição, partindo do
repouso e desenvolvendo uma aceleração
E15) (EsPCEx-96) Na maratona de São Paulo , constante. A viatura se desloca 2,1 km até
um atleta deslocou-se em movimento uniforme alcançar o carro do infrator. Nesse momento, a
variado. Às 2h, 29min e 55s, a sua velocidade viatura policial atinge a velocidade de
era de 1m/s, e logo a seguir, às 2h, 30min e [A] 20 m/s [B] 24 m/s [C] 30 m/s
[D] 38 m/s [E] 42 m/s
25s, está com 10m/s. A sua aceleração, em
m/s2, foi de :
a) 0,03 b) 0,3 c) 3,0 d) 0,1 19) (Espcex-15) Um móvel descreve um
e)1,0
movimento retilíneo uniformemente acelerado.
E16) (Espcex-04) Um móvel movimenta-se Ele parte da posição inicial igual a 40 m com
sobre uma trajetória retilínea obedecendo à uma velocidade de 30 m/s, no sentido contrário
função horária da posição s = - 4 + 5t - t2, à orientação positiva da trajetória, e a sua
aceleração é de 10 m/s2 no sentido positivo da
onde s é a posição do móvel e t o tempo
(todas as grandezas estão no SI). O instante, trajetória. A posição do móvel no instante 4s é
em segundos, em que o móvel inverte o [A] 0 m [B] 40 m [C] 80 m
sentido de seu movimento é: [D]100m [E] 240 m
a) 0 b) 1 c)1,5 d) 2,5 e) 4
E20) (Ciaba-07) Uma lancha da guarda-
E17) (Espcex-11) gráfico abaixo representa a costeira, atracada à costa, recebe a denúncia
velocidade(v) de uma partícula que se desloca de que um navio, carregado de contrabando, a
sobre uma reta em função do tempo(t). O 50 milhas afastado da costa, vem avançando a
deslocamento da partícula, no intervalo de 0 s uma velocidade constante de 12 nós. A
distância mínima que qualquer navio estranho
a 8 s, foi de:
deve estar da costa é de 20 milhas. A
aceleração constante mínima que a lancha
deverá ter, em milhas/h2, para que o navio não
adentre o perímetro da costa é
a) 0,8 b) 1,6 c) 3,2
d) 6,4 e) 16

70
ELEMENTOS DA FÍSICA

E21) (Ciaba-14) y(m)Ji


V C B A
Jk. A
1 Va
2

e = 37ó--
No circuito da figura dada, a distância entre as
linhas A e B, é de 512 m. O carro número 1, 30
que estava parado na linha A, como indicado
na figura, parte com aceleração de 4 m/s2, que
mantém constante até cruzar a linha B. No
mesmo instante em que o carro número 1
parte (podemos considerar t = Os), o carro
número 2 passa em MRU (Movimento
Retilíneo Uniforme) com velocidade de 120
km/h, que mantém até cruzar a linha B. A x(m)
velocidade, aproximada, do carro número 1 ao
0 B
cruzar a linha B e o carro que a cruza primeiro
são, respectivamente,
a) Vã / 3 b) 1,0 c)1,5
( a ) 230 km/h e carro número 2. d) Vã e) 2,0
( b ) 230 km/h e carro número 1.
( c ) 120 km/h e carro número 1. E24) (AFA-08) Uma partícula move-se com
( d ) 120 km/h e carro número 2. velocidade de 50 m/s. Sob a ação de uma
( e ) 180 km/h e carro número 1. aceleração de módulo 0,2 m/s2 , ela chega a
atingir a mesma velocidade em sentido
E22) (Ciaba-17) Um trem deve partir de uma contrário. O tempo gasto, em segundos, para
estação A e parar na estação B, distante 4 km ocorrer essa mudança no sentido da
de A. A aceleração e a desaceleração podem velocidade é
ser, no máximo, de 5,0 m/s2, e a maior a) 500 b) 250 C) 100 d) 50
velocidade que o trem atinge é de 72 km/h. O
tempo mínimo para o trem completar o E25) (AFA-12) Considere um móvel
percurso de A a B é, em minutos, de: deslocando-se numa trajetória horizontal e
(a) 1,7 ( b ) 2,0
(b)2,0 (c) 2,5 descrevendo um movimento retilíneo
(d ) 3,0 (e)3,4 uniformemente acelerado e retrógrado. A
alternativa que contém o gráfico que melhor
E23) (Ciaba-13) Dois navios A e B podem representa o movimento descrito pelo móvel é
mover-se apenas ao longo de um plano XY. O a) .espaço c) .velocidade
navio B estava em repouso na origem quando,
em t = 0, parte com vetor aceleração constante
fazendo um ângulo a com o eixo Y. No mesmo
instante (t = 0), o navio A passa pela posição
mostrada na figura com vetor velocidade tempo tempo
constante de módulo 5,0 m/s e fazendo um b) espaço d) aceleração
ângulo 0 com o eixo Y. Considerando que no
instante t, = 20 s, sendo yA^) = yB(t2) = 30 m,
ocorre uma colisão entre os navios, o valor de tempo
tga é
Dados: sen(0)=O,6O ; cos(0)= 0,80. tempo

E26) (AFA-12) Um bloco se movimenta


retilineamente, do ponto A até o ponto C,
conforme figjjra abaixo.
---------- Vo

A 8 C
Sua velocidade v em função do tempo t, ao

71
ELEMENTOS DA FÍSICA

longo da trajetória, é descrita pelo diagrama v parar. Qual foi o módulo da desaceleração, em
x t mostrado abaixo. m/s2, considerando que a distância total
4v percorrida pelo carro foi de 750 m?
a) 3,50 b)4,00 c)4,50 d) 5,00 e) 5,50
^0
E30) (ITA-92) Dois automóveis que correm em
estradas retas e paralelas têm posições a
partir de uma origem comum, dadas por:
■>
X, = (30t) m X2 = (1,0 . 103 + 0,2t2) m
0 í
Calcule o(s) instante(s) t (t’) em que os dois
Considerando que o bloco passa pelos pontos
automóveis devem estar lado a lado. ( Na
A e B nos instantes 0 e t1t respectivamente, e resposta você deverá fazer um esboço dos
para no ponto C no instante t2, a razão entre gráficos X1 (t) e X2 (t).)
as distâncias percorridas pelo bloco nos
t(s) t-(s) t(s) t'(s)
trechos BC e AB , vale
a) 100 100. b) 2,5 7,5.
*2 +ti b) ~ *2__ *1 t2+ti c) 50 100. d) 25 75.
a) b) c) d)
t, t2 2t, 2t2 e) Nunca ficaram lado a lado.

E27) (AFA-16) Dois móveis, A e B, partindo


juntos de uma mesma posição, porém com
velocidades diferentes, que variam conforme o
I ■
gráfico abaixo, irão se encontrar novamente F1) (Unicamp-87) Na figura são moscados os
em um determinado instante. gráficos da velocidade de dois ciclistas C-i e C2
■f v em função do tempo. Ambos partem da origem
dos espaços em t = 0 e descrevem trajetórias
1Â retilíneas com movimentos no mesmo sentido.
I
I i ■ I Com base nos dados da figura, determine:
I a) O valor da aceleração do ciclista C-i no
----- r
I
I
i \ i I i instante t = 5,0 s.
'r —Xi I
-!i b b) A distância entre os dois ciclistas no instante
i Ii i em que eles têm a mesma velocidade.
i iI i i i
i iI i i i v (m/s)j k
t i i i i
-i----------- 1----------- 1------------ 1-------------------------- 1->
G h l4 (5 t
4,0 ■c,
Considerando que os intervalos de tempo ti -
to, t2 ~ tf, t3 — t2, t» — t3 e t5 — Í4 são todos iguais,
os móveis A e B novamente se encontrarão no 2,4 —t— .c2
instante 'I . I
I
a) Í4 c) t2 Zi I
b) t5 d) t3 i I
i I
i I
E28) (Escola Naval-00) Um carro de combate i I
i I
parte do repouso e percorre 4 km, com
aceleração constante, até atingir sua 5,0 10,0 15,0 t(s)
velocidade máxima de 72 km/h, continuando a
seguir com essa mesma velocidade. Calcule:
a) o valor da aceleração (em m/s2) do carro de F2) (Unicamp-00) Um automóvel trafega com
combate, logo após a partida; e velocidade constante de 12 m/s por uma
b) a distância (em km) percorrida pelo carro de avenida e se aproxima de um cruzamento
combate nos primeiros 20 minutos de onde há um semáforo com fiscalização
deslocamento. eletrônica. Quando o automóvel se encontra a
uma distância de 30 m do cruzamento, o sinal
E29) (Escola Naval-09) Um carro de testes muda de verde para amarelo. O motorista deve
parte do repouso com uma aceleração decidir entre parar o carro antes de chegar ao
constante de 6,00 m/s2 em uma pista retilínea. cruzamento ou acelerar o carro e passar pelo
Ao atingir a velocidade de 216 km/h, é cruzamento antes do sinal mudar para
submetido a uma desaceleração constante até vermelho. Este sinal permanece amarelo por

72
ELEMENTOS DA FÍSICA

2,2 s. O tempo de reação do motorista (tempo F4) (Unicamp-14) Correr uma maratona requer
decorrido entre o momento em que o motorista preparo físico e determinação. A uma pessoa
vê a mudança de sinal e o momento em que comum se recomenda, para o treino de um dia,
realiza alguma ação) é 0,5 s. repetir 8 vezes a seguinte sequência: correr a
a) Determine a mínima aceleração constante distância de 1 km à velocidade de 10,8 km/h e,
que o carro deve ter para parar antes de atingir posteriormente, andar rápido a 7,2 km/h
o cruzamento e não ser multado. durante dois minutos.
b) Calcule a menor aceleração constante que o a) Qual será a distância total percorrida pelo
carro deve ter para passar pelo cruzamento atleta ao terminar o treino?
sem ser multado. b) Para atingir a velocidade de 10,8 km/h,
partindo do repouso, o atleta percorre 3 m com
F3) (Unicamp-10) A Copa do Mundo é o aceleração constante. Calcule o módulo da
segundo maior evento desportivo do mundo, aceleração a do corredor neste trecho.
ficando atrás apenas dos Jogos Olímpicos.
Uma das regras do futebol que gera polêmica F5) (Fuvest-98) Dois trens A e B fazem
com certa frequência é a do impedimento. manobra em uma estação ferroviária
Para que o atacante A não esteja em deslocando-se paralelamente sobre trilhos
impedimento, deve haver ao menos dois retilíneos. No instante t = Os eles estão lado a
jogadores adversários a sua frente, G e Z, no lado. O gráfico representa as velocidades dos
exato instante em que o jogador L lança a bola dois trens a partir do instante t = Os até t =
para A (ver figura). Considere que somente os 150s, quando termina a manobra. A distância
jogadores G e Z estejam à frente de A e que entre os dois trens no final da manobra é:
somente A e Z se deslocam nas situações V<n/»>

descritas a seguir. ♦5

a) 0 m b) 50 m c) 100 m
d)250 m e) 500 m

F6) (Fuvest-99) Na figura, estão representadas


as velocidades, em função do tempo,
□ 00 0
gol
desenvolvidas por um atleta, em dois treinos A
e B, para uma corrida de 100 m rasos.
* A
v(m/s)
12
10
8
»
B
«
4'
a) Suponha que a distância entre A e Z seja de 2
12m. Se A parte do repouso em direção ao gol
0
- r— ,,----- - - , -—--->
com aceleração de 3,0m/s2 e Z também parte 2 4 6 8 10 12 t<s)
do repouso com a mesma aceleração no Com relação aos tempos gastos pelo atleta
sentido oposto, quanto tempo o jogador L tem para percorrer os 100 m, podemos afirmar
para lançar a bola depois da partida de A antes que, aproximadamente.
que A encontre Z? a) no B levou 0,4s a menos que no A.
b) O árbitro demora 0,1s entre o momento em b) no A levou 0,4s a menos que no B,
que vê o lançamento de L e o momento em c) no B levou 1,0s a menos que no A.
que determina as posições dos jogadores A e d) no A levou 1,0s a menos que no B.
Z. Considere agora que A e Z movem-se a e) no A e no B levou o mesmo tempo.
velocidades constantes de 6,0m/s, como indica
a figura. Qual é a distância mínima entre A e Z F7) (UFRJ-98) No livreto fornecido pelo
no momento do lançamento para que o árbitro fabricante de um automóvel há a informação
decida de forma inequívoca que A não está de que ele vai do repouso a 108 km/h (30m/s)
impedido? em 10s e que a sua velocidade varia em

73
r ’
ELEMENTOS DA FÍSICA
x (m)
função do tempo de acordo com o seguinte 15077
gráfico.
v(rrfs^ ■
100

30 75
50 T
! 25 rfn
! 0
í —-1
5
i-
1O 15
10 t (s) tempo (s)
Suponha que você queira fazer esse mesmo a) Escreva as equações da posição como
carro passar do repouso a 30m/s também em função do tempo: Xi(t), do pedestre e x2(t), do
10s, mas com aceleração escalar constante. ônibus.
a) Calcule qual deve ser essa aceleração. b) Escreva as equações da velocidade como
b) Compare as distâncias d e d' percorridas função do tempo: v^t), do pedestre e v2(t), do
pelo carro nos dois casos, verificando se a ônibus.
distância d' percorrida com aceleração escalar c) Em que instante de tempo a velocidade do
constante é maior, menor ou igual à distância d pedestre em relação ao ônibus é nula?
percorrida na situação representada pelo
gráfico. F10) (UESPI-10) Numa pista de testes retilínea,
o computador de bordo de um automóvel
F8) (UCS-11) Um recurso eletrônico que está registra o seguinte gráfico do produto va da
ganhando força nos videogames atuais é o velocidade, v, pela aceleração, a, do
sensor de movimento, que torna possível aos automóvel em função do tempo, t. O analista
jogadores, através de seus movimentos de testes conclui que nos instantes t < ti e t >
corporais, comandarem os personagens do ti o movimento do automóvel era:
jogo, muitas vezes considerados como va
avatares do jogador. Contudo, esse processo
não é instantâneo: ocorre um atraso entre o
movimento do jogador e o posterior movimento
do avatar. Supondo que o atraso seja de 0.5 s,
se num jogo um monstro alienígena está a 18
m do avatar e parte do repouso em direção a
ele para atacá-lo, com aceleração constante
de 1 m/s2 (informação disponibilizada pelo ti t
próprio jogo), quanto tempo, depois do início
do ataque, o jogador deve socar o ar para que
seu avatar golpeie o monstro? Por
simplificação, despreze em seu cálculo
detalhes sobre a forma dos personagens. A) t < tv retardado; t > tv retrógrado
a) 1.0 s b) 1.8 s c) 4.7 s B) t < t,: acelerado; t > tv progressivo
d) 5.5 s e) 7.3 s C) t < t< retardado; t > tv acelerado
D) t < t,: acelerado; t > t< retardado
F9) (UFC-97) No gráfico abaixo estão E) t < tv retardado; t > tv progressivo
representados os movimentos de um pedestre
e de um ônibus. No instante de tempo t = 0, o F11) (Mackenzie-03) Um automóvel está
ônibus, até então parado na posição x = 25 m, parado junto a um semáforo, quando passa a
parte em linha reta, com aceleração constante. ser acelerado constantemente à razão de 5,0
Nesse mesmo instante (t = 0), o pedestre se m/s2, num trecho retilíneo da avenida. Após
encontra na posição x = 0, correndo com 4,0 s de aceleração, o automóvel passa a se
velocidade constante, na mesma direção e deslocar com velocidade constante por mais
sentido em que se desloca o ônibus. 6,0 s. Nesse instante, inicia-se uma frenagem
uniforme, fazendo-o parar num espaço de 20
m. A velocidade escalar média do automóvel
nesse percurso foi de:
a) 20 km/h b) 36 km/h c) 45 km/h
d) 54 km/h e) 72 km/h

74
ELEMENTOS DA FÍSICA

F12) (Mackenzie-03) Em uma pista retilínea, ao solo com uma velocidade vertical de
um atleta A com velocidade escalar constante módulo 2,0 m/s. Supondo que, ao saltar do
de 4,0 m/s passa por outro B, que se encontra avião, a velocidade inicial do paraquedista na
parado. Após 6,0 s desse instante, o atleta B vertical era igual a zero e considerando g = 10
parte em perseguição ao atleta A, com m/s2, determine:
aceleração constante e o alcança em 4,0 s. A a) O tempo total que o paraquedista
aceleração do corredor B tem o valor de: permaneceu no ar, desde o salto até atingir o
a) 5,0 m/s2 b) 4,0 m/s2 c) 3,5 m/s2 solo.
d) 3,0 m/s2 e) 2,5 m/s2 b) A distância vertical total percorrida pelo
paraquedista.
F13) (UEL-87) Um trem deve partir de uma
estação A e parar na estação B, distante 4000 F17) (UFU-11) Semáforos inteligentes ajudam
m de A. A aceleração e a desaceleração no trânsito de grandes cidades, pois além de
podem ser, no máximo, de 5,0 m/s2, e a maior possuírem regulagem de tempo, também
velocidade que o trem atinge é de 20 m/s. O informam ao motorista o momento exato em
tempo mínimo para o trem completar o que o cruzamento será liberado ou fechado,
percurso de A a B é, em segundos, de: evitando acidentes. Um desses semáforos
a) 98 b) 100 c) 148 d) 196 e) 204 funciona com cinco lâmpadas verdes e cinco
vermelhas, dispostas conforme a figura abaixo.
F14) (UFPR-12) Um míssil é lançado verdes vermelhas

verticalmente do solo, partindo do repouso, e


se desloca com uma aceleração constante de
50 m/s2. Após um intervalo de tempo, ele
atinge um avião espião localizado a uma
altitude de 10 km em relação ao solo e
exatamente acima do ponto de seu
lançamento. Supondo que o avião estivesse se
movimentando em linha reta e com velocidade
constante de 720 km/h, determine a que
distância horizontal encontrava-se o avião no
instante em que o míssil foi lançado. Quando todas as lâmpadas verdes estão
acesas, o trânsito é liberado, sendo que a cada
F15) (UFPR-15) Um veiculo está se movendo 10s uma delas se apaga. Quando a última
ao longo de uma estrada plana e retilínea. Sua lâmpada verde se apaga, instantaneamente as
velocidade em função do tempo, para um cinco vermelhas se acendem, bloqueando o
trecho do percurso, foi registrada e está trânsito. A respeito de tal semáforo, considere
mostrada no gráfico ao lado. Considerando as três situações apresentadas abaixo.
que em t = 0 a posição do veículo s é igual a I. Um motorista que trafega à velocidade
zero, assinale a alternativa correta para a sua constante de 36 km/h avista o semáforo no
posição ao final dos 45 s. exato momento em que a primeira lâmpada
V(m/s) j k
verde se apaga. Se ele estiver a 100 m do
semáforo, conseguirá ultrapassar o
36 cruzamento antes de as lâmpadas vermelhas
se acenderem.
II. Se um motorista que trafega à velocidade
constante de 36 km/h, no exato momento em
8 140 45 que vê a quarta lâmpada verde se apagar,
0
-10 5 t(S) imprimir uma aceleração constante de 2m/s2
ao seu carro, conseguirá passar pelo
a) 330 m. b)480m. c) 700 m. cruzamento antes que a primeira lâmpada
d)715m. e) 804 m. vermelha se acenda, pois está a 400 m do
semáforo.
F16) (UFPR-16) Um paraquedista salta de um III. Se um motorista que trafega à velocidade
avião e cai livremente por uma distância constante de 36 km/h perceber, a 25 m de
vertical de 80 m, antes de abrir o paraquedas. distância do semáforo, que as lâmpadas
Quando este se abre, ele passa a sofrer uma vermelhas estão acesas, ele terá de imprimir
desaceleração vertical de 4,0 m/s2, chegando uma desaceleração constante mínima de

75
ELEMENTOS DA FÍSICA

2m/s2 para que o carro pare até o semáforo. s


Assinale a alternativa que apresenta a(s)
afirmativa(s) corretas.
a) Apenas II e III. b) Apenas III. D
c) Apenas I e III. d) Apenas II.
B
C
F18) (Acafe-12) Para garantir a segurança no
trânsito, deve-se reduzir a velocidade de um A
veículo em dias de chuva, senão vejamos: um
veículo em uma pista reta, asfaltada e seca, ---------------------------------------------------------------------- ► t
movendo-se com velocidade de módulo 36 Se marcarmos os pontos A, B, C e D nesse
km/h (10 m/s) é freado e desloca-se 5,0 m até gráfico, podemos afirmar que as velocidades
parar. Nas mesmas circunstâncias, só que instantâneas VA, VB, Vc e VD, respectivamente
com a pista molhada sob chuva, necessita de nesses pontos, são tais que obedecem à
1,0 m a mais para parar. Considerando a seguinte ordem crescente:
mesma situação (pista seca e molhada) e
a) VA < VB < Vc < Vq.
agora a velocidade do veículo de módulo 108
b) VB < Vc < VA < VD.
km/h (30 m/s), a alternativa correta que indica
c) VD < Vc < VB < VA.
a distância a mais para parar, em metros, com d) Vc < VD < VB < VA.
a pista molhada em relação a pista seca é: e) VA < Vc < VD < VB.
a) 6 b) 2 c)1,5 d) 9
F21) (UFG-12) O gráfico a seguir representa o
F19) (FMJ-10) Considere que o gráfico a
movimento retilíneo de um automóvel que se
seguir mostre como variaram, move com aceleração constante durante todo
aproximadamente, as velocidades, em km/h,
o intervalo de tempo.
do vencedor Usain Bolt (gráfico I) e do norte- 25 -
americano Tyson Gay, o segundo colocado
(gráfico II), a partir dos 60 m da prova até 20 r-
cruzarem a linha de chegada.
V (km/h)

43,4 - - 1 £ 10

33.0 - - II
5

I
°o
0 9,58 9,70 l(s) Tempo (s)
Pode-se afirmar que, quando Usain Bolt A distância de maior aproximação do
cruzou a linha de chegada, Tyson Gay estava automóvel com a origem do sistema de
atrás dele, em metros, coordenadas, sua velocidade inicial e sua
a) 0,5. b) 0,8. c) 1,1. aceleração são, respectivamente,
d) 1,5. e) 1,9. (A) 3,75 m, -2,5 m/s e 1,25 m/s2.
(B) 3,75 m, -2,5 m/s e 2,50 m/s2.
F20) (FATEC-11) Um atleta inicia seu treino a (C) 3,75 m, -10 m/s e -1,25 m/s2.
partir do repouso e começa a cronometrar seu (D) 5,00 m, 10 m/s e 1,25 m/s2.
desempenho a partir do instante em que está a (E) 5,00 m, 2,5 m/s e 2,50 m/s2.
uma velocidade constante. Todo o percurso
feito pelo atleta pode ser descrito por meio F22) (EEAR-00) Durante um ataque pirata a
de um gráfico da sua posição (s) em função um navio cargueiro, os canhões de ambos
do tempo (t), conforme figura a seguir. acertaram-se mutualmente. Admitindo que não
houvesse movimento relativo entre os dois
navios, ou seja, que estivessem em repouso e
que a resistência do ar fosse desprezível, qual
seria o valor aproximado, em graus, do ângulo
entre cada canhão e a horizontal ( convés ) do

76
«Bi®
ELEMENTOS DA FÍSICA

navio? Considere a distância entre os navios trajetória, cujos gráficos horários são dados
de SoVãm , g = l0m/s2 , velocidade inicial do por:
projétil (bala) 40m/s e utilize a relação sen a . s(m)

cos a = sen ( 2a ) , em que a é o ângulo


32 B
entre o canhão e o convés, 28
a) 90 b) 60 c) 45 d) 30
14 A
F23) (EEAR-02) Um projétil foi disparado em
um local onde se admite que qualquer tipo de
atrito seja desprezível e que a aceleração da o 4 7 8 t(s)

gravidade seja igual a 10 m/s2 (constante). A


direção do disparo formou um ângulo com a No instante em que A e B se encontram, os
superfície horizontal de 30°, e a velocidade módulos das velocidades de A e de B valem,
inicial do projétil valia Vo. A distância horizontal respectivamente,
percorrida pelo projétil, 2 segundos após o a) 2 e 12 b) 2 e 16
disparo, vale, em metros, c) 2,57 e 12 d) 2,57 e 16
a)73V0 b)iV0 c)-y-Vo d)lv0 F27) (Ciaba-03) O “tempo médio de
reação” de um motorista, isto é, o tempo
F24) (Ciaba-15) Um carro se desloca, partindo considerado entre ele perceber o sinal para
do repouso, segundo o gráfico dado: parar e o momento de apertar os freios é de
cerca de 0,7 segundos. Se um automóvel
1201 v(km/h)
pode ser desacelerado a 5m/s2, a distância
total percorrida entre a percepção do sinal e a
100 parada do carro que vinha com uma
80
velocidade de 30 km/h é, em metros,
aproximadamente, igual a
60 a) 9,7 b) 10,6 c) 11,5 d) 12,8 e) 13,7
40 F28) (ITA-64) De uma estação parte um trem A
20
com velocidade constante VA = 80 km/h.
t(min) Depois de um certo tempo parte dessa mesma
0 estação um outro trem B com velocidade
5 10 15 20 25 30 35 40 45 constante VB = 100 km/h, no mesmo sentido
O espaço total percorrido é de de A e sobre os mesmos trilhos. Depois de
(a)48,3km. ( b ) 52,8 km. um tempo de percurso o maquinista de B
( c ) 55,7 km. ( d ) 59,4 km. verifica que o seu trem se encontra a 3 km de
( e ) 61,5 km. A; a partir desse instante ele aciona os freios
indefinidamente, comunicando ao trem B uma
F25) (AFA-96) Dois automóveis A e B aceleração a = - 50 km/h2. Nestas condições:
deslocam-se com movimento retilíneo ( ) A. não houve encontro dos trens.
horizontal uniformemente variado, no mesmo ( ) B. depois de duas horas o trem B para e
sentido e, ao passarem por um sinal de a distância que o separa de A é de 64 km.
trânsito, A ultrapassa B. Neste instante a ( ) C. houve encontro dos trens depois de 12
velocidade e a aceleração valem, minutos.
respectivamente; 12m/s e 4m/s2 para o ( ) D. houve encontro dos trens depois de 36
automóvel A, e 6 m/s e 6 m/s2 para o minutos.
automóvel B. O tempo, em segundos, ( ) E. não houve encontro dos trens; eles
decorrido até que B ultrapasse A e sua continuam caminhando e a distância que os
velocidade, em m/s, neste instante, valem, separa agora é de 2 km.
respectivamente:
a) 4 e 30 b) 6 e 42 (ITA-67) O diagrama representa,
c) 8 e 54 d) 12e78 aproximadamente, a velocidade de um
pequeno foguete, com um só estágio, lançado
F26) (AFA-98) Duas partículas A e B verticalmente. Aplica-se aos problemas 5, 6, 7
desenvolvem movimentos sobre uma mesma e 9.

77
ELEMENTOS DA FÍSICA

sa>. partir do instante t = 6 s será:


a) x = 3t - 2t2 b)x = 18 + 3t-2t2
% c)x = 18 - 2t2 d) x = - 72 + 27t - 2Í2
e)x = 27t-2t2
0

-s». A1) (UEM-10) No último campeonato mundial


de atletismo disputado em Berlim, Usain Bolt,
atleta jamaicano, quebrou seu próprio recorde
F29) Enquanto o motor está funcionando a mundial dos 100 metros rasos. Ele concluiu a
aceleração é prova no incrível tempo de 9,58 segundos.
A) 5,00.103 m/s2. B) 2,5.10 m/s2. Uma análise minuciosa dessa façanha mostra
C) 50,0 m/s2. D) 9,8 m/s2 que os primeiros 5 metros da prova ele
E) nenhum dos valores acima. cumpriu em 0,58 segundos e os outros 95
metros foram cumpridos com velocidade
F30) A altura em que o motor deixa de constante. Com base nessas informações,
funcionar é analise as alternativas abaixo e assinale o que
A)5,00.10m. B)2,50.10m. C) 5,00.103m. for correto.
D) 1,00.103m. E) nenhum dos valores acima. 01. A velocidade média com que ele executa a
prova é maior que 36 km/h.
F31) O foguete atinge sua altitude máxima no 02. A aceleração média nos primeiros 5 metros
instante de prova é maior que a aceleração de um
A) 10,0 s. B) 60,0 s. C) 5,0 s. corpo em queda livre.
D) 114,8 s. E) nda 04.A velocidade com que ele concluiu a prova
é de 38 km/h.
F32) A altitude máxima atingida pelo foguete é 08. Qualquer atleta que realizar essa prova
A) 3,00.104m. B)2,50.103m. com uma aceleração constante de 2,5 m/s2
C) 1,500.104m. D)5,00.102m. conseguirá quebrar o recorde de Bolt.
E) nenhum dos valores acima. 16. Qualquer atleta que realizar essa prova
com uma velocidade constante de 10 m/s
F33) (ITA-72) Um móvel descreve uma conseguirá quebrar o recorde de Bolt
trajetória retilínea tendo sua posição em
função do tempo descrita pelo gráfico. Essa A2) (UFG-08) A pista principal do aeroporto de
posição poderá ser expressa analiticamente Congonhas em São Paulo media 1.940 m de
por: (k e b constantes) comprimento no dia do acidente aéreo com o
Airbus 320 da TAM, cuja velocidade tanto para
X pouso quanto para decolagem é 259.2 km/h.
Após percorrer 1.240 m da pista o piloto
verificou que a velocidade da aeronave era de
187.2 km/h. Mantida esta desaceleração, a
que distância do fim da pista o piloto deveria
arremeter a aeronave, com aceleração máxima
de 4 m/s2, para evitar o acidente?
(A) 312 m (B) 390 m (C) 388 m
(D) 648 m (E) 700 m
o to
A3) (UFSC-02) Dois ciclistas, A e B, disputam
A) x = k (t - to) B)x = kt2 uma corrida cuja distância total é de 1200
C) x = k (t +1 o)2 D) x = k cos b t metros, do ponto de partida até a faixa de
E) x = k cos bt chegada. O gráfico abaixo mostra a velocidade
dos ciclistas A e B em função do tempo.
F34) (ITA-83) Um móvel parte da origem do
eixo x com velocidade constante igual a 3
m/s. No instante t = 6 s o móvel sofre uma
aceleração y = - 4 m/s2. A equação horária a

78
L—1ELEMENTOS DA FÍSICA

16 - Quando se encontra a 94 m da faixa de


pedestre, o sinal é fechado por 40 segundos,
14 - fazendo com que o motorista acione os freios
com aceleração constante, de modo a parar
12 - em 6 segundos. Despreze o tempo de reação
do motorista. Sabendo-se que o coeficiente de
atrito entre os pneus e o asfalto é 0,6 (valor
10 *

J
'c
típico) e adotando g = 10 m/sz, discuta se a
pessoa infringiu as Leis do Novo código
> 8 -
Brasileiro de Trânsito. Em caso afirmativo,
V dizer o mínimo de infrações cometidas,
6 - considerando que as principais infrações
previstas no referido código são: avançar sinal
4 - vermelho; deixar de dar preferência de
V passagem a pedestre que esteja na faixa;
2 - dirigir embriagado; transitar em rodovias com
\ i velocidade acima de 20% da máxima permitida
//■•••?
M ou a mais de 50% da máxima permitida em
o -- I ' I ' I ' I ■ I ' I ' I ’ I ■ I ' I 1 I ■ I ' I
0 15 30 45 60 75 90 105 120 135 150 165 180 195 vias públicas; participar de rachas ou pegas;
Tempo (segundos) não usar cinto de segurança; estacionar em fila
Observando o gráfico apresentado, assinale dupla; deixar de reduzir a velocidade do
a(s) proposição(ões) CORRETA(S). veículo próximo a escolas e hospitais etc.. Veja
01. No sexagésimo segundo, o ciclista A está figura abaixo.
SF_MÃFOR(
150 metros à frente do ciclista B.
02. A aceleração do ciclista A, nos primeiros
quarenta e cinco segundos, é de 1m/s2. J , L
04. No centésimo trigésimo quinto segundo, o
ciclista S está 150 metros à frente do ciclista A.
08. O ciclista B nunca alcança o ciclista A. 94 m
+■ + L-r
16. O ciclista A venceu a disputa porque
percorreu os 1200 metros em 150 segundos, e A6) (Unesp-13) Dois automóveis estão
o ciclista B gastou 165 segundos. parados em um semáforo para pedestres
32. No centésimo sexagésimo quinto segundo, localizado em uma rua plana e retilínea.
o ciclista B está a apenas 7,5 metros da faixa Considere o eixo x paralelo à rua e orientado
de chegada, e o ciclista A encontra-se a 52,5 para direita, que os pontos A e B da figura
metros da faixa de chegada. Portanto, o representam esses automóveis e que as
ciclista B vence a corrida. coordenadas xA(0) = 0 e xs(0) = 3, em metros,
64. A corrida termina empatada, pois ambos os indicam as posições iniciais dos automóveis.
ciclistas percorrem os 1200 metros em 165
j
segundos.
£
£
Stjíi
B
A4) (UEG-12) Considere dois anéis com raios A
a e b, sendo b > a. No instante t = 0, os dois
anéis se encontram com seus centros na £
origem. Sabendo-se que as acelerações dos d£
anéis são a! e a2 e que ambos partem do
repouso, a distância que o centro do anel
0 3 x (m)
menor percorrerá até que sua extremidade
Os carros partem simultaneamente em
toque no anel maior será de:
sentidos opostos e suas velocidades escalares
a)a1(b-a)/(a1-a2)
variam em função do tempo, conforme
bja^b-a^a,* a2)
representado no gráfico.
c) a,(b + a)/(ai - a2)
d) a,(b + a)/(a! + a2)

A5) (UFU-98) Uma pessoa está dirigindo seu


carro ao longo de uma avenida, onde a
velocidade máxima permitida é de 60 km/h.

79
ELEMENTOS DA FÍSICA

V(m/s) move com velocidade constante de módulo vA


carro A = 8,0 m/s. No instante em que A passa pela
10 posição x = 500 m, a partícula B passa pela
origem, x = 0, com velocidade de vB = 45 m/s e
uma desaceleração constante cujo módulo é
1,5 m/s2. Qual dos gráficos abaixo pode
0 —► representar cujo módulo é 1,5m/s2. Qual dos
5 8 1 (S) gráficos abaixo pode representar as posições
das partícula A e B em função do tempo?
X Xa
-10
carro B
(A) (D)
Considerando que os automóveis se
mantenham em trajetórias retilíneas e
0
paralelas, calcule o módulo do deslocamento t
sofrido pelo carro A entre os instantes 0 e 15 s
e o instante t, em segundos, em que a
Xa
diferença entre as coordenadas xA e xB, dos
pontos A e B, será igual a 332 m.
(E)
(B)
A7) (AFA-13) Duas partículas, a e b, que se
movimentam ao longo de um mesmo trecho 0
retilíneo tem as suas posições (S) dadas em t
função do tempo (t), conforme o gráfico abaixo.
ÃS(m) a
X

(C)

0 3 4 Í(S) A9) (ITA-68) Uma escada de pintor escorrega


e abre-se como vemos na figura. O
comprimento da escada é AB = 3,0 metros. A
velocidade dos pés é constante e vale v =
b 2m/s. Sabendo-se que no instante inicial a
escada está fechada, tem-se que :
O arco de parábola que representa o
à
movimento da partícula b e o segmento de reta

.A
que representa o movimento de a tangenciam-
se em t = 3 s. Sendo a velocidade inicial da
partícula b de 8 m/s, o espaço percorrido pela
partícula a do instante t = 0 até o instante t = 4
V
s, em metros, vale
B B
a) 3,0 b) 4,0 c) 6,0 d) 8,0
A) a extremidade A descreve uma trajetória
A8) (Escola Naval-16) Analise a figura abaixo. curva.
VB B) o movimento do ponto A é uniformemente
B0-»_______________________ acelerado.
C) a velocidade do ponto A é constante.
D) o tempo gasto para A chegar ao solo é 2,5
segundos, independentemente do
0 500 x(m) comprimento da escada.
A figura acima mostra duas partículas A e B se E) Nenhuma das afirmações acima é correta.
movendo em pistas retas e paralelas, no
sentido positivo do eixo x. A partícula A de

80
M’.4
ELEMENTOS DA FÍSICA

A10) (ITA-76) Duas partículas, A e B, v(m/s)


deslocam-se ao longo do eixo 0-x com 6
velocidades dadas pelo gráfico ao lado, sendo
que no instante t0 = 0 ambas estão na origem
do sistema de coordenadas. No instante t = 2 s, 2 A
A e B estão, respectivamente, nos pontos de 1/ 1
0
abscissas Xi e x2, com acelerações ai e a2. 0 (1 :3 . 4 i 6 í 7 8 9 l(s)
v(mzs)
B a) 3, 11, 13, 20, 30. b) 4, 7, 9, 20, 13.
c)4, 9, 15, 20, 24. d) 4, 6, 9, 10, 13.
e) 3, 7, 9, 10, 13.

A13) (ITA-80) Um móvel A parte da origem


0, com velocidade inicial nula, no instante to =
0 e percorre o eixo Ox com aceleração
«(») constante 3. Após um intervalo de tempo At,
A) a-j — a2 B) a-, > a2 C) x, = x2 contado a partir da saída de A, um segundo
D) x, < x2 E) nda móvel, B , parte de 0 com uma aceleração
igual a «3, sendo n > 1 . B alcançará A
A11) (ITA-77) A curva da figura ao lado é a no instante :
representação gráfica da equação horária de
um movimento retilíneo. Ela é constituída por ( )A. ( )B.t =
um trecho de um ramo de parábola cujo vértice Vn-1 t
está localizado no eixo s. Neste movimento:
.. S fm} ( )C.t = ( )D.t At

( )E.

5? A14) (ITA-81) Dois móveis A e B percorrem


48 uma mesma reta, no mesmo sentido, de tal
maneira que, no instante t = 0,00 s a
0 4 2 3
+ t(s) distância entre eles é de 10,0 m. Os gráficos
de suas velocidades são os da figura ao lado.
A) a velocidade inicial é nula e a aceleração é Sabe-se que os móveis passam um pelo outro
de -6 m.s'2.
num certo instante tE > 0 , no qual a
B) a velocidade inicial é 48 m.s'1 e a
velocidade de B em relação A tem um certo
aceleração de 6 m.s'2.
valor VBA - Podemos concluir que:
C) a aceleração é de -39 m.s'2.
V (m/í)
D) a velocidade média no intervalo de 0 a 2
segundos é de 9 m.s'1.
E) Nenhuma destas afirmações é correta.

A12) (ITA-78) Duas partículas, A e B, partem


do repouso, em movimento retilíneo, segundo
o gráfico abaixo. Pode-se afirmar que as
distâncias, em metros, entre as partículas A e OtQQ ‘iflo í,»o
B, nos instantes 2s, 3s, 4s, 5s e 7s, têm, il-')
respectivamente, os valores indicados na
alternativa: ( ) A. tE = 8,00 s e VBA = 4,00 m.s"';
( ) B. tE = 4,00 s e VBA = 0,00 m.s’1;
( ) C. tE = 10,00 s e VBA = 6,00 m.s'1;
( ) D. O problema como foi proposto não tem
solução;
( ) E. tE = 8,00s e VBA = 4,00 m.s’';

81
ELEMENTOS DA FÍSICA

A15) (ITA-68) Três carros percorrem uma Neste caso pode-se afirmar que:
estrada plana e reta com as velocidades em a) A velocidade média entre t = 4s e t = 8s é
função do tempo representadas pelo gráfico ao de 2,0 m/s.
lado. No instante t = 0 os três carros passam b) A distância percorrida entre t = Os e t = 4s
por um farol. A 140 m desse farol há outro é de 10 m.
sinal luminoso permanentemente vermelho. c) Se a massa do corpo é de 2,0 kg a
Quais dos carros ultrapassarão o segundo resultante das forças que atuam sobre ele
farol ? entre t = Os e t = 2s é de 0,5N.
d) A sua aceleração média entre t = 0 s e t = 8
•wV/A
s é de 2,0 m/s2.
e) Todas as afirmativas acima estão erradas.
30
A18) (ITA-01) Uma partícula, partindo do
20 repouso, percorre no intervalo de tempo t, uma
A distância d. Nos intervalos de tempo seguintes,
10
0 todos iguais a t, as respectivas distâncias
percorridas são iguais a 3D, 5D, 7D etc. a
O 2 5 í I 10 ia A respeito desse movimento pode-se afirmar
que:
A) Nenhum dos três B) 2 e 3 C) 1 e2 a) a distância da partícula desde o ponto em
D) 1 e 3 E)1,2e3 que inicia seu movimento cresce
exponencialmente com o tempo.
A16) (ITA-86) O gráfico a seguir representa as b) a velocidade da partícula cresce
posições das partículas (1), (2) e (3), em exponencialmente com o tempo.
função do tempo. Calcule a velocidade de c) a distância da partícula desde o ponto em
cada partícula no instante t = 4 s. que inicia seu movimento é diretamente
i * m
proporcional ao tempo elevado ao quadrado.
500
. Pan,cu:a 1 d) a velocidade da partícula é diretamente
«O r- 9adicu:a 2 proporcional ao tempo elevado ao quadrado.
e) nenhuma das opções acima é correta.
300

200 A19) (ITA-02) Billy sonha que embarcou em


\ uma nave espacial para viajar até o distante
100
>3rticj'a 3
planeta Gama, situado a 10,0 anos-luz da
I I l~~l~ ts Terra. Metade do percurso é percorrido com
2 4 6 8 10 aceleração de 15 m/s2, e o restante com
v, (m/s) v2 (m/s) v3 (m/s) desaceleração de mesma magnitude.
a) 50 25 100 Desprezando a atração gravitacional e efeitos
b) -75 zero 35 relativistas, estime o tempo total em meses de
c) -75 25 -20 ida e volta da viagem do sonho de Billy.
d) -50 zero 20 Justifique detalhadamente.
e) +75 25 35
A20) (IME-78) O trem I desloca-se em linha
A17) (ITA-90) Um corpo em movimento reta, com velocidade constante de 54 km/h,
retilíneo tem a sua velocidade em função do aproximando-se do ponto B, como mostra a
tempo dada pelo gráfico abaixo: figura. Determine quanto tempo após a
v(m/s) locomotiva do trem I atingir o ponto A, deve o
trem II partir do repouso em C, com aceleração
3,0 constante de 0,2 m/s2 de forma que, 10
segundos após terminar a sua passagem pelo
ponto B, o trem inicie pelo mesmo ponto.
2,0
NOTAS:
1) Ambos os trens medem 100 metros de
1,0
comprimento, incluindo suas locomotivas, que
viajam à frente.
t(s)
2) As distâncias ao ponto B são:
0 2,0 4,0 6,0 8,0 10,0

82
ti..
ELEMENTOS DA FÍSICA

AB = 3.000 m uniformes ai e a2 respectivamente. Se eles


CB = 710m alcançam o ponto final no mesmo instante,
Trem 11 [_ i mostre que a distância percorrida até esse
, ... 2(v, -v2)(v1a2 - v2a,)
ponto e dada por ——!z 1 ,———.

Trem I
^3 ■
(3,-32/

1 A25) Um corpo, em movimento retilíneo


A ■B uniformemente acelerado, percorre 55m em 2s.
Durante os 2s seguintes, ele percorre 77m.
A21) São dados dois eixos OX e OY Calcular a velocidade inicial e a aceleração do
retangulares que se cortam num ponto O. A e corpo. Que distância ele percorre nos 4s
B são dois pontos situados respectivamente seguintes?
sobre OX e OY a 10 m e 20 m do ponto O.
A26) Um carro inicialmente em repouso
Num dado instante partem do repouso de A e
começa a se mover com aceleração a
B dois móveis dirigindo-se para o ponto O com
constante, em seguida começa a parar com
movimentos uniformemente acelerados com
aceleração igual a 1 m/s2. Pede-se determinar: aceleração b, até chegar ao repouso. Se t é o
tempo gasto desde o inicio do movimento, até
a) Quanto após o referido instante a distância
o fim, Determine a distância percorrida pelo
entre os dois móveis é mínima;
carro e a velocidade máxima alcançada por ele.
b) A distância mínima;
c) A distância ao ponto O dos dois móveis no
A27) Um trem leva quatro minutos para ir se
instante em que é mínima a distância entre
movimentar da estão A para a estação B,
eles.
distante 4 quilômetros uma da outra na
primeira parte do trajeto possui aceleração
A22) A figura abaixo representa o gráfico
constate ai e na parte final freia com
velocidade-tempo de dois pontos que se
movem sobre a mesma reta e que partem da 1 1
aceleração a2. Mostre que — + —= 2, onde
mesma posição inicial. São conhecidos os a, a2
tempos ti e t2. Depois de quanto tempo os ai e a2 são dados em km/min2.
pontos se reencontrarão?
A28) (ITA-74) Duas partículas (P e Q)
deslocam-se sobre o eixo x com as respectivas
posições dadas por:
P) x = 16 + 40/ e
V|
Q) x = bct3, para x em metros, t em segundos e
c = 1 s -1. Qual deve ser o valor de b para que
uma partícula alcance a outra em 2 s?
a) 4 m/s2. b) - 0,2 m/s2. c) 2 m/s2.
*t d) - 2 m/s2. e) - 1 m/s2.
ti h
a) / = í, + r2 b) t = /j + (r2 — /,) A29) (ITA-74) Na questão anterior qual a
velocidade da partícula P no ponto de encontro?
c)r = r, +V/2(r2-r,) d) t = t2 + -Jt|(/2 —/,) a) - 8 m/s. b) -16 m/s. c) 32 m/s.
e) t = r2 + (r2 — /,) d) 16 m/s. e) - 32 m/s.

A30) (ITA-75) Uma partícula move-se ao longo


A23) Um carro percorre a linha OX com do eixo x de tal modo que sua posição é dada
movimento uniformemente acelerado. Nos por: x = 5 t3 + 1 (SI). Assinale a resposta
instantes t, e t2, suas posições Xi e x2, correta:
respectivamente. Mostre que a aceleração do a) A velocidade no instante t = 3,0 s é 135 m/s.
carro é a = . b) A velocidade no instante t = 3,0 s é 136 m/s.
M2O2 ~ M c) A velocidade média entre os instantes t =
2,0 s e t = 4,0 s é igual à velocidade
A24) Dois carros passam por um mesmo ponto instantânea no instante t = 3,0 s.
com velocidade v, e o outro com velocidade v2, d) A velocidade média e a velocidade
em movimento retilíneo e acelerações instantânea são iguais ao longo de qualquer
■■MaaMMMKMM»«aMMKMMNfrUIMMl '-vdaMMBNWMr

83
ELEMENTOS DA FÍSICA

intervalo de tempo. 10, onde x e t são expressos em metros e


e) A aceleração da partícula é nula. segundos, respectivamente. Determine a
posição, a velocidade e a aceleração da
A31) (ITA-87) Uma gota d’água cai partícula quando t = 4 s.
verticalmente através do ar, de tal forma que
sua altura h medida em metros a partir do A35) O movimento de uma partícula está
solo varia com o tempo (em s) de acordo definido pela relação x = 6Í2 - 8 + 40.cos7tt,
com a equação onde x e t se expressam em metros e
h = 0,90 - 0,30t - 9,3 x 10’2 e "3-2* segundos, respectivamente. Determine a
Podemos afirmar que sua velocidade em posição, a velocidade e a aceleração da
cm.s"’ obedece à lei: partícula quando t = 6 s.
a) v = -9,8 x 10^ b) v =-30 + 28,83 e ■3,2t
c) v = -30 + 30 e -3 2t d) v = 30 e'3,21 A36) O movimento de uma partícula está
e) v = 30 -9,3 e -3'2‘ definido pela relação x = 6t4 - 2t3 - 12t2 + 3t +
3, onde x e t se expressam em metros e
A32) (IME-71) Na figura abaixo, a barra AB se segundos, respectivamente. Determine o
move de modo que sua extremidade inferior se tempo, a posição e a velocidade quando a = 0.
desloca horizontalmente para a direita, com
velocidade constante vA = 3 m/s. A outra A37) Considere uma partícula movendo-se na
extremidade se desloca sempre apoiada no direção vertical, em movimento retilíneo, de tal
plano vertical. Quando a barra estiver forma que a equação horária é dada por:
formando um ângulo de 60° com a horizontal, y = t3-7,5t2+ 12t
a velocidade da extremidade superior será de: Considerando-se todos os dados no sistema SI,

I
B determine o intervalo de tempo para o qual o
movimento é retrógrado

A38) A aceleração de uma partícula é


diretamente proporcional ao quadrado do
tempo t. Quando t = 0, a partícula está em x =
60°/ A vA 24 m. Se para t = 6 s tem-se x = 96 m e v = 18
m/s, expresse x e v em termos de t.
■Ji
a) 3 m/s b)— m/s c) 6 m/s A39) A aceleração de uma partícula está
d) 2^3 m/s e)V3 m/s definida pela relação a = - k/x. Sabe-se que v
= 15 m/s quando x = 0,6 m e que v = 9 m/s
quando x = 1,2 m. Determine
A33) (Seletiva Brasileira IPhO-02) Uma barra
a) a velocidade da partícula quando x = 1.5 m,
rígida, de comprimento t, está apoiada no b) a posição da partícula quando sua
canto de uma sala (vide figura abaixo). O velocidade é zero.
extremo A desliza pela parede enquanto o
extremo B desliza pelo solo. Encontre a A40) Uma partícula parte desde o repouso na
aceleração do ponto C (centro da barra) em origem e recebe uma aceleração a = k(x + 4)2,
função do ângulo a, se a velocidade do ponto onde a e x se expressam em m/s2 e m,
B for constante. Despreze todas as forças de respectivamente, e k é uma constante. Sabe-
atrito. se que a velocidade da partícula é de 4 m/s
quando x = 8 m, determine
a) o valor de k,
b) a posição da partícula quando v = 4.5 m/s,
c) a velocidade máxima da partícula.

A41) Dados experimentais indicam que em


uma região da corrente de ar que sai por uma
janela de ventilação, a velocidade do ar
emitido está definido por v = 0,18vq/x, onde v e
x são expressos em m/s e metros,
A34) O movimento de uma partícula está respectivamente, e v0 é a velocidade de saída
definido pela relação x(t) = 1,5f* - SOt2 + 5t + inicial do ar.

84
ELEMENTOS DA FÍSICA

a locomotiva está a 120 m ao sul da passagem,


viajando na direção norte-sul, sentido norte,
com velocidade constante de 72 km/h. e o
automóvel está 60 m a oeste da passagem,
viajando na direção leste-oeste, sentido leste
com velocidade de 36 km/h e aceleração de
4,0 m/s2. No instante t = 2 s, determine a:
a) distância entre a locomotiva e o automóvel.
b) velocidade da locomotiva em relação ao
automóvel. Despreze as dimensões do
automóvel e da locomotiva.

i: :
■h
3a

Para v0 = 3,6 m/s, determine


a) a aceleração do ar quando x = 2 m, > ■ \\\\\\W
b) o tempo requerido para que o ar flua de x =
1 m a x = 3 m.

A42) A velocidade de uma partícula é


v = v0[1 - sen(7tt/T)]. Sabe-se que a partícula N
parte desde a origem com uma velocidade
inicial Vo, determine: 0-4- L
a) sua posição e sua aceleração em t = 3T;
b) sua velocidade média durante o intervalo de S
t = 0 a t = T.
A46) (OBF-14) Um veículo, viajando em linha
A43) O movimento de uma partícula é definido reta do ponto A ao ponto B, está com um
pelo vetor posição problema no motor o que causa vazamento de
r = A(cos t +1.sen t)i + A(sent -1.cost)j, óleo. Uma gota de óleo cai do motor a cada 3 s
no qual t é expresso em segundos. Determine e a figura abaixo mostra o padrão das marcas
os valores de t para os quais os vetores de óleo no asfalto da rodovia.
posição e de aceleração são: AM-i—4-r-r
T-r i*i i i«i »B
a) perpendiculares; ii i r I I
0 30 cO
60 90 120 150 160 210 240 270 33 330 360 as 420
b) paralelos. Tetros
a) Qual a velocidade média do carro entre 0 e
A44) A velocidade de um corredor é definida 18 segundos?
mediante a relação v = v’sen(a>nt + <t>). A b) Qual a aceleração média entre 0 e 6
velocidade e a posição para t = O são dadas segundos?
por v0 e x0, respectivamente. Sabe-se que o c) Qual a aceleração média entre 12 e 18
deslocamento máximo do corredor é 2x0. segundos?
Demonstre que:
a) v' = l+xfcn.

b) o valor máximo da velocidade ocorre


X Í3—
quando °r «
X =-----
2

A45) (OBF-15) Uma locomotiva e um


automóvel movem-se perpendicularmente,
aproximando-se de umi cruzamento. No
instante inicial, apresentado na figura a seguir,

85
ELEMENTOS DA FÍSICA

CINEMÁTICA - LANÇAMENTOS
CONCEITOS FUNDAMENTAIS

Neste capítulo será estudado o movimento resultante do arremesso ou abandono de uma


partícula no campo gravitacional terrestre de modo que, em toda a trajetória, a altura da partícula
em relação à superfície terrestre seja muito menor que o raio da Terra. Neste caso, a partícula
estará sujeita apenas a uma única aceleração, que é a aceleração da gravidade, suposta
constante, com direção vertical e sentido de cima para baixo. Ao nível do mar a aceleração da
gravidade é aproximadamente 9,81 m/s2. Por amor à simplicidade, neste livro será adotado o valor
da gravidade ao nível do mar como 10 m/s2. Além disso, suponha que a altura de uma partícula
sempre é medida em relação à superfície da Terra.

Situações em que a partícula, ao ser lançada, alcança altitudes consideráveis em relação


ao raio da Terra serão estudadas no capítulo sobre Gravitação Universal. Neste capítulo serão
estudados lançamento em que os corpos atingem altitudes próximas da superfície terrestre.

QUEDA LIVRE

A queda livre ocorre quando uma partícula é abandonada de uma altura h, sem velocidade
inicial, a uma determinada altura do solo. Note que a partícula está sujeita apenas à aceleração da
gravidade, motivo pelo qual toda queda livre é um movimento uniformemente variado. Deste modo,
a partícula se moverá em uma trajetória perfeitamente vertical até atingir o solo. Será adotado um
referencial unidimensional vertical y, cuja origem coincide com a posição do solo. Como o eixo
está orientado de baixo para cima e a aceleração da gravidade é um vetor orientado de cima para
baixo, neste eixo, a aceleração escalar resultante vale a = - g. Além disso, devido ao movimento
sempre descendente, esse eixo sempre mede velocidades menores ou iguais a zero da partícula.

Considere que a partícula, após percorrer a altura h, atinja o solo após um


g tempo t e com velocidade v. Como o movimento é uniformemente variado, pela
equação de Torricelli:

v, = Vq + 2aAs => (-v)2 = 0-2.g(0-h) => v2 = 2gh

Pela equação horária da velocidade no MUV:

f : vf = v0 + at v = o - gt => v = - gt

Pela equação horária do espaço do MUV:

at2 => O = h + O.t--^ h^


y yo + vot+—
2 2

Logo, o tempo que a partícula demora para atingir o solo vale:

86
ELEMENTOS DA FÍSICA

LANÇAMENTO VERTICAL DESCENDENTE


Em um lançamento vertical descendente a partícula é lançada para baixo, com velocidade
inicial na direção vertical e diferente de zero. Mais uma vez será adotado um referencial
unidimensional y, com direção vertical e orientado de baixo para cima, com a origem coincidindo
com o solo. Este eixo mede aceleração escalar negativa (a = - g) e velocidades escalares
também negativas em qualquer ponto da trajetória.

♦y Considere que a partícula, após percorrer a altura h, atinja o solo após


um tempo t e com velocidade v. Como o movimento é uniformemente variado,
pela equação de Torricelli:

v2 = v§ + 2aAs => (-v)2 =(-v0)2+2(-g)(0-h) v2 =Vg+2gh

Pela equação horária da velocidade no MUV:

vf = v0 + at - v = - v0 - gt => v = v0 + gt

Pela equação horária do espaço do MUV:

at2 O = h-vo.t-^- h = vot + ^-


y = yo + vot+—

LANÇAMENTO VERTICAL ASCENDENTE

Um lançamento é classificado como vertical ascendente quando a partícula é lançada com


velocidade vetorial vertical, com orientação de baixo para cima. Mais uma vez será adotado um
eixo vertical y, orientado de baixo para cima e com origem no solo. Esse eixo mede que a
aceleração escalar da partícula vale a = - g. A partícula, que é lançada com uma velocidade v0
desde uma altura inicial h0, vai subir até atingir uma altura hma)I e depois descer até atingir o solo.
Pode-se dividir o movimento em dois, um de subida (desde o instante do lançamento até atingir a
altura máxima) e outro de descida (desde a altura máxima até atingir o solo). Sejam ts o tempo de
subida e td o tempo de descida da partícula. O tempo total tT que a partícula leva, desde o instante
do lançamento, para atingir o solo vale tT = ts + U

Aplicando a equação de Torricelli no movimento de subida:


fy
Ô ■' hmax v2 = Vq + 2aAs 0 = Vq+2(-g)(hmax -h0) V0 =2g(hmax -h0)

Aplicando agora a equação de Torricelli no movimento de descida:

v2 = Vq + 2aAs (-v)2 =0 + 2(-g)(0-hmax) => v2=2ghmax

Equação horária da velocidade no MUV para o movimento de subida:

vf = Vo + at => 0 = v0 - gts => v0 = gts

Escrevendo agora a equação horária da velocidade no MUV para o


movimento de descida:

v( = Vo + at => - v = 0 - gtd => v = gtd

87
-■ • • ...

ELEMENTOS DA FÍSICA

Pode-se escrever a equação horária da velocidade para todo o movimento:

vf = v0 + at => - v = v0 - gtT => v = - v0 + gtT

Perceba que essa última expressão poderia ser obtida somando as equações horárias da
velocidade na subida e na descida.

Pela equação horária do espaço do MUV para o movimento de subida:

at2 = h0+v0.ts-^
y = yo + vot+— hmax

Pela equação horária do espaço do MUV para o movimento de descida:

at2 gtd
y = yo+vot+^- 0 hmax hmax
2

Escrevendo a equação horária do espaço para todo o movimento:

at2 gt?
y = yo + vot+— => O = ho+vo.tT-Y

Observações:

1) Se h0 = 0 (lançamento do solo) tem-se automaticamente que ts = td = tT/2.

2) Como a velocidade no instante de altura máxima é nula, o movimento de descida é uma queda
livre.

3) No movimento de descida, o tempo que a partícula demora para atingir a altura h0, em relação
ao solo, é igual a ts.

4) Como a aceleração do movimento é sempre a mesma, nas mesmas alturas a partícula


apresenta os mesmos módulos de velocidade. Assim, se durante o movimento de subida a
velocidade da partícula seja v4 para uma determinada altura h, (h0 < h! < hmax), no movimento de
descida, na mesma altura h1t a velocidade será -vt. Deste modo, a velocidade da partícula no
instante em que passa, na descida, pela altura h0, vale -v0.

MMM

88
ELEMENTOS DA FÍSICA

LANÇAMENTO HORIZONTAL

Um lançamento é denominado de horizontal quando uma partícula é lançada com


velocidade horizontal a uma altura h do solo. A partícula executará um movimento bidimensional
até atingir o solo. Portanto, é necessário lançar mão de um referencial bidimensional para medir
as posições da trajetória da partícula. Serão adotados dois eixos, um horizontal x e outro vertical y.
O ponto de lançamento pertencerá ao eixo y, em um ponto de ordenada y = h0. A origem do
referencial estará no solo, exatamente na interseção do eixo y com o solo. Como a única
aceleração existente é a aceleração da gravidade, que é um vetor com direção vertical e sentido
de cima para baixo, tem-se ax = 0 e ay = - g. Assim, a projeção do movimento no eixo x é um
movimento uniforme, enquanto que a projeção do movimento no eixo y é um movimento
uniformemente variado. Devido à ausência de aceleração no eixo x, a componente da velocidade
no eixo x é constante e igual à velocidade de lançamento: vx = v0.
Para efeito de cálculo, adote que a partícula é lançada desde uma altura h0 com uma
velocidade, suposta horizontal, v0 e demore um tempo de descida t^ até atingir o solo. A distância
entre a projeção no solo do ponto de lançamento (no nosso referencial coincide com a origem) e o
ponto onde a partícula encontra o solo é denominada de alcance do lançamento, sendo
simbolizada por A.
Como a projeção do movimento no eixo
y “
x é um movimento uniforme:

Vo Vx = V0
ho

/O
X= 6 +vxt X = vot

g Como a projeção do movimento no eixo


x é um movimento uniformemente variado:

ay = - g

✓o
0 X Vy=> >y + ayt => vy = -gt
—►

y = yOy+><< 1 't.ül
/O

2
y=ho-^-

Quando a partícula atinge o solo tem-se t = td, x = Aey = 0. Assim, o alcance e a altura do
movimento valem:

gtd
A = V0td h0
2

Eliminando a variável tempo nas equações horárias do espaço nos eixos x e y:

z >.2
t=A _9 2L y = h0 _^23(2 > Para 0 < x < A
vo
y = h0
2UJ
Esta última expressão é a equação da trajetória executada pela partícula, que é um arco
de parábola, restrito aos instantes em que a partícula está no ar, por isso a restrição 0 < x < A.

89
ELEMENTOS DA FÍSICA

Velocidade em um Lançamento Horizontal

y “

Vo
ho

Como ocorre em todo movimento não retilíneo, a velocidade resultante, que é tangente à
trajetória na posição da partícula, pode ser decomposta em duas componente retangulares, aqui
designadas de vx e vy. Portanto, segue que vR = vx + vy.

Como já foi exposto, a componente horizontal da velocidade de uma partícula durante um


lançamento horizontal é constante e igual à velocidade v0 de lançamento, enquanto que a
componente vertical vale vy = - gt. Assim, o módulo da velocidade resultante, em um instante
qualquer t do movimento vale:

V^ = Vx+V^ vR = vo+(~gt)2

Observando a expressão da velocidade resultante pode-se concluir que vR é crescente


com relação ao tempo, ou seja, o menor valor de vR ocorre para t = 0 e o maior valor de vR ocorre
para t = U O ângulo que vR e a horizontal é variável e pode ser calculado pela relação:

|V„ | gt
tge = ^ => tg0
vo

Como tg 0 é diretamente proporcional a t, pode-se tecer as seguintes observações sobre o


ângulo 0 que vR forma com a horizontal:

1) 0 = 0 se e somente t = 0. Em qualquer outro instante 0 não é nulo;

2) O valor máximo de 0 ocorre para o instante em que a partícula choca-se com o solo.

90
í .
ELEMENTOS DA FÍSICA

LANÇAMENTO OBLÍQUO

Um lançamento é classificado como oblíquo quando uma partícula é arremessada com um


vetor velocidade que forma um ângulo 0 com a horizontal tal que 0 < 0 < 90°. Como será
demonstrado posteriormente, a partícula executará uma trajetória parabólica até atingir o solo.

y “

r
vx

Vy
y hmax

o x
—>

Analogamente ao caso do lançamento horizontal, é necessário adotar um referencial


bidimensional para medir as posições da trajetória da partícula, formado por um eixo horizontal x e
outro eixo vertical y. É padrão coincidir o ponto de lançamento com a origem do referencial.
Considere que a partícula é lançada com uma velocidade v0, que forma um ângulo 0 com a
horizontal, e demora um tempo total tT até atingir o solo. A distância entre o ponto de lançamento
e o ponto onde a partícula reencontra o solo é denominada de alcance do lançamento, sendo
simbolizada por A. A altura máxima, em relação ao solo, da trajetória é denominada de hmax e
ocorre para um x que é ponto médio entre as posições de lançamento e de choque no solo. Por
simetria, desde o lançamento, a partícula atingirá a altura máxima em um certo tempo de subida t,
que é igual ao tempo de descida ta que a partícula leva para ir desde a altura máxima até colidir
com o solo:

= *T
ts=td
2

Para uma melhor análise do movimento, é interessante estudar separadamente as


projeções dos movimentos nos eixos x e y.

i) eixo x:
Desde que a única aceleração existente é a aceleração da gravidade, que é um vetor com
direção vertical, tem-se ax = 0. Portanto, a projeção do movimento no eixo x é um movimento
uniforme, cuja velocidade é constante e igual à componente x da velocidade de lançamento:

Vx = Vq.COS 0

A equação horária do espaço no eixo x vale:

X = Vo-COS 0.t

91
ELEMENTOS DA FÍSICA
•f
ii) eixo y:
Como a única aceleração atuante na partícula é a gravidade, segue que ay = - g. Logo, a
projeção do movimento no eixo y é um movimento uniformemente variado, mais especificamente
um lançamento vertical ascendente, com velocidade de lançamento igual a vOy = vosen 0.

Além disso, a partícula apresentará o mesmo módulo de velocidade vertical quando passa
na mesma altura na subida e na descida. Assim, se ao passar por um altura h (0 < h < hmax) na
subido a componente y da velocidade é vy , ao passar pela mesma altura na descida a
componente y da velocidade é -vy.

A equação horária da velocidade é:

Vy = vOy + ayt => vy = vosen 6 - gt

A equação horária do espaço no eixo y vale:

✓0
♦ avt2 gt2
y= >y + vOyt + -^~ => y = vosen0t-^-

Tempo total de movimento de um lançamento oblíquo

Sabe-se que a partícula atinge a altura máxima quando vy = 0. Assim, o tempo de subida
(tempo que leva a partícula desde o lançamento até o ponto de altura máxima) vale:

v0 sen0
vy = vosen 0 - gt => 0 = vosen 0 - gts => vosen 0 = gts => t. =
g

Como a trajetória da partícula é simétrica em relação a um eixo vertical que passa pelo
ponto de altura máxima, segue que o tempo de descida é igual ao tempo de subida:

v0 sen0
td=ts
g

Assim, o tempo total de movimento (tempo que a partícula demora para atingir o solo) é
igual a soma do tempo de subida com o tempo de descida:

,T.td + t..5^

Altura máxima de um lançamento oblíquo

A altura máxima de um lançamento oblíquo é a coordenada y da trajetória quando o tempo


. . . . . ., , vosen0
de movimento e igual ao tempo subida t = ------ - :
g

= vosen0t8-^- v2 sen2 0 Vq sen2 0


hmax hmax _
g 2g
vosen0 gívosen0a2 v2 sen2 0
hmax v0 sen0 hmax
~1 2 9 29

92
■MK -ELEMENTOS DA FÍSICA

Alcance de um lançamento oblíquo

O alcance A de um lançamento oblíquo é a distância horizontal entre o ponto de


lançamento e o ponto onde a partícula atinge o solo. Caso a partícula seja lançada do solo, que
ocorre na maioria dos casos, o alcance é igual à posição x no instante do tempo total do
movimento, t = tT.

2v0 sen0 A Vp(2.sen0.cos0) Vp sen 20


A = VqCOS 0tT => A = v0 cos 6 A=
g g g

Alcance Máximo

Pela expressão do alcance, pode-se concluir que fixando v0 e variando 0 obtém-se valores
distintos do alcance. Um problema clássico consiste em determinar o valor de 0 de modo que o
alcance seja máximo. Este problema possui muitas aplicações práticas, como o lançamento de
um artefato militar ou o salto de um atleta de salto em distância.
Vp sen 20
Como A = , fixando v0, tem-se que o alcance máximo ocorre para o maior valor
g
possível de sen 20, que é 1:

sen 20 = 1 20 = 90° => 0 = 45°

Neste caso, o alcance máximo vale Amax y?


g

Ângulos de lançamento para alcances iguais

Suponha que uma partícula vai ser lançada em diversos ângulos de lançamento, sempre
com a mesma velocidade de lançamento v0. O objetivo é encontrar a relação entre dois destes
ângulos de lançamento (digamos a e p, com a * P), de modo que os respectivos alcances sejam
iguais.

y-
g

*0 Z

,a X
O

♦ A >

v§ sen2a _ Vp sen2p
A! = A2 => => sen 2a = sen 2p
g ~ g

Como a * p, a única possibilidade é que a soma dos arcos seja igual a 180°:

2a + 2p = 180° => a+P = 90°

Assim, caso a velocidade de lançamento seja a mesma, sempre que a soma dos ângulos
de lançamento seja 90°, o alcance destes dois lançamentos será o mesmo.

93
ELEMENTOS DA FÍSICA
T

Velocidade em um lançamento oblíquo

Do que já foi exposto sobre o lançamento oblíquo abe-se que a projeção do movimento no
eixo x é um MU e no eixo y é um MUV. Assim, as equações horárias das velocidades em cada
eixo são:

vx = Vq.cos 0 e vy = v0.sen 0 - g.t

A figura abaixo apresenta algumas configurações do vetor velocidade da partícula ao longo


de sua trajetória. Note que a componente x da velocidade é constante: vx = v0.cos 9. Por outro
lado, a componente y da velocidade varia com o tempo, de modo que para 0 < t < ts o sentido de
vy é de baixo para cima e seu módulo vai linearmente diminuindo. Para ts < t < t-r o sentido de vy é
de cima para baixo e seu módulo aumenta linearmente. Para t = ts o valor de vy é nulo. Nesse
instante ocorre a mudança do sinal de vy.

y “

g
V
v.
>•
r
hmax

O x
ÍL —►

O módulo do vetor velocidade da partícula é dado por:

IVR 1= 7(vo.cos0)2 +(vo.sen0-gt)2

Sabe-se que o vetor velocidade resultante é tangente à curva na posição da partícula,


conforme pode ser observado na figura. Assim, se a é o ângulo formado por vR e a direção
horizontal, segue que:

t |Vy| |vy|
tga = -JÍ- sena =—— e cosa=JI—
Vx I
|vxl’ |vR I |vRl
Em outros termos:

|vo.senO-gt|
tga
vo.cos0
| vo.sen0-gt|______
sena =
■^(Vq.cosO)2 +(vo.sen0-gt)2
vn.cos0
cos a = ----- ■ M -
^(Vq.cosO)2 +(vo.sen0-gt)2

94
ELEMENTOS DA FÍSICA

Observações:

1) Somente no ponto de altura máxima tem-se vy = 0. Neste ponto vR = vx = v0.cos 0;

2) Como a trajetória parabólica da partícula é simétrica em relação ao um eixo vertical que passa
pela posição de altura máxima, a partícula apresenta mesmo módulo de vy para a mesma altura h
na subida e da descida. Assim, se em um altura h na subida a velocidade em y é vy, na mesma
altura h na descida a velocidade no eixo y será - vy;

3) Como vx é constante, uma consequência da propriedade anterior é que a partícula apresenta


mesmo módulo de velocidade nas mesmas alturas. Assim, se na subida a partícula tiver um
módulo de velocidade | vR | em uma altura h, na descida, na mesma altura h, o módulo da
velocidade também valerá | vR |;

4) No instante em que a partícula choca-se com o solo o ângulo formado entre vR e a direção
horizontal é igual ao ângulo de lançamento 0. Isto é mais um consequência da trajetória
parabólica da partícula ser simétrica em relação ao um eixo vertical que passa pela posição de
altura máxima;

5) Desde o instante do lançamento até o ponto de altura máxima o ângulo a formado entre vR e a
direção horizontal vai diminuindo, desde 0 (ângulo de lançamento) até 0. A partir do ponto de
altura máxima o ângulo a vai aumentando desde 0 até 0;

Equação da trajetória de um lançamento oblíquo

Perceba que as equações horárias, nos eixos x e y, relacionam as coordenadas da


partícula com o tempo t. Porém, nenhuma dessas expressões horárias representam exatamente a
trajetória da partícula. A trajetória de uma partícula é caracterizada quando determina-se uma
expressão que relacione as coordenadas x e y, sendo que nesta expressão, além de x e y,
apareçam apenas constantes, como a velocidade de lançamento v0, o ângulo de lançamento 0 ou
a aceleração da gravidade g.
Isolando a variável tempo na equação horária do espaço no eixo x:

X = Vq.COS O.t => t = —-—


vo COS 0

Substituindo essa expressão na equação horária do espaço no eixo y:

2
x
g
x vo COS 0
y = v0 sen 0t - => y = ^sen0
COS0, 2
g x2, para 0 < x < A
y = (tgO)x-
2Vq cos2 0

Note que esta última expressão relaciona as coordenadas x e y da partícula em função


apenas de constantes relacionas ao lançamento. Assim, pode-se afirmar que esta última
expressão é a equação da trajetória executada pela partícula. Do ponto de vista matemático, esta
trajetória é um arco de parábola, limitada aos instantes em que a partícula está no ar, por isso a
Vg sen 20
restrição 0 < x <
g

95
ELEMENTOS DA FÍSICA

PARÁBOLA DE SEGURANÇA

Considere que uma partícula pode ser lançada, sempre com a mesma velocidade v0, com
um ângulo 0 de lançamento variável, de modo que 0 < 0 < 180°. Deste modo, a partícula passará
por uma infinidade de pontos do plano xy. Por exemplo, ao longo do eixo x todos os pontos tais
Vn Vn
que x < lAmaxI, equivalente a —-<x<— , podem ser atingidos. No eixo y todos os pontos
g g
inferiores ao ponto de altura máxima de um lançamento com 0 = 90° também podem ser atingidos
Vn
pela partícula: 0 < y < —. O objetivo agora é determinar todos os pontos do plano xy que podem
2g
ser atingidos pela partícula. Essa região é delimitada pelo eixo x e por uma curva que é tangente a
todas parábolas obtidas variando o ângulo de lançamento desde 0 até 180°, mantendo constante
a velocidade de lançamento v0. A figura abaixo mostra um esboço da região que reúne todos os
pontos do plano xy que podem ser atingidos pela partícula.

x
< >

A equação da trajetória pode ser escrita como uma equação de segundo grau em tg 0:

g g(1 + tg2x)x2 tg20_í±Yo\g0 + 1 + ^^-


2v§y = O
y = (tg0)x- X2 y = (tg0)x-
2Vq cos2 0 2Vq l gx ) gx2

Esta última expressão determina o ângulo 0 que a partícula deve ser lançada para atingir o
ponto (x, y). Como toda equação de segundo grau, deve-se analisar seu discriminante.

1) 1° caso: A > 0
Se A > 0 a equação terá duas soluções distintas, digamos tg a e tg p (a # p). Assim,
existem dois ângulos distintos para os quais o ponto (x, y) será atingido pela partícula.
Graficamente, o ponto é interno à região dos pontos que podem ser atingidos pela partícula, como
o ponto P2 na figura anterior. Essa região recebe o nome de zona de risco.

2) 2a caso: A = 0
Se A = 0, a equação fornecerá um único ângulo de lançamento sob o qual o ponto (x, y)
será atingido pela partícula. Graficamente, o ponto está sobre a curva que delimita a zona de risco,
como por exemplo o ponto P3 na figura anterior.

3) 3° caso: A < 0
Se A < 0, a equação não possui solução, ou seja, não existe ângulo de lançamento 0 que
faça a trajetória da partícula passar pelo ponto (x, y). Para atingi-lo, seria necessário aumentar a
velocidade de lançamento v0. Graficamente, A < 0 significa que o ponto é externo à zona de risco,
como por exemplo o ponto Pi da figura. Esta região formada pelos pontos que não podem ser
atingidos pela partícula denomina-se zona de segurança.

96
ELEMENTOS DA FÍSICA

Desta forma, para determinar a equação da curva que delimita a divisão dos pontos do
plano entre zona de risco e zona de segurança deve-se impor que o discriminante da equação

tg2 0 - tg 0 +1 + = 0 seja igual a zero:


l gx J gx2

2 z
2Vp 2vg.y = 0 v2 a
A = 0 => b2 - 4ac = 0 => -4 1 + y = —--s-x2, para x> 0
gx g.x2 2g 2v2

Esta equação representa um arco de parábola, limitada aos valores de x positivos, que
recebe o nome de parábola de segurança, exatamente por delimitar a região de segurança do
plano, formada pelos pontos que não podem ser atingidos pela partícula, independentemente do
ângulo 0 de lançamento.

4y
zona de segurança
parábola de segurança
v_y°—g_x2
X“2g 2vf
zona de risco

->
X

Propriedade

Uma propriedade interessante da parábola de segurança consiste no lugar geométrico dos


vértices de todas as parábolas obtidas ao lançar uma partícula com velocidade constante v0 e
fazendo variar o ângulo de lançamento 0 de modo que 0 < 0 < 180°. Sabe-se que a equação da

trajetória da partícula é y = (tg0)x- g x2 , cujo vértice é o ponto V de coordenadas xv =


2v§ cos2 0
v2 v2
— sen20 ey,= —sen2 0. Como 2sen2 0 = 1- cos 20 segue que
2g 2g

2g.xv 4g-yv
sen20 e cos20 = 1-
' v2 V?

x2 (yv -k)):2 Vn
Como sen2 20 + cos2 20 = 1 tem-se que
1
— ^- +
Al. Z
— = 1, onde k = — , que é a
4k2 b2 4g
equação de uma elipse centrada em (0, 0) e com semi-eixos iguais a 2b e b.
y(m)

X x(m'

97
ELEMENTOS DA FÍSICA
r
Ângulo para alcance máximo (lançamento e colisão em alturas diferentes)

A parábola de segurança é muito útil para resolver problemas de máximos e mínimos


envolvendo lançamentos. Por exemplo, pode-se determinar o ângulo de lançamento para um
alcance máximo quando a partícula é lançada de uma altura H acima do solo, com uma
velocidade v0, como ilustrado na figura abaixo.

y “

yi
2g

imagem fora de escala

,V0

\y?
/\0 . \9
O X

-H
X Amax
solo

Pela própria definição de parábola de segurança, o alcance máximo ocorre exatamente na


interseção da parábola de segurança com o chão. Existe uma parábola (que é a trajetória da
partícula) que é tangente à parábola de segurança no ponto de interseção da parábola de
segurança com o solo. O desafio agora é encontrar esse ponto. Para tanto, basta substituir na
fórmula da parábola de segurança y = - H:

_h = 2Í_JLx* X =
2g 2Vq

Como a origem do sistema foi admitido no ponto de lançamento, o alcance máximo


coincide com a posição x calculada acima. Assim:

Amax =

Ainda falta determinar o ângulo de lançamento da partícula para esse alcance máximo.
Uma possibilidade é substituir na equação da trajetória (em função de tg 0) as coordenadas do
ponto onde a parábola de segurança encontra o solo e observar que, neste caso, o discriminante

98
ELEMENTOS DA FÍSICA

da equação é nulo (pois o ponto pertence à parábola de segurança), ou seja, a equação possui
raiz dupla, cujo valor coincide com a ordenada do vértice da parábola, na variável tg 0.

2yj
tg2 0 - í tg 0 +1 + 2v°2y b gx Vp 1 vq g vo
0 => tg 0 = -
l gx ) gx2 2a 2 g x g v0>/vã+2gH •7vo+2gH

Logo, para um alcance máximo, o ângulo de lançamento deve ser arc tg ■ ■. V° .


Vvo+2gH
Calculando o valor de tg 20:

2 v0 2v0
2tgO 7vg+2gH = 7vo + 2gH = Vp^vg +2gH
tg20 =
1-tg20” Vp 2gH gH
’ - "
Vo+2gH vp + 2gH

Note, na figura, o ângulo a, formado, com a horizontal, pelo segmento que liga a origem ao
ponto de colisão da partícula com o chão. A cotangente deste ângulo vale:

Vqa/vq +2gH
cotg a = tg (90° - a) = A™x =
H gH

Deste modo, segue que:

tg 20 = tg (90° - a) => 20 = 90° - a 0 = 45°--


2

Definindo o ângulo p como sendo p = 0 + a, tem-se que:

P = 45°-- + a 45°+—
2 2

Observe que este é o mesmo ângulo formado pelo vetor velocidade e a direção vertical.
Assim, para fazer um lançamento com alcance máximo, de um ponto acima do solo, basta lançar
a partícula na direção da bissetriz do ângulo formado entre o eixo y e o segmento de reta que liga
a origem O ao ponto onde a parábola de segurança intersecta o solo.

y“

* o

90°-a
H

r 99
ELEMENTOS DA FÍSICA

Uma outra situação análoga a esta é o lançamento de uma partícula sobre um plano
inclinado, de inclinação a com relação à direção horizontal. Pela definição de parábola de
segurança, o alcance máximo ocorre quando a partícula se choca com o plano inclinado no
mesmo ponto onde a parábola de segurança intersecta o plano inclinado. Neste ponto, a trajetória
parabólica da partícula é tangente à parábola de segurança. A partícula seguirá essa trajetória
que resulta em um alcance máximo quando for lançado de modo que v0 esteja sobre a bissetriz
do ângulo formado pelo plano inclinado e a direção vertical, no ponto de lançamento, como
indicado na figura abaixo:

0 = 45°--.
2
y "

parábola de
-..segurança

plano
trajetória da inclinado
partícula,-''

Vo /
tf/
Xp
a
—►
O X

A demonstração desse resultado fica como exercício, mas é praticamente idêntica à


demonstração do alcance máximo para lançamentos de uma altura acima do solo. É suficiente
determinar o ponto de interseção da parábola de segurança com o plano inclinado e depois
substituir as coordenadas deste ponto na equação da trajetória em função de tg 0, determinando
assim o valor de tg 0 e depois encontrando a relação de tg 20 com o ângulo a.

Observações:

1) A expressão do ângulo de lançamento encontrado para alcance máximo, tanto para lançamento
de uma altura acima do solo quanto para lançamento sobre um plano inclinado, 0 = 45°—^,

concorda com o resultado encontrado para ângulo de lançamento para alcance máximo com
lançamento no solo, uma vez que para a = 0 tem-se 0 = 45°.

2) Caso a partícula seja lançada para baixo do plano inclinado em vez de lançar para cima, como
foi apresentado anteriormente, o ângulo de lançamento, com relação à horizontal, para alcance
máximo é o mesmo, ou seja, 0 = 45°--^, onde a é o ângulo de inclinação do plano inclinado.

100
ELEMENTOS DA FÍSICA

Velocidade Mínima de Lançamento

Outra aplicação clássica de parábola de segurança consiste em determinar a velocidade


mínima de lançamento para atingir determinado ponto do plano. Observando a expressão da

parábola de segurança y -°-—^~-x2 , é possível concluir que para cada velocidade de


2g 2v2
lançamento v0 tem-se uma diferente parábola e para cada parábola de segurança existe uma
diferente velocidade de lançamento. Quanto maior o valor de v0, mais abrangente será a parábola
de segurança.

4y
V3 V3 > V2 > V1

V2

V1

—►
X

Desta forma, a menor velocidade de lançamento v0 para atingir um determinado ponto


P(xP, yP) é o valor de v0 de modo que a parábola de segurança y = ^-—=Çx2 passe pelo ponto

P(xp, yP):

V -íl—S-x2 Vo-2gyPv2-g2x2 =0 => v0 = ±7g(yP ±7yp+xp )


yp 2g

Como Vo > 0 e yp < 7yP + xP , deve-se escolher + nos dois sinais ±. Assim, a menor
velocidade de lançamento para que a partícula passe por um determinado ponto P(xP, yP) do
plano é v0=A/g(yp+7yP+xP).

-y

P(xr, yP)

parábola de segurança para


\vo = 7g(yp+7yp + x?)

101
^ ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) Um balão sobe verticalmente com movimento uniforme e 5 s após ele abandonar o solo, seu
piloto abandona uma pedra que atinge o solo 7 s após a partida do balão. Determinar:
a) a altura onde foi abandonada a pedra;
b) a velocidade de ascensão do balão;
c) a altura em que se encontra o balão no instante em que a pedra atinge o solo.
Dado: g = 9,8 m/s2
Solução:
a) Suponha que a pedra é abandonada a uma altura h do solo. Além disso,
seja v0 a velocidade do balão, suposta constante, que é a mesma
velocidade com que a pedra é lançada.
A equação horária do balão é: yb = v0.t => h = 5v0

Ji
á '
H
I
A equação horária do movimento da pedra é:
yP = yo + vot-^- => yp = h+v0t-4,9t2

h Quando a pedra atinge o solo, yp = 0 e t = 2 s:

0 = h +—2-(4,9)(4) => — = 19,6 => h = 14m


5 5
b) 5v0 = h = 14 => v0 = 2,8 m/s
c) Contando o tempo a partir do instante em que a pedra é abandonada, a equação horária da
posição do balão é: yb(t) = h + vot => yb(t) = 14 + 2,8t
Para t = 2 s, a altura do balão é: yb(2) = 14 + (2,8)(2) = 14 + 5,6 = 19,6 m

ER2) Um método possível para medir a aceleração da gravidade g consiste em lançar uma
bolinha para cima em um tubo onde se fez vácuo e medir, com precisão, os instantes tí e t2 de
passagem (na subida e na descida, respectivamente) por uma altura h conhecida, a partir do
.... 2h
instante de lançamento. Mostre que g = —
ttt2
Solução:
Pela simetria que existe em todo lançamento vertical, o tempo que a bolinha
demora para percorrer a distância h na subida é igual ao tempo que demora
para a bolinha percorrer a mesma altura h na descida. Assim, pode-se
: ■
afirmar que o tempo total que a bolinha leva para voltar à posição de
lançamento é h + t2. Logo, analisando o movimento de descida (queda livre),

H o tempo de descida da bolinha é .

‘4 ^-t2 H gfti + t2
2
=> H = f(t?+2t1t2+t2)
2 2 I o
h Analisando agora o movimento da bolinha desde o ponto de altura máxima
até passar pela altura H - h:
x2 2
H_h=9|k^ H-h = ^fi—Í1 => H-h = J(t2-2t1t2+t2)
2 2 2 2 I o

Substituindo uma equação da outra:


| (t? + 2t,t2 +t2) - h = | (t2 - 2t,t2 +t2) f(t2+2t1t2+t2-t2+2t1t2-t2) = h
o o8 O
^=h => g = -^
g
2 ttt2

nmmmmmmm

102
.....ELEMENTOS DA FÍSICA

ER3) (IME-88) Um elevador parte do repouso e sobe com aceleração constante igual a 2 m/s2 em
relação a um observador fixo, localizado fora do elevador. Quando sua velocidade atinge o valor v
= 6 m/s, uma pessoa que está dentro do elevador larga um pacote de uma altura h = 2,16 m, em
relação ao piso do elevador. Considerando que o elevador continue em seu movimento acelerado
ascendente, determine para o observador fixo e para o localizado no interior do elevador:
a) o tempo de queda;
b) o espaço total percorrido pelo pacote até que este encontre o piso do elevador.
Obs: considere g = 10 m/s2.
Solução:
a) Será adotado um referencial unidimensional y, com direção
vertical, sentido de baixo para cima e origem na posição do piso
♦ o quando o pacote é solto. Este referencial é considerado um
observador fixo, ou seja, está parado com relação ao prédio onde
está localizado o elevador.
Equação horária do espaço do piso do elevador:
2,16 m ye(t) = v0t + -^- = 6t + t2

ILi
t2 = 0,36 => t = 0,6s
Equação horária do espaço do pacote:
yP(t) = yop+vot + ^- = 2,16 + 6t-5t2

ye(t) = yP(t) => 6t + t2 = 2,16 + 6t — õt2 6^ = 2,16 =>

b) Em relação ao referencial y (observador parado):


Ayp(t) = 6t - õt2 => Ayp(0,6) = 6.0,6 - 5.0,36 = 1,8 m
Em relação ao observador localizado no interior do elevador, o pacote percorre a altura em que é
abandonado:
Ay'p = 2,16 m

ER4) (ITA-80) Um corpo cai, em queda livre, de uma altura tal que durante o último segundo de
queda ele percorre 1/4 da altura total. Calcular o tempo de queda, supondo nula a velocidade
inicial do corpo.
1 2
( )A.t = ---------7= S ( ) B. t = s ( )C.t = == S
2-V3 2 -X 3
3
( ) d. t = s ( )E.t = s
2 - VT
Solução: Alternativa C
Sejam h a altura total da queda livre e t o tempo total de queda. Logo:

h=— (1)
2
t-1< ! 3h/4 Como o corpo percorre a distância h/4 no último segundo de movimento,
segue que a distância 3h/4 (contada desde o instante em que o corpo é
t{ abandonado) é percorrida em um tempo t - 1 s.
3h _ g(t —1)2 h 2g(t -1)22
2g(t-1) (D gt2 =2g(t-1)2
h=
4 2 3 2 3
! h/4 3t2 = 4(t2-2t+1) => 3t3 = 4t4Í2 - 8t + 4 => ^-81 + 4 = 0 =>
2 -8t
ó + t=
8 ± 764-4.1.4 8 ± 748 = 4 ±2^3 s
2“ 2
A única solução conveniente é a o do sinal +, uma que 4 - 273 < 1, que é um absurdo, pois o
tempo total de movimento é maior que 1.
2
Desta forma: t = 4 + 273 =2(2 + 73) = s
2-Vã

103
^ELEMENTOS DA FÍSICA

ER5) (ITA-06) À borda de um precipício de um certo planeta, no qual se pode desprezar a


resistência do ar, um astronauta mede o tempo t, que uma pedra leva para atingir o solo, após
deixada cair de uma altura H. A seguir, ele mede o tempo t2 que uma pedra também leva para
atingir o solo, após ser lançada para cima até uma altura h, como mostra a figura. Assinale a
expressão que dá a altura H.

I h

K t

tf tf h = t, t2 h 2 tf t2 h
a) H = 2^-tf)2 b) H c) H =
41-t?) (ti-tf)2
d) H = 4 2 h 4tf tf h
e) H =
W^fT (ti-‘f)2
Solução: Alternativa E
gtf gtf
Analisando as quedas livres: H = h= H+h= onde t2 = t3 +14
2 2
Portanto- t>= V2h+J2(H+h) t,(V^ + j2(H+h)

vg v g -Jg
*2 h tg__
ti H Jl
tj
tf
2t2
t. £ h . h
+ — = 1 +------ >
H H
tj 1 _ 2t2
tf ’ ’ t. £ tl-tf
t?
2t2
ti
4t?t^h
(tf-tf)
ER6) (Ciaba-16) Uma bola é lançada do topo de uma torre de 85 m de altura com uma velocidade
horizontal de 5,0 m/s (ver figura). A distancia horizontal D, em metros, entre a torre e o ponto onde
a bola atinge o barranco (plano inclinado), vale Dado: g = 10m/s2

X 5 m/s ' '

85 m

I 8
1

10 m
(a)15 (b)17 (c)20 (d)25 (e)28

104
ELEMENTOS DA FÍSICA

Solução: Alternativa A
Para resolver esta questão, é necessário transformá-la
vt em uma questão de geometria analítica, onde será
5 m/s
85 determinada a interseção de uma parábola (trajetória da
bola) com uma reta (superfície do barranco).
Com relação à trajetória da bola:
xx
Eixo x: x = vot => x = 5t => t = — (1)
5

Eixo y: y = y0 - 9Ü => y = 85-5t2 (2)


2
Substituindo (1) em (2):

y = 85-5 r£
xV x2
,9
-> => y = 85- — (3)
O 10 D X
Reta que define a inclinação do barranco:
y = mx + n, onde m é a inclinação da reta (m = tg 0 = 8) => y = 8x + n
Para determinar n basta substituir o ponto (10, 0) na equação da reta:
0 = 8.10 + n => n=-80 => y = 8x-80 (4)
x2 x2
Fazendo a interseção de (3) e (4): 85------ = 8x-80 => —+ 8x-165 = 0 =>
5 5
x2 + 40x-825 = 0 => (x - 15)(x + 55) = 0 => x = 15 m ou x = - 55 m (não convém)
Logo, D = 15 m

ER7) (AFA-09) Uma bola de basquete descreve a trajetória mostrada na figura após ser
arremessada por um jovem atleta que tenta bater um recorde de arremesso.

5,0 m
' I
À i-
2.0 m-

-, ■ - ■ •- - —rvr—rw

I----------- 7----------
A bola é lançada com uma velocidade de 10 m/s e, ao cair na cesta, sua componente horizontal
vale 6,0 m/s. Despreze a resistência do ar e considere g = 10 m/s2. Pode-se afirmar que a
distância horizontal (x) percorrida pela bola desde o lançamento até cair na cesta, em metros, vale
a) 3,0 b) 3,6 c) 4,8 d) 6,0
Solução: Alternativa D
y “
A origem dos sistema de coordenadas será colocado
no ponto de lançamento da bola.
Sabe-se que a componente horizontal da velocidade é
3 constante. Logo, na posição de lançamento:
vo=vx+voy => 1OO = 36+Voy => Voy = 8m/s
Componente y da equação horária do espaço:
y = v0yt-^- = 8t-5t2

Na posição da cesta tem-se y = 3 m:


■»

Vx x 8t - 5t2 = 3 => 5t2 — 8t + 3 = 0 => (t - 1)(5t—3) = 0 =>


X
t = 1 s (descida) ou t = 3/5 s (subida)
Componente x da equação horária do espaço: x = vxt => x = 6t
Para t=1s: x = 6.1 = 6 m

105
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER8) (ITA-11) Duas partículas idênticas, de mesma massa m, são projetadas de uma origem O
comum, num plano vertical, com velocidades iniciais de mesmo módulo v0 e ângulos de
lançamento respectivamente a e p em relação á horizontal.Considere T, e T2 os respectivos
tempos de alcance do ponto mais alto de cada trajetória e t, e t2 os respectivos tempos para as
partículas alcançar um ponto comum de ambas as trajetórias.Assinale a opção com o valor da
expressão hT, + t2T2.
a) 2^0 (tga + tgp)/g2 b) 2^^ c) 4v20 sena /g2
d) 4^0 senp /g2 e) 2^0 (sena + senp)/g2
Solução: Alternativa B
Como a projeção na vertical de um lançamento oblíquo é um lançamento vertical:
T = vosena e T = vosenp
1 g 2 g
Como a projeção na horizontal de um lançamento oblíquo é um MU:
x, = (vocos a)t e x2 = (v0cos p)t
No ponto comum:
i) x, = x2 => cos a.t, = cos p.t2
g(tT -12 )(t, +12)
ii) y, = y2 (vosena)t, = (v0senp)t2 v0(sena.t, -senp.t2) =>
2
senp. cos a gt2 (cosp-cosa)(cosp + cosa)
vot, sena -
cosp 2 cos2 p
a-p a+P a+P a~p
sena.cosp-senp.cosa') gt2 2 cos----- - cos------- ,2sen----- - sen----- -
2_______ 2_________ 2_______ 2
Vo4,
cosp 2 COS2 P
2v0 cosp 2v0 cosa
2v0sen(a - P)cos p = gtisen(a - p)sen(a + p) => = => t2
gsen(a + p) gsen(a + P)
Deste modo:
2v0cosp vosena 2v0cosa vosenp _o.
sen< cosa 2v2
t-|Ti + t2T2 -
gsen(a + p) g gsen(a + p) g g2 g2

ER9) (IME-94) Um míssil viajando paralelamente à superfície da terra com uma velocidade de 180
m/s, passa sobre um canhão à altura de 4800 m no exato momento em que seu combustível
acaba. Neste instante, o canhão dispara a 45° e atinge o míssil. O canhão está no topo de uma
colina de 300 m de altura. Sabendo-se que a aceleração local da gravidade g = 10 m/s2,
determine a altura da posição de encontro do míssil com a bala do canhão, em relação ao solo.
Despreze a resistência do ar.
4
i
I
I zZ
l Z. 4S°
480-3 m
'i

I 200
1'
✓//// 77777
SOLO
Solução:
A componente horizontal da velocidade da bala deve ser igual à velocidade do míssil.
/2
Vm = vbaia.cos 45° => 180 = vbala.— => vbala = 180>/2 m/s

Equação horária da componente vertical da posição do míssil:


ym(t) = yOm - gtz/2 => ym(t) = 4800 - st2
Equação horária da componente vertical da posição da bala:

106
k-..............
ELEMENTOS DA FÍSICA

ybaia(t) = yOb + Vba,a.cos 45°t - gt2^ => ybaia(t) = 300 + 180t - St2
Mo momento do encontro: ym(t) = ybaia(t) => 4800 - õt2 = 300 + 180t - õt2 => t = 25 s
Logo: y(25) = 4800 - 5(25)2 = 1675 m

ER10) (IME-82) Um motociclista movimenta sua motocicleta e sobe a rampa de inclinação 0 da


figura. Determine em função de g, 0, H e D, o menor valor da velocidade que o motociclista deve
ter em A para chegar à superfície plana em B. Considere o conjunto motociclista-motocicleta
como uma única partícula e despreze a resistência do ar.
m----- d------ >i
i i
A.
B -------------
e

água

Solução:
D
Na horizontal tem-se: D = vA.cos 0.t => t
vA COS0
,, vA.sen0.D gD2
Na vertical: y vA.sen0.t- — -H = —- -----------
A 2 VA.COS0 2vA cos2 0
gD2 1 gp2 1 1 2 cos2 0(H + D.tg0)
-H = D.tgO- => H + D.tg0 =
2cos20 v2 2cos20 vA gõ2
D g
Va " cos0^2(H + D.tg0)

ER11) (IME-98) Um pequeno cesto é preso em uma haste que o faz girar no sentido horário com
velocidade constante. Um carrinho, com velocidade de 1,5 m/s, traz consigo um brinquedo que
arremessa bolinhas na vertical para cima com velocidade de 5,5 m/s. Quando o carrinho está a
uma distância de 2 m do eixo onde a haste é presa, uma bolinha é lançada. Nesse instante, o
cesto está na posição mais baixa da trajetória (posição A), que é a altura do chão e a do
lançamento da bolinha. A bolinha é arremessada e entra, por cima, no cesto quando este está na
posição B indicada na figura. Determine o vetor velocidade da bolinha ao entrar no cesto;
Dado: g = 10 m/s2.
Cesto
B LI X
i
Carrinho Li
|«|
X
►I
2m
Solução:
Sejam r o comprimento da haste e t o tempo que o cesto leva para ir de A para B.
Considere que a origem dos sistema está no ponto de lançamento da bolinha, com o eixo x na
horizontal e o eixo y na vertical.
A equação horária da posição x da bolinha é: x = vx.t = 1,5t
Quando a bolinha entre no sexto tem-se x = 2 - r: 2 - r = 1,5t (1)
qt2 2
A equação horária da posição y da bolinha é: y = vOyt-^~ => y = 5,5t-5r
Quando a bolinha entra no cesto, tem-se que y = r: r = 5,5t - St2 (2)
Somando as equações (1) e (2):

107
ELEMENTOS DA FÍSICA

2 = 7t—5t2 => õt2 — 7t + 2 = 0 => (t- 1)(5t —2) = 0 => t = 1 s ou t = 0,4 s


Para t = 0,4 s a bolinha está subindo e para t = 1 s a bolinha está descendo, logo, para a situação
proposta, tem-se que t = 1 s.
A equação horária da componente y da velocidade vale:
Vy(t) = vOy-gt => vy(1) = 5,5 - 10.1 =- 4,5 m/s
Assim, o vetor velocidade no instante t = 1 s vale:
v<1)'(v,0).vy<1)> =• v(1) = (1,5, -4,5) m/s

ER12) É necessário lançar uma partícula sobre uma parede vertical de altura H que se encontra a
uma distância D do ponto de lançamento, em um local onde a aceleração da gravidade é g.

i9 nt
H
D

a) Qual a velocidade inicial mínima para que isto seja possível?


b) Sob qual ângulo 0 a partícula deve ser lançada com a velocidade do item anterior?
Solução:
yf Considere um referencial xOy com origem no ponto
de lançamento. Neste referencial, o ponto superior
H
da parede é P(D, H). Pela definição de parábola de
segurança, a menor velocidade de lançamento v0
parábola de para atingir o ponto P(D, H) é o valor de v0 de modo
\ segurança y2
que a parábola de segurança y = ~'-'^2x2 Passe
1
pelo ponto P(D, H):
D 7* H = -^_—D2 v<-2gHv§-g2D2=0
2g 2v2
v0 = +Jg(H ± 7d2 + H2)
Como v0 > 0 e H < ^D2 + H2 , deve-se escolher + nos dois sinais ±. Assim, a menor velocidade de

lançamento para que a partícula passe pelo ponto P(D, H) é v0 = AJg(H + A/D2 + H2 ) •
b) Para determinar o ângulo de lançamento da partícula basta substituir na equação da trajetória
(em função de tg 0) as coordenadas do ponto P(D, H) e a velocidade v0 determinada no item
anterior. Será determinada uma equação do 2o grau de tg 0 que possui raiz dupla, uma vez que P
pertence à parábola de segurança. Neste caso, o valor da raiz coincide com a ordenada do vértice
da parábola, na variável tg 0:
_2yi
2v§ gx Vp 1
=> tge.
=> tge -7
V gx J gx2 2a 2 g x
g(H + ^D2 + H2) H + Td2 + H2
t96 =-------- gõ-------- =-------- 5”

h + Vd2 + h2
Logo, para um alcance máximo, o ângulo de lançamento deve ser arc tg
D
Calculando o valor de tg 20:

108
BL...
ELEMENTOS DA FÍSICA

2(H + Vd2 +H2) H + Vd2 + H2


2tge ___________ D ________ ________ D D
tg2e =
1-tg2 9 1 H2 + 2HVD2 +H2 + D2 + H2 2(H2 +FK/d2+H2) H
D2 D2
Note, na figura, o ângulo a, formado, com a horizontal, pelo segmento que liga a origem ao ponto
superior da parede. A cotangente deste ângulo vale:
cotg a = tg (90° - a) =
n
Deste modo, segue que:
tg 29 = - tg (90° - a) => 29 = 180° - (90° - a) => 9 = 45°+^

ER13) Um engenheiro deverá projetar um poço onde serão realizados testes de explosão com
granadas. Para efeitos de segurança, os estilhaços das granadas não podem atingir a superfície
da Terra. Admita que a profundidade do poço é H, que a granada está localizada no centro do
poço e que todos os estilhaços são lançados com a mesma velocidade v0. Determine qual o valor
que o engenheiro vai projetar para o diâmetro D do poço de modo a satisfazer as condições de
segurança.

>
D
Solução:
y Jk

H Para cumprir os critérios de segurança, as


trajetórias de todos os estilhaços devem estar
dentro da zona de segurança, que ocorre
somente se a parábola de segurança passa
parábola de
pelas extremidades superiores do poço.
\segurança Assim, a parábola de segurança deve passar
pelo ponto (D/2, H), que caracteriza um dos
pontos da extremidade superior do poço,
como indicado na figura ao lado.

D/2 X Portanto:

2 2
vo 9 „2 D
-9-1-1 = Vo-2gH
y= 2g"2v§ 2g 2v2U. 2v^2j 2g

-T
2j
vg(vg-2gH)
g2
=»>


2v0A/v2-2gH

109
ELEMENTOS DA FÍSICA

gravidade igual a 10 m/s2 e a distância entre a


mão do lançador e a do receptor 3,2m, a
velocidade com que cada tijolo deve ser
E1) (PUC/SP-09) Uma bola é lançada lançado para que chegue às mãos do
verticalmente para cima. Podemos dizer que receptor com velocidade nula deve ser de
no ponto mais alto de sua trajetória: a) 5,2 m/s. b) 6,0 m/s. c) 7,2 m/s.
a) a velocidade da bola é máxima, e a d) 8,0 m/s. e) 9,0 m/s
aceleração da bola é vertical e para baixo.
b) a velocidade da bola é máxima, e a E5) Um corpo é abandonado a 80 m do solo.
aceleração da bola é vertical e para cima. Sendo g = 10m/s2 e o corpo estando livre de
c) a velocidade da bola é mínima, e a forças dissipativas, determine o instante e a
aceleração da bola é nula. velocidade que o móvel possui ao atingir o solo.
d) a velocidade da bola é mínima, e a
aceleração da bola é vertical e para baixo E6) (Cesgranrio) A laje do teto de uma sala
e) a velocidade da bola é mínima, e a deixa gotejar água da chuva, caindo as gotas
aceleração da bola é vertical e para cima. com freqüência constante. Uma fotografia
instantânea mostra que as distâncias entre
E2) (Mackenzie) Lança-se, da superfície três gotas consecutivas são,
terrestre, um corpo verticalmente para cima, respectivamente, 30 cm e 50 cm. Concluímos
com certa velocidade inicial. Desprezando-se que, desde que a resistência do ar seja
as forças passivas atuantes sobre ele, desprezível, a gota que caiu antes da gota (1)
podemos afirmar que: se encontra abaixo desta, a uma distância de:
a) A altura máxima atingida será sempre a
mesma, independentemente da velocidade de
lançamento.
(3)4 T
I
b) a altura máxima atingida pelo corpo
I 30 cm
dependerá de sua massa. I

c) o tempo de subida é diretamente


proporcional ao quadrado da velocidade inicial (2)Ô4-
do corpo
d) em qualquer ponto de sua trajetória, a
velocidade de subida é igual, em módulo, à de 50 cm
t

queda. 1

e) na altura máxima, a velocidade é não nula.

E3) (Mackenzie-98) Estando a certa altura do


a) 50 cm b) 70 cm c) 20 cm
solo, um estudante lança uma esfera A
d) 80 cm e) 40 cm
verticalmente para cima e outra, B,
verticalmente para baixo, com velocidade de
E7) Um gato consegue sair ileso de muitas
mesmo módulo. Desprezando a resistência
quedas. Suponha que a maior velocidade com
do ar, ao chegar no solo:
a qual ele possa atingir o solo sem se
a) a esfera A tem velocidade de módulo maior
machucar seja de 8 m/s. Desprezando a
que a de B
resistência do ar, calcule a altura máxima de
b) a esfera B tem velocidade de módulo maior
queda, para que o gato nada sofra.
que a de A.
c) as velocidades das duas esferas são
E8) Um ponto material, lançado verticalmente
diferentes e dependem da altura
para cima, atinge a altura de 20 m. Qual a
d) as velocidades das duas esferas são iguais
velocidade de lançamento? Adote g = 10m/s2
e) a esfera de maior massa tem maior
velocidade.
E9) De um helicóptero que desce
verticalmente é abandonada uma pedra
E4) (Unesp-06) Para deslocar tijolos, é comum
quando o mesmo se encontra a 100 m do solo.
vermos em obras de construção civil um
Sabendo-se que a pedra leva 4 s para atingir
operário no solo, lançando tijolos para outro
o solo, calcule a velocidade do helicóptero no
que se encontra postado no piso superior.
momento em que a pedra foi abandonada.
Considerando o lançamento vertical, a
resistência do ar nula, a aceleração da
E10) Um projétil de brinquedo é arremessado

110
ELEMENTOS DA FÍSICA

verticalmente para cima, da beira da sacada E15) Um canhão, em solo plano e horizontal,
de um prédio, com uma velocidade inicial de dispara uma bala, com ângulo de tiro de 30°. A
10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, velocidade inicial da bala é 500 m/s. Sendo g =
atinge a calçada do prédio com velocidade 10 m/s2 o valor da aceleração da gravidade no
igual a 30m/s. Determine quanto tempo o local, qual a altura máxima da bala em relação
projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s2 e ao solo, em km?
despreze as forças dissipativas.
E16) Um corpo é lançado para cima, com
E11) Um corpo em queda livre, a partir do velocidade inicial de 50m/s, numa direção
repouso, percorre uma distância d no primeiro que forma um ângulo de 60° com a horizontal.
segundo de movimento. Qual a distância Desprezando a resistência do ar, calcule, no
percorrida por ele no quarto segundo de ponto mais alto da trajetória a velocidade
movimento? Despreze o efeito do ar. do corpo: (Dados: sen 60° = 0,87 e cos 60°
a) d b) 4 d c) 5 d d) 6 d e) 7 d = 0,5)

E12) Deixa-se cair livremente de uma altura de 17) (Fuvest-10) Numa filmagem, no exato
200 metros, um objeto pesado. Desejando-se instante em que um caminhão passa por uma
dividir em duas partes esta altura, de maneira marca no chão, um dublê se larga de um
que os tempos percorridos sejam iguais e viaduto para cair dentro de sua caçamba. A
considerando a aceleração da gravidade igual velocidade v do caminhão é constante e o
a 10 m/s2 teremos, medindo de cima para dublê inicia sua queda a partir do repouso, de
baixo: uma altura de 5m da caçamba, que tem 6 m de
a) 40 m e 160 m b) 50 m e 150 m comprimento. A velocidade ideal do caminhão
c) 75 m e 125 m d) 100 m e 100 m é aquela em que o dublê cai bem no centro da
e) 160 m e 40 m caçamba, mas a velocidade real v do
caminhão poderá ser diferente e ele cairá mais
E13) (UFPR-10) Cecília e Rita querem à frente ou mais atrás do centro da caçamba.
descobrir a altura de um mirante em relação ao Para que o dublê caia dentro da caçamba, v
nível do mar. Para isso, lembram-se de suas pode diferir da velocidade ideal, em módulo, no
aulas de física básica e resolvem soltar uma máximo:
moeda do alto do mirante e cronometrar o a) 1 m/s. d) 7m/s.
tempo de queda até a água do mar. Cecília b) 3m/s. e) 9m/s.
solta a moeda e Rita lá embaixo cronometra 6 c) 5m/s.
s. Considerando-se g = 10 m/s2, é correto
afirmar que a altura desse mirante será de E18) (Ciaba-03) Um navio se desloca para
aproximadamente: frente com velocidade vetorial constante. Do
a) 180 m. b) 150 m. c) 30 m. alto do seu mastro deixa-se cair uma pedra
d) 80 m. e) 100 m. sobre o seu convés (piso onde está fixada a
base do mastro). Pode-se afirmar, com relação
E14) (UCS-12) Em um famoso desenho a um ponto fixo na beira do cais, que
animado da década de oitenta, uma gatinha (a) a trajetória de queda da pedra é retilínea e
era sempre perseguida por um apaixonado vertical.
gambá. Os episódios basicamente consistiam (b) a pedra cairá sobre o convés, em um ponto
nas maneiras que a gatinha encontrava para situado atrás da base do mastro.
fugir. Imaginemos que ela, prestes a ser (c) a pedra cairá, segundo trajetória retilínea,
alcançada e em desespero, se atirasse em um em um ponto do convés situado à frente da
precipício. Ao pular, ela estaria com base do mastro.
velocidade vertical inicial nula. Qual a (d) a trajetória da pedra é parabólica e ela
velocidade vertical inicial que o gambá deveria cairá em um ponto do convés à frente da base
ter para, ao se lançar também pelo precipício do mastro.
2 segundos depois, conseguir alcançar a (e) a trajetória da pedra é parabólica e ela
gatinha exatamente 4 segundos após ela ter cairá na base do mastro.
saltado? Considere a aceleração da gravidade
como 10 m/s2. E19) (Mackenzie-05) Num local cujo módulo
a) 15 m/s b) 20 m/s c) 25 m/s da aceleração gravitacional é desconhecido,
d) 30 m/s e) 35 m/s um pequeno corpo é abandonado, do repouso,
a uma altura de 6,40m em relação ao solo,

111
ELEMENTOS DA FÍSICA

plano e horizontal. Imediatamente após o E23) (UFPE-02) Numa partida de futebol, uma
impacto com o solo, esse pequeno corpo falta é cobrada de modo que a bola é lançada
ascende verticalmente, com uma velocidade segundo um ângulo de 30° com o gramado. A
inicial de módulo igual a 75% do módulo de bola alcança uma altura máxima de 5,0m.
sua velocidade no instante do impacto. A altura Qual é o módulo da velocidade inicial da bola
máxima atingida nessa ascensão será: em km/h? Despreze a resistência do ar.
a) impossível de se saber, pelo fato de
desconhecermos o módulo da aceleração E24) (UESPI-09) Num planeta em que a
gravitacional local. aceleração da gravidade tem módulo 5 m/s2,
b) 6,40m. d) 3,60m. uma partícula cai em queda livre a partir do
c) 4,80m. e) 3,20m. repouso no instante t = 0. Denotando o eixo
perpendicular à superfície do planeta como
E20) (UFPE-01) O salto (parabólico) de um eixo x, e considerando o seu sentido positivo
gafanhoto tem um alcance de 0,9 m. para cima, assinale o gráfico que ilustra a
Considere que o ângulo de inclinação do vetor velocidade vx desta partícula, em m/s, em
velocidade inicial do gafanhoto seja de 45° em função do tempo t, em segundos.
relação ao solo. Qual o módulo dessa A) vx (m/s) B) vx (m/s)
velocidade inicial em m/s?
8 15
E21) (UFPE-11) Uma bola cai em queda livre a
partir do repouso. Quando a distância
percorrida for h, a velocidade será Vi. Quando
a distância percorrida for 16h a velocidade Us) jj(s)
será V2. Calcule a razão V2/V1. Considere
4 3
desprezível a resistência do ar.
C) vx (m/s) D) Vx (m/s)
E22) (PUC/SP-03)
TURMA DA MONICA/Mauricio de Sousa J(s)
5 Í2

t(s)
-5

E) vx (m/s)
t(s)

-10-

E25) (Unesp-12)
O gol que Pelé não fez
Na copa de 1970, na partida entre Brasil e
Tchecoslováquia, Pelé pega a bola um pouco
antes do meio de campo, vê o goleiro tcheco
Suponha que Cebolinha, para vencer a adiantado, e arrisca um chute que entrou para
distância que o separa da outra margem e a história do futebol brasileiro. No início do
livrar-se da ira da Mônica, tenha conseguido lance, a bola parte do solo com velocidade de
que sua velocidade de lançamento, de valor 10 108 km/h (30 m/s), e três segundos depois
m/s, fizesse com a horizontal um ângulo a, toca novamente o solo atrás da linha de fundo,
cujo sen a = 0,6 e cos a = 0,8. Desprezando- depois de descrever uma parábola no ar e
se a resistência do ar, o intervalo de tempo passar rente à trave, para alívio do assustado
decorrido entre o instante em que Cebolinha goleiro. Na figura vemos um a simulação do
salta e o instante em que atinge o outro lado é: chute de Pelé.
a) 2,0 s b)1,8s c)1,6s
d)1,2s e) 0,8 s

112
ELEMENTOS DA FÍSICA

0,5 s para atingir o solo. As distâncias s™ e Sb


percorridas, respectivamente, pela menina e pela
bola, na direção horizontal, entre o instante em
que a menina soltou a bola (t = 0 s) e o instante t
= 0,5 s, valem:
a) sm = 1,25 m e Sb = 0 m.
b) sm = 1,25 m e sb = 1,50 m.
c) Sm = 1,50 m e Sb = 0 m.
d) sm = 1,50 m e Sb = 1,25 m.
Considerando que o vetor velocidade inicial da e) sm = 1,50 m e Sb = 1,50 m.
bola após o chute de Pelé fazia um ângulo de
30° com a horizontal (sen 30° = 0,50 e cos E29) (Mackenzie-03) No interior de um ônibus
30° = 0,85) e desconsiderando a resistência que trafega em uma estrada retilínea e
do ar e a rotação da bola, pode-se afirmar que horizontal, com velocidade constante de 90
a distância horizontal entre o ponto de onde a km/h, um passageiro sentado lança
bola partiu do solo depois do chute e o ponto verticalmente para cima um pequeno objeto
onde ela tocou o solo atrás da linha de fundo com velocidade de 4 m/s, que retorna a sua
era, em metros, um valor mais próximo de: mão. As posições inicial e final do objeto estão
(A) 52,0. (B) 64,5. (C) 76,5. no mesmo plano paralelo ao deslocamento do
(D) 80,4. (E) 86,6. ônibus, o referencial adotado é a estrada e a
aceleração gravitacional é g = 10m/s2. Durante
E26) (UFMG-98) Um cano de irrigação, o movimento de subida e descida desse objeto,
enterrado no solo, ejeta água a uma taxa de o ônibus percorre a distância de:
15 litros por minuto com uma velocidade de 10 a)10m b) 12 m c)15m d)18m e) 20 m
m/s. A saída do cano é apontada para cima
fazendo um ângulo de 30° com o solo, como E30) (EEAR-02) Um corpo em queda livre
mostra a figura. Despreze a resistência do ar e percorre, a partir do repouso, uma certa
considere g = 10 m/s2, sen 30° = 0,50 e cos distância h, nos dois primeiros segundos de
30° = 0,87. queda. A distância h2 percorrida do início do
terceiro ao final do sexto segundo, será
quantas vezes maior que h]?
a) 4 b) 6 c) 8 d) 16

E31) (Ciaba-14)

CALCULE quantos litros de água estarão no TREM

ar na situação em que o jato d'água é


contínuo, do cano ao solo.

E27) (Unicamp-98) Um objeto é lançado


horizontalmente de um avião a 2420 m de altura.
a) Considerando a queda livre, ou seja, ESTAÇAO

desprezando o atrito com o ar, calcule quanto


tempo duraria a queda.
b) Devido ao atrito com o ar, após percorrer
200 m em 7,0 s, o objeto atinge a velocidade Um observador X está parado em uma estação
terminal constante de 60 m/s. Neste caso, quanto quando vê um trem passar em MRU
tempo dura a queda? (Movimento Retilíneo Uniforme) a 20 km/h, da
esquerda para a direita, conforme a figura
E28) (Fuvest-11) Uma menina, segurando uma dada. Nesse momento o passageiro Y joga
bola de tênis, corre com velocidade constante, de uma bola para cima do ponto A ao ponto B,
módulo igual a 10,8 km/h, em trajetória retilínea, pegando-a de volta. Simultaneamente, um
numa quadra plana e horizontal. Num certo passageiro Z se desloca no trem, da esquerda
instante, a menina, com o braço esticado
para a direita, com velocidade de 5 km/h.
horizontalmente ao lado do corpo, sem alterar o
Podemos afirmar que a trajetória da bola vista
seu estado de movimento, solta a bola, que leva

113
ELEMENTOS DA FÍSICA

pelo observador X, a trajetória da bola vista velocidade é nula. I


pelo passageiro Y, a velocidade do passageiro c) quanto maior o valor de 0 maior será o seu
Z em relação ao observador X e a velocidade alcance.
do passageiro Z, em relação ao passageiro Y, d) ela descreve um movimento uniforme ao
são, respectivamente, longo da direção vertical.
B
e) a direção e o sentido da sua aceleração são
25km/h 5km/h constantes.
(a)
E34) (Espcex-05) Um menino abandona uma
pedra de um ponto situado a 125 m do solo.
Um segundo mais tarde, ele arremessa
(b)
20km/h Skm/h
verticalmente para baixo, do mesmo ponto,
A A
uma segunda pedra. Ambas as pedras
chegam ao solo ao mesmo tempo.
Desprezando a resistência do ar e
considerando a aceleração da gravidade igual
(C) 20km/h 5km/h
a 10 m/s2, pode-se afirmar que a velocidade
i com que o menino arremessou a segunda
pedra foi de:
[A] 10,30 m/s [B] 10,50 m/s [C] 11,25 m/s
25km/h 5km/h [D] 12,50 m/s [E] 13,45 m/s
(d)
E35) (Espcex-15) Um projétil é lançado
obliquamente, a partir de um solo plano e
25km/h j Skm/h ; horizontal, com uma velocidade que forma com
(e) a horizontal um ângulo a e atinge a altura
máxima de 8,45 m. Sabendo que, no ponto
E32) (AFA-07) A figura abaixo representa as mais alto da trajetória, a velocidade escalar do
trajetórias de dois projéteis A e B lançados no projétil é 9,0 m/s, pode-se afirmar que o
mesmo instante num local onde o campo alcance horizontal do lançamento é:
gravitacional é constante e a resistência do ar Dados: intensidade da aceleração da
é desprezível. gravidade g = 10 m/s2
[A] 11,7 m [B]17,5m [C] 19,4 m
[D] 23,4 m [E] 30,4 m
bajetória de /A
E36) (AFA-07) O gráfico abaixo representa o
_____ _ trajetória de B movimento de subida de um protótipo de
foguete em dois estágios lançado a partir do
solo.
v(m/s)
Ao passar pelo ponto P, ponto comum de suas
trajetórias, os projéteis possuíam a mesma
a) aceleração resultante.
b) velocidade horizontal.
c) aceleração centrípeta. 12
d) velocidade tangencial.

E33) (Espcex-04) Uma bola é lançada do solo,


com uma velocidade de módulo v que faz um 2 3 4 5 f(s)
ângulo 0 com a superfície do terreno, que é Após ter atingido a altura máxima, pode-se
plana e horizontal. Desprezando a resistência afirmar que o tempo de queda livre desse
do ar, considerando a aceleração da gravidade protótipo será de
igual a 10 m/s2 e 0 < 0 < 90°, podemos afirmar, a) 1 s c) 4 s
em relação à bola, que b) 2s d) 3 s
a) no ponto mais alto da trajetória, a sua
aceleração é nula. E37) (AFA-07) Duas esteiras mantêm
b) no ponto mais alto da trajetória, a sua movimentos uniformes e sincronizados de

114
ELEMENTOS DA FÍSICA

forma que bolinhas sucessivamente relação à balsa e sua altitude é 2000 m. Qual a
abandonadas em uma delas atingem distância horizontal que separa o avião dos
ordenadamente recipientes conduzidos pela sobreviventes, no instante do lançamento ? (g
outra. Cada bolinha atinge o recipiente no = 10 m/s2).
instante em que a seguinte é abandonada.
Sabe-se que a velocidade da esteira superior é E41) Um corpo é lançado obliquamente para
v e que o espaçamento das bolinhas é a cima, formando um ângulo de 30° com a
metade da distância d, entre os recipientes. horizontal. Sabe-se que ele atinge uma altura
Sendo g a aceleração da gravidade local, a máxima hmàx = 15 m e que sua velocidade no
altura h, entre as esteiras, pode ser calculada ponto de altura máxima é v = 10 m/s.
por Determine a sua velocidade inicial. Adotar g =
7 10 m/s2.
€ r

F1) (Unícamp-89) De um ponto PM, a uma


h altura de 1,8 m, lançou-se horizontalmente
uma bomba de gás lacrimogêneo que atingiu
os pés de um professor universitário a 20 m de
l----- d ----- 1 distância, como indica a figura.
a) Quanto tempo levou a bomba para atingir o
b)^ |2 x d
professor?
c) g— d)
8l v I V 2v b) com que velocidade Vo (em km/h) foi
lançada a bomba?
E38) (ITA-01) Uma bola é lançada jz pm vo r
horizontalmente do alto de um edifício, tocando
o solo decorridos aproximadamente 2 s. Sendo
2,5 m a altura de cada andar, o número de
andares do edifício é: (g = 10 m/s2 )
a) 5. b) 6. c) 8. d) 9.
ri
I
*7^77777777777777777777777777
PJJ

e) Indeterminado pois a velocidade horizontal


de arremesso da bola não foi fornecida.

E39) (IME-95) De dois pontos A e B situados F2) (Unicamp-92) Um malabarista de cinco


sobre a mesma vertical, respectivamente, a 45 bolas deseja ter três bolas no ar em todos os
metros e 20 metros do solo, deixa-se cair no instantes. Ele arremessa uma bola a cada 0,40
mesmo instante duas esferas, conforme s . g = 10 m/s2.
mostra a figura abaixo. Uma prancha se a) quanto tempo cada bola fica no ar?
desloca no solo, horizontalmente, com b) com que velocidade inicial deve o
movimento uniforme. As esferas atingem a malabarista atirar cada bola para cima?
prancha em postos que distam 2,0 metros. c) a que altura se elevará cada bola acima de
Supondo a aceleração local da gravidade igual suas mãos?
a 10 m/s2 e desprezando a resistência do ar,
determine a velocidade da prancha . F3) (Fuvest-04) Durante um jogo de futebol,
um chute forte, a partir do chão, lança a bola
contra uma parede próxima. Com auxílio de
A uma câmera digital, foi possível reconstituir a
B trajetória da bola, desde o ponto em que ela
V atingiu sua altura máxima (ponto A) até o
I
ponto em que bateu na parede (ponto B). As
(J O posições de A e B estão representadas na
figura. Após o choque, que é elástico, a bola
E40) Um avião precisa soltar um saco com retorna ao chão e o jogo prossegue.
mantimentos a um grupo de sobreviventes que
está numa balsa. A velocidade horizontal do
avião é constante e igual a 100 m/s com

115
ELEMENTOS DA FÍSICA

F5) (Fuvest-07) Uma bola chutada


g
horizontalmente de cima de uma laje, com
velocidade Vo, tem sua trajetória parcialmente
A registrada em uma foto, representada no
.. A desenho abaixo. A bola bate no chão, no ponto
B A, voltando a atingir o chão em B, em choques
5,0 m ■ ^4,2 m parcialmente inelásticos.

Foto
Vo
6,0 m
a) Estime o intervalo de tempo t1, em
segundos, que a bola levou para ir do ponto A
ao ponto B.
b) Estime o intervalo de tempo t2, em
segundos, durante o qual a bola permaneceu
no ar, do instante do chute até atingir o chão H, =3,2m
após o choque.
c) Represente, no sistema de eixos da folha de
resposta, em função do tempo, as velocidades h2 = 1,8 m
horizontal VX e vertical VY da bola em sua
trajetória, do instante do chute inicial até o F 1,6m D=?
T
instante em que atinge o chão, identificando A B
por VX e VY, respectivamente, cada uma das NOTE E ADOTE
Nos choques, a velocidade horizontal da bola não é alterada.
curvas. Desconsidere a resistência do ar, o atrito e os efeitos de rotação
da bola.
F4) (Fuvest-00) Um elevador, aberto em cima,
a) Estime o tempo T, em s, que a bola leva até
vindo do subsolo de um edifício, sobe
atingir o chão, no ponto A.
mantendo sempre uma velocidade constante
b) Calcule a distância D, em metros, entre os
ve = 5,0 m/s. Quando o piso do elevador passa
pontos A e B.
pelo piso do térreo, um dispositivo colocado no
c) Determine o módulo da velocidade vertical
piso do elevador lança verticalmente, para
da bola Va, em m/s, logo após seu impacto
cima, uma bolinha, com velocidade inicial vb =
com o chão no ponto A.
10,0 m/s, em relação ao elevador. Na figura, h
e h’ representam, respectivamente, as alturas
F6) (Fuvest-09) O salto que conferiu a
da bolinha em relação aos pisos do elevador e
medalha de ouro a uma atleta brasileira, na
do térreo e H representa a altura do piso do
Olimpíada de 2008, está representado no
elevador em relação ao piso do térreo. No
esquema ao lado, reconstruído a partir de
instante t = 0 do lançamento, H = h = h’ = 0.
fotografias múltiplas. Nessa representação,
a) Construa em um mesmo sistema de
está indicada, também, em linha tracejada, a
coordenadas os gráficos H(t), h(t) e h’(t), entre
trajetória do centro de massa da atleta (CM).
o instante t = 0 e o instante em que a bolinha
Utilizando a escala estabelecida pelo
retorna ao piso do elevador.
comprimento do salto, de 7,04m, é possível
b) Indique no gráfico o instante tmax em que a
estimar que o centro de massa da atleta
bolinha atinge sua altura máxima, em relação
atingiu uma altura máxima de 1,25m (acima de
ao piso do andar térreo.
sua altura inicial), e que isso ocorreu a uma

IIOf-
distância de 3,0m, na horizontal, a partir do
início do salto, como indicado na figura.
1.25 m

CM-—.
h*

H
piso térreo

Considerando essas informações, estime:

116
ELEMENTOS DA FÍSICA

a) O intervalo de tempo ti, em s, entre o


instante do início do salto e o instante em que
o centro de massa da atleta atingiu sua altura ij^pisc^ *
máxima.
b) A velocidade horizontal média, Vh, em m/s, o
da atleta durante o salto.
c) O intervalo de tempo Í2, em s, entre o
instante em que a atleta atingiu sua altura
6“ PISO • o
máxima e o instante final do salto. o
o
F7) (UFPE-02) Um projétil é lançado do solo, o
segundo um ângulo de 15° com a horizontal. o
Ele atinge um alvo no solo, que se encontra a o
uma distância igual ao alcance máximo que o
TÉRREO^j
projétil teria se fosse lançado com uma
velocidade inicial de 15 m/s e ângulc de
lançamento de 45°. Qual foi a velocidade de a) 8,0 s b) 4,0 s c) 3,6 s d) 3,2 s e) 2,8 s
lançamento do projétil, em m/s? Despreze a
resistência do ar. F10) (UFPR-11) Na cobrança de uma falta
durante uma partida de futebol, a bola, antes
F8) (UFPE-02) Uma brincadeira de tiro ao alvo do chute, está a uma distância horizontal de 27
consiste em acertar, a partir do ponto O, uma m da linha do gol. Após o chute, ao cruzar a
pequena esfera de ferro presa por um ímã, em linha do gol, a bola passou a uma altura de
P, como mostra a figura. No instante em que é 1,35 m do chão quando estava em movimento
feito um disparo, a esfera se desprende, sendo descendente, e levou 0,9 s neste movimento.
eventualmente atingida durante a queda. Se Despreze a resistência do ar e considere g =
um projétil é disparado a 200 m/s e acerta o 10 m/s2.
alvo, após quanto tempo, em unidades de a) Calcule o módulo da velocidade na direção
centésimos de segundos (10'2s), o alvo é vertical no instante em que a bola foi chutada.
atingido? Despreze a resistência do ar. b) Calcule o ângulo, em relação ao chão, da
força que o jogador imprimiu sobre a bola pelo
PQ = H = 6m P seu chute.
OQ = D = 8m
c) Calcule a altura máxima atingida pela bola
em relação ao solo.
Vo
F11) (UFBA-00) A figura abaixo apresenta um
arranjo experimental construído para
o determinar o valor da aceleração da gravidade
g local. Consiste em um cronômetro digital de
grande precisão, que pode ser acionado com
F9) (Mackenzie-03) Da janela de um incidência do feixe de luz, um tubo de vidro
apartamento, situado no 12° piso de um transparente, um suporte e duas lanternas,
edifício, uma pessoa abandona uma pequena uma em cada extremidade, separadas de 1,35
pedra do repouso. Depois de 2,0 s, essa pedra, m. Estando as lanternas acesas, o cronômetro
em queda livre, passa em frente à janela de é abandonado na parte superior do tubo,
um apartamento do 6° piso. Admitindo que os sendo ligado, ao passar pelo primeiro feixe de
apartamentos possuam mesmas dimensões e luz e desligado, marcando 0,5 segundo, ao
que os pontos de visão nas janelas estão passar pelo segundo feixe. Considerando-se o
numa mesma vertical, à meia altura de cada valor da aceleração da gravidade local como
uma delas, o tempo total gasto pela pedra, sendo 10,0m/s2, determine, em %, o desvio
entre a janela do 12° piso e a do piso térreo, é relativo percentual da medida de g.
aproximadamente:

H7
ELEMENTOS DA FÍSICA

outra pedra idêntica é abandonada de uma


u ■ altura de 40 m. Sabendo-se que as duas
■£--7 pedras colidem a 20 m de altura e que a
aceleração da gravidade na Lua é g = 1,6 m/s2,
a velocidade com que foi lançada a primeira
pedra, em m/s, é
a) 2. b)4. c) 6 . d) 8.

F15) (AFA-99) Um projétil é disparado com


velocidade de 250 m/s em uma direção que faz
um ângulo 0 com a horizontal. Após um
intervalo de tempo, o projétil choca-se com um
obstáculo a 5250 m do ponto de disparo.
ua
■f;- Desprezando-se a resistência do ar e
considerando-se g = 10 m/s2, sen 9 = 0,7, a
velocidade do projétil, em m/s, no instante do
choque, é
F12) (Mackenzie-06) Da aresta superior do a) 125. b) 175. c)215. d) 250.
tampo retangular de uma mesa de 80cm de
altura, um pequeno corpo é disparado F16) (AFA-01) Durante um jogo de
obliquamente, com velocidade inicial de basquetebol, um jogador arremessa a bola
módulo 5,00m/s, conforme mostra a figura ao com velocidade inicial de 10 m/s formando um
lado. O tampo da mesa é paralelo ao solo e o ângulo de 30° acima da horizontal. Sabendo-
plano da trajetória descrita, perpendicular a ele. se que a altura do cesto é 3,05 m e que o
Sabendo que o corpo tangencia a aresta lançamento foi feito de uma altura de 2 m, a
oposta, podemos afirmar que a distância d é distância horizontal, em metros, do jogador ao
de: cesto, para que ele consiga fazer os pontos
sem o auxílio da tabela, deverá ser
sx aproximadamente
a) 2,02 b) 4,00 c) 6,09 d) 7,05
“oX1____

\r
FIGURA SEM ESCALA ; d ;
80cm
F17) (AFA-02) Um audacioso motociclista
deseja saltar de uma rampa de 4 m de altura
e inclinação 30° e passar sobre um muro
(altura igual a 34 m) que está localizado a
50/3 m do final da rampa.
ca
Despreze a resistência do ar e considere:
sena = 0,60; cosa = 0,80; g = 10m/s2

a) 0,60m b)0,80m
b) 0,80m c) 1,20m
I
d) 1,60m e) 3,20m
50^3
F13) (AFA-98) Uma pequena esfera é 4m
abandonada em queda livre, de uma altura de
80 m, em relação ao solo. Dois segundos obs.: o desenho está fora de escala.
após, uma segunda esfera é atirada,
Para conseguir o desejado, a velocidade
verticalmente para baixo. Despreze a
mínima da moto no final da rampa deverá ser
resistência do ar e considere g = 10 m/s2. A
igual a
fim de que as esferas atinjam o solo no mesmo
a) 144 km/h. b) 72 km/h.
instante, a velocidade de lançamento da
c) 180 km/h. d) 50 km/h.
segunda esfera, em m/s, deve ser
a) 15 b)20 c)25 d)30
F18) (AFA-07) Um pára-quedista, ao saltar na
vertical de um avião que se desloca na
F14) (AFA-99) Em uma experiência realizada
horizontal em relação ao solo, sofre uma
na Lua, uma pedra de 200 g é lançada
redução crescente da aceleração até atingir a
verticalmente para cima e, no mesmo instante.
velocidade limite. O gráfico que MELHOR

118
s
ELEMENTOS DA FÍSICA

representa o módulo da componente vertical atingida pela pedra é: Adote g = 10 m/s2


da velocidade do pára-quedista em função do (desprezar a resistência ao ar)
tempo, a partir do instante em que começa a a) 25,0 m b) 31,25 m c)21,0m d) 22,5 m
cair, é e) 20 m
a) vf C)
V
F22) (Espcex-11) Um lançador de granad
deve ser posicionado a uma distância D
linha vertical que passa por um ponto A. Es
ponto está localizado em uma montanha a 3
t t m de altura em relação à extremidade de saí
da granada, conforme o desenho abaixo,
b) d) velocidade da granada, ao sair do lançador,
V V
de 100 m/s e forma um ângulo “a" com
horizontal; a aceleração da gravidade é igua
10m/s2 e todos os atritos são desprezíveis.
Unha Vertical

t t
A
Sa da

F19) (AFA-08) Um corpo é abandonado do


300 m
repouso de uma altura h acima do solo. No
Lançador
mesmo instante, um outro é lançado para cima, de D
Granadas^r4-
a partir do solo, segundo a mesma vertical, Montanha \

com velocidade v. Sabendo que os corpos se Para que a granada atinja o ponto A, somente
encontram na metade da altura da descida do após a sua passagem pelo ponto de maior
primeiro, pode-se afirmar que h vale altura possível de ser atingido por ela, a
V2 v /2 V I
\2
distância D deve ser de:
a) — b)— C) d) Dados: Cos a = 0,6, Sen a = 0,8
g g g gj [A] 240 m [B] 360 m [C] 480 m
[D] 600 m [E] 960 m
F20) (Ciaba-13) Uma bola é lançada
obliquamente e, quando atinge a altura de 10 F23) (Escola Naval-12) Um projétil é lançado
m do solo, seu vetor velocidade faz um ângulo contra um anteparo vertical situado a 20 m do
de 60° com a horizontal e possui uma ponto de lançamento. Despreze a resistência
componente vertical de módulo 5,0 m/s. do ar. Se esse lançamento é feito com uma
Desprezando a resistência do ar, a altura velocidade inicial de 20 m/s numa direção que
máxima alcançada pela bola, e o raio de faz um ângulo de 60° com a horizontal, a altura
curvatura nesse mesmo ponto (ponto B), em aproximada do ponto onde o projétil se choca
metros, são, respectivamente, com o anteparo, em metros, é
B Dados: tg 60° » 1,7; g = 10 m/s2.
y
Anteparo

^max

10,00 m A
Vo
W Y h
Dado: g = 10 m/s2. \ 60°
(a ) 45/4 e 5/6 ( b ) 45/4 e 5/3 > x
( c) 50/4 e 5/6 ( d ) 50/4 e 5/3 -►
(e) 15 e 5/3 20 m
a) 7,0 b) 11 C) 14 d) 19 e) 23
F21) (Espcex-01) Um balão sobe verticalmente,
em movimento retilíneo e uniforme, com F24) (Escola Naval-15) Analise a figura abaixo.
velocidade escalar de 10 m/s. Quando ele está
a 20 m do solo uma pedra é abandonada do
balão. A altura máxima, em relação ao solo,

119
ELEMENTOS DA FÍSICA

y(m) queda, o balão estava a uma altura de (use g =


10 m/s2)
t=o a) 4000 m b) 600 m c) 6000 m
d)500 m e) 400 m

F28) Para bombardear um alvo, um avião em


vôo horizontal a uma altitude de 2,0 km solta a
bomba quando a sua distância horizontal até o
alvo é de 4,0 km. Admite-se que a resistência
I- do ar seja desprezível. Para atingir o mesmo
o Xo
x(m)
Conforme indica a figura acima, no instante t = alvo, se o avião voasse com a mesma
0, uma partícula é lançada no ar, e sua velocidade, mas agora a uma altitude de
posição em função do tempo é descrita pela apenas 0,50 km, ele teria que soltar a bomba a
que distância horizontal do alvo?
equação f(t) = (6,0t + 2,5) T + (- 5,0t2 + 2,0t +
8,4) j , com r em metros e t em segundos. F29) Na Lua, onde g = 1,6 m/s2, abandona-se
Após 1,0 segundo, as medidas de sua altura uma pedra em repouso a 40 m de altura do
do solo, em metros, e do módulo da sua solo. Na mesma prumada, outra pedra junto
velocidade, em m/s, serão respectivamente, ao solo é atirada verticalmente para cima
iguais a no mesmo instante. As duas pedras colidem
a) 3,4 e 10 b) 3,6 e 8,0 c) 3,6 e 10 na altura de 20 m. Com que velocidade foi
d) 5,4 e 8,0 e) 5,4 e 10 lançada a 2a pedra?

F25) (ITA-56) Um corpo de pequenas F30) Um vaso de flores cai livremente do alto
dimensões I escorrega sem atrito, a partir de A, de um edifício. Após ter percorrido 320 cm, ele
pela superfície AB, que tem em B, tangente passa por um andar que mede 2,85 m de
horizontal. Em B o corpo aciona um dispositivo altura. Quanto tempo ele gasta para passar por
elétrico, de maneira que, nesse instante, o esse andar? Desprezar a resistência do ar e
eletroimã desativa. E deixa cair um outro corpo assumir g = 10 m/s2.
II, que está na mesma altura que B. Para que
distância d haverá encontro entre os corpos? F31) Um projétil é atirado com velocidade Vo =
200 m/s fazendo um ângulo de 60° com a
A?1 d horizontal. Desprezada a resistência do ar,
>
qual será a altura do projétil quando sua
h velocidade fizer um ângulo de 45° com a
horizontal? (Adote g = 10 m/s2)

Dados: h = 1,52m; g = 9,8 m/s2 F32) Dentro de um elevador, você observa um


prego que cai do teto. Este teto está a 3 m do
F26) (ITA-87) Um avião Xavante está a 8 km piso.
de altura e voa horizontalmente a 700 km/h, (a) Se o elevador estiver se movimentando
patrulhando as costas brasileiras. Em dado para cima com velocidade constante de 2,2
instante, ele observa um submarino inimigo m/s, quanto tempo leva o prego para atingir
parado na superfície. Desprezando as forças o piso?
de resistência do ar e adotando g = 10 m s'2 (b) Quanto tempo fica o prego no ar se o
pode-se afirmar que o tempo de que dispõe o elevador parte do repouso no instante do
submarino para deslocar-se após o avião ter início da queda e se desloca para cima
soltado uma bomba é de: com a aceleração constante de 4 m/s2?
a)108s b)20s c) 30 s d)40s
e) Não é possível determiná-lo se não for
conhecida a distância inicial entre o avião e o
submarino.
A1) Uma pedra cai de uma altura H e os
F27) (IME) Uma pedra cai de um balão que últimos 196 m são percorridos em 4 s. Calcule
sobe com velocidade constante de 10 m/s. Se o valor da altura H. Use g = 10 m/s2.
a pedra demora 10sm para atingir o solo, isto
significa que, no instante em que se iniciou a A2) (PUC/SP-12) Dois amigos, Berstáquio e

120
ELEMENTOS DA FÍSICA

Protásio, distam de 25,5 m. Berstáquio lança vx = 8 m/s


obliquamente uma bola para Protásio que, r*---------------
partindo do repouso, desloca-se ao encontro 11 vy = 3 m/s
da bola para segurá-la. No instante do
lançamento, a direção da bola lançada por figura 2
Berstáquio formava um ângulo 0 com a h
horizontal, o que permitiu que ela alcançasse,
em relação ao ponto de lançamento, a altura
máxima de 11,25 m e uma velocidade de 8 P
m/s nessa posição. Desprezando o atrito da
4m
bola com o ar e adotando g = 10m/s2, ■ ^1 Imorbfc®
podemos afirmar que a aceleração de Considerando que durante seu movimento a
Protásio, suposta constante, para que ele bola ficou sujeita apenas à força gravitacional
consiga pegar a bola no mesmo nível do e adotando g = 10 m/s2, a altura h, em m, onde
lançamento deve ser de ela foi atingida é
*y
I a) 2,25. b) 2,50. c) 2,75.
d) 3,00. e) 3,25.
X

0
A4) (UFG-12) Um torcedor sentado na
Vo.
arquibancada, a uma altura de 2,2 m em
relação ao nível do campo, vê um jogador
fazer um lançamento e percebe que a bola
permaneceu por 2,0 segundos acima do nível
em que se encontra. Considerando-se que o
ângulo de lançamento foi de 30°, calcule:
a) 1/2 m/s2 b) 1/3 m/s2 c) 1/4 m/s2 a) a velocidade de lançamento da bola;
d) 1/5 m/s2 e) 1/10 m/s2 b) o alcance do lançamento da bola.

A3) (UFTM-11) Num jogo de vôlei, uma A5) (Fuvest-01) Um motociclista de motocross
atacante acerta uma cortada na bola no move-se com velocidade v = 10 m/s, sobre
instante em que a bola está parada numa uma superfície plana, até atinge uma rampa
altura h acima do solo. Devido à ação da (em A) inclinada de 45° com a horizontal,
atacante, a bola parte com velocidade inicial Vo, como indicado na figura.
com componentes horizontal e vertical,
V
respectivamente em módulo, Vx = 8 m/s e Vy =
3 m/s, como mostram as figuras 1 e 2.
>,lr------- A
H

h
figura 1 X
A trajetória do motociclista deverá atingir
novamente a rampa a uma distância horizontal
4m D (D = H), do ponto A, aproximadamente igual
p a:
Após a cortada, a bola percorre uma distância a) 20 m b) 15 m c) 10 m
horizontal de 4 m, tocando o chão no ponto P. d) 7,5 m e) 5 m

A6) (UFPE-00) Um pequeno bloco é


arremessado do alto de uma escada que tem
99 degraus, com uma velocidade v=6,0 m/s,
conforme a figura. Cada degrau da escada
possui 25cm de altura e 25cm de largura.
Determine o número do primeiro degrau a ser
atingido pelo bloco.

121
' .............................................................................................. ■ - . ................................................................................ -

ELEMENTOS DA FÍSICA

30 m
\ 98 40 m

| 99

a) 4,1 e 4,4 m. b) 3,8 e 4,1 m.


c) 3,2 e 3,5 m. d) 3,5 e 3,8 m.
A7) (UFC-07) Uma partícula pontual é lançada
de um plano inclinado conforme A9) (Espcex-03) Num local onde a aceleração
esquematizado na figura abaixo. O plano tem da gravidade é constante e igual a 10 m/s2, um
um ângulo de inclinação q em relação à corpo entra em queda livre com velocidade
horizontal, e a partícula é lançada, com inicial nula, caindo de uma altura h. No último
velocidade de módulo v, numa direção que segundo da queda, o corpo percorre três
forma um ângulo de inclinação a em relação quartas partes do deslocamento total (h). O
ao plano inclinado. Despreze qualquer efeito tempo total da queda é de
da resistência do ar. Considere que a A) 2 s. B) 3 s. C) 4 s. D) 5 s. E) 6 s.
aceleração da gravidade local é constante
(módulo igual a g , direção vertical, sentido A10) (Escola Naval-86) Gotas de água caem,
para baixo). partindo do repouso e sob a ação da gravidade
(g = 10 m/s2), dentro de um poço vertical de
uma mina , numa razão uniforme de uma gota
por segundo. Um elevador no poço, movendo-
se para cima com velocidade constante de 10
m/s, é atingido por uma gota quando está a 80
m abaixo do ponto de onde partem as gotas. A
próxima gota atingirá o elevador após
decorrido um tempo, em segundos (contados a
horizontal partir da chegada da gota anterior), igual a:
A) Considerando o eixo x na horizontal, o eixo a) 3 b) 1 c) >/4Í - 6
y na vertical e a origem do sistema de d) 4-2^3 e)V23-4
coordenadas cartesianas no ponto de
lançamento, determine as equações horárias
das coordenadas da partícula, assumindo que A11) (Escola Naval-13) Conforme mostra a
o tempo é contado a partir do instante de figura abaixo, em um jogo de futebol, no
lançamento. instante que o jogador situado no ponto A faz
B) Determine a equação da trajetória da um lançamento, o jogador situado no ponto B,
partícula no sistema de coordenadas definido que inicialmente estava parado, começa a
no item (A). correr com aceleração constante igual a 3,00
C) Determine a distância, ao longo do plano m/s2, deslocando-se até o ponto C. Esse
inclinado, entre o ponto de lançamento (ponto jogador chega em C no instante em que a bola
A) e o ponto no qual a partícula toca o plano toca o chão no ponto D. Todo o movimento se
processa em um plano vertical, e a distância
inclinado (ponto B). Considere a = rt/12 e 0 =
inicial entre A e B vale 25,0 m. Sabendo-se
n/4 .
que a velocidade inicial da bola tem módulo
igual a 20,0 m/s, e faz um ângulo de 45° com a
A8) (Unicamp-12) Um jogador de futebol chuta
horizontal, o valor da distância, d, entre os C e
uma bola a 30 m do gol adversário. A bola
D, em metros, é
descreve uma trajetória parabólica, passa por Dado: g = 10,0 m/s2
cima da trave e cai a uma distância de 40 m de
sua posição original. Se, ao cruzar a linha do
gol, a bola estava a 3 m do chão, a altura
máxima por ela alcançada esteve entre

122
; ELEMENTOS DA FÍSICA
*■

partículas ocorrerá :
A) um décimo de segundo após o lançamento
da segunda partícula.
B) 1,1 s após o lançamento da segunda
25 m partícula.
C) a uma altura de 4,95 m acima do ponto de
lançamento
a) 1,00 b) 3,00 c) 5,00 D) a uma altura de 4,85 m acima do ponto de
d) 12,0 e) 15,0 lançamento
E) a uma altura de 4,70 m acima do ponto de
A12) (AFA-95) A distância percorrida por um lançamento
objeto abandonado em queda livre, a partir, do
repouso, durante o i-ésimo segundo, é A16) (ITA-82) Acima de um disco horizontal de
a) gi2/2 b) gi - g/2 centro O que gira em torno de seu eixo, no
c) g/2(i + 1/2) d) g/2(i + i2/2) vácuo, dando 50,0 voltas por minuto, estão
duas pequenas esferas M e N. A primeira está
A13) (AFA-01) Um corpo é abandonado do 2,00 m acima do disco e a segunda a 4,50 m
topo de um precipício. O ruído produzido pela acima do disco, ambas na mesma vertical.
queda do corpo ao atingir o chão é ouvido 10 s Elas são abandonadas simultaneamente e, ao
após o seu abandono. Considerando a chocar-se com o disco, deixam marcas N' e M'
velocidade do som no ar igual a 340 m/s, tais que o ângulo M'ON' é igual a 95,5°.
pode-se afirmar que a altura do precipício, em Podemos concluir que a aceleração de
metros, é aproximadamente gravidade local vale:
a) 200 b) 288 c) 391 d) 423 a) 10,1 ms’2, b) 49,3 ms 2,
c) 9,86 ms'2, d) 11,1 ms'2.
A14) (ITA-75) Um projétil de massa m é e) 3,14 ms-2.
lançado com uma velocidade inicial vo que
forma um ângulo de 60° com a horizontal. Em A17) (ITA-85) Dois corpos estão sobre a
sua volta à Terra ele incide sobre um plano mesma vertical, a 40 m um do outro.
inclinado de 30° com a horizontal. O ponto de Simultaneamente
lançamento do projétil e o início do plano deixa-se cair o mais alto e lança-se o outro
inclinado coincidem, conforme a figura. O para cima com velocidade inicial v0. A
choque do projétil com o plano inclinado é velocidade Vo para que ambos se encontrem
suposto totalmente inelástico. Após o instante quando o segundo alcança sua altura máxima,
de impacto o projétil desliza, sem atrito, em é: (g = 10 m/s2)
direção à origem 0. Despreza-se a resistência a) 20 m/s. b) 15 m/s. c) 25 m/s.
do ar. Qual a velocidade com que ele chega à d) 30 m/s. e) 22 m/s.
origem?
y A18) (ITA-89) Do alto de uma torre de 20 m de
altura, um artilheiro mira um balão que se
encontra parado sobre um ponto situado a 400
m do pé da torre. O Ângulo de visada do
artilheiro em relação à horizontal é de 15° No
instante exato em que o artilheiro dispara um
projétil ( P ) os ocupantes do balão deixam cair
o um objeto ( O ) que é atingido pela disparo. A
velocidade do projétil ao deixar o cano da arma
A)Vlv0 B)Jfv0 C)|VO é vo = 200 m/s. Despreze a resistência do ar.
A) Faça um esquema indicando a configuração
D) 2 v» E)àv° do problema.
B) Deduza as equações horárias : x p (t) e y p (t)
A15) (ITA-76) Uma partícula é lançada , no para o projétil e y o (t) para o objeto
vácuo, verticalmente para cima, com uma (literalmente).
velocidade inicial de 10 m/s. Dois décimos de C) Calcule o instante do encontro projétil-
segundo depois, lança-se, do mesmo ponto, objeto (numericamente).
uma segunda partícula com a mesma D) Calcule a altura do encontro
velocidade inicial. A aceleração da gravidade é (numericamente).
igual a 10 m / s2. A colisão entre as duas

123
ELEMENTOS DA FÍSICA

A19) (ITA-93) O módulo Vi da velocidade de mesma velocidade a qual permanece


um projétil no seu ponto de altura máxima é constante até atingir o fundo da piscina. A bola
atinge o fundo da piscina 2 s após o instante
do valor da velocidade V2 no ponto onde em que ela é largada.
a) Qual a profundidade da piscina?
altura é a metade da altura máxima. Obtenha o b) Suponha que a piscina seja esvaziada. A
coseno do ângulo de lançamento com relação bola deve ser lançada com que velocidade
a horizontal. inicial de modo a atingir o fundo da piscina
a) Os dados fornecidos são insuficientes novamente em 2 s?
b) V3/2 c) 1/2 d) V2/2 e) 73/3 Considere g = 9,8 m/s2.

A20) (ITA-04) Durante as Olimpíadas de 1968, A25) Um elevador sem teto está subindo com
na cidade do México, Bob Beamow bateu o uma velocidade constante v = 10 m/s. Um
recorde de salto em distância, cobrindo 8,9 m menino no elevador, quando este está a uma
de extensão. Suponha que, durante o salto, o altura h = 20 m acima do solo, joga direto para
centro da gravidade do atleta teve sua altura cima uma bola. A velocidade inicial da bola em
variando de 1,0 m no início, chegando ao relação ao elevador é Vo = 20 m/s. a) Calcule a
máximo de 2,0 m e terminando a 0,20 m no fim altura atingida pela bola em relação ao solo, b)
do salto. Desprezando o atrito com o ar, pode- Quanto tempo passa para que a bola retorne
se afirmar que a componente horizontal da ao elevador? Considere g = 9,8 m/s2.
velocidade inicial do salto foi de: (g = 10 m/s2)
a) 8,5 m/s. b) 7,5 m/s. c) 6,5 m/s. A26) Uma bola de tênis cai do telhado de um
d) 5,2 m/s. e) 4,5 m/s. edifício, sem velocidade inicial, em um local
onde g = 9,8 m/s2. Um observador, parado na
A21) (IME-79) Um projétil é lançado frente de uma janela de 1,20 m de altura, nota
verticalmente do solo com velocidade inicial de que a bola leva 1/8 de segundo para cair
200 m/s. A uma altura H a carga do projétil desde o alto da janela até sua base. A bola de
explode; o ruído da explosão é recebido no tênis continua a cair, choca-se elasticamente
solo 15 segundos após o lançamento. com a calçada horizontal e reaparece na parte
Despreze a resistência do ar e use os valores inferior da janela 3 s depois de ter passado
de 10 m/s2 para a aceleração da gravidade e naquele ponto de descida. Qual é a altura do
de 300 m/s para a velocidade do som. Calcule: edifício?
a) o intervalo de tempo entre o lançamento e a
explosão. A27) Um bombardeiro, mergulhando em um
b) a altura em que se deu a explosão. ângulo de 60° com a vertical, lança uma
bomba de uma altitude de 700 m. A bomba
A22) (IME-79) Um elevador, tendo acabado de atinge o solo 5,0 s após ser lançada.
partir de um andar, desce com aceleração de 3 Considerando g = 9,8 m/s2:
m/s2. O ascensorista, sentado em seu banco, a) Qual a velocidade do bombardeiro?
percebe o início da queda do globo de luz, o b) Qual a distância que a bomba percorre
qual está a 3,5 metros acima de seu pé. horizontalmente durante seu trajeto?
Calcule o tempo de que ele disporá para c) Quais as componentes horizontal e vertical
afastar o pé. Use g = 10 m/s2. de sua velocidade exatamente antes de atingir
o solo?
A23) (IME-81) Em um planeta desconhecido,
de gravidade também desconhecida, deixam- A28) Um pequeno corpo desliza com
se cair de uma altura de 9,0 metros e a partir velocidade v = 10 m/s por um plano horizontal
do repouso, esferas em intervalos de tempo aproximando-se de um buraco. O buraco é
iguais. No instante em que a 1a esfera toca o formado por duas paredes verticais paralelas,
chão, a 4a esfera está no ponto de partida. situadas a d = 5 cm entre si. A velocidade v do
Determine nesse instante, as alturas em que corpo é perpendicular às paredes. A
se encontram a 2a e 3a esferas. profundidade do buraco é H = 1 m. Quantas
vezes o corpo se chocará com as paredes
A24) Uma bola de chumbo é largada de um antes de bater no fundo? Supor que todos os
trampolim a 5,5 m acima de uma piscina. Ela choques são perfeitamente elásticos.
atinge a superfície da água com uma certa
velocidade, penetra no seio da água com esta

124
K~:.. LELEMENTOS DA FÍSICA

I r1
número de afirmativas corretas,
a) 0 b) 1 c) 2 d) 3 e) 4

I
H
A35) É possível lançar uma pedra do topo do
pirâmide Quéops de tal modo que a pedra nâo
atinja a pirâmide? A altura da pirâmide é 137,2
m, o comprimento de cada lado da pirâmide é
de 227,5 mea velocidade de lançamento da
'd 1 pedra é 24 m/s.

A29) Um corpo é abandonado no vácuo, A36) Considere a figura abaixo. Um canhão é


aceleração da gravidade igual a g, a uma ajustado para lançar projéteis, com velocidade
altura h. Calcular h sabendo que o corpo inicial vo, diretamente para cima, na rampa de
percorre os últimos s metros em T segundos. uma colina cujo ângulo de inclinação vale a.
Determine o ângulo formado entre a direção da
A30) Um corpo é lançado verticalmente para bala do canhão e a horizontal para que se
cima e no mesmo instante outro é abandonado obtenha o alcance máximo possível sobre o
ao seu encontro. Sabendo-se que no instante plano inclinado da colina.
possuem velocidades iguais em valor absoluto,
determinar a relação entre as distâncias
percorridas pelos dois graves até esse instante.
/
A31) Dois corpos são atirados de baixo para ,a
cima, segundo a vertical, com a mesma
velocidade inicial vo, em um local onde a
aceleração da gravidade é g. Calcular quanto
tempo após a saída do primeiro deve ser A37) Uma pedra será lançada desde um
atirado o segundo corpo para que este despenhadeiro acima 20 m do leito de um rio.
encontre aquele no ponto médio da altura Determine o ângulo com respeito à horizontal
máxima atingida. que é necessário lançar uma pedra de modo
que a mesma alcance uma distância máxima
A32) Do ponto A situado sobre um plano da margem do rio? A velocidade inicial de
inclinado de ângulo 0 em relação do horizonte lançamento é de 14 m/s. Adote g = 10 m/s2.
é disparado um projétil segundo a direção da
normal do plano. O projétil sobe e ao cair toca A38) Qual a menor velocidade com que um
o mesmo plano inclinado num ponto B situado corpo deve ser lançado do alto de uma torre de
a uma distância d do ponto A. Calcular a altura h de modo que caia a uma distância S
velocidade inicial do projétil. Considerar que do pé da torre:
tg 6 = 1/2; d = 400 m e g = 10 m/s2.
A39) Um corpo é lançado obliquamente desde
A33) Uma partícula é lançada de um ângulo a uma altura h sobre o solo com uma velocidade
com a horizontal em um plano de inclinação p. vo. Demonstre que o maior alcance ocorre para
Se a partícula atinge o plano sob um ângulo um ângulo a de lançamento dado por
reto prove que tg a = cotg p + 2.tg p. 1
2
_[ . gh
a = arcsen 2 1 + -^5-
A34) Uma bola de vôlei impelida verticalmente V vo.
para cima, a partir de um ponto próximo do
chão, passa pela altura da rede 0,3 s depois,
A40) Pedras são lançadas com velocidade v0
subindo, e volta a passar por ela, descendo, de modo a ultrapassarem um muro de altura h
l, 7 s depois do arremesso. Adote g = 10 m/s2. e distância d do ponto de lançamento. Calcule
I - O tempo de subida é de 0,7 s até a altura
a distância, contada a partir do muro, onde
máxima. nenhuma pedra pode colidir.
II - A altura máxima atingida pela bola é de 5
m.
A41) (OBF-13) Um pulverizador é projetado
III - A altura da rede é de 2,55 m. para atuar em terrenos inclinados. Ele pode
IV - A velocidade inicial da bola é de 10 m/s.
lançar os produtos com velocidades variáveis
Assinale a alternativa que corresponde ao

125
ELEMENTOS DA FÍSICA

de acordo com a pressão da bomba e, assim, a horizontal, sendo vo a velocidade de


cobrir uma determinada faixa do terreno. Do lançamento dos mísseis em relação ao lança
ponto A de um terreno inclinado lança-se um mísseis. Supondo que a componente
jato do produto com velocidade Vo horizontal da velocidade dos mísseis é paralela
perpendicularmente, como mostra a figura. à velocidade u do navio (porém em sentido
Quais os possíveis valores para a velocidade contrário), demonstre que:
de lançamento para que a região pulverizada a) O alcance de cada míssil vale
seja todo o plano? 2v0 , ,
—-sena(v0 cosa-u)
g
Vo b) O ângulo de lançamento 0 para um alcance
máximo é tal que
u + ^u2 +8Vq
cos 9
4v0

A47) Uma partícula é projetada no instante t =


0 em um plano vertical a partir de um ponto O
com velocidade ^/Zgh, onde g é a aceleração
A42) Um morteiro é uma arma que lança da gravidade. Suponha que vy é a componente
granadas, sempre com a mesma velocidade, vertical da velocidade de lançamento.
em um ângulo que é possível ser ajustado de a) Calcule o instante t em que a partícula
acordo com o alvo. Suponha que um morteiro, passará pelo ponto de tangência da equação
quando localizado no solo, apresenta um da trajetória com a parábola de segurança.
alcance máximo de 40 m. Determine, em b) Calcule, no instante do item anterior, a
função do ângulo a de lançamento com a direção do vetor velocidade da partícula.
horizontal, o alcance máximo deste morteiro
quando o mesmo se encontra a 20 m acima do A48) Em uma batalha, um nayio de guerra
solo. Adote g = 10 m/s2. está se aproximando de um forte, que defende
uma cidade. O navio e o forte podem lançar
A43) Um objeto está localizado no topo de um mísseis com velocidades iguais a ^2gk , onde
cone de altura 60 m e diâmetro da base 160 m,
g é a aceleração da gravidade. O forte
que está apoiado em um solo horizontal. O
encontra-se a uma altura h acima do nível do
objeto é lançado com uma velocidade de 25
mar. Considere que di é a projeção horizontal
m/s. É possível escolher um ângulo de
do alcance máximo de um míssil lançado pelo
lançamento de modo que o objeto atinja o solo?
forte contra o navio, enquanto que d? é a
Adote g = 10 m/s2.
projeção horizontal do alcance máximo de um
míssil lançado pelo navio contra o forte. Prove
A44) Uma partícula será lançada com uma
que:
velocidade Vo e com um ângulo de lançamento
9, com a horizontal, que pode variar desde 0 A= k+h
até 180°. Determine as coordenadas do ponto d2 k -h
de tangência de cada equação da trajetória
com a parábola de segurança, em função A49) Um projétil deverá ser lançado do solo. O
apenas de vo, g e 0. ponto de lançamento, o ângulo com relação à
horizontal e a velocidade de lançamento
A45) Um projétil é lançado obliquamente, podem ser escolhidos sem restrições.
apresentando um alcance A e uma altura Demonstre que a menor velocidade de
máxima H. Despreza a resistência com o ar. lançamento de modo que o projétil passe pelos
Determine a velocidade de lançamento, em pontos P e Q vale:
função apenas de A, H e g. ^(yp+Vo+PQ)

A46) Um navio de guerra está equipado com


vários lança mísseis de longo alcance.
Considere que um desses lança mísseis está
localizado na parte traseira do navio, fazendo
lançamentos com ângulo de inclinação a com

126
E. .
KlüKi ELEMENTOS DA FÍSICA

CINEMÁTICA - MOVIMENTO CIRCULAR


INTRODUÇÃO

Até este momento, os conceitos cinemáticos foram apresentados neste livro de modo que
a trajetória executada pela partícula seja qualquer. Entretanto, existe um formato de trajetória que
possibilita determinar expressões horárias e grandezas próprias do movimento, que é a trajetória
circular. Considere como movimento circular o movimento resultante de uma partícula que gira
com determinada velocidade em torno de uma trajetória circular de raio R e centro O, conforme
indicado na figura abaixo.

Conforme foi apresentado no item sobre a direção do vetor velocidade, sabe-se que v
sempre é tangente à trajetória na posição da partícula. No caso de um movimento circular, é
necessário indicar o sentido, horário ou anti-horário, em que a partícula está se movimentando
sobre a circunferência.

GRANDEZAS ANGULARES

No movimento circular, as expressões horárias do espaço e da velocidade, já


demonstradas nos capítulos anteriores deste livro, são válidas, com suas equações dependendo
do tipo de movimento. Assim, se uma partícula executa um movimento uniforme ao longo de uma
trajetória circular, conhecido como movimento circular uniforme (MCU), pode-se afirmar que s(t) =
So + vot, onde s0 é o espaço inicial, v0 é a velocidade escalar inicial e t o tempo. Por outro lado, se
a partícula se move ao longo de uma circunferência com um movimento uniformemente variado,
conhecido como movimento circular uniformemente variado (MCUV), segue que v(t) = v0 + at e
at2
s(t) = s0 + vot + —, onde a é a aceleração do movimento.
Deste modo, as grandezas clássicas da cinemática podem ser usadas para caracterizar
qualquer tipo de movimento, inclusive o circular. Contudo, a informação que uma partícula
percorreu, por exemplo, 50 km ao longo de uma circunferência não permite determinar a posição
exata da partícula, pois esta depende do raio da circunferência. Logo, a utilização de outras
grandezas associadas ao formato circular da trajetória, mais especificamente ao raio da
circunferência, tornam as expressões horárias mais simplificadas e mais exatas. Estas grandezas,
utilizadas primordialmente no movimento circular, serão apresentadas a seguir.

127
ELEMENTOS DA FÍSICA

Deslocamento Angular

Considere uma partícula que se desloca ao longo de uma circunferência de raio R e centro
O. Suponha que a partícula começa seu movimento a partir de uma posição inicial A ao longo da
circunferência e termina em um ponto B, se deslocando em sentido horário. A trajetória da
partícula é o arco de circunferência AB. O deslocamento angular A0 é definido como a variação
do ângulo central varrido pela partícula em seu movimento, que nada mais é que o ângulo central
A0 correspondente ao arco de circunferência AB .

Da matemática, sabe-se que AB = R.A0. Logo, a relação entre deslocamento angular e


deslocamento escalar é:

As = R.A0

No sistema internacional de unidades o deslocamento angular é medido em radianos. O


ângulo central correspondente ao comprimento da circunferência é igual a 2rt radianos. Deste
modo, se uma partícula percorre uma volta completa em torno de uma trajetória circular, seu
deslocamento angular foi 2rt radianos.
A=B

A6 = 2ji

Por outro lado, se uma partícula se movimenta sobre uma trajetória circular de forma que
seu deslocamento escalar é equivalente a um quarto de circunferência, seu deslocamento angular
. . , 2n 7t ..
foi de — = — radianos.
4 2
Uma outra unidade muito adotada é o grau. Um grau é equivalente ao ângulo central
1
correspondente a um arco de comprimento da circunferência. Assim, uma circunferência
completa corresponde a um deslocamento angular de 360°. Para converter um arco de x radianos
para y graus (e vice-versa), basta aplicar uma regra de 3:

Radianos Graus 2n 360° 180°


2n 360° y=—x
x x y 7t
y

128
■sat ELEMENTOS
L DA FÍSICA

Velocidade Angular

A velocidade angular média é definida pela taxa temporal como o deslocamento angular é
percorrido. Simbolicamente usa-se a letra grega co para designar a velocidade angular. Em termos
matemáticos segue que:

A9
(D„
m
At

A0
A velocidade angular instantânea é igual à razão — quando At tende a zero. Em termos

de limite pode-se afirmar que:

A6
co = Iim —.
At-»O At

Utilizando a notação de derivada:

dO
co = —
dt

Como As =A0.R, onde R é o raio da circunferência, tem-se que:

A0 As As v
“m “m vm = com.R,
At ÃtR At JR R

onde vm é a velocidade escalar média da partícula.

Trabalhando em um tempo infinitesimal (At 0), tem-se os valores instantâneos de cada


velocidade:

v = co.R,

onde v é a velocidade escalar instantânea e a> é a velocidade angular instantânea da partícula.

No sistema internacional de unidades a unidades de velocidade angular é radianos por

segundo. Desta maneira, se uma partícula percorre um deslocamento angular de radianos em

10 segundos, a velocidade angular média vale:

2tt
A6 q 7t ,,
“m — = -á- = — rad/s
At 10 15

Se o raio R da trajetória circular é igual a 30 m, a velocidade escalar média desse


movimento vale:

vm = com.R => vm = —.30 vm = 2n m/s


15

129
ELEMENTOS DA FÍSICA
T
Sentido da Velocidade Angular

Existem dois possíveis sentidos para a velocidade angular instantânea: sentido horário ou
sentido anti-horário.

v
sentido horário sentido anti horário

O sentido horário também é conhecido por destro ou dextrógiro. O sentido anti horário
também conhecido por sinistro ou levógiro.

Aceleração Angular

A aceleração angular média é definida como a taxa temporal da variação da velocidade


angular. Simbolicamente, adota-se a letra grega a para caracterizar a aceleração angular. Assim,
a expressão da aceleração angular é:

Ao> COf - COp


“m *Ãt” “m
At

Caso a>f > wo tem-se am > 0, enquanto que se cof < co0 tem-se am < 0. Se cof = coo tem-se am
= 0, porém isso não significa que a velocidade angular não variou durante algum momento do
movimento, significa apenas que os valores da velocidade angular para t = 0 e para t = tf são
iguais. Por exemplo, a velocidade angular pode aumentar até um determinado instante
intermediário para depois diminuir até o valor inicial.
Para definir aceleração angular instantânea basta fazer o intervalo de tempo tender a zero.
Assim, pode-se afirmar que:

Aco i- Aco dco


a = -—, para t -> 0 => a = lim —
At At—>o At

Como Av = Aco.R, pode-se determinar uma relação entre a aceleração tangencial escalar
média e a aceleração angular média:

Aco Aco.R Aco 1


am am = am.R
"ÃT At.R ÃFr R

Fazendo At -> 0, os valores médios das grandezas tendem aos seus valores instantâneos:

a = a.R
No sistema internacional de unidades, a aceleração angular é medida em rad/s2. Assim, se
a velocidade angular varia em 20n rad/s em 5 s, segue que:

Aco 20;r . ,2
«m = — = —— = 4?t rad/s
At 5

Se o raio da circunferência é de 2 m:

am = am.R => am = 4n.2 => am = 8n m/s2

130
ELEMENTOS DA FÍSICA

Período

O período de um movimento circular é definido com o tempo necessário para que a


partícula execute uma volta completa ao longo da circunferência.

A= B a

A0 = 2n

O.
R

É muito comum encontrar na literatura física que a definição de período está atrelado ao
fato da velocidade angular ser constante. Entretanto, essa condição não é necessária, bastando
que a partícula apresente, em cada ciclo, as mesmas velocidades angulares para a mesma
posição angular. Se isto ocorrer, o tempo que a partícula leva para percorrer cada volta é o
mesmo, podendo o movimento ser classificado como periódico. Por exemplo, suponha que um
carro parte do repouso de um ponto A sobre uma circunferência, acelerando até o ponto
diametralmente oposto com aceleração escalar a e depois desacelerando com aceleração escalar
- a até retornar ao ponto A, com velocidade nula, sempre no sentido horário. Se a cada volta o
corpo executar movimentos idênticos a este, classifica-se este movimento de periódico, com o
tempo para percorrer cada volta constante. Este tempo é denominado de período do movimento
circular.
Como toda grandeza equivalente ao tempo, no sistema internacional de unidades o
período é medido em segundos.

Frequência

A frequência é definida como o número de voltas que a partícula executa em um


determinado intervalo de tempo.

n
f
Ãt
De forma semelhante à definição de período, existe a necessidade do movimento ser
periódico para que tenha sentido determinar a frequência de um movimento circular.
A unidade de medida de frequência no SI é Hertz, simbolizada por Hz. 1 Hertz é a
frequência de uma partícula ao executar uma volta em um segundo. Assim:

1 Hz = 1 — = 1 s
s

Outra unidade muito utilizada, mas não pertencente ao SI, é o rpm (rotações por minuto).
Um rpm é a frequência de uma partícula que executa uma volta em um minuto. Para efeito de
conversão de unidades:

1 volta 1 volta 1 1 volta 1


1 rpm = => 1 rpm = — Hz ou 1 Hz = 60 rpm
1 minuto 60 segundos 60 1 segundo

131
ELEMENTOS DA FÍSICA

Relação Entre Período e Frequência

Suponha que uma partícula execute um movimento periódico ao longo de uma


circunferência de raio R. Como o movimento é periódico, o tempo que a partícula leva para
percorrer cada ciclo é o mesmo, que nada mais é do que o período T do movimento. Assim, após
executar a n-ésima volta, o tempo decorrido foi At = n.T. Logo, a frequência do movimento foi:

n n x 1 -r 1
f f = — ou T =-
Ãt nT T f

ACELERAÇÃO CENTRÍPETA

O estudo na aceleração centrípeta já foi apresentado no volume 1 desta coleção, mais


especificamente no capítulo sobre Força Centrípeta. Abaixo o leitor poderá verificar uma
reprodução do conteúdo já apresentado.

Uma partícula está executando um movimento circular, de centro O e raio R, com


velocidade escalar constante v. O fato de não existir variação no módulo da velocidade implica
que a aceleração tangencial (ou linear) do corpo é nula. Porém, perceba que o vetor velocidade
varia com o tempo, uma vez que sua direção é sempre tangente à trajetória circular. Esta variação
do vetor velocidade provoca o aparecimento de uma aceleração, denominada “aceleração
centrípeta”. A aceleração tangencial é responsável pela variação do módulo do vetor velocidade,
enquanto que a aceleração centrípeta é responsável pela variação da direção do vetor velocidade.

A 2a figura abaixo mostra como se comporta a variação do vetor velocidade em um


pequeno trecho da trajetória do corpo, ou seja, em um arco de circunferência de ângulo central 0.

v.

0/2

O vetor Av = v2 - v, é determinado pela regra do paralelogramo, que na verdade é um


losango, desde que | v, |=| v21= v . Como em um losango as diagonais são perpendiculares,
conclui-se que os ângulos formados entre o segmento que liga as posições final e inicial e os
vetores v1 e v2 é igual a 0/2.

A A A
|Av|=| v4 |sen—+|v2 |sen—= 2vsen^

0 0
Como o ângulo 0/2 é pequeno pode-se usar a aproximação sen— = -. Assim:

A A
| Av |= 2v sen— = 2v = v0

132
^ELEMENTOS DA FÍSICA

Além disso, a direção do vetor Av = v2 -v1 é sempre radial, ou seja, ao longo de uma reta
que passa pelo centro da circunferência, com sentido para o centro da trajetória circular, como
indicado na figura.

- Av
Quando o módulo de v é constante, a aceleração centrípeta é dada ãcp =— ■ Como At é

sempre maior que zero, segue que os vetores ãcp e Av possuem mesma direção e mesmo
sentido. Deste modo, a aceleração centrípeta possui direção radial, sempre com sentido do corpo
ao centro da trajetória circular.

O módulo da aceleração centrípeta é dado por:

. . | Av I V0 A0 v lãcpl=-^- 0U lacpl=®2R
arn = ------ 1 = — = v— = vco = v —
cpl At At At R IX

As duas expressões encontradas para a aceleração centrípeta permitem calcular seu valor
instantâneo, sendo apenas necessário saber o valor do raio da circunferência e da velocidade
escalar da partícula em determinado instante. Como toda aceleração, a unidade de medida da
aceleração centrípeta no SI é m/s2.

Do exposto neste capítulo, pode-se concluir que a aceleração de uma partícula executando
um movimento circular sempre pode ser decomposta, a cada instante do movimento, em duas
componentes: uma tangencial ãt, responsável pela variação do módulo do vetor velocidade, e
outra radial ãcp, responsável pela alteração da direção do vetor velocidade.

Em um movimento circular, a aceleração centrípeta será nula apenas quando a velocidade


instantânea for nula. Como já estudado no capítulo sobre movimento não uniforme, a aceleração
tangencial será nula quando o módulo do vetor velocidade se mantiver constante.
A cada instante do movimento, a aceleração resultante da partícula será a soma vetorial da
aceleração centrípeta com a aceleração tangencial.

ãR=ã,icp+ãt => |ãR |=7|ãcp |2 +|ãt |2

133
ELEMENTOS DA FÍSICA

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORME (MCU)

Um movimento circular é classificado como uniforme quando a velocidade angular co é


constante. Para determinar a equação horária angular do MCU deve-se adotar um ponto como
sendo a origem dos espaços angulares e definir os sinais das velocidades angulares de acordo
com o sentido de giro. Por convenção, será adotado que no sentido anti-horário a velocidade
angular é positiva e no sentido horário a velocidade angular é negativa. Essa convenção de sinais
será adotada não apenas no MCU, mas em todos os movimentos circulares.

co > 0

co < 0

Como a velocidade angular média é igual ao valor instantâneo da velocidade angular:

A0 0 - 0O
co =---- =-------- - => 0(t) = 0o + cot
At t-0

O gráfico da posição angular em função do tempo é uma reta e, caso os eixos possuam a
mesma escala, a inclinação da reta é igual à velocidade angular.

'‘9 co = tg a Jk0 co = tg a

O
>t O t

Caso: co > 0 (sentido anti horário) Caso co < 0 (sentido horário)

No MCU é possível determinar relações envolvendo período e frequência com a


velocidade angular. Como em uma volta o deslocamento angular é 2tr radianos e o tempo
decorrido é igual ao período:

2?r
co = —•
T

Desde que a frequência é o inverso do período:

co = 2rtf

134
ELEMENTOS DA FÍSICA

MOVIMENTO CIRCULAR UNIFORMEMENTE VARIADO (MCUV)

Um movimento circular é classificado como uniformemente variado se a aceleração


angular é constante. Mais uma vez será adotado a convenção de sinais da velocidade angular,
com o > 0 se o sentido do movimento é anti horário e co < 0 se o sentido é horário. Como a
aceleração angular é constante, seu valor médio é igual ao instantâneo:

Ato
a =---- = => a>(t) = ©o + at
At t-0

Esta é a expressão horária da velocidade angular de um MCUV, que é uma expressão de


1° grau no tempo, fazendo com que o gráfico a> x t seja uma reta. A inclinação da reta é igual à
aceleração angular do movimento, caso os eixos possuam a mesma escala.

to a = tga ‘ ‘ CO a = tgcc


O t O t

Caso: a > 0 Caso a < 0

Como a aceleração escalar a é relacionada com a aceleração angular a de acordo com a


expressão a = a.R (R raio da circunferência) então se a é constante a também é constante, ou
seja, todo MCUV corresponde a MUV:

t t2 t2
x xo+vot + a — 0.R = 0o.R + a>o.R.t + a.R— =:

( t2' t2
6(t) = 0o +<oo.t + a—
X-0 = X % + “o * + a

Assim, em um MCUV a equação horária da velocidade angular é uma expressão de


segundo grau em t, implicando que o gráfico 0 x t é uma parábola.

0“

6o

9o

o *t O *t

caso a > 0 caso a < 0

135
ELEMENTOS DA FÍSICA

A equação de Torricelli também é válida para o movimento angular:

v2 = Vg + 2aAs m2R2 = <o2R2 + 2a.R.A0.R <ü2 = a>o + 2cxA0

Como a aceleração angular é constante, a velocidade angular média é a média aritmética



das velocidades angulares:

A0 COq + CDf A0
At 2 At

Note que todas as expressões do MUV são válidas para o MCUV, bastando converter as
equações para as respectivas grandezas angulares.

MUV MCUV

v(t) = v0 + at <o(t) = coo + at

t t2 t2
x xo+vot + a — 0(t) = 0O + coo.t + a—

v2 = Vq + 2aAs to2 a>2 + 2aA0

Vo+Vf As coo + a>f _ A0


2 Ãt 2 “ÃT

Observe que os conceitos de período e frequência, definidos para o MCU, não são válidos
para o MCUV, uma vez que, sendo a aceleração angular diferente de zero, o tempo que a
partícula leva para percorrer cada volta é diferente, caracterizando um movimento não periódico.

ACOPLAMENTO DE DISCOS, POLIAS E RODAS DENTADAS

É muito comum, principalmente na engenharia, a transmissão de movimento circular de um


disco, uma polia, uma engrenagem ou uma roda dentada para outro(a). Um exemplo muito
conhecido é o movimento de uma bicicleta, onde os
pedais são movimentados pelos pés do ciclista, fazendo
coroa
girar a coroa, que está acoplada à coroa. Por meio de
uma corrente é feita girar a catraca, que está acoplada à
roda traseira da bicicleta, movimentando a bicicleta.
pedal
Í-. calroca
W’
Note que no exemplo da bicicleta existem três
correnfe
transmissões de movimento. O pedal transmite
movimento à coroa, que por sua vez movimenta a catraca,
que transmite movimento à roda traseira. É importante, também, que os discos, polias ou rodas
dentadas possuam raios diferentes, de modo que seja possível transmitir velocidades diferentes.

O estudo da transmissão de movimentos circulares pode ser dividido em três casos:


transmissão por correia (ou corrente), transmissão por contato e transmissão por eixo.

136
ELEMENTOS DA FÍSICA

1) Transmissão por corrente, correia ou contato


Supondo que não ocorra deslizamento da correia ou corrente nas polias ou rodas dentadas,
conclui-se que a correia ou corrente transmite a mesma velocidade linear para todos os pontos de
seu comprimento, fazendo com que as velocidades lineares das duas polias ou rodas dentadas
sejam iguais:

vA = VB ®ara — ®bRb

U)B

\ r8 R5-
\RA
<OA Ra
B B
VB
vB J-
A A
VA VA

transmissão por corrente ou correia transmissão por contato

Perceba que, apesar da mesma expressão, na transmissão por corrente ou correia dos
dois movimentos circulares possuem o mesmo sentido, enquanto que na transmissão por contato
os dois movimentos circulares possuem sentidos contrários. A transmissão por correia é muito
comum em motores de combustão, de modo a transmitir movimento da polia motriz à polia movida.
A transmissão por corrente é muito comum em motocicletas, consistindo em um método leve e
fácil para transmitir o movimento da caixa de câmbio até a toda traseira. A transmissão por
contato é bastante utilizada em engrenagens, como, por exemplo, no funcionamento dos relógios
analógicos.

2) Transmissão por mesmo eixo


Uma outra maneira de transmissão entre movimentos circulares ocorre quando dois ou
mais discos possuem o mesmo eixo. No exemplo abaixo, um motor faz girar um eixo onde estão
acoplados, a partir dos seus respectivos centros, dois discos.

R, -i

o>2
R,

Motor

Este tipo de acoplamento faz com que os dois discos apresentem o mesmo deslocamento
angular no mesmo intervalo de tempo, implicando que as velocidades angulares dos dois discos
são iguais:

<üi = a>2 =>


2a =
R, r2

137
ELEMENTOS DA FÍSICA

MOVIMENTO CIRCULAR NÃO UNIFORME

Neste capítulo, já foram apresentados os estudos dos movimentos circulares em que a


velocidade angular o ou a aceleração angular a se mantém constantes. Contudo, não é
obrigatório que co ou a se mantenham constantes em um movimento circular. Quando uma destas
grandezas não se mantém constantes, é necessário lançar mão da utilização da definição clássica
das grandezas a partir de derivada e/ou integral, bem como a consequente interpretação da área
do gráfico associado. Para entender melhor os conceitos de derivada e integral leia o capítulo 1 do
volume Mecânica 1 desta coleção.

O fato das grandezas lineares e angulares estarem relacionadas por um constante, que é o
raio do movimento circular, permite generalizar para as grandezas angulares as definições a partir
de derivada e integral. Iniciemos pela relação entre espaço e velocidade. Sabe-se que a
velocidade é a derivada do espaço no tempo:

ds coR = ^2 de
v =—
dt dt
coX = X — => co = —
dt
dt

Logo, a velocidade angular é a derivada do espaço angular no tempo. Pode-se estabelecer


esta relação em função da integral:

d0
to = — dO = codt =>
p dO = í'f codt A0 = 6, -60 = f''codt
dt Je0 J<o Jt0

Conclui-se, portanto, que a variação do espaço angular é igual a integral da velocidade


angular no tempo. Uma consequência direta desta definição a partir de uma integral é que, no
gráfico co x t, a área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é numericamente
igual à variação do espaço angular, independentemente do tipo de movimento.

co j i

A = A0 = 0f - 0o

o *t

Também é conhecido o fato que a aceleração é a derivada, no tempo, da velocidade:

dv d(coR) „R'_O'dc0 -s „_d<0


aR = CC = K — => a =------
a-d? dt dt dt

Deste modo, a aceleração angular é derivada da velocidade angular na unidade de tempo.


Escrevendo esta relação a partir do operador integral:

dco
a=— => dco = adt => pdco í' adt
Jtfl
Aco = cof - co0 = í1 adt
dt Jt0

138
ELEMENTOS DA FÍSICA

Segue, então, que a variação da velocidade angular é igual à integral da aceleração


angular na variável tempo. Como toda definição de grandezas físicas a partir de uma integral,
existe uma área associada a esta definição. Portanto, pode-se enunciar que, no gráfico a x t, a
área compreendida entre a linha do gráfico e o eixo do tempo é numericamente igual ]á variação
da velocidade angular, independentemente do tipo de movimento.
a m

A = Aro = ®f - a>o

>
o t

Por exemplo, suponha que, em um determinado movimento circular, o espaço angular em


função do tempo seja dado por 0(t) = 2t3 - 5t2 + 7t — 1, com t dado em segundos e 0 medido em
radianos. A grandeza velocidade angular pode-se ser obtida derivando, no tempo, a expressão do
espaço angular:

d[0(t)] d(2t3-5t2+7t-1)
co(t) = 2.3t2 - 5.2t + 7 = 6t2 - 10t rad/s
dt dt

Analogamente, a aceleração angular pode ser obtida derivando a expressão da velocidade


angular no tempo:

d[tü(t)] d(6t2-10t)
a(t) = 6.2t-10 = 12t-10 rad/s2
dt " dt

A partir da expressão da aceleração angular é possível determinar a velocidade angular,


bastando integral a no tempo. Por exemplo, supondo que a(t) = - 24Í2 + 18t + 6, com t medido em
segundos e a em rad/s2.

^t3 +—t2+6t + k1
<o(t) = Ja(t)dt = J(-24t2 + 18t + 6)dt -8t3 + 9t2 + 6t + k, rad/s
3 2 1

O valor de k-i pode ser obtido a partir de um valor conhecido da velocidade angular, por
exemplo, do valor da velocidade angular inicial <b(0). Para tanto, é suficiente substituir t = 0 na
expressão é calcular o valor de ki.

Integrando a expressão da velocidade angular no tempo encontra-se a expressão do


espaço angular:

0(t) = j"co(t)dt = J(-8t3 +9t2 + 6t + k1)dt=-^t4 + —t3 + —t2 -i-k^ + kj =-2t4 +3t3 +3t2 +k1t + k2 rad
3 2

Os valores de ki e k2 podem ser obtidos a partir de, pelos menos, dois valores conhecidos
do espaço angular, digamos 0(h) e 0(t2). Substituindo h e t2 na expressão de 0(t) determinam-se
duas equações lineares em k-i e k2 que, manipuladas corretamente, levam aos valores de kí e k2.

139
ELEMENTOS DA FÍSICA
■r

ER1) (Ciaba-00) No sistema de transmissão de movimento da figura abaixo, a polia motora “A”
tem 500 mm de diâmetro e gira a 120 rpm. As polias intermediárias “B” e “C”, solidárias entre si
(soldadas uma na outra), têm, respectivamente, 1000 mm e 200 mm. A rotação da polia “D”, de
diâmetro 400 mm, é de:

(A) 120 rpm (B) 80 rpm (C) 60 rpm (D) 30 rpm


Solução: Alternativa D
Sabe-se que os sistema de transmissão por correias faz com que as polias ligadas por uma
mesma correia possuam a mesma velocidade:
Va= Vb 2nfARA = 27rfgRB fARA = IbRb —120.250 = Íb-500 fB = 60 rpm
Como as polias B e C possuem o mesmo eixo: a>B = a>c => 2nfB = 2nfc => fB = fc = 60 rpm
vc = vD => fcRc = ÍdRd => 60.100 = fD.200 => fD = 30 rpm

ER2) (Espcex-03) A figura abaixo representa uma associação das engrenagens I, II e III, de raios
iguais a 4 cm, 48 cm e 12 cm, respectivamente, que giram em torno de eixos fixos.

FIGURA FORA DE
ESCALA

O '• O

I
III
II
Se a engrenagem III girar com velocidade angular de 5it rad/s, a freqüência de rotação da
engrenagem I valerá
A) 2,5 Hz. B) 5,0 Hz. C) 7,5 Hz. D) 10,0 Hz. E) 12,5 Hz.
Solução: Alternativa C
A transmissão por contato faz com que a periferia de todas as engrenagens possuam a mesma
velocidade linear:
V| = Vii = Viu => ffl|R| = coiiiRiii => 27tf|R| = coniRm => 2na>|.4 = 5n.12 => coi = 7,5 Hz

ER3) (AFA-99) Duas partículas partem da mesma posição, no mesmo instante, e descrevem a
mesma trajetória circular de raio R. Supondo que elas girem no mesmo sentido a 0,25 rps e 0,2
rps, após quantos segundos estarão juntas novamente na posição de partida?
a) 5 b)10 c) 15 d) 20
Solução: Alternativa D

Sabe-se que rps = Hz. Assim: f. y- = 0,25 => T|=4s.


1
Analogamente: f2=—= 0,2 T2-5s
~2

Assim, a partícula I passa pela posição inicial a cada 4 s, enquanto que a partícula B passa pela
posição inicial a cada 5 s. As duas partículas vão passar simultaneamente pela posição inicial
após um tempo mínimo que é o máximo divisor comum entre os períodos das partículas:
At = mdc (Tí, T2) = mdc (4, 5) = 20 s

140
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER4) (UESPI-11) No instante t = 0, um relógio de ponteiros marca duas horas da tarde. O ângulo
0 entre o ponteiro pequeno e a direção vertical para cima aumenta no sentido horário, de acordo
com a figura a seguir. Assinale a equação horária que descreve, até a meia-noite, o ângulo 0, em
radianos, em função de t, em segundos.

&\2
) 3

X4 >
6 5

A) 0(t) = n/3 + nt/21600 B) 0(t) = nt/12 C) 0(t) = ít/6 + rtt/12


D) 0(t) = n/3 + nt/3600 E) 0(t) = zt/6 + rct/21600
Solução: Alternativa A
Como o relógio é dividido em 12 h e uma volta completa do ponteiro das horas percorre 2n
radianos, a cada hora o ponteiro das horas percorre um ângulo igual a ~ =
12 6
A posição inicial do ponteiro das horas ocorre para t = 2 h, ou seja, a posição angular inicial do
ponteiro das horas vale 00 = 2 — = —.
6 3
Como o ponteiro das horas percorre 2n radianos em 12 horas e cada hora possui 2600 s:
2n 7t ,,
CO =--------------- --------- rad/s
12.3600 21600
Assim: 0(t) = 0O + cot = — + —-—t
3 21600

ER5) (ITA-91) Uma partícula move-se em uma órbita circular com aceleração tangencial constante.
Considere que a velocidade angular era nula no instante t = 0. Em um dado instante t’, o ângulo
entre o vetor aceleração a e a direção ao longo do raio é —. Indique qual das alternativas exibe
4
um valor de aceleração angular (a) adequado à partícula no instante t’.
a) a = — b) a = 2t’ c) a = — d) a = ----- e) a = —
t' ' t'2 2t'2 t'
Solução: Alternativa C
Como ãR = ãt + ãcp:
at
; I) Se o ângulo entre a aceleração centrípeta e a aceleração resultante é 45°,
2cp
; então |acp| = |at|
3r [ II) acp = at => <b2R = aR => © to2 = a => a2/t’2 = a => a = 1/t’2

ER6) (OBF-13) Uma vitrola era usada para tocar discos (LP -long-play) de vinil. O prato da vitrola -
disco giratório onde se posicionava o LP - gira a 33 rpm (rotações por minuto). Quando se desliga
o aparelho o disco pára após executar 3 rotações. Determine aceleração angular do disco e o
tempo que o disco leva para parar.
Solução:
0 aparelho ainda executa 3 rotações até parar: AS = 3.2n = 6n rad

141
ELEMENTOS DA FÍSICA
■■

33 11
Convertendo de rpm para Hz: f0 = 33 rpm = — =— Hz

Pela equação de Toricelli angular: <o2 = co§ + 2aA0 = (27tf0)2 + 2aA0


X2
O 11| R 12171
0 2n— +2a.6n
+ 2a.6n => a =--------- rad/s2
20} 1200
2jt—
11
Aco -27tf0 121n ___20 .. 120
a = —- At =----- S
At At 1200 At 11

ER7) (OBF-06) Um ciclista pedala sua bicicleta fazendo com que a engrenagem maior,
concêntrica ao eixo do pedal e tendo um raio RA igual a 10,0 cm, gire com uma frequência fA igual
a 2,0 Hz e transmita esse movimento à engrenagem menor por meio de uma corrente. A
engrenagem menor, por sua vez, tem raio RB de 4,0 cm e é solidária e concêntrica ao eixo da roda
traseira, que tem raio R de 30,0 cm. Dadas essas condições, determine:
a) a freqüência de rotação fB da engrenagem menor;
b) a velocidade de translação v da bicicleta.
Solução:
A velocidade escalar da corrente é a mesma nas duas engrenagens:
vA = vB => waRa = wbRb => 2n.fA.RA = 2n.fB.RB => 2.10 = fB.4 => fB = 5 Hz
b) A velocidade de translação da bicicleta é igual à velocidade de um ponto da periferia da roda,
que gira com freq. fB = 5 Hz (A roda é concêntrica e solidária à engrenagem menor)
v = 2nRfB = 2.3.0,30.5 = 9 m/s => v = 32,4 km / h

ER8) (IME-87) Duas circunferências A e B de raios iguais (r) giram, em sentidos opostos, no plano
da figura, em torno de um de seus pontos de interseção O, fixo, com velocidade angular constante
(w). Determine:
a) a velocidade (v) e a aceleração (a), em intensidade e direção, do outro ponto de interseção M
em seu movimento sobre a circunferência;
b) Em que posição sobre o segmento OM (OM > 0) a velocidade do ponto M é nula para um
observador situado em O.
Justifique suas respostas.

Solução:
a) Note que o ponto P, diametralmente oposto ao ponto O, executa uma
circunferência de raio 2r. Além disso, como o triângulo OPM é retângulo, o
ponto M é a projeção de P sobre a reta que passa pelos pontos de interseção
das duas circunferências. Assim: x(t) = 2r.cos (wt + 60)
Derivando em t: v(t) = - 2wr.sen (wt + 0O)
Derivando em t novamente: a(t) = - 2w2r.cos (wt + 0O)
b) v = 0 => sen (wt + 0O) = 0 => cos (wt + 0O) = ± + 1 => x = + 2r
Como OM > 0 segue que x = 2r

ER9) (IME-98) Um pequeno cesto é preso em uma haste que o faz girar no sentido horário com
velocidade constante. Um carrinho, com velocidade de 1,5 m/s, traz consigo um brinquedo que
arremessa bolinhas na vertical para cima com velocidade de 5,5 m/s.
Quando o carrinho está a uma distância de 2 m do eixo onde a haste é presa, uma bolinha é
lançada. Nesse instante, o cesto está na posição mais baixa da trajetória (posição A), que é a

142
ELEMENTOS DA FÍSICA

altura do chão e a do lançamento da bolinha. A bolinha é arremessada e entra, por cima, no


cesto quando este está na posição B indicada na figura. Determine:
a) o vetor velocidade da bolinha ao entrar no cesto;
b) a menor velocidade angular do cesto para que a bolinha entre no cesto.
Dado: g = 10 m/s2.
Cesto
B LÁ
Carrinho
|«| íi
!*•
2m
Solução:
a) Sejam r o comprimento da haste e t o tempo que o cesto leva para ir de A para B. Assim temos
as seguintes relações:
x = vx.t=1,5t => 2 —r= 1,5t
y = voyt-^- => y = 5,5t-5t2
r = 5,5t - 5Í2

Somando as duas equações:


2 = 7t-5t2 => 5t2-7t + 2 = 0 => (t - 1)(5t - 2) = 0 => t = 1 s ou t = 0,4 s
Para t = 0,4 s a bolinha está subindo e para t = 1 s a bolinha está descendo, logo, para a situação
proposta, tem-se que t = 1 s.
Vy = Voy-gt => vy = 5,5 - 10.1 =-4,5 m/s => v = (1,5 , -4,5) m/s
A0 7t
b) co = — = — rad/s
t 2

ER10) (Seletiva IPhO-02) Uma barra rígida está apoiada no canto de uma sala (vide figura abaixo).
O extremo A desliza pela parede enquanto o extremo B desliza pelo solo. Encontre a aceleração
do ponto C (centro da barra) em função do ângulo a, se a velocidade do ponto B for constante.
Despreze todas as forças de atrito.

/ / / / / / / ///
Solução:
Como OC = AB/2 = L/2, o ponto C descreve uma circunferência
de centro O e raio L/2. Seja u a velocidade de C, que é tangente
à trajetória circular. Além disso, como AOCB é isósceles com O
fixo, o deslocamento horizontal de C sempre é metade do
deslocamento horizontal de B, para o mesmo intervalo de tempo:
v v v
v,’r_ = — => u. sen a = — => u =-----------
Cx 2 2 2sena
Como v é constante, a componente horizontal da velocidade de C
é constante, fazendo com que aCx = 0. Assim, a aceleração de C
é vertical:
u2 V2 v2
ac sena = acp = ac =
0 L/2 2Lsen2 a 2L sen3 a

143
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER11) Um disco de raio R rola sem deslizar sobre um plano horizontal. O disco inicia seu
movimento do repouso e seu centro C se desloca com aceleração constante ã .
a:

.... CÍ_ã B

Determine, após um tempo t:


a) as velocidades dos pontos A, B e O;
b) a aceleração destes pontos.
Solução:
A a) Essa resolução é totalmente baseada no fato do ponto O, por estar
em contato com o solo, estar parado em relação a um observador
solidário ao solo: v0 = 0. Neste caso, todos os demais pontos do disco
estão girando em torno do ponto O com uma velocidade angular dada
v at
Ra<
cLZç BI por <x> = —— =—. Repare que o ponto A, por estar diametralmente
R R
\VB
oposto ao ponto O, possui velocidade horizontal. Assim:
r; at
VA = wRA =— 2R = 2at
A R
o Analogamente: vB = <bRb = —-V2R = V2at
R
b) Considere um referencial x’y’ que se move, no instante t, com
A ã'At
aceleração ã e velocidade vc. Neste referencial, o ponto C está
“ Acp parado, fazendo com que todos os pontos da periferia do disco
giram em torno de C com aceleração tangencial de módulo | ã |.
ã’,bcpIR Logo, analisando O no referencial x’y’:
c: V12 a22tt22
a
ã'BI v’o = vc = at, a’ot = a e a'Ocp=-^- =-----
R
Em um referencial inercial:
ã’ocP
a2t2 a2t2
ã'ot O
aot = a’ot-a=a-a=0 e aocP a ocp => a0= —
R
Analisando A no referencial x’y’:
v'2 a2t2
v’A = vc = at, a’At = a e a acp = -=-------
R
Em um referencial inercial:

aAt = a’At + a = a + a = 2a e aAcP = a',■ ACP R aA lAt aAcp


R2
Analisando B no referencial x’y’:
v’B = vc = at, a'Bt = a e a’Bcp
vi a2t2
R R
Em um referencial inercial:
,2
a2t2 aB - >/aBt + aBcp - Ja2 a2t2
aBt ~ a’Bt — a e agcp - a 'Bcp -a = —-a -------- a
R

144
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER12) Dois objetos, A e B, se conectam mediante uma barra rígida que tem comprimento L. Os
objetos deslizam ao longo de guias perpendiculares como é mostrado na figura. Suponha que A
desliza para a esquerda com uma velocidade constante v. Encontre a velocidade de B quando 0 =
60°.

O
Solução:
Essa questão foi resolvida no capitulo sobre movimentos acelerados, utilizando ferramentas de
cálculo. Porém, essa questão pode ser resolvida apenas usando conceitos do movimento circular.
No referencial xy da figura, que está parado em relação ao
sistema, ü é a velocidade da esfera B no momento indicado.
Como a esfera B pode se mover apenas na barra vertical,
então ü é um vetor vertical.
Considere agora um outro referencial x’y’, que se move
horizontalmente com velocidade v , a mesma velocidade da
esfera A no referencial parado xy. Em relação ao referencial
x’y', a esfera A está parada. Neste caso, como a distância
entre as esferas é fixa, a única possibilidade é que a esfera B
se movimente ao longo de uma circunferência com centro em
A. Como x’y’ se move apenas horizontalmente, este referencial
mede que a componente vertical da velocidade de B é ü e a componente horizontal da velocidade
de B é v. Como em um movimento circular o vetor velocidade é tangente à trajetória, segue que
v'B (velocidade de B em relação a x’y’) sempre é perpendicular à haste. Logo, o ângulo 0 formado
pela haste e o eixo horizontal é igual ao ângulo formado entre v'B e ü. Assim:

v v v
tg0 = —= — u =----- u U=—7=
x u tg0 tg60° J3
Observação: Pode parecer estranho a esfera B percorrer uma trajetória circular em relação ao
referencial x’y’. Porém, neste referencial as guias não estão em repouso. Na verdade, x’y’ mede
que o sistema formado pelas duas guias está se movendo para a direita com velocidade v. A
figura abaixo exemplifica melhor como ocorre o movimento em relação a x’y’.
1 A
I ') < y_
~*x-

145
ELEMENTOS DA FÍSICA

E3) (Fuvest-02) Em uma estrada, dois carros,


K ' A /'. ' : . ' ' - A e B, entram simultaneamente em curvas
paralelas, com raios RA e RB- Os velocímetros
E1) (ENEM-13) Para serrar os ossos e carnes de ambos os carros indicam, ao longo de todo
congeladas, um açougueiro utiliza uma serra o trecho curvo, valores constantes VA e VB. Se
de fita que possui três polias e um motor. O os carros saem das curvas ao mesmo tempo,
equipamento pode ser montado de duas a relação entre VA e VB é:
formas diferentes, P e Q. Por questão de
a;«^es8»——........
segurança, é necessário que a serra possua
menor velocidade linear. ------------

Motor
Pota 1-kCQ
Serra
de fita
Pota 3

Pota 2

Pota 1-
Motor
Serra
de fita
Polia 3

Polia 2

I-......
gf
Correta
Correia 2
Montagem P Montagem Q
, . Va Ra \ VA Ra
a) Va = Vb b) —=- = —c) —- =
Por qual montagem o açougueiro deve optar e VB Rb Vb Rb
qual a justificativa desta opção? ,2
A) Q, pois as polias 1 e 3 giram com ., VA Rb . VA Rb
d) —= —-e) —=- =
velocidades lineares iguais em pontos VB Ra Vb Ra
periféricos e a que tiver maior raio terá menor
frequência.
E4) (Unicamp-14) As máquinas cortadeiras e
B) Q, pois as polias 1 e 3 giram com
colheitadeiras de cana-de-açúcar podem
frequências iguais e a que tiver maior raio terá
substituir dezenas de trabalhadores rurais, o
menor velocidade linear em um ponto
que pode alterar de forma signicativa a relação
periférico.
de trabalho nas lavouras de cana-de-açúcar. A
C) P, pois as polias 2 e 3 giram com
pá cortadeira da máquina ilustrada na gura
frequências diferentes e a que tiver maior raio
abaixo gira em movimento circular uniforme a
terá menor velocidade linear em um ponto
uma frequência de 300 rpm. A velocidade de
periférico.
um ponto extremo P da pá vale (Considere n =
D) P, pois as polias 1 e 2 giram com diferentes
velocidades lineares em pontos periféricos e a 3.)
que tiver menor raio terá maior frequência.
E) Q, pois as polias 2 e 3 giram com
diferentes velocidades lineares em pontos
periféricos e a que tiver maior raio terá menor
frequência.

E2) (Fuvest-98) Uma criança montada em um


velocípede se desloca em trajetória retilínea,
com velocidade constante em relação ao chão.
A roda dianteira descreve uma volta completa
em um segundo. O raio da roda dianteira vale
24 cm e o das traseiras 16 cm. Podemos
afirmar que as rodas traseiras do velocípede
completam uma volta em, aproximadamente:
a) 9 m/s. b) 15 m/s. c) 18 m/s. d) 60 m/s.

E5) (PUC/RJ-13) A Lua leva 28 dias para dar


uma volta completa ao redor da Terra.
Aproximando a órbita como circular, sua
distância ao centro da Terra é de cerca de 380
mil quilômetros. A velocidade aproximada da
Lua, em km/s, é:
a) |s b) — s c) 1 s d) -s e) 2 s a) 13 b) 0,16 c) 59 d) 24 e)1,0
' 3 ' 2
E6) (Unicamp-16) Anemômetros são

l
146
ELEMENTOS DA FÍSICA

instrumentos usados para medir a velocidade E8) (UFPE-02) Dois atletas percorrem uma
do vento. A sua construção mais conhecida é a pista circular, com períodos iguais a 1,0 min e
proposta por Robinson em 1846, que consiste 1,1 min. Supondo que eles mantenham suas
em um rotor com quatro conchas hemisféricas velocidades constantes, após quanto tempo,
presas por hastes, conforme figura abaixo. Em em minutos, o atleta mais rápido terá dado
um anemômetro de Robinson ideal, a uma volta a mais que o outro?
velocidade do vento é dada pela velocidade
linear das conchas. Um anemômetro em que a E9) (UFPE-10) Uma bicicleta possui duas
distância entre as conchas e o centro de catracas, uma de raio 6,0 cm, e outra de raio
rotação é r = 25 cm, em um dia cuja 4,5 cm. Um ciclista move-se com velocidade
velocidade do vento é v = 18 km/h, teria uma uniforme de 12 km/h usando a catraca de 6,0
frequência de rotação de cm. Com o objetivo de aumentar a sua
velocidade, o ciclista muda para a catraca de
4,5 cm mantendo a mesma velocidade angular
dos pedais. Determine a velocidade final da
bicicleta, em km/h.

catracas coroa

E10) (UFPR-12) Um ciclista movimenta-se


com sua bicicleta em linha reta a uma
velocidade constante de 18 km/h. O pneu,
devidamente montado na roda, possui
THI- kOislN.M»X VXF.MOMHIKK. diâmetro igual a 70 cm. No centro da roda
traseira, presa ao eixo, há uma roda dentada
a) 3 rpm. b) 200 rpm. de diâmetro 7,0 cm. Junto ao pedal e preso ao
c) 720 rpm. d) 1200 rpm. seu eixo há outra roda dentada de diâmetro 20
Se necessário, considere n = 3. cm. As duas rodas dentadas estão unidas por
uma corrente, conforme mostra a figura.
E7) (UFPE-01) Um ciclista desce uma ladeira
a partir do topo, descrevendo um movimento
retilíneo. Os pneus da bicicleta rodam sem
deslizar. Cada pneu tem raio igual a 0,5 m, e
um deles tem um chiclete grudado. Se a
ladeira tem comprimento igual a 157 metros,
quantas voltas em torno do eixo do pneu terá
dado o chiclete no fim da ladeira?

Não há deslizamento entre a corrente e as


rodas dentadas. Supondo que o ciclista
imprima aos pedais um movimento circular
uniforme, assinale a alternativa correta para o
número de voltas por minuto que ele impõe
aos pedais durante esse movimento. Nesta
questão, considere n = 3.
a) 0,25 rpm. b) 2,50 rpm. c) 5,00 rpm.
d) 25,0 rpm. e) 50,0 rpm.

147
ELEMENTOS DA FÍSICA

E11) (UESPI-09) Um corpo move-se numa força centrípeta sobre B é maior do que a força
trajetória circular de raio r = n m, com uma centrípeta sobre A, em módulo.
velocidade de módulo constante, v = 4 m/s. e) Se A e B estivessem correndo na mesma
Para tal situação, quanto tempo tal objeto leva raia, as forças centrípetas teriam módulos
para dar uma volta completa ao longo desta iguais, independentemente das massas.
trajetória?
A) (2/n2) s B) (tt2/2) s C) (n/2) s E14) (UESPI-12) A engrenagem da figura a
D) (tt2/4) s E)(2/n)s seguir é parte do motor de um automóvel. Os
discos 1 e 2, de diâmetros 40 cm e 60 cm,
E12) (UESPI-10) Sobre uma partícula em respectivamente, são conectados por uma
movimento ao longo de uma circunferência, é correia inextensível e giram em movimento
correto afirmar que: circular uniforme. Se a correia não desliza
A) a sua aceleração tem direção radial e sobre os discos, a razão 0)702 entre as
sentido para dentro, isto é, apontando da velocidades angulares dos discos vale
posição partícula para o centro da
circunferência. correia
B) a sua aceleração tem direção radial e
sentido para fora, isto é, apontando do centro
da circunferência para a posição da partícula.
C) a sua aceleração é nula.
D) a sua velocidade tem direção tangente à
trajetória circular.
E) a sua velocidade pode possuir uma
componente na direção radial. ?
E13) (UFSM-12) A figura representa dois
disco 1 disco 2 i
a) 1/3 b) 2/3 c)1 d) 3/2 e) 3
atletas numa corrida, percorrendo uma curva
circular, cada um em uma raia. Eles E15) (Unicamp-10) A experimentação é parte
desenvolvem velocidades lineares com essencial do método científico, e muitas
módulos iguais e constantes, num referencial vezes podemos fazer medidas de
fixo no solo. Atendendo à informação dada, grandezas físicas usando instrumentos
assinale a resposta correta. extremamente simples. Usando o relógio e a
régua graduada em centímetros da figura no
espaço de resposta, determine o módulo da
velocidade que a extremidade do ponteiro
dos segundos (o mais fino) possui no seu
movimento circular uniforme.

«-■

cm

a) Em módulo, a aceleração centrípeta de A é


maior do que a aceleração centrípeta de B.
b) Em módulo, as velocidades angulares de A
III' — o
e B são iguais. z/
c) A poderia acompanhar B se a velocidade
angular de A fosse maior do que a de B, em E16) (UECE-15) Durante uma hora o ponteiro
módulo. dos minutos de um relógio de parede executa
d) Se as massas dos corredores são iguais, a um determinado deslocamento angular.

148
ELEMENTOS DA FÍSICA

Nesse intervalo de tempo, sua velocidade os discos A e C estão ligados ao mesmo eixo
angular, em graus minuto, é dada por central.
a) 360. b) 36. c) 6. d)1. Analise as afirmativas abaixo.
I. A velocidade angular do disco C é metade do
E17) (UFG-10) A Lua sempre apresenta a disco B.
mesma face quando observada de um ponto II - A velocidade escalar de um ponto do
qualquer da superfície da Terra. Esse fato, perímetro do disco A é o dobro da velocidade
conhecido como acoplamento de maré, ocorre escalar de um ponto do perímetro do disco C.
porque III. Os discos B e C têm a mesma velocidade
a) a Lua tem período de rotação igual ao seu escalar em pontos de seus perímetros.
período de revolução. IV. O período do disco C é o dobro do período
b) a Lua não tem movimento de rotação em do disco B.
torno do seu eixo. V. As frequências dos discos A e B são iguais.
c) o período de rotação da Lua é igual ao Com base nessas informações, assinale a
período de rotação da Terra. alternativa correta.
d) o período de revolução da Lua é igual ao (A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.
período de rotação da Terra. (B) As afirmativas II e I são verdadeiras.
e) o período de revolução da Lua é igual ao (C) As afirmativas III e IV são verdadeiras.
período de revolução da Terra. (D) As afirmativas I, II, IV são verdadeiras.
(E) As afirmativas I e IV são verdadeiras.
E18) (Ciaba-05) Uma bomba centrífuga gira a
1800 rpm. A velocidade tangencial de um E21) (AFA-07) Uma partícula descreve
volume de fluído impelido pelo seu rotor, de movimento circular passando pelos pontos A e
raio igual a 12 cm, é em m/s de B com velocidades vA e vB , conforme a figura
(a)6,1n (b)7,2n
( b ) 7,27t (c) 8,6rc abaixo. A opção que representa o vetor
(d) 9,3n (e) 10,47t aceleração média entre A e B é
''a
E19) (Ciaba-06) Uma bomba centrífuga de
bordo gira a 1800 rpm, impelindo água salgada
para o sistema de resfria-mento do motor
principal. Sendo o diâmetro externo do rotor
impelidor de 7,5 cm, a velocidade tangencial
imposta à partícula fluida (em m/s), no contato
^B
com o impelidor, é, aproximadamente
(A)1 (B)3 (C) 5 (D) 7 (E) 9

E20) (Ciaba-08) a) c)
\R
b) d)

E22) (Ciaba-12) Devido à resistência do ar,


após algum tempo descendo sem pedalar um
longo plano inclinado de 30°, o ciclista da
figura atingiu uma velocidade escalar máxima
constante v, com as rodas de raio igual a
25,0cm girando, sem deslizar, com frequência
Na figura acima, temos um sistema de angular de 10 rad/s. Nessa velocidade,
transmissão de movimento de um dos motores considerando uma altura inicial h igual a 75,Om,
auxiliares de um navio, formado por três discos a roda dianteira tocará o plano horizontal num
A, B e C. Os raios dos discos B e C são iguais intervalo de tempo, em segundos, igual a
e correspondem à metade do raio do disco A.
Sabe-se que o disco A move-se solidariamente
com o disco B através de uma correia, e que

CZ2 149
Mt. ELEMENTOS DA FÍSICA

interna da raia 8 seja de 8 m. Para que ambos


percorram 400 m, quantos metros o atleta da
« raia mais externa deve partir à frente do atleta
v
da raia mais interna? Dado: n = 3, 14
a) 10,00 m b) 25,12 m c) 32,46 m
d) 50,24 m e) 100,48 m

F3) (FGV-09) Uma grande manivela, quatro


h engrenagens pequenas de 10 dentes e outra
30(>f^■
de 24 dentes, tudo associado a três cilindros
a) 375 b) 240 c) 150 de 8 cm de diâmetro, constituem este pequeno
d) 60,0 e) 33,3 moedor manual de cana.
,,------------------------------------ ...... ; - - - - - -■ - .

y ...... ........... .<-■

F1) (ENEM-09)O Brasil pode se tranoiOrmar no


primeiro país das Américas a entrar no seleto
grupo das nações que dispõem de trens-bala.
O Ministério dos Transportes prevê o
lançamento do edital de licitação internacional
para a construção da ferrovia de alta
velocidade Rio-São Paulo. A viagem ligará os
403 quilômetros entre a Central do Brasil, no
Rio, e a Estação da Luz, no centro da capital
paulista, em uma hora e 25 minutos.
Disponível em: http://oglobo.globo.com.
Acesso em: 14 jul. 2009. Acoplamento das engrenagens
(lado da alavanca)
Devido à alta velocidade, um dos problemas a
Ao produzir caldo de cana, uma pessoa gira a
ser enfrentado na escolha do trajeto que será
manivela fazendo-a completar uma volta a
percorrido pelo trem é o dimensionamento das
cada meio minuto. Supondo que a vara de
curvas. Considerando-se que uma aceleração
cana colocada entre os cilindros seja
lateral confortável para os passageiros e
esmagada sem escorregamento, a velocidade
segura para o trem seja de 0,1 g, em que g é a
escalar com que a máquina puxa a cana para
aceleração da gravidade (considerada igual a
10 m/s5), e que a velocidade do trem se seu interior, em cm/s, é, aproximadamente,
Dado: Se necessário use n = 3
mantenha constante em todo o percurso, seria
A) 0,20. B) 0,35. C) 0,70.
correto prever que as curvas existentes no
D) 1,25. E)1,50.
trajeto deveríam ter raio de curvatura mínimo
de, aproximadamente,
F4) (FGV-10) Fazendo parte da tecnologia
a) 80 m. b)430 m. c) 800 m.
hospitalar, o aparelho representado na figura é
d) 1.600 m. e) 6.400 m.
capaz de controlar a administração
F2) (UEL-11) Uma pista de corrida de 400 m é
constituída por trechos retos e semicirculares,
conforme a figura a seguir: anteparo «r
rígido

A
l n.as
1111°°
[dose certa

í---- 1--------
Figura 10: Pista de atletismo 6 cm j
gotejador
Suponha que dois atletas, nas curvas, sempre
se mantenham na parte mais interna de suas
raias, de modo a percorrerem a menor
distância nas curvas, e que a distância medida
T
de medicamentos em um paciente. Regulando-
a partir da parte interna da raia 1 até a parte

150
ELEMENTOS DA FÍSICA

se o aparelho para girar com frequência de pintadas de cor diferente, como ilustra a figura.
0,25 Hz, pequenos roletes das pontas da
estrela, distantes 6 cm do centro desta,
esmagam a mangueira flexível contra um i—:
anteparo curvo e rígido, fazendo com que o
líquido seja obrigado a se mover em direção
ao gotejador. Sob essas condições, a Ao projetarmos o filme, os fotogramas
velocidade escalar média imposta ao líquido aparecem na tela na seguinte seqüência
em uma volta completa da estrela é, em m/s,
Dado: n= 3,1
a) 2,5.10’2, b) 4,2.10'2. c) 5,0.10’2.
d) 6,6.10’2. e) 9,3.10'2.

F5) (UFJF-05) Na leitura de um CD (Compact o que nos dá a sensação de que as pás estão
Disk), a superfície do CD passa por cima de girando no sentido anti-horário. Calcule
um dispositivo de leitura com uma certa quantas rotações por segundo, no mínimo, as
velocidade linear. Essa velocidade linear deve pás devem estar efetuando para que isto
ser mantida constante durante toda a leitura. ocorra.

MM
F7) (UESPI-10) Numa corrida de automóveis,
realizada num circuito circular de raio 2 km, o
líder e o segundo colocado movem-se,
respectivamente, com velocidades angulares
constantes e iguais a 60 rad/h e 80 rad/h. Num
Quando o dispositivo de leitura está lendo os certo instante, a distância entre eles, medida
dados na região próxima do centro do CD, ele ao longo da pista, é de 100 m. Após quanto
está a uma distância de r = 20mm do centro do tempo o segundo colocado irá empatar com o
disco. Já para leituras na beirada, esta líder? (Para efeito de cálculo, considere os
distância é maior e vale r = 60mm. Se a automóveis como partículas.)
velocidade linear é 1,26m/s, podemos dizer A) 2 s B) 4 s C) 6 s D)8s E) 9 s
que o número de rotações por minuto (rpm) é
(considere 2rr = 6,3): F8) (UESPI-11) A figura a seguir ilustra uma
a) 600 rpm próximo ao centro e 200 rpm ciclista pedalando em sua bicicleta em um
próximo à beirada movimento retilíneo uniforme, com velocidade
b) 200 rpm próximo ao centro e 600 rpm de módulo 2 m/s, em relação a um observador
próximo à beirada em repouso no solo. Os pneus giram sem
c) 300 rpm próximo ao centro e 500 rpm deslizar. Os módulos das velocidades dos
próximo à beirada pontos mais alto (A) e mais baixo (B) do pneu
d) 500 rpm próximo ao centro e 300 rpm dianteiro, em relação a esse observador, são
próximo à beirada respectivamente iguais a:
e) 300 rpm próximo ao centro e 300 rpm
próximo à beirada A
F6) (UFRJ-98) O olho humano retém durante
1/24 de segundo as imagens que se formam
na retina. Essa memória visual permitiu a
B
invenção do cinema. A filmadora bate 24
fotografias (fotogramas) por segundo. Uma vez 5 ‘
revelado, o filme é projetado à razão de 24 A) 2 m/s e 2 m/s B) zero e 2 m/s
fotogramas por segundo. Assim, o fotograma C) 4 m/s e 2 m/s D) 2 m/s e 4 m/s
seguinte é projetado no exato instante em que E) 4 m/s e zero
o fotograma anterior está desaparecendo de
nossa memória visual, o que nos dá a F9) (UFJF-02) Na figura abaixo, quando o
sensação de continuidade. ponteiro dos segundos do relógio está
Filma-se um ventilador cujas pás estão girando apontando para B, uma formiga parte do ponto
no sentido horário. O ventilador possui quatro A e se desloca com velocidade angular
pás simetricamente dispostas, uma das quais

151
ELEMENTOS DA FÍSICA

constante w = 2tt rad/min, no sentido anti- a) cüa < u>b = wR. b) CÜA = tüB < CÜR.
horário. Ao completar uma volta, quantas c) O)A = CÜB = tÜR. d) IOA < <JÜB < (jür.
vezes a formiga terá cruzado com o ponteiro e) (jüa > <job = wR.
dos segundos?
F13) (UERJ-11) Um ciclista pedala uma
bicicleta em trajetória circular de modo que as
direções dos deslocamentos das rodas
mantêm sempre um ângulo de 60°. O diâmetro
da roda traseira dessa bicicleta é igual à
metade do diâmetro de sua roda dianteira.O
esquema a seguir mostra a bicicleta vista de
cima em um dado instante do percurso.
roda dianteira
a) Zero. b) Uma. c) Duas.
d) Três. e) ti.

F10) (UFPE-00) Uma arma dispara 30 roda traseira


balas/minuto. Estas balas atingem um disco
girante sempre no mesmo ponto atravessando
um orifício. Qual a velocidade angular do disco,
em rotações por minuto?

F11) (UFPE-02) O ponteiro de segundos de


um relógio defeituoso completa uma volta em
1,02 min. Após quantos minutos, marcados Admita que, para uma volta completa da
em um relógio que trabalha corretamente, o bicicleta, Nt é o número de voltas dadas pela
relógio defeituoso estará marcando um minuto roda traseira e N2 o número de voltas dadas
a menos? Suponha que o período do relógio pela roda dianteira em torno de seus
defeituoso é constante. respectivos eixos de rotação. A razão NVN2 é
igual a:
F12) (UFRGS-13) A figura apresenta (A) 1 (B) 2 (C) 3 D) 4
esquematicamente o sistema de transmissão
de uma bicicleta convencional. F14) (Mackenzie-01) Num relógio convencional,
às 3h pontualmente, vemos que o ângulo
formado entre o ponteiro dos minutos e o das
< ®R horas mede 90°. A partir desse instante, o
P menor intervalo de tempo, necessário para que
A
esses ponteiros fiquem exatamente um sobre
^2£b o outro, é:
a) 15 minutos d) 360/21 minutos
“A
b) 16 minutos e) 17,5 minutos
§ c) 180/11 minutos
R
Na bicicleta, a coroa A conecta-se à catraca B F15) (UFPA-13) O escalpelamento é um grave
através da correia P. Por sua vez, B é ligada à acidente que ocorre nas pequenas
roda traseira R, girando com ela quando o embarcações que fazem transporte de
ciclista está pedalando. Nesta situação, ribeirinhos nos rios da Amazônia. O acidente
supondo que a bicicleta se move sem deslizar, ocorre quando fios de cabelos longos são
as magnitudes das velocidades angulares, toA, presos ao eixo desprotegido do motor. As
coB e cür, são tais que vitimas são mulheres e crianças que acabam

152
^ELEMENTOS DA FÍSICA

tendo o couro cabeludo arrancado. Um barco horizontalmente assumindo a posição 1 ou 2.


típico que trafega nos rios da Amazônia, Na posição 1, a engrenagem B acopla-se à
conhecido como “rabeta”, possui um motor engrenagem C e, na posição 2, a engrenagem
com um eixo de 80 mm de diâmetro, e este A acopla-se à engrenagem D. Com as
motor, quando em operação, executa 3000 engrenagens B e C acopladas, a hélice H-i gira
rpm. Considerando que, nesta situação de com velocidade angular constante w, e, com
escalpeamento, há um fio ideal que não estica as engrenagens A e D acopladas, a hélice H2
e não desliza preso ao eixo do motor e que o gira com velocidade angular constante co2.
tempo médio da reação humana seja de 0,8 s Posição 1
(necessário para um condutor desligar o
motor), é correto afirmar que o comprimento B
eixo ligado A
deste fio que se enrola sobre o eixo do motor,
neste intervalo de tempo, é de:
ao motor

i- __ _C3

I
a) 602,8 m b) 96,0 m c) 30,0 m
d) 20,0 m e) 10,0 m n

F16) (UFPB-12) Em uma bicicleta, a


transmissão do movimento das pedaladas se
faz através de uma corrente, acoplando um H2
disco dentado dianteiro (coroa) a um disco Hl1 D
dentado traseiro (catraca), sem que haja c
deslizamento entre a corrente e os discos. A
catraca, por sua vez, é acoplada à roda
traseira de modo que as velocidades angulares Posição 2
da catraca e da roda sejam as mesmas (ver a
seguir figura representativa de uma bicicleta) B
eixo ligado
A
ao motor
roda

4R
©
/T
0.5 m

_L Hl1
corrente
coroa catraca c
Adaptado de: < http J/revistaescola abril.com.br/ensino-medio/equilibriorodas-
532002.shtml >. Acesso em: 12 ago. 2011. (http://carros.hsw.uol com.br. Adaptado.)
Em uma corrida de bicicleta, o ciclista desloca Considere rA , rB , rc e rD os raios das
-se com velocidade escalar constante, engrenagens A, B, C e D, respectivamente.
mantendo um ritmo estável de pedala das, Sabendo que rB = 2rA e que rc = rD , é correto
capaz de imprimir no disco dianteiro uma afirmar que a relação Wi/w2 é igual a
velocidade angular de 4 rad/s, para uma A) 1,0. B) 0,2. C) 0,5. D) 2,0. E) 2,2.
configuração em que o raio da coroa é 4R, o
raio da catraca é R e o raio da roda é 0,5 m. F18) (Unicamp-15) Considere um computador
Com base no exposto, conclui-se que a que armazena informações em um disco rígido
velocidade escalar do ciclista é: que gira a uma frequência de 120 Hz. Cada
a) 2 m/s b) 4 m/s c) 8 m/s unidade de informação ocupa um comprimento
d) 12 m/s e) 16 m/s físico de 0,2 pm na direção do movimento de
rotação do disco. Quantas informações
F17) (Unesp-15) A figura representa, de forma magnéticas passam, por segundo, pela cabeça
simplificada, parte de um sistema de de leitura, se ela estiver posicionada a 3 cm do
engrenagens que tem a função de fazer girar centro de seu eixo, como mostra o esquema
duas hélices, H, e H2. Um eixo ligado a um simplificado apresentado abaixo?
motor gira com velocidade angular constante e (Considere n = 3.)
nele estão presas duas engrenagens, A e B.
Esse eixo pode se movimentar

153
ELEMENTOS DA FÍSICA

Disco rígido Roda dentada Roda dentada


.Cabeça de leitura vista frontal vista de perfil

Ez

* Fonte de luz F
0,2 fim Nesta condição, a roda, com N dentes, gira
a) 1,62x10®. b) 1,8x10®. com velocidade angular constante e dá V
c) 64,8x10®. d) 1,08x10®. voltas por segundo.______________________
Note e adote:
No experimento de Fizeau, os dentes da roda estão
F19) (PASUSP-10) Uma bicicleta tem a roda igualmente espaçados e têm a mesma largura dos
dianteira com raio 27 cm e a roda traseira com espaços vazios;
raio 33 cm. Estando a bicicleta parada, dois L = 8600 m;
pontos A e B são marcados, nas rodas N = 750;
V = 12 voltas por segundo.__________________________
dianteira e traseira, nos respectivos pontos de
contato com o solo, conforme a figura. Depois a) Escreva a expressão literal para o intervalo
de a bicicleta percorrer uma distância d, os de tempo At em que a luz se desloca da roda
pontos A e B voltam a ficar, simultaneamente, até E2 e retorna à roda, em função de L e da
em contato com o solo. Assumindo que não há velocidade da luz c.
escorregamento das rodas da bicicleta, o b) Considerando o movimento de rotação da
menor valor de d, em metros, para o qual essa roda, escreva, em função de N e V, a
situação acontece, é expressão literal para o intervalo de tempo At
decorrido entre o instante em que a luz passa
pelo ponto central entre os dentes A e B da
roda e o instante em que, depois de refletida
por E2, é bloqueada no centro do dente B.
c) Determine o valor numérico da velocidade
da luz, utilizando os dados abaixo.
27 cm 33 cm
F21) (Fuvest-15) Uma criança com uma bola
nas mãos está sentada em um "gira-gira" que
A B roda com velocidade angular constante e
a)1,98rr b)2,977t c) 5,94n d) 8,91n e) 17,82n
frequência / = 0,25 Hz. Adote n = 3.
a) Considerando que a distância da bola ao
F20) (Fuvest-14) A primeira medida da centro do "gira-gira" é 2 m, determine os
velocidade da luz, sem o uso de métodos módulos da velocidade VT e da aceleração a
astronômicos, foi realizada por Hippolyte da bola, em relação ao chão.
Num certo instante, a criança arremessa a bola
Fizeau, em 1849. A figura abaixo mostra um
esquema simplificado da montagem horizontalmente em direção ao centro do "gira-
experimental por ele utilizada. Um feixe fino de gira", com velocidade VR de módulo 4 m/s, em
relação a si. Determine, para um instante
luz, emitido pela fonte F, incide no espelho
plano semitransparente E,. A luz refletida por imediatamente após o lançamento,
b) o módulo da velocidade U da bola em
E, passa entre dois dentes da roda dentada R,
relação ao chão;
incide perpendicularmente no espelho plano E2
c) o ângulo 6 entre as direções das
que está a uma distância L da roda, é refletida
velocidades U e VR da bola.
e chega ao olho do observador. A roda é então
colocada a girar em uma velocidade angular tal
F22) (Fuvest-16) Em janeiro de 2006, a nave
que a luz que atravessa o espaço entre dois
espacial New Horizons foi lançada da Terra
dentes da roda e é refletida pelo espelho E2,
não alcance o olho do observador, por atingir o com destino a Plutão, astro descoberto em
1930. Em julho de 2015, após uma jornada de
dente seguinte da roda.
aproximadamente 9,5 anos e 5 bilhões de km,
a nave atinge a distância de 12,5 mil km da

154
ELEMENTOS DA FÍSICA

superfície de Plutão, a mais próxima do astro, superfície plana e horizontal. A velocidade v


e começa a enviar informações para a Terra, do centro O do disco em relação à Terra é
por ondas de rádio. constante e seu módulo vale 10 m/s. O módulo
Note e adote: da velocidade do ponto A da periferia do disco,
em relação à Terra, no instante mostrado na
Velocidade da luz = 3 x 103 m/s
figura abaixo é de:
Velocidade média de Plutão = 4,7 km/s

Perímetro da órbita elíptica de Plutão = 35,4 x 109 km


V
1 ano = 3 x 107 s

Determine
a) a velocidade média v da nave durante a
viagem; Figura ilustrativa
b) o intervalo de tempo A t que as informações a) 5 m/s b) 5n m/s C) 10 m/s
enviadas pela nave, a 5 bilhões de km da d) 10n m/s e) 20 m/s
Terra, na menor distância de aproximação
entre a nave e Plutão,
levaram para chegar em nosso planeta;
c) o ano em que Plutão completará uma volta
em torno do Sol, a partir de quando foi A1) (AFA-09) Dispõe-se de quatro polias ideais
descoberto. de raios RA = R, Rb = 3R, Rc = R/2 e RD = R/10
que podem ser combinadas e acopladas a um
F23) (EEAR-02) Dois móveis A e B percorrem motor cuja frequência de funcionamento tem
a mesma pista circular com movimentos valor f. As polias podem ser ligadas por
uniformes, partindo do mesmo ponto e correias ideais ou unidas por eixos rígidos e,
caminhando no mesmo sentido. A velocidade nos acoplamentos, não ocorre escorregamento.
angular de A é o triplo da velocidade angular Considere que a combinação dessas polias
de B e 0,5 s após a partida eles se encontram com o motor deve acionar uma serra circular
pela primeira vez. A velocidade angular de B, (S) para que ela tenha uma frequência de
em rad/s, vale rotação igual a 5/3 da frequência do motor.
Dado: n = 3,14 Sendo assim, marque a alternativa que
a) 2,00. b) 3,00. c) 3,14. d) 6,28. representa essa combinação de polias.
a) b)
F24) (Ciaba-17) Considere uma polia girando
em torno de seu eixo central, conforme figura
abaixo. A velocidade dos pontos A e B são,
respectivamente, 60 cm/s e 0,3 m/s. A
distância AB vale 10 cm. O diâmetro e a
velocidade angular da polia, respectivamente,
valem:

c) d)

a) 10 cm e 1,0 rad/s b) 20 cm e 1,5 rad/s


c) 40 cm e 3,0 rad/s d) 50 cm e 0,5 rad/s
e) 60 cm e 2,0 rad/s
A2) (AFA-10) Um carro percorre uma curva
F25) (Espcex-04) Um disco uniforme e circular com velocidade linear constante de 15
homogêneo rola sem deslizar sobre uma m/s completando-a em 5V2s, conforme figura

155
ELEMENTOS DA FÍSICA I
í
abaixo. CO (rad/s)
2n

1Ott t(s)
Figura 3
Nessas condições, o número total de voltas
v dadas pela polia A até parar e o módulo da
aceleração a, em m/s2, são, respectivamente,
É correto afirmar que o módulo da aceleração a) 5n, 7t c) 2(n — 1), 3tt
média experimentada pelo carro nesse trecho, b) 5n, 5n d)5(n+1), 5n
em m/s2, é
a) 0 b) 1,8 c) 3,0 d) 5,3 A4) (Ciaba-08) Um satélite meteorológico
envia para os computadores de bordo de um
A3) (AFA-13) A figura 1 abaixo apresenta um navio conteneiro informações sobre um
sistema formado por dois pares de polias tornado que se forma na rota desse navio a
coaxiais, AB e CD, acoplados por meio de uma 54,0 milhas a boreste (direita). Segundo as
correia ideal e inextensível e que não desliza informações, o tornado tem forma cônica de
sobre as polias C e B, tendo respectivamente 252 m de altura e 84 m de raio. A velocidade
raios RA = 1 m, RB = 2 m , RC = 10 m e RD = angular é aproximadamente 45 rad/s. O
0,5 m. módulo da velocidade vetorial de rotação do
tornado, em km/h, num ponto situado a 3 m do
plano de sua base, vale
(A)162 (B)242 (C) 308 (D)476 (E)588

A5) (ITA-88) Um disco gira, em torno do seu


eixo, sujeito a um torque constante.
Determinando-se a velocidade angular média
Figura 1 entre os instantes t = 2,0 s e t = 6,0 s,
A polia A tem a forma de um cilindro no qual obteve-se 10 rad/s. Calcular a velocidade
está enrolado um fio ideal e inextensível de angular no instante t = 0 e a aceleração
comprimento L = 10n m em uma única camada, angular a.
como mostra a figura 2. a>0 rad (s) a I rad / s2 ]
F ( )A. 12 - 0,5
( )B. 15 - 0,5
nk
■Q
( )C. 20 0,5
( )D. 20 - 2,5
( )E. 35 2,5
8
Figura 2 A6) (ITA-79) Um ponto P de uma roda é
Num dado momento, a partir do repouso, o fio obrigado a descrever uma trajetória circular de
é puxado pela ponta P, por uma força F raio R, com aceleração a de modo constante.
constante que imprime uma aceleração linear Num dado instante, a direção e o sentido dos
a, também constante, na periferia da polia A, vetores aceleração e velocidade são os
até que o fio se solte por completo desta polia. indicados na Fig.í abaixo:
A partir desse momento, a polia C gira até _
parar após n voltas, sob a ação de uma
aceleração angular constante de tal forma que
o gráfico da velocidade angular da polia D em
função do tempo é apresentado na figura 3.
Pode-se, então, afirmar que
a) as componente tangencial e centrípeta de ã,

I
156
ELEMENTOS DA FÍSICA

respectivamente, ãT e ac são constantes em A11) (ITA-73) Um flutuador em colchão de ar,


módulo. de massa m, desloca-se num círculo horizontal,
b) sendo periódico o movimento, decorrido um sobre uma mesa e preso à extremidade de um
período após o instante correspondente à fio inextensível, de comprimento igual a 0,8 m,
situação da Fig.1 acima, a_ nova configuração com velocidade angular mostrada no gráfico (a
propulsão é dada pelos gases expelidos pelo
dos vetores velocidades v' e aceleração ã ,
aparelho). Suponha a massa do aparelho
com v' > v é ilustrada na Fig.2 acima. _
constante. Calcule as acelerações angular (a),
c) 0 módulo da aceleração tangencial aT', em tangencial(a) e centrípeta(ac ) e assinale a
v2 resposta correta abaixo.
cada instante, é dado por aT = —. 0) rd/s

d) A força que atua na partícula é constante.


e) na primeira vez a partícula torna a passar
pela posiçãojnicial, a configuração dos vetores
7
velocidades v' e aceleração ã , com v' > v, é
ilustrada na Fig.3 acima.
5

A7) (ITA-68) Num relógio, o ponteiro dos


3
minutos se superpõe ao ponteiro das horas
exatamente às
1 t
a) 6 horas e 355/11 minutos
b) 6 horas e 358/11 minutos
0 5 10 15 20 25 (s)
c) 6 horas e 360/11 minutos
d) 6 horas e 365/11 minutos a(rd/s2) a(m/s2) ac(m/s2 )
e) Nenhuma das respostas acima. A) 0,25 0,20 0,8 + 0,32t + 0,32t2
B) 0,20 0,16 0,8 + 0,4t + O.Oõt2
A8) (ITA-85) Uma roda de bicicleta tem raio de C) 0,25 0,20 0,8 + 0,4t + O.Oõt2
25 cm. Em 5 s o ciclista alcança a velocidade D) 0,20 0,16 0,8 + 0,32t + 0,032^
de 10 m/s. A aceleração angular da roda, E) 0,25 0,16 0,8 + 0,32t + 0.03212
suposta constante, é:
a) 20 rad/s2. b) 0,08 rad/s2. c) 2 rad/s2. A12) (ITA-89) Num plano horizontal, sem atrito,
d) 8 rad/s2. e) 0,5 rad/s2. uma partícula m, move-se com movimento
circular uniforme de velocidade angular co. Ao
A9) (ITA-74) Uma partícula descreve um passar pelo ponto P , outra partícula, m 2, é
movimento circular de raio R, partindo do lançada do ponto 0 com velocidade v0. Qual o
repouso e com uma aceleração tangencial aT = valor de v0 para que rri! e m2 colidam em Q ?
const. A relação entre a aceleração centrípeta,
ac, e a aceleração tangencial ac/aT é: a) 2 n r co
a)aT2t/R bJR/a,!2 c)v2/R
b) 2<o/7tr
d) aT t / R e) aT t2 / R
c) 2rco/n
d) rco/n
A10) (ITA-82) Acima de um disco horizontal de
e) nro
centro 0 que gira em torno do seu eixo, no
vácuo, dando 50,0 voltas por minuto, estão
suspensas duas pequenas esferas M e N. A
primeira está 2,00m acima do disco e a
A13) (ITA-01) Uma partícula move-se ao longo
segunda 4,50m acima do disco, ambas numa
de uma circunferência circunscrita em um
mesma vertical. Elas são abandonadas
quadrado de lado L com velocidade angular
simultaneamente e, ao chocar-se com o disco,
constante. Na circunferência inscrita nesse
deixam sobre ele pequenas marcas M’ e N'
mesmo quadrado, outra partícula move-se com
tais que o ângulo M'ON' é igual a 95,5°.
a mesma velocidade angular. A razão entre os
Podemos concluir que a aceleração de módulos das respectivas velocidades
gravidade local vale tangenciais dessas partículas é:
A) 10,1 ms2 B) 49,3 m s'2 C) 9,86 m s'2
a)>/2 b) 2>/2 c)^ d)^| . V3
D) 11,1 ms’2 E) 3,14 ms'2 e) —
2

157
ELEMENTOS DA FÍSICA

A14) (ITA-01) No sistema convencional de a) A aceleração angular;


tração de bicicletas, o ciclista impele os pedais, b) O tempo decorrido durante as 50 revoluções.
cujo eixo movimenta a roda dentada (coroa) e
a ele solidária. Esta, por sua vez, aciona a A18) (ITA-91) Considere dois carros que
corrente responsável pela transmissão do estejam participando de uma corrida. O carro A
movimento a outra roda dentada (catraca), consegue realizar cada volta em 80 s enquanto
acoplada ao eixo traseiro da bicicleta. o carro B é 5,0% mais lento. O carro A é
Considere agora um sistema duplo de tração, forçado a uma parada nos boxes ao completar
com 2 coroas, de raios R1 e R2 (R1 < R2) e 2 a volta de número 06. Incluindo aceleração,
catracas R3 e R4 (R3 < R4), respectivamente. desaceleração e reparos, o carro A perde 135
Obviamente, a corrente só toca uma coroa e s. Qual deve ser o número mínimo de voltas
uma catraca de cada vez, conforme o completas da corrida para que o carro A possa
comando da alavanca de câmbio. A vencer?
combinação que permite máxima velocidade a) 28 b) 27 c) 33 d) 34
da bicicleta, para uma velocidade angular dos e) Nenhuma das alternativas anteriores.
pedais fixa, é
a) coroa R1 e catraca R3. A19) (ITA-95) Um avião voa numa altitude e
b) coroa R1 e catraca R4. velocidade de módulo constantes, numa
c) coroa R2 e catraca R3. trajetória circular de raio R, cujo centro
d) coroa R2 e catraca R4 coincide com o pico de uma montanha onde
e) é indeterminada já que não se conhece o está instalado um canhão. A velocidade
diâmetro da roda traseira da bicicleta. tangencial do avião é de 200 m/s e a
componente horizontal da velocidade da bala
A15) (ITA-01) Em um farol de sinalização, o do canhão é de 800 m/s. Desprezando-se os
feixe de luz está acoplado a um mecanismo efeitos de atrito e movimento da Terra e
rotativo que realiza uma volta completa a cada admitindo que o canhão está direcionado de
T segundos. O farol se encontra a uma forma a compensar o efeito da atração
distância R do centro de uma praia de gravitacional, para atingir o avião, no instante
comprimento 2L, conforme a figura. O tempo do disparo o canhão deverá estar apontando
necessário para o feixe de luz “varrer” a praia, para um ponto à frente do mesmo situado a:
em cada volta, é: a) 4,0 rad b) 4,0n rad c) 0,25R rad
d) 0,25tt rad e) 0,25 rad
a) arctg (L/R)T/(2n) * farol
b) arctg (2L7R)T/(2rt) A20) (ITA-13) Um dispositivo é usado para
c) arctg (L/R)T/7t R determinar a distribuição de velocidades de um
d) arctg (L/2R)T/(2n) gás. Em t = 0, com os orifícios O’ e O
e) arctg (L/R)T/n alinhados no eixo z, moléculas ejetadas de O’,
L L após passar por um colimador, penetram no
orifício O do tambor de raio interno R, que gira
A16) (IME-75) Calcular a velocidade e a com velocidade angular constante <o.
aceleração absolutas do ponto A, figura abaixo, Considere, por simplificação, que neste
situado na periferia da roda de um trem que se instante inicial (t = 0) as moléculas em
desloca no plano horizontal, com movimento movimento encontram-se agrupadas em torno
retilíneo uniforme. do centro do orifício O. Enquanto o tambor gira,
Dados: Diâmetro da roda = 1 m conforme mostra a figura, tais moléculas
Velocidade do trem = 72 km/hora movem-se horizontalmente no interior deste ao
longo da direção do eixo z, cada qual com sua
própria velocidade, sendo paulatinamente
a -C V depositadas na superfície interna do tambor no
final de seus percursos. Nestas condições,
obtenha em função do ângulo 0 a expressão
para v - vmm, em que v é a velocidade da
molécula depositada correspondente ao giro 0
A17) (IME-77) A velocidade angular de um do tambor e vmin é a menor velocidade possível
volante decresce uniformemente de 900 rpm para que as moléculas sejam depositadas
até 300 rpm, efetuando para isto 50 revoluções. durante a primeira volta deste.
Calcular:

158
ELEMENTOS DA FÍSICA

de celulares anunciou recentemente que seu


Colimador a> produto podería produzir vídeos em full HD
equivalente a uma taxa de 60 quadros por
R segundo.
O'.. z

O
D-
A21) Uma partícula está se movendo em uma
trajetória circular com o módulo constante da
aceleração tangencial. Depois de um certo
tempo t de movimento, o ângulo entre a
aceleração total e o vetor velocidade é igual a
45°. Qual é o valor da aceleração angular da
partícula?
ajn/t2 b) 1/t2 c)2n/t2 d) Vã/t2 e) V2 / 2t2 Qual deveria ser a velocidade angular que um
cinematógrafo com 15 fendas deveria girar
A22) (OBF-13) Considere uma pista de para obter a taxa de 60 quadros por segundo?
atletismo composta de duas partes retilíneas
de 80 m de comprimento e duas partes A24) (OBF-15) Duas partículas A e B partem
semicirculares de 40 m de raio, como mostra a da origem O e viajam em direções opostas ao
figura ao lado. Os pontos A e B estão longo do caminho circular de raio 5 m com
posicionados no encontro entre as duas partes velocidades de módulos constantes vA = 0,7
retilíneas e uma parte circular. Um corredor m/s e vB = 1,5 m/s.
cuja massa é de 50 kg completa uma volta
com velocidade constante no sentido anti-
horário em 50 s. A rosa dos ventos no interior
do circuito indica as direções Norte-Sul e
Leste-Oeste. Use rt = 3.
B

a) Determine a distância percorrida pelas


partículas no instante t = 2,0 s.
A b) Calcule o instante do encontro das
a) Qual é a velocidade média do corredor partículas.
durante o percurso?
b) Qual a freqüência do movimento (em Hertz A25) (OBF-15) A primeira medida da
-Hz)? velocidade da luz a partir de dados não
c) Qual(is) a(s) direção(ões) em que a astronômicos foi realizada pelo físico francês
aceleração do corredor é maior? Armand H. L. Fizeau em 1849. A figura mostra
um diagrama simplificado do aparato montado
A23) (OBF-13) O cinematógrafo é um projetor por Fizeau. Uma fonte luminosa emite um raio
de imagens representando cenas em de luz que passa por um divisor de feixe -
movimento. Fendas verticais são posicionadas espelho semitransparente. Parte da luz é
na periferia de um tambor. Na parte interna perdida e a outra parte passa entre os dentes
são colocadas, nos intervalos entre as fendas, de um disco dentado sendo refletida num
imagens sucessivas de uma cena em espelho plano posicionado a uma distância L
movimento. Enquanto o tambor gira com certa da engrenagem. O feixe refletido no espelho
velocidade, o observador tem a ilusão de que o plano retorna pelo mesmo caminho e é
objeto está se movendo. Um famoso fabricante observado em O. O disco, que tem N dentes é,

159
—-e—T--- • . . .

ELEMENTOS DA FÍSICA

então, posto a girar e o observador vê a A27) (OBF-16) A figura apresenta parte do


imagem intermitente. A medida que a funcionamento de uma máquina. O círculo
velocidade angular aumenta as interrupções representa uma roda que rola sem escorregar
diminuem. Para certa velocidade angular w a em um trilho fixo horizontal. A biela BC está
luz refletida é completamente obstruída, ou articulada à roda no ponto B e a um colar C
seja, nenhuma luz chega ao observador. que desliza ao longo de um eixo fixo vertical.
Espelho No instante em que o centro da roda A se
desloca com velocidade de 200 mm/s para a
O L
direita, qual a velocidade do colar C?
60 mm ,
220 mm

C
Luz incidente e
refletida no
espelho

160 mm
divisor de feixe
Fonte de luz

luz perdida B A
80 mm
(a) Determine a expressão para a velocidade !
da luz em termos das varáveis fornecidas no
texto.
(b) No experimento realizado por Fizeau a A28) Um ponto se movimenta ao longo de uma
engrenagem tinha 720 dentes, a distância L foi circunferência de raio R. Sua velocidade
de 8600 mea velocidade angular em que o depende da distância percorrida s como
efeito foi observado era de 12,5 rotações por v = kVs , onde k é uma constante. Determine o
segundo. Neste caso, determine a velocidade
ângulo a entre os vetores aceleração
da luz encontrada por Fizeau.
resultante e velocidade como função de s.
A26) (OBF-16) Uma barra de comprimento L
A29) Uma partícula se movimenta ao longo de
tem suas extremidades A e B presas a anéis
um plano com velocidade de módulo constante
que deslizam em trilhos que coincidem com os
v. A trajetória da partícula é dada por y(x) = kx2,
eixos cartesianos, conforme a figura abaixo.
onde k é uma constante não nula. Determine a
No instante ilustrado, a barra encontra-se com
aceleração e o raio de curvatura da partícula
velocidade nula e sabe-se que a aceleração do
no ponto (0, 0).
ponto A é constante, aponta para a origem do
sistema de referência e tem módulo 4,00 m/s2.
yI
A

L
800 mm

B
■>

X
600 mm
Determine:
(a) a equação horária da extremidade B e
(b) a velocidade média de B entre a
configuração inicial e o instante em que a
extremidade A chega ao ponto onde os trilhos
se cruzam.

160
ELEMENTOS DA FÍSICA

ESTÁTICA
CONCEITO DE EQUILÍBRIO
Equilíbrio Relativo

Considere duas partículas A e B, de massas mA e mB, respectivamente, que se


movimentam no espaço sob a ação das forças representadas na figura abaixo. Se ã, e ã2 são as
acelerações dos corpos A e B, respectivamente, medidas por um mesmo referencial, e as forças
resultantes em A e B são e Frb , respectivamente, segue que:

Fb,

’ :ía - FAi + Fa2 + FA3 + FA4 mAaA e ^RB — FB, + FB2 + FB3 + FB4 + FBB + FB6 = mBãB
FAi + FA2 + FA3 + FA4 FBi + Fb2 + FB3 + FB4 + FB5 + FB6
ãA = e ãB
mA mB

Afirma-se que as partículas A e B encontram-se em equilíbrio relativo quando a aceleração


relativa entre A e B é nula. A aceleração relativa nada mais é do que a diferença vetorial entre as
acelerações das partículas:

= ãB - ãA = 0 ãA=ãB

Assim, o equilíbrio relativo entre as partículas A e B ocorre quando as acelerações das


duas partículas são iguais, acelerações estas medidas pelo mesmo referencial.

zj Considere agora um sistema de eixos Oxyz que se


movimenta no espaço com as mesmas velocidade e aceleração da
partícula A, que está localizada na origem do sistema. Este sistema
mede que A está em repouso. Consequentemente, a aceleração
que este sistema Oxyz mede de B é igual a aceleração relativa
entre as partículas A e B:

AãR ãB -ãA =ãB-0 ã8

Desta maneira, pode-se concluir que o conceito de equilíbrio está ligado diretamente ao
referencial adotado para medir a velocidade e a aceleração da partícula. Uma partícula pode estar
em equilíbrio relativamente a um referencial e não estar em equilíbrio em relação a outro
referencial, bastando para isso que exista uma aceleração relativa não nula entre os dois
referenciais.

Por fim, pode-se enunciar que uma partícula está em equilíbrio relativamente a um
referencial se este referencial mede uma aceleração nula desta partícula.

Deve-se ressaltar que, até este momento, estamos tratando do equilíbrio de uma partícula,
ou seja, de corpos cujas dimensões são desprezíveis. O estudo do equilíbrio de corpos extensos
será apresentado mais adiante neste mesmo capítulo.
a

161
ELEMENTOS DA FÍSICA

Tipos de Equilíbrio

Pode-se classificar o equilíbrio com relação ao movimento da partícula. Uma partícula A


está em equilíbrio estático relativamente a um referencial Oxyz quando este referencial mede
que a velocidade de A é nula a todo instante. Neste caso, afirma-se que a situação da partícula A
em relação ao referencial é de repouso. Por outro lado, afirma-se que uma partícula A está em
equilíbrio dinâmico em relação a um referencial Oxyz quando este referencial mede que a
velocidade v da partícula é constante. Perceba que essa classificação depende do referencial
adotado. Uma partícula A pode estar em equilíbrio estático com relação a um referencial O e em
equilíbrio dinâmico em relação ao referencial O’.

Outra classificação de equilíbrio é quanto à estabilidade. Como premissa, admita que a


partícula encontra-se em situação de equilíbrio relativamente a um referencial. Classifica-se de
equilíbrio estável a situação em que a partícula tende a retornar à posição de equilíbrio quando
alguma pequena perturbação é realizada sobre sua situação de equilíbrio original. Partículas em
equilíbrio estável, após serem retiradas de sua posição original, têm seu centro de gravidade
ocupando posições superiores. A situação de equilíbrio instável ocorre quando, após a partícula
ser levemente afastado de sua posição de equilíbrio, a partícula não retorna mais é posição inicial
de equilíbrio. Partículas em equilíbrio instável, após serem retiradas de sua posição original, têm
seu centro de gravidade ocupando posições inferiores. Denomina-se de equilíbrio indiferente a
situação em que uma partícula mantém sua posição de equilíbrio quando sua posição ou rotação
são alteradas. Partículas em equilíbrio indiferente, após serem retiradas de sua posição original,
têm seu centro de gravidade ocupando posições de mesma altura.

As figuras abaixo exemplificam os tipos de equilíbrio com relação à estabilidade.

Equilíbrio estável Equilíbrio instável Equilíbrio indiferente

fõl

Barra pivotada em um Barra pivotada em um Barra pivotada em um


parede a partir de um parede a partir de um parede a partir de um ponto
ponto acima do seu CM ponto abaixo do seu CM coincidente com seu CM

Equilíbrio Estável Equilíbrio Instável Equilíbrio Indiferente

162
ELEMENTOS DA FÍSICA

EQUILÍBRIO DE TRANSLAÇÃO

Considere que, em determinado instante, n forças estão atuando sobre um corpo de


massa m no espaço.

F„

*F3

A força resultante em um corpo é igual a soma vetorial de todas as forças que atuam no
corpo. Pela 2a Lei de Newton, sabe-se que a força resultante é o produto da massa do corpo pela
aceleração resultante.

FR=F1+F2+... + Fn=mãR

Como já foi enunciado, um corpo está em equilíbrio relativamente a um referencial quando


este referencial mede que a aceleração do corpo é nula. Se a aceleração resultante é nula, então
a força resultante no corpo também é nula. Desta forma, a condição necessária e suficiente para
que um corpo esteja em equilíbrio de translação é que a soma vetorial das forças atuantes no
corpo é nula:

Fr=0 o ^+^+... + ^=0

Pode-se decompor a soma das forças nos eixos x, y e z:

F1x + F2x nx 0
F1y F2y + •■• + Fny 0

F1z +F2z +- + Fnz =°

A maioria absoluta das situações problemas apresentadas em vestibulares militares, que é


foco desta coleção, engloba forças distribuídas em um plano. É muito raro uma situação de ter de
decompor o cálculo da força resultante em três dimensões, o mais comum é a decomposição em
duas dimensões e, alguns casos, basta analisar uma dimensão mesmo. Decompor em duas
dimensões significa obter duas equações, que são lineares em relação às componentes da força
resultante. Deste modo, se as forças atuantes em um corpo em equilíbrio de translação estão
distribuídas ao longo de um plano, pode-se determinar duas equações envolvendo as forças, uma
para cada eixo, digamos x e y. Pela teoria das equações lineares, com duas equações
linearmente independente, pode-se, por meio de manipulação algébrica, determinar o valor de
duas variáveis desconhecidas na configuração proposta, como duas componentes de forças que
atuam no corpo e cujo valor não seja fornecido. Analogamente, se as forças estiverem distribuídas
ao longo do espaço (caso mais raro mais possível de ocorre) pode-se obter três equações
lineares envolvendo as componentes das forças, uma para cada eixo, sendo possível determinar,
no máximo, o valor de três componentes de forças cujos valores sejam desconhecidos.

163
ELEMENTOS DA FÍSICA

Teorema das Três Forças


Se um corpo está em equilíbrio de translação sob a atuação de exatamente três forças,
essas três forças são paralelas entre si ou formam um triângulo fechado.
Demonstração:
Suponha que uma corpo de massa m, em equilíbrio de translação, esteja sujeito à ação de
exatamente três forças, F,, F2 e F3 . Desde que existe equilíbrio de translação, F, + F2 + F3 = 0, ou
seja: F, + F2 = -F3. Se F, e F2 forem vetores paralelos, sua soma é paralela a F, e F2 . Assim, -F3
é paralelo aF,eF2 e como F3 possui mesma direção de -F3, segue que os vetores F,, F2 e F3
são paralelos. Caso F, e F2 não sejam paralelos, a expressão F|+F2=-F3 implica em uma
configuração do tipo.

Fi
5

-f3
Deste modo, se Ê, e F2 não forem paralelos, necessariamente os vetores F,, F2 e F3
formam um triângulo fechado, conhecido como triângulo de forças do corpo em equilíbrio de
translação. Note que para as três forças formarem um triângulo fechado é necessário que o corpo
esteja em equilíbrio de translação.
Na figura abaixo está um exemplo clássico da teorema das três forças para o caso de
forças paralelas. Uma barra, em equilíbrio de translação, está apoiada por um suporte e possui
dois corpos apoiados em suas extremidades. Observe que todas as forças são verticais. Para que
ocorra equilíbrio é necessário que F, + F2 + F3 = 0.

f2
F,

r1 a 1 1

f3

Uma possível situação prática de três forças formando um triângulo fechado se encontra
na figura abaixo. Um corpo, de peso P , está preso ao teto por duas cordas. Denominando de fj e
f2 as trações nas cordas, para que ocorra o equilíbrio, as forças devem formar um triângulo
fechado. Note que nem sempre as forças vão formar o triângulo diretamente na decomposição de
forças da figura original. Em algumas situações, como a exemplificada abaixo, é necessário
deslizar os vetores para que o triângulo seja formado.

164
ELEMENTOS DA FÍSICA

EQUILÍBRIO DE ROTAÇÃO

Braço de uma Força em Relação a um Ponto


Braço de uma força F em relação a um ponto P é definido como a distância entre a linha
de ação de F e o ponto P. Normalmente usa-se a letra b para designar o braço de uma força. A
figura abaixo exemplifica o braço b de F em relação a um ponto P.

b\
%

É importante ressaltar que a distância é em relação à linha de ação da força F, uma vez
que o ponto de aplicação da força faça com que a menor distância de F até o ponto P seja obtida
em um prolongamento de F, como ocorre no exemplo da figura anterior.

Torque ou Momento de uma Força

Se um corpo de massa m está submetido a uma força


resultante FR , segue pela segunda lei de Newton que FR =mã, eixo de rotação
onde ã é a aceleração resultante do corpo. Deste modo, é
muito claro como a atuação de uma força pode alterar o
movimento de translação de um corpo. Entretanto, como a
ação de uma força provoca a alteração do movimento rotação
de um corpo? Por exemplo, observe a figura ao lado, onde
será utilizada uma chave de boca para girar um parafuso.
Suponha que três forças, Fa , Fb e Fc , atuam no cabo da
chave, com Fa e Fb sempre perpendiculares à chave e Fc
paralelo à chave. Perceba que as únicas forças que provocam
o movimento de rotação da chave de boca são Fa e Fb. A
força Fc não possui participação na tendência da chave de
bocas girar em qualquer sentido, seja horário ou anti horário. Outra observação que pode ser feita
(e que será demonstrada posteriormente) é que a força Fb influencia mais na rotação da chave
que a força Fa, exatamente pelo fato da distância de Fb ao ponto O, eixo de rotação do parafuso,
ser maior que a distância de Fa ao ponto O.

Uma aplicação prática deste resultado é o sistema de abertura de uma porta, onde a
maçaneta encontra-se o mais distante possível do eixo de rotação da porta, de modo que seja
possível aplicar sobre a maçaneta a menor força possível para fazer a porta abrir. Ainda neste
capítulo será demonstrado que a menor força necessária para rotacionar um corpo em torno de
um eixo ocorre quando o braço dessa força, em relação ao eixo de rotação, assume o maior valor
possível.

braço maior => menor força necessária


braço menor => maior força necessária

165
-T—> — — . ............................................. .. .

ELEMENTOS DA FÍSICA

A tendência que um corpo possui de girar em torno


de um eixo é estudado por uma grandeza denominada de
torque ou momento da força.
Considere uma força F que está aplicada a um
T= r x F corpo, em um determinado ponto P de sua superfície. O
ponto O é um ponto do espaço por onde o corpo pode
girar em torno. Um sistema cartesiano, com centro em 0,
Oxyz é adotado. Neste sistema Oxyz o vetor posição do
y ponto Péf =OP. O torque ou momento da força F em
relação ao ponto O é definido como o produto vetorial de
r por F:
tF,o = r x F
Para simbolizar torque ou momento de uma força F
em relação ao ponto O usa-se tfo ou Mf.o. De maneira
geral, os físicos preferem chamar de torque, enquanto que
os engenheiros têm preferência de chamar de momento.

Aplicando módulo, encontra-se que:

tf,o — rxF => |vo| = |r*F| => Itf,o| = |F||r|sen4>,

onde <|> é o ângulo formado pelos vetores f e F.

Existem duas maneiras de


F calcular o módulo do torque,
ambas exemplificadas na figura:
^tan = F sen </>,
1) Decompondo F:
F pode ser decomposta nas
direções radial e tangencial em
rad = F cos <!> relação ao vetor r. Como a linha
de ação de Frad passa por O, o
7® torque gerado por Frad em O é
nulo. Assim, a única componente
linha de ação de F que provoca torque não nulo em
r </> O é Ftan, que, por ser

r perpendicular a r, faz com que o


torque seja igual a:
b = r sen ó
o = braço da força F I?f,o 1= Ftan.r = (F.sen<j>).r

2) Calculando o braço da força:


Como |tfo| = F.r.sen<|> e b = r.sen<|> então:

|íF.o| = F.b,

onde b é o braço da força F com relação ao ponto O. Deste modo, o módulo do torque é igual
ao produto do módulo da força pelo braço de F em relação ao ponto O.

Colocando em uma única expressão: I TF,0 I- Ffcn F.b

166
ELEMENTOS DA FÍSICA

Torque Resultante
Considere um corpo que está sujeito à ação de n forças Fv F2 Fn. O torque resultante
tR em relação a um ponto O do espaço é definido como a soma vetorial dos torques de cada
força em relação ao ponto O:

Ír.o = r, x F, + r2 x F2 +... + rn x Fn

O item seguinte mostrará como calcular o torque resultante.

Torque como Vetor

Como tfo=FxF, da teoria dos vetores, sabe-se que tfo é um vetor perpendicular ao
plano formado por f e F. Neste livro, serão estudados apenas os casos em que todas as
forças são coplanares, que são as típicas situações problemas de ensino médio. Para as
situações de forças não coplanares, o leitor deve procurar um bom livro de Mecânica Técnica.

A figura abaixo mostra um corpo que está sujeito a três forças F,, F2 e F3 , todas
pertencentes ao plano xy. Suponha que o corpo possa girar em torno de um eixo que passa pelo
ponto O. A atuação da força F, provoca uma tendência do corpo girar no sentido anti horário em
torno de O, enquanto que a atuação da força F2 provoca uma tendência do corpo girar no sentido
horário em torno de O. A linha de ação da força F3 passa pelo ponto O (torque nulo), não
provocando tendência de rotação em torno de O. Apesar do corpo estar sujeito à ação de apenas
três forças, a análise desta situação permite generalizar para uma quantidade qualquer de forças,
uma vez que todas as forças, em relação a tendência de rotação do corpo, podem ser agrupadas
em três categorias: sentido anti horário, sentido horário e nenhuma tendência de rotação.

Como t, = p x F,, pela regra da mão direita, a orientação de é no sentido positivo do


eixo z. Por outro lado, também pela regra da mão direita, a orientação de f2 é no sentido negativo
do eixo z. Neste caso, o cálculo do torque resultante em O fica da forma:

^r.o - x F, + r2 x F2 + 3 => tr o -| t, | k | t2 | k ?R.o=(|íil-|í2l)k

z“

F3
y

*2

167
ELEMENTOS DA FÍSICA

A observação deste último resultado nos permite chegar a algumas conclusões, válidas
somente se todas as forças atuantes no corpo sejam coplanares:

1) Todos os torques são vetores perpendiculares ao plano que contém as forças atuantes no
corpo. Assim, os torques são vetores paralelos ao eixo (que na figura anterior denominamos de
eixo z) que é perpendicular ao plano definido pelas forças.
2) Para calcular o torque resultante, basta determinar a componente do torque no eixo z, uma vez
que as componentes do torque em x e y são nulas.
3) Esta componente do torque no eixo z, que nada mais é do que o torque resultante, é obtida a
partir de um cálculo da seguinte maneira:

Tz = ± Ti ± T2 ± ... ± Tn TR = ± F^b-! ± F2.b2 ± ... ± Fn.bn


onde o sinal + em x, é escolhido caso a tendência de rotação, sobre um ponto O, devido à ação da
força F|, seja no sentido anti horário e o sinal - é escolhido caso a tendência de rotação seja no
sentido horário.

tendência de rotação no sentido anti horário -> sinal positivo: +


tendência de rotação no sentido horário -> sinal positivo: -

4) Apesar do torque ser uma grandeza vetorial, caso as forças sejam todas coplanares, é possível
fazer uma análise escalar do problema, determinando o valor do torque resultante diretamente a
partir da expressão tr = ± F,.^ ± F2.b2 ± ... ± Fn.bn.
5) Após efetuado o cálculo de tr = ± F^b-i ± F2.b2 ± ... ± Fn.bn tem-se três possíveis situações:
i) tr > 0: a aceleração angular do corpo está no sentido anti horário;
ii) tr < 0: a aceleração angular do corpo está no sentido horário;
iii) rR = 0: a aceleração angular do corpo é nula.

Condição para Equilíbrio de Rotação

Já foi demonstrado neste capítulo que a condição para equilíbrio de translação em um


corpo é aceleração linear ã nula, onde segue, pela 2a Lei de Newton, que a força resultante no
corpo seja igual a zero. A condição para equilíbrio de rotação é semelhante, onde a aceleração
angular a deve ser nula. Neste caso, o corpo deve apresentar velocidade angular nula ou
constante em relação a um determinado referencial.
No apêndice do volume Mecânica I desta coleção foi demonstrado que t = Ia, onde té o
torque resultante, I é o momento de inércia do corpo e a sua aceleração angular. Deste modo,
como I * 0 para um corpo extenso, a = 0 se e somente se o torque t é nulo. Logo, a condição
para que ocorra equilíbrio de rotação é que o torque resultante em um determinado ponto
seja nulo:

equilíbrio de rotação tr = 0 <=> ± F^b! ± F2.b2 ± ... ± Fn-bn = 0


O leitor já deve ter percebido que sempre é citado que o torque deve ser calculado em
relação a um determinado ponto. Certamente, o mesmo leitor já deve ter se perguntado se, para a
análise do equilíbrio de rotação, a escolha desse ponto onde o torque será calculado é aleatória?
A resposta é sim, pode-se escolher qualquer ponto para calcular o torque. Se o corpo está em
equilíbrio de translação e o torque for nulo em relação a um ponto O do plano, o torque será nulo
em relação a qualquer ponto. Este importante resultado será demonstrado no teorema seguinte.

168
ELEMENTOS DA FÍSICA

Teorema: Se, em relação a um referencial, um corpo extenso está em equilíbrio de translação e a


soma dos momentos em relação a um ponto A nula, então a soma dos momentos em elação a
qualquer ponto do espaço será nula.
Demonstração:
Suponha que n forças, F,, F2 Fn, estão
atuando em um corpo extenso em equilíbrio de
translação, ou seja:
Fl+F2+... + Fn=0
Na figura, estão representados os vetores
posições dos pontos de aplicação das forças em
relação a dois pontos distintos A e B, bem como o
vetor posição do ponto B em relação ao ponto A, rAB.
Suponha que o torque resultante em relação ao
ponto A seja nulo:
ta = q xF, + r2 xF2+... +ç, xFn =0
Da figura segue que:
R = r,'+ rA8 , r2 = r2'+ rA8 rn = rn'+ fAB
Assim:
0 = r1xF1 + r2xF2 + ...+ç, xFn =(r1'+fAB)xF1 +(r2'+fAB)xF2 +... + (rn'+fAB)xFn =>
f/xF, + fAB xF, + r2 'x F2 + rAB xF2 +... + rn 'x Fn + rAB x Fn = 0
_ - _ _ _ _____ r—0
q'x+ r2'x F2 +... + rn 'x Fn + rAB x (EufaErKr+ Fn ) = 0 ÍB=O

Como o ponto B é um ponto aleatório do espaço, está demonstrado que pode-se escolher
qualquer ponto para calcular o torque resultante. Se o torque for nulo em relação a um
determinado ponto, será nulo em relação a qualquer ponto, caso o corpo esteja em equilíbrio de
translação.

Teorema: Suponha que um corpo extenso está em equilíbrio de rotação sob a atuação de n
forças F|, F2, ..., Fn_, e Fn. Se as forças (ou suas linhas de ação) F,, F2, ... e Fn_, passam por um
mesmo ponto P do espaço, a força Fn (ou sua linha de ação) também deve passar pelo ponto P.
Demonstração:
Pelo teorema anterior, pode-se escolher qualquer ponto do espaço
f2 para calcular momento. Como as forças F,, F2,... e Fn-1 passam pelo
F,
ponto P, o torque de cada uma dessas forças em relação a P é nulo.
Como o corpo está em equilíbrio de rotação, o torque resultante no
P1 F„_i
Fn ponto P, devido à ação das forças F1t F2,..., F^ e Fn, é nulo.

^0 ^0 .^0
Çi
ÍR = -1 +ji> *2 + ... + JJj n-1 +rnxFn=0 => rnxFn=0

0 torque de Fn é apenas se Fn = 0 (que não é o caso) ou se a linha de ação de Fn passa por P.

169
ELEMENTOS DA FÍSICA

Este teorema permite determinar relações geométricas e/ou trigonométricas. Por exemplo,
suponha a situação abaixo, onde deseja-se determinar a força mínima F necessária a ser
aplicada na parte superior de uma esfera de modo que a mesma fique a iminência de subir um
degrau de altura h. Note que a eminência de subir o degrau a normal da esfera com o solo é igual
a zero. Uma maneira de resolver esta situação problema é calculando o torque em relação à quina
do degrau. Entretanto, pelo teorema, a linha de ação da força de contato Fc (devido à normal e ao
atrito) da quina do degrau com a esfera deve passar pela interseção das linhas de ação da força
F e do peso P.

F
M
>

2R-h 2R-h

'''-R \f
R-h '-\c

P d d
h

Deste modo, o triângulo formado pelas forças é semelhante ao triângulo destacado na


figura acima, onde d = ^R2 - (R-h)2 = 7h(2R-h). Assim:

F P P7h(2R-h) ' h
F F = P.
d 2R-h 2R-h 2R-h

Princípio dos Momentos

O princípio dos momentos afirma que o momento de uma força em relação a um


ponto é igual à soma dos momentos das componentes da força em relação ao mesmo
ponto.
Demonstração
Suponha que F1 e F2 sejam as componentes da força F
em relação a duas direções conhecidas, não necessariamente
perpendiculares. Assim, segue que

f = fi + f2

Sabe-se que o momento da força em relação ao ponto O é


p produto vetorial MF0 = r x F. Como F = F, + F2 segue que:

MF,o = r x F => MF,o=rx(Fl+F2) Mf,o = f x F1 + r x F2

1
170
ELEMENTOS DA FÍSICA

Momento de um Binário

Um binário é definido como duas forças paralelas que têm a mesma intensidade, mas
direções opostas, e são separadas por uma distância perpendicular d. Seu efeito é produzir
rotação pura, ou tendência de rotação, em um sentido específico.
Por exemplo, considere uma situação
em que os vetores posição fA e rB estão
direcionados do ponto O para os pontos A e B,
situados na linha de ação de -F e F ,
respectivamente. Portanto, o momento do
binário em relação a O é

M = rB x x(-F) = (rB-rA)xF

Entretanto, como f = rB - rA , segue que:

M = fxF

Devido à perpendicularidade entre r e F, o módulo de um binário vale:

|M|=|F|.|r | ou apenas M = F.r

CONDIÇÕES GERAIS DE EQUILÍBRIO

Os problemas de estudo da estática, de forma geral, envolvem a análise de corpos ou


sistemas de corpos na situação de equilíbrio ou na iminência de equilíbrio. Em particular, os
problemas de ensino médio (foco do estudo deste livro) analisam corpos ou estruturas
bidimensionais. De tudo que já foi apresentado neste capítulo, as expressões que caracterizam o
equilíbrio de um corpo ou uma estrutura, sujeito à ação de forças F1t F2 Fn coplanares são:

ZFX=° F1x +F2x+- + Fnx =°

XFx=° => F1y+F2y+- + Fny=°

EMO 0 F^b., + F2.b2 +... + Fn.bn = 0,

onde O é um ponto qualquer do plano que contém as forças e bn b2 bn sao os braços das
forças F,, F2, .... Fn em relação ao ponto O.

Neste caso bidimensional, tem-se três equações lineares com relação às forças e aos
braços. Da teoria dos sistemas lineares, pode-se determinar até três variáveis desconhecidas pela
manipulação algébrica dessas três equações, onde essas variáveis podem ser forças ou braços
de forças.

Em alguns casos, a escolha adequada do ponto onde o torque é calculado faz com que a
manipulação algébrica fique mais simples. Para tanto, deve-se priorizar pontos onde passem o
maior número possível de linhas de ação de forças com valores desconhecidos, de modo que na
equação do torque essas forças não apareçam devido ao torque nulo.

171
ELEMENTOS DA FÍSICA

TOMBAMENTO

Suponha que um bloco de peso P em forma de paralelepípedo, com altura a, comprimento


b e largura c, está repousando sobre um solo áspero. Uma força será aplicada sobre o bloco no
ponto médio de uma das arestas superiores paralelamente ao solo. Deseja-se descobrir o valor de
F de modo que o bloco fique na iminência de tombar, sem que ocorra deslizamento sobre o solo.

■>

c p N
b I b/2 p* £
Fal

Para que o bloco não deslize é necessária a existência de uma força de atrito do bloco
com o solo. Na situação de iminência de tombamento, a força normal trocada com o solo estará
aplicada sobre a aresta que o bloco estará prestes a rotacionar sobre, uma vez que, à exceção
dessa aresta, toda o resto do plano da base perderá contato com o solo. Note que, apesar da
figura original ser em três dimensões, todos os pontos de aplicação das forças pertencem a um
mesmo plano. Assim, analisando um corte no paralelepípedo feito por esse plano que contém as
forças, chega-se a distribuição de forças apresentada na figura acima. Deste modo, calculando o
torque em relação ao ponto P, ponto médio da aresta por onde o paralelepípedo por girar:

Tp =0 +F.a-P—= 0 F=™
2 2a

Em alguns casos o próprio peso se encaminha de provocar a tendência de tombamento.


Por exemplo, suponha que um bloco, em forma de paralelepípedo de altura a comprimento b, está
sobre um plano inclinado áspero. Deseja-se determinar o ângulo 0 de modo que o bloco fique na
iminência de tombar plano abaixo.

Note que atuam no bloco três forças, peso, normal e atrito. O


atrito é suposto suficiente para que o bloco não deslize pelo plano
inclinado (p > tg 0). Na situação de iminência de movimento a normal
CG
a/2,. ficará aplicada sobre o ponto médio O da aresta por onde o bloco pode
girar. Assim, para que o bloco não tombe, é necessário que o peso
passe pelo ponto de interseção das forças normal e de atrito (ponto O),
como indicado na figura. Se a linha de ação da força peso estiver à
esquerda do ponto O, o torque resultante sobre o ponto O não será
nulo e sua tendência de rotação será no sentido anti horário, fazendo
com que o bloco tombe plano abaixo. Desta forma:

. _ a/2
tg0 =----- => tg 0 = —
b/2 a b

Assim, o ângulo 0 em que o bloco fica a iminência de tombar é tal que tg 0 = a/b.

172
ELEMENTOS DA FÍSICA

TRELIÇAS PLANAS

Denomina-se treliça plana, o conjunto de elementos de construção (barras redondas,


chatas, cantoneiras, I, U, etc.), interligados entre si, sob forma geométrica triangular, através de
pinos, soldas, rebites, parafusos, que visam formar uma estrutura rígida, com a finalidade de
resistir a esforços normais apenas. A denominação treliça plana deve-se ao fato de todos os
elementos do conjunto pertencerem a um único plano. A sua utilização na prática pode ser
observada em pontes, viadutos, coberturas, guindastes, torres, etc.

L-------- 4 m--------- -
li,1'c

///w-
í\p(
F. 60 \\

4m
il 4m
P

A principal estratégia de cálculo dos esforços em treliças planas é o método dos nós, que
consiste em verificar o equilíbrio de cada nó da treliça, seguindo-se os passos descritos a seguir:
1) determinação das reações de apoio
2) identificação do tipo de solicitação em cada barra (barra tracionada ou barra comprimida)
3) verificação do equilíbrio de cada nó da treliça, iniciando-se sempre os cálculos pelo nó que
tenha o menor número de incógnitas.

Observe o exemplo seguinte para entender melhor a aplicação do método dos nós na
resolução de uma treliça plana, onde deseja-se determinar as forças que atuam em todos os
elementos da treliça mostrada na figura.

400 N

____

4m
I-
a?
600 N
'600

L._ 3 m——*---- 3 nr

O diagrama ao lado representa os esforços externos que atuam no


sistema (os internos se anulam).

EMc=0 => - Ay.6 + 400.3 + 600.4 = 0 => Ay = 600 N T


EFx = ° => 600 - Cx = 0 => Cx = 600 N <-
XFy=° => 600 —400 —Cy = 0 => Cy = 200 N J.

173
ELEMENTOS DA FÍSICA

y
Analisando o nó A:
LFy=0 600 --Fab = 0 => FAB = 750 N
5
Q Q
4 £Fx=0 => Fad-|Fab=O => FAD=j750 => Fad = 450 N
5 5

600 X

Analisando o nó D:
**'/« I Fpc 3
YFx=0 => -450+ -FDB+600 = 0 => FDB = — 250 N

M 450 N » 600 N
SFy=0
5
O sinal negativo indica que FDB atua no sentido oposto ao indicado na
figura.
-Fdc-|fdb
0 => Fdc = 200 N

y
Analisando o nó C:
200 N £Fx=0 => Fcb- 600 = 0 => Fcb = 600 N

600 N

200 X

A imagem abaixo representa todos os esforços atuantes nos elementos da treliça.

400 N 200 X
4r6OON Compressão 600 X’X
-► —600 N

750 N 250 X
4. 200 X
I

í
750 X
250 N V 1200 N

A
Tração
► «N. 600 N
450 N 450 N D
600 N

174
^ ELEMENTOS DA FÍSICA

PRINCÍPIO DOS TRABALHOS VIRTUAIS

Considere uma partícula submetida à ação de várias forças F,, F2 Fn. Devido à ação
destas forças o corpo pode sofrer um pequeno deslocamento em determinada direção. Esse
deslocamento é possível, porém não será necessariamente realizado, uma vez que o corpo pode
estar em equilíbrio estático ou mesmo se o vetor deslocamento for perpendicular à direção
desejada. Por isso, esse deslocamento desejado é chamado de deslocamento virtual e é
representado por 8r. Essa simbologia é usada para diferenciar de dr, que é um deslocamento
que efetivamente ocorre, enquanto que 8r não ocorre necessariamente.

Fn

F2 f3

O trabalho de cada uma das forças Fd, F2, Fn na direção 8r é denominado de trabalho
virtual e é simbolizado por 8U:

8W=F1.8r + F2.8f+ ... + Fn.8r 8W = (F1+F2+... + Fn)8r => 8W = FR.8r

Logo, o trabalho virtual das forças F,, F2 Fn é igual ao trabalho virtual realizado pela
sua resultante FR. O princípio dos trabalhos virtuais garante que se uma partícula está em
equilíbrio, o trabalho virtual das forças que atuam sobre ela é zero para qualquer
deslocamento virtual dessa partícula. A saber, se a partícula está em equilíbrio, a resultante FR
será zero, fazendo com que 8W seja igual a zero.

No caso de um corpo rígido é análogo. Se um corpo rígido está em equilíbrio, o


trabalho virtual das forças externas que atuam sobre o corpo rígido é nulo para qualquer
deslocamento virtual desse corpo. O princípio dos trabalhos virtuais pode ser estendido para
um sistema de corpos rígidos ligados entre si. Caso o sistema permaneça interligado durante o
deslocamento virtual, somente o trabalho das forças externas realizado sobre o sistema precisa
ser considerado, uma vez que o trabalho total das forças internas é nulo.

A aplicação do princípio dos trabalhos virtuais produz soluções mais simples quando a
situação problema envolve vários corpos interligados entre si. Considere o exemplo seguinte,
onde duas barras, AC e BC, estão articuladas em C, onde é aplicada uma força vertical de módulo
P. Deseja-se determinar a componente horizontal da força exercida pela alavanca sobre o ponto B.

Considere um deslocamento virtual angular 80 da barra AC, provocando um deslocamento


virtual + 8xb do ponto B (o sinal é devido ao deslocamento virtual de B ser para a direita) e um
deslocamento virtual - 8yc do ponto C (o sinal negativo é porque C desce). Perceba que não é
necessário considerar o deslocamento virtual 8xc de C na horizontal, uma vez que P e 8xc são
perpendiculares, implicando que WP* = P.8xc = 0. Como o ponto A se mantém fixo, não há
deslocamento virtual associado e este ponto. O diagrama seguinte ilustra as forças e
deslocamentos virtuais que realizam trabalhos virtuais não nulos.

175
ELEMENTOS DA FÍSICA
■f

Os deslocamentos virtuais dos pontos B e C podem ser obtidos derivando virtualmente em


0 os deslocamentos reais destes pontos:

xB = 2Z’sen 0 => 8xB = 2ícos 0 80


yc = ícos 0 => 8yc = - ísen 0 80

O trabalho virtual total das forças P e B vale:

8W = Bx.8xb - P.8yc = 2Bx€cos 0.89 + Písen 0.80 = (2Bxícos 0 + Písen 0)80

Como 8W = 0 segue que:

P.tg0
2Bx<?cos 0 + Písen 0 = 0 => Bx = -
2

176
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) (ITA-07) No arranjo mostrado na figura com duas polias, o fio inextensível e sem peso
sustenta a massa M e, também, simetricamente, as duas massas m, em equilíbrio estático.
Desprezando o atrito de qualquer natureza, o valor h da distância entre os pontos P e Q vale
------------- zl------------ s-;

/////////////////////.
..... ...J,
h
Q
A
Á
a) ML / An2 -M|2: b)L c) ML / 7m2 -4m2
d) mL / iMm2 -M2 e) ML / 7zm2 -M2
Solução: Alternativa A
Seja a o ângulo que o fio faz com o direção vertical. Como as massas m está equilibradas segue
T = mg. O ponto Q também está em equilíbrio de translação:
_ Mg _. ______ V4m2 -M2
SFy = => 2.T.C0S a = Mg => cos a => sen a =
" 2T 2m
L ML
Como tg a = h=
h V4m2 -M2

ER2) (IME-07)
1,732 m I.OOCm
I'
1,000 m

Um bloco de massa M = 20kg está pendurado por três cabos em repouso, conforme mostra a
figura acima. Considerando a aceleraçãoda gravidade igual a 10 m/s2, -J2= 1,414 e VÕs 1,732,
os valores das forças de tração, em newtons, nos cabos 1e 2 são,respectivamente:
a) 146 e 179. b) 179 e 146. c) 200 e 146.
d) 200 e 179. e) 146 e 200.

Solução: Alternativa A
Pelo teorema das três forças, as duas trações e o peso devem
formam um triângulo, conforme a figura ao lado.
Pela Lei dos senos:
sen 45° sen 75°
=> 7!= 146,41 N
Ti P
Novamente pela Lei dos senos:
servia _ sen 60° T2 = 179.3N
t2

E 177
. .... . . . . .... .... .... .
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER3) (ITA-94) Uma barra homogênea de peso P tem uma extremidade apoiada num assoalho
horizontal e a outra numa parede vertical. O coeficiente de atrito com relação ao assoalho e com
relação à parede são iguais a p. Quando a inclinação da barra com relação à vertical é de 45°, a
barra encontra-se na iminência de deslizar. Podemos então concluir que o valor de p é :
a) 1 - (V2/2) b) V2-1 c) 1/2 d) V2 / 2 e) 2-V2
Solução: Alternativa B
F„, LFh = 0 N, - Fat2 — N2p
SFV = 0 => Fat1 + N2 = P => N,p + N2 = P => P = N,p + N,/p = N,(p + 1/p)
SMa = 0 => (P.cos 45°)(L/2) - (Nvcos 45°)(L) - (Fat1.cos 45°)(L) = 0 =>
P = 2N1 + 2N1p = 2N1(1 +p)
2N,(1 + p) = N,(p + 1/p) => 2 + 2p = p + 1/p => p2 + 2p-1=0 =>

F«2
Desde que p > 0 P = V2-1

ER4) (ITA-08) A figura mostra uma barra de 50 cm de comprimento e massa desprezível,


suspensa por uma corda OQ, sustentando um peso de 3000 N no ponto indicado. Sabendo que a
barra se apóia sem atrito nas paredes do vão, a razão entre a tensão na corda e a reação na
parede no ponto S, no equilíbrio estático, é igual a:
,10 cm, 30 cm .

20 cm
a) 1,5 b) 3,0 c) 2,0 d) 1,0 e) 5,0
Solução: Alternativa B
N,<— Pelo teorema de Pitágoras segue que o comprimento da projeção
T* vertical da barra vale 30 cm
30 cm Pelo equilíbrio de forças na direção vertical:
P ZFy = 0 => T = P = 3000 NFX = 0 => Nt = N2
N2 Fazendo momento igual a zero na extremidade inferior da barra:
N,.30 — 3000.20 + 3000.10 = 0 => 1^ = 1000 1x1 => T/N, = 3

ER5) (ITA-10) Considere um semicilindro de peso P e raio R sobre um plano horizontal não liso,
mostrando em corte na figura. Uma barra homogênea de comprimento L e peso Q está articulada
no ponto O.A barra está apoiada na superfície lisa do semicilindro, formando um ângulo a com a
vertical. Quanto vale o coeficiente de atrito mínimo entre o semicilindro e o plano horizontal para
que o sistema todo permaneça em equilíbrio?
a) p = cos a / [ cos a + 2P (2h/LQ cos (2a) — R/LQ sen a)]
b) p = cos a / [ cos a + P (2h/LQ sen (2a) - R/LQ cos a)]
c) p = cos a / [ sen a + 2P (2h/LQ sen (2a) - R/LQ cos a)]
d) p = sen a / [ sen a + 2P (2h/LQ cos (a) - 2R/LQ cos a)]
e) p = sen a / [ cos a + P (2h/LQ sen (a) - 2R/LQ cos a)]
Solução: Alternativa C

178
ELEMENTOS DA FÍSICA

Considere que OC = d. Desde que OP = h tem-se que OB =


cosa
h
Desta maneira, conclui-se que BC = —— -d
cosa
h
-d
BC cosa
No triângulo BCP tem-se que: tga =-----
CP R
. h h Rsena h - Rsena
d =---------- Rtga =
cosa cosa cosa cosa
Na barra OD, aplicando somatório dos momentos em relação ao ponto O:
L , „ QLsena
-Q.sena. — + F.d = 0 => F = =------------
2 2d
Analisando o equilíbrio no semicilindro:
em y: N = P + F.sen a
em x: Fat = F.cos a => N.p = F.cos a => (P + F.sen a)p = F.cos a =>
Fcosa cosa cosa cosa
ocuu. " —
P + Fsena P , „„„„' ~ --------------
+ sena
2dP + sena
+ sena
2P(h
— - Rsena)
j----------------- l + sena
QLsena QLsenacosa
______________ cosa_______ cosa
P= p =--------------
2Ph 2PR>ertcT 2h R
4-sena sena + 2P
QLsenacosa QLserícícosa LQsen2a LQcosa

ER6) (ITA-13) Duas partículas, de massa m e M, estão respectivamente fixadas nas extremidades
de uma barra de comprimento L e massa desprezível. Tal sistema é então apoiado no interior de
uma casca hemisférica de raio r, de modo a se te equilíbrio estático com m posicionado na borda
Pda casca e M, nu ponto Q, conforme mostra a figura. Desconsiderando forças de atrito, a razão
m/M ente as massas é igual a
a) (L2 - Sr2) / (Sr2).

b) (2L2-3r2)/(2r2).

c) (L2 - 2r2) /(r2 - L2).

d) (2L2 - Sr2) / (r2 - L2).

e) (3L2-2r2)/(L2-2r2).

'•

179
ELEMENTOS DA FÍSICA
I■
Solução: Alternativa A s
Nf w ] Pela figura tem-se que L = 2r.cos 0
poç; (T* rr_‘ Além disso, pode-se concluir que APOQ é isósceles
\T i - Equilíbrio de translação:
i
mg e. n2 EFX = 0 => Ni + T.cos 0 - T.cos 0 - N2.cos 20 = 0 =>
i
i «r . Ni = N2.cos 20
i Va EFy = 0 => N2.sen 20 - Mg + T.sen 0-T.sen 0 - mg = 0 =>
i
Mg N2.sen 20 = Mg + mg
i 1 r
Equilíbrio de rotação (momento em relação ao ponto Q)
XMq = 0 => N^sen 0.L - mg.cos 0.L = 0 => N,.sen 0 = mg.cos 0
. • kl -a a (Mg + mg)cos20.sen0 .
Assim: N2.cos 20.sen 0 = mg.cos 0 => —2----- ___aa------------ = mg.cos0 =>
sen 20
(M + m) cos 20. sen 0
m.cos0 => (M + m)cos 20 = 2m.cos2 0
2sen0. cos0
fl + — 1(2cos20-1) = 2—cos2 0 2 cos2 0 -1 + —(2 cos2 0 -1) = 2—cos2 0
l Mj M Mv ' M
— = 2cos20-1 = 2-^--1 = L2-2r2
M 4r2 2r2

ER7) (ITA-15) A figura mostra um tubo cilíndrico de raio R apoiado numa superfície horizontal, em
cujo interior encontram-se em repouso duas bolas idênticas, de raio r = 3R/4 e peso P cada uma.
Determine o peso mínimo Pc do cilindro para que o sistema permaneça em equilíbrio.
i R

P
Solução:
Note, pela 2a figura, que a tendência de rotação do sistema tubo+esferas é
no sentido horário, fazendo com que, no iminência de equilíbrio, a esfera
inferior não toque o solo e a normal do tubo com o solo se concentre em
um ponto de sua periferia mais à direita, como indicado na figura.
Seja 0 o ângulo que a linha que une os centros forma com a direção
horizontal. Pela geometria da figura segue que:
„ R/2 1 n 2V2
cos0 =--------- = — => sen0 =-------
3R / 2 3 3
Pelo teorema das três forças, na esfera superior tem-se que:
PV2
E, = P. cot0
4
p Fz
Analogamente, na esfera inferior: F2 =P.cotO = ——

Aplicando momento em relação ao ponto de aplicação da normal:


3R 3R 2>/2 c 3R o o a n p^2 f 3l/
-Fi 4 + 2 3 + F2_ + PeR = 0 => Pe=— =>

N
P‘=I

180
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER8) (IME-97) Uma barra uniforme e homogênea de peso P, tem seu centro de gravidade (C.G.)
na posição indicada na figura abaixo. A única parede considerada com atrito é aquela na qual a
extremidade esquerda da barra está apoiada. O módulo da força de atrito Fat é igual ao peso da
barra. Determine o valor do ângulo 0 na posição de equilíbrio, em função do comprimento da barra
L e da distância entre as paredes a.

Solução:
Equilíbrio de translação: Ni.cos0 = P e Nysen 0 = N2
N,
Equilíbrio de rotação: P.cosO.—= N. a =: Pcos0L P.a
2 1COS
cosOO 2 cos2 0
B
2a ,Í2a „ ,Í2ã
e COS3 0 COS0 => 0 = arccos^—
*n2 <- L
p

ER9) (IME-99) Uma escada de 4,0m de comprimento está


apoiada contra uma parede vertical com a sua extremidade
inferior a 2,4m da parede, como mostra a figura. A escada
pesa 20 kgf e seu centro de gravidade está localizado no
ponto médio. Sabendo que os coeficientes de atrito estático
entre a escada e o solo e entre a escada e a parede são,
respectivamente, 0,5 e 0,2. Calcule: 3,2 m
a) A altura máxima, em relação ao solo, a que um homem de
90 kgf de peso pode subir, sem provocar o escorregamento
da escada;
b) A distância máxima da parede a que se pode apoiar a
parte inferior da escada vazia, sem provocar escorregamento.
2,4 m
Solução:
|F« a) Condições de equilíbrio de translação:
F» = 0 => N2 = Fati => N2 = Nt.0,5 => N, = 2N2
Fy = 0 => P, + P2 = Fat2 + N, => 110 = 0,2N2 + 2N2 =>
N2 = 50 kgf => N, = 100 kgf
Condição para equilíbrio de rotação:
N, MB = 0 => - Fat2.AB - N2.AC + P,AB/2 + P2.x = 0 =>
-0,2.50.2,4 -50.3,2 + 20.1,2 + 90.3h/4 = 0 => h = 64/27 m = 2,4 m
F„i
b) Seja x distância do ponto B à parede a y a distância do ponto C ao
A chão. Condições de equilíbrio de translação:
Fx = 0 => N2=Fati => N2 = Ni.0,5 => N, = 2N2
Fy = 0 => P, = Fal2 + N, => 20 = 0,2N2 + 2N2 => N2 = 100/11 kgf => Ny = 200/11 kgf
Condição para equilíbrio de rotação:
Mb = 0 => - Fat2.x - N2.y + PyX/2 = 0 => - 0,2.100/11.x- 100/11.y + 20,x/2 = 0 =>
-20x- 100y + 110x = 0 => 90x = 100y => 9x = 10y => 9x = 1oVl6-x2 =>
81x2= 1600- 100x2 => 181x2= 1600 => xs2,97m

181
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER10) (ITA-17) Um bastão rígido e uniforme, de comprimento L, toca os pinos P e Q fixados numa
parede vertical, interdistantes de a, conforme a figura. O coeficiente de atrito entre cada pino e o
bastão é p , e o ângulo deste com a horizontal é a . Assinale a condição em que se torna possível
o equilíbrio estático do bastão.

A) L > a(1 + tan a / p) B) L > a(-1 + tana/p) C) L > a(1 + tana/2p)


D) L > a(-1 + tana/2p) E) L > a(1 + tana/p)/2
Solução: Alternativa A
SFX = 0 => Fati + Fat2 - m.g.sen a = 0 => Nip + N2p = m.g.sen a (1)
LFy = 0 => N2 = Ni + m.g.cos a (2)
De (1) e (2) segue que N2 = — (sena + pcosa)
2p
SMp = 0 => N2.a - m.g.cosa.L/2 = 0 =>
m.g.a . . L tga
- (sen a + p cos a) = m.g. cos a. — L *|l + ^
P

ER11) (ITA-17) Na figura, a extremidade de uma haste delgada livre, de massa m uniformemente
distribuída, apóia-se sem atrito sobre a massa M do pêndulo simples. Considerando o atrito entre
a haste e o piso, assinale a razão M/m para que o conjunto permaneça em equilíbrio estático.
IIIIIIIIIUIIIIIIIII

l\

A
i \
•i /
/
M
;<?>/
I-/ m
1/
IIIIIIIIIUIIIIIIIII
K) tan<p/2tan9 B) (1-tan<p)/4sen9cosç> C) (sen2<pcot9-2sen20)/4
D) (sencpcot 0 -2sen229)l4 E) (sen2ç>cot9 -sen29)/ 4
Solução: Não há alternativa correta
Equilíbrio de translação na esfera
Em x: Tsen0 = Nicos<|>
Em y: Mg + NiSenif) = Tcos0
Eliminando T nestas equações:
N ________ Mg sen 0______
1 cos<|>cos0-sen<|>sen0
Mg Equilíbrio de rotação na barra:
SMA = 0 => NiL-mgsen^-t = 0

2Mgsen0
------------- - ------------------- = mg sen <b
*A cos <j> cos 0 - sen <|) sen 0
M _ sen2<|>cot0-2sen2 <j>
m 4

182
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER12) (IME-10)

2.50 m

4.25 m
A figura mostra duas barras AC e BC que suportam, em equilíbrio, uma força F aplicada no ponto
C. Para que os esforços nas barras AC e BC sejam, respectivamente, 36 N (compressão) e 160 N
(tração), o valor e o sentido das componentes vertical e horizontal da força F devem ser:
Observação:
Despreze os pesos das barras e adote VÕ =1,7.
A) 80 N ( I), 100 N (-) B) 100 N (l ), 80 N (-) C) 80 N (t), 100 N (-)
D)100N( f ), 80 N (-) E) 100 N ( 1 ), 80 N (-)
Solução: Alternativa A
Como a barra Ãc está comprimida e a barra bc está tracionada então a força F em (C) deve
possuir, na direção da barra ÃC (sentido de C para A) uma intensidade de 36N, enquanto que na
direção da barra BC (sentido de B para C) intensidade de 16N (ver figura), portanto :
£Fx = 160.cos 30° - 36 = 100N —>
£Fy=160.sen 30° = 80N |
: y

36N
x
X^3Õ"'—*

160N

ER13) (IME-06) Um bloco da massa m = 5kg desloca-se a uma velocidade de 4 m/s até alcançar
uma rampa inclinada de material homogêneo, cujos pontos A e B são apoio e oferecem reações
nas direções horizontal e vertical. A rampa encontra-se fixa e o coeficiente de atrito cinético entre
o bloco e a rampa é igual a 0,05. Sabe-se que o bloco pára ao atingir determine altura e
permanece em repouso.Considerando que a reação vertical no ponto de apoio B após a parada
do bloco seja de 89 N no sentido de baixo para cima, determine a magnitude, a direção e o
sentido das demais reações nos pontos A e B.
Dados: aceleração da gravidade (g) = 10m/s2; Peso linear da rampa = 95 N/m.
A

Rampa
1,2 nl

Bloco
V B 4mr S
5 kg

183
ELEMENTOS DA FÍSICA

Solução:
Rv i) Calculando inicialmente a altura
Rha A D atingida pelo bloco sobre a rampa, pelo
teorema da energia cinética:
0,4m WP + Wfat = 0 - Eci =>
0, -mgh - p.mg.cosG.d = -m.vi2/2 =>
c\ 10h +0,05.10.1,6/2 = 42/2 =>
N ! fal 25h + d = 20 (I).
0,8m h; Pb ii) No ABCG:
Rvb = 89N sen 0 = h/d => 1,2/2,0 = h/d =>
6 d = 5h/3, substituindo em (I), encontra-se:
h = 0,75m
B RHb
iii) Como o bloco, ao atingir a rampa,
12
encontra-se em equilíbrio: fat = m.g.sen 0 => fat = 5.10.^-^ => fat = 30N.

iv) Aplicando a condição de equilíbrio £MAF = 0 , tem-se:


N. CA+PB.DA = Rvb.BE+ RhbAE => m.g.cos 0. CA +PB.DA = Rvb BE + RHB.AE
-^F- + PbDÃ = RvbBÊ + Rhb.ÂE => 5,0.0,45.1,6
m.g.cos 6. + PB DA = Rvb.BE + Rhb.AE + 95.2.0,8 = 89.1,6 + Rhb.1,2
sen0 B VB HB 1,2
Rhb=33N (para a direita)
v) Aplicando a condição de equilíbrio 2)FX = 0, tem-se
RHB+fat.cos0 = N.senO + Rha => Rha = Rhb + fat.cos 0 - N.sen 0 =>
Rha = 33 + 30.—-50.—.— Rha = Rhb = 33N (para a esquerda)
2,0 2,0 2,0
5) Aplicando a condição de equilíbrio £Fy =0 , tem-se

PB + fat.sen 0 + N.cosO = RVb + Rva, => 95x2 + 30. —+ 50.—.— 89 + Rva


2,0 2,0 2,0
190+ 18 + 32 = 89 + Rva Rva = 151N(para cima)

ER14) (IME-09) A figura mostra uma estrutura em equilíbrio, formada por uma barra BD, dois
cabos AD e DE, e uma viga horizontal CF. A barra é fixada em B.Os cabos de seção transversal
circular de 5mm de diâmetro, são inextensíveis e fixados nos pontos A, D e E. A viga de material
uniforme e homogêneo é apoiada em C e sustentada pelo cabo DE. Ao ser colocado um bloco de
100kg de massa na extremidade F da viga, determine:
a) a força no trecho ED do cabo;
b) as reações horizontal e vertical no apoio C da viga;
c) as reações horizontal e vertical no apoio B da barra.
Dados: aceleração da gravidade: 10m/s2; densidade lineares de massa: p-, = 30 kg/m, p2 = 20kg/m,
p3 = 10kg/m; V20 « 4,5.
D
2,0 m

A cabo
2.0 m

_______ B,
zzzzzzZrzzzzz
2.0 m
bloco
Viga \E ü
c F

l_____ l
2.0 m 2.0 m 3,0 m 1.5 m 1,5 m 3,0 m

184
ELEMENTOS DA FÍSICA

Solução:
4C
Pelo teorema de Pitágoras segue que DE = — e DA = 2V5 .

Considere que 0 = ZDÊC e a é o ângulo que DA forma com a horizontal.


Os pesos das três partes que compõe a viga são P, = 900 N, P2 = 600 N e P3 = 300 N.
a) Equilíbrio de rotação na barra CF:
£Mc = 0 => P^d, + P2.d2 + P3.d3 + Pr-dp = TDE.dDE.sen 0 =>

(900)(1,5) + (600)(4,5) + (300)(7,5) + (1000)(9) = TDE.(4,5).— => Tde = 4250 N


7,5
b) Equilíbrio de translação na barra CX:
i) FCx = Tde.cos 0 = 4250. — => Fcx = 2550 N
7,5

ü) FCy = |Pi + P2 + P3 + PF - TDE.sen 0| = 2800 - 4250.— Fcy = 600 N


7,5
c) Observando que o ângulo que a barra faz com a vertical também vale a, então:
- 2 6 445
p - ZBDA = a + 90° - 0 => sen p = sen a.sen 0 + cos a.cos 0 = — + —t=.—
2^5 7,5 2^5 7,5
sen p = 2

Note agora que y = ZAD B = 90° - 2a => sen y = cos 2a = cos2 a - sen2 a = 0,6
Equilíbrio de rotação na barra BD:
2 8500^5
EMb = 0 => TDA.seny.^Õ^ = TDE.sen p.>3^ => TDA.0,6 = 4250. => Tqa - N
>/õ 3
Equilíbrio de translação na barra BD:
, 8500 X 2 -4250. A5 = 9350 N
Fbx = |Tda.cos a - Tde.cos 0|i=—/-
7,5 3
8500^ 1 18700
fby = TDA.sen a + TDE.sen 0 = . + 4250.— = N
3 Jí 7,5 3

ER15) (ITA-09) Chapas retangular rígidas, iguais e homogêneas, são sobrepostas e deslocadas
entre s, formando um conjunto que se apóia parcialmente na borda de uma calçada. A figura
ilustra esse conjunto com n chapas, bem como a distância D alcançada pela sua parte suspensa.
Desenvolva uma fórmula geral da máxima distância D possível de modo que o conjunto ainda se
mantenha em equilíbrio. A seguir, calcule essa distância D em função do comprimento L de cada
chapa, para n = 6 unidades.

////////////////
/
/
/
Solução:

185
ELEMENTOS DA FÍSICA

Claramente, para um sistema com apenas uma chapa, o valor máximo de Dt vale U2.
No caso de duas chapas, a extremidade esquerda da chapa superior deve ficar a uma distância
igual a L/2 da extremidade direita da chapa inferior e o centro de massa das duas chapas deve
ficar na direção da borda da calçada:
I | L L L
I m x — + m X---- + —
2 2 2 L
< ---------► Xcm ~ 0 = 0 => x
— > L/2 2m 4
TA x
d2=-+- => d22 = -fl
2I
+ --
2 4 2
No caso de três chapas têm-se o seguinte esquema:
I ~| Mais uma vez o centro de massa das chapas deve estar
] na direção da quina da calçada: xCm = 0
] ◄---------- >
. L/2 L L LI L L L
* 174 m x — + m X---- + — + m x — + — + -
2 2 4j 2 4 2
=0
X 3m
„ L L L r» L (, 1 1
3x-3—+ 2—+ —= 0 => x = — => D3 =— + — + — D. = — 1 4----- h —
2 4 2 6 2 4 6 3 2l2 2 3
Para quatro chapas, o cálculo fica da seguinte maneira:
’ L L L
x— +-+-
2 6 4
Xcm = 0 => =0
4m
A . L „L _L L n L L L L L Lf. 1 1 1
X +---- 1----
2642 8 2468 4 2 2 3 4
Logo, para uma quantidade n qualquer de chapas, o valor de xn é calculado da seguinte maneira:
nxn-n- + (n-1) L —+(n-2)—-— + ... + 2- + - = 0 => nxn-n- + (n-1)- = 0 L
+ ... + 2—+ —= 0 => X"=^
n 2 2(n-1) 2(n-2) 4 '2 2 n 2 2 >2
LL
-I.1 + —
1 +— 1 +
1 +—
Assim: Dn = Xí + x2 + x3 + ... + xn D„=
n — —
2l 2 3 4 n )'
.1111 1,
Para n = 6 tem-se que D6 = 1+—+—+— +— +— d6=—
6 40

ER16) (IME-17)

12

12 5 5

186
ELEMENTOS DA FÍSICA

A figura acima apresenta uma estrutura em equilíbrio, formada por oito barras AC, BC, AF, CF,
CD, DE, DF e EF conectadas por articulações e apoiadas nos pontos A e B. Os apoios A e B
impedem as translações nas direções dos eixos x e y. Todas as barras são constituídas por
material uniforme e homogêneo e possuem pesos desprezíveis. No ponto D, há uma carga
concentrada, paralela à direção do eixo x, da direita para esquerda, de 20 kN, e, no ponto E existe
uma carga concentrada, paralela à direção do eixo y, de cima para baixo, de 30 kN. Determine:
a) as componentes da reação do apoio A em kN;
b) as componentes da reação do apoio B em kN;
c) as barras que possuem forças de tração, indicando os módulos destas forças em kN;
d) as barras que possuem forças de compressão, indicando os módulos destas forças em kN.
Solução:
D Representando os esforços externos
conforme a figura abaixo e aplicando a
condição de equilíbrio para as mesmas,
temos:

I) XFx = 0->HA + HB = 20kN (eql)


YFy = 0-»VA + VB = 30kN (eqlI)

II) Et =0-» VA -10 = 20 -17 + 30 -22


VA = 100KN, que substituindo na equação,
encontramos: VB = - 70kN

Analisando os esforços internos, temos:

i) Nó E: (x): FDE.senO = 30 -> FDE = 78kN.


v8 (y): Fde.cos0 = Ffe -> Ffe = 72kN.

li) Nó D: (x):
20 + Fed.cos0 = FCD.cosa -> FCD = 130,1kN.
(y): Ffd = FED.sen0 + FCD-sena -> Ffd = 122kN.

iii) Nó F: (y): Faf = Ffd = 122kN


(x): Fcf = Fef = 72kN

iv) Nó C: (y): FAc + FBC = 99,7kN


(x): Fbc - Fac = 52Kn, resolvendo o sistema: FBC = 75,9kN e FAC = 23,9kN

v) Nó A: (x): FCA.sen0 + HA = 0 -> HA = - 9,2kN. Como HA + HB = 20 -> HB = 29,2kN.

a) VA =100kN (T) e HA = - 9,2kN (<-)

b) VB= -70kN (i) e HB = 29,2kN (->)

c) barra DE = 78kN
barra CD = 130,1 kN
barra AC = 23,9kN
barra CB = 75,9kN

d) barra EF = 72kN
barra FD = 122kN
barra FC = 72kN
barra FA= 122kN

187
ELEMENTOS DA FÍSICA
sMt._ -

ER17) (IME-14)
10 kN 10kN

carga
horizontal

1,5 m

1,5 m

2,0 m 2,0 m
A figura acima mostra uma estrutura em equilíbrio de peso desprezível em relação ao
carregamento externo. As barras desta estrutura só resistem aos esforços normais de tração ou
de compressão. Sobre o nó D há uma carga vertical concentrada de 10 kN, enquanto no nó C há
uma carga vertical concentrada de 10 kN e uma carga horizontal. Sabendo que o apoio A não
restringe o deslocamento vertical e a força de compressão na barra AB é 5 kN, determine:
a) a intensidade, em kN, e o sentido da carga horizontal no nó C;
b) as reações de apoio, em kN, nos nós A e B, indicando suas direções e sentidos;
c) as barras que estão tracionadas, indicando suas magnitudes em kN;
d) as barras que estão comprimidas, indicando suas magnitudes em kN.
Solução:
Diretamente tem-se que By = 20 kN

Analisando o nó A: FAe(3/5) = 5 => FAe = 25/3 kN

Analisando o nó B: FBE.(3/5) + 5 = 20 => FBE = 25 kN


Bx = Fbe(4/5) = (25)(4/5) = 20 kN

Analisando o nó E: FCE(4/5) + FAE(4/5) = FBE(4/5) => FCE + 25/3 = 25 => FCe = 50/3 kN

Analisando o nó C: Fce(4/5) + Fcd - Fcx => Fcd - Fcx — 40/3

Analisando o nó D: F,'cd = Ax + Fae(4/5) => Ax + (25/3)(4/5) = Fcx-40/3 => Fcx = Ax + 20

a) Fcx = Ax + 20, porém não é possível determinar, apenas com os valores fornecidos no
enunciado, o valor de Ax
b) Bx = 20 kN (para a direita) e By = 20 kN (para cima)
Ax não é possível determinar e Ay = 0
c) A única barra tracionada é AE, com força de módulo FAE = 25/3 kN
d) As barras AB, BE, CE e DE estão comprimidas:
Fab = 5 kN, Fbe = 25 kN, FCE = 50/3 kN e FDE = 10 kN

Não é possível determinar se a barra AC está comprimida ou tracionada.

Note que o sistema proposta é hiperestático com 1 grau de liberdade, ou seja, não é possível
determinar todas os esforços, alguns devem ficar em função de um dos valores de tensão, no
caso a força Ax.

188
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER18) (IME-10) Uma mola com constante elástica k, que está presa a uma parede vertical,
encontra-se inicialmente comprimida de Ax por um pequeno bloco de massa m, conforme mostra
a figura. Após liberado do repouso, o bloco desloca-se ao longo da superfície horizontal lisa EG,
com atrito desprezível, e passa a percorrer um trecho rugoso DE até atingir o repouso na estrutura
(que permanece em equilíbrio), formada por barras articuladas com peso desprezível. Determine
os valores das reações horizontal e vertical no apoio A e da reação vertical no apoio B, além das
reações horizontal e vertical nas ligações em C, D e F.
Dados:
• constante elástica: k = 100kN/m;
• compressão da mola: Ax = 2cm;
• massa do bloco: m = 1Okg;
• coeficiente de atrito cinético do trecho DE: pc = 0,20;
• aceleração gravitacional: g = 10m/s2.

3m

3m

Solução:
Conservação da energia mecânica:
KAx2 . 100.103. (2.10-2)2
mgp.d => ----------- |
— = mgpi.d (10)(10)(0,20)d=>d = 1,0m

HF|t -Hf

VFf -V/f
- Hc^
HC(|
i 100N -Vcf
Vet Hd TVD
h,

Va

CE Fx = 0 => Hc + HD = 0 (1)
Fy = 0 => Vc +VD= 100 (2)
Mc = 0 => - (3,5) . 100 + (2,5) VD = 0 VD = 140N => Vc = -40N

FA: Fx = 0 => HF - Hc + HA = 0 (3)


Fy = 0 => VF - Vc + VA = 0 => VF + VA = -40 (4)
Ma = 0 => 6Hf + 3(- Hc) = 0 => 2Hf — Hc = 0 (5)

189
---- . - .. .......... .. .. , .
ELEMENTOS DA FÍSICA

FB: Fx = O => - Hf - Hd = O (6)


Fy = O => - VF - VD + VB = O => - VF + VB = 140 (7)
Mf = O => 5.Vb + (2,5)(- VD) + 3(- Hd) = O => 5VB - 3HD = 350 (8)

(1)e(6) => Hf = Hc (9)


(5) e (9) => Hf = O e Hc = O (10)
(10) e (3) => Ha = 0 (11)
(6) e(10) => HD = 0 (12)
(8) e (12) => VB = - 70N (13)
(7) e (13) => VF = - 70N (14)
(4)e(14) => VA = 30 N

190
ELEMENTOS DA FÍSICA

E4) (UFPR-12) Três blocos de massas mi, m2


e ma, respectivamente, estão unidos por
cordas de massa desprezível, conforme
E1) (Fuvest-01) Um mesmo pacote pode ser mostrado na figura. O sistema encontra-se em
carregado com cordas amarradas de várias equilíbrio estático. Considere que não há atrito
maneiras. A situação, dentre as apresentadas, no movimento da roldana e que o bloco de
em que as cordas estão sujeitas a maior massa m, está sobre uma superfície horizontal.
tensão é: Assinale a alternativa que apresenta
corretamente (em função de rm e ms) o
coeficiente de atrito estático entre o bloco de
massa mi e a superfície em que ele está
apoiado.

roldan;

a) A b) B c)C d) D e)E M1 60*


M3
E2) (ITA-91) Uma luminária cujo peso é P está m2|
suspensa por duas cordas AC e BC que
(conforme a figura ao lado) formam com a
horizontal ângulos iguais a 0. Determine a a) ma/2mi b) mi/2m3 c) V3m3 / 2m,
força de tensão T em cada corda.
a) T= p VZZZZZZZZZZZZZZ/ZZZ/ d) V3m, / 2m3 e) Vsm, / m3
2 cosô A 9 I 6 B
b) T= p I E5) (Mackenzie-02) A esfera de 30 N e raio 60
I /
2sen0 I/ cm, da figura ao lado, encontra-se apoiada
C)T= _Z_ ÍC sobre um plano inclinado em que o atrito é
2tg0 desprezível. Seu equilíbrio é mantido pelo fio
d) T= Pcos9 ideal, de 75 cm de comprimento, preso ao
2 centro e tracionado horizontalmente, A
e) Nenhuma das anteriores intensidade da força tensora nesse fio é:
E3) (ENEM-98) Um portão está fixo em um
muro por duas dobradiças A e B, conforme
mostra a figura, sendo P o peso do portão.

---- r a)10N b)40N c) 20 N d) 50 N

E6) (UFRJ-01) As figuras mostram uma


e) 30 N

BL J
Caso um garoto se dependure no portão pela
ginasta olímpica que se sustenta em duas
argolas presas por meio de duas cordas ideais
a um suporte horizontal fixo; as cordas têm
2,0m de comprimento cada uma. Na posição
extremidade livre, e supondo que as reações ilustrada na figura 1 os fios são paralelos e
máximas suportadas pelas dobradiças sejam
verticais. Nesse caso, as tensões em ambos
iguais, os fios valem T. Na posição ilustrada na figura
(A) é mais provável que a dobradiça A
2, os fios estão inclinados, formando o mesmo
arrebente primeiro que a B
ângulo 0 com a vertical. Nesse caso, as
(B) é mais provável que a dobradiça B
tensões em ambos os fios valem T’ e a
arrebente primeiro que a A.
distância vertical de cada argola até o suporte
(C) seguramente as dobradiças A e B
horizontal é h = 1,80m, conforme indica a
arrebentarão simultaneamente.
figura 2.
(D) nenhuma delas sofrerá qualquer esforço.
(E) o portão quebraria ao meio, ou nada
E.3
sofreria.

191
ELEMENTOS DA FÍSICA

4- /////////

J3_
a) igual a 0,2 b) igual a 0,67
c) maior que 0,67 d) igual a 0,50
e) inferior a 0,2
figura 1 figura 2
Sabendo que a ginasta pesa 540N, calcule T e E10) (UFPR-16) No sistema representado na
T. figura ao lado, cada uma das roldanas pesa
100 N. O sistema está em repouso.
E7) (AFA-98) Na figura abaixo , o ângulo 0 Considerando que apenas os segmentos de
vale 30°, e a relação entre as massas M2/M1 corda b e c não estão na vertical e
tem valor 3/2. Para que o sistema permaneça desprezando-se o atrito nos eixos das roldanas
em equilíbrio, qual deve ser o valor do e no contato das roldanas com a corda, qual é
coeficiente de atrito entre o bloco 2 e o plano? a tração na corda b?

a) Vã/3
b) Vã/2
c) Vã
d) 1/2

E8) (AFA-02) Um corpo é sustentado por duas Q


cordas inextensíveis, conforme a figura.

Pi = 100 N

30 E11) (AFA-09) Na situação de equilíbrio abaixo,


os fios e as polias são ideais e a aceleração da
gravidade é g. Considere pe o coeficiente de
atrito estático entre o bloco A, de massa rriA, e
o plano horizontal em que se apóia.

Sabendo-se que a intensidade da tração na


corda AB é de 80 N, a intensidade da tração
na corda BC será ^77777777,
a) 60 N. b) 40 N c) 4oVã N. d) 6oVã N.

E9) (Espcex-97) O esquema da figura abaixo A maior massa que o bloco B pode ter, de
representa um sistema em equilíbrio. As modo que o equilíbrio mantenha, é
massas A e B são, respectivamente, 200kg e a) pe mA b) 3pe mA c) 2pe mA d) 4pe mA
100kg e os fios são ideais. O coeficiente de
atrito estático entre o corpo A e a superfície é: E12) (Espcex-97) O esquema da figura
Dados: sen45° = cos45° = Vã /2 abaixo representa uma luminária em
equilíbrio, suspensa por fios ideais ao teto e
tem-se:

192
ELEMENTOS DA FÍSICA

* peso da luminária P = 200N;


comprimento do fio AC = 120cm;
' comprimento do fio BC = 200cm.
No ponto C agem as forças FA (exercida no
fio AC) e Fb (exercida no fio BC), além do
peso da própria luminária. A alternativa
correta é

a) 0,5 cm. b) 1,2 cm. c) 2,5 cm.


d) 3,5 cm. e) 5,2 cm.

a) |fa| = |fb| b) I FA| + |FB I = 200N E15) (ITA-80) Um bloco de peso P é


c) |fa| < |fb| d) |Fa| + |Fb | > |P | sustentado por fios, como indica a figura.
e) |Fa| = |P | /2 Calcular o módulo da força horizontal F .

E13) (UFPE-03) A figura mostra um peso de


44 N suspenso no ponto P de uma corda. Os
trechos AP e BP da corda formam um ângulo
de 90°, e 0 ângulo entre BP e o teto é igual a
60°. Qual é o valor, em newtons, da tração no
trecho AP da corda?
////////////////////////////////
A) F = P sen 0 B) F = P cos 0
C) F = P sen 0 cos 0 D) F = P cotg 0
E) F = P tg 0

E16) (ITA-76) Um corpo de peso P está


suspenso por fios como indica a figura. A
tensão T 1 é dada por:

e.
E14) (UFPR-17) Uma mola de massa V
desprezível foi presa a uma estrutura por meio
da corda “b”. Um corpo de massa “m" igual a
2000 g está suspenso por meio das cordas “a”,
“c” e “d”, de acordo com a figura ao lado, a p
qual representa a configuração do sistema
após ser atingido o equilíbrio. Considerando P cos 0, P cos 0,
que a constante elástica da mola é 20 N/cm e A)T,= B)T,=
sen ( 0! + 0 2) sen ( 0, + 0,)
a aceleração gravitacional é 10 m/s2, assinale P cos 0 ; P cos 0,
a alternativa que apresenta a deformação que C)T,= D)T,=
a mola sofreu por ação das forças que sobre cos ( 01 + 0 2) cos ( 0, + 0 2)
ela atuaram, em relação à situação em que P sen 01
E)T,=
nenhuma força estivesse atuando sobre ela. sen ( 01 + 0 2)
Considere ainda que as massas de todas as
cordas e da mola são irrelevantes. E17) (ITA-84) É dado um pedaço de cartolina
com forma de um sapinho cujo centro de
gravidade situa-se no seu próprio corpo. A
seguir, com auxílio de massa de modelagem
fixamos uma moeda de 10 centavos em cada

193
ELEMENTOS DA FÍSICA

uma das patas dianteiras do sapinho. a) 3^


Apoiando-se o nariz do sapinho na b)l 0^5
3 3
extremidade de um lápis ele permanece em
equilíbrio. Nestas condições, pode-se afirmar d) 332 e)±/3
que o sapinho com as moedas permanece em 3 3
equilíbrio estável porque o centro de gravidade
do sistema : E20) (Fuvest-98) Um caminhão pesando 200
kN atravessa com velocidade constante uma
ponte que pesa 1000kN e é suportada por dois
0%' pilares distantes 50 m entre si.
<JC>
-MM4*
X

*1
«2

20IKH
A) Continua no corpo do sapinho. lOOIKH
B) Situa-se no ponto médio entre seus olhos.
C) Situa-se no nariz do sapinho. m
D) Situa-se abaixo do ponto de apoio.
E) Situa-se no ponto médio entre as patas O gráfico que melhor representa as forças de
traseiras. reação Ni e N2 nos dois pilares em função da
distância x do centro de massa do caminhão
E18) (Ciaba-15) Considere o sistema em ao centro do primeiro pilar é:
equilíbrio da figura dada: 700K.H
zzzzz/////////////////// N. ”1
'x<30o 60° </ SOOkN
a) d)

99 30 50 10 9» ■j# ÍT"50

1200kN
Nf=N.
600kN
p
b) e)
Cos 30° = 0.87
Cos 60° = 0.50 10 20 30 40 10 70 30 41 «
TOOkN
Os fios são ideais e o peso do bloco P é de 50
N. Sabendo-se que a constante da mola K vale 500kN

5,0 x 103 N/m, determina-se que a mola está


O)
alongada de
a) 0,05 cm. b) 0,10 cm. c) 0,50 cm.
d) 0,87 cm. e) 1,00 cm.
E21) (Fuvest-02) Um avião, com massa M =
E19) (Ciaba-16) Cada esfera (A e B) da figura 90 toneladas, para que esteja em equilíbrio em
pesa 1,00 kN. Elas são mantidas em equilíbrio vôo, deve manter seu centro de gravidade
estático por meio de quatro cordas finas e sobre a linha vertical CG, que dista 16 m do
inextensíveis nas posições mostradas. A eixo da roda dianteira e 4,0 m do eixo das
tração na corda BD, em kN, é rodas traseiras, como na figura abaixo. Para
estudar a distribuição de massas do avião, em
D. solo, três balanças são colocadas sob a roda
dianteira indica Mb e cada uma das que estão
60° sob as rodas traseiras indica Mt.

45®

194
ELEMENTOS DA FÍSICA

Uma distribuição de massas, compatível com o


equilíbrio do avião em võo, podería resultar em
indicações das balanças, em toneladas,
correspondendo aproximadamente a:
a) Mo = 0 Mt = 45 d) Md = 30 Mt = 30
b) MD=10 Mt = 40 e) MD = 72 Mt = 9,0
c) Mo=18 Mt = 36
E22) (Fuvest-15)
y(m)

a)

P 10 cm 40 cm

I
I

I
Lh
-S -3 0 2 *(m)
b)
0 guindaste da figura acima pesa 50.000N
sem carga e os pontos de apoio de suas rodas
no solo horizontal estão em x = 0 e x = - 5m. O 10 cm 60 cm
centro de massa (CM) do guindaste sem carga
está localizado na posição (x = - 3m, y = 2m).
Na situação mostrada na figura, a maior carga
P que esse guindaste pode levantar pesa
a)7.000N b) 50.000N c) 75.000N
d) 100.000N e) 150.000N
c)
E23) (Mackenzie-02) A figura mostra um
mobile constituído por duas barras de massas 10 cm 80 cm
desprezíveis que sustentam os corpos A, B e £
C por fios ideais. Sendo a massa do corpo A
45 g, a massa do corpo C, que mantém o
conjunto em equilíbrio na posição indicada,
deve ser igual a:
d)
20 cm 30 cm
10 cm 100 cm
10 cm 30 cm

a)10g b) 20 g c) 30 g d) 40 g e) 50 g e)

E24) (Mackenzie-02) O conjunto de polias e


fios ideais, ilustrado a seguir, possibilita o
10 cm 160 cm
equilíbrio estático dos corpos de massas mi e
ma. Se, ao invés de utilizarmos esse conjunto lí
para equilibrar tais corpos, utilizássemos uma
haste rígida, de peso desprezível, suspensa
pelo ponto O, a figura que melhor
representaria a nova situação de equilíbrio
seria:

195
ELEMENTOS DA FÍSICA

E25) (UFRJ-97) A figura 1 mostra o braço de rodas valem, respectivamente, di = 2,0 m e d2


uma pessoa (na horizontal) que sustenta um = 4,0 m, como ilustra a figura.
bloco de 10kg em sua mão. Nela estão z--------- d,------- T
indicados os ossos úmero e rádio (que se I
articulam no cotovelo) e o músculo bíceps,
osso úmero Cl ‘

músculo bíceps
2* balança
osso rádio
a) Calcule o peso do caminhão.
b) Determine a direção e o sentido da força
que o caminhão exerce sobre a segunda
balança e calcule seu módulo.

E27) (UFPR-10) No Porto de Paranaguá, um


M = 10 kg guindaste segura uma barra horizontal em
equilíbrio que, por sua vez, segura a caixa A
m = 2,3 kg de 20 kg, conforme o desenho ao lado:
nr
0 ; ÍF 6
m
i4cm i
]
; 20cm _____
35cm Im
A figura 2 mostra um modelo mecânico
equivalente: uma barra horizontal articulada
A
em 0, em equilíbrio, sustentando um bloco de
10 kg. A articulação em 0 é tal que a barra Nessas condições e considerando-se g = 10
pode girar livremente, sem atrito, em torno de m/s2, é correto afirmar que o peso da barra
um eixo perpendicular ao plano da figura em 0. será de:
Na figura 2 estão representados por a) 100 N. b) 120 N. C) 85 N.
segmentos orientados: d) 95 N. e) 105 N.
• a força F exercida pelo bíceps sobre o
osso rádio, que atua a 4cm da articulação E28) (UFPE-93) Uma prancha uniforme de 6m
0; de comprimento ultrapassa de 2m a borda de
• a força f exercida pelo osso úmero sobre a uma mesa. A massa da prancha é 4kg. Um
articulação 0; gato de 8kg caminha sobre a prancha. Até que
• o peso p do sistema braço-mão, de massa distância, em centímetros, além da borda da
igual a 2,3 kg e aplicado em seu centro de mesa, o gato pode ir sem que a prancha
massa, a 20 cm da articulação 0; comece a se inclinar?
• o peso P do bloco, cujo centro de massa
se encontra a 35cm da articulação 0.
Calcule o módulo da força F exercida pelo

rF
bíceps sobre o osso rádio, considerando g =
10m/s2.

E26) (UFRJ-04) Num posto de pesagem, um


caminhão está em repouso sobre duas
LT
balanças, uma debaixo de suas rodas a) 10 b) 20 c) 30 d) 40 e) 50
dianteiras e a outra sob suas rodas traseiras.
Ao fazer as leituras das balanças, o fiscal E29) (UFPE-03) Uma menina de 50 kg
verifica que a primeira marca 1,0x105 N, mas caminha sobre uma prancha com 10 m de
percebe que a segunda está quebrada. comprimento e 10 kg de massa. A prancha
Profundo conhecedor de caminhões, o fiscal está apoiada em suas extremidades, nos
sabe que as distâncias entre o centro de pontos A e B, como mostra a figura. No
massa C do caminhão e os planos verticais instante em que a força normal em B é igual
que contêm os eixos dianteiros e traseiro das ao dobro da normal em A, a que distância, em

196
ELEMENTOS DA FÍSICA

metros, a menina se encontra do ponto B? mola fosse distendida 20 cm para que o


sistema ficasse em equilíbrio, sendo que a
A
Ê B
constante elástica da mola é igual a 200 N/cm .
O peso da carga pendurada no ponto Cea

Á 10m
À força de reação em A , são, respectivamente:
------------- I

E30) (Mackenzie-04) Um estudante resolve A


determinar a massa de um corpo C e, para B
tanto, lança mão de uma “balança diferente”, 2m
4m
conforme a ilustração a seguir. A tal “balança”
consiste de um sistema com uma polia móvel
(Pi) e uma polia fixa (P2), ideais, fios leves e
inextensíveis e uma mola helicoidal (M) de
constantes elásticas 400 N/m e massa a)2250 N e1250 N b)2500 N e 2000 N
desprezível. Com os corpos A e B colocados c ) 3250 Ne 1200 N d ) 3500 Ne 1500 N
nas posições indicadas, a prancha e)4500 N e 2500 N
homogênea, de secção transversal constante e
massa m, está em equilíbrio na horizontal. E33) (Ciaba-00) Uma tábua homogênea de
Sabendo que a mola está esticada de 10,00 comprimento útil (2 + y) metros e massa 25 kg
cm em relação ao seu comprimento natural, encontra-se equilibrada, na horizontal,
concluímos que o corpo C tem massa de: conforme o diagrama abaixo (considerar a
aceleração da gravidade como 10m/s2):
a) 5,50 kg
[ /////7///////////////
Ó. .
Fio inextensível de
b) 6,00 kg P2 M massa desprezível
1.00 kg
c) 30,00 kg 3,00 kg

d) 55,00 kg
41 B|~|
2m Ym
e) 60,00 kg

E31) (EEAR-02) A figura abaixo mostra um


d

A1 z
O valor aproximado do seu comprimento útil é:
sistema constituído de duas barras A e B, (A) 6,35 m (B) 5,77 m (C) 5,20 m
rigidamente ligadas e em equilíbrio, suspensas (D) 4,89 m (E) 2,92 m
pelo ponto P. A barra B, na horizontal, forma
um ângulo de 150° com a barra A. E34) (Ciaba-00) Um quadrado gira em torno do
Desprezando o peso das barras e sabendo ponto “A”, conforme mostra a figura:
que o comprimento da barra A é o dobro do bi-£> C
comprimento da barra B, a relação entre os
pesos dos corpos 2 e 1, suspensos nas
extremidades das barras, vale r 2m

a.') 431 B

í
P
A 2m
b) -5
k) 150°
2 Apoio
c) Vã 1 Sabendo que as forças aplicadas são iguais e
d) 3 têm módulos 2 N e que o lado quadrado vale 2
m, quanto vale o momento que provoca a
rotação?
E32) (Ciaba-97) Na figura abaixo, a barra AB (A) 4 Nm (B)8 Nm
tem peso igual a 2000 N e for necessário que a

L.ZI 197
ELEMENTOS DA FÍSICA

(0)4^2 Nm (D) 8V2 Nm viga se encontra em equilíbrio estável, 0


módulo, em newtons, da reação Fb no apoio B
(E)2V2 Nm vale Dado: g = 10 m/s2.
E35) (Ciaba-05) Uma viga de concreto, de 2,4
m de comprimento, apoia-se em duas colunas
“A” e “B”. Supondo sua distribuição de massa
homogênea e que, a 1 m do apoio da coluna
“A" é posicionada uma massa teste de 180 Kg, B c M F2
A
calcule as reações nos apoios “A” e “B”.
Considere: D
- g = 10 m/s2;
- as reações devem ser calculadas em
newtons; e
- massa da viga = 240 Kg. Ps.Om | 4.0m T2,0m |
(a ) 795 ( b ) 685 ( c) 295
'2.4111' > (d ) 275 (e) 195
1m

è E38) (Ciaba-15)

Na figura dada, inicialmente uma pessoa


equilibra um bloco de 80 kg em uma tábua de
\ l Massa de 4 m apoiada no meio. Tanto a pessoa quanto 0
, teste
A B bloco estão localizados nas extremidades da
( a ) 2200 e 2000 (b)2250e1950 tábua. Assinale a alternativa que indica de
(c)2300e1900 (d)2350 e1850 modo correto, respectivamente, o peso da
(e)2400e1800 pessoa e a distância a que a pessoa deve ficar
do centro para manter o equilíbrio, caso 0
E36) (Ciaba-10) Observe a figura a seguir. bloco seja trocado por outro de 36 kg.
Considere g = 10 m/s2.


p í__
rz
6, Om
—I ►!
Ic
( a ) 800 N , 90 cm.
( c ) 800 N , 50 cm.
( e ) 360 N , 90 cm.
( b ) 400 N , 90 cm.
( d ) 800 N , 100 cm.

A
Uma barra PB tem 10 m de comprimento e
E39) (AFA-08) Uma viga homogênea é
suspensa horizontalmente por dois fios
pesa 100 kgf. A barra pode girar em torno do verticais como mostra a figura abaixo.
ponto C. Um homem pesando 70 kgf está
caminhando sobre a barra, partindo do ponto P.
Conforme indica a figura acima, qual a
A 8
distância x que o homem deve percorrer para
que a força de interação entre a barra e o
ponto de apoio em P seja de 5,0 kgf? IZÍ
a) 1,0 m b) 3,0 m c) 5,0 m
0
d) 7,0 m e) 9,0 m I—I
E37) (Ciaba-13) Uma viga metálica uniforme I-------------------- L-------------------- 1
de massa 50 kg e 8,0 m de comprimento A razão entre as trações nos fios A e B vale
repousa sobre dois apoios nos pontos B e C. a) 1/2 b) 2/3 c) 3/4 d) 5/6
Duas forças verticais estão aplicadas nas
extremidades A e D da viga: a força Fi de E40) (Espcex-98) Uma tábua homogênea e
módulo 20 N para baixo e a força F2 de módulo uniforme de comprimento L com massa de
30N, para cima, de acordo com a figura. Se a 3,0Kg, em equilíbrio, tem uma das suas

198
2^ L
ELEMENTOS DA FÍSICA

extremidades sobre um apoio e a outra é equilíbrio na posição horizontal é


sustentada por uma mola ideal conforme a
figura. Sobre a tábua encontra-se um corpo
“M”, com massa igual a 2,0Kg, na posição F A
indicada. Considerando a aceleração da
gravidade g=10m/s2, pode-se afirmar que o O
A B
módulo da força F exercida na mola é:

Mola i
i
___________ I M ! J
i
i
---- L/a------ I.L/4-I-L/4J
7*
a) F=3,0N b) F=25,0N c) F=30,0N L p
d) F=2,5N e) F=5,0N
[desenho ilustrativo-fora de escala |
E41) (Espcex-11) Uma barra horizontal rígida
e de peso desprezível está apoiada em uma a) PL/8F b) PL/6F c) PL/4F
base no ponto O. Ao longo da barra estão d) PL/3F e) PL/2F
distribuídos três cubos homogêneos com
pesos Pi, P2 e P3 e centros de massa G1, G2 E43) (Espcex-12) Uma barra homogênea de
e G3 respectivamente. O desenho abaixo peso igual a 50 N está em repouso na
representa a posição dos cubos sobre a horizontal. Ela está apoiada em seus
barra com 0 sistema em equilíbrio estático. extremos nos pontos A e B, que estão
distanciados de 2 m. Uma esfera Q de peso
T o
80 N é colocada sobre a barra, a uma
distância de 40 cm do ponto A, conforme
40 cm representado no desenho abaixo:
4^ r
Cl ^c2 c3
Desenho Ilustrativo
0 cubo com centro de massa em G2 possui B
peso igual a 4Pi e o cubo com centro de
massa em G3 possui peso igual a 2Pi. A ......
projeção ortogonal dos pontos G1, G2, G3 e O
sobre a reta r paralela à barra são, A intensidade da força de reação do apoio
sobre a barra no ponto B é de
respectivamente, os pontos C1, C2, C3 e O’. A
[A] 32 N [B] 41 N [C] 75 N
distância entre os pontos C1 e O’ é de 40 cm
e a distância entre os pontos C2 e O’ é de 6 [D] 82 N [E]130N
cm. Nesta situação, a distância entre os
pontos O’ e C3 representados no desenho, é
de: E44) (Escola Naval-16) Analise a figura abaixo.
[A] 6,5 cm [B] 7,5 cm [C] 8,0 cm
[D] 12,0 cm [E] 15,5 cm

E42) (Espcex-14) O desenho abaixo


representa um sistema composto por cordas
e polias ideais de mesmo diâmetro. O
sistema sustenta um bloco com peso de
intensidade P e uma barra rígida AB de
material homogêneo de comprimento L. A
barra AB tem peso desprezível e está fixada
a uma parede por meio de uma articulação
em A. Em um ponto X da barra é aplicada
uma força de intensidade F e na sua
extremidade B está presa uma corda do
sistema polias-cordas. Desprezando as //////
forças de atrito, o valor da distância AX para A figura acima ilustra um sistema mecânico em
que a força F mantenha a barra AB em

199
ELEMENTOS DA FÍSICA

equilíbrio estático, composto de uma tábua de III - Quando João chega no meio da escada
5,0 kg de massa e 6,0 m de comprimento, fica com medo e dá total razão à Maria. Ele
articulada em uma de suas extremidades e desce da escada e diz a Maria: “Como você é
presa a um cabo na outra. O cabo está mais leve do que eu, tem mais chance de
estendido na vertical. Sobre a tábua, que está chegar ao fim da escada com a mesma
inclinada de 60°, temos um bloco de massa 3,0 inclinação, sem que ela deslize”.
kg na posição indicada na figura. Sendo assim, Ignorando o atrito da parede:
qual o módulo, em newtons, a direção e o a) Maria está certa com relação a I mas João
sentido da força que a tábua faz na articulação? errado com relação a II.
Dado: g = 10 m/s2. b) João está certo com relação a II mas Maria
a) 45, horizontal para esquerda. errada com relação a I.
b) 45, vertical para baixo. c) As três estão fisicamente corretas.
c) 45, vertical para cima. d) Somente a afirmativa I é fisicamente correta.
d) 30, horizontal para esquerda. e) Somente a afirmativa III é fisicamente
e) 30, vertical para baixo. correta.

E45) (ITA-80) A barra AB é uniforme, pesa E48) (ITA-97) Um corpo de massa m é


50,0 N e tem 10,0 m de comprimento. O colocado no prato A de uma balança de braços
bloco D pesa 30,0 N e dista 8,0 m de A. A desiguais e equilibrado por uma massa p
distância entre os pontos de apoio da barra é colocada no prato B. Esvaziada a balança, 0
AC = 7,0 m. Calculara reação na extremidade corpo de massa m é colocado no prato B e
A. equilibrado por uma massa q colocada no
D prato A. O valor da massa m é:

i--------
( )A. R = 14,0N
ITc
( ) B. R = 7,0 N
J B
a) pq b) Tpà c) d) e)

( )C. R = 20,0 N ( ) D. R=10,0N


E49) (ITA-11) Uma barra homogênea,
( ) E. R = 8,0 N
articulada no pino O, é mantida na posição
horizontal por um fio fixado a uma distância x
E46) (ITA-93) Uma haste metálica de seção
de O. Como mostra a figura, o fio passa por
retangular de área A e de comprimento L é
um conjunto de três polias que também
composta de dois materiais de massas
sustentam um bloco de peso P. Desprezando
específicas pi e p2. Os dois materiais
efeitos de atrito e o peso das polias, determine
constituem hastes homogêneas de
a força de ação do pino O sobre a barra.
comprimentos Li e L2, com L1 + L2 = L e L1 =
3L2 soldadas nas extremidades. Colocada a
haste sobre um cutelo verifica-se que o
equilíbrio é atingido na situação indicada na
figura. Calcule a relação p 1 / p2. X y
■4-
a) p 1 / p2 = 1 172
4
h—------ F O
b) p 1 / p2 = 2
c) p 1 / p2 = 3
I P
d) p 1/ p2 = 2,5 WwwWwwwww
e) p 1/ p2 = 0,4

E47) (ITA-96) Considere as três afirmativas E50) (ITA-15) Um bloco cônico de massa M
abaixo sobre um aspecto de Física do apoiado pela base numa superfície horizontal
cotidiano. tem altura h e raio de base R. Havendo atrito
I - Quando João começou a subir pela escada suficiente na superfície da base de apoio, 0
de pedreiro apoiada numa parede vertical, e já cone pode ser tombado por uma força
estava no terceiro degrau, Maria grita para ele: horizontal aplicada no vértice. O valor mínimo
- “Cuidado João, você vai acabar caindo pois a F dessa força pode ser obtido pela razão h/R
escada está muito inclinada e vai acabar dada pela opção,
deslizando”. a)^. b)-L. Mg + F
c)
' F 7 Mg Mg
II - João responde: -“Se ela não deslizou até
agora que estou no terceiro degrau, também Mg+F , Mg+F
d) F ’ e)
' 2Mg
não deslizará quando eu estiver no último”.

200
ELEMENTOS DA FÍSICA

F1) (Fuvest-97) Uma pirâmide reta, de altura H


e base quadrada de lado L, com massa m
uniformemente distribuída, está apoiada sobre
um plano horizontal. Uma força F com direção
paralela ao lado AB é aplicada no vértice V.
Dois pequenos obstáculos 0, fixos no plano
impedem que a pirâmide se desloque
horizontalmente. A força F capaz de fazer
tombar a pirâmide deve ser tal que:

9
a) Calcule os momentos da forças P e C em
relação ao ponto O indicado no esquema
impresso na folha de respostas.
b) Escreva a expressão para o momento da
força T em relação ao ponto O e determine o
módulo dessa força.
c) Determine o módulo da força C na cauda do
B / pica-pau.

mgH F3 (UNICAMP-89) Um cigarro sem filtro, de 80


a) | F | mm, foi aceso e apoiado num cinzeiro, como
+ H2 indica a figura. Durante quanto tempo o cigarro
vUJ ficará sobre o cinzeiro? Considere que a
fL queima se dá à razão de 5 milímetros por

d) I F |
m9[ã minuto e que a cinza sempre se desprende do
cigarro.
H
b) I F | > mg
mgl - I
e) | F |
2
í- I
VU,
+ H2 25 mn

mgH
c) | F | 777777777777777’7777777777777.1

UJ F4) (Unicamp-09) Grandes construções


representam1 desafios à engenharia e
F2) (Fuvest-11) Para manter-se equilibrado em demonstrami a capacidade de realização
um tronco de árvore vertical, um pica-pau humana. IPontes com estruturas de
agarra-se pelos pés, puxando-se contra o sustentação sofisticadas são exemplos dessas
tronco, e apoia sobre ele sua cauda, obras que coroam a mecânica de Newton.
constituída de penas muito rígidas, conforme Tv T
figura abaixo. No esquema impresso na folha y
de respostas estão indicadas as direções das
A B Th
forças nos pés (T) e na cauda (C) do pica-pau
— que passam pelo seu centro de massa (CM)
— e a distância da extremidade da cauda ao
CM do pica-pau, que tem 1 N de peso (P). o X

C
Figura 1 - Ponte pènsil
J

201
ELEMENTOS DA FÍSICA

bb a) Uma das tarefas enfrentadas usualmente é


a de levantar massas cujo peso excede as
nossas forças. Uma ferramenta usada em
alguns desses casos é o guincho girafa,
representado na figura ao lado. Um braço
c móvel é movido por um pistão e gira em torno

Figura 2 - Ponte estalada


u do ponto O para levantar uma massa M. Na
situação da figura, o braço encontra-se na
posição horizontal, sendo D = 2,4m e d = 0,6m.
a) A ponte pênsil de São Vicente (SP) foi
construída em 1914. O sistema de suspensão Calcule o módulo da força F exercida pelo
de uma ponte pênsil é composto por dois pistão para equilibrar uma massa M = 430kg.
cabos principais. Desses cabos principais Despreze o peso do braço. Dados: cos30° =
partem cabos verticais responsáveis pela 0,86 e sen30° = 0,50.
sustentação da ponte. O desenho esquemático b) Ferramentas de corte são largamente
da figura 1 abaixo mostra um dos cabos usadas nas mais diferentes situações como,
principais (AOB), que está sujeito a uma força por exemplo, no preparo dos alimentos, em
de tração T exercida pela torre no ponto B. A intervenções cirúrgicas, em trabalhos com
componente vertical da tração TV tem módulo metais e em madeira. Uma dessas
igual a um quarto do peso da ponte, enquanto ferramentas é o formão, ilustrado na figura ao
a horizontal TH tem módulo igual a 4,0.10® N . lado, que é usado para entalhar madeira. A
Sabendo que o peso da ponte é P = 1,2.107 N, área da extremidade cortante do formão que
calcule o módulo da força de tração T. tem contato com a madeira é detalhada com
b) Em 2008 foi inaugurada em São Paulo a linhas diagonais na figura, sobre uma escala
ponte Octavio Frias de Oliveira, a maior ponte graduada. Sabendo que o módulo da força
estaiada em curva do mundo. A figura 2 exercida por um martelo ao golpear a base do
mostra a vista lateral de uma ponte estaiada cabo do formão é F = 4,5N, calcule a pressão
simplificada. O cabo AB tem comprimento L = exercida na madeira.
50 m e exerce, sobre a ponte, uma força TAB
de módulo igual a 1.8.107 N. Calcule o módulo F6) (Mackenzie-03) Duas crianças de massas
do torque desta força em relação ao ponto O. respectivamente iguais a 30 kg e 50 kg
resolvem equilibrar um corpo de massa 70 kg,
F5) (Unicamp-11) O homem tem criado suspenso num sistema de fios ideais que
diversas ferramentas especializadas, sendo passam por polias de inércia desprezível,
que para a execução de quase todas as suas conforme o esquema abaixo.
tarefas há uma ferramenta própria.
!. P------------- 4
o

____ i
braço |

30’ M

FIGURA SEM ESCALA

Na posição de equilíbrio, temos:


cabo a) cos y = 0,5 e sen a = 0,6 sen (3
b) cos y = 0,5 e sen a = 1,67 sen p
c) cos y = 0,87 e sen a = 0,6 sen p
d) cos y = 0,5 e sen a = 0,6 sen p
e) cos y = 0,5 e sen a = sen p
»» F7) (Mackenzie-05) Uma viga homogênea, se
secção transversal uniforme, com peso 400 N
e comprimento 5 m, é apoiada em um muro de
3,20 m de altura, como mostra a figura.

202
ELEMENTOS DA FÍSICA

3,20 m

i' 2,40 m 'i


Suponha que é desprezível o atrito entre a viga F10) (UFMG-10) O Manual do Usuário de um
e o muro. A força que essa viga exerce sobre o automóvel contém estas informações:
muro, no ponto C, tem intensidade igual a: • a distância entre os eixos das rodas é de 2,5
a)150N b) 200 N c) 250 N m; e
d) 300 N e) 350 N • 60% do peso do veículo está concentrado
sobre as rodas dianteiras e 40%, sobre as
F8) (UFRJ-02) Um robô equipado com braços rodas traseiras.
mecânicos é empregado para deslocar cargas a) Considerando essas informações,
uniformemente distribuídas em caixas cúbicas CALCULE a distância horizontal entre o eixo
de lado 60 cm. Suponha que o robô possa ser da roda dianteira e o centro de gravidade
considerado como um paralelepípedo desse automóvel.
retangular de base quadrada de lado 80 cm e b) Durante uma arrancada, a roda desse
massa 240 kg, também uniformemente automóvel pode deslizar sobre o solo.
distribuída. Suponha também que os braços Considerando a situação descrita e as
mecânicos tenham massa desprezível e que a informações do Manual, RESPONDA: Esse
carga permaneça junto do robô. tipo de deslizamento ocorre mais facilmente se
Calcule o maior valor possível da massa da o automóvel tiver tração nas rodas dianteiras
carga que o robô pode sustentar sem tombar. ou nas rodas traseiras? JUSTIFIQUE sua
resposta.

F11) (Fuvest-06) Um gaveteiro, cujas


dimensões estão indicadas no corte
transversal, em escala, representado nas
L figuras, possui três gavetas iguais, onde foram
colocadas massas de 1 kg, 8 kg e 3 kg,
distribuídas de modo uniforme,
respectivamente no fundo das gavetas Gr, G2
e G3. Quando a gaveta G2 é puxada,
permanecendo aberta, existe o risco de o
gaveteiro ficar desequilibrado e inclinar-se para
frente. Desconsidere o peso das gavetas e do
F9) (UFPE-03) A escada AB está apoiada gaveteiro vazios._______________________
48 cm '
numa parede sem atrito, no ponto B, e H-------------- H
encontra-se na iminência de escorregar. O
D
coeficiente de atrito estático entre a escada e o ZZÊÍ 100 cm M- Ê1
piso é 0,25. Se a distância de A até o ponto O 9
■í
é igual a 45 cm, qual a distância de B até O, g2 G2
em centímetros?
V ■ -G^ G^
Fechado Aberto
Figura 1 Figura 2
a) Indique, no esquema da folha de resposta, a
posição do centro de massa de cada uma das
gavetas quando fechadas, identificando esses

203
ELEMENTOS DA FÍSICA

pontos com o símbolo x. 60° 45°


Cos 0,50 0,70
b) Determine a distância máxima D, em cm, de Sen 0,86 0.70
abertura da gaveta G2 , nas condições da :3c
figura 2, de modo que o gaveteiro não tombe
para frente.
c) Determine a maior massa Mmax, em kg, que
pode ser colocada em G2 , sem que haja risco
de desequilibrar o gaveteiro quando essa 30° B

gaveta for aberta completamente, mantendo as 45°


demais condições.
M
F12) (Fuvest-08) Para carregar um pesado T
A,
pacote, de massa M = 90kg, ladeira acima,
com velocidade constante, duas pessoas
exercem forças diferentes. O Carregador 1, a) 349,0 e 436,3 b) 532,2 e 650,5
mais abaixo, exerce uma força Fi sobre o c) 356,4 e 666,5 d) 452,1 e 543,2
pacote, enquanto o Carregador 2, mais acima, e) 424,9 e 657,8
exerce uma força Fz. No esquema abaixo
estão representados, em escala, o pacote e os F14) (Ciaba-07)
pontos Ci e C2, de aplicação das forças, assim
como suas direções de ação.
movimento

°2 5-,
Uma barra cilíndrica, rígida e homogênea, de
massa m, está em equilíbrio estático apoiada
por suas extremidades sobre dois planos
inclinados que formam com a horizontal
ângulos respectivamente iguais a 01 e 02 tal
que 01 < 02, conforme mostra a figura acima.
Supondo irrelevantes os possíveis atritos e
sabendo que a barra está num plano
perpendicular a ambos os planos inclinados,
calcula-se que a força normal que o plano mais
íngreme exerce sobre a barra seja dada por
sen0} sen02
mg mg
a) Determine, a partir de medições a serem sen(0x + 0 ■>) sen(0} + 02)
realizadas no esquema abaixo, a razão R = a) b)
F1/F2, entre os módulos das forças exercidas
COS0} cos<9,
mg mg
pelos dois carregadores. cos(3 + 02) d) cos(3+02)
c)
b) Determine os valores dos módulos de F1 e
F2, em newtons. tg02
mg
e) tg^+01)
F13) (CIABA-98) Uma barra AB móvel em
tomo do pino A sustenta em B um corpo M de F15) (Ciaba-17) Uma haste homogênea de
peso igual a 480 Kgf, como se mostra na figura peso P repousa em equilíbrio, apoiada em uma
abaixo. Desse modo, a intensidade da força de parede e nos degraus de uma escada,
tração no cabo BC e a intensidade da força conforme ilustra a figura abaixo. A haste forma
exercida sobre a barra em B são, um ângulo 0 com a reta perpendicular à
respectivamente, em Kgf: parede. A distância entre a escada e a parede
Dados: é L. A haste toca a escada nos pontos A e B
da figura.

204
ELEMENTOS DA FÍSICA

d
haste

B
3 M
©
'escada
parede s i C
m
L1
m
A i
O afastamento do ponto M em relação à sua
s L posição inicial é
I
9
I
a)^ b)^ C)±£ d)^
l J1 ' 2 3 4 6
L
F18) (AFA-12) Considere uma prancha
J1 homogênea de peso P e comprimento L que
L se encontra equilibrada horizontalmente em
Utilizando as informações contidas na figura duas hastes A e B como mostra a figura 1
acima, determine o peso P da haste, admitindo abaixo.
que Fa é a força que a escada faz na haste no
ponto A e Fb é a força que a escada faz na
haste no ponto B. Figura 1
a) P = 2(Fa + Fb)/(3.cos 6) Sobre a prancha, em uma posição x < L/2, é
b) P = 2(Fa + 2Fb)/(3.cos 0) colocado um recipiente de massa desprezível
c) P = 3(Fa + Fb)/(2.cos 0) e volume V, como mostrado na figura 2. Esse
d) P = 2(Fa + Fb)/(3.cos 0) recipiente é preenchido lentamente com um
líquido homogêneo de densidade constante
F16) (EEAR-02) A figura a seguir mostra uma até sua borda sem transbordar.
barra homogênea de peso P e comprimento AB
= L. Esta barra possui uma articulação na
extremidade A e está em equilíbrio devido à
aplicação de uma força F na extremidade B.
Qual deve ser o valor do ângulo a, em graus, x Figura 2
para que o equilíbrio seja mantido? Nessas condições, o gráfico que melhor
Dados: |p| = 2V2N e |f| = V3N representa a intensidade da reação do apoio
B, RB, em função da razão entre o volume V’
do líquido contido no recipiente pelo volume V
do recipiente, V7 V, é
a) Rb‘ C)

p p
2 2
Y’ 1
y
1 V V
a) 135° b)120° c) 60° d) 45°
b) RB‘ d)
«a-
F17) (AFA-08) A figura abaixo apresenta dois
corpos de massa m suspensos por fios ideais
que passam por roldanas também ideais. Um p P
terceiro corpo, também de massa m, é y y
suspenso no ponto médio M do fio e baixado 1 V 1 v
até a posição de equilíbrio.
F19) (AFA-14) A figura abaixo mostra um
sistema em equilíbrio estático, formado por
uma barra homogênea e uma mola ideal que
estão ligadas através de uma de suas
extremidades e livremente articuladas às
paredes.

205
ELEMENTOS DA FÍSICA

2L0 O

A C D
B

P
fx barra possui massa m e comprimento Lo, a
mola possui comprimento natural !_□ e a Obs.: desenho fora de escala
distância entre as articulações é de 2L0. Esse Sabendo que o peso da haste é igual a 4P,
sistema (barra-mola) está sujeito à ação da que o seu comprimento é igual a 6 m e que 0
gravidade, cujo módulo da aceleração é g e, sistema está no vácuo, podemos afirmar que
nessas condições, a constante elástica da a distância do ponto A ao ponto B vale:
mola vale [A] 2,4 m [B] 2,5 m [C] 3,2 m
m.g.Lõ1 [D] 3,4 m [E] 4,2 m
a) c) 2m.g.L01
4(V3-1)
m.g F22) (Espcex-13) Um portão maciço e
b) m.g.Lõ1 d) homogêneo de 1,60 m de largura e 1,80 m
V6-2 de comprimento, pesando 800 N está fixado
em um muro por meio de dobradiças "A",
F20) (Espcex-01) Para que a haste AB , situada a 0,10 m abaixo do topo do portão, e
homogênea, de massa m = 5kg, permaneça "B", situada a 0,10 m de sua parte inferior, a
em equilíbrio suportada pelo fio ideal BC, a distância entre as dobradiças é de 1,60 m
força de atrito em A deverá ser: conforme o desenho abaixo. Elas têm peso e
dimensões desprezíveis, e cada dobradiça
41 suporta uma força cujo módulo da
Dados: g = 10 m/s2, sen 45° = cos 45° = —
2 componente vertical é metade do peso do
AB = BC = L portão. Considerando que o portão está em
C equilíbrio, e que o seu centro de gravidade
z 2__ L / / 1 está localizado em seu centro geométrico, 0
módulo da componente horizontal da força
45° em cada dobradiça "A" e "B" vale,
respectivamente:
L
90° i ' r !■<—-1,60 m— i ~
B <£ O,lOm
i—

L
45°
PORLTAO
7 7 T 7 1 7 7 7 1 T E E
A o O
CO
a) 50-?2 N b) 50,0 N c) 12,5 N
d)6,0N e)6>/2 N

I I I

lHI
F21) (Espcex-05) Uma haste AD homogênea I
e rígida encontra-se em equilíbrio estático,
na posição horizontal, sustentada pela corda 0,10rn
ideal OB. No ponto C, que dista 5 m do ponto i-"1 r r
A, está pendurado um peso P, conforme o desenho ilustrativo - fora de escala
desenho abaixo. a) 130 N e 135 N b) 135 N e 135 N
c) 400 N e 400 N d) 450 N e 450 N
e) 600 N e 650 N

206
ELEMENTOS DA FÍSICA

F23) (Espcex-16) O desenho abaixo E


representa um sistema composto por duas
barras rígidas I e II, homogêneas e de
massas desprezíveis na posição horizontal,
dentro de uma sala. O sistema está em
equilíbrio estático.
No ponto M da barra II, é colocado um peso
de 200 N suspenso por um cabo de massa
desprezível. A barra I está apoiada no ponto
N no vértice de um cone fixo no piso. O
ponto A da barra I toca o vértice de um cone
fixo no teto. O ponto B da barra I toca o
ponto C, na extremidade da barra II. O ponto
D, localizado na outra extremidade da barra
II, está apoiado no vértice de um cone fixo no
piso.
teto | 2, Om 2, Om [ 2, Om 2, Om |
c M barra H d|
a) 30,0 b) 50,0 C) 70,0
d) 90,0 e) 110
barra I N T1 200 N
i
yZZZZZZZj/Z z z/z'/
F26) (Escola Naval-88) Na figura abaixo, o
2,0 m jljOmj,. _ „ !P'SO cilindro homogêneo de massa igual a 30 kg
4- 4,0 m
-rP 3,0 m
está em repouso contra um pequeno ressalto
DESENHO ILUSTRATIVO FORA DE ESCALA A. Considere a aceleração da gravidade igual
a 10 m/s2 . A fim de empurrar o cilindro contra
Os módulos das forças de contato sobre a
barra I, nos pontos A e N, são o ressalto devemos aplicar uma força F, como
respectivamente: está mostrado. Na condição de rolamento
[A] 75 N, 150 N [B] 150 N, 80 N iminente, o módulo da força F, em newton,
[C] 80 N, 175 N [D] 75 N, 225 N vale, respectivamente ( N é a componente
[E] 75 N, 100 N normal da força que o ressalto exerce sobre o
cilindro):
F24) (AFA-89) Na figura, o rolo G tem peso
1000N e raio 15cm. O obstáculo tem altura de a) 1200 F
3cm. Calcule o calor da força horizontal F, em b) 300 0,4 m
10cm
N, para que haja a iminência de movimento. c) 600
d) 200^3 A
F G e) 200 60S

F27) (ITA-53) São dados 2 paredes


representadas por 2 planos, sendo um
a) 500 b) 750 c) 1000 d)1250
horizontal e outro vertical; uma barra rígida,
suposta linear e homogênea, pesando 8
F25) (Escola Naval-12) A viga inclinada de 60°
quilogramas-força e tendo para comprimento o
mostrada na figura repousa sobre dois apoios valor </2 metros. Colocando-se a barra, de
A e D. Nos pontos C e E, dois blocos de
extremidades A e B, na posição indicada pela
massa 8,00 kg estão pendurados por meio de
figura e abandonando-a em seguida, pede-se:
um fio ideal. Uma força de F = 30,0 N traciona
um fio ideal preso à viga no ponto B.
Desprezando o peso da viga e o atrito no
ponto D, a reação normal que o apoio D
exerce na viga, em newtons, é igual a

207
ELEMENTOS DA FÍSICA

a) verificar se a barra permanece em equilíbrio; função do ângulo 0.


b) havendo equilíbrio, calcular as forças que a // U! I ! I / / /
barra exerce sobre cada parede.
Considerar, separadamente, os seguintes •V
casos:
1o) as paredes não apresentam forças de atrito;
2o) a parede vertical não apresenta atrito e a
parede horizontal pode exercer uma força de
&.-Z
=r
fh*
atrito;
3o) a parede horizontal não apresenta atrito, a)
porém, a parede vertical é capaz de exercer fh
ll
uma força qualquer (em módulo, direção e
I
sentido) na extremidade A da barra.
I
F28) (ITA-64) Uma barra homogênea, apoiada J
em seu ponto médio, é medida em equilíbrio
I
tendo numa extremidade A um recipiente
contendo água até uma certa altura, com uma
torneira no seu fundo; outra extremidade B
contem um pequeno bloco C, de massa M e b)
suporta um recipiente vazio idêntico ao anterior.
A partir de um certo instante abre-se a torneira
do recipiente, permitindo a vazão de a
gramas por segundo ( a = constante ) de água.
Admitindo que o bloco C possa deslocar-se
sem atrito equilíbrio no curso do tempo, o
bloco C sobre a barra deve executar um

r
movimento.
a
-—L ---- *

FH

a) retilíneo uniforme.
b) retilíneo uniformemente acelerado.
c) retilíneo uniformemente retardado. 0
d) retilíneo com aceleração variável.
e) qualquer. r
d)
F29) (ITA-64) Na questão anterior, com a = 50
g/s, L = 1,50 m e M = 10,0 kg, C tem FH Mg
velocidade
a) variável com o tempo.
b) igual a 7,5 x 10-3 m/s.
c) igual a 6,0 x 103 m/s.
d) igual a 7,5 x 104m/s.
e) igual a 1,50 x 103 m/s. 0
.6
F30) (ITA-74) Na figura tem-se uma barra de
?
massa M e comprimento L, homogênea,
suspensa por dois fios, sem massa. Uma força F31) (ITA-79) Na figura abaixo acha-se
Fh, horizontal, pode provocar um ilustrada uma cancela cujo movimento de
deslocamento lateral da barra. Nestas rotação em torno do eixo EE' é facilitado pela
condições, indique abaixo o gráfico que melhor fixação de um cilindro maciço de latão, no
representa a intensidade da força FH como trecho AE, e com o eixo de simetria ortogonal
a EE'. O cilindro é fixado na parte superior do

208
ELEMENTOS DA FÍSICA

trecho AE da cancela. São conhecidos os oc oc


seguintes dados: o trecho EB mede 4,00m de C)T = P.—.(1 -cos 0) D) T = P — .tg 0
comprimento e pesa 1,20 x 102N; o trecho AE a a
tem massa desprezível e mede 1,00m de oc
comprimento; o cilindro de latão tem 1,00 x 10' E) T = P.— .sen 0
a
1m de comprimento. Nestas condições, para
que a porteira possa ser erguida ou abaixada
F34) (ITA-89) Um semi-disco de espessura e e
facilmente, isto é, como se não tivesse peso
massa m= 2,0 g está apoiada sobre um plano
algum, a base do cilindro mais próxima de A
horizontal, mantendo-se na posição indicada
está
em virtude da aplicação de uma força , no
ponto Q. O centro de gravidade G é tal que õg
= 0,10 m; o raio do disco é r = 0,47 meo
é ângulo 0 vale 30 °. O valor de F neste caso é :

ÍL
A B

A) 19,6 N
/
B) 7,2 N

r
0
( )A-à direita de A, entre A e E, a 1,5 x 10'1m.
( ) B - à esquerda de A, fora do trecho AE, a C) 1,2 N <5/ I
1,5 x 10’1m.
( ) C - à esquerda de A, fora do trecho AE, a D ) 2,4 N / ®l
I .
>a
1,0x10‘1m.
( ) D - coincidindo com o extremo A. E ) 2,9 N
( ) E - à direita de A, entre A e E, a 1,0 x 10'1m.
F35) (IME-78) Considerando a figura,
F32) (ITA-85) Numa balança defeituosa um determine a expressão, em função do peso W,
dos braços é igual a 1,0100 vezes o outro. Um da força exercida pelo solo sobre a barra AD.
comerciante de ouro em pó realiza 100 Dyf,
pesadas de 1,0000 kg, colocando o pó a pesar
um igual número de vezes em cada um dos 745°1_ 30°
pratos da balança. O seu ganho ou perda em
mercadoria fornecida é:
a) zero.
c) 0,25 kg ganhos.
e) 5 g ganhas.
b) 5 g perdidas.
d) 0,25 kg perdidos.

F33) (ITA-87) Um hemisfério homogêneo de


nl W

F36) (ITA-97) Considere um bloco de base d e


peso P e raio a repousa sobre uma mesa altura h em repouso sobre um plano inclinado
horizontal perfeitamente lisa. Um ponto A de ângulo a. Suponha que o coeficiente de
do hemisfério está atado a um ponto B da atrito estático seja suficientemente grande para
mesa por um fio inextensível, cujo peso é que o bloco não deslize pelo plano. O valor
desprezível. O centro de gravidade do máximo da altura h para que a base d
hemisfério é o ponto C. permaneça em contato com o plano é:
Nestas condições a tensão no fio é: a) d / a.

\ I b) d / sen a.
a—
CTr c) d / sen2 a.
\ / • 7a
\A| i lb d) d / cotg a.
I
e) d cotg a / sen a.
oc oc
A) T = P.— .tg 0 B) T = P.— .sen 0 F37) (ITA-99) Um brinquedo que as mamaes
a a utilizam para enfeitar quartos de crianças é

209
ELEMENTOS DA FÍSICA

conhecido como “mobile". Considere o “mobile” F40) (ITA-87) Uma das extremidades de uma
de luas esquematizado na figura abaixo. As corda de peso desprezível está atada a uma
luas estão presas por meio de fios de massas massa M1 que repousa sobre um cilindro fixo,
desprezíveis a três barras horizontais, também liso, de eixo horizontal. A outra extremidade
de massas desprezíveis . O conjunto todo está está atada a uma outra massa M2. Para que
em equilíbrio e suspenso num único ponto A. haja equilíbrio na situação indicada, deve-se
Se a massa da lua 4 é de 10g, então a massa ter:
em quilograma da lua é:
a) 18° M
4'Z- --'Jí
b) 80 M 2L
c) 0,36 L~| 2L
d) 0,18 UI 2L
e) 9

M2E]
F38) (IME-68) Qual o valor mínimo da força B) M2 = 7J M1 / 4
A) M2=/3 Mi/4
horizontal F capaz de fazer com que a roda da
C) M2= Mi/2 D) M2= M1//3
figura suba o degrau?
E) M2= Mi/4
R = 50 cm
P = 200 N F41) (ITA-98) Considere um bloco cúbico de
d = 30 cm
F lado d e massa m em repouso sobre um plano
■4- inclinado de ângulo a, que impede 0
R movimento de um cilindro de diâmetro d e
\\ UI P
I massa m idêntica à do bloco, como mostra a
llkn figura.
...................... Suponha que o coeficiente de atrito
estático entre o bloco e o plano seja
suficientemente grande para que o bloco não
a)150N b) 200 N c) 250 N deslize pelo plano e que o coeficiente de atrito
d) 300 N e) 350 N estático entre o cilindro e o bloco seja
desprezível. O valor máximo do ângulo a do
F39) (ITA-68) Na situação abaixo, o bloco 3 de plano inclinado, para que a base do bloco
massa igual a 6,0 kg está na eminência de permaneça em contato com o plano, é tal que:
deslizar. Supondo as cordas inextensíveis e
sem massa e as roldanas também sem massa //
e sem atrito, quais são as massas dos blocos
1 e 2 se o coeficiente de atrito estático do a(
plano horizontal para o bloco 3 é |ie= 0,5 ?
a) sen a = 1/2. b) tang a = 1
c) tan a = 2. d) tan a = 3
e) cotg a =2.

z2v t F42) (ITA-92) Na figura abaixo, a massa


esférica M pende de um fio de comprimento L,
mas está solicitada para a esquerda por uma
força F que mantém a massa apoiada contra
uma parede vertical P, sem atrito. Determine
os valores de F e de R (reação da parede) (0
a) Pi = 1,5 kg P2 = 1,5 kg raio da esfera <<L).
b) Pi = 1,5 kg P2 = 727/4 kg
c) Pi = 3,0 kg P2 = 727/4 kg
d) P, = 2,0 kg P2 = 4,0 kg
e) Pi = J2/4 kg P2 = 718/4 kg

210
ELEMENTOS DA FÍSICA

F R ZZZZZZZzyZZZZZZZ/z d) sobre o segmento RN a, 2,0 m de R.


2MgV3 MgVi 60° i
e) sobre o segmento rp a, 2,5 m de R.
a)
3 3 i
i F45) (IME-08)
8MgV3 8MgV3 i

£
b) F
3 3

C)
4MgV3
3
8MgV3
MgVi
3
4MgV3
€/2
i
i
i
i
i
HL.
d) i R D__ l
3 3
P M Um caminhão de três eixos se desloca sobre
MgV3
e) MgVã uma viga biapoiada de 4,5m de comprimento,
2 '7777777777777777/ conforme ilustra a figura acima. A distância
entre os eixos do caminhão é 1,5m e o peso
por eixo aplicado à viga é 150kN. Desprezando
F43) (ITA-07) Na experiência idealizada na o peso da viga, para que a reação do apoio A
figura, um halterofilista sustenta, pelo ponto M, seja o dobro da reação vertical no apoio B, a
um conjunto em equilíbrio estático composto distância D entre o eixo dianteiro do caminhão
de uma barra rígida e uniforme, de um peso Pi e o apoio A deverá ser:
= 100N na extremidade a 50 cm de M, e de um a) Om b) 0,3m c) 0,6m
peso P2 = 60 N, na posição x2 indicada. A d) 0,9m e)1,2m
seguir, o mesmo equilíbrio estático é verificado
dispondo-se, agora, o peso P2 na posição F46) (IME-09) Uma viga de 8,0 m de
original de Pi, passando este à posição de comprimento, apoiada nas extremidades, tem
distância Xi = 1,6 x2 da extremidade N. Sendo peso de 40 kN. Sobre ela, desloca-se um carro
de 200 cm o comprimento da barra e g = 10 de 20 kN de peso, cujos 2 eixos de roda
m/s2 a aceleração da gravidade, a massa da distam entre si 2,0 m. No instante em que a
barra é de reação vertical em um apoio é 27,5 kN, um dos
200 cin eixos do carro dista, em metros, do outro apoio
A) 1,0 B)1,5 C) 2,0
N D) 2,5 E) 3,0
*2
F47) (OBF-06) A estrutura representada
pi sustenta, em equilíbrio, dois corpos de pesos
Pi e P2. Como os ângulos a e p são iguais
a) 0,5 kg b) 1,0 kg c) 1,5 kg
respectivamente a 143° e 106°, calcule:
d) 1,6 kg e) 2,0 kg

F44) (ITA-11) Um prisma regular hexagonal


homogêneo com peso de 15N e aresta da
base 2,0 é mantido de pé graças ao apoio de
um dos seus vértices da base inferior (ver
figura) e à ação de uma força vertical de
suspensão de 10N (não mostrada).Nessas
condições, o ponto de aplicação da força na
base superior do prisma encontra-se.
□ P2
a) o valor do esforço de tração que ocorre no
■nn
I cabo identificado pela letra c;
s p b) a relação Pi/P2.

F48) Sobre um plano inclinado coloca-se, com


arestas longitudinais horizontais, um prisma
com secçâo reta hexagonal regular. O plano
inclinado possui inclinação de 30° com ralação
a) sobre o segmento rm a, 2,0 m de R. à horizontal e o coeficiente de atrito vale p =
0,5. Determine o que ocorre com o prisma?
b) sobre o segmento rn a, 4,0 m de R.
c) sobre o segmento RN a, 3,0 m de R.

211
ELEMENTOS DA FÍSICA

g=10 m/s2

escada
A
B

___ E
piso 4m 4
a) o prisma tomba (sem deslizar) plano
inclinado abaixo. desenho ilustrativo-fora de escala
b) o prisma desliza (sem tombar) plano
inclinado abaixo. [A] 0,30 [B] 0,60 [C] 0,80
c) o prisma fica em equilíbrio estático. [D] 1,00 [E] 1,25
d) o prima inicialmente desliza e depois tomba
e) o prisma inicialmente tomba uma vez e A3) (Espcex-15) Um cilindro maciço e
depois desliza. homogêneo de peso igual a 1000 N encontra-
se apoiado, em equilíbrio, sobre uma estrutura
composta de duas peças rígidas e iguais, DB e
: ‘ .4 . EA, de pesos desprezíveis, que formam entre
i : : si um ângulo de 90°, e estão unidas por um
A1) (UFPR-13) Uma pessoa P de 75 kg, eixo articulado em C. As extremidades A e B
representada na figura, sobe por uma escada estão apoiadas em um solo plano e horizontal.
de 5 m de comprimento e 25 kg de massa, que O eixo divide as peças de tal modo que
está apoiada em uma parede vertical lisa. A DC=EC e CA=CB, conforme a figura abaixo.
escada foi imprudentemente apoiada na
parede, formando com esta um ângulo de 60°.
O coeficiente de atrito estático entre a sua
base e o piso é 0,70 e o centro de gravidade
da escada encontra-se a 1/3 do seu
comprimento, medido a partir da sua base, que
está representada pelo ponto O na figura.
Despreze o atrito entre a parede e a escada e
considere esta como um objeto unidirecional.
a) Reproduza na folha de respostas o desenho
da escada apenas, e represente todas as
forças que estão atuando sobre ela,
nomeando-as e indicando o seu significado.
b) Determine a distância máxima x que essa
pessoa poderá subir sem que a escada deslize. Um cabo inextensível e de massa desprezível
encontra-se na posição horizontal em relação
A2) (Espcex-14) Um trabalhador da construção ao solo, unindo as extremidades D e E das
civil de massa 70 kg sobe uma escada de duas peças. Desprezando o atrito no eixo
material homogêneo de 5 m de comprimento e articulado e o atrito das peças com o solo e do
massa de 10 kg, para consertar o telhado de cilindro com as peças, a tensão no cabo DE é:
uma residência. Uma das extremidades da [A] 200 N [B] 400 N [C] 500 N
escada está apoiada na parede vertical sem [D] 600 N [E] 800 N
atrito no ponto B, e a outra extremidade está
apoiada sobre um piso horizontal no ponto A, A4) (Escola Naval-10) A figura abaixo mostra
que dista 4 m da parede, conforme desenho uma barra uniforme e homogênea de peso P e
abaixo. Para que o trabalhador fique parado na comprimento L, em repouso sobre uma
extremidade da escada que está apoiada no superfície horizontal. A barra está apoiada,
ponto B da parede, de modo que a escada não sem atrito, ao topo de uma coluna vertical de
deslize e permaneça em equilíbrio estático na altura h, fazendo um ângulo de 30° com a
iminência do movimento, o coeficiente de atrito vertical. Um bloco de peso P/2 está pendurado
estático entre o piso e a escada deverá ser de a uma distância L/3 da extremidade inferior da
Dado: intensidade da aceleração da gravidade barra. Se a barra está na iminência de deslizar,

212
LELEMENTOS DA FÍSICA

a expressão do módulo da força de atrito entre balança, de forma que o ângulo p indicado na
a sua extremidade inferior e a superfície figura 3 tem coseno igual a 0,43 e seno igual a
horizontal é 0,90. Os dois outros pés permanecem
apoiados no solo, sem atrito. A massa acusada
pela balança é:

30°

/ ////'/// /'/ /
a)PL/4h b)V3PL/6h c) PU2h
d) V3PL / 2h e) V3PL / 4h A) 25kg
B) Zero quilogramas, porque a mesa vira
A5) (ITA-63) Na figura ao lado, a linha AB C) Zero quilogramas, porque a balança será
representa uma escada de 5,0 m de empurrada para a direita e não há equilíbrio
comprimento e peso desprezível. Um homem D) 12kg
pesando 80 kgf está sobre ela, a meia E) 10kg
distância entre os extremos. A parede vertical
não apresenta atrito. Qual é a força horizontal A8) (ITA-85) Um cilindro de raio R está em
de reação da parede no ponto A? equilíbrio, apoiado num plano inclinado, áspero,
-4. A. de forma que seu eixo é horizontal. O cilindro é
formado de duas metades unidas pela secção
longitudinal, das quais uma tem densidade d 1
e a outra densidade d 2< d 1. São dados os
ângulos a de inclinação do plano inclinado e a
distância h = 4-^ do centro-de-massa de
3tti B
cada metade à secção longitudinal de
separação sobre o horizonte podemos afirmar
que:
A6) (ITA-65) Três blocos cúbicos iguais de
aresta a, estão empilhados conforme sugere a
figura ao lado. Nestas condições, a máxima
distância x para que ainda se tenha equilíbrio,
é:
a
A)a/2
i/'
a
B)(7/8)a «
“^7
C)a
T
A) sen p = cos a
D)(11/12)a x ; B) a = p
3 7t d, + d,
C) sen p sen a
E) (3/4) a ««SM 4 a'-02
D) sen p = ~ sen a
a d.
A7) (ITA-82) Uma mesa de material E) sen p = 1
homogêneo, de massa 50 kg e largura 1,2 m,
tem seu centro de massa localizada a 65 cm A9) (ITA-86) Um toro de madeira cilíndrico de
de altura acima do solo, quando a mesa está peso P e de 1,00 m de diâmetro deve ser
em sua posição normal. Levantam-se dois dos erguido por cima de um obstáculo de 0,25 m
pés da mesa e colocam-se-os sobre uma de altura. Um cabo é enrolado ao redor do toro

213
tu» «fts.;

MM» ELEMENTOS DA FÍSICA

e puxado horizontalmente como mostra a 2Ppsen0 2P(p2 +1)sen0cos0


figura. O canto do obstáculo em A é áspero, c) d)
sen 0 + p cos 0 senO + pcos0
assim como a superfície do toro. Nessas
condições a tração ( T ) requerida no cabo e a Pp(sen0-pcos0)
e)
reação (R) em A, no instante em que o toro sen0 + pcos0
deixa de ter contato com o solo são :
T A12) (IME-81) A figura representa uma mesa
quadrada horizontal, suportada por 3 pés (A, B,

4-e t
I
IflOrn
C). A resultante das cargas sobre a mesa,
incluindo seu próprio peso, é uma força vertical
de 200 N aplicada em D. Calcule o maior peso
A possível de se aplicar em E sem que mesa
C^25 m
tombe, e para esse valor, obtenha as reações
nos três pés.
0,3 m
4--------- *
A) T = P 73 , R = 2P A
B) T = P/73 , R = 2P/73 ■ I
I 0,3 m
C) T = P 73 12 , R = P 77 /2 I
D) T = P/2, R = P 75 /2 L
E
E) T=P72/2, R = P73/72
D
"1
A10) (ITA-90) Para que a haste AB I
0,36 m I
homogênea de peso P permaneça em I
equilíbrio suportada pelo fio BC, a força de I
I
atrito em A deve ser: > C
0,24 m
/ C ◄-------------------------- ♦
fc’. 0,8 m
< . 4 + LÊ. p l
' '. i
Tf z - mjHí 4- Í9Ò-- - - t A13) (IME-81) Um cilindro C de raio R e peso
B
I : i , 2W é colocado sobre dois semicilindros A e B
kJ AB = BC = í. de raio R e peso W, como ilustra a figura. O
z
contato entre o cilindro e os semicilindros não
U-- P
í
tem atrito. O coeficiente de atrito entre o plano
niüuniinni)iin ilnuiHiiiihiilnnlIiHJiiliiHiiiuiiiii horizontal e a face plana dos semicilindros é
a) P/4 b) P/2 c) P^2 / 2 0,5. Determine o valor máximo da distância “d"
entre os centros dos semicilindros A e B para
d) PV2 / 4 e) outro valor que exista equilíbrio em todo o sistema. Não é
permitido o contato do cilindro C com o plano
A11) O cilindro de peso P descansa sobre os horizontal.
apoios fixos A e B dispostos simetricamente
em relação à linha vertical que passa pelo
centro do cilindro. O coeficiente de atrito entre
o cilindro e cada apoio é p. Calcule o valor da
força tangencial F que fará o cilindro ficar na
iminência de girar.

A14) (IME-83) Quatro barras homogêneas AB,


BC, CD e DE, de peso P cada estão
articuladas entre si como indica a figura abaixo.
Sustentam-se, com as mãos, os extremos A e
E de forma que estejam sobre uma mesma
reta horizontal e que, ao estabelecer
equilíbrio, a ação efetuada nos extremos,
p sobre cada mão, tenha uma componente
Pp Pp horizontal igual a 2P. Admite-se que as barras
a) b)
(p2 + 1)cos0-p (p +1)2 COS 0 - p AB e ED possam girar livremente o redor dos

214
ELEMENTOS DA FÍSICA

extremos fixos A e E e que não haja atrito nas sem provocar escorregamento.
articulações. Calcular o ângulo a que a barra
DE forma com a horizontal. A17) (IME-03) Uma placa homogênea tem a
forma de um triângulo equilátero de lado L,
espessura L / 10 e massa específica p = 5g /
cm3. A placa é sustentada por dobradiças nos
pontos A e B, e por um fio EC, conforme
mostra a figura. Um cubo homogêneo de
aresta L /10, feito do mesmo material da placa,
é colocado com o centro de uma das faces
A15) (IME-90) Ao teto de uma sala, deseja-se sobre o ponto F, localizado sobre a linha CD,
prender 3 molas iguais que deverão equilibrar, distando L%/3 / 6 do vértice C. Considere as
na horizontal, uma haste rígida, delgada e de dimensões em cm e adote g =10 m/s2.
peso desprezível, bem como uma viga pesada, Determine em função de L:
homogênea e uniforme, de tal modo que a a. Os pesos da placa e do cubo em Newtons.
haste suporte, em seu ponto médio, a viga. Os b. A tração no fio CE em Newtons.
pontos de fixação, no teto, devem formar um
triângulo isósceles de ângulo diferente em C. E

determine a distância x do ponto D, a partir da


extremidade livre, em que a viga deve ser 3
apoiada.
L

c
A

A16) (IME-99) Uma escada de 4,0m de


comprimento está apoiada contra uma parede
vertical com a sua extremidade inferior a 2,4m A18) (ITA-06) Considere uma pessoa de
da parede, como mostra a figura. A escada massa m que ao curvar-se permaneça com a
pesa 20 kgf e seu centro de gravidade está coluna vertebral praticamente nivelada em
localizado no ponto médio. Sabendo que os 2
relação ao solo. Sejam mi = — m a massa do
coeficientes de atrito estático entre a escada e
o solo e entre a escada e a parede são,
tronco e mz = — m a soma das massas da
respectivamente, 0,5 e 0,2. Calcule: 5
cabeça e dos braços. Considere a coluna
como uma estrutura rígida e que a resultante
das forças aplicadas pelos músculos à coluna
seja Fm e que Fd seja a resultante das outras
forças aplicadas à coluna, de forma a mantê-la
3,2 m em equilíbrio. Qual é o valor da força Fd?
Fd\ 2d/3 Fm^X. d/3
h———
i
A <-
2.4 m
> B l< d/2 d/2

nvjg r
a) A altura máxima, em relação ao solo, a que
um homem de 90 kgf de peso pode subir, sem A19) (ITA-14) Um recipiente cilíndrico vertical
provocar o escorregamento da escada; contém em seu interior três esferas idênticas
b) A distância máxima da parede a que se de mesmo peso P que são tangentes entre si e
pode apoiar a parte inferior da escada vazia,
F •—
215
ELEMENTOS DA FÍSICA

também à parede interna do recipiente. Uma massa desprezível, fixado nos pontos A e D. A
quarta esfera, idêntica às anteriores, é então partir de um certo instante, a caixa d’água
sobreposta às três como ilustrado em começa a ser enchida com uma vazão
pontilhado. Determine as respectivas constante de 500 L/h. A roldana em B possui
intensidades das forças normais em função de atrito desprezível. Sabendo que o cabo possui
P que a parede do recipiente exerce nas três seção transversal circular com 1 cm de
esferas. diâmetro e que admite força de tração por
unidade de área de no máximo 750 kgf/cm2,
determine o tempo de entrada de água na
caixa, em minutos, até que o cabo se rompa.
B

h
D

2,5 m
C

A20) (ITA-16) A figura mostra uma placa fina caixa


de peso P dobrada em ângulo reto e disposta í 5,5 m
d’água
sobre uma esfera fixa de raio a. O coeficiente
de atrito mínimo entre estes objetos para que a
placa não escorregue é A £_____
a) 1. —6,0m-----2,5 m -*------------- 6,0 m-------
b) 1/2.
(l
c) V2-1. A23) O bloco homogêneo de peso P está
d) Vã-1. apoiado sobre o plano inclinado e sujeito á
e) (Võ-i)/2. força horizontal F. O coeficiente de atrito é p.
Determinar os valores de F compatíveis com o
A21) (ITA-16) Três barras de peso desprezível equilíbrio.
articuladas nos pinos P, Q e R, constituem
uma estrutura vertical em forma de triângulo
isósceles, com 6,0m de base e 4,0 m de altura,
que sustenta uma massa M suspensa em Q
em equilíbrio estático. O pino P também é
articulado no seu apoio fixo e o pino R apóia-
se verticalmente sobre o rolete livre. Sendo de
1,5 x 103 N os respectivos valores máximos
das forças de tração e compressão suportáveis A24) Calcular a altura máxima h que uma
por qualquer das barras, o máximo valor pessoa de peso 8P pode atingir na escada
possível para M é de representada na figura. Cada uma das partes
da escada tem peso P. O coeficiente de atrito
Q em A e B é p = 1/2.

4a/ \4a
P <2?
A^60° 60°^b
CD
a) 3,0x102 kg b) 4,0x102 kg
c)8,0x102kg d)2,4x103kg
A25) É dado um cilindro de revolução de raio
e) 4,0 x 103 kg
R, eixo horizontal e superfície perfeitamente
A22) (IME-08) A figura abaixo mostra uma lisa. Nele apoiam-se dois corpúsculos A e B
caixa d’água vazia, com peso de 125 kgf, em equilíbrio de massas ma e mt, ligados um
sustentada por um cabo inextensível e de ao outro por um fio leve e flexível de

216
1
L- ELEMENTOS DA FÍSICA

comprimento I, com este sistema pertencendo A28) Uma barra uniforme de comprimento 21 e
a um plano perpendicular ao eixo do cilindro. de peso P, se apoia tal como indica a figura
Determinar os ângulos a e p. em uma semi-esfera oca, perfeitamente lisa e
de raio r. Encontrar o ângulo 0 que a barra
forma com a horizontal na posição de equilíbrio.

A29) Uma barra uniforme AB = 2a está


A26) Uma escada de peso P apóia-se por sua apoiada contra o solo e uma parede
extremidade A em um plano horizontal e por perfeitamente lisos e está sujeita a uma corda
sua extremidade B em um plano vertical. O ao ponto C. São conhecidos: o peso P da
coeficiente de atrito entre a escada e o plano barra e os ângulos de posição a e p.
horizontal é m e entre a escada e o plano Determinar a tensão da corda.
vertical é g2. O centro de gravidade G da barra
é tal que AG = a e BG = b. Determinar o
ângulo crítico que a escada forma com a
horizontal quando está preste a deslizar.

A30) Uma barra AB se apóia em seus


extremos contra os planos inclinados
A
perfeitamente lisos de ângulos a e p com
respeito a horizontal. O centro de massa (G)
A27) De um ponto fixo S pendem dois fios da barra AB está situado a uma distância a do
leves, flexíveis e lisos, SA e SB. O fio SA tem ponto A (AG = a) e a uma distância b do ponto
comprimento I e suporta em A uma esfera B (BG = b). Demonstrar que a inclinação da
homogênea de raio R e peso Q. O outro fio, barra quando está em equilíbrio é dada pela
bem mais longo, suporta em sua extremidade expressão
livre um corpo de peso P e que não toca e tg 0 = (a.cotg a - b.cotg p)/(a + b)
esfera. Calcular o ângulo 0 que o fio SA forma
com a vertical.

A31) Duas barras uniformes AB = a e AC = b


de pesos Pi e P? estão apoiadas
simultaneamente no ponto A e também estão
apoiadas nos pontos B e C contra as paredes
verticais completamente lisas. Determinar a
distância DE = x entre as paredes para que as
barras estejam em equilíbrio e sejam normais
entre si.
Q T

217
ELEMENTOS DA FÍSICA

aresta a pode girar ao redor de O e se apoia


em um lado de uma placa de peso P e altura b
= a/4. Determinar o coeficiente de atrito n entre
a placa e o piso horizontal de apoio para que
haja equilíbrio na posição indicada na figura.
a

A32) Duas rodas de pesos Pi e P2 estão


apoiadas sobre dois planos inclinados, a/2
perfeitamente lisos, de ângulos a e 0 com a k
horizontal. Achar o ângulo que forma com a
horizontal a reta G1G2 que passa pelos centros
7
das rodas na posição de equilíbrio. A36) Uma barra uniforme OA = a de peso P,
articulada em O, está apoiada sobre a
superfície lateral de um cilindro de raio r. 0
G2 cilindro é perfeitamente liso e está sujeito pelo
Gi fio OB = c ao ponto O. Determinar a tensão no
fio.
a P

A33) Uma barra uniforme AB = L se apóia em


A sobre o solo rugoso e em C sobre o poste
vertical perfeitamente liso, e comprimento a. O
ângulo a de posição da barra é um dado do
problema. Determinar o menor valor do
coeficiente de atrito p no solo para que haja
equilíbrio. A37) Dois cilindros de raio r e de pesos P1 e P2
B estão apoiados no solo, entre si e na parede
C vertical. Os coeficientes de atrito são pi (entre
o cilindro 1 e o solo), p2 (entre o cilindro 2 e a
I
a
parede vertical) e p (entre os dois cilindros).
Traça-se uma reta que une os centros de
massa dos dois cilindros, fazendo um ângulo 6
A a com o solo. Para um certo valor de 0 os
cilindros ficam na eminência de movimento.
Determine os valores mínimos para os
coeficientes atrito.
A34) Uma barra AB de peso P está apoiada
em A sobre o solo horizontal que se supõe
rugoso (coeficiente de atrito p) está
Pz
suspendida em B por meio de uma corda. A
inclinação da barra é a. Para que inclinação 0
da corda iniciará a mover-se a barra? Qual o
valor da tensão em A?

A38) Os dois cilindros idênticos I, que pesam P


cada um, foram presos ao ponto O por meio de
fios. O cilindro II, de peso Q, está entre eles.
Todo o sistema está em equilíbrio. Os cilindros
I não tocam um ao outro. Determine a relação
A35) Um cubo perfeitamente liso de peso P e que existe entre o ângulo a, que o fio forma

218
ELEMENTOS DA FÍSICA

com a vertical, e o ângulo p que é formado Dados:


pela reta que cruza os eixos dos cilindros I e II • sen(15°) = 0,26
e a vertical. • cos(15°) = 0,97
A) 242,5 B) 232,5 C) 222,5
D) 212,5 E) 210,5

A41) Uma placa quadrada de peso P está


articulada em um vértice O e pelo vértice
oposto se apóia em uma parede vertical.
Determinar a reação D na articulação e sua
inclinação 0 sobre horizontal, sendo
conhecido o ângulo a.

A39) Uma barra AOB homogênea de seção


constante cujo peso é P é dobrada segunde
um ângulo reto em O, de maneira que OA = 21
e OB = l. Suspende-se a barra pelo ponto O.
Determine o ângulo a formado por AO com a
vertical na posição de equilíbrio.
A42) (OBF-01) Dois blocos homogêneos
idênticos, de massa 13,5 kg cada, altura H =
oT 10 cm e largura L = 4 cm, estão apoiados um
no outro, como indicado na figura a seguir. A
ai B distância vertical do ponto de apoio até a
! superfície horizontal plana é h = 6 cm. Há
atrito apenas entre a superfície e os blocos.
A Não há atrito entre os blocos. Na situação em
que o bloco disposto verticalmente está na
iminência de inclinar-se sem deslizar, calcule:
A40)(IME-10) L
F

175,0 N V
f] B H
h
216.0 N 777777777777777777777777
a) os módulos das componentes horizontal e
vertical da força que um bloco exerce sobre o
outro;
v b) os módulos das forças normais que a
75° superfície exerce sobre cada bloco.
15°
c A43) Uma escada de peso P se escora numa
parede lisa e se apóia num solo horizontal
A figura acima apresenta um perfil metálico AB, áspero. O coeficiente de atrito entre a escada
com dimensões AC = 0,20 m e CB = 0,18 m, e a solo é p. Que condição deve satisfazer a
apoiado em C por meio de um pino sem atrito. inclinação a da escada com relação à
Admitindo-se desprezível o peso do perfil AB, horizontal de modo que um homem de peso p
o valor da força vertical F, em newtons, para possa subir até o topo da escada?
que o sistema fique em equilíbrio na situação
da figura é:

219
ELEMENTOS DA FÍSICA
-i

a) tg a > —+2p M(P + P) mg(a. sen a + b. cos a)


b) tgaè c)
2p(P + p) 4P + p a. cos a -b.sena
______ mgb______
-Jp2 + 4p2 (P + 2p) d)
c) sena>----------- — d) sena> 2(a.cosa + b. sen a)
2p(P + p)
mVp2+p2 . mgfa
e) —2 —cosa-sena
A44) Dois semi-cilindros circulares de igual
2 Ibb )
comprimento, raios n e r2 (n > r2) e pesos P1 e
P2, respectivamente, se apoiam entre si sendo A46) As esferas lisas e homogêneas Ci e C2
rugosas as superfícies de contato. Calcular o que possuem os raios Ri e R2e pesam Pi e P2
coeficiente de atrito para que os semi-cilindros pendem do ponto A nas cordas AB e AD; AB =
estejam na eminência de escorregar na Li; AD = L2; L-i + Ri = L2 + R2; ângulo ZBÂD =
posição indicada na figura. Sabe-se que as a. Determinar 0, ângulo agudo formado pela
distâncias entre os centros de gravidade dos corda AD e o teto horizontal.

semi-cilindro ao plano de contato valem y’ e

4r2

3n

C2 '

a) 0 = a
P, + P2 cos a
b) tgO =
P, sen a
(P| — P2 )(r1 + r2) 3n P2 (q — r2) _ P2 +P1cosa
a) 4 (P^PjXq-Pj) b)7 4 P^-P^ c) tg0
P1 sen a
3n (Pí +P2)>/r12 +r2 .. . n Pi + P2 sen a
3tc P2(r1 r2) d) tgO = -!—---------
c) d) P2 + P, cos a
4 PjFj - P2r2 4 P^+r-j)
P2 + P, sen a
e) tg6
A45) Um corpo de massa m e dimensões axb P, +P2cosa
encontra-se sobre um plano inclinado cujo
ângulo de inclinação é a. Sobre o corpo A47) (OBF-13) Três livros idênticos de
começa a atuar uma força F paralela ao plano comprimento L estão empilhados com uma
inclinado. Calcule o valor da força F mínima taça de 1/10 do peso de um livro posicionada
necessária para fazer com que o corpo tombe. como mostra a figura. Qual o valor limite da
Sabe-se neste caso que o corpo não deslizará razão b/a para que o conjunto fique em
pelo plano inclinado. equilíbrio?

L ■»

KZZZZZZZZzZ^^^^^^^
a-J^aT~

Zzzzzzzz/ZZZZT^^I^ZWWZZZZZZ/Zzzzzzzzzzzzzz^

i*b

A48) (OBF-16) Em um experimento de


ciências, um cilindro é tombado e fixado com
duas peças triangulares em uma mesa
a)x -^sena
mg
horizontal para nâo rolar. Em seguida, uma
mg(a. cos a - b. sen a) prancha rígida e homogênea é apoiada sobre
b) o cilindro, ficando na iminência de escorregar,
a. sen a + b. cosa

220
ELEMENTOS DA FÍSICA

conforme mostrado na figura a seguir, onde a 1 hmv2 hmv2


= 45°. Nas condições descritas, determine o a) N, mg----------- e N2 mg +
2 ar ar
valor do coeficiente de atrito estático entre a
prancha e o cilindro. 1í hmv2 hmv2
b) Ni = 2 mg + e N2 =- mg-
ar ar

c) N1=^- hmv2 e N2 = mg | thmv2


ar 2 ar
d) N,=^ + hmv 2 SN,.™-! hmv 2
ar ar
e) N,=^ + hfmv 2 hfmv2
A49) (OBF-15) O canal da Mancha é um braço ar ar
de mar pertencente ao oceano Atlântico que
separa a ilha da Grã-Bretanha do norte da A51) Determine as forças que atuam em todos
França. Atualmente é uma das localidades de os elementos da treliça mostrada na figura e
maior circulação de navios do mundo. Quatro indique se os elementos estão sob tração ou
rebocadores são usados para trazer um compressão.
transatlântico ao cais. Para isso é feita uma

manobra como ilustra a figura abaixo. Cada ■►500N
T~“
rebocador exerce uma força de 22500 N na
direção mostrada. Determine o momento
resultante em relação ao ponto O. Considere a
força exercida pelo segundo rebocador na
forma vetorial como sendo: 2m
F2 = (13,5?-18j)k N

JL
2 0 3 __
27m| 30^21 m
15m 30ml 60m 30m
1
I 33m
"~Of
22 i
h •
45'
y
A52) Calcule as reações de apoio e as forças
A50) (Olimpíada de Hong Kong-15) Uma carro normais nas barras.
de massa m percorre uma curva de raio r com 50 <N 100 KH 50 KN
velocidade constante v. Suponha que h é a
altura do centro de massa (CG) em relação ao
l 2
I 2
v

solo e a é a separação horizontal entre as


rodas esquerdas e direitas e o centro de
B
]
massa. As direções e sentidos das forças de
atrito f estão indicadas na figura. nj

Ni n2
A E,
HE

VA VE

X
A53) Calcule as forças normais nas barras.
___ _ h
f /<-U
k— *k—>
o a
Qual o valor das forças normais Ni e N2?

221
ELEMENTOS DA FÍSICA

A56) Determinar os esforços nas barras das


/\/\ treliças abaixo.
lOkN
h 10 kN
10 kN
ip 1m
s
A
|10j<N^ 9, i
10 kN
6 10 1m
2.
2 Ip 6 T 5 kN 5 kN 5 kN

2m 2m 2m 2m
A54) (IME-15)
carga
vertical A57) Determinar os esforços nas barras das
treliças abaixo.
3m 3m 3m
10 kN

D 1! 1?
| M. A| "
2,0 m 2,0 m A
10, 100 kN
3m 8 9
A figura mostra uma estrutura em equilíbrio,
formada por barras fixadas por pinos. As
barras AE e DE são feitas de um material
uniforme e homogêneo. Cada uma das barras
restantes tem massa desprezível e seção 3m
transversal circular de 16 mm de diâmetro. O B
apoio B, deformável, é elástico e só apresenta
força de reação na horizontal. No ponto D,
duas cargas são aplicadas, sendo uma delas
A58) Calcule as forças normais nas barras.
conhecida e igual a 10 kN e outra na direção 6 tf
vertical, conforme indicadas na figura.
Sabendo que a estrutura no ponto B apresenta O l o 1 tf

um deslocamento horizontal para a esquerda


de 2 cm, determine:
a) a magnitude e o sentido da reação do apoio Q
B;
b) as reações horizontal e vertical no apoio A
da estrutura, indicando seu sentido;
1
2 tf

c) a magnitude e o sentido da carga vertical


concentrada no ponto D;
d) o esforço normal (força) por unidade de área -Jf-
da barra BC, indicando sua magnitude e seu
tipo (tração ou compressão).
Dados:
• aceleração da gravidade: g = 10 m/s2;
• densidade linear de massa: p = 100 kg/m;
• constante elástica do apoio B: k = 1600 kN/m.

A55) Determinar as forças normais nas barras


da treliça dada.

222
ELEMENTOS DA FÍSICA

GRAVITAÇÃO
INTRODUÇÃO

Quem nunca se pegou a olhar um bonito céu estrelado? Desde a antiguidade, a


observações dos astros (estrelas, planetas, satélites, ...) sempre encantou o homem.
Naturalmente, surgiu no homem a curiosidade de tentar explicar o movimento dos astros. Durante
vários séculos muitas idéias, hoje sabidamente erradas, foram aceitas na comunidade científica
da época. Por exemplo, alguns povos julgavam que a Terra era plana, inclusive vários mapas
retratando a Terra como plana estão bem conservados em museus do mundo todo.

Brf wwM beyond Ckeanu>.nhene pcupie iiveJ lhe Rcod

i r-------------- 1. -
OCEANUS

i
çyyh

51
r i'-l-x2t-

I OC EANUS

The world be.vund Cke.»n«r>

mapa do século VI DC retratando a Terra como plana

Outra ideia errada que passou séculos como correta foi a de infinitude do universo. Até o
século XVII pensava-se que o Cosmos era finito e que as estrelas estavam todas em posições
fixas na superfície de uma esfera, denominada de Esfera Celeste.
Contudo, certamente a maior polêmica astronômica do passado foi quanto ao modelo
cosmológico de movimentos dos planetas até então conhecidos e do Sol. Até o século XVI
acreditava-se que a Terra era o centro do universo e todo o resto girava em torno dela. Discordar
desta ideia era discordar da Bíblia! À época, a igreja detinha o monopólio da explicações dos
mistérios da criação, incluindo o movimentos dos astros. Várias pessoas foram consideradas
hereges simplesmente por considerar que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário.
Acompanhe os próximos itens para entender melhor como se desenvolveu a descoberta
das leis que regem o movimento dos astros do universo.

MODELO GEOCÊNTRICO

O Geocentrismo é o modelo cosmológico mais antigo e foi aceito até o século XVI. Baseia-
se na consideração que a Terra é o centro do Universo e todos os demais objetos celestes giram
em torno da Terra. Foi defendido pela igreja católica, que acreditava existir passagens bíblicas
que justificavam o fato da Terra ser o centro do universo: "O homem é o centro do universo". O
modelo geocêntrico não deve ser confundido com a incorreta ideia de a Terra ser plana, difundida
principalmente durante a Idade Média.
Acompanhe como evoluiu o modelo geocêntrico a partir da contribuição dos principais
filósofos e astrônomos que ajudaram a definir este modelo.

223
ELEMENTOS DA FÍSICA

Aristóteles

Aristóteles foi um filósofo grego que viveu entre os anos de 384 de 322 ac. Aristóteles não
foi exatamente o primeiro a defender a Terra como centro do universo, mas foi quem organizou o
primeiro modelo cosmológico conhecido, descrevendo a localização e os movimentos dos astros
conhecidos até então. O universo de Aristóteles tinha a Terra fixa no centro e todos os demais
astros (incluindo-se entre eles Sol e Lua), girando ao redor de nós. As estrelas, excluindo o Sol,
estavam localizadas na superfície de uma esfera, conhecida como esfera das estrelas, e eram
fixas. Cada planeta estava preso a uma esfera cristalina, sendo, a mais próxima, a esfera da Lua,
e a última, a esfera das estrelas. Todas as esferas tinham o mesmo centro, coincidindo com a
posição Terra.

Marte

Estrelas

É importante lembrar que Urano, Netuno e Plutão não haviam sidos descobertos nesta
época, fazendo com que Aristóteles não os incluísse no seu modelo de cosmos.

Hiparco

Hiparco (190 ac -120 ac), foi um astrônomo grego. Entre suas contribuições na astronomia
citam-se a organização de dados empíricos derivados dos babilônicos, melhoramentos em
constantes astronômicas importantes tais como duração do dia e do ano, com uma aproximação
de 6min30s, elaboração do primeiro catálogo estelar da história com cerca de 850 estrelas, e a
impressionante descoberta da precessão dos equinócios, o movimento cíclico ao longo da
eclíptica, na direção oeste, causado pela ação do Sol e da Lua sobre a direção do eixo de rotação
da Terra e que tem um período de cerca de 26000 anos.

Ptolomeu

Embora as idéias de Aristóteles explicassem a maioria dos fenômenos astronômicos com


relativo sucesso, elas tinham algumas inconsistências, como o movimento retrógrado de alguns
planetas, o aumento do seu brilho durante seus movimentos e a não uniformidade da trajetória
anual do Sol. E foram muitos os astrônomos e pensadores da Antiguidade que buscaram
solucionar este problema, entre todos eles se destaca o nome de Cláudio Ptolomeu, astrônomo e
matemático alexandrino que viveu no século I ac.

224
ELEMENTOS DA FÍSICA

Apogeu Planeta

I Planeta

E
I
Deferente
•C

Retrogradaçãa

l
I
Planeta
Perigeu
Para explicar a diferença de velocidades, a Terra foi retirada do centro da esfera ocupando
uma posição excêntrica. Desse modo, mesmo que o planeta descreva um movimento circular
uniforme em torno do centro de curvatura, visto da Terra, esse movimento em relação às estrelas
de fundo parecerá ocorrer a velocidades diferentes quando o corpo estiver no perigeu e no
apogeu. O sistema excêntrico explicava também as conhecidas variações de brilho dos planetas
nos diversos pontos da órbita. Assumia-se que o ponto P se movia uniformemente no círculo de
referência ou deferente. No entanto, as velocidades obtidas ainda não refletiam bem as
velocidades dos planetas e muito menos as retrogradações. O ponto P era apenas um ponto
imaginário no deferente em torno do qual se definia o epiciclo. O epiciclo era uma circunferência
centrada no ponto P e sobre a qual o planeta descrevia a sua trajetória num movimento circular
uniforme. Para tornar o movimento do planeta idêntico à observação era apenas necessário
adaptar os tamanhos do deferente e dos epiciclos até se obter a curva ajustada às observações.
Embora em desuso, o modelo de Ptolomeu, em termos de descrição empírica, é
razoavelmente condizente com o que de fato se observa quando se está em um referencial
atrelado à Terra - o referencial naturalmente assumido pelo senso comum (o que justificava à
época o sucesso do modelo).

MODELO HELIOCÊNTRICO

Historicamente, o heliocentrismo era oposto ao geocentrismo. No heliocentrismo o Sol


encontra-se no centro do universo. Apesar de as discussões da possibilidade do heliocentrismo
datarem da antiguidade clássica, somente 1800 anos mais tarde, no século XVI, o tema ganhou
notoriedade explícita ao suscitar e estabelecer o divórcio entre o pensamento dogmático religioso
e o pensamento científico; a ele e ao julgamento de Galileu perante a Santa Inquisição
remontando as origens da ciência em acepção moderna.

Aristarco

Aristarco (310 ac - 230 ac) foi um astrônomo e matemático grego, natural da cidade de
Samos, sendo o primeiro cientista a propor que a Terra gira em torno do Sol e que a Terra possui
movimento de rotação. Aristarco concluiu que o Sol estaria 20 vezes mais distante da Terra do
que da Lua, mas, embora o correto seja cerca de 400 vezes, o seu procedimento estava correto.
Aristarco também procurou calcular o diâmetro da Lua em relação ao da Terra, baseando-se na
sombra projetada pelo nosso planeta durante um eclipse lunar e concluiu que a Lua tinha um
diâmetro três vezes menor que o da Terra, sendo que o valor correto é 3,7 vezes. Com esse dado,
deduziu que o diâmetro solar era 20 vezes maior que o da Lua e cerca de 7 vezes maior que o da
Terra. Também calculou, com mais precisão do que a dos antigos sábios, a duração de um ano
solar. Embora obtivesse muitos erros em seus resultados, o problema estava mais nos
instrumentos utilizados por ele do que nos seus métodos, que eram corretos. Para ele, seria mais

225
ELEMENTOS DA FÍSICA

natural supor que um astro menor girasse em torno de um maior, que era uma opinião diferente
da dos seus antecessores.

Seleuco ■

O único outro astrônomo da antiguidade que sabe-se ter apoiado o modelo heoicoêntrico
de Aristarco foi Seleuco, um astrônomo mesopotâmico que viveu um século após Aristarco.
Seleuco adotou o sistema heliocêntrico de Aristarco e diz-se que ele havia provado a teoria
heliocêntrica. Acredita-se que Seleuco pode ter provado a teoria heliocêntrica determinando as
constantes de um modelo geométrico para a teoria heliocêntrica e desenvolvendo métodos para
computar posições planetárias usando este modelo. Ele pode ter usado métodos trigonométricos
primitivos que estavam disponíveis em sua época, já que era contemporâneo de Hiparco. Um
fragmento de um trabalho de Seleuco, que apoiava o modelo heliocêntrico de Aristarco no século
II a.C. sobreviveu em uma tradução árabe.

Nicolau Copérnico

A teoria do modelo heliocêntrico, a maior teoria de Copérnico, foi publicada em seu livro,
De revolutionibus orbium coelestium ("Da revolução de esferas celestes"), durante o ano de sua
morte, 1543. O livro marcou o começo de uma mudança de um universo geocêntrico, com a Terra
em seu centro. Copérnico acreditava que a Terra era apenas mais um planeta que concluía uma
órbita em torno de um sol fixo todo ano e que girava em torno de seu eixo todo dia. Ele chegou a
essa correta explicação do conhecimento de outros planetas e explicou a origem dos equinócios
corretamente, através da vagarosa mudança da posição do eixo rotacional da Terra. Ele também
deu uma clara explicação da causa das estações: o eixo de rotação da terra não é perpendicular
ao plano de sua órbita.
Apesar de Copérnico colocar o Sol como centro das esferas celestiais, ele não fez do Sol o
centro do universo, mas perto dele. Do ponto de vista experimental, o sistema de Copérnico não
era melhor do que o de Ptolomeu, e Copérnico sabia disso, e não apresentou nenhuma prova
observacional em seu manuscrito, fundamentando-se em argumentos sobre qual seria o sistema
mais completo e elegante.

EL$trcllaj

Imagem retirada do livro de Copérnico

226
ELEMENTOS DA FÍSICA

Da sua publicação, até aproximadamente 1700, poucos astrônomos foram convencidos


pelo sistema de Copérnico, apesar da grande circulação de seu livro (aproximadamente 500
cópias da primeira e segunda edições, o que é uma quantidade grande para os padrões científicos
da época). Entretanto, muitos astrônomos aceitaram partes de sua teoria, e seu modelo
influenciou muitos cientistas renomados que viriam a fazer parte da história, como Galileu e
Kepler, que conseguiram assimilar a teoria de Copérnico e melhorá-la. As observações de Galileu
das fases de Vênus produziram a primeira evidência observacional da teoria de Copérnico. Além
disso, as observações de Galileu das luas de Júpiter provaram que o sistema solar contém corpos
que não orbitavam a Terra.

Galileu Galilei

Galileu Galilei (15 de fevereiro de 1564 - 8 de janeiro de 1642) foi um físico, matemático,
astrônomo e filósofo italiano. Galileu não inventou o telescópio, porém Galileu foi o primeiro a
fazer uso científico do telescópio, ao fazer observações astronômicas com um que ele mesmo
construiu e que possuía um aumento de 30 vezes. Descobriu assim que a Via Láctea é composta
de miriades de estrelas (e não era uma "emanação" como se pensava até essa época), descobriu
ainda os satélites de Júpiter, as montanhas e crateras da Lua. A observação dos satélites de
Júpiter, levaram-no a defender o sistema heliocêntrico de Copérnico.
Entre 1613 e 1615, escreveu as famosas cartas copérnicas. Nestas cartas, Galileu
descreveu as suas idéias inovadoras, que geraram muito escândalo nos meios conservadores.
Em 1616, a Inquisição pronunciou-se sobre a Teoria Heliocêntrica declarando que a afirmação de
que o Sol é o centro imóvel do Universo era herética e que a de que a Terra se move estava
"teologicamente" errada, contudo nada fora pronunciado a nível científico. Galileu foi convocado a
Roma para expor os seus novos argumentos. O tribunal decidiu não haver provas suficientes para
concluir que a Terra se movia e que por isso ordenou a Galileu abandonar a defesa da teoria
heliocêntrica exceto como ferramenta matemática conveniente para descrever o movimento dos
corpos celestes.
Após um julgamento longo Galileu foi condenado a negar publicamente as suas idéias e à
prisão por tempo indefinido. Os livros de Galileu foram censurados e proibidos. Galileu conseguiu
converter a pena de prisão a confinamento domiciliar. Suas obras foram censuradas e proibidas.
Por 340 anos seu processo permaneceu arquivado até que em 1983, o Papa João Paulo II
reconheceu os erros da Igreja e absolveu o cientista.

Tycho Brahe

Tycho Brahe nasceu o em 1546, de uma família nobre dinamarquesa. Tycho considerou
sempre que para se poder tirar conclusões corretas dos fenômenos naturais, era necessário
dispor de medidas o mais precisas possível. Tendo em vista esse objetivo, construiu instrumentos
de proporções gigantescas, de modo a minorar os erros de precisão, como é o caso do grande
quadrante mural do observatório. Entre 1576 e 1598, Tycho produziu as maiores tabelas que
alguma vez haviam sido realizadas até à época. No entanto, não conseguiu verificar qualquer
paralaxe estelar ou qualquer outro movimento anual que indicasse que a Terra se deslocasse ao
redor do Sol. No entanto, Tycho viu claramente as vantagens de ter um sistema centrado no Sol e
por isso, em 1586, propôs o seu modelo em que o Sol gira em torno da Terra ao longo de um ano
mas leva, orbitando à sua volta, os restantes planetas.
Viria a falecer em 1601, não sem antes fornecer a Kepler todos os dados das suas
observações, pedindo-lhe que publicasse o seu último trabalho, as "Tabelas Rudolfinas",
dedicadas ao imperador. Neste livro, foram compilados os dados observacionais de Tycho,
embora a visão teórica patente no livro seja a de Kepler, que era um heliocentrista

227
ELEMENTOS DA FÍSICA

Kepler

Johannes Kepler (27 de dezembro de 1571 - 15 de novembro de 1630) foi um astrônomo e


matemático alemão. O primeiro grande trabalho sobre astronomia de Johannes Kepler, Mysterium
Cosmographicum (O Mistério Cosmográfico), foi a primeira defesa publicada do sistema
copernicano. Tycho Brahe começou a trocar correspondências com Kepler, começando com uma
crítica severa, mas legítima, do sistema de Kepler; dentre uma série de objeções, Tycho declarou
ser um problema o uso de dados numéricos imprecisos de Copérnico.
Em 4 de fevereiro de 1600, Kepler encontrou Tycho Brahe no local onde o novo
observatório de Tycho estava sendo construído. Nos dois meses seguintes, ele permaneceu como íi
um convidado, analisando algumas das observações de Tycho a respeito de Marte; Tycho vigiava
de perto os seus dados, mas ficou impressionado com as idéias teóricas de Kepler e logo lhe
permitiu mais acesso. Dois dias após a morte inesperada de Tycho em 24 de outubro de 1601,
Kepler foi nomeado seu sucessor como matemático imperial com a responsabilidade de completar
seu trabalho inacabado. Os próximos onze anos como matemático imperial foram os mais
produtivos de sua vida.
Baseado em medições do afélio e periélio da Terra e Marte, ele criou uma fórmula em que
a taxa de movimento de um planeta é inversamente proporcional a sua distância ao Sol. Verificar
essa relação para todo o ciclo orbital, no entanto, requeria cálculos muito extensos; assim, para
simplificar essa tarefa, até o final de 1602 Kepler reformulou a proporção em termos geométricos:
os planetas varrem áreas iguais em tempos iguais — A segunda lei de Kepler do movimento
planetário. Ele então começou a calcular toda a órbita de Marte, usando a lei da taxa geométrica e
assumindo uma órbita em formato de ovo (ovóide). Após aproximadamente 40 tentativas
fracassadas, no começo de 1605 ele finalmente teve a ideia de usar uma elipse, que ele tinha
anteriormente assumido que era uma solução simples demais para que astrônomos anteriores a
tivessem negligenciado. Após constatar que uma órbita elíptica se ajustava aos dados de Marte,
ele imediatamente concluiu que todos os planetas movem-se em elipses, com o Sol em um dos
focos — A primeira lei de Kepler do movimento planetário.
Posteriormente, em outra obra, Kepler abordou os movimentos planetários, especialmente
as relações entre velocidade orbital e distância orbital ao Sol. Kepler enunciou o que veio a ser
conhecido como a terceira lei de Kepler. Em seguida, ele tentou várias combinações até que
descobriu que (aproximadamente) "Os quadrados dos períodos estão uns para os outros como os
cubos das distâncias médias."
As leis de Kepler não foram imediatamente aceitas. Nos finais do século XVII, várias
teorias astronômicas físicas inspiradas pelo trabalho de Kepler — notavelmente as de Giovanni
Alfonso Borelli e Robert Hooke — começaram a incorporar forças atrativas e o conceito cartesiano
de inércia. Isso culminou no Principia Mathematica (1687) de Isaac Newton, em que Newton
derivou as leis de Kepler do movimento planetário de uma teoria baseada na força universal da
gravidade.

228
ELEMENTOS DA FÍSICA

LEIS DE KEPLER

1a Lei de Kepler - Lei das Órbitas: Os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que
ocupa um dos focos da elipse.

2a Lei de Kepler - Lei das Áreas: O segmento que une o sol a um planeta descreve áreas iguais
em intervalos de tempo iguais.

At, At2

3a Lei de Kepler - Lei dos Períodos: O quociente dos quadrados dos períodos e o cubo de suas
distâncias médias do sol é igual a uma constante Kp (constante de Kepler), igual a todos os
planetas.

k.=4
p a3

Aqui, a letra a não foi usada à toa para simbolizar a distância média do planeta ao Sol. Em
uma órbita elíptica, a menor distância e a maior distância de um planeta ao Sol ocorrem nos
extremos do eixo maior. Assim, se r, é a menor distância de um planeta ao Sol e r2 é a maior
distância deste planeta ao Sol, segue que - ^r2- = a. Por ser igual a uma média aritmética, o semi

eixo maior recebe o nome de raio médio da órbita. Caso a órbita seja circular, a = R, onde R é o
raio da circunferência.

229
ELEMENTOS DA FÍSICA

LEI DA ATRAÇÃO UNIVERSAL

Ainda que os efeitos da gravidade sejam fáceis de notar, a busca de uma explicação para
a força gravitacional tem embaraçado o homem durante séculos. O filósofo grego Aristóteles
empreendeu uma das primeiras tentativas de explicar como e por que os objetos caem em direção
à Terra. Entre suas conclusões, estava a ideia de que os objetos pesados caem mais rápido que
os leves. Embora alguns tenham se oposto a essa concepção, ela foi comumente aceita até o fim
do século XVII, quando as descobertas do cientista italiano Galileu Galilei ganharam aceitação. De
acordo com Galileu, todos os objetos caiam com a mesma aceleração, a menos que a resistência
do ar ou alguma outra força os freasse.
Os antigos astrônomos gregos estudaram os movimentos dos planetas e da Lua.
Entretanto, o paradigma aceito hoje foi determinado por Isaac Newton (4 de janeiro de 1643 — 31
de março de 1727), físico e matemático inglês, baseado em estudos e descobertas feitas pelos
físicos que até então trilhavam o caminho da gravitação. Como Newton mesmo disse, ele chegou
a suas conclusões porque estava "apoiado em ombros de gigantes". No início do século XVII,
Newton baseou sua explicação em cuidadosas observações dos movimentos planetários, feitas
por Tycho Brahe e por Johannes Kepler. Newton estudou o mecanismo que fazia com que a Lua
girasse em torno da Terra. Estudando os princípios elaborados por Galileu Galilei e por Johannes
Kepler, Newton conseguiu elaborar uma teoria que dizia que todos os corpos que possuíam
massa sofreriam atração entre si.
No verão de 1684, houve uma reunião entre Robert Hooke, Edmond Halley e Christopher
Wren em que discutiram sobre gravitação. Halley, que mantinha uma boa amizade com Newton,
visitou-o em agosto de 1684, e lhe apresentou um problema que eles não tinham conseguido
resolver: Qual é a forma da órbita de um planeta atraído pelo Sol por uma força que varia com o
inverso do quadrado da distância? Newton respondeu imediatamente: Uma elipse.
Desconcertado, Halley perguntou: Como sabe?, ao que Newton lhe respondeu que já havia
resolvido esse problema. Newton procurou o papel com a prova mas não o encontrou, mas
prometeu reconstruí-la e lhe enviá-la, e assim Halley teve que aguardar, e só recebeu a prova em
novembro de 1684, sob o título De Motu Corporum in Gyrum ("Sobre o movimento dos corpos em
órbita"). Halley imediatamente percebeu a importância do resultado e do método empregado por
Newton, e o visitou novamente, decidido a convencê-lo a publicar suas descobertas. Em Motu,
Newton empregou, pela primeira vez, o termo ‘força centrípeta’, o que é simbolicamente
significativo, pois, ao se opor à ideia de ‘força centrífuga’ (termo cunhado por Huygens), o termo
‘força centrípeta’ simbolizou uma importante mudança conceituai para a compreensão do
movimento orbital.
Um resumo das conclusões de Newton está a seguir. Suponha que um planeta de massa
m está girando em torno de uma estrela de massa M. Em determinado instante, a distância entre
os astros é r. A força de atração gravitacional é uma resultante centrípeta

c
Fg“
mv2

Considerando a órbita aproximadamente circular tem-se

2nr r
v = —-, ou seja, v oc —

Assim, conclui-se que

mr
Fg

Pela terceira Lei de Kepler, sabe-se que T2 cc r3, fazendo com que

230
ELEMENTOS DA FÍSICA

m
FG
°V
De acordo com a 3a lei de Newton, o planeta exerce uma força igual e contrária sobre a
estrela. A força gravitacional exercida pelo planeta sobre a estrela, de massa M é dada por

M
Fgcc —
r2

Deste modo, devido a propriedades da proporcionalidade, Newton conclui que

Mm GMm
Fg => FG =-

onde G é uma constante de proporcionalidade e o sinal negativo é porque a força é atrativa. NO


caso do sistema Solar, Tanto o Sol quanto o planeta que se move em torno dele experimentam a
mesma força, mas o Sol permanece aproximadamente no centro do Sistema Solar porque a
massa do Sol é aproximadamente mil vezes maior que a massa de todos os planetas somados.

Em 1798 o físico inglês Henry Cavendish, utilizando uma balança de torsão, mediu o valor
da constante gravitacional universal como G = 6.67.10-11 Nm2/kg2.

0 Valor da Constante de Kepler

Suponha que dois astros de massas m, e m2 estão orbitando em torno do centro de massa
comum CM, que estão localizado a uma distância r-i do corpo de massa m, e r2 do corpo de
massa m2. Desconsidere a influência gravitacional de outros astros.

A força que um dos astros exerce no outro vale:

Gm1m2
G'(r1+r2)2

As forças centrípetas em cada corpo vale:

F1=^ e f2 = m2v2
r1 r2

Como as órbitas são circulares e os períodos são iguais, segue que:

2^ 4n2r2
Vi ~~
T2

Logo:

Gm1m2 m,v2 4n2m1r1 Gm2 _ 4n2r,


Fi = Fg =>
(r1+r2)2 T2 (r,+r2)2 "■V

231
ELEMENTOS DA FÍSICA

Analogamente, pode-se demonstrar que, para o astro de massa m2, vale:

Gm, 4n2r2
(fi+r2)2

Somando as duas últimas expressões obtém-se:

G(m1 +m2) 4rt2 (r, + r2) T2 4tt2 4tc2


Kp =
(r,+r2)2 T2 (r,+r2)3 Gírrq +m2) Gjm, +m2)

Perceba que o valor de Kp depende da massa dos astros envolvidos no sistema em


questão. Este sistema pode ser formado por uma estrela e os planetas que orbitam em torno dela
ou por um planeta e seus satélites naturais ou mesmo por um cometa orbitando em torno de uma
estrela. Para o caso do sistema Solar, analisando todos os pares Sol-planeta, pode-se considerar
o mesmo valor de Kp, uma vez que a massa do Sol é maior que 1000 vezes a massa de cada
planeta. Este foi o motivo pela qual Kepler não considerou a dependência da massa na sua
terceira lei. Quando á analisado o sistema formado por um planeta e seus satélites, o valor de Kp
é outro, pois a massa do sistema planeta-satélites é diferente da massa do Sol.

MOMENTO ANGULAR

No capítulo sobre Estática foi definido o conceito


de torque de uma força em relação a um ponto O
To=fxF, onde r é o vetor posição do ponto de
L-rxp
aplicação da força F tomando como origem o ponto O.

O momento angular L de uma partícula de


quantidade de movimento p em relação a um ponto O é
definido como

L = r xp

A figura ilustra geometricamente o momento angular L, que, por ser igual ao produto
vetorial de r e p, é perpendicular ao plano formado por r e p. Se <j> é o ângulo formado por r e
p, então:

|L|=| rxp| ] L |=| r || p | sen4> => L = r.p.sen<|>

Derivando a expressão no momento angular no tempo:

dL d(rxp) dr dp dL
=------ X p+rx — = vxp +rxF rxF => —=?
"d?" dt dt dt 0 pois v//p dt dt

Desta forma, conclui-se que L é constante se e somente í = 0, ou seja, r x F = 0. Logo,


existe duas possibilidades para a conservação do momento angular de uma partícula:
i) F = 0: neste caso a força resultante na partícula é nula e assim a partícula se move em uma
trajetória retilínea;
ii) f e F são paralelos: quando isso ocorre, a força F é denominada de força central, uma vez
que F está sempre direcionada para o ponto O, o mesmo onde o torque e a quantidade de
movimenta são calculados, conforme indicado na figura abaixo.

232
í
ELEMENTOS DA FÍSICA

!
i O r J
F(r}=f^r

Vetorialmente falando, a força resultante sobre a partícula é dada sob a forma F(r) = f(r)r,
onde r é o versor do vetor posição r. Perceba que a força gravitacional que uma estrela exerce
sobre os planetas que o orbitam é uma força central, bem como a força que um planeta exerce
sobre seus satélites naturais. Deste modo, conclui-se que ocorre a conservação do momento
angular de um planeta que órbita em torno de uma estrela em órbita elíptica. Na verdade, a
segunda Lei de Kepler é uma consequência da conservação do momento angular.

Considere um tempo infinitesimal


dt de movimento do planeta. Neste tempo,
vdt a o deslocamento vetorial do planeta foi vdt
. Da teoria dos vetores, a área dA varrida
< Planeta pelo vetor posição r durante o tempo dt
/
/ \ vale:
r 1
l / | r x vdt | r.v.dt. sen a
/ dA => dA =
Sol ' 2 2

Por outro lado, o momento angular


do planeta vale:

_L
|L|=|rxp| => L = r.m.v.sen a r.v.sena
m

Logo, segue que:

dA L
dt 2m

dA
Como L e m são constantes, conclui-se que — é constante, ou seja, a taxa de variação
dt
instantânea da área é a mesma em todos os pontos. Isto equivale a dizer que a área varrida é
proporcional ao tempo, que foi a mesma conclusão empírica que chegou Kepler a partir da análise
dos dados coletados por Tycho Brahe.

233
ELEMENTOS DA FÍSICA

ACELERAÇÃO GRAVITACIONAL

Valor da Gravidade nos Pólos

f <o Considere o eixo de rotação da Terra, que corta a


superfície terrestre em dois pontos diametralmente opostos, um
no pólo Norte e outro no pólo Sul. Um corpo de massa m está
localizado exatamente no pólo Sul. Como este corpo não está
i girando, a força resultante é composta apenas pela força de
atração gravitacional, independentemente se o referencial está
i no centro da Terra (de raio R e massa M) ou solidário ao corpo.
Logo:
oj
i iõi iE i GMm GM
|P|=|Fg| => mgp6l0=——
i K
9póio
R2
Fg Fazendo a aplicação numérica encontra-se:

GM 6,674.10~11,5,974.1024
9põio 9Póio => gPóio = 9,823 m/s2
R2 (6,371.106)2

Valor da Gravidade ao Longo da Linha do Equador

Suponha agora que um corpo de massa m esteja


localizado em qualquer ponto da linha do Equador. Neste
caso, o corpo está executando um movimento circular
uniforme cujo raio é o mesmo raio R da Terra, suposta de
massa M. Adote o local onde está o corpo como a origem do
referencial, ou seja, o referencial está girando com a mesma
velocidade angular da Terra, apresentando aceleração
centrípeta, fazendo com que seja um referencial não inercial.
Neste referencial, atua sobre o corpo uma força centrífuga
Fcg , direcionada para fora da circunferência e cujo módulo é
m<x>2R. Deste modo, o peso do corpo é a resultante das
forças que atuam no corpo:

GMm
P = Fg - FCP => mgEq -mco2R
R2
GM 2n 2e>
gEq=—2--C0ZR => gEq = gPólo - <0 R
R

A velocidade angular com que gira o corpo é igual à velocidade angular da Terra:

w = — = 23,1416 = 7,272.10 rad/s


T 24.60.60
Fazendo a aplicação numérica:

gEq = gpóto - w2R => gEq =9,823-(7,272.10~5)2 (6,371.106)


gEq = 9,823 - 0,0337 => gEq = 9,789 m/s2

234
ELEMENTOS DA FÍSICA

Variação da Gravidade com a Latitude

Quando o local não está localizado nem


nos pólos nem ao longo do Equador, o cálculo
da aceleração da gravidade é um pouco mais
trabalhoso. Isto ocorre pois a força de inércia
não está alinhada com a força de atração
gravitacional. Suponha que um corpo de massa
m está localizado em uma latitude X ao longo
da superfície terrestre. Mais uma vez será
utilizado um referencial não inercial solidário ao
local onde se deseja calcular a gravidade.
Surge, então, uma força centrífuga no corpo de
mesmo módulo que a resultante centrípeta no
corpo:

FCf = mco2x = mco2Rcos X.

O peso é resultante entre a força


i
centrífuga e a força de atração gravitacional:
i
G2M2m: GMm
P2 = Fq + FqF + 2FgFcf cos(1 80° -X) => m2g2 = — + m,2,
2co4R2 cos2 X - 2 mco2Rcos2 X
R4 R2
G2M2 I 2 I 4o2 n GM 2
g2 = + co4R2 cos2 X - 2 co2 cos2 X g ~ a gpóio + co R -2----- co cos2 X
R4 R l R

Sabe-se que gEq = -^^-co2R. Elevando ao quadrado:


R

G2M2 o GM 2 , „4p2 m4R2_2^lffl2= 2 G2M2 2 2


g2Eq R4
— Z------- C0 +(0 K
R R Eq R4
— 9eq — 9póio

Substituindo na equação encontrada para g:

g=Jgpóio + f “4r2 - 2 ™ w21 cos2 x


g =7g^o+(geq
g^io)(i-sen2 *•)
V \ ix J
2
Spólo
g = 7gE«+(gP«° -g|q)sen2X
g 9eq , 1 + -1 sen2 X
gEq

Substituindo os valores de gEq e g^:

2
9,823 -1 sen2X g = 9,789>/l + 0,00696. sen2 X
g = 9,789 1 +
9,789

Como 0,00614.sen2 X « 1 pode-se usar a aproximação:

0,00696.sen2 X
g = 9,78^1+ 0,00696. sen2 X = 9,789 1 + g = 9,789(1 + 0,00348. sen2 X)
2

235
ELEMENTOS DA FÍSICA

O cálculo anterior foi realizado considerando que a Terra é uma esfera perfeita, que
notadamente não é realidade. Devido ao seu movimento de rotação, a Terra é achatada nos
pólos, que faz com que pontos mais distantes do Equador estejam mais próximos do centro da
Terra. Este fato interfere tanto no valor de FG quanto no de FCf, alterando o valor de g em função
de uma latitude qualquer. Este cálculo mais preciso está totalmente fora do objetivo deste livro.
Para efeito de curiosidade, o valor correto de g, levando em consideração o achatamento dos
pólos, é:

g = 9,780327(1+ 0,0053. sen2 X) m/s2

Na tabela abaixo é possível identificar os valores de g para alguns valores de latitude.

Latitude (graus) Valor de g (em m/s2)


ao nível do mar
0 _______ 9,780_______
10 _______ 9,782_______
20 _______ 9,786_______
30 _______ 9,793_______
40 _______ 9,802_______
50 _______ 9,812_______
60 _______ 9,813_______
70 _______ 9,826_______
80 _______ 9,831_______
90 9,837

Perceba que latitude igual a zero significa que o local está ao longo da linha do Equador,
enquanto que existem apenas dois pontos com latitude igual a noventa graus ao nível do mar, que
são os dois pontos onde o eixo da Terra cruza a superfície terrestre, um do pólo norte e outro no
pólo sul.

Variação da Gravidade com a Altitude

Um corpo de massa m está localizado a uma


altitude h em relação a superfície terrestre, como
ilustrado na figura ao lado. Suponha que o corpo em
questão não está rotacionando. A única força atuante
no corpo é a força de atração gravitacional da Terra.
Assim:

GMm GM
FG = P => = mg g=
(R + h)2 (R + h)2

Se for considerada a rotação do corpo será


necessário calcular a força resultante levando em
consideração a força centrífuga, de forma análoga ao
cálculo da variação da gravidade com a latitude.

236
ELEMENTOS DA FÍSICA

MOVIMENTO DAS MARÉS

O movimento das marés na Terra constituem um fenômeno decorrente da força de atração


gravitacional exercida pela Lua sobre a Terra e, em menor escala, da força de atração
gravitacional exercida pelo Sol sobre a Terra. A explicação mais simplificada é que a atração
gravitacional sentida por cada ponto da Terra devido à Lua depende da distância deste ponto à
Lua. Portanto, a força de atração gravitacional sentida pelos pontos da Terra que estão mais
próximos da Lua é maior do que a sentida pelos pontos da Terra que estão mais distantes da Lua.
Em relação ao centro da Terra, o lado mais próximo à Lua está sendo atraído no sentido
Terra-» Lua, enquanto que o outro lado está sendo puxado no sentido Lua->Terra. Ao contrário
do que se pode pensar, a maré do lado oposto não é causada pela rotação da Terra. Como a
água se desloca muito facilmente, ela se acumula em dois lados da Terra, apresentando maré alta
nos pontos mais próximos e também nos pontos mais distantes da Lua.
Verifique agora como as forças que a Lua e o Sol exercem sobre a Terra produzem as
marés. Para tanto, considere um planeta hipotético composto de um núcleo sólido coberto por
uma camada líquida. Serão analisados quatro pontos particulares sobre esse oceano. Como o
ponto (1) é mais próximo da Lua, este sofrerá maior atração (Fí é a mais intensa das forças), mas
precisa vencer o peso da própria água.
A água que se encontra nos pontos (2)
e (3) sofre uma atração menor que a do
ponto 1, mas por ser quase tangencial à
superfície do oceano não precisa
vencer o seu peso neste locais. Por
Fi esse motivo, essa água deslizará no
a
sentido do ponto (1). Isso explica a
maré alta do lado está voltado para a
Lua. Na região do ponto (4) existem
dois fenômenos que devem ser levados
Terra Lua em consideração: 1) a força de atração
que a Lua exerce sobre a água na
região do ponto 4 é menor do que sobre a região sólida próxima a este ponto; 2) não é
simplesmente a Lua que gira em torno da Terra, mas ambos giram em torno do centro de massa
comum (CM). Portanto, para quem está na Terra existe uma força centrífuga (devido a inércia)
agindo no ponto (4). Nesse local também forma-se uma preamar e o resultado final de todas
essas forças é a formação das marés alta e baixa, como indicado na figura abaixo.
O fenômeno das marés também é observado na parte sólida do planeta, mas com menor
intensidade. O solo terrestre pode elevar-se em até 45 centímetros nas fases de Lua Cheia ou
Nova. Entretanto, este fenômeno não é percebido, pois tudo em volta levanta junto não
permitindo uma referência.
Até aqui foi considerado apenas os efeitos da Lua sobre a Terra, contudo, o Sol também
influencia os movimentos das águas do oceano no planeta, mas com metade da intensidade da
Lua. Quando ocorre Lua Cheia ou Lua Nova, o Sol, a Terra e a Lua estão "alinhados" e, portanto,
o efeito do Astro-Rei soma-se ao do nosso satélite natural. Quando ocorre Lua em Quarto
Crescente ou Quarto Minguante, as marés não serão muito elevadas, pois os efeitos do Sol não
contribuem na mesma direção em que se encontra a conjunto Terra - Lua.

237
ELEMENTOS DA FÍSICA

As imagens seguintes ilustram coma funciona a influência do Sol sobre o movimento das
marés para cada fase da Lua.

LUA NOVA
maré lunar
LUA U
O
c/s
Maré Viva
Lua cm sigizia 3
o
(Sol c Lua cm conjunção) maré solar n

QUARTO Q LUA
CRESCENTE

maré lunar j
oCA

Maré Morta
Lua cm quadratura maré solar 3
o
■»

LUA CHEIA
maré lunar
LUA J
O
<zi
Maré Viva \
Lua cm sigizia 8
o
(Sol c Lua cm oposição) maré solar
QUARTO maré lunar
MINGUANTE

u
maré solar o
</3

Maré Morta
Lua cm quadratura O LUA 3
c
n

238
ELEMENTOS DA FÍSICA

Expressão da Força da Maré

Forças gravitacionais diferenciais são forças que surgem dentro de um corpo extenso
devido à variação do campo gravitacional, gerado por outro corpo, ao longo do comprimento do
corpo extenso. São também chamadas de forças de maré. Para exemplificar, suponha que duas
massas m estão localizadas em pontos diametralmente opostos da superfície terrestre, pontos
estes pertencentes à reta que liga do centro da Terra ao centro da Lua, cuja distância é d.

R
^02* m FGj
m
OT<
d

A diferencial de força sobre as massas m vale:

AC c c GMLm GMLm '(d + R)2 -(d-R)2 2GMLmdR


AF — Fq.« Fqo — o = GMLm
G1 G2 (d-R)2 (d + R)2 (d-R)2 (d + R)2 (d2-R2)2

Como d » R, então d2 - R2» d2. Logo:

2GM,mdR 2GMLmdR 2GMLmR AF 2GMlR


AF = (d2-R2)2 “ AF
d4 d3 m d3

O termo AF/m é denominado de aceleração de maré e representa a diferença percebida da


aceleração sobre uma mesma massa localizada em pontos diametralmente opostos, devido à
atração de outro astro, neste caso a Lua. O cálculo da força de maré também pode ser feito em
relação ao Sol, de modo a algebrizar a influência deste sobre a formação das marés. Fazendo
cálculos análogos chega-se a expressão:

AFS 2GMsRt
m d^

onde Ms é a massa do Sol e ds é a distância entre os centros do Sol e da Terra.

Altura da Maré

Considere a situação de Lua Nova ou Lua Cheia, onde os efeitos da atração da Lua e do
Sol são somados na formação das marés. Pelo princípio da superposição, pode-se calcular
isoladamente os efeitos da Lua e do Sol e depois somar suas atuações. A aceleração de maré
zXF R
devido a atuação da Lua sobre a um corpo de massa m Terra vale AaL = — =------, onde dL é
m d^
a distância entre os centros da Lua e da Terra. Se considerarmos que a energia potencial causada
pelo deslocamento hL, devido à maré da Lua sobre uma massa m, tem que ser equilibrado pelo
trabalho realizado pela força de maré devido à Lua:

2GMlR 2GMlR4
mghL = mAaLR => R hL
R2 tf Myd3

239
ELEMENTOS DA FÍSICA

Substituindo os valores numéricos:

2MlR4 2.(7,36.1022)(6,37.10s)4
hL = = 0,72 m
MTd3 (5,97.1024)(3,84.108)3

Analogamente, calculando o efeito do Sol sobre a Terra, encontra-se que a influência do


Sol sobre altura da maré vale:

2MSR4 2.(2.1O3O)(6,37.1O6)4
hs = = 0,33 m
MTdg (5,97.1024)(1,49.1011)3

Somando os efeitos da Lua e do Sol sobre a Terra, encontra-se uma altura máxima da
maré de 1,06 m. Entretanto, para chegar a esse resultado, adotou-se um modelo hipotético em
que a Terra é formada por um núcleo sólido coberto por água, ou seja, não possui continentes,
que está totalmente fora da realidade. Isso justifica a diferença do resultado teórico encontrado e
valores reais de marés observados na Terra. Devido a forma irregular dos continentes, às vezes a
maré alta acumula-se em certas regiões estreitas, atingindo nesses pontos amplitudes bastantes
altas. Por exemplo, na Bacia de Fundy, no Canadá a maré alta alcança até 21 metros nos casos
extremos.

Período da Maré

Quanto tempo se passa entre duas marés altas no mesmo local? Uma análise rápida
poderia concluir que esse tempo é de 12 horas, uma vez que a maré alta ocorre duas vezes em
uma volta completa da Terra sobre seu eixo. Contudo, essa é uma análise incompleta. Enquanto
a Terra gira em torno do seu eixo, a Lua também gira em torno da Terra e ambos giram em torno
do Sol. A figura abaixo mostra como ocorre esse fenômeno. Em determinado instante ocorre uma
maré lata no ponto P. Como o movimento de rotação da Terra em torno do seu eixo e a rotação
da Lua em torno da Terra ocorrem no mesmo sentido, o ponto P estará novamente alinhado com
os centros da Terra e da Lua (próxima maré alta) após um tempo maior que 12 horas.

Terra

-.... O "
o
Tendo em vista que o período sideral da Lua é de 27,32 dias, isto é, que ela se move 360’
em relação a um ponto fixo no espaço a cada 27,32 dias, deduz-se que ela se desloca para um
360°
mesmo sentido — = 13,27° por dia. Levando-se em conta que a Terra gira 360° em 24 horas

e que o Sol se desloca 1° por dia (todos esses deslocamentos no mesmo sentido), deduz-se que
a Lua "atrasa" por dia um tempo, em minutos, dado por

13,27°-1°
24h60min = 49,1 min ,
360°

isto é, a cada dia a Lua cruza o mesmo meridiano aproximadamente 49 minutos mais tarde do
que no dia anterior. Como são duas marés por dia, a água sobe e desce aproximadamente a cada
12 horas e 24 minutos e 32 segundos.

240
ELEMENTOS DA FÍSICA

ENERGIA POTENCIAL GRAVITACIONAL

No capítulo 6 do livro Mecânica I desta coleção foi introduzido o conceito sobre energia
potencial, que é a energia associada à posição da partícula. Foi enfatizado que a expressão mgy
é válida para 0 cálculo da energia potencial apenas em situações em que a partícula encontre-se
próximo à superfície terrestre, onde a força de atração gravitacional pode ser considerada
constante. Para situações em que a partícula está distante da superfície terrestre é necessário
utilizar a definição de energia potencial, dada pelo negativo do trabalho realizado pela força
gravitacional:

AU = U.-Ui=-[r,F(r)dr
Jri

Pode-se usar este resultado para calcular a função


energia potencial gravitacional. Considere uma partícula
F„f» de massa m que se move entre dois pontos A e B
externos à superfície da Terra. A partícula está sujeita à
1,1 GMm
força gravitacional F(r) = ——5—, onde o sinal negativo

F„ ® indica que a força é de atração. Ao substituir esta


7 expressão na equação de AU, pode-se calcular a varição
da energia potencial gravitacional para o sistema
partícula-Terra:

GMm
AU = Uf-Ui=-^- — _.. rr( 1 , _ r'_1 GMm GMm
z—dr = GMm — dr = GMm AU = Uf-U( =- +-------
r2 Jri r2 g r Q fi

É necessário escolher uma configuração de referência para a energia potencial. De


maneira geral, a referência para energia potencial nula é a mesma para a qual a força é zero, que
ocorre no infinito. Ao considerar Ui = 0 para ri -> 00, obtém um resultado importante:

GMm
U(r) = -
r

Esta expressão mostra que a energia potencial gravitacional varia em 1/r sempre que a
força varia em 1/r2. Além disso, a energia potencial é negativa porque a força é de atração e
adotou-se a energia potencial como zero quando a separação das partículas é infinita. Como a
força entre duas partículas é de atração, uma força externa deve realizar trabalho positivo para
aumentar a separação entre elas. O trabalho realizado por uma força externa produz um aumento
na energia potencial conforme são separadas as duas partículas.

É possível estender este conceito para três ou


mais partículas. Neste caso, a energia potencial total do
sistema é a soma sobre todos os pares de partículas:

Ut — U12 + U13 + U23

>c UT
Gm1m2 Gm,m3 Gm2m2
ru r23

241
ELEMENTOS DA FÍSICA

CASCA ESFÉRICA

Considere um corpo em forma de casca esférica de raio a e espessura desprezível. A


massa M da casca está distribuída uniformemente distribuída pela sua superfície. Deseja-se
calcular a energia potencial gravitacional resultante sobre uma partícula de massa m em um ponto
P à distância r do centro da casca esférica. Para facilitar o cálculo, pode-se decompor a casca em
anéis infinitesimais de raio p, cujos pontos são todos a uma mesma distância s do ponto P.

p - n scn6

m
>P

A contribuição de cada diferencial de massa dM para a energia potencial no ponto P é:

dU=-2mdM
s

Para calcular a área do anel destacado basta rotacionar em 360°, em um raio p, o


segmento de comprimento a.d0. Assim:

Aanel = 27tp.ad0 = 2na2sen 0d0

Se M é a massa total da casca esférica:

dM Aanel Msen0d0
dM =
M 47ia2 ' 2

Desta forma, a energia potencial no ponto P devido ao anel vale:

GMmsen0
dU d0
2s

Como s varia com 0, antes de integrar deve-se exprimir s em função de 0. Pela lei dos
cossenos segue que:

s2 = a2 + r2 - 2arcos 0

Derivando em relação a 0 (a e r são constantes):

sen0 d0=^
2s — = 2arsen0 =>
d0 s ar

Substituindo esta última relação na expressão da energia potencial:

242
ELEMENTOS DA FÍSICA

GMm , GMm rSmax GMm


dll -------- ds ^min 2a r
(®max ®min )
2ar 2ar

Perceba que, apesar do desenho indicar o ponto P externo à casca esférica, todo o cálculo
realizado até então permite considerar o ponto P interno à casca esférica. A diferença ocorre
exatamente nos valores de smax e smin, a saber:
GMm
i) Se P é externo à casca esférica: smax = r + a e smln = r - a
r
_ GMm
ii) Se P é interno à casca esférica: smax = r + a e smin = a - r
a

Sobre os resultados encontrados podem ser destacadas algumas conclusões:


1) Se P é externo, o resultado encontrado U = -^^m é o mesmo se considerarmos toda a
r
massa da casca esférica concentrada em seu centro;

2) Se P é interno à casca esférica, o valor de U é constante e como F(r) =—, segue que a força
dt
gravitacional resultante no corpo de massa m é nula! Este resultado, apesar de estar longe de ser
intuitivo, possui uma demonstração que dispensa o uso de cálculo.

Considere uma reta AB que passa pelo ponto P,


com A e B sobre a superfície da casca esférica. Duas
superfícies cônicas opostas infinitesimais, de mesmo
vértice P e eixo de simetria AB são traçadas
internamente à casca esférica. A interseção destes
cones infinitesimais com a casca esférica geram duas
calotas esféricas, de áreas SA e SB. Os pontos A’, A", B'
e B" são as interseções do plano que passa por AB e O
com as calotas esféricas. Como os ângulos de APA'A" e
APB'B" são congruentes dois a dois, segue que APA'A"
e APB'B" são semelhantes:

A'A" PA"
B'B" PB" PB rB

Como a razão entre as áreas de figuras semelhantes é igual ao quadrado da razão de


semelhança:
SB
tf tf
Desde que a massa está distribuída uniformemente pela superfície da casca esférica:

Mb GMAm GMBm
Fa=Fb
tf rB

Assim, a força resultante, no ponto P, devido às calotas de áreas SA e SB são iguais e


contrárias. Fazendo passar por P todos os possíveis pares de superfícies cônicas opostas
infinitesimais, conclui-se que a força resultante no ponto P, interno à casca esférica, é nula. Este
raciocínio justifica o resultado encontrado a partir do cálculo da energia potencial gravitacional
para pontos internos à casca esférica.

te
e-
243
- --TXST-i-'--.-'.rCTfr's---. ...............

ELEMENTOS DA FÍSICA

l/(r) Os gráficos ao lado ilustram os resultados


j. encontrados, tanto para a energia potencial
a gravitacional, quanto para a força gravitacional entre
O r uma casca esférica de raio r e um corpo de massa
m, em função de uma distância r do centro da casca.

No gráfico da força gravitacional ocorre um


detalhe interessante no intervalo de r equivalente à
T espessura h da casca esférica. Supondo h * 0, a
F(r) força aumenta seu valor, linearmente, desde 0
a r (interior da casca esférica) até (forças para o
O r
□!í
h ili
ponto P sobre a superfície externa da casca
esférica). Esse aumento linear será justificado no
ari item a seguir, sobre forças e energia potencial
gravitacionais em esferas maciças.
7

Esfera Maciça

De forma geral, planetas e satélites podem ser considerados esferas maciças, alguns
formados de várias camadas sólidas e outros gasosos, entretanto, dificilmente planetas podem ser
considerados corpos homogêneos. Para facilitar a análise da força e da energia potencial
gravitacional geradas por uma esfera maciça, será considerado apenas o caso em que a esfera
apresenta uma distribuição uniforme de massa p.
No caso de uma partícula de massa m localizada a
uma distância r > R de uma esfera maciça de raio R e massa
R m M, a força e a energia potencial gravitacional são calculadas
O como se toda a massa estivesse concentrada no centro de
M * *
r massa da esfera maciça:
GMm ,. GMm
e U =----------- , para r > R
r

Estes resultados dependem apenas do formato esférico do corpo de massa M e não de


sua homogeneidade.

Suponha agora uma partícula, de massa m, localizada em um ponto P interno à esfera


maciça, a uma distância r < R de seu centro. Toda a região da esfera localizada a uma distância x
do seu centro tal que r < x < R pode ser encarada como uma união de infinitas cascas esféricas
de espessura desprezível. Assim, a força sobre a partícula devido à interação gravitacional com
essa região é nula! Deste modo, a força resultante sobre a partícula é devido apenas à esfera de
raio r, concêntrica com a esfera maciça original, de massa M' < M.
Considerando a massa M' como concentrada no centro de
massa, segue que a força de atração gravitacional vale:

GM'm
F(r) = -

Supondo a esfera homogênea, a massa M' é proporcional


ao volume da esfera de raio r:

ivr r3 =>
r3
M' = M-^- GMm
=> F(r) = - r, r< R
M R3 R3 R3

244
.^ELEMENTOS DA FÍSICA

Note que o sinal negativo garante que a força é atrativa. Logo, supondo que a partícula
possa de movimentar no interior da esfera (não é um absurdo, é só considerar que o material da
esfera é fluido, por exemplo, ou que existe um túnel ligando ao centro da esfera), ao abandoná-la
na superfície da esfera, a partícula é atraída para o centro da esfera. Isto dá uma dica de como
calcular a energia potencial gravitacional do sistema formado pela esfera maciça e a partícula de
massa m, em função da distância mútua r < R. Basta utilizar a definição de energia potencial,
integrando desde a distância R até r.

r r
GMm GMm (• GMm r r2 GMm
AU = U(r) - U(R) = -JF(r)dr = -J rdr = jrdr = (r2 -R2)
R R
R3 "r3 R R3 r 2 2R3

GMm
Como U(R) = - —-—, segue que:

GMm GMm GMm 2 3GMm GMm 2 GMm(3R2 -r2)


U(r) = - ----- =-r U(r) = - +----- 5~r U(r) = -
R 2R 2R3 2R 2R3 2R3

[/(r)
A ao lado estão os gráficos da força e da
O r energia potencial gravitacional entre uma esfera
maciça e uma partícula de massa m, em função
GMm da distância mútua r. Perceba que, para r < R, o
gráfico da energia potencial é um ramo de
parábola e o gráfico da força é um segmento de
reta. Para r > R, o gráfico da energia potencial
1
rjGW/n; varia proporcionalmente a enquanto que a
2 R : 1
dependência da força com r é na forma .
F(r) r
R
O *■ r A expressão da energia potencial no
interior de uma esfera maciça fornece uma
importante informação, que é o valor da energia
potencial gravitacional quando a partícula está no
centro da esfera, que não pode ser calculada
GMm diretamente pois r = 0. Fazendo r = 0 na
expressão encontrada segue que:
R2 U(0) = -32Mül
2R

CONSERVAÇÃO DA ENERGIA MECÂNICA

Caso n partículas estejam sujeitas unicamente às forças mútuas de atraçao gravitacional,


ocorre a conservação da energia mecânica do sistema:

Em0 = Errif => Ec0 + Uo = ECf + Uf =>


n n
n mkvko , yy Gnyrij ymkv^f ! yy n n Gmimi

k=1
2 +hh
i=1 j=1
rijo k=1
+EZ-
2 i=1 j=1i=i j=i rij f
J*i

245
ELEMENTOS DA FÍSICA I

ÓRBITA CIRCULAR

Pela 1a Lei de Kepler, os planetas descrevem órbitas elípticas em torno do Sol, que ocupa
um dos focos da elipse. Assim, a órbita dos planetas em torno de uma estrela, bem como a órbita
de um satélite natural em torno de um planeta, é elíptica. Em uma elipse, a excentricidade é
definida como a razão entre a distância entre os focos e o eixo maior. Logo, quanto menor a
excentricidade, mais a elipse se aproxima de uma circunferência. No caso extremo da
excentricidade valer 0 (elipse degenerada), tem-se uma circunferência. Abaixo é possível verificar
a excentricidade das órbitas dos planetas do sistema Solar.

Planeta Excentricidade
Mercúrio 0,2056
Vênus 0,0068
Terra 0,0167
Marte 0,093
Júpiter 0,048
Saturno 0,056
Urano 0,046
Netuno 0,0097

Note que, à exceção de Mercúrio, todos os demais planetas possuem órbitas elípticas que
se aproximam muito de órbitas circulares, devido ao valor de excentricidade próximo de zero.
Logo, de modo a simplificar algumas demonstrações, pode-se adotar que a órbita de determinado
astro é circular.

Além das órbitas dos planetas, as órbitas dos satélites naturais também são
aproximadamente circulares. Por exemplo, a órbita da Lua é 0,0549. Ganimedes, o maior satélite
natural de Júpiter, possui uma órbita elíptica de excentricidade 0,0011, ou seja, praticamente uma
órbita circular.

Velocidade Orbital para Órbitas Circulares

Um planeta de massa m está executando uma órbita


circular de raio r em torno de uma estrela de massa M.
Desprezando a interação gravitacional com todos os outros
astros (estrelas, planetas, satélites, cometas, ...), segue que
a única força atuante no planeta é a força de atração
gravitacional da estrela. Como a órbita é circular, essa força
gravitacional é uma resultante centrípeta:

GMm mv2 ÍGM


Fq — Fcp
r V H—
Assim, a velocidade de um planeta em órbita circular é constante e depende apenas do
raio da órbita e da massa da estrela, independendo da própria massa do planeta. Assim, todos os
planetas de um mesmo sistema planetário (como o sistema Solar, por exemplo) possuem
diferentes velocidades orbitais, pelo fato de executarem órbitas de raio diferentes. Além disso,
quanto mais distante da estrela, menor é a velocidade orbital do planeta.

246
ELEMENTOS DA FÍSICA

Período de Revolução para Órbitas Circulares

Como é constante a velocidade de um planeta em órbita circular, o movimento é


classificado como uniforme circular, fazendo com que o período seja dado por:

T _ 2tiR T_ 2ttR T = 2nJ-^—


v V GM

Repare que este resultado concorda totalmente com a terceira Lei de Kepler, uma vez que

T2 4t?
r3 GM ’

que é uma constante. Perceba, também, que quanto maior o raio da órbita do planeta, maior será
o período. Deste modo, os planetas mais distantes do Sol demoraram muito mais tempo para dar
uma volta completa do que os planetas mais próximos do Sol. Por exemplo, o período de Netuno,
planeta do sistema solar mais distante do Sol, é aproximadamente 165 anos terrestres, enquanto
que o período de Mercúrio, o mais próximo do Sol, é aproximadamente 88 dias terrestres.

Satélite Geo Estacionário

Os satélites geoestacionários são satélites que se


encontram aparentemente parados relativamente a um
''x ponto fixo sobre a Terra, geralmente sobre a linha do
/ equador. Como se encontram sempre sobre o mesmo
ponto da Terra, os satélites geoestacionários são
normalmente utilizados como satélites de comunicações
e de observação de regiões específicas da Terra.

Todos os satélites geoestacionário encontram-se sobre uma mesma órbita circular em


torno da Terra, denominada de Anel de Clarke, em homenagem ao escritor Arthur C. Clarke. O
raio desta órbita pode ser calculado observando que a velocidade angular de todos os satélites
geoestacionários é igual à velocidade angular da Terra.

[gm
Vsat 2rt V r _2k /GM\2tt GM 4n2
r
Jgmt2
“sal = “r V 4n2
r Tt r Tt Nr3 ~ Tt r3 Tt2

Fazendo a aplicação numérica:

GMT2 j6,67.10~11.6/l02“.(24.60.60)2
r=? = 42,3.10® m
4tt2 V 4(3,14)2

Como o raio da Terra é R = 6,4.10“ m, a altitude (distância à superfície terrestre) de


qualquer satélite geoestacionário é 35,9.10® m.

Como possuem uma mesma órbita, todos os satélites geoestacionários apresentam uma
mesma velocidade orbital, a saber:

Igm_ Íi6,67.10~11.6.10l2: “
Vgeoest. ~ J — J- — =3075,9 m/s
42,3.10®

247
ELEMENTOS DA FÍSICA

Energia Mecânica em Órbita Circular

Sabe-se que é constante a energia mecânica de um sistema de partículas que estejam


sujeitas unicamente à interação gravitacional mútua. Considere um sistema formado por uma
estrela, de massa M, e por um planeta, de massa m. O planeta órbita em torno da estrela em uma
trajetória circular de raio r.
Considerando a estrela estática, a energia mecânica
do sistema é formada apenas pela energia cinética do planeta
e pela energia potencial gravitacional do sistema estrela-

planeta. Como a velocidade orbital do planeta vale

segue que a energia mecânica do sistema vale:

GMm m GM GMm GMm


Em
r ~2~t~ r 2r

que é constante, confirmando a análise conceituai efetuada


anteriormente. Note que é possível chegar ao mesmo
resultado caso n > 2 planetas girem, em órbita circular, em tomo da estrela. A energia mecânica
total será a soma das energias mecânicas de cada par estrela-planeta.

GMm, GMm2 GMmn


EmT =-
~2rT 2r2 2rn

onde mi e r, são, respectivamente, a massa e o raio da órbita do planeta i.

Já era conhecido o fato que a energia potencial gravitacional de um sistema de partículas


era sempre não positiva. Repare agora que é possível ampliar este resultado para a energia
mecânica de um sistema composto por uma estrela e vários planetas, em órbitas circulares, que
também será sempre não positiva. Futuramente, será demonstrado que esse resultado também é
válido para órbitas elípticas.

Velocidade de Escape
Para um dado campo gravitacional e uma dada posição, a
velocidade de escape é definida como a velocidade mínima de
lançamento para mover-se ao infinito. Deve-se ressaltar que o
objeto a ser lançado não pode ser dotado de alguma forma de
e > auto propulsão. O único impulso externo (em relação ao sistema
formado por objeto + astro) permitido será no instante do
lançamento. A partir do momento do lançamento, o objeto deve
estar sujeito exclusivamente ao campo gravitacional gerado por
uma estrela, planeta ou satélite. Deve ser desprezado o atrito
com a atmosfera do astro onde o objeto está sendo lançado.

Suponha que o objeto está sendo lançado da superfície da Terra e deseja-se calcular a
menor velocidade de lançamento de modo que o objeto alcance uma distância infinita em relação
à Terra. A maneira mais simples de determinar a velocidade de escape é observando a
conservação da energia mecânica. Como deseja-se a menor velocidade de lançamento, pode-se
considerar que a velocidade no infinito é nula:

mv* GMm '2GM


Em0 = Em( ECq + Uo — => =0 => ve
2 R R

248
ELEMENTOS DA FÍSICA

Substituindo os valores numéricos, pode-se calcular a velocidade da escape de um


lançamento na superfície da Terra:

2GM 2.6,67.1CT11.6.1024
Ve = = 11,2.103 m/s= 11,2 km/s
R 6,37.10®

Devido à atmosfera terrestre, não é prático dar a um objeto próximo à superfície da Terra
uma velocidade de 11,2 km/s por dois motivos: 1) esta velocidade é bem mais alta que a
capacidade de propulsão dos sistemas atuais; 2) o atrito com ar faria com que os o objetos
queimassem. O que se faz então para lançar um objeto para o infinito? Inicialmente o objeto é
colocado em uma órbita relativamente próxima à superfície da Terra, onde o ar já está bastante
rarefeito. Então o objeto é acelerado até a velocidade de escape naquela altitude, que é um pouco
menor, cerca de 10,9 km/s.

Na tabela abaixo o leitor poderá verificar a velocidade de escape em relação a diversos


locais de lançamento e também a sujeito a vários campos gravitacionais.

Local de Sujeito ao campo Local de Sujeito ao campo


V. V,
Lançamento gravitacional Lançamento gravitacional
Sol do Sol 617,5 km/s sistema solar da Via Láctea 1000 km/s
Mercúrio de Mercúrio 4.4 km/s Mercúrio do Sol 67,7 km/s
Vénus de Vénus 10.4 km/s Vénus do Sol 49.5 km/s
Terra da Terra 11.2 km/s Terra/Lua do Sol 42.1 km/s
Lua da Lua 2.4 km/s Lua da Terra 1,4 km/s
Marte de Marte 5,0 km/s Marte do Sol 34.1 km/s
Júpiter de Júpiter 59.5 km/s Júpiter do Sol 18.5 km/s
Saturno de Saturno 35.5 km/s Saturno do Sol 13.6 km/s
Urano de Urano 21.3 km/s Urano do Sol 9.6 km/s
Netuno de Netuno 23.5 km/s Netuno do Sol 7.7 km/s

EFEITO ESTILINGUE GRAVITACIONAL

Efeito Estilingue ou Assistência Gravitacional é o termo utilizado para designar a utilização


do campo gravitacional de um corpo celeste objetivando a alteração da trajetória e o aumento
velocidade de uma espaçonave ou sonda. A primeira vez em que o efeito estilingue foi utilizado
foi em 1973, quando a sonda Mariner 10 viajava para Mercúrio e Vénus. A sonda Cassini-
Huygens valeu-se desse tipo de manobra duas vezes passando próxima de Vénus em 1998, outra
vez em 1999 na sua passagem pela Terra e finalmente na passagem em 2000 por Júpiter. Para
maximizar o efeito desejado, o objeto deve ser lançado com uma velocidade com sentido oposto
ao da velocidade do corpo celeste, tomando cuidado para evitar a colisão entre ambos.

Análise Unidimensional

Inicialmente será realizada uma análise unidimensional do efeito estilingue. Considere uma
sonda de massa m se aproximando de um planeta de massa M. Despreze a interação
gravitacional da sonda com qualquer outro astro. Quando a distância entre a sonda e o planeta é
muito grande pode-se considerar que a interação gravitacional entre eles é nula. Deste modo, é
constante a velocidade da sonda para distâncias infinitas em relação ao planeta. Suponha que a
sonda realiza uma curva de 180°, devido à interação gravitacional com o planeta, conforme a
figura seguinte. Em relação a um ponto fixo do espaço, considere que a velocidade de
aproximação da sonda é v-, (quando a distância é infinita) e a do planeta é vp. Após a interação
gravitacional, adote que a velocidade da sonda é vz ea da planeta é v'p.

249
ELEMENTOS DA FÍSICA

m
-•----- ►-
V2

m
V,*’

Como a única força atuante em cada corpo é a força de atração gravitacional mútua,
ocorre a conservação da quantidade de movimento:

Mvp-m(v1+v2)
- mvi + Mvp = mv2 + Mv'p v'p =
M

Como os dois instantes considerados a distância entre os corpos é infinita, pode-se


considerar que a energia potencial gravitacional é nula. Pela conservação da energia mecânica:

mv2 ! Mvp mv2 [ Mv'2


mv? M[Mvp-m(v1 + v2)]2
2 + 2 “ 2 + 2 mv? + Mv2 = mvj +
2 M2
m2
mv2 + Mvf = mv2 + jytvf - 2mvp(v1 + v2) + — (v1 + v2 )2

MXÍ(v, - v2 = .rrfj\r-W.J[m(v1 + v2)- 2Mvp] => Mv, - Mv2 = mv, + mv2 - 2Mvp =>

(M-mjv, +2Mvp
V2 V2 1 m
M+m
1+M

Como a massa do planeta é muito superior à massa da sonda, pode-se considerar que -
tende a zero, fazendo com que:

v2 = v, + 2vp

Logo, a velocidade da sonda recebe um incremento em sua velocidade no dobro da


velocidade do planeta. Para efeitos práticos, uma sonda costuma viajar a 15 km/s. Caso essa
sonda utilizasse o efeito estilingue em torno de Vênus, que viaja a 35 km/s, de modo a inverter o
sentido de sua trajetória, sua velocidade final seria de aproximadamente v2 = 15 + 2.35 = 85 km/s.
Note que a velocidade da onda aumenta mais de 5 vezes! Esse aumento de velocidade seria
impossível apenas com propulsão, ou seja, o efeito estilingue faz com que aumente-se a
velocidade do objeto sem perda de combustível.

Repare que a velocidade do planeta praticamente não sofre alteração. Isso ocorre também
devido à grande diferença entre as massas do planeta e da sonda. Algebricamente, na expressão
em que v'p foi isolado, tem-se:

MVp-mív^Vg) m. .
= Vp“m(V1+V2)
Vp= M H M

Como m/M tende a zero, segue diretamente que v'p s vp

250
ELEMENTOS DA FÍSICA

Análise Bidimensional

A análise unidimensional possui apenas efeito teórico, uma vez que no espaço uma
espaçonave ou sonda, ao utilizar o efeito estilingue, retorna na prática em uma direção não
paralela à direção de aproximação. Isto ocorre pois, como será visto mais adiante neste capítulo,
qualquer objeto lançado de um planeta, a partir de uma propulsão, apresenta uma órbita que é
uma das possíveis cênicas: circunferência, elipse, parábola ou hipérbole. No caso de uma sonda,
que é o objeto que mais se utiliza do efeito estilingue, deseja-se que ela alcance distâncias
infinitas em relação à Terra, fazendo com que sua trajetória seja uma curva aberta (se fosse
fechada ela retornaria ao ponto de lançamento). Assim, uma sonda é impulsionada durante seu
lançamento com energia suficiente para executar uma trajetória em forma de hipérbole.
Para efeito de análise, suponha que uma sonda é lançada da Terra, em uma trajetória em
forma de hipérbole, em direção à Vênus, que será usando para o efeito estilingue. Ao se
aproximar de Vênus, a sonda continuará a executar uma trajetória hiperbólica, agora com Vênus
ocupando o foco da nova hipérbole que será formada. A figura abaixo ilustra a trajetória da sonda
próximo a Vênus e o efeito estilingue aplicado na sonda.

rn

Toda a análise realizada para o efeito estilingue unidimensional pode ser aproveitada para
a direção paralela ao vetor velocidade do planeta. Denominemos essa direção de x e de y a
direção perpendicular a x. Assim, após se distanciar consideravelmente de Vênus, a sonda terá
uma componente da velocidade na direção x dada por:

V2x = V1x+2Vp.

conforme indicado na figura.


Como a força gravitacional que Vênus atrai a sonda possui uma componente y simétrica
em relação ao vértice da hipérbole (ponto onde existe a inversão do sentido da componente x da
velocidade da sonda), para pontos distantes de Vênus a componente y da velocidade da sonda é
a mesma antes e depois de contornar o planeta:

Vly = V2y = Vy

Desta forma, a velocidade final da sonda ao passar por Vênus vale:

v2 = 7(v1x+2vp)2+v^ = ^v2x+4v1xvp+4vp + v2 = ^(4 +v2) + 4v1xvp + 4v2 =>


V2 = 7vf+4vixvp+4vp = 7V? + 4V1VP + 4VP “ 4V1VP + 4V1xVP = V(V1+2VP)2-4VP(V1“V1x) =>

v2 = ^(v, + 2vp )2 - 4vp (v1 - v, COS 0) =>


=> V2 = ^(v, + 2vp )2 - 4vpv,(1 - cos 0)

Se 6 = 0 tem-se o caso unidimensional, onde v2 = v, + 2vp. Para uma análise mais real
considere 0 = 90°, ou seja, a sonda se aproxima de Vênus em uma direção perpendicular à órbita

251
—- —K-- -

ELEMENTOS DA FÍSICA

desta. Neste caso, a velocidade final da sonda será paralela à velocidade de Vênus.
Considerando v, = 15 km/s e vp = 35 km/s, segue que a velocidade final, devido ao efeito
estilingue, da sonda para 0 = 90° vale:

v2 = ^(v, + 2vp)2 -4vpv,(1 -cos0) = 7(15 + 2.35)2 -4.35.15(1-0) = 71,6 km/s

Logo, o incremento de velocidade na sonda foi de 56,6 km/s devido ao efeito estilingue.
Portanto, utilizando o efeito estilingue várias vezes, fazendo a sonda passar próximo de muitos
planetas, a mecânica clássica garante que a sonda adquire uma velocidade arbitrariamente
grande para efeitos espaciais. Entretanto, na prática, é muito complicado fazer isso acontecer, por
diversos motivos. As órbitas dos planetas deveria estar em uma disposição especial de modo que
a sonda se dirigiría à outro planeta após a interação com o planeta anterior. Quanto mais rápido a
sonda viaja, mais complicado é controlar a proximidade com um planeta de modo que evitar que
ocorra uma colisão entre ambos. Além disso, para velocidades muito grandes da sonda, o tempo
de interação com o campo gravitacional do planeta é muito pequeno, diminuindo o efeito
estilingue.

ÓRBITA ELÍPTICA

Como Kepler observou e, posteriormente, Newton provou, as órbitas dos planetas em


torno de sua estrela, bem como dos satélites em torno de seu planeta, são elípticas. Neste item
será apresentado todo o estudo do movimento em órbita elíptica, porém, para um melhor
entendimento, é necessário fazer uma revisão sobre as principais características de uma elipse.
Considere dois pontos distintos F, e F2, em um plano, de modo que F,F2 =2c. Seja a uma
número real tal que a > c. Elipse é definida como o lugar geométrico dos pontos P do plano de
modo que PE, + PF2 = 2a .
c
D
Pela definição de elipse tem-se:
B. AE, + AF2 = BE, + BF2 = CE, + CF2 = DE, + DF2 =
Fi,
F2 = EE, + EF2 = FF, + FF2 = GE, + GF2 = HF, + HF2 =
A E
= i^ + í^ = 2a
F

H
G

Determinados elementos possuem especial importância no estudo da elipse.


F! e F2: focos
B O: centro
A, B, C e D: vértices
AC: eixo maior ou eixo focal
a a BD: eixo menor
b
0 OA e OC: semi-eixos maiores
A, C OB e OD: semi-eixos menores
F, c Õ c F2
E,F2 = 2c: distância focal
AC= 2a: medida do eixo-maior
BD= 2b: medida do eixo-menor
cos 0: excentricidade da elipse
D

252
ELEMENTOS DA FÍSICA

Observe a figura anterior. Note que, por simetria, as distâncias do ponto B aos focos F, e
F2são iguais. Desde que BF, +BF2 = 2a segue diretamente que BF, =BF2 = a. Como O é o ponto
médio de BD então BO = DO = b .
Como AF, + AF2 = 2a e OF, = OF2 = c então AF, = a - c e AF2 = a + c.
Da figura: AO = AF, + OF, = a. Por simetria conclui-se que CO = a.
Logo, o comprimento do eixo-maior vale AC = 2a .
Perceba que a, b e c forma um triângulo retângulo, ou seja: a2 = b2 + c2
Q
A excentricidade da elipse vale e = cos 0 = —.
a
A área de uma elipse é dada por A = nab.

Velocidades Máxima e Mínima

Análise Qualitativa
Um planeta, de massa m, gira em torno de uma
estrela em uma órbita elíptica. Despreze as interações
gravitacionais com qualquer outro corpo celeste. Sabe-se
à V, que a estrela ocupa um dos focos da elipse, que será
*r1 considerado como a origem dos vetores posições dos
v2 f a pontos do plano que contém a órbita elíptica. Considere
três posições particulares da trajetória do planeta: posição
V
P 1 (mais distante da estrela), posição 2 (mais próximo da
estrela) e posição P (posição aleatória ao longo da elipse).
É conhecido o fato que a maior e a menor distância de um ponto qualquer da elipse aos focos
encontram-se nos vértices do eixo maior. Logo, a maior distância de um ponto da trajetória do
planeta à estrela é o ponto 1 e a menor distância é o ponto 2.
Como a única força atuante no planeta é uma força central, ocorre a conservação do
momento angular:

L = mr, xv, =mi^ x v2 = mf xv r,.v, = r2.v2 = r.v.sen a

Desta última expressão conclui-se que:


i) Como rj.v, = r2.v2 e r, > r2 segue que v, < v2;
ii) r,.v, = r.v.sen a => r,.v, < r.v => v>-Lv1>v1

Logo, a maior velocidade do planeta em sua órbita ocorre na posição 2, enquanto que a
menor velocidade ocorre na posição 1. Em qualquer outro ponto da trajetória a velocidade do
planeta possui módulo com valor intermediário entre v, e v2.

Em resumo:

i) Quanto menor a distância do planeta à estrela, maior é a velocidade do planeta.


ii) A maior velocidade do planeta ocorre na posição mais próxima da estrela, que ocorre no
vértice do eixo maior da elipse mais perto do foco onde se encontra a estrela. No caso do
movimento de um planeta em torno do Sol, este ponto recebe o nome de periélio.
iii) A menor velocidade do planeta ocorre na posição mais distante da estrela, que ocorre no
vértice do eixo maior da elipse mais afastada do foco onde se encontra a estrela. No caso do
movimento de um planeta em torno do Sol, este ponto recebe o nome de afélio.

Toda a análise que foi apresentada para o movimento de um planeta em torno de uma
estrela também é válida para o movimento de um satélite natural em torno de um planeta, como,
por exemplo, o movimento da Lua me torno da Terra.

253
ELEMENTOS DA FÍSICA

Análise Quantitativa
Da análise qualitativa sabe-se que a maior velocidade
de um planeta em torno de uma estrela ocorre no ponto mais
s bl V1 próximo da estrela, enquanto que a menor velocidade de um
a-cO al+ c planeta em torno de uma estrela ocorre no ponto mais
distante da estrela. Quanto vale cada um destes valores de
v2,?k ;
velocidade? É possível determinar estes valores extremos da
velocidade em função da massa da estrela e de distâncias
características da elipse.
Suponha que a massa do planeta seja m e a da estrela seja M. Sabe-se que a distância
minima do planeta à estrela é igual r, = a - c, enquanto que a distância máxima vale r2 = a + c,
onde a é o comprimento do semi-eixo maior e c é a semi distância focal.
Pela Conservação do Momento Angular:

a -c
L = mq xv, = mr2 xv.2 => v,.(a + c) = v2.(a - c) => v, v2-------
a+c

Pela Conservação da Energia Mecânica:

mv2 GMm mv2 GMm v2 -v2 =2GMÍ—------- 1


Em, = Em2 ”2” 2 1
a+c a-c (a-c a+c
v2 — v2 í———1 =2GmÍ—------
1 1 1 1 ( 1 1
=> v2(a-c)2 = 2GM ——- =>
a-c a+c _(a-c)>2: (a + c)2. l a-c a + c
v2(a - c)2 i f—+— 2GmÍ—> v2(a-c)/ 2a
= 2GM
a + c)(a-c a + c a+c (a + c}(^€)
GM(a + c) GM(a + c) [GM(a-c)
vl = a(a-c)
=> V2=Vmax
y a(a-c)
V1 = vmin =
V a(a + c)

Pode-se escrever estas velocidades em função da excentricidade e = c/a da elipse:

GM(1 + e) GM(1-e)
v2 = vmax e v, vmi„ =
a(1-e) a(1 + e)

Como a circunferência pode ser considerada uma elipse degenerada, em que a distância
focal é nula (2c = 0), estes dois resultados concordam com a velocidade orbital no caso de órbita
circular, uma vez que c = 0 implica

[GM
V mm
• = Vmax v“~V a ’

onde a é o raio da órbita circular.

Com os valores de vmin ou vmax é possível determinar o valor do módulo do momento


angular do planeta, valor este sabidamente constante:

L = mf2 x v2 L = mr2vmax = m(a-c).


GM(a + c) 'GM(a2-c2).mb,gM
a(a-c) a Va

Em função da excentricidade da elipse, o módulo do momento angular fica da forma:

L = m^GMa(1-e2)

254
ELEMENTOS DA FÍSICA

Energia Mecânica em Órbita Elíptica

É possível calcular o valor constante da energia mecânica de um planeta, de massa m, em


órbita elíptica em torno de uma estrela, de massa M. Para tanto, basta substituir o valor da
velocidade máxima ou mínima na expressão da energia mecânica:

mv? GMm mGM(a-c) GMm GMmf a-c .A GMm (a-c-2a)


2 a+c 2 a(a + c) a+c a+c 2a J a+c 2a
Em GMm GMm
Em =-----------
a-<c^ 2a 2a

Este resultado é um tanto surpreendente, pois a energia mecânica em órbita elíptica


depende apenas no semi eixo maior (ou raio médio da órbita), independendo de outras elementos
da elipse, como do semi eixo maior b e da excentricidade. Note que este resultado concorda

totalmente com o resultado da energia mecânica em órbita circular: - onde r é o raio da

órbita circular. Isto ocorre desde que, fazendo os focos coincidirem, a elipse se torna uma
circunferência, onde o raio r será igual ao semi eixo maior a.

Velocidade em um Ponto Arbitrário da Órbita

De posse da expressão da energia mecânica é


M i possível determinar o valor da velocidade em um ponto
\ qualquer da órbita elíptica do planeta. Observe a posição do
r ; planeta na figura ao lado, onde, em relação à estrela, o vetor
I posição do planeta é r e a velocidade é v. Pela conservação
v
; m
da energia mecânica:
2a

GM^rí ,nív2 GM^í GM GM


=> v=
LMf2 1
GM — — —
2a ~~2 r ~ 2 r 2a l r a

Esta expressão demonstra, matematicamente, um resultado já concluído de forma


qualitativa. Quanto maior r, menor v e quanto menor r, maior v. Isso justifica que a maior
velocidade do planeta ocorre na posição mais próxima da estrela, que é o vértice da elipse, ao
longo do eixo maior, mais perto do foco da elipse. Do mesmo modo, a menor velocidade do
planeta ocorre na posição mais distante da estrela, que é o vértice da elipse, ao longo do eixo
maior, mais longe do foco da elipse.

Perceba também que a expressão v =


L./2 1
concorda totalmente com os valores
GM---- —
V a
calculados para as velocidades máxima e mínima em órbita elíptica. Se r = a + c segue que
fGM(a-c) GM(a + c)
V1 = Vmln e se r = a - c segue que v2 = vmax
a(a + c) a(a-c)

A expressão da velocidade garante que a velocidade de um planeta em órbita elíptica


depende apenas do semi eixo maior da elipse (ou raio médio da órbita) e da distância r do planeta
à estrela no ponto onde se deseja determinar a velocidade, independendo de outros elementos da
elipse, como o eixo menor e a excentricidade.

255
ELEMENTOS DA FÍSICA
•i
Velocidade Areolar
Segundo a 2a Lei de Kepler, o segmento que une o Sol a
um planeta descreve áreas iguais em intervalos de tempo
iguais. No item sobre o momento angular, foi demonstrado que
a taxa temporal como que a área é varrida pelo vetor posição é
dA L
igual a — = —, que de fato é constante, uma vez que L e m
dt 2m
dA
são valores constantes. À razão — denomina-se velocidade
dt
areolar. Apesar de ser uma velocidade, a unidade no SI não é m/s e sim m2/s, pois se trata da
razão de uma área pelo tempo. Como L = m-7GMa(1 - e2), onde a é o semi eixo maior da elipse e
e é a excentricidade da elipse, o valor da velocidade areolar de um planeta vale:

dA L Xí\/GMa(1-e2) ^GMaQ-e2)
dt 2m 2]rf\ 2

Em função do semi eixo maior a (ou raio médio da órbita) e do semi eixo menor b da elipse
tem-se:

dA b ÍGM
dt ” 2 V a

Ao contrário da expressão da velocidade em uma posição arbitrária da órbita elíptica (que,


dentre os elementos principais de uma elipse, depende apenas do semi eixo maior a), a
velocidade areolar depende tanto do semi eixo maior a (ou raio médio da órbita) quanto do semi
eixo menor b da elipse.

Período de Revolução em Órbita Elíptica

Como a velocidade areolar de um planeta em órbita elíptica é constante, pode-se


considerar para seu cálculo qualquer tempo no movimento do planeta, inclusive o tempo
necessário para o planeta dar uma volta completa em torno da estrela. Neste caso, o vetor
posição do planeta, considerando como origem a posição da estrela, varre a área total da elipse:

dA A 7ra/ _/ ÍGM T = 2nJ-^—


dt T T ~ 2 V a Vgm
Observando esta expressão, pode-se conclui que:

i) Esta expressão concorda com o período em órbita circular: T =


fT2"" , considerando que

uma circunferência é obtida fazendo os focos de uma elipse coincidirem, onde o semi eixo maior a
da elipse (ou raio médio da órbita) se transforma no raio r da circunferência.
ii) De forma semelhante às expressão da energia mecânica e da velocidade em uma posição
arbitrária, ambos em órbita elíptica, o período em órbita elíptica também independe do semi eixo
menor b e da excentricidade e da elipse.

256
ELEMENTOS DA FÍSICA

COORDENADAS POLARES

Uma definição geral das cônicas pode ser dada


r por:

Dados uma reta r e um ponto F não


pertencente à reta. Uma cônica pode ser definida
como o lugar geométrico dos pontos cuja razão das
distâncias ao ponto F e a reta r é uma constante real
positiva que depende de cada curva. Esta constante
será chamada de excentricidade. A reta r será
♦ chamada de diretriz e o ponto F dado será chamado
d
de foco.

d(P.F)
Em linguajar matemático tem-se que e =
d(P,r)'

Desenvolvendo esta expressão chega-se a

ed . „
— = 1 + e.cos0 ,
r

onde d é a distância entre o foco e a diretriz, r =PF e 0 é o ângulo formado por PF e a reta que
passa por F e é perpendicular à diretriz. Esta expressão recebe o nome de equação polar da
ed
cônica. Dependendo do valor da excentricidade, a expressão — = 1 + e.cos0 representa todas as

possíveis cônicas, a saber:

1) se 0 < e < 1 a cônica é uma elipse;


2) se e = 1 a cônica é uma parábola;
3) se e > 1 a cônica é uma hipérbole.

Além disso, sabe-se que se e = 0 a curva descrita é uma circunferência.

Suponha que uma sonda será lançada de um


ponto A, distando r0 do centro da Terra, com um vetor
velocidade v0 perpendicular a tomando o centro da
Terra como origem do sistema de coordenadas polares.
Dependendo da energia transferida para a sonda na fase
de propulsão, a mesma pode percorrer quatro tipos de
trajetórias, sendo duas curvas fechadas (circunferência ou
elipse) e duas curvas abertas (parábola ou hipérbole).
Pode-se demonstrar que a equação em coordenadas
polares da trajetória da sonda é da forma:

1 1 f. GM | „GM GM
- = — 1------- 5- Icos0 + ——
r ro l rroovvoo ) 1foVo

onde Méa massa da Terra, r é o módulo do vetor posição


r e 0 o ângulo formado por r e q>. A demonstração
desse resultado requer conhecimentos de resolução de
equação diferencial de segunda ordem, que foge totalmente ao objetivo deste livro.

257
LELEMENTOS DA FÍSICA

ed
Comparando com a equação polar geral de uma cônica — = 1 + e.cos0, conclui-se que a
excentricidade da cônica vale

e=^-1
GM

A partir dos possíveis valores da excentricidade, tem-se as possíveis trajetórias da sonda,


associadas às velocidades v0 de lançamento, com v0 ± r0 .
Trajetória hiperbólica
e> 1 ---- |gm . . ,
1) Se e = 0, ou seja v0 = I----- , a trajetória da

Trajetória parabólica sonda é circular;


e- 1 ÍGM I2GM
2) Se 0 < e < 1, ou seja
Trajetória elíptica
e< 1 trajetória da sonda é elíptica;
I2GM t .
3) Se e = 1, ou seja v0 = I------ , a trajetória
Trajetória \ ro
\ circular 5
da sonda é parabólica;
2GM . . •
4) Se e > 1, ou seja v0 I------ , a trajetória
r0
da sonda é hiperbólica;
5) Se e < 0, ou seja v0 < , a sonda irá
V ro
colidir com a superfície da Terra.

Perceba que estes resultados são válidos para situações em que o objeto que está sendo
lançado (sonda, satélite, foguete, ônibus espacial, ...) se utilize de propulsão exclusivamente no
momento do lançamento. Caso o objeto possa acionar motores propulsores após o lançamento, o
mesmo pode alterar sua trajetória, passado, por exemplo, de uma trajetória circular para uma
elíptica, apenas expelindo gases propulsores na direção desejada.

258
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) (Unesp-08) A órbita de um planeta é elíptica e o Sol ocupa um de seus focos, como ilustrado
na figura (fora de escala). As regiões limitadas pelos contornos OPS e MNS têm áreas iguais a A.

P, M
A N
A
s
o

Se top e tMN são os intervalos de tempo gastos para o planeta percorrer os trechos OP e MN,
respectivamente, com velocidades médias v0P e vMN, pode-se afirmar que
A) top > Ímn e Vop < Vmn- D) top > tMN e vOp > vMn-
8) top = Ímn e Vqp > Vmn- E) top < tMN e Vop < vMn-
C) top = Ímn e Vop < Vmn-
Solução: Alternativa B
A lei das áreas de Kepler afirma que o segmento de reta que liga o Sol ao Planeta, varre áreas
iguais em intervalos de tempos iguais. Como as áreas são iguais, segue que top = tMN-
Como os arcos OP e MN são descritos no mesmo intervalo de tempo e os arcos são tais que
OP > MN, então vOp > vMn-

ER2) (Unesp-05) Se a massa e o raio da Terra dobrassem de valor, o peso P de uma pessoa (ou
a força com que a Terra a atrai) na superfície do planeta seria, desconsiderando outros efeitos,
a) quatro vezes menor.
b) duas vezes menor.
c) o mesmo.
d) duas vezes maior.
e) quatro vezes maior.
Solução: Alternativa B
Sabe-se que F = —GMm
J^,m-. Assim, se M1 = 2M e R' = 2R tem-se:
R2
GM'm G(2M)m 2GMm 1 GMm F
F’
~ R'Í2z- (2R)2 4R2 ~2 R2 2
Assim, 0 peso seria duas vezes menor

ER3) (UFRJ-05) Um satélite geoestacionário, portanto com período igual a um dia, descreve ao
redor da Terra uma trajetória circular de raio R. Um outro satélite, também em órbita da Terra,
descreve trajetória circular de raio R/2. Calcule o período desse segundo satélite.
Solução:
Como os dois satélites orbitam em torno de um mesmo planeta, as constantes de Kepler de cada
satélite são iguais:
1_1 => (£ 1 => 1=1O => T2
1
—= dias => T2 = 8he29min
R? R2 R3 (R / 2)3 2>/2

259
ELEMENTOS DA FÍSICA
«i
ER4) (UFRGS) O cometa de Halley atingiu, em 1986, sua posição mais próxima do Sol (periélio)
e, no ano de 2023, atingirá sua posição mais afastada do Sol (afélio).

(1986),-' Sol "''(2023)


- -<3^
periélio ' ''afélio

Assinale a opção correta:


a) Entre 1986 e 2023 o cometa terá movimento uniforme.
b) Entre 1986 e 2023 a força gravitacional que o Sol aplica no cometa será centrípeta.
c) Ao atingir o afélio, no ano de 2023, a energia potencial gravitacional do sistema Sol-cometa
será máxima.
d) A energia potencial gravitacional do sistema Sol-cometa foi máxima no ano de 1986.
e) No ano de 2041 a energia potencial do sistema Sol-cometa será máxima.
Solução: Alternativa C
Vamos analisar cada alternativa:
a) em uma órbita elíptica o módulo da velocidade é variável, ou seja, o movimento não é uniforme.
Alternativa Incorreta
b) A força gravitacional é direcionada do do cometa para o Sol, que não está no centro da órbita
elíptica e sim ocupando um dos focos, fazendo com que a força gravitacional não seja centrípeta.
Alternativa Incorreta
GMm
c) A energia potencial gravitacional é dada por - , onde d é a distância entre o cometa e o
d
GMm
So. No afélio o valor de d é máximo, implicando que + seja mínimo e, consequentemente,
d
GMm
que Ed = seja máximo. Outra maneira de concluir é verificar que a energia mecânica é
H d
constante e no afélio a energia cinética é mínima, pelo fato da velocidade apresentar seu menor
valor. Logo, a energia potencial gravitacional é máxima no afélio. Alternativa Correta
d) No item anterior foi demonstrado que a energia potencial gravitacional é máximo no efélio.
Alternativa Incorreta
e) O semi período do cometa vale 2023 - 1986 = 37 anos. Em 2041 o cometa terão passados
2041 - 2023 = 18 anos depois de passar pela posição do afélio, ou seja, o cometa estará em
algum ponto entre o afélio e o periélio, não apresentando energia potencial gravitacional máxima,
fato que acorre apenas no afélio. Alternativa Incorreta

ER5) (ITA-04) Uma estrela mantém presos, por meio de sua atração gravitacional, os planetas
Alfa, Beta e Gama. Todas descrevem órbitas elípticas, em cujo foco comum se encontram a
estrela, conforme a primeira lei de Kepler. Sabe-se que o semi-eixo maior da órbita de Beta é o
dobro daquele da órbita de Gama. Sabe-se também que o período de Alfa é V2 vezes maior que
o período de Beta. Nestas condições, pode-se afirmar que a razão entre o período de Alfa e o
Gama é:
a) V2 b) 2 c)4 d) 4>?2 e) 6^2
Solução: Alternativa C
Utilizando a lei dos períodos, formulada por Kepler:
t2 t2 Ti t2 T2 „
Fg 'p = Tg = 'p 2 1
p3 n3 n3 p3 n3 p3
16
*'a "r *'a Rr

4=4
R? R’
=> ^=
TY
ví'166 => 4=4
Ty

260
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER6) (ITA-91) Um satélite artificial geo-estacionário permanece acima de um mesmo ponto da


superfície da Terra em uma órbita de raio r. Usando um valor de RT = 6400 km para o raio da
Terra. A razão r/RT é aproximadamente igual a: Dado g = 9,8 m/s2.
a) 290 b) 66 c) 6,6 d) 11,2
e) Indeterminada pois a massa do satélite não é conhecida.
Solução: Alternativa C
GM
I) Como a aceleração da gravidade a uma distância r > R do centro da Terra vale g = -y segue

R2
que g = gT-y.

Como a força de atração gravitacional é uma resultante centrípeta:


3
Fcp = P =>
2
mcor=mg =>
2 R2
co2r = gT-r =>
4n2 _ fRY
—R = gTl —I ± = 3Í gTT2
R V 4n2R
r I (9,8)(24.3600)
—=3 1=6,6
R V 4(3,14)2 (6,4.106)

ER7) (ITA-99) Considere a Terra uma esfera homogênea e que a aceleração da gravidade nos
pólos seja de 9,8 m/s2. O número pelo qual seria preciso multiplicar a velocidade de rotação da
Terra de modo que o peso de uma pessoa no Equador ficasse nulo é:
a)4n b) 2n c) 3 d) 10 e) 17
Solução: Alternativa E
Considere o referencial solidário à pessoa, ou seja, o referencial gira
com velocidade angular a>. Como o peso é nulo:
F'cp = F0 => mco,2R = mg => co' = (g/R)1/2 =>
co' = (9,876,4.106)1/2 = 1.24.10"3 rad/s
A velocidade angular da Terra vale:
coo = 2n/T = 2(3,14)7(24.3600) = 7,27.10'5 rad/s
Logo: co7co0=17

ER8) (ITA-06) Lançado verticalmente da Terra com velocidade inicial Vo, um parafuso de massa m
chega com velocidade nula na órbita de um satélite artificial, geoestacionário em relação à Terra,
que se situa na mesma vertical. Desprezando a resistência do ar, determine a velocidade Vo em
função da aceleração da gravidade g na superfície da Terra, raio da Terra R e altura h do satélite.

......
h

zní^*-
R/

Solução:
Por conservação da energia mecânica, tem-se
1/2
mvp GMm GMm R
onde GM = gR2, que substituindo: v0 = 2gR 1 -
2 R R+h’ R+h

261
ELEMENTOS DA FÍSICA
i

ER9) (ITA-17) Com os motores desligados, uma nave executa uma trajetória circular com período
de 5400 s próxima á superfície do planeta em que órbita. Assinale a massa especifica média
desse planeta
A ( ) 1,0 g/ cm3 B( )1,8g/cm3 C ( ) 2,4 g/ cm3
D ( ) 4,8 g/ cm3 E( ) 20,0 g/cm3
Solução: Alternativa D
A força de atração gravitacional que o planeta exerce sobre a nave é uma resultante centrípeta:
nLYÍ = m.-p.G.n.R => v2 = —.p.G.n.R2 2nR I2 4
Fc=Ffl | = —.p.G.n.R2
R 3 3 T
n p.G 3n 3,3,14
=> p = 4,8 g /cm3
Gt2 P 6,7.10-11.(5,4.103)2

ER10) (IME-89) Um astronauta em traje espacial e completamente equipado pode dar pulos
verticais de 0,5 m na Terra. Determine a altura máxima que o astronauta poderá pular em um
outro planeta, sabendo-se que o seu diâmetro é um quarto do da Terra e sua massa específica
dois terços da terrestre. Considere que o astronauta salte em ambos os planetas com a mesma
velocidade inicial.
Solução:
Representando as massas dos planetas em função da densidade e do raio segue que:
IVL. =dTVT = dT-nR3 e Mp = dpVp = dP — jtRp => !^p. = ^p5e.
T T T3 T p p p p 3 p MT dT R3
Logo, a razão entre as acelerações das gravidades dos planetas vale:
GMP
gP Rp Mp R2 dp Rp R2 dp Rp 21^ 2
9t GM T M t R2 " dT R3 Rp dT Rt " 3 4 6
R2

Como as velocidades iniciais são iguais: v2 = 2gPhP = 2gThT => hp = —hT =6.0,5 = 3,0m
9p

ER11) (ITA-94) Deixa-se cair um corpo de massa m da boca de um poço que atravessa a Terra,
passando pelo seu centro. Desprezando atritos e rotação da Terra, para R > |x| o corpo fica sob
ação da força F = — m.g.x/R, onde a aceleração gravitacional g = 10,0 m/s2, o raio da Terra R =
6,4.10® m e x é a distância do corpo ao centro da Terra (origem de x). Nestas condições podemos
afirmar que o tempo de trânsito da boca do poço ao centro da Terra e a velocidade no centro são:
a) 21 min e 11.3.103 m/s b) 21 min e 8,0.103 m/s c) 84 min e 8,0.103 m/s
<_
d) 42 min e 11,3.103 m/s e) 42 min e 8,0.103m/s
Solução: Alternativa B
A expressão fornecida da força pode ser demonstrada:
GM'm
A força resultante no corpo é da forma F = - , onde M' é a
x2
massa da esfera concêntrica da Terra e de raio x. Deste modo, como
x3
a densidade é admitida como constante: M' = M—.
R3
, GM'm Gm Mx3 GMm mg
Logo: F = -—=—=---- 5------ z- =-------r~x =-----
— 2x
x2 x2 R3 R3 R
Deste modo, a força é de restituição (devido ao sinal negativo) e
proporcional à posição, ou seja, o movimento é um MHS.

A constante elástica equivalente do MHS vale k =-j~

Pela fórmula do período de um MHS segue que:

262
ELEMENTOS DA FÍSICA

6,4.106
2(3,14), = 5026,56 s s 84 min
10,0
Note que o tempo para ir da superfície ao centro da Terra é igual a um quarto do período do MHS:
t = T/4 = 21 min
A velocidade máxima também pode ser determinada a partir do MHS equivalente:
Vmzx = co.R = 2rt.R/T = 2n(6,4.106)/(5026,56) = 8.0.103 m/s

ER12) (ITA-09) Lua e Sol são os principais responsáveis pelas forças de maré. Estas são
produzidas devido às diferenças na aceleração gravitacional sofrida por massas distribuídas na
Terra em razão das respectivas diferenças de suas distâncias em relação a esses astros. A figura
mostra duas massas iguais, m-i = m2 = m, dispostas sobre a superfície da Terra em posição
diametralmente opostas e alinhadas em relação à Lua, bem como uma massa m0 = m situada no
centro da Terra. Considere G a constante de gravitação universal, M a massa da Lua, r o raio da
Terra e R a distância entre os centros da Terra e da Lua. Considere, também, fOz, fiZ e f2z as forças
produzidas pela Lua respectiva mente sobre as massas m0, m, e m2. Determine as diferenças (fiz -
-j
f«z) e (f2z - fOz) sabendo que deverá usar a aproximação--------- = 1 +ax, quando x «1.
(1 + x)a

Solução:
GMm, Gmmn . GMm2
Interação entre m0, mb m2ea lua: fOz = -jfiz =
R2 (R-r)2

" + r))2‘
(R R2
fiz ~ foz= GM .
m2 GMm0 => fiz-foz=-|^[(1 + r/R)-2 m, -m0]
R2(1 + r/R)2 R2
Fazendo x = 1 -> (1 + r / R)~ = 1-* GM 2r
=> flz-foz=-2- mi-mo
R R' R
2GMmr
Como m1=m0=m, temos: f1z - fOz = - (1)
R3
f f - GM I 1-1 GM 2r
m2 -m0 => f2z - foz - —r 1 + — |m2 -m0
R R' R
2m,r
f2z-f0z- -^5-pm2 + —------ m0
r\
2GMmr
Como m0=m2=m, temos f2z - fOz = + R3 (2)

ER13) (ITA-03) Variações no campo gravitacional na superfície da Terra podem advir de


irregularidades na distribuição de sua massa. Considere a Terra como uma esfera de raio R e de
densidade p, uniforme, com uma cavidade esférica de raio a, inteiramente contida no seu interior.
A distância entre os centros O, da Terra, e C, da cavidade, é d, que pode variar de 0 (Zero) até
R-a, causando, assim, uma variação do campo gravitacional em um ponto P, sobre a superfície
da Terra, alinhado com O e C. (Veja a figura). Seja Gi a intensidade do campo gravitacional em P
sem a existência da cavidade na Terra, e G2, a intensidade do campo no mesmo ponto,

263
ELEMENTOS DA FÍSICA

considerando a existência da cavidade. Então, o valor máximo da variação relativa: (G, - G2) / G1t
que se obtém ao deslocar a posição da cavidade, é:

a) a3/[(R - a)2R] b) (a/R)3 c) (a/R)2 d) a/R e) nulo.


Solução: Alternativa D
G —G
Da equação: AG=——- , verifica-se que para AGmáx =>G2(mln), isso ocorrerá quando o centro da

cavidade se encontrar a uma distância (R - a) do ponto O, portanto:


f GM GM'
AGmáx
1-^=>AG máx = 1-
R^__ al , onde M’ é a massa equivalente à cavidade.
G1 GM
R2
R2M' R2 a3 a
4Gmáx = 1 -1 + , sendo (p) constante: AGmàx = p- ’ ^3
R

ER14) (IME-82) Mostre que o raio r da órbita da Lua pode ser determinado a partir do raio R da
Terra, da aceleração da gravidade g na superfície da Terra e do tempo T necessário para a Lua
descrever uma volta completa em torno da Terra, ou seja, r= f(g, R, T).
Solução:
Sabe-se que a aceleração da gravidade na superfície da Terra vale g = --^T- e que o período da
R
r3
Lua em torno da Terra é T = 2n.
\gmt
gR2T2
Assim: T2 = 4rr2 r=?
gR 4n2

ER15) (ITA-16) Considere duas estrelas de um sistema binário em que cada qual descreve uma
órbita circular em trono do centro de massa comum. Sobre tal sistema são feitas as seguintes
afirmações:
I. O período de revolução é o mesmo para as duas estrelas.
II. Esse período é função apenas da constante gravitacional da massa total do sistema e da
distância entre ambas as estrelas.
III. Sendo R, e R2 os vetores posição que unem o centro e massa dos sistema aos respectivos
centros de massa das estrelas tanto R, como R2 varrem áreas de mesma magnitude num mesmo
intervalo de tempo.
Assinale a alternativa correta.
a) Apenas a afirmação I é verdadeira. b) Apenas a afirmação II é verdadeira.
c) Apenas a afirmação III é verdadeira. d) Apenas as afirmações I e II são verdadeiras.
e) Apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
Solução: Alternativa D

264
ELEMENTOS DA FÍSICA

I. Como os corpos sempre se mantém alinhados com o centro


de massa comum, a velocidade angular dos corpos é igual,
fazendo com que período seja o mesmo. VERDADEIRA
\ \ II. Pelo cálculo do centro de massa, tem-se que a distância do
r2 corpo de massa m, ao CM, sendo d a distância entre as
mi! \JCM ! m2l estrelas, é q = ■ rr'2-—. Analisando as forças:
» / ' rrq + m2
Gm,m2 2 Gm2
Fg = Fcp rr^cü q
qd2

d3
T = 2n ---------- VERDADEIRA
Gím, + m2)
III. A área varrida por unidade de tempo da estrela vale — = ^Ü- = — r.2. Como as velocidade
At 2At 2 1
angulares são iguais, a área varrida pelas estrelas seria igual apenas se os raios fossem iguais.
FALSA

ER16) Considere um anel homogêneo de massa M e raio R.


a) Calcule a força gravitacional exercida pelo anel sobre uma partícula de massa m localizada à
distância x do centro do anel, ao longo do seu eixo?
b) Suponha que a partícula caia a partir do repouso, como resultado da atração do anel. Encontre
uma expressão para a velocidade com que ela passa através do centro do anel.
Solução:
a) Considere um diferencial de arco de circunferência
dMfí do anel Rd0, com massa dM, que provoca uma força
d<fí'R um diferencial de força dF na partícula. Pela simetria
dF
díy da figura, conclui-se que, ao executar uma volta
a . . . . . r .
completa no anel, as componentes y e z da força são
rfF.r "dF: anuladas. Assim, a força resultante é dada por:
w F = JdFcosa _ [•< GmdM 'j
Gmx
n- " J Ir2 + x2 J Vfl—
:2 + x2 = íJ 7(R2 +x2):
= dVI

Como a densidade do anel é constante:


M
p =----- dM ... Md0
=> dM =------
2nR RdG 2tt
Gmx Md9 GMmx zxJn
r2n GMmx nx GMmx
Logo: F = j d0 = (2n-0) =
7(R2+x2)3 2tt7(R2
2n7(R 2++xx22))33 Jo 2tt-J(R2 + x2)3 yJ(R2+x2)3
b) A energia potencial do sistema formado por cada diferencial de massa dM e a partícula de
, ,,, GmdM .
massa m vale dU = —, . Assim:
r + x2V 2
u=XdU=sf 00 00 \
Gm
Vr^TT"
dM =-
Gm
Vr2 + x2 «
VdM = - ,GmM ■
VR2 +x2
Pela conservação da energia mecânica:
GmM mv2 GMm 1 1
=> v= 2GM----
7r2+x2 2 R R Vr2+X2

W I II >

265
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER17) Uma partícula de massa m está a um distância d de uma barra uniforme de comprimento L
e massa M. Qual a intensidade da força de interação gravitacional devido à barra?
M
mO’ □
4- ■x
d L
Solução:
r A força resultante na partícula é a soma
"►dM
_. da contribuição de infinitos elementos
mO’ I I —* infinitesimais de massa dM, onde a
—► dr-<—
■4 >◄------------------- r distância destes elementos à partícula
d L varia desde d até d + L.
O diferencial de força gravitacional dF
Gm
devido à dM vale dF —-j-dM. Como a barra e uniforme segue que dM = —dr. Assim:
r L
rGMm GMm rL+d 1 , GMm L+d 1 GMm<2 1 GMm
F j|PdM dr = -------
L Jd r2
-v dr =-------
L r r L d L+d d(L + d)

ER18) Um projétil será lançado do fundo de uma cratera, que foi cavada em um planeta de raio R,
com a velocidade de escape da superfície do planeta. Determine a profundidade h da cratera de
modo que a altura máxima alcançada pelo projétil seja igual a h.
Solução:
Sabe-se que a energia potencial gravitacional, entre um
planeta de massa M e uma partícula de massa m, em um
GMm(3R2 -r2)
ponto no interior de um planeta vale U(r) = -
2R3
* onde r é a distância entre a partícula e o centro do planeta.
* Sabe-se também que a velocidade de escape da superfície de
, t . Í2GM
um planeta vale ve = J-
Pela conservação da energia mecânica:
Xv3 GMXÍ[3R2-(R-h)2j _ GM/rí __
2 2R3 R+h
2PKÍ ^tVf(3R2 -R2 +2Rh-h2) 1_ 2R2 +2Rh-h2 1
2R 2R3 R+h R 2R3 R+h
2R2 -2R2 -2Rh + h2 1 h2 -2Rh 1
=> h(h - 2R)(R + h) = - 2R3
2R3 R+h 2R3 R+h
h3 - Rh2 - 2R2h + 2R3 = 0 => h2(h - R) - 2R2(h - R) = 0 => (h - R)(h2 - 2R2) = 0 =>
h = R ou h = y[2R
Perceba que a resposta h = -JlR e válida uma vez que as posições definidas por h = R e
h = V2R possuem a mesma energia potencial gravitacional.

ER19) (ITA-14) Considere dois satélites artificiais S e T em torno da Terra. S descreve um órbita
elíptica com semieixo maior a, e T, uma órbita circular de raio a, com respectivos vetores posição
rs e rr com origem no centro da Terra. É correto afirmar que
A ( ) para o mesmo intervalo de tempo, a área varrida por rs é igual à varrida por rr.
B ( ) para o mesmo intervalo de tempo, a área varrida por rs é maior que a varrida por rr.
C ( ) o período de translação de S é igual ao de T.
D ( ) o período de translação de S é maior que o de T.
E ( ) se S e T tem a mesma massa, então a energia de S é maior que a de T.
Solução: Alternativa C

266
K ELEMENTOS DA FÍSICA

Suponha que r, seja a minima distância de S ao centro da Terra e r2 a máxima distância de S ao


centro da Terra. Suponha também que b é o semieixo menor da órbita elíptica de b, ou seja, b < a.
Deste modo o raio médio da órbita de S vale RmS = í^- = ^- = a. Deste modo, pela 3a Lei de

Kepler: X = X Í= => Ts = Tt => os períodos de S e T são iguais


R*s R3T a3 a3
Logo, a alternativa C é correta e a alternativa D é incorreta
q — Tiab
Ss-7iab => vareolardeS —
^areolardeS =_s=
-r- —
's 1
ST na2
ST = na2 => Vareolar de T — -p — -p

Como b < a então vareO|ardeS < vareoiardeT => alternativas A e B são incorretas
I 2GMr~
Sabe-se que v2 = lr2(ri+r2) , então:

: _mv2 GMm m 2GMq GMm GMm GMm GMm


E,■mS-------
r2 Zr^+rJ r2 r2 r,+r2 J ri+r2 2a
mv2 GMm m GM GMm GMm
E,■mT------- —EmS = EmT => a alternativa E é incorreta
a 2 a a 2a

ER20) (ITA-12) O momento angular é uma grandeza importante na Física. O seu módulo é
definido como L = rpsen0, em que ré o módulo do vetor posição com relação à origem de um
dado sistema de referência, p o módulo do vetor quantidade de movimento e 0 o ângulo por eles
formado. Em particular, no caso de um satélite girando ao redor da Terra, em órbita elíptica ou
circular, seu momento angular (medido em relação ao centro da Terra) é conservado. Considere,
então, três satélites de mesma massa com órbitas diferentes entre si, I, II e III, sendo I e III
circulares e II elíptica e tangencial a I e III, como mostra a figura. Sendo Lh Lu e Lm os respectivos
módulos do momento angular dos satélites em suas órbitas, ordene, de forma crescente, Lh Lu e
Lm. Justifique com equações a sua resposta.

Solução:
Sejam v, e v2 as velocidades nos extremos da elipse, de módulo de vetor posição iguais,

respectivamente, a r, e r2: mnv, = mr2v2 => v2= —


r2
mv2
GMm mv2 GMm
Da conservação da energia mecânica:
T" r2

y2 2GM r2v2 2GM 2r2GM 2r1GM~ 2GMr,r2


v. *2 => L=m
r, r2 r2 Vi(ri+r2) rjíq+ç,) rl+r2

Assim: L, = m^/Grni; L„=m. L^m^G^


rl + rlll

Portanto, segue que L| < Lu < Lm.

267
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER21) (ITA-15) Uma nave espacial segue inicialmente uma trajetória circular de raio rA em torno
da Terra. Para que a nave percorra uma nova órbita também circular, de raio rB > rA, é necessário
por razões de economia fazer com que ela percorra antes uma trajetória semieliptica, denominada
órbita de transferência de Hohmann, mostrada na figura. Para tanto, são fornecidos à nave dois
impulsos, a saber: no ponto A, ao iniciar sua órbita de transferência, e no ponto B, ao iniciar sua
outra órbita circular. Sendo M a massa da Terra; G, a constante da gravitação universal; m e v,
respectivamente, a massa e a velocidade da nave; e constante a grandeza mrv na órbita elíptica,
pede-se a energia necessária para a transferência de órbita da nave no ponto B.

vb

Solução:
Pela conservação do momento angular:

m.vA.rA = m.vB.rB vA=vB>


•a
Pela Conservação da Energia Mecânica:
mvj GMm mvj GMm , , (111 |2 2 ( 1 1
2 rA 2 rB A — vBB =2GM -- ------ -
=* VÍ vi l-
rA. )
-vl =2GM -- -------
B <rA rB
rA IJa rBJ
v2 (rB - rA )(rB + rA ) = 2GM (rs ~ rA) 2GMrA
VB =
rA Ve rB(rA+rB)
ÍGM
A velocidade orbital em B, após a transferência de órbita deverá ser igual a vB' =
V rB
mvB' mv
111vB _ m GM 2GMrA GMm 1 2rA = GMm(rB -rA)
aeb ~2 2~ rB(rA+rB). rA + r B 2rB(rA +rB)

268
ELEMENTOS DA FÍSICA

potencialmente, vida. Se Gliese 581 g possui


massa 4 vezes maior e raio 1,2 vezes maior
.... .
que a Terra, qual a razão gT/gc entre as
E1) (UFPE-12) Um cientista descobre que um acelerações da gravidade nas superfícies da
planeta localizado fora do Sistema Solar é Terra e de Gliese 581 g?
orbitado por dois satélites, Alfa e Beta. O A) 1/0,3 B) 1/0,36 C)1
cientista mede os raios das órbitas circulares D) 0,36 E) 0,3
dos dois satélites e o período de Alfa ao redor
do planeta, construindo a tabela a seguir. E6) (UESPI-12) Um planeta órbita em um
Desconsidere as forças gravitacionais entre movimento circular uniforme de período T e
os satélites. O cientista conclui que o período raio R, com centro em uma estrela. Se o
de Beta, em horas, vale:______ período do movimento do planeta aumentar
Raio da órbita Período para 8T, por qual fator o raio da sua órbita
Alfa 10- km — 6h
Beta 4 , 10° km ~ ?
será multiplicado?
A) 1/4 B) 1/2 C) 2 D) 4 E) 8
E2) (UFPE-13) Um planeta realiza uma órbita
E7) (Unicamp-98) A figura abaixo representa
elíptica com uma estrela em um dos focos.
exageradamente a trajetória de um planeta em
Em dois meses, o segmento de reta que liga
tomo do Sol. O sentido do percurso é indicado
a estrela ao planeta varre uma área no plano
pela seta. O ponto V marca o início do verão no
da órbita do planeta. Em meses tal segmento
hemisfério sul e o ponto I marca o início do
varre uma área igual a . Qual o valor de ?
inverno. O ponto P indica a maior aproximação
do planeta ao Sol, o ponto A marca o maior
E3) (UFG-08) Considere que a Estação
afastamento. Os pontos V, I e o Sol são
Espacial Internacional, de massa M, descreve
colineares, bem como os pontos P, A e o Sol.
uma órbita elíptica estável em torno da Terra,
I
com um período de revolução T e raio médio
R da órbita. Nesse movimento,
(A) o período depende de sua massa.
(B) a razão entre o cubo do seu período e o
quadrado do raio médio da órbita é uma A----- SoT*""' p
constante de movimento.
(C) o módulo de sua velocidade é constante
Planeta^/
em sua órbita.
(D) a energia mecânica total deve ser
a) Em que ponto da trajetória a velocidade do
positiva.
planeta é máxima? Em que ponto essa
(E) a energia cinética é máxima no perigeu.
velocidade é mínima? Justifique sua resposta.
b) Segundo Kepler, a linha que liga o planeta ao
E4) (UESPI-09) Uma partícula é lançada
Sol percorre áreas iguais em tempos iguais.
verticalmente, a partir da superfície de um
Coloque em ordem crescente os tempos
planeta, com velocidade igual à velocidade de
necessários para realizar os seguintes
escape, ve, daquele planeta. Desprezando os
percursos: VPI, PIA, IAV, AVP.
atritos e a influência de outros planetas e
estrelas, o módulo da velocidade desta
E8) (Fuvest-01) A Estação Espacial
partícula a uma distância infinita do planeta
Internacional, que está sendo construída num
de origem é igual:
esforço conjunto de diversos países, deverá
A) a zero. B) a Ve/2
orbitar a uma distância do centro da Terra
C) à velocidade da luz. D) a 2ve
igual a 1,05 do raio médio da Terra. A razão R
E) a infinito.
= Fe/F, entre a força Fe com que a Terra atrai
um corpo nessa Estação e a força F com que
E5) (UESPI-11) Em setembro de 2010,
a Terra atrai o mesmo corpo na superfície da
cientistas anunciaram a descoberta do
Terra, é aproximadamente de
planeta Gliese 581 g, localizado fora do
a) 0,02 b) 0,05 c)0,10 d) 0,50 e) 0,90
Sistema Solar. O planeta órbita a estrela
Gliese 581, a 20 anos-luz de distância do Sol,
E9) (Unicamp-03) A terceira lei de Kepler diz
e tem temperaturas similares à do nosso
que “o quadrado do período de revolução de
planeta, o que gerou especulações de que ele
um planeta (tempo para dar uma volta em
poderia abrigar água em estado líquido e,

269
•t-- -- ' "EBW— • ■ - -• - ■

^ ELEMENTOS DA FÍSICA

torno do Sol) dividido pelo cubo da distância


do planeta ao Sol é uma constante”. A
distância da Terra ao Sol é equivalente a 1UA
(unidade astronômica).
a) Entre Marte e Júpiter existe um cinturão de
asteróides (vide figura). Os asteróides são
corpos sólidos que teriam sido originados do ■-W
resíduo de matéria existente por ocasião da
formação do sistema solar. Se no lugar do
4Rr
cinturão de asteróides essa matéria tivesse se
aglutinado formando um planeta, quanto
duraria o ano deste planeta (tempo para dar
uma volta em torno do Sol)? Determine
b) De acordo com a terceira lei de Kepler, o a) o período To do satélite, em minutos,
ano de Mercúrio é mais longo ou mais curto quando sua órbita está muito próxima da
que o ano terrestre? superfície. (Ou seja, está a uma distância do
centro da Terra praticamente igual ao raio da
a
’&• Cinturão do
j- Asteróides
Terra).
b) o período T4 do satélite, em minutos,
quando sua órbita está a uma distância do
centro da Terra aproximadamente igual a
Mercúrio
quatro vezes o raio da Terra.
Vênu»'
E12) (Fuvest-99) Um meteorito, de massa m
0.0 1.0 2.0 3.0 muito menor que a massa M da Terra, dela se
Unidades Astronômicas
aproxima, seguindo a trajetória indicada na
figura. Inicialmente, bem longe da Terra,
E10) (Unicamp-15) A primeira lei de Kepler podemos supor que sua trajetória seja
demonstrou que os planetas se movem em retilínea e sua velocidade v^. Devido á
órbitas elípticas e não circulares. A segunda atração gravitacional da Terra, o meteorito faz
lei mostrou que os planetas não se movem a uma curva em torno dela e escapa para o
uma velocidade constante. espaço sem se chocar com a superfície
(Adaptado Marvin Perry, Civilização Ocidental: uma história terrestre. Quando se afasta suficientemente
concisa. São Paulo: Martins Fontes, 1999, p. 289.)
É correto afirmar que as leis de Kepler da Terra, atinge uma velocidade final v2de
a) confirmaram as teorias definidas por forma que, aproximadamente, |v^| = |v^|,
Copérnico e são exemplos do modelo
podendo sua trajetória ser novamente
científico que passou a vigorar a partir da Alta
considerada retilínea. Ox e Oy são os eixos de
Idade Média.
um sistema de referência inercial, no qual a
b) confirmaram as teorias defendidas por
Terra está inicialmente em repouso.
Ptolomeu e permitiram a produção das cartas
X
náuticas usadas no período do descobrimento
da América.
c) são a base do modelo planetário
geocêntrico e se tornaram as premissas
científicas que vigoram até hoje.
d) forneceram subsídios para demonstrar o
modelo planetário heliocêntrico e criticar as
a--------- ------------------- X
posições defendidas pela Igreja naquela
época. Podemos afirmar que a direção e sentido da
quantidade de movimento adquirida pela
E11) (Fuvest-05) Um satélite artificial, em Terra são indicados aproximadamente pela
órbita circular em torno da Terra, mantém um seta:
período que depende de sua altura em a)1 b)2 c) 3 d) 4 e) 5
relação à superfície da Terra.
E13) (Fuvest-98) Estamos no ano 2095 e a
“interplanetariamente” famosa FIFA (Federação
Interplanetária de Futebol Amador) está

270
ELEMENTOS DA FÍSICA

organizando o Campeonato Interplanetário de 2 2


Rt Rt -h
Futebol, a se realizar em Marte no ano de 2100. d) gT e) gT
Ficou estabelecido que o comprimento do Rt +h Rt +h
campo deve corresponder à distância do chute
de máximo alcance conseguido por um bom E16) (UFRGS-12) Considerando que o
jogador. Na Terra esta distância vale LT = 100 módulo da aceleração da gravidade na Terra
m. Suponha que o jogo seja realizado numa é igual a 10 m/s2, é correto afirmar que, se
atmosfera semelhante à da Terra e que, como existisse um planeta cuja massa e cujo raio
na Terra, possamos desprezar os efeitos do ar, fossem quatro vezes superiores aos da
e ainda, que a máxima velocidade que um bom Terra, a aceleração da gravidade seria de
jogador consegue imprimir à bola seja igual à na a) 2,5 m/s2. b) 5 m/s2.~
. c) 10 m/s2.
Terra. Suponha que Mm/Mt = 0,1 e Rm/Rt = 0,5, d) 20 m/s2. e) 40 m/s2.
onde Mm e RM são a massa e o raio de Marte e
Mr e Rt são a massa e raio da Terra. E17) (UFTM-11) No sistema solar, Netuno é o
a) Determine a razão gw/gT entre os valores da planeta mais distante do Sol e, apesar de ter
aceleração da gravidade em Marte e na Terra. um raio 4 vezes maior e uma massa 18 vezes
b) Determine o valor aproximado LM, em metros, maior do que a Terra, não é visível a olho nu.
do comprimento do campo em Marte. Considerando a Terra e Netuno esféricos e
c) Determine o valor aproximado do tempo ím, sabendo que a aceleração da gravidade na
em segundos, gasto pela bola, em um chute de superfície da Terra vale 10 m/s2, pode-se
máximo alcance, para atravessar o campo em afirmar que a intensidade da aceleração da
Marte (adote gT = 10 m/s2). gravidade criada por Netuno em sua
superfície é, em m/s2, aproximadamente,
E14) (Fuvest-15) A notícia “Satélite brasileiro a) 9. b)11. c) 22. d) 36. e) 45.
cai na Terra após lançamento falhar”,
veiculada pelo jornal O Estado de S. Paulo de E18) (PUC/SP-04) A sonda Galileo terminou
10/12/2013, relata que o satélite CBERS-3, sua tarefa de capturar imagens do planeta
desenvolvido em parceria entre Brasil e Júpiter quando, em 29 de setembro deste
China, foi lançado no espaço a uma altitude ano, foi lançada em direção ao planeta depois
de 720km (menor do que a planejada) e com de orbitá-lo por um intervalo de tempo
uma velocidade abaixo da necessária para correspondente a 8 anos terrestres.
colocá-lo em órbita em torno da Terra. Para Considerando que Júpiter está cerca de 5
que o satélite pudesse ser colocado em órbita vezes mais afastado do Sol do que a Terra, é
circular na altitude de 720 km, o módulo de correto afirmar que, nesse intervalo de tempo,
sua velocidade (com direção tangente à Júpiter completou, em torno do Sol,
órbita) deveria ser de, aproximadamente, A) cerca de 1,6 voltas.
B) menos de meia volta.
Note e adote:
raio da Terra = 6 x 103 km C) aproximadamente 8 voltas.
24 D) aproximadamente 11 voltas.
massa da Terra = 6 x 10 kg
E) aproximadamente 3/4 de volta.
constante de gravitação universal 6 = 6,7 x 10 m3/(s2kg)
E19) (UFPR-08) A descoberta de planetas
a) 61 km/s b) 25 km/s c) 11 km/s
d) 7,7 km/s extra-solares tem sido anunciada, com certa
e) 3,3 km/s
freqüência, pelos meios de comunicação.
Numa dessas descobertas, o planeta em
E15) (Fuvest-16) A Estação Espacial
questão foi estimado como tendo o triplo da
Internacional órbita a Terra em uma altitude h.
massa e o dobro do diâmetro da Terra.
A aceleração da gravidade terrestre dentro
Considerando a aceleração da gravidade na
dessa espaçonave é
superfície da Terra como g, assinale a
Note e adote:
alternativa correta para a aceleração na
gr é a aceleração da gravidade na superfície
superfície do planeta em termos da g da
da Terra.
Terra.
Rréoraio da Terra.
,2 a) 3/4g. b) 2g. c) 3g. d) 4/3g. e) 1/2g.
.. íhY Rt -h
a) nula
)Srbd c) gT
Rr E20) (UFPR-10) Neste ano, comemoram-se
os 400 anos das primeiras descobertas
astronômicas com a utilização de um

271
ELEMENTOS DA FÍSICA

telescópio, realizadas pelo cientista italiano Em relação ao movimento desses dois


Galileu Galilei. Além de revelar ao mundo que satélites, ao longo de suas respectivas
a Lua tem montanhas e crateras e que o Sol órbitas, considere as seguintes afirmativas:
possui manchas, ele também foi o primeiro a 1. Os módulos da força gravitacional entre o
apontar um telescópio para o planeta Júpiter satélite SA e o planeta P e entre o satélite SB e
e observar os seus quatro maiores satélites, o planeta P são constantes.
posteriormente denominados de Io, Europa, 2. A energia potencial gravitacional entre o
Ganimedes e Calisto. satélite SA e o satélite SB é variável.
Satélite Raio orbital (10’ km) Massa (10- kg) 3. A energia cinética e a velocidade angular
são constantes para ambos os satélites.
Io 4 9
Assinale a alternativa correta.
Europa 6 5 a) Somente a afirmativa 1 é verdadeira.
Gan/meoes 15 b) Somente a afirmativa 2 é verdadeira.
Cat-sto X 11
c) Somente a afirmativa 3 é verdadeira.
d) Somente as afirmativas 1 e 2 são
Supondo que as órbitas desses satélites ao verdadeiras.
redor de Júpiter sejam circulares, e com base e) Somente as afirmativas 2 e 3 são
nas informações da tabela acima, assinale a verdadeiras.
alternativa correta. (Os valores da tabela
foram arredondados por conveniência) E23) (Ciaba-05) Seja um satélite geo-
a) A força de atração entre Júpiter e estacionário orbitando a Terra a 35000 Km de
Ganimedes é maior do que entre Júpiter e Io. distância e sabendo-se que o período de sua
b) Quanto maior a massa de um satélite, órbita é de 24 horas e o raio médio da Terra é
maior será o seu período orbital. de 6400 km, estime a velocidade tangencial
c) A circunferência descrita pelo satélite do satélite, em Km/h.
Calisto é quatro vezes maior que a (Dado: n = 3,1)
circunferência descrita pelo satélite Europa. ( a) 10695 ( b ) 12437 (c) 13246
d) A maior velocidade angular é a do satélite (d) 14638 (e) 15732
Calisto, por possuir maior período orbital.
e) O período orbital de Europa é E24) (Ciaba-06) Sabendo que a razão entre
aproximadamente o dobro do período orbital as massas do Sol e da Terra é de 329390 e
de Io. que a distância média entre eles é de 149 x
106 km, a velocidade média de translação da
E21) (UFPR-12) Dois satélites artificiais A e B Terra em volta do Sol, em km/h é de,
movimentam-se em órbitas circulares ao aproximadamente
redor da Terra. Sabe-se que o satélite B está DADOS: Constante de Gravitação Universal
quatro vezes mais longe do centro da Terra G = 6,67 x 10 "11 N.m2/kg2
do que o satélite A e que o período de Massa da Terra = 5,983 x 10 24 kg
revolução do satélite A é de 30 dias. Com (A)97241 (B)106927 (C)119721
esses dados, determine o período de (D)125643 (E)133241
revolução do satélite B.
E25) (Ciaba-13) Suponha dois pequenos
E22) (UFPR-13) Dois satélites, denominados satélites, Si e S2, girando em torno do
de SA e SB, estão orbitando um planeta P. Os equador terrestre em órbitas circulares
dois satélites são esféricos e possuem distintas, tal que a razão entre os respectivos
tamanhos e massas iguais. O satélite SB raios orbitais, n e r2, seja r2/r-i = 4 . A razão
possui uma órbita perfeitamente circular e o T2/T1 entre os períodos orbitais dos dois
satélite SA uma órbita elíptica, conforme satélites é
mostra a figura ao lado. (a)1 (b)2 (c)4
(d)8 (e)10

E26) (Ciaba-14) Dois satélites A e B


descrevem uma órbita circular em torno da
Terra. As massas e os raios são,
respectivamente, mA = m e mB = 3m, RA = Re
Rb = 3R. Considere as afirmativas seguintes:

272
ELEMENTOS DA FÍSICA

(I) A velocidade do satélite B é menor do que E30) (Espcex-11) Consideramos que o


a planeta Marte possui um décimo da massa da
velocidade do satélite A por possuir maior Terra e um raio igual à metade do raio do
massa. nosso planeta. Se o módulo da força
(II) A energia cinética do satélite A é menor do gravitacional sobre um astronauta na
que a do satélite B. superfície da Terra é igual a 700 N, na
(III) Considere a razão TVr3, onde T é o superfície de Marte seria igual a:
período e r é um raio de uma órbita qualquer. [A] 700 N [B] 280 N [C] 140 N
0 resultado da razão para o satélite A será [D] 70 N [E] 17,5 N
diferente do resultado para o satélite B.
(IV) A energia potencial entre o satélite A e a E31) (AFA-12) A tabela a seguir resume
Terra é igual a menos o dobro da sua energia alguns dados sobre dois satélites de Júpiter.
cinética. O mesmo vale para o satélite B. Com Diâmetro ~ da órbita
' Raio médio ‘
Nome aproximado em relação ao centro
relação a essas afirmativas, conclui-se que (km) de Júpiter (km)
(a) apenas a IV é verdadeira. 3.64.103 4,20.105
Io
(b) apenas a III é falsa.
(c) I e IV são falsas. Europa 3,14.10’ 6.72.105
(d) I e III são verdadeiras. Sabendo-se que o período orbital de Io é de
(e) apenas a II é verdadeira. aproximadamente 1,8 dia terrestre, pode-se
afirmar que o período orbital de Europa
E27) (Ciaba-14) Um satélite encontra-se em expresso em dia(s) terrestre(s), é um valor
órbita circular a 4800km de altura e em mais próximo de
determinado momento realiza uma mudança a) 0,90 b)1,50 c) 3,60 d) 7,20
de órbita, também circular, para uma altura de
1800 km. Considerar o raio da Terra como E32) (AFA-98) A aceleração da gravidade na
R=6400 km, a massa da terra como M=6 x superfície da Terra, de raio R, é g. Calcule a
1024 kg e a constante gravitacional como altura, em relação à superfície, na qual a
G=6,7 x 10‘11N.m2/kg2. Marque a opção que aceleração da gravidade valerá g/9.
indica, em valor aproximado, a) R b) 2R c) 3R d) 4R
respectivamente, a velocidade da órbita
inicial, a variação de velocidade, ao E33) (AFA-00) A altitude típica de um satélite
estabelecer a nova órbita, e o número de de comunicação é da ordem de 36000 km e o
voltas em torno da Terra na nova órbita, por raio da Terra é aproximadamente 6000 km.
dia. Designa-se por go, a aceleração da gravidade
(a) 25200 k/h, 21600 k/h e 24. nas vizinhanças da superfície terrestre e por
(b) 21600 k/h, 25200 k/h e 12. gs, a aceleração gravitacional da Terra, na
(c) 21600 k/h, 3600 k/h e 2. órbita do satélite. A partir dessas
(d) 21600 k/h, 25200 k/h e 2. considerações, o valor da razão go/gs é
(e) 21600 k/h, 3600 k/h e 12. a) 6 b) 7 c) 36 d) 49
E28) (Ciaba-15) Sabe-se que a distância E34) (AFA-07) A respeito de um satélite
média do planeta Terra ao Sol é de 1,5 x 1011 artificial estacionário em órbita sobre um
mea distância média do planeta Urano ao ponto do equador terrestre, afirma-se que
Sol é de 3 x 1012 m. Pode-se afirmar, então, I - a força que a Terra exerce sobre ele é a
que o período de revolução do planeta Urano, resultante
em anos terrestres, é aproximadamente centripeta necessária para mantê-lo em
(a)2^5 b)20
((b)20 ( c ) 40^5 órbita.
(d) 400 ( e)8000 II - o seu período de translação é 24 horas.
III - os objetos soltos em seu interior ficam
E29) (Espcex-03) Na superfície da Terra, flutuando devido à ausência da gravidade.
considerada uma esfera perfeita de raio igual Está(ão) correta(s)
a 6400 km, a aceleração da gravidade é igual a) apenas I. c) apenas II e III.
a g. Essa aceleração da gravidade ficará b) apenas I e II. d) I, II e III.
reduzida a g/9 a uma altura, a partir do solo,
igual a E35) (AFA-09) Dois corpos A e B, esféricos,
A) 9600 km. B) 12800 km. C) 16000 km. inicialmente estacionários no espaço, com
0)19200 km. E) 22400 km. massas respectivamente iguais a mA e mB,

273
ELEMENTOS DA FÍSICA

encontram-se separados, centro a centro, de o módulo da energia potencial gravitacional


uma distância x muito maior que os seus do sistema seja a maior possível, o valor de
raios, conforme figura abaixo. m, em kg, é
a) 300 b) 250 c) 200
d) 150 e) 100

X (ITA-65) Admitindo-se que a aceleração da


gravidade seja g = 9,81 m/S2 ao nível do mar,
Na ausência de outras forças de interação, pode-se dizer que, a uma altitude igual ao raio
existe um ponto P do espaço que se localiza da Terra acima do nível do mar (nível do mar
a uma distância d do centro do corpo A. entende-se como nível médio do mar):
Nesse ponto P é nula a intensidade da força
gravitacional resultante, devido à ação dos E39) a aceleração da gravidade vale
corpos A e B sobre um corpo de prova de aproximadamente:
massa m, ali colocado. Considere que os A) 2,45 m/S2 B) 4,90 m/s2 C) 9,81 m/s2
corpos A e B passem a se afastar com uma D) 19,62 m/s2 E) 2,45 newtons/kg
velocidade constante ao longo de uma
trajetória retilínea que une os seus centros e E40) a massa de 2,00 kg, aquela altura acima
que mA = 16mB. Nessas condições, o gráfico do Polo Sul cairia na vertical sob a ação de
que melhor representa d em função de x é. uma força inicial de:
a) c) 6<A A) 2,45 newtons B) 4,90 newtons
C) 9,81 newtons D) 29,62 newtons
E) 2,00 kgf
>x
b) r_t a E41) Um satélite de 4,00 kg, descrevendo
uma órbita circular no plano equatorial, aquela
altitude, estaria sujeito a uma aceleração
*X ->x centrípeta:
A)g/2 B)g4 C)2g D) g E) 4g
E36) (Escola Naval-08) Em uma certa galáxia,
planetas orbitam em torno de uma estrela, de E42) (ITA-71) A aceleração da gravidade a
massa M, de maneira semelhante a do nosso 3,600 x 10“ km acima da superfície da terra (o
sistema solar. Nesta galáxia, um planeta A raio da terra é igual a 6,40 x 103 km) vale
possui massa mA = m e outro planeta B, aproximadamente:
massa mB = 3m. Se o módulo da velocidade A) 2,23 x 10’1 m/s2; B) 1,48 m/s2;
de escape do planeta B é igual a duas vezes C) 9,82 m/s2; D)1,00m/s2;
o módulo da velocidade de escape do planeta E) Nenhuma das resposta acima é válida.
A, a razão entre os raios dos planetas RA/RB é
igual a E43) (ITA-67) Um pêndulo simples de
a)4 b)2 c) 2/3 d) 3/4 e) 4/3 comprimento L, tem um período T quando
oscila na Terra. Depois é levado da Terra a
E37) (Escola Naval-12) Dois pequenos um planeta “X” cuja massa é duas vezes a
satélites A e B, idênticos, descrevem órbitas massa da Terra e o raio é duas vezes o raio
circulares ao redor da Terra. A velocidade da Terra. Para que o pêndulo oscile com o
orbital do satélite A vale vA = 2.103 m/s. mesmo período T, no planeta “X”, seu
Sabendo que os raios orbitais dos satélites comprimento deverá ser
p A) L/2. B)2L. C)b/2. D)LA/2. E) 4L.
são relacionados por —= 1.102, a
E44) (ITA-89) Comentando as leis de Kepler
velocidade orbital do satélite B, em m/s, vale
para o movimento planetário, um estudante
a)2.103 b) 1.103 c)4.102
escreveu :
d)2.102 e) 1.102
I ) Os planetas do sistema solar descrevem
elipses em torno do Sol que ocupa o centro
E38) (Escola Naval-15) Considere dois
dessas elipses.
corpos, A e B, de massas mA = m e mB = (500
II ) Como o dia (do nascer ao por do Sol) é
kg - m), respectivamente. Os corpos estão
mais curto no inverno e mais longo o verão,
separados por uma distância fixa d. Para que
conclui-se que o vetor posição da Terra (linha

274
ELEMENTOS DA FÍSICA

que une esta ao Sol) varre uma área do período de revolução de um satélite artificial
espaço menor no inverno do que no verão, colocado em órbita circular da terra naquela
para o mesmo período de 24 horas. altitude é de aproximadamente:
III ) Como a distância média da Terra ao Sol A) 90 min.; B) 90 s.; C) 22 h.;
é de 3,00.10 9 km, pela 3a lei de Kepler D) 24 h.; E) 12 h.
conclui-se que o “ano” de Urano é igual a 20
vezes o ano da Terra. E48) (ITA-97) O primeiro planeta descoberto
IV ) As leis de Kepler não fazem referência à fora do sistema solar, 51 Pegasi B, órbita a
força de interação entre o Sol e os planetas. estrela 51 Pegasi, completando uma
Verifique quais as afirmações que estão revolução a cada 4,2 dias. A descoberta do
corretas e assinale a opção correspondente. 51 Pegasi B, feita por meios
a) I e IV estão corretas. espectroscópicos, foi confirmada logo em
b) Só a I está correta. seguida por observação direta do movimento
c) II e IV estão corretas. periódico da estrela devido ao planeta que a
d) Só a IV está correta. órbita. Conclui-se que 51 Pegasi B órbita a
e) II e III estão corretas. estrela 51 Pegasi à 1/20 da distância entre o
Sol e a Terra. Considere as seguintes
E45) (ITA-89) Um astronauta faz experiências afirmações: se o semi-eixo maior da órbita do
dentro do seu satélite esférico, que está em planeta 51 Pegasi B fosse 4 vezes maior do
órbita circular ao redor da Terra. Colocando que é, então:
com cuidado um objeto de massa mo bem no I - A amplitude do movimento periódico da
centro do satélite o astronauta observa que o estrela 51 Pegasi, como visto da Terra, seria
objeto mantém sua posição ao longo do 4 vezes maior do que é.
tempo. Baseado na 2a lei de Newton, um II - A velocidade máxima associada ao
observador no Sol tenta explicar esse fato movimento periódico da estrela 51 Pegasi,
com as hipóteses abaixo. Qual delas é como visto da Terra, seria 4 vezes maior do
correta ? que é.
a) Não existem forças atuando sobre o objeto III - O período de revolução do planeta 51
(o próprio astronauta sente-se imponderável). Pegasi B seria de 33,6 dias.
b) Se a força de gravitação da Terra Das afirmativas mencionadas:
m a) Apenas I é correta.
Fg = G —p—- está atuando sobre o objeto e
b) Apenas I e II são corretas.
este fica imóvel é porque existe uma força c) Apenas I e III são corretas.
centrífuga oposta que a equilibra. d) Apenas II e III são corretas.
c) A carcaça do satélite serve de blindagem e) As informações fornecidas são
contra qualquer força externa. insuficientes para concluir quais são corretas.
d) As forças aplicadas pelo Sol e pela Lua
equilibram a atração da Terra. E49) (ITA-08) A estrela anã vermelha Gliese
e) A força que age sobre o satélite é a da 581 possui um planeta que, num período de
gravitação, mas a velocidade tangencial v do 13 dias terrestres, realiza em torno da estrela
Mt m
M-r mi uma órbita circular, cujo raio é igual a 1/14 da
satélite deve ser tal que mv! / r = G —!—2
“P"" distância média entre o Sol e a Terra.
Sabendo que a massa do planeta é
E46) (ITA-92) Na 3a lei de Kepler, a constante aproximadamente igual à da Terra, pode-se
de proporcionalidade entre o cubo do semi- dizer que a razão entre as massas da Gliese
eixo maior da elipse (a) descrita por um 581 e do nosso Sol é de aproximadamente:
planeta e o quadrado do período (P) de a) 0,05 b) 0,1 c) 0,6 d) 0,3 e)4,0
translação do planeta pode ser deduzida do
caso particular do movimento circular. Sendo E50) Supondo que as órbitas da Terra e da
G a constante da gravitação universal, M a Lua são aproximadamente circulares, achar a
massa do Sol, R o raio do Sol temos: relação entre as massas do Sol e da Terra.
a) (a3/p2) = (GMR)/4rt2 b) (a3/p2) = (GR)/4n2 Sabe-se que a Lua dá 13 voltas ao redor da
c) (a3/p2) = (GM)/2n2 d) (a3/p2) = (GM2)/R terra durante um ano e que a distância do Sol
e) (a3/p2) = (GM)/4n2 à Terra é 390 vezes maior que a distância da
Lua à Terra.
E47) (ITA-71) Considerando os dados e o a)3,5.105 b)6,0.106 c) 1,9.104
resultado da questão anterior verifique que o d)7,3.105 e) 9,4.10“

275
ELEMENTOS DA FÍSICA

elas. A partir das medidas e das


considerações do astrônomo:

F1) (UFPA-12) O Brasil possui um centro de


lançamento de satélites em Alcântara (MA),
pois, devido à rotação da Terra, quanto
mais próximo da linha do Equador for
lançado um foguete, menor a variação de
i
i
■iE1
J
velocidade necessária para que este entre f
em órbita. A esse respeito, considere um ■*1
sistema de referência inercial em que o
centro da Terra está em repouso, estime
tanto o módulo da velocidade VE de um a) Indique as posições em que Ei e E2
ponto da superfície da Terra na linha do estariam, quinze dias após uma observação
Equador quanto o módulo da velocidade Vs em que as estrelas foram vistas , como está
de um satélite cuja órbita tem um raio de representando no esquema da folha de
1,29 x 104 km. É correto afirmar que VE é resposta. Marque e identifique claramente as
aproximadamente novas posições de Ei e E2 no esquema da
Obs.: Considere que o perímetro da Terra no folha de respostas.
Equador é 40080 km, que a aceleração da b) Determine a razão R = V2/V, entre os
gravidade na órbita do satélite é 3,1x104
módulos das velocidade lineares das estrelas
km/h2 e que a Terra dá uma volta completa
E2e Ei.
a cada 24 horas.
c) Escreva a expressão da massa Mi da
a) 1 % de Vs b) 2 % de Vs
estrela Ei, em função de T, D e da constante
c) 4 % de Vs d) 6 % de Vs
universal da gravitação G.
e) 8 % de Vs
F4) (Fuvest-03) Alienígenas desejam
F2) (Unesp-14) Saturno é o sexto planeta a
observar o nosso planeta. Para tanto, enviam
partir do Sol e o segundo maior, em tamanho,
à Terra uma nave N, inicialmente ligada a
do sistema solar. Hoje, são conhecidos mais
uma nave auxiliar A, ambas de mesma
de sessenta satélites naturais de Saturno,
massa. Quando o conjunto de naves se
sendo que o maior deles, Titã, está a uma
encontra muito distante da Terra, sua energia
distância média de 1200000 km de Saturno e
cinética e sua energia potencial gravitacional
tem um período de translação de,
são muito pequenas, de forma que a energia
aproximadamente, 16 dias terrestres ao redor
mecânica total do conjunto pode ser
do planeta. Tétis é outro dos maiores satélites
considerada nula. Enquanto o conjunto é
de Saturno e está a uma distância média de
acelerado pelo campo gravitacional da Terra,
Saturno de 300000 km. O período
sua energia cinética aumenta e sua energia
aproximado de translação de Tétis ao redor
potencial fica cada vez mais negativa,
de Saturno, em dias terrestres, é
conservando a energia total nula. Quando o
a) 4. b) 2. c) 6. d) 8. e) 10.
conjunto N-A atinge, com velocidade Vo (a ser
determinada), o ponto P de máxima
F3) (Fuvest-02) Um astrônomo, ao estudar
aproximação da Terra, a uma distância Ro de
uma estrela dupla Eí-E2, observou que ambas
seu centro, um explosivo é acionado,
executavam um movimento em torno de um
separando N de A. A nave N passa a
mesmo ponto P, como se estivessem ligadas
percorrer, em torno da Terra, uma órbita
por uma barra imaginária. Ele mediu a
circular de raio Ro, com velocidade VN (a ser
distância D entre elas e o período T de
determinada). A nave auxiliar A adquire uma
rotação das estrelas, obtendo T = 12 dias.
velocidade VA (a ser determinada). Suponha
Observou, ainda, que o raio R<, da trajetória
que a Terra esteja isolada no espaço e em
circular de Ei, era três vezes menor do que o
repouso.
raio R2, da trajetória circular de E2.
Observador essas trajetórias, ele concluiu que
as massas das estrelas eram tais que M, = 3
M2. Além disso, supôs que E, e E2 estivessem
sujeitas apenas à força gravitacional entre

276
ELEMENTOS DA FÍSICA

Note e adote;
■CO- lano* 3.14xl0’s.
na O módulo da força gravitacional F entre dois corpos de massas e Mt, sendo r a
distância entre eles, é dado por F • G Mt MJr3.
Considere as órbitas circulares.
Terra
Para essa condição, determine
P
a) T em função da constante gravitacional G,
v0 da massa MS do Sol e da distância R entre a
Terra e o Sol;
VN
|VA b) o valor de A em rad/s;
c) a expressão do módulo Fr da força
gravitacional resultante que age sobre o
Determine, em função de M, G e Ro ,
satélite, em função de G, Ms, MT, m, R e d,
a) a velocidade Vo com que o conjunto atinge
sendo MT e m, respectivamente, as massas
o ponto P.
da Terra e do satélite e d a distância entre a
b) a velocidade VN, de N, em sua órbita
circular. Terra
e o satélite.
c) a velocidade VA, de A, logo após se
separar de N.
F7) (Unicamp-08) Observações astronômicas
indicam que as velocidades de rotação das
F5) (Fuvest-07) Recentemente Plutão foi
estrelas em torno de galáxias são
“rebaixado", perdendo sua classificação como
incompatíveis com a distribuição de massa
planeta. Para avaliar os efeitos da gravidade
visível das galáxias, sugerindo que grande
em Plutão, considere suas características
parte da matéria do Universo é escura, isto é,
físicas, comparadas com as da Terra, que
matéria que não interage com a luz. O
estão apresentadas, com valores
movimento de rotação das estrelas resulta da
aproximados, no quadro ao lado.____________
, . . - ... . r- GMm
Massa da Terra (Mr) = 500 x Massa de Plutão (MP) força de atraçao gravitacional FG=-—,
Raio da Terra (RT) = 5 x Raio de Plutão (RP) que as galáxias exercem sobre elas. A curva
a) Determine o peso, na superfície de Plutão no gráfico abaixo mostra como a força
(PP), de uma massa que na superfície da gravitacional que uma galáxia de massa M
Terra pesa 40N (PT = 40N). exerce sobre uma estrela externa à galáxia,
b) Estime a altura máxima H, em metros, que deve variar em função da distância r da
uma bola, lançada verticalmente com estrela em relação ao centro da galáxia,
velocidade V, atingiría em Plutão. Na Terra, considerando-se m = 1,0 x 103Okg para a
essa mesma bola, lançada com a mesma massa da estrela. A constante de gravitação
velocidade, atinge uma altura hT = 1,5m. G vale 6,7 * 10-11m3kg“1 s-2.
1,0 x 10“ TV— ------ 1 - 1------ ------ ------ r-1

F6) (Fuvest-14) Há um ponto no segmento de


reta unindo o Sol à Terra, denominado “Ponto 8.0 x 10”
de Lagrange L1”. Um satélite artificial
colocado nesse ponto, em órbita ao redor do a 6.0x10”
Sol, permanecerá sempre na mesma posição u?
relativa entre o Sol e a Terra. Nessa situação,
4,0 x 10”
ilustrada na figura abaixo, a velocidade
angular orbital A do satélite em torno do Sol
será igual à da Terra, T. 2,0 X 10” ------- ------- --------------- --------------------------------------------
1.0X1O20 1.2X 1O20 1,4X 1020 1.6x 1020 1.8X1O20 2.0X IO20
Sol Terra
r(m)

u a) Determine a massa M da galáxia.


b) Calcule a velocidade de uma estrela em
d órbita circular a uma distância r = 1,6 * 1020m
do centro da galáxia.
R

Texto para as duas próximas questões:


Em setembro de 2010, Júpiter atingiu a menor
distância da Terra em muitos anos. As figuras

277
............ ......
ELEMENTOS DA FÍSICA

a seguir ilustram a situação de maior por estar no plano equatorial terrestre, sendo
afastamento e a de maior aproximação dos que o satélite que a executa está sempre
planetas, considerando que suas órbitas são acima do mesmo ponto no equador da
circulares, que o raio da órbita terrestre (RT) superfície terrestre. Considere que a órbita
mede 1,5.1011m e que o raio da órbita de geoestacionária tem um raio r = 42000 km.
Júpiter (RJ) equivale a 7,5.1011m. a) Calcule a aceleração centrípeta de um
Maior afastamento
satélite em órbita circular geoestacionária.
b) A energia mecânica de um satélite de
massa m em órbita circular em torno da terra
é dada por E = - GMm/2r, em que r é o raio
da órbita, M = 6 * 1024 kg é a massa da Terra
e G = 6,7 x 1O~11 Nm2/kg2. O raio de órbita de
satélites comuns de observação (não
geoestacionários) é tipicamente de 7000 km.
Calcule a energia adicional necessária para
Maior aproximação colocar um satélite de 200 kg de massa em
uma órbita geoestacionária, em comparação
a colocá-lo em uma órbita comum de
observação.

F11) (Unicamp-16) Plutão é considerado um


planeta anão, com massa Mp = 1 x 1o22 kg,
bem menor que a massa da Terra. O módulo
da força gravitacional entre duas massas m, e
m2 é dado por F_ = G mi^>2 t em que r é a
F8) (Unicamp-12) A força gravitacional entre s r
dois corpos de massas rrn e m2 tem módulo F distância entre as massas e G é a constante
= Gm1m2/r2, em que r é a distância entre eles gravitacional. Em situações que envolvem
e G = 6,7.10-11 Nm2/kg2. Sabendo que a distâncias astronômicas, a unidade de
massa de Júpiter é m3 = 2,0.1027kg e que a comprimento comumente utilizada é a
massa da Terra é mT = 6,0.1024kg, o módulo Unidade Astronômica (UA).
da força gravitacional entre Júpiter e a Terra a) Considere que, durante a sua aproximação
no momento de maior proximidade é a Plutão, a sonda se encontra em uma
a)1,4.1018N. b)2,2.1016N. posição que está dP = 0,15 UA distante do
c)3,5.1019N. d) 1,3.103°N . centro de Plutão e dT = 30 UA distante do

F9) (Unicamp-12) De acordo com a terceira centro da Terra. Calcule a razão — entre o
FgP
lei de Kepler, o período de revolução e o raio
da órbita desses planetas em tomo do Sol módulo da força gravitacional com que a
3 Terra atrai a sonda e o módulo da força
= (Rj. gravitacional com que Plutão atrai a sonda.
obedecem à relação

Tj e Tt
I
TtJ rt.
, em que

são os períodos de Júpiter e da Terra,


Caso necessário, use a massa da Terra MT =
6 x 1024 kg.
respectivamente. Considerando as órbitas b) Suponha que a sonda New Horizons
circulares representadas na figura, o valor de estabeleça uma órbita circular com velocidade
TJ em anos terrestres é mais próximo de escalar orbital constante em torno de Plutão
a) 0,1. b) 5. c) 12. d) 125. com um raio de rP = 1 x 1o 4 UA. Obtenha o
módulo da velocidade orbital nesse caso. Se
F10) (Unicamp-14) “As denúncias de violação necessário, use a constante gravitacional G =
de telefonemas e transmissão de dados de 6 x 10’11 N.m2/kg2. Caso necessário, use 1
empresas e cidadãos brasileiros serviram UA (Unidade astronômica) = 1,5 x 108 km.
para reforçar a tese das Forças Armadas da
necessidade de o Brasil dispor de seu próprio F12) (Cesesp-PE) Supondo circular a órbita
satélite geoestacionário de comunicação descrita pelo satélite Fobos em torno do
militar (O Estado de São Paulo, 15/07/2013). planeta Marte e sendo r a distância entre eles,
Uma órbita geoestacionária é caracterizada R e p respectivamente o raio e a massa
específica média de Marte e G a constante
1
278
L.
ELEMENTOS DA FÍSICA

gravitacional, pode-se concluir que o período A) maior que a força gravitacional que a Terra
de rotação de Fobos será dado por: exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
a) JÜÉ b)
3nr3
c)
37tr2 20.
B) maior que a força gravitacional que a Terra
VGpR VGpR2 GpR3 exerce sobre a Lua por um fator de cerca de
1 3 nr 3 2.
d) .E
VGpR
e)J-
’ ij,GpR3
C) igual à força gravitacional que a Terra
exerce sobre a Lua.
D) menor que a força gravitacional que a
F13) (Santa Casa-SP) Considere o sistema Terra exerce sobre a Lua por um fator de
SOL-TERRA. Admita que o movimento da cerca de 2.
Terra em torno do Sol seja circular e E) menor que a força gravitacional que a
uniforme. Despreza os efeitos de outros Terra exerce sobre a Lua por um fator de
corpos do sistema solar. Suponha conhecidos cerca de 20.
os valores de:
r = raio da Terra; F16) (UFU-00) Um astronauta observou que o
R = distância entre os centros da Terra e do período de um pêndulo simples, em um dos
Sol; pólos do planeta Alfa, era duas vezes maior
P = densidade da Terra; que o período deste pêndulo, quando medido
T = período de revolução da Terra em torno nos pólos da Terra. Sabendo-se que o dia
do Sol; desse planeta é 3 vezes menor que o dia
Podemos afirmar que a força de atração terrestre, e a aceleração centrípeta é 18
média, exercida pelo Sol sobre a Terra, é: vezes maior do que a aceleração centrípeta
2n Rpr ti3 Rp x 16n3 Rpr3 na Terra, medidas no equador dos dois
a) b) c) planetas, podemos afirmar sobre a massa do
5 t ' TtV T2
planeta Alfa (ma) em relação à massa da
16n Rp
d) e) nda Terra (mT):
TT a) ma = 4mT b) ma = 2mT
c) ma = mT d) ma = 0,5mT
F14) (UFPR-16) Sabemos que em nosso
universo a força gravitacional entre uma F17) (Ciaba-17) A energia mecânica de um
estrela de massa M e um planeta de massa m satélite (S) de massa igual a 3x105 g que
varia com o inverso do quadrado da distância descreve uma órbita elíptica em torno da
R entre eles. Considere a hipótese em que a Terra (T) é igual a -2,0x1010 J. O semieixo
força gravitacional variasse com o inverso do maior da elipse vale 16x103 km e o menor
cubo da distância R e que os planetas 9x103 km. Determine a energia cinética do
descrevessem órbitas circulares em torno da satélite no perigeu em função da constante
estrela. gravitacional G. Dado: MTena = 6x1024 kg.
a) Deduza, para esse caso hipotético, uma
equação literal análoga à terceira lei de
Kepler. Perigeu O Apogeu
b) Utilizando a resposta do item (a) e Terra
considerando dois planetas orbitando essa -------- Satélite
estrela, um deles com órbita de raio Ri e o
a) 2x101°(101°G - 1) b) 2x1010(G -1010)
outro com órbita de raio R2 = 2Rn determine a
c) 2x101o(102G - 1) d) 2x102(G -102)
razão entre os períodos de suas órbitas.
e) 2x102(102G- 1)
F15) (UESPI-10) Considere que as massas
F18) (AFA-01) A partir da superfície da Terra,
da Terra e do Sol sejam respectivamente
iguais a 6 x 1024 kg e 2 x io30 kg. Considere, um foguete, sem propulsão, de massa m, é
ainda, que as distâncias médias da Terra à lançado verticalmente, com velocidade v0 e
Lua e do Sol à Lua sejam respectivamente atinge uma altitude máxima igual ao raio R da
iguais a 4 x 108 m e 1,5 x io11 m. Com base Terra. Sendo M a massa da Terra e G a
nesses dados, pode-se concluir que, constante de gravitação universal, o módulo
tipicamente, a força gravitacional que o Sol de v0 é dado por
exerce sobre a Lua é: lÕM . , ÍGM . |3GM .. 3GM
a) hr b)í2R c) d) 2R

279
ELEMENTOS DA FÍSICA

F19) (AFA-15) Na cidade de Macapá, no E


I CO
Amapá, Fernando envia uma mensagem via O i
satélite para Maria na mesma cidade. A
mensagem é intermediada por um satélite
F r__u
Polo] Norte
geoestacionário, em órbita circular cujo centro
coincide com o centro geométrico da Terra, e
por uma operadora local de telecomunicação z 1
I
da seguinte forma: o sinal de informação /
/ I
I
/Ei
l/

parte do celular de Fernando direto para o / I


p'
satélite que instantaneamente retransmite
para a operadora, que, da mesma forma, ___[______ Equador
transmite para o satélite mais uma vez e, por r i
i i
fim, é retransmitido para o celular de Maria. \ i
\ i
Considere que esse sinal percorra todo trajeto \ i
em linha reta e na velocidade da luz, c; que \ i
\ i
as dimensões da cidade sejam desprezíveis X i
X. | “
em relação à distância que separa o satélite
da Terra, que este satélite esteja alinhado
Poloi Sul „
perpendicularmente à cidade que se encontra H------ 8------
ao nível do mar e na linha do equador. Sendo,
Quando <j> = 0o , então o corpo de prova está
M, massa da Terra, T, período de rotação da
sobre a linha do equador e experimenta um
Terra, RT , raio da Terra e G, a constante de valor aparente da aceleração da gravidade
gravitação universal, o intervalo de tempo
igual a ge. Por outro lado, quando (f> = 90°, o
entre a emissão do sinal no celular de corpo de prova se encontra em um dos Polos,
Fernando e a recepção no celular de Maria, experimentando um valor aparente da
em função de c, M, T, G e RT é
aceleração da gravidade igual a gp. Sendo G
'Jt2gm JTGM a constante de gravitação universal, a razão
a) —
c V 4n2
-Rt
C)?i V 4n2
3------------
-Rt gjgp vale
cü2R3 1-co2r
2TGM JTGM a) 1- c)
b)* 3 GM GM
+ Rt e) - + Rt
c 4n c V 2n (GM-m2r)R2 GMR2 -co2r2
c) d)
GM GM
F20) (AFA-16) Considere a Terra um Planeta
esférico, homogêneo, de raio R, massa M F21) (Escola Naval-09) Um foguete foi
concentrada no seu centro de massa e que lançado da superfície da Terra co uma
gira em torno do seu eixo E com velocidade 2
angular constante w , isolada do resto do velocidade v = -ve, onde ve é a velocidade
universo. Um corpo de prova colocado sobre
de escape do foguete. Sendo RT, o raio da
a superfície da Terra, em um ponto de latitude
Terra, qual a altitude máxima alcançada pelo
<t> , descreverá uma trajetória circular de raio r
foguete?
e centro sobre o eixo E da Terra, conforme a
2
figura abaixo. Nessas condições, o corpo de a) — Rt b) —Rt c) — Rt
prova ficará sujeito a uma força de atração ' 31 T ’ 29 T ' 27 T
gravitacional F, que admite duas 2 4
d) —Rt e) —Rt
' 25 T ’ 21 T
componentes, uma centrípeta, Fcp, e outra
que traduz o peso aparente do corpo, P . F22) (Escola Naval-16) Analise a figura
abaixo.

Na figura acima, tem-se duas cascas


esféricas concêntricas: casca A de raio rA =

280
^ELEMENTOS DA FÍSICA
L___
— ■■■

1,0 m e casca B de raio rB = 3,0 m, ambas F25) (ITA-79) Deseja-se colocar em órbita da
com massa M e com os centros em x = 0. Em Terra um satélite Sr e, em órbita da Lua um
x = 20 m, tem-se o centro de uma esfera satélite SL, de modo que ambos tenham o
maciça de raio rc = 2,0 m e massa 81M. mesmo período de revolução. Determine a
Considere agora, uma partícula de massa m menor distância de Srà superfície da Terra.
colocada em x = 2,0 m. Sendo G a constante
gravitacional, qual a força gravitacional F26) (ITA-80) Um foguete lançado
resultante sobre a partícula? verticalmente, da superfície da Terra, atinge
. GMm uma altitude máxima igual a três vezes o raio
a) —-— para a direita. R da Terra. Calcular a velocidade inicial do
4
GMm foguete.
b) para a direita. ( )A.V = 3GM ( )B.V = 4GM
2 2R 3 R
GMm ( )C.V = 2GM ( )D.V = '3GM
c) para a esquerda.
2 3R 4R
d) G^m V = \/ G M
para a esquerda. ( )E.
R
e) zero.
F27) (ITA-82) Sendo R o raio da Terra,
F23) (ITA-61) Um satélite artificial de 4,00 x suposta esférica, G a constante da gravitação
103 kg está descrevendo, em torno da Terra, universal, g, a aceleração da queda livre de
um corpo no Equador, g2 a aceleração de
uma trajetória circular, cujo plano com o do
queda livre no pólo Norte, M a massa da
equador, com velocidade angular uniforme e
a uma distância de 4,00 x 103 km da Terra, podemos afirmar que:
superfície terrestre. Sabendo-se que o raio da A) g, = G M/R2 B)
Terra (suposta esférica) é 6,4 x 103 km, sua G
densidade média 5,5 g cm'3 e a constante C) g2 é nula D) g, é nula
gravitacional 6,7 x 10'11 N.m2.kg'2 , calcular: GM
I) A velocidade de satélite em relação a um e) -^- = gi + g2
r\
observador situado no equador, quando ele
passa pelo zênite, no caso em que a Terra e F28) (ITA-86) Se colocarmos um satélite
o satélite giram:
artificial de massa “mu girando ao redor de
A - no mesmo sentido Marte (6,37.1023 kg) numa órbita circular, a
B - em sentidos opostos
relação entre o módulo de sua energia
II) A energia total do satélite em relação ao
cinética (T) e o módulo de sua energia
sistema inercial com origem no centro da
potencial gravitacional (U) será:
Terra.
A) T = U/2 B) T = 2U C) T = U/2m
III) Os períodos do satélite para o observador
D) T= mU E) T = U
acima referido, nos casos A e B, de I.
F29) (ITA-77) Um satélite artificial descreve
F24) (ITA-74) A energia potencial de um
uma órbita circular em torno da Terra com
corpo de massa m na superfície da Terra é
- GMtm/R-r. No infinito essa energia potencial período T = A.Tt.yjlRIg , onde R é o raio da
é nula. Considerando-se o princípio de Terra e g a aceleração da gravidade na
conservação da energia (cinética + potencial), superfície terrestre. A que altura acima da
que velocidade deve ser dada a esse corpo superfície se encontra o satélite?
de massa m (velocidade de escape) para
que ele se livre da atração da terra, isto é, F30) (ITA-91) Considere um planeta cuja
chegue ao infinito com v = 0 ? massa é o triplo da massa da Terra e seu
G = 6,67 x 10’11 N.m2.kg'2; raio, o dobro do raio da Terra. Determine a
Mt = 6,0x1 O24 kg; RT = 6,4 x 106 m. relação entre a velocidade de escape deste
Despreze o atrito com a atmosfera. planeta e a da terra (Vp/vT) e a relação entre a
A)13,1m/s B) 1,13x103m/s aceleração gravitacional na superfície do
C)1l,3km/s D)113km/s planeta e a da Terra (gp/gT).
E) Depende do ângulo de lançamento.

281
—^'-'TEXTÍTr"’.' : - —....................

ELEMENTOS DA FÍSICA

é a principal responsável pelo aparecimento


e gP =3
9t 4 de marés oceânicas na Terra. A figura mostra
a Terra, supostamente esférica,
c)2f> e =3
homogeneamente recoberta por uma camada
9t 2 de água. Nessas condições, considere as
e 9P _3 seguintes afirmativas:
9t 4 I - As massas de água próximas das regiões
e) Nenhuma das anteriores. A e B experimentam marés altas
simultaneamente.
F31) (ITA-87) Considere a Terra como um II - As massas de água próximas das regiões
corpo homogêneo, isotrópico e esférico de A e B experimentam marés opostas, isto é,
raio R, girando em trono do seu eixo com quando A tem maré alta, B tem maré baixa e
freqüência f (número de voltas por unidade de vice-versa.
tempo), sendo g a aceleração da gravidade III - Durante o intervalo de tempo de um dia
medida no equador. Seja f a freqüência com ocorrem duas marés altas e duas marés
que a Terra deveria girar para que o peso dos baixas.
corpos no equador fosse nulo, Podemos Terra
afirmar que:
( ) A. f = 4f Lua
( ) B. f = co
( ) C. Não existe f que satisfaça às
condições do problema.
\1/2 água

4nR l)
+—
O D. f f2
Então, está(ão) correta(s), apenas:
\1/2 a) a afirmativa I. d) as afirmativas I e II.
( )E- f' = MJ
f2—4nR b) a afirmativa II.
c) a afirmativa III.
e) as afirmativas I e III.

F32) (ITA-93) Qual seria o período (T) de F35) (ITA-10) Considere um segmento de reta
rotação da Terra em torno do seu eixo, para que liga o centro de qualquer planeta do
que um objeto apoiado sobre a superfície da sistema solar ao centro do Sol. De acordo
Terra no equador ficasse desprovido de com a 2o Lei de Kepler, tal segmento percorre
peso? áreas iguais em tempos iguais.Considere,
Dados: raio da Terra: 6,4.103 km; massa da então, que em dado instante deixasse de
terra: 6,0.1024 kg; constante de gravitação existir o efeito da gravitação entre o Sol e o
universal: planeta.
6,7.10‘11 N.m2/kg2. Assinale a alternativa correta.
a) T = 48 h b)T = 12h c)T=1,4h a) O segmento de reta em questão
d)T = 2,8h e)T= 0 continuaria a percorrer áreas iguais em
tempos iguais.
F33) (ITA-02) Um dos fenômenos da b) A órbita do planeta continuaria a ser
dinâmica de galáxias, considerado como elíptica, porém com focos diferentes e a 2a Lei
evidência da existência de matéria escura, é de Kepler continuaria válida.
que estrelas giram em torno do centro de uma c) A órbita do planeta deixaria de ser elíptica
galáxia com a mesma velocidade angular, e a 2a Lei de Kepler não seria mais válida.
independentemente de sua distância ao d) A 2a Lei de Kepler só é válida quando se
centro. Sejam IVh e M2 as porções de massa considera uma força que depende do inverso
(uniformemente distribuída) da galáxia no do quadrado das distâncias entre os corpos e,
interior de esferas de raios R e 2R, portanto, deixaria de ser válida.
respectivamente. Nestas condições, a relação e) O planeta iria se dirigir em direção ao Sol.
entre essas massas é dada por.
a) M2 = M-|. b) M2 = 2MV c) M2 = 4Mj. F36) (ITA-09) Desde os idos de 1930,
d) M2 = 8M1. e)M2=16M1. observações astronômicas indicam a
existência da chamada matéria escura. Tal
F34) (ITA-03) Sabe-se que da atração matéria não emite luz, mas a sua presença é
gravitacional da lua sobre a camada de água inferida pela influência gravitacional que ela

282
ELEMENTOS DA FÍSICA

homogêneos de diferentes formatos


exerce sobre o movimento de estrelas no
interior de galáxias. Suponha que, numa geométricos.
galáxia, possa ser removida sua matéria a) Num cubo, a linha de ação do campo
o________I num dos vértices tem a direção
gravitacional
escura de massa específica p > 0, que se
encontra uniformemente distribuída. Suponha da diagonal
c------ r . .parte desse vértice.
. principal que
também que no centro dessa galáxia haja um b) Numa chapa quadrada de lado t e vazada
buraco negro de massa M, em volta do qual no centro por um orifício circular de raio a <
uma estrela de massa m descreve uma órbita 1/2, em qualquer ponto dos seus eixos de
circular. Considerando órbitas de mesmo raio simetria de ação do campo gravitacional é
na presença e na ausência de matéria escura, normal ao plano da chapa.
c) Num corpo hemisférico, há pontos em que
a respeito da força gravitacional resultante F as linhas de ação do campo gravitacional
exercida sobre a estrela e seu efeito sobre o passam pelo centro da sua base circular e
movimento desta, pode-se afirmar que: outros pontos em que isto não acontece.
a) F é atrativa e a velocidade orbital de m d) Num toro, há pontos em que o campo
não se altera na presença da matéria escura. gravitacional é não nulo e normal à sua
b) F é atrativa e a velocidade orbital de m é superfície.
menor na presença da matéria escura. e) Num tetraedro regular, a linha de ação do
c) F é atrativa e a velocidade orbital de m é campo gravitacional em qualquer vértice é
maior na presença da matéria escura. normal à face oposta ao mesmo.
d) F é repulsiva e a velocidade orbital de m é
maior na presença da matéria escura. F40) (IME-75) Um astronauta equipado,
e) F é repulsiva e a velocidade orbital de m é utilizando o esforço máximo, salta 0,60 m de
altura na superfície terrestre. Calcular o
menor na presença da matéria escura.
quanto saltaria na superfície lunar, nas
mesmas condições. Considerar o diâmetro e
F37) (IME-92) Sabe-se que a energia
a densidade da lua como sendo 1/4 e 2/3 dos
potencial gravitacional de um satélite em
da terra, respectivamente.
órbita terrestre e dada por: U=----- -— onde:
F41) (IME-86) Na superfície de um planeta
G = 6,67 x 10‘11 Nm2/kg2 (constante hipotético, de raio igual ao da Terra, um
gravitacional) pêndulo simples oscila com um período de
M = 6,00 x 1024 Kg (massa da terra) 2,0 s . Sabendo, que, na própria Terra, o
r = raio da órbita período de oscilação do mesmo pêndulo vale
Sabendo que o raio da Terra vale R =
V2 s, determine a razão entre as massas do
6370km, calcule a energia mecânica de uma
maçâ de 0,2 kg de massa deixada, por um planeta e da Terra.
astronauta, a uma distância de 300km da
F42) (IME-07) Um astronauta encontra-se em
superfície terrestre.
um planeta onde a altura máxima que atinge
F38) (ITA-12) Acredita-se que a colisão de um com seus pulos verticais é de 0,5 m. Em um
segundo planeta, a altura máxima alcançada
grande asteróide com a Terra tenha causado
é seis vezes maior. Supondo que os dois
a extinção dos dinossauros. Para se ter uma
planetas tenham densidades uniformes p e
idéia de um impacto dessa ordem, considere
2p/3, respectivamente, a razão entre o raio do
um asteróide esférico de ferro, com 2km de
diâmetro, que se encontra em repouso quase segundo planeta e o raio do primeiro é:
no infinito, estando sujeito somente à ação da A) 1/2 B) 1/3 C) 1/4 D) 1/6 E) 1/8
gravidade terrestre. Desprezando as forças
F43) (IME-10) No interior da Estação Espacial
de atrito atmosférico, assinale a opção que
expressa a energia liberada no impacto, Internacional, que está em órbita em tomo da
medida em número aproximado de bombas Terra a uma altura correspondente a
aproximadamente 5% do raio da Terra, o
de hidrogênio de 10 megatons de TNT.
A) 1 B) 10 C) 500 valor da aceleração da gravidade é
0)50.000 E) 1.000.000 A) aproximadamente zero.
B) aproximadamente 10% do valor na
F39) (ITA-15) Assinale a alternativa incorreta superfície da Terra.
dentre as seguintes proposições a respeito de C) aproximadamente 90% do valor na
campos gravitacionais de corpos superfície da Terra.

283
ELEMENTOS DA FÍSICA

D) duas vezes o valor na superfície da Terra. da Lua a força resultante no foguete, devido
E) igual ao valor na superfície da Terra. às atrações da Terra e da Lua, é nula.

F44) (IME-11) F47) Sabendo que a razão entre a massa da


Terra e da Lua é igual a q e que a razão entre
a distância dos centros da Terra e da Lua e o
raio da Terra R vale n, determine a distância
D entre o centro da Lua e o ponto no qual a
resultante das forças de atração da Terra e da
Lua é igual a zero.
. nR
b)n(1+Ti)R c)(1 + n)VnR
a) WÍ
R
d) 7n(1 + n)R e)
n^/14- r)

F48) Suponha que Kepler tivesse cometido


A figura acima apresenta um pequeno corpo um engano em suas observações e em vez
de massa m em queda livre na direção do de enunciar a terceira lei como é conhecida
centro de um planeta de massa M e de raio r hoje: “o quadrado do período de um planeta
sem atmosfera, cujas superfícies distam D. É em torno do Sol é proporcional ao cubo do
correto afirmar que, se D » r e M » m, a raio médio de sua órbita”, fosse enunciada da
aceleração do corpo seguinte forma: ”o período de um planeta em
a) é constante. torno do Sol é proporcional ao quadrado do
b) não depende da massa do planeta. raio médio de sua órbita”. Suponha agora que
c) diminui com o tempo. Newton, em seus estudos para a
d) aumenta com o tempo. determinação da Lei da Gravitação Universal,
e) depende da massa do corpo. já tivesse chegado a conclusão que a força de
atração entre dois corpos era proporcionai ao
F45) (OBF-06) O raio de um planeta vale produto das massas dos corpos, faltando
5,00.10® m e um de seus satélites descreve apenas a dependência da distância entre os
uma trajetória circular com um raio de corpos. Qual seria a equação para esta força
curvatura igual a 1,50.10a m. Admita, como de modo que concordasse com a lei de
primeira aproximação, que o centro da órbita Kepler errada.
deste satélite coincida com o centro de massa
deste planeta, pelo fato de que a massa do F49) Suponha que em um sistema orbital a
planeta é muito superior à do satélite. Calcule força de atração entre os astros seja
a aceleração da gravidade na superfície do inversamente proporcional a r”, onde r é a
planeta, sabendo-se que o período de distância entre os astros e n um inteiro
revolução do satélite em torno do planeta é positivo. Determine a proporcionalidade entre
igual a 10 dias terrestres (dia de 24h). o período e r.
F46) A figura seguinte representa a F50) A partir da superfície da Terra, que
configuração estacionária da Lua (massa M) e possui massa M e raio r, é lançado uma nave
da Terra (massa 81M), supostas esféricas e de massa m, verticalmente para cima, com
homogêneas. velocidade v. Calcule a altura medida, a partir
da superfície da Terra, na qual a nave para de
Terra
subir verticalmente, considerando G a
constante de gravitação universal.
d

Um foguete lançado da Terra dirige-se para a


Lua, percorrendo a reta que passa pelo centro
de massa destes dois corpos celestes.
Determinar em função de d a que distância x

284
ELEMENTOS DA FÍSICA

força inercial sobre um corpo de massa m têm


ii - ■ TRW-* sentidos contrários, a intensidade da força de
ifc. ~«tó&SÈii:.. í,
maré FM é encontrada subtraindo-se da
A1) (Ufes-04) Deseja-se colocar em órbita um intensidade da força gravitacional FG a
satélite de massa m a uma altitude de 1/8 do intensidade da força inercial Fh isto é: FM = FG
raio da Terra. Considere-se que a Terra é
- F|, sendo FG = onde dP.Lé a distância
uma esfera homogênea de raio R e massa M, dPj_
que a constante universal da gravitação é G e
que o lançamento do foguete é vertical. de um ponto P arbitrário da superfície da terra
Determine a energia que deve ser fornecida . . GMLm
_ GM.m . ,
ao centro da lua. F, = — onde dT.L e a
ao satélite pelo foguete nos seguintes casos: dT.L
a) desconsiderando-se a rotação da Terra; distância entre o centro da terra e o centro da
b) considerando-se a rotação da Terra, de lua, G é a constante gravitacional, ML e m
período T, e considerando-se ainda que o são as massas da Terra e a Lua
ponto de lançamento está na latitude 0. respectivamente.

A2) (UFC-03) Imagine um planeta, na forma .\r,


de uma esfera de raio R e de densidade 'y."
uniforme p, em que existe um buraco _
Fj / a
igualmente esférico, de raio R/2, preenchido Rotação j
F,

por material de densidade uniforme igual a da Terra


/F.
Z4—

3p(veja figura ao lado). O segmento PQ é o F? F.


diâmetro sobre o qual estão situados os Terra

centros de ambas as esferas. R


■------------------------------------- d,.------------------------------------- 1

Pode-se mostrar que no ponto P,:

D
2-— 1 dT,L
Fm =GMLm—j—
0 aT.L
(1-A)2 dT.L .

R R
Considerando que----- «1 (isto é, ------ pode
dT,L dT.L

Usando o princípio da superposição e ser considerado desprezível).


considerações de simetria, determine a razão Fonte: http://astro.if.ufrgs.br/lang/lang.htm
Qp/go entre as acelerações da gravidade nos Analise as afirmativas:
pontos P e Q, respectivamente. I - A intensidade da força de maré no ponto Pt
p
A3) (UFPA-87) Suponha que a velocidade de é aproximadamente 2GMLm-y-
rotação da Terra aumentasse até que o peso
de um objeto sobre o equador ficasse nulo. II - Do outro lado da Terra, isto é, no ponto da
Sabendo que o raio da Terra vale 6400 km e Terra mais afastado da Lua (P3) a intensidade
que a aceleração da gravidade na superfície da força de maré é aproximadamente
D
terrestre é de 10 m/s , o período de rotação GM,m-Ç-.
da Terra em torno de seu eixo valeria: dT.L
a) 800n s b) 1OOOn
IOOO s
tts c) 1200n s
III - A distância do segmento P2OL é igual a
d) 1600ns e) 1800n s
7r2 + dT.t ~ R-dT.L
A4) (UCG-06) Na Terra, as marés devem-se
Assim, está(ão) correta(s) a(s) alternativa(s):
ao fato do campo gravitacional de um dado
a) I b) II c)lell d) II e III e) I, II e III
astro (a Lua, o Sol ou qualquer outro corpo do
sistema solar) na região ocupada pelo planeta
A5) (ITA-60) Velocidade mínima necessária
não ser uniforme, isto é, as ações do astro
para que um corpo, lançado de um dos pólos
sobre a Terra são diferentes em diferentes
da Terra, não volte mais é v = 11,2 km/s,
pontos dela. Para compreender isto, tem-se
chamada velocidade de escape (desprezando
um sistema muito simples e extremamente
a resistência do ar). Na Terra, a aceleração
idealizado. Como a força gravitacional e a

285
ELEMENTOS DA FÍSICA

da gravidade ao nível do mar, vale b2


aproximadamente 9,78 m/seg2 no Equador e a) vr < b) vr > v,b c) vr = —■v1
a
9,83 m/s2 nos pólos, portanto com uma
variação máxima Ag = 5.10'2 m/s2 (Ag = a2 b2
d)vr = —v, e)vr = —Vl
8pólo - 9equador).Seja M a massa da Terra e b 2a
R o seu raio médio; a massa Marte vale
aproximadamente 0,11 M e seu raio A8) (ITA-84) Na questão anterior, designado
aproximadamente 0.53R. O período de por M a massa da estrela (M » m) e por E a
rotação da Terra é 23h 56min 4,1s e o de energia mecânica total pode-se afirmar que:
Marte 24h 37min 22,6s. Calcule, para o E GM
planeta Marte, a velocidade de escape nos a) v2 =2 — -i---------- ; b) v2=2Í^-2M ;
,m r <m r J
pólos, a densidade média, a aceleração da
'_E GM~ ;d) v2 = 2 £_gM ;
gravidade nos pólos, e o valor de Ag. Admita c) v2 = 2 m + r2
forma esférica tanto para a Terra como para lm r )
Marte. Responda na tabela da Folha de , E GM
e) v = — +----- .
Respostas, completando-a. m r
Dados: Constante gravitacional G= 6,67.1o-8
dina.cm2 g'2 A9) (ITA-84) Um corpo A, inicialmente em
Massa da Terra M= 6.0.1024 kg. repouso, explode sob a ação exclusiva de
Raio médio da Terra: R= 6,4.103 km. forças internas, dividindo-se em duas partes,
uma de massa m e outra de massa m’. Após
A6) (ITA-78) O trabalho necessário para levar a explosão a única força que atua sobre cada
a partícula de massa M/3 do ponto “A” até o uma das partes é a força gravitacional
ponto “B”, em função da constante universal exercida pela outra parte. Quando a massa m
de gravitação “G", quando essa partícula se está a uma distância r da posição
encontra sob a ação de 2 massas, “M” e “2M”, originalmente ocupada pelo corpo A, a
conforme figura ao lado, será dado por: intensidade da aceleração de m é igual a:

k 0 .

r
Gm
a) a = ■---------- 2
2 4
1+—
m )
b) a =
Gm'

r
2| 4
1+—
m I

Í2M 3 k rn J
BÍ Gm ,. Gm
_p_ I JD
I
c) a d) a=-j-
3 3 2(. m )
k -4 I- 4 r 1+—
l m)
A) + 9GM2 /2D; B) - 9GM2 Z2D; Gm’
e) a
C)+ GM2/2D; D)-GM2/2D;
E) Nenhum dos valores acima.
A10) (ITA-88) Duas estrelas de massa m e
A7) (ITA-84) Um planeta descreve uma órbita 2 m respectivamente, separadas por uma
elíptica em torno de uma estrela cuja massa é distância d e bastante afastadas de qualquer
muito maior que a massa do planeta. Seja r a outra massa considerável, executam
distância entre a estrela e o planeta, num movimentos circulares em torno do centro de
ponto genérico da órbita, e V a velocidade do massa comum. Nestas condições, o tempo
planeta no mesmo ponto. Sabendo-se que a e T para uma revolução completa, a velocidade
b são, respectivamente, os valores mínimo e v (2m) da estrela maior, bem como a energia
máximo de r e v, o valor mínimo de v, pode- mínima W para separar completamente as
se afirmar que o produto vr satisfaz a relação: duas estrelas são:
T v (2m) W
P
a)2ndj-^— /Gm 2Gm2
r, Y3Gm N3d~ d
V1
£ 2^ Gm2

J b
N 3d d
Gm2
I
C) “JS /Gm
\~3d~
+------
d

286
ELEMENTOS DA FÍSICA

Gm2
2 IÕ” centro (R, < d < R:). O mócuto da força
d”dJS X 3d
,fGm
d~
Gm2
gravitacionai entre as massas é:

e) +------
X 3Gm X 3d d

A11) (ITA-99) Suponha um cenário de ficção


cientifica em que a Terra é atingida por um
imenso meteoro. Em consequência do
impacto, somente o módulo da velocidade da
Terra é alterado, sendo Vo seu valor (A)0 (B)G.'.^ d"
imediatamente após o impacto, como mostra
a figura abaixo. O meteoro colide com a Terra (C)G.Wrn/(R;' -</') (d'' - R3
exatamente na posição onde a distância entre (E)G.\ím(d} - R’)/d'(R;' - R.h
a Terra e o Sol é mínima (distância AO = R na
figura). Considere a atração gravitacionai A13) (ITA-06) Uma estação espacsãi em
exercida pelo Sol, tido como referencial forma de um toróide, de raio interno R-, e
inercial, como a única força de interação que externo R;. gira, com periodo P. em tomo do
atua sobre a Terra após a colisão, e designe seu eixo central, numa região de gravidade
por M a massa do Sol e por G a constante de nula. O astronauta sente que seu *peso*
gravitação universal. Considere ainda que o aumenta de 20%. quando cone cem
momento angular da Terra seja conservado,
velocidade constante v no interior
i desta
isto é, a quantidade de módulo m|f || v | sen a
estação, ao longo de sua maior
permanece constante ao longo da nova circunferência, confomie mostra a
trajetória elíptica da Terra em torno do sol figura.Assinale a expressão que indica o
(nessa expressão), m é a massa da Terra, módulo dessa velocidade.
|r| é o módulo do vetor posição da Terra em
relação ao Sol, |v| o módulo da velocidade
da Terra e a o ângulo entre r ev). A
distância (OB), do apogeu ao centro do Sol, R,
da trajetória que a Terra passa a percorrer
após o choque com o meteoro, é dada pela
relação:
R,

2nR2
b) v
P Vô i p

c)v=(1f+1} 2kR2
P
d)v=|J + l] 2,-tR;
P '

R2v02 R2Vo
a)
2GM - RV02
R2V2 sen
b)
2GM + RV02
R2v02
e)v = íl-1) 2nR2
P

c) d) A14) (ITA-10) Considere a Terra como uma


2GM + RV02 2GM + RV02
esfera homogênea de raio R que gira com
e) R velocidade angular uniforme w em torno do
seu próprio eixo Norte-Sul.Na hipótese de
A12) (ITA-00) Uma casca esférica tem raio ausência de rotação da Terra, sabe-se que a
interno R,, raio externo R, e massa M aceleração da gravidade seria dada por g =
distribuída uniformemente. Uma massa GM/R2.Como w ^0, um corpo em repouso na
puntiforme m está localizada no interior superfície por um dinamômetro, cuja direção
dessa casca, a uma distância d de seu Pode não passar pelo centro do
planeta.Então, o peso aparente de um corpo

287
................................................................... — ----— - ■

ELEMENTOS DA FÍSICA

de massa m em repouso na superfície da velocidade v’ no perigeu, isto é, v’ (a - e) = v


Terra a uma latitude X é dado por. (a + e), em que e é a medida do centro ao
foco da elipse. Nessas condições, podemos
afirmar que
772 A) E = -GMm/(2a). B) E = -GMm/(2b).
3 D) E = -GMm/Va2 +b2.
■-■ÍA C) E = -GMm/(2e)
1 Equador E) v' = V2GM/(a-e)

A17) (IME-84) Suponha um cometa em órbita


S elíptica em torno do Sol, com um semi-eixo
a) mg - mcü2R cos X maior a e um semi-eixo menor b. Determinar
b) mg - mw2R sen2 X a razão entre as velocidades v2 e Vi (v2/vf)
^1 - |^2co2R / g + (co2R / g)2 j sen2 X em função da excentricidade e da elipse.
c) mg
Vj

d) mg Jl-[2<ü2R/g-(a>2R/gi)2 Jcos2 X Sol

e) mg ^1-|^2a>2R/g-(a>2R/g)2j
sen2 X V1 I
A15) (ITA-12) Boa parte das estrelas do A18) (IME-85) Um planeta hipotético, esférico
Universo formam binários nos quais duas e de massa homogênea, com massa
estrelas giram em torno do centro de massa específica de 2500 kgf/m3 e raio de 10000 km,
comum, CM. Considere duas estrelas completa seu movimento de rotação em 16
esféricas de um sistema binário em que cada horas e 40 minutos. Calcular a que altura
qual descreve um órbita circularem torno deve ser colocado um satélite artificial para
desse centro. Sobre tal sistema são feitas que mantenha, enquanto em órbita, distâncias
duas afirmações: constantes em relação a estações de
I. O período de revolução é o mesmo para as rastreamento fixas na superfície do planeta.
duas estrelas e depende apenas da distância Considerar: n = 3,0 e k = 6400.10" 14
entre elas, da massa total deste binário e da m3/kg.s2 (constante gravitacional)
constante gravitacional.
II. Considere que R, e R2 são os vetores A19) (IME-09) Um planeta de massa m e raio
que ligam o CM ao respectivo centro de cada r gravita ao redor de uma estrela de massa M
estrela. Num certo intervalo de tempo At, o em uma órbita circular de raio R e período T.
raio vetor R, varre uma certa área A. Durante Um pêndulo simples de comprimento L
apresenta, sobre a superfície do planeta, um
este mesmo intervalo de tempo, o raio vetor
período de oscilação t. Dado que a constante
R2 também varre uma área igual a A. de gravitação universal é G e que a
Diante destas duas proposições, assinale a aceleração da gravidade, na superfície do
alternativa correta. planeta, é g, as massas da estrela e do
A) As afirmações I e II são falsas. planeta são, respectivamente:
B) Apenas a afirmação I é verdadeira. 4n2r2R 4n2Lr2 , . 4rt2R3 4rt2L2r
C) Apenas a afirmação II é verdadeira. a) e —5----- b) —=— e
T2G t2G T2G t2G
D) As afirmações I e II são verdadeiras, mas a
II não justifica a I. 4tt2R3 4rt2Lr2 4rt2rR2 4tt2L3
c) e d) e
E) As afirmações I e II são verdadeiras e, t2g t2G
além disso, a II justifica a I. 47t2rR2 47t2L2r
e) e
T2G t2G
A16) (ITA-13) Uma lua de massa m de um
planeta distante, de massa M > m, descreve
A20) (IME-10) Três satélites orbitam ao redor
uma órbita elíptica com semieixo maior a e
da Terra: o satélite S, em uma órbita elíptica
semieixo menor b, perfazendo um sistema de
energia E. A lei das áreas de Kepler relaciona com o semi-eixo maior ai e o semi-eixo menor
a velocidade v da lua no apogeu com sua bi; o satélite S2 em outra órbita elíptica com
semi-eixo maior a2 e semi-eixo menor b2; e o

288
L_.
■ES.JELEMENTOS DA FÍSICA

satélite S3 em uma órbita circular com raio r. • constante de gravitação universal: G;


Considerando que r = a! = b2, ai =# bi e a2 =# • massa específica do planeta: r.
b2, é correto afirmar que Consideração:
A) os períodos de revolução dos três satélites • Para efeito de cálculo do campo
são iguais. gravitacional, desconsidere a presença do
B) os períodos de revolução dos três satélites túnel.
são diferentes. 3 3n . 2n
C) S, e S3 têm períodos de revolução a) b)
npG 4pG VpG
idênticos, maiores do que o de S2.
D) S, e S3 têm períodos de revolução 2 2it
d) e)
idênticos, menores do que o de S2. npG ^ãpG
E) S2 e S3 têm períodos de revolução
idênticos, maiores do que o de Si. A24) Uma massa m é deixada cair de uma
grande altura h acima da boca de um túnel
A21) (IME-12) Um corpo estava em órbita que atravessa o centro da Terra, de massa M
circular em torno da Terra a uma distância do e raio R.
solo igual à 2RT, sendo RT o raio da Terra.
Esse corpo é colocado em órbita de outro
planeta que tem 1/20 da massa e 1/3 do raio
da Terra. A distância ao solo deste novo m
■ -•

planeta, de modo que sua energia cinética h


seja 1/10 da energia cinética de quando está
em torno da Terra é:
(A) 5/6 Rt (B) Rt (C) 7/6 Rt a) Com que velocidade a massa m passaria
(D) 4/3 Rt (E) 3/2 Rt pelo centro da Terra?
b) O movimento é harmônico simples?
A22) (IME-13) Um planeta desloca-se em c) O movimento é periódico?
torno de uma estrela de massa M, em uma
órbita elíptica de semi-eixos a e b (a > b). A25) Qual a relação aproximada entre altura
Considere a estrela fixa em um dos focos. H de uma montanha e a profundidade h de
Determine as velocidades mínima e máxima uma mina se o período das oscilações de um
do planeta. pêndulo simples no pico da montanha e no
Dados: fundo da mina for igual?
• constante gravitacional: G; a)h = 2H b)h = H c)V3h = H
• distância entre os focos: 2c.
d)V2h = H e)h = 3H
A23) (IME-14)
Túnel A26) Um satélite move-se em órbita circular,
'' Ponto material no mesmo sentido de rotação da Terra, no
plano do Equador terrestre com uma altitude
igual ao raio R da Terra. Determine que
velocidade, em relação à Terra, deve possuir
um observador, movendo-se sobre a linha do
Equador, para que o satélite apareça sobre
Planeta
ele sempre que se passa um intervalo de
tempo igual a t. Suponha que o satélite e o
observador movem-se no mesmo sentido,
que g é gravidade na superfície terrestre e
que T é o período de rotação da Terra.
a) (
^Y8R t T
Ir b) ftV2R 2nt "TJ
2nlRR
Considere um túnel retilíneo que atravesse
um planeta esférico ao longo do seu diâmetro.
2n 2n d)f/jL_ZZE 2n>l-
0 tempo que um ponto material abandonado
t TJ ^8R t TjR
sobre uma das extremidades do túnel leva
para atingir a outra extremidade é
Dados:
U5
e)
t
Ir
T I

289
ELEMENTOS DA FÍSICA

A27) Duas partículas de massas m, e m2 são d


soltas em repouso, separadas de uma
distância inicial r0, movendo-se apenas sob o
efeito de sua atração gravitacional mútua.
Calcule as velocidades das duas partículas m
quando se aproximam até uma distância r (<
r0) uma da outra.
A33) Uma partícula de massa 4m está
A28) Suponhamos que pudesse ser cavado situada a uma distância a de outra partícula
um túnel através da Terra (densidade p e de massa m.
massa Af), ao longo de um diâmetro, de uma a) Calcule as distâncias entre o centro de
superfície à outra. massa deste conjunto e os pontos onde o
a) Mostrar que o movimento de uma partícula campo gravitacional se anula.
que cai no túnel é harmônico simples. b) Existe algum ponto entre as partículas em
b) Se um objeto caísse pelo túnel, que tempo que o potencial gravitacional se anula?
gastaria para ir de um extremo ao outro? c) Calcule a energia potencial gravitacional
deste sistema.
A29) Sabe-se que, por causa do movimento d) Determine o lugar geométrico dos pontos
de rotação de um planeta, a força de para os quais o potencial gravitacional
gravidade no equador é menor que nos pólos. produzido pela partícula de massa 4m é igual
A que altura h sobre a superfície do planeta ao potencial produzido pela partícula de
em um dos pólos a força de gravidade será massa m.
igual a força sobre a superfície no equador?
Suponha que o planeta é uma esfera de raio A34) Um satélite descreve uma órbita elíptica
R. O período de rotação do planeta ao redor ao redor da Terra (massa M). Sabe-se que a
de seu eixo é T e a densidade média do máxima distância que alcança o satélite, em
planeta é p. relação ao centro da Terra, é r, e a mínima
distância é r2. Determine as velocidades
A30) (Olimpíada lberoamericana-98) Sabe-se máxima e mínima do satélite em seu
que a luz proveniente do Sol demora 8,5 movimento.
minutos para chegar a Terra. Faça uma
estimativa do valor da massa do Sol. A35) Um planeta órbita em torno do Sol uma
órbita elíptica de excentricidade s. Determinar
A31) Determinar a mínima distância h da a razão entre o tempo gasto pelo planeta para
superfície da Terra de um satélite artificial, ir de um extremo ao outro do eixo menor,
sendo conhecidos os seguintes parâmetros: quando mais próximo do Sol, e o período de
distância máxima do satélite em relação à revolução.
Terra H; o período de rotação do satélite em
redor da Terra Ts; o semi-eixo maior da órbita A36) Calcule o valor da energia total de um
lunar R; o período de movimento da Lua em planeta de massa m que oscila em torno do
redor da Terra TL e o raio da Terra Ro. Sol, de massa M, ao longo de uma órbita
elíptica de semi-eixo maior a e semi-eixo
A32) Faz-se uma cavidade esférica em uma menor b.
esfera de chumbo de raio R, tal que sua a) - GMm/2a b) - GMm/(a + b)
superfície toque a superfície externa da c) - GMm/2ó d) - GMm/a
esfera e passe pelo centro desta. A massa e) -2GMm/(a + b)
primitiva da esfera de chumbo era M. De
acordo com lei da gravitação universal, qual A37) Um satélite está se movendo em torno
será a força com que a esfera de chumbo de um planeta de raio r em uma órbita
atrairá uma pequena esfera de massa m elíptica. A mínima altitude do satélite em
localizada à distância d ao longo da reta que relação ao planeta é r/2 e a máxima altitude é
passa pelos centros das esferas e da 3r/2. Na máxima altitude a velocidade é v.
cavidade? Determine:
a) A velocidade angular do satélite na máxima
altitude.
b) A velocidade tangencial na mínima altitude.

290
ELEMENTOS DA FÍSICA

c) A velocidade angular do satélite na mínima A41) Um rebocador espacial descreve uma


altitude. órbita circular com 9600 km de raio ao redor
d) A razão entre as energia cinética do da Terra. A fim de transferi-lo para uma órbita
satélite da mínima altitude a na máxima circular maior com raio de 38400 km, o
altitude. rebocador é colocado primeiro numa órbita
elíptica AB, acionando seu motor quando ele
A38) Relacione a energia total e o momento passa em A, aumentando então sua
angular (de um corpo de massa m girando ao velocidade para 6096 km/h. De quanto
redor de outro de massa Af), no caso de deveria ser aumentada a velocidade do
movimento elíptico, ao semi-eixo maior a e à rebocador quando ele atingisse B para
excentricidade sda elipse. colocá-lo na órbita circular maior?

A39) Um satélite é projetado no espaço com


velocidade v0 a uma distância r0 do centro da
Terra pelo último estágio de seu foguete de 31 Jcmz>------- ■"
Xz/9600 km
lançamento. A velocidade v0 foi projetada
para colocar o satélite numa órbita circular de
raio r0. No entanto, devido ao mau
funcionamento do controle, o satélite não é
projetado horizontalmente, mas num ângulo
qualquer a com a horizontal, e como
resultado é impelido numa órbita elíptica.
Determine os valores máximo e mínimo da
distância do centro da Terra ao satélite.
A42) Um satélite é lançado numa direção
paralela à superfície da Terra (raio R) com
uma velocidade v0 de uma altitude r0.
Determine a máxima altitude alcançada r,
pelo satélite. _____

B A

A43) Lança-se um satélite a 600 km da


superfície da Terra, com uma velocidade
inicial de 30.106 m/h paralelamente à
A40) Um satélite é lançado numa direção superfície do planeta. Supondo que o raio da
paralela à superfície da Terra, com velocidade terra seja 6378 km e que sua massa seja de
de 30112 km/h e a uma altura de 384 km. 5,976.1024 kg, determine:
Determine a velocidade do satélite quando
atinge a altura máxima de 3744 km. Lembrar- Cfc = 3O MnVh |/
se de que o raio médio da Terra é de 6336
km. rp ’o

30112 km/h I
/
Terra ik

B A

600 km
3744 km a) a excentricidade da trajetória orbital;
b) a velocidade do satélite no apogeu.
384 km

291
I
ELEMENTOS DA FÍSICA I

A44) O satélite está em uma órbita circular a


18.106 m da superfície terrestre. Determine o
aumento de velocidade tangente à órbita que
deve ser comunicada ao foguete que órbita
ao lado do satélite para que ele siga em vôo 120 Mm
A
livre em uma trajetória parabólica, como
mostrado na figura.
10 Mm

a) Determine a mudança súbita na velocidade


que o foguete em A deve ter para que ele
entre na órbita do satélite, seguindo em vôo
livre ao longo da trajetória elíptica mostrada
na figura.
18 Mm b) Determine o ajuste súbito que deve ocorrer
na sua velocidade ao chegar a B, para o
foguete se manter na órbita circular.

A47) Duas estações espaciais S-, e S2 estão


A45) Um foguete está em vôo livre numa descrevendo órbitas circulares coplanares no
órbita elíptica A'A. O planeta não possui sentido anti-horário, com raios r0 e 8r0,
atmosfera e sua massa é 0,70 vezes a da respectivamente, em torno da Terra. Deseja-
Terra. As distâncias máximas e mínimas do se enviar um veículo de S, para S2. O veículo
foguete ao centro do planeta são 9.106 m e será lançado na direção tangente à órbita de
6.106 m, como indicado na figura. Si para alcançar S2 com velocidade tangente
à órbita de S2. Após uma curta fase de
propulsão o veículo viajará em vôo livre de Si
para S2. a) Determine a velocidade de
r = 3 Mm
lançamento (velocidade do veículo em
A A'
relação a Si) em termos da velocidade v0 de
S,. b) Determine o ângulo 0 que define a
posição requerida para S2 relativamente a Si
no instante do lançamento.

6 Mm 9 Mm ------------------ n
a) Determine a velocidade de vôo livre que o / 8r0

foguete deve ter em A' para que pouse no / ro \


ponto B. I S2 no
b) Quanto tempo o foguete leva para atingir a instante de
superfície do planeta, se ele segue a trajetória \
Si
"f
e
encontro
elíptica de A' a B? \
\ //
\ /
A46) Um satélite S está em uma órbita
circular ao redor da Terra, de raio 10.106 m.
S2 no instante de
Um foguete está localizado no apogeu da
lançamento
órbita elíptica, para a qual e = 0,58 e cuja
distância máxima ao centro da Terra é
120.106 m. A48) Uma nave espacial, de massa m,
descreve uma órbita circular de raio n ao
redor da Terra, a) Mostre que a energia
adicional AE que deve ser fornecida à nave
espacial para transferi-la até uma órbita de
raio r2 é AE = 9Mm(r2 ~ri) on(je m é a
2qr2

292
ELEMENTOS DA FÍSICA

massa da Terra, b) Mostre ainda que, se a no ponto X, para poder pousar como
transferência de uma órbita para outra é feita requerido.
colocando-se a espaçonave numa órbita de Método 1 Método 2
transição semi-elíptica AB, as energias AEa e
AEb que devem ser fornecidas em A e B são,
respectivamente:
aea=-Ü- AE e AEb = AE.
rl+r2

A51) Um míssil é disparado do solo com


velocidade v0, formando um ângulo a com a
vertical. Se o míssil deve atingir uma altitude
máxima igual ao raio da Tema:
a) demonstre que o ângulo necessário a é
I 1 fv . V
A49) (Olimpíada Colombiana) Um satélite definido pela relação sena = 2Jl- —< ,
move-se em uma órbita circular de raio R ao
redor da Terra, R = 2Rt (Rt = raio da Terra). onde Vesc é a velocidade de escape;
Em um certo momento, do satélite lança-se b) calcule os valores máximos e mínimos de
uma nave com destino a um planeta vizinho. v0.
A nave é lançada tangencialmente a órbita
circular e na mesma direção do movimento do
satélite. Como resultado, o satélite fica em
uma órbita elíptica, a qual passa muito perto
da Terra em um ponto que está oposto ao
local de lançamento da nave. Qual é a
relação entre as massas da nave e do satélite
antes do lançamento? Quanto tempo
transcorre desde que a nave é lançada até
quando o satélite alcança o ponto oposto de
sua órbita?

A50) (IPhO-73) Um ônibus espacial de massa


m está orbitando em torno da Lua (de raio R e
aceleração da gravidade igual a g, em sua
superfície) em um plano que contém o A52) Uma partícula será lançada da
equador da Lua, a uma altitude h sobre a superfície da Terra com uma velocidade
superfície lunar. Desejando pousar na Igm
superfície da Lua, o ônibus espacial diminui V° = vR- que forma Um ân9u,° 0 = 30° com
instantaneamente sua velocidade (expelindo a direção radial, onde M é a massa da Terra e
gases), quando o ônibus espacial passava R seu raio.
pela posição X. O pouso pode ser feito por
dois diferentes métodos:
Método 1: pousar em A, diametralmente
oposto a X, sendo os gases expelidos no
sentido contrário ao movimento.
Método 2: pousar em B, sendo os gases
expelidos na direção perpendicular ao
movimento.
Calcule, para cada método, a velocidade vx,
que deve ser adquirida pelo ônibus espacial

293
MMh ELEMENTOS DA FÍSICA

Prove que: A, do dispositivo de frenagem do satélite, sua


a) A partícula cairá, de retorno à Terra, em velocidade é diminuída de forma que inicia
um ponto a uma distância rcR/3 do ponto de uma órbita semi elíptica tangente à superfície
lançamento, medida ao longo da superfície da da Terra. Depois de quando tempo, após o
Terra. acionamento da frenagem, o satélite
b) A altitude máxima da partícula, acima da aterrizará na Terra em um ponto B sobre o
superfície da Terra, é aproximadamente eixo maior da órbita semi elíptica? Adote que
0.92R. a aceleração da gravidade na superfície da
Terra é g.
A53) (Olimpíada Americana-15) Uma nave
está orbitando em torno do Sol em uma órbita
circular muito próxima da Terra. O objetivo é
colocar a nave em uma órbita circular muito
próxima de Marte. A nave vai ser transferida
em uma órbita elíptica, como mostrado na
figura abaixo. Para iniciar a transferência de
órbita a nave receberá um incremento de
velocidade Av-, próximo à Terra e para
encerrar a transferência de órbita a nave
receberá um outro incremento de velocidade
Av2 próximo à Marte. Assuma que ambos
incrementos de velocidade são devidos à A55) Um planeta hipotético X de massa mx
impulsos instantâneos e ignore a variação de órbita circularmente (raio da órbita R) em
massa da nave, bem como a força de atração torno de uma estrela de massa ME muito
gravitacional da Terra e de Marte. Não ignore maior que a massa do planeta X, em dado
a atração do Sol! Assuma que as órbitas da momento, um meteoro de massa mM colide
Terra e de Marte em torno do Sol são inelasticamente (e = 0) com o planeta tal que
circulares e de raios RT e RM = RE/a, o conjunto passa a descrever a trajetória
respectivamente. As velocidades orbitais são elíptica da figura.
vT e vM, respectivamente. Planeta x + Meteoro

a) Determine o incremento de velocidade Av, Determine, em função de G, ME, mx, mM e R a


para mudar da órbita circular para a órbita quantidade de energia mecânica do conjunto
elíptica, em função de vT e a. formado pelo planeta X e meteoro unidos.
b) Determine o incremento de velocidade Av2
para mudar da órbita elíptica para a órbita A56) (Olimpíada Americana-09) Duas
circular, em função de vT e a. estrelas, cada uma de massa M e separadas
c) Determine a separação angular entre a de uma distância d, orbitam em torno do
Terra e Marte no instante em que a nave centro de massa comum. Um pequeno
inicia seu movimento em órbita elíptica. planeta de massa m (m « M) move-se ao
Expresse sua resposta apenas em função de longo de um eixo de simetria dos sistema
a. perpendicular ao plano das órbitas das
estrelas.
A54) Um satélite artificial se move ao redor da
Terra por uma órbita circular de raio R. Como
resultado da ação, de curta duração no ponto

294
ELEMENTOS DA FÍSICA

d) -^(1^1,1^2-27^1^2)

A59) (Olimpíada Americana-12) Duas massas


separadas de uma distância (. possuem
velocidades iniciais v0 perpendiculares ao
segmento que une as massas, como indicado
no diagrama. Despreze qualquer outra
interação gravitacional com as massas, ou
seja, as massas interagem gravitacionalmente
apenas entre si.
Seja Tp o período do movimento harmônico
simples do planeta para um pequeno Â
deslocamento do centro de massa ao longo
do eixo z e seja Ts o período do movimento
vo
das duas estrelas. Determine a razão Tp/Ts.
/
O
A57) (Olimpíada Americana-13) Considere
duas órbitas em torno do Sol indicadas na vo
figura. A órbita P é circular de raio R e a órbita
Q é elíptica de modo que o afélio está entre I
2R e 3R e o periélio está entre R/3 e R/2. a) Que condição deve ser imposta de modo
Considere as magnitudes da velocidade em que as massas eventualmente colidam?
órbita circular vc, a velocidade do cometa em b) Que condição deve ser imposta de modo
órbita elíptica no afélio vb e a velocidade do que as massas passem a se mover em
cometa na órbita elíptica no periélio va.
órbitas circulares de diâmetro £?
Assinale a alternativa que indica uma ordem
relativa correta entre as velocidades. c) Que condição deve ser imposta de modo
c vc que as massas sigam órbitas fechadas?
d) Qual a menor distâncias entre as massas
ao longo de suas trajetórias?
V.
A60) (Olimpíada da lnda-10) Uma esfera
a R
sólida de massa m possui raio R. A energia
potencial gravitacional a uma distância r (< R)
do centro da esfera é:
a)-|?(3R2-r2) b)-|^(R2-r2)
K Zr\
a) vb > vc > 2va b) 2vc > vb > va
c) 10vb > va > vc c)-^(3R2-r2) d)-^(R2-r2)
d) vc > va > 4vb
e) 2va>V2vb> vc Zr\ rx

A58) (Olimpíada da lndia-13) Dois corpos de


M, e M2 estão separados de uma distância d.
0 valor da energia potencial no ponto onde a
força gravitacional resultante é nula vale:
a) -^(Ml+M2+2^M1M2)

b) -|(MlM2+27M1M2)

c) -^(M,-M2+2>/M1M2)

295
ELEMENTOS DA FÍSICA

HIDROSTÁTICA
INTRODUÇÃO

A matéria pode ser classificada por sua forma física como um sólido, um líquido ou um
gás. As moléculas dos sólidos, à temperaturas e pressões ordinárias, têm a atração forte entre
elas e permanecem em posição fixa relativa a uma outra. Logo, um sólido tem um volume e forma
definidos e sofre deformações finitas sob a ação de uma força. As moléculas dos líquidos a
pressões e temperaturas ordinárias têm pouca atração entre elas e trocam de posição relativa
uma a outra. Em consequência, os líquidos têm o seu volume definido pelo recipiente que o
contém
As moléculas dos gases, à temperaturas e pressões ordinárias, possuem atração muito
pequena e o movimento é devido ao acaso. Assim, os gases não possuem volume nem formato
definitivo, adotam a forma do recipiente de armazenamento por completo.
Devido os líquidos e os gases, à temperaturas e pressões ordinárias, não resistem à ação
de um esforço cortante e contínuo, deformando de acordo com sua ação, denomina-se os mesmo
de fluidos.
O ramo da Física que estuda os efeitos das forças que atuam sobre os fluidos se
denomina Mecânica de Fluidos, tradicionalmente subdividida em duas partes: hidrostática e
hidrodinâmica.
Hidrostática: estuda o equilíbrio dos fluidos sob a ação de forças estacionárias.
Hidrodinâmica: estuda o movimento de fluidos e as causas que produzem seu movimento.

DENSIDADE E MASSA ESPECÍFICA

Densidade de um corpo é definido como a razão entre sua massa m e seu volume total V
(incluindo possíveis regiões com ausência de massa). Normalmente é simbolizada pelas letras p,
p ou d. Neste livro, densidade será designada por p. Logo:

m
P=V

kci
No sistema internacional de unidades, a unidade de densidade é —.
m
Massa específica é definida para cada material como a razão entre a massa e o volume,
porém no volume considera-se apenas a parte ocupada pelo material, excluindo possíveis partes
ocas. Pela definição, é possível perceber uma sutil diferença entre densidade e massa específica.
A massa específica, embora definida de forma análoga à densidade, é propriedade de uma
substância, e não de um objeto. Supõe-se, pois, que o material seja homogêneo e isotrópico ao
longo de todo o volume considerado para o cálculo, e que este seja maciço. Um objeto oco pode
ter densidade muito diferente da massa específica do material que os compõem, a exemplo os
navios. Por exemplo, a massa específica do ferro é 7,8 kg/m3, porém um navio, que é construído
basicamente a partir do ferro, por possuir mais regiões ocas do que maciças, apresenta uma
densidade muito inferior ao da massa específica do ferro.
É possível utilizar uma escala de densidades relativas em relação a alguma substância.
Para determinar a densidade relativa do objeto A em relação ao objeto B basta fazer a divisão
entre suas densidades:

PrAB = P*
Pb

Por ser a razão entre duas grandezas de mesma unidade, a densidade relativa é uma
grandeza unidimensional.

296
ELEMENTOS DA FÍSICA

É muito comum trabalhar com a densidade relativa à água em situações em que se está
analisando a flutuabilidade de um objeto quando abandonado sobre a água. Como a densidade
da água é 1000 kg/m3, se é afirmado que a densidade de um objeto com relação a água é 1,2,
segue que sua densidade absoluta é 1200 kg/m3,
Peso específico é definido como o produto da massa específica pela gravidade y = pg,
onde a unidade do peso específico é N/m3.

PRESSÃO

Os fluidos não suportam esforços cortantes ou de tensão, devido a isso, o único esforço
que se pode exercer sobre um objeto submergido em um fluido estático é o que tende a comprimir
o objeto em todas as direções. Em outras palavras, a força que exerce o fluido estático sobre um
objeto sempre é perpendicular às superfícies do objeto, como ilustrado na figura abaixo.

Cl

Se imaginarmos uma superfície dentro do fluido, a matéria fluida a cada lado da superfície
exerce forças iguais e opostas. Considere uma superfície pequena de área dA centrada em um
ponto no fluido, a força normal que o fluido exerce sobre cada lado é dFj..

^dFx

dA
^dF±

Definimos a pressão p nesse ponto como a força normal por unidade de área, ou seja, a
razão entre dF± e dA:

d^
P
dA

Se a pressão é a mesma em todos os pontos de uma superfície plana finita de área A:

donde F± é a força normal em um lado da superfície. A unidade do SI para a pressão é pascal:

1 pascal = 1 Pa = N/m2

A pressão atmosférica Pal é a pressão da atmosfera terrestre, ou seja, a pressão no fundo


deste "mar” de ar e que vivemos. Esta pressão varia com o estado de tempo e com a altitude. A

297
ELEMENTOS DA FÍSICA

pressão atmosférica normal ao nível do mar (valor médio) é 1 atmosfera (atm), definida
exatamente como 101,325 Pa.

VARIAÇÃO DA PRESSÃO COM A PROFUNDIDADE EM UM LÍQUIDO

Para encontrar a variação da pressão com a profundidade, consideremos o estudo de uma


porção de fluido como se mostra na figura, consistente em um prisma de área A e altura dy, a uma
altura y do fundo do recipiente.

IPgAdy

-y=0

A pressão à altura y é p e a pressão em y + dy é p + dp. O peso do elemento é pgAdy,


onde p é a densidade do fluido. Como o elemento está em equilíbrio:

^Fy=0 => pA - (p + dp)A - pgAdy = 0 => - Adp - pgAdy = 0 => dp


-^ = -pg
dy

Esta equaçao indica que se y aumenta, p diminui; ou seja, conforme mais se desce no
fluido, a pressão aumenta, como já era esperado.

DIFERENÇA DE PRESSÃO ENTRE DOIS PONTOS DE UM FLUIDO

Sejam p, e p2 são as pressões nas alturas yi e y2 respectivamente, em relação ao fundo do


recipiente. A densidade do fluido é p em um local onde a gravidade é g.

h
, 1
y
y
,-o|
Então:

dP P2 _ Pl = -pg => P2 - Pi = - pg(y2 - yi) => pi = p2 + pgh


- = -pg
dy Y2 Yi

298
ELEMENTOS DA FÍSICA

Pode ser útil expressar a equação em termos da profundidade abaixo da superfície do


fluido. Para tanto, basta tomar o ponto 1 no interior do fluido, sendo p a pressão nesse ponto, e o
ponto 2 na superfície do fluido, onde a pressão é p0 (o índice indica profundidade zero). A
profundidade do ponto 1 abaixo da superfície é h = y2 - y,. Desta forma:

Pi = Po + pgh

A pressão p a uma profundidade h é maior que a pressão pO na superfície, em uma


quantidade pgh. Observe que a pressão é a mesma nos pontos quaisquer situados no mesmo
nível no fluido. A forma do recipiente não importa.

PRINCÍPIO DE PASCAL

Se mediante algum agente externo aumentamos a pressão na superfície, a pressão em


todos os pontos do fluido sofrerá igual aumento, ou seja, a variação de pressão em alguma parte
do fluido confinado introduz a mesma variação de pressão em todas as partes do fluido. Esse
enunciado corresponde ao Princípio de Pascal. Frequentemente utilizado na prática da
engenharia, como a prensa hidráulica.

A £ ^2

A prensa hidráulica é o instrumento representada na figura, sendo constituída de dois


pistões que podem se movimentar sem atrito e aprisionam um fluido incompressivel. Sobre o
pistão de seção transversal pequena, Ai é exercido uma força Fv A pressão se transmite a um
cilindro de maior área A2 sobre o que exerce uma força F2 muito maior.

P
- F*=F^
A, A2

Barômetro

A pressão na superfície de um fluido que se encontra em um recipiente aberto à atmosfera


não é nula e sim igual à pressão atmosférica. Esta última se deve ao fato de estarmos imersos em
um fluido compressível constituído pelo ar. A atmosfera da Terra exerce uma pressão sobre todos
os objetos com os quais está em contato. A pressão atmosférica sobre a superfície terrestre a
denotaremos por p0, e é igual à pressão exercida pelo peso de toda a coluna de ar que está por
cima da superfície. A pressão atmosférica p0 não é desprezível ou insignificante como algumas

299
ELEMENTOS DA FÍSICA

pessoas podem crer. Pelo contrario, a pressão atmosférica possui um papel importante em
numerosos aparatos e máquinas da vida diária.

Considere um tubo de 1 m de comprimento e seção transversal A, fechado por um dos


extremos. Enchemos o tubo com mercúrio e coloquemos o tubo, com o extremo aberto para
baixo, em um recipiente com mercúrio. Observaremos que o nível do mercúrio se situará
aproximadamente 760 mm do nível do recipiente.

vácuo
pressão =0

h — '60 nun

pressão po

Vs i
No extremo superior do tubo existe vácuo. Existem apenas duas forças que atuam na
coluna de mercúrio que está no tubo, a força do mercúrio que está no recipiente e o próprio peso
do mercúrio no interior da coluna. Como o mercúrio está em equilíbrio no interior do tubo:

PoA - pHg.g.h.A => p0 - pHg.g.h

Como a densidade do mercúrio é pHg = 13,6 g/cm3, g vale aproximadamente 9,8 m/s2 e h =
760 mm, encontra-se p0 = 1,1013.105 Pa = 1 atm.

A força que eleva o mercúrio no interior do tubo é devido à pressão atmosférica. O


dispositivo que acabamos de descrever é um barômetro de mercúrio. A altura da coluna de
mercúrio mede a pressão atmosférica. A pressão atmosférica medida ao nível do mar
corresponde a 760 mm de mercúrio. Ao repetir o mesmo experimento, porém com uma columa de
água, a altura será 13,6 vezes maior (recorde que a densidade do mercúrio é 13,6 g/cm3 e a da
água é 1 g/cm3).

Barômetro de mercúrio em U

Considere a figura onde se mostra um tubo fechado em um extremo, dobrado em forma de


U, aberto pelo outro extremo, onde atua a pressão atmosférica que se deseja medir. O mercúrio
alcança uma certa posição de equilíbrio, onde pelo extremo fechado, por existir vácuo, a pressão
é nula. Ao nível indicado, a pressão deve ser a mesma, de modo que podemos igualar

p0 = h mmHg

300
ELEMENTOS DA FÍSICA

vácuo

Pa

Manômetro em U de líquido

A coluna em U contém um líquido (líquido manométrico), por exemplo água, de modo que
na situação de equilíbrio, quando a pressão p no recipiente que contém um gás é maior que a
atmosférica, a condição de equilíbrio indicada na figura é p = p0 + pLgh, de modo que, de posse da
altura h, teremos uma medida da pressão relativa.

Pa

Pressão relativa e pressão absoluta

A pressão relativa à atmosférica será p - p0 = pugh. A pressão absoluta p pode também ser
calculada por esta expressão se a pressão atmosférica é medida por um barômetro. Se a pressão
no recipiente que contém o gás é menor que a atmosférica, a situação de equilíbrio será como se
indica na figura seguinte, de modo que a condição de equilíbrio será p + pLgh = p0, dando para a
pressão relativa p - p0 = - pLgh, um valor negativo que implica que a pressão no interior do
recipiente é menor que a atmosférica. Igualmente, se pode calcular a pressão absoluta se a
pressão atmosférica é conhecida: p = p0 - pigh.

301
^ ELEMENTOS DA FÍSICA

p
li


Vasos Comunicantes

Vaso comunicante é um sistema em forma de U, formado por dutos que não necessitam
possuir o mesmo formato. Quando se tem um único líquido em equilíbrio contido no recipiente, a
altura alcançada por esse líquido em equilíbrio em diversos vasos comunicantes é a mesma,
qualquer que seja a forma de seção do ramo. E, mais importante ainda, para todos os pontos do
líquido que estão na mesma altura, obtém-se também a mesma pressão.

h h

Caso dois líquidos imiscíveis e de densidades diferentes ocupem o sistema de vasos


comunicantes, o líquido com menor densidade ocupará apenas um dos vasos e ficará do líquido
com maior densidade. A separação entre os líquidos é horizontal.

líquido 2
tl2
h. líquido 1

É possível relacionar as alturas dos líquidos nos dois vasos. Para tanto, basta observar
que dois pontos no líquido 1 na mesma possuem a mesma pressão. Logo, existe uma linha
isobárica horizontal que passa pela região de contato dos líquidos, fazendo com que a coluna de
altura h, do líquido 1 possua mesma pressão que a coluna de altura h2 líquido 2.

Po + Pighi — po + p2gh2 => pihi — p2h2

Desta forma, dois líquidos imiscíveis em vasos comunicantes atingem alturas inversamente
proporcionais às suas massas específicas (ou densidades).

302
ELEMENTOS DA FÍSICA

Força de líquidos sobre paredes verticais

As forças horizontais, causadas pela pressão sobre superfícies verticais em contato com o
fluido, aumentam linealmente com a profundidade, de modo que as forças estão distribuídas de
forma não uniformes sobre as superfícies verticais. A resultante desse sistema de forças paralelas
é, em geral, uma força paralela aplicada em um ponto chamado centro de pressão, respeito ao
qual o torque das forças distribuídas é equivalente ao torque da força resultante.

O O

yP

y y
Para o caso de comportas e situações similares, a força devido à pressão atmosférica atua
por ambos os lados, e então a omitiremos da análise, por não contribuir com a força horizontal
atuando sobre a superfície. A figura seguinte ilustra uma situação típica, onde pelo interior de uma
superfície existe um fluido e pelo exterior está a atmosfera.

superfície do fluido
|y

Considere uma comporta vertical, de largura L e altura h, que encerra água, de densidade
p. Da definição de pressão segue que F = JpdA, ou seja, a força é igual a área do gráfico da
pressão pela área. Como a pressão aumenta de forma linear com a profundidade, o gráfico da
pressão pela área é uma reta que passa pela origem do gráfico p x A:

“P

pgh

HWKaussi

303
ELEMENTOS DA FÍSICA

Logo, a força sobre a superfície vertical da comporta, devido à pressão da água, é igual a
área de um triângulo de base Lh e altura pgh:

F (Lh)(pgh) pgLh2
=> F=
2 2

Note que pgLh2 é o valor da força, devido a ação do fluido, no fundo de um recipiente de
altura h e cuja base possui as mesmas dimensões da comporta: L e h. Deste modo, a força
resultante na comporta vertical é metade da força no fundo do recipiente que possui as mesmas
dimensões da comporta.

Força de líquidos sobre superfícies curvas

Para cálculo da impulsão hidrostática sobre uma superfície curva, as forças elementares
de pressão são decompostas na componente vertical e numa componente horizontal que será a
resultante de todas as forças horizontais. A resultante das componentes horizontais é a impulsão
hidrostática horizontal, Fh e a resultante das componentes verticais é a impulsão hidrostática
vertical, Fv.

h a + p = 909

dF
1a

No caso mais geral de uma superfície curva, a pressão num dado ponto da superfície
premida pode identificar-se com a pressão em uma área elementar plana, dA. A força elementar
de pressão que atua sobre essa área elementar é determinada por:

dF = pdA

Considerando as hipóteses simplificativas de que a superfície livre do reservatório está à


pressão atmosférica local e que dentro do reservatório a densidade é constante, ou seja existe
apenas um fluido a comprimir a superfície sólida, o valor da pressão em um ponto da superfície
curva é determinada por:

p = pgh

e a força elementar de pressão que atua sobre a área elementar dA com centro no ponto referido
é determinada por:

dF = pdA = pg hdA

A componente vertical da força elementar de pressão é dada por:

dF„ = dF cos a = p g h dA cosa

304
ELEMENTOS DA FÍSICA

O fator dAcosa representa a projeção vertical da área elementar sobre um plano horizontal
e designa-se por dAv.

dFv = p g dA cosa = p g h dAv

O fator V h dA representa o produto de uma área horizontal por uma altura do líquido, ou
seja o volume do líquido acima da projeção, sobre um plano horizontal, da área elementar.
Considerando a área elementar plana (dimensões muito pequenas) o volume referido coincide
com o volume de líquido acima da área elementar. Deste modo, a componente vertical da força
elementar de pressão é igual ao peso do volume do líquido acima da área elementar.

dFv = pg h Av

A resultante da componente vertical das forças de pressão sobre toda a superfície é obtida
pela integração da equação anterior a toda a área:

Fv = jAdFv = jApghdAv =pgjAhdA,V

A integral da equação é igual ao volume do líquido acima da superfície curva. Logo:

Fv = pgV => Fv = peso do líquido acima da superfície curva

Fv

A componente horizontal da força elementar de pressão é dada pon

dFh = dF cos p = p g h dA cos p

O fator dA cos p representa a projeção horizontal da área elementar sobre um plano


vertical designada por dAh.

dFh = p g h dA cos p = p g h dAh

O fator h dAh representa o produto de uma área vertical (projeção da área elementar sobre
um plano vertical) pela distância do centro de gravidade dessa área a um dado eixo. A resultante
da componente horizontal das forças de pressão sobre toda a superfície curva é obtida pela
integração da equação anterior a toda a área.

Fh — JAdFh — pgJhdAh
A

305
ELEMENTOS DA FÍSICA

Perceba que JhdAh é a projeção da área da superfície curva em um plano vertical. Assim,
A
a componente horizontal da força hidrostática sobre a superfície curva é igual (em intensidade e
linha de ação) à força que age sobre sua projeção vertical.

Fh

í Ah

Variação da pressão atmosférica com a altitude

Já foi demonstrado como varia a pressão com a profundidade em um fluido: dp = - pgdy, e


já temos resolvido o problema para fluidos incompressíveis (líquidos). Consideremos agora o caso
de um fluido compressível e nos restringiremos ao caso de um gás que se comporta como gás
ideal (isto ocorre com o ar atmosférico).
Para grandes alturas, a temperatura da atmosfera diminui de forma aproximadamente
linear até uma altitude de 11 km, expressando-se esta dependência na forma T(y) = To - 0y, onde
To é a temperatura ao nível do mar e p é o gradiente térmico.
Para um gás que se comporta como gás ideal:

m rn _ Mp
pV = nRT => p—= —RT P~ RT
p M

Substituindo na variação diferencial da pressão com a altura:

. j Mp , dP Mg [P ldp = _M9 fh 1 =>


dp = -pgdy => dp = -—^gdy dy dy
r\ I P R(T0-Py) Jpo p T Jo T0-py
Mg Mg
lnp-lnp0=^[ln(T0-ph)-ln(T0)] T0-ph |Rp T0-ph>
In— In => P = Po
K Po To To J

306
^elementos da física

0 PRINCÍPIO DE ARQUIMEDES

Quando um objeto é imerso em um fluido (um líquido ou um gás), experimenta uma força
ascendente da flutuabilidade porque a pressão no fundo do objeto é maior que na parte superior.
0 grande cientista grego Arquimedes (287-212 AC) fez uma observação, atualmente conhecida
como o princípio de Arquimedes:

"Qualquer objeto totalmente ou parcialmente submergido em um fluido é empurrado


para cima por una força igual ao peso do fluido deslocado"

Para ver que isto é verdade, considere uma porção pequena de água em um recipiente
como se mostra na figura. A água sobre esta porção atua para baixo com uma força igual ao seu
peso. A água abaixo da porção empurra esta para cima. Sabendo que a porção de água está em
equilíbrio, a força para cima equilibra as forças para baixo:

F, + P = F2

1^2

A força resultante, com sentido para cima, devido ao fluido se chama força Empuxo, e
possui valor E = F2 - Fi = P, onde P é o peso da porção de fluido considerado. Se a porção de
água de peso P é substituída por um objeto da mesma geometria, este objeto também sentiría a
mesma força do empuxo para cima E = P. Assim, a força de empuxo E é igual ao peso da porção
deslocada de fluido, ou seja,

E = mLg = pLgVLD,

onde pL é a densidade do fluido e VLD é o volume do corpo submergido (que equivale ao volume
do líquido deslocado).
Se o peso do objeto é maior que P (o peso do fluido deslocado), o objeto afundará.
Entretanto, o corpo sempre experimenta a força de empuxo, razão pela qual um objeto sente estar
menos pesado quando submergido que quando fora da água. Se o peso do objeto é menor que o
peso de água deslocada, quando o corpo é submergido totalmente, o mesmo experimentará uma
força para cima e flutuará até a superfície. Parte do objeto ficará acima do nível a superfície. A
parte submergida do corpo desloca um peso de fluido igual ao peso do objeto.

Centro de Empuxo (CE)


É o ponto onde está aplicada a força de empuxo e coincide com o centro de gravidade do
volume de líquido deslocado. Se o corpo é homogêneo e está totalmente submergido, seu centro
de gravidade coincide com o centro de empuxo.

É
CE

307
ELEMENTOS DA FÍSICA

Afunda ou Flutua?

No cotidiano, é muito comum afirmar que corpos relativamente pesados afundam quando
colocados no seio de um fluido. Entretanto, esse conceito está errado, uma vez que não é apenas
o peso que influencia no fato do corpo afundar ou flutuar em um fluido, mas sim sua densidade
relativa ao fluido em questão.
Considere que um corpo de densidade pc é colocado totalmente no interior de um fluido de
densidade pL. Neste corpo atuam duas forças: peso P e empuxo É .

Existem apenas três possibilidades:


1) Se |P|>[É| o corpo afunda: |P|>|É| => pcgV> pLgV => pc>Pl
2) Se | P |<l É | o corpo flutua: | P |<| È | => pcgV < pLgV => pc<pL
3) Se | P|=| Ê| o corpo fica em equilíbrio: | P|=| É| => pcgV = pLgV => pc = Pl

No caso em que pc = pL, o corpo fica em equilíbrio em qualquer posição totalmente no


interior do fluido. No caso em que pc < pL, o corpo, que inicialmente foi colocado totalmente no
interior do fluido, vai subir em direção a superfície do fluido e ficará com parte de seu volume
emerso e outra parte imerso no fluido.

Quando o corpo se mantiver em equilíbrio na superfície do fluido, ocorrerá uma igualdade


entre os módulos do peso e do empuxo. Supondo que o corpo possui uma área transversal A
constante, se x é a altura do corpo que está para fora do fluido e h sua altura total, segue que:

Pc h-x
|P|=|E| => pcgV = pLgVLD => pcgAh = pLgA(h - x) =>
Pl h

Note que, para um corpo que flutua no líquido, o percentual do volume do corpo que está
imerso no fluido é igual a razão —, que é a densidade relativa do corpo em relação ao fluido. Se
Pl
a área da seção transversal do corpo for constante, a razão — é igual ao percentual da altura
Pl
imersa do corpo.

308
ELEMENTOS DA FÍSICA

Quando o Princípio de Arquimedes não é válido?

Considere a situação em que um corpo está sobre o ralo de uma pia, vedando a passagem
de qualquer tipo de fluido pelo ralo. Quando a torneira é aberta, a água passará a encher a pia. O
corpo irá deslocar uma certa quantidade de água igual ao seu volume imerso, porém a água não
estará em contato com todos os pontos do corpo. Lembre que na demonstração da expressão do
empuxo é necessário que existam duas forças verticais: F, com sentido para baixo e F2 com
sentido para cima, ambas devido à ação da pressão do fluido sobre a superfície do corpo. Neste
exemplo, existe apenas F-], uma vez que a água não está em contato com a parte inferior do
corpo. Por mais que você considere que exista ar na região do ralo, a pressão devido apenas ao
contato com o ar será muito inferior se considerássemos que a água estivesse em contato com
todos os pontos da superfície do corpo.

Do exposto, fica claro que para o princípio de Arquimedes ser válido é necessário que
todos os pontos do corpo considerado devem estar envolto pelo fluido. Caso contrário, como o
exemplo mencionado, o princípio de Arquimedes não é válido.

Equilíbrio rotacional de objetos flutuantes


Um corpo apresenta estabilidade vertical quando um pequeno deslocamento vertical em
qualquer sentido origina forças restauradoras que tendem a devolver o corpo a sua posição
original e apresenta estabilidade rotacional quando ao aplicar um pequeno deslocamento angular
se origina um binário restaurador. Na figura se mostra os diversos casos de equilíbrio que se
apresentam.

P.

b Ê
£
a) Estável. Ocorre quando o centro de gravidade do corpo está por baixo do centro de empuxo,
para una pequena rotação o par de forças tenderá a retornar o corpo a sua posição inicial.
b) Instável. Ocorre quando o centro de gravidade do corpo está por cima do centro de empuxo
para uma pequena rotação o par de forças tenderá a fazer girar o corpo para uma nova posição
de equilíbrio.
c) Indiferente. Ocorre, por exemplo, para uma esfera, onde o peso e a força de empuxo são
sempre colineares ao ser aplicada qualquer rotação.

309
ELEMENTOS DA FÍSICA i
*
TRANSLAÇÃO DE FLUIDOS

Um fluido pode estar sujeito a translação ou rotação com aceleração constante sem
movimento relativo entre partículas. Esta condição de equilíbrio relativo faz com que o fluido esteja
livre de esforços cortantes e se aplicam as leis da hidrostática, levando em consideração os
efeitos da aceleração.

Translação Horizontal
Se o recipiente que contem um líquido de densidade p se traslada horizontalmente com
aceleração constante ax, a superfície inicialmente horizontal se inclina com uma inclinação que
será calculada posteriormente.

ãx

hi e-

PiA L p2A

Na figura consideremos um prisma de líquido paralelamente a uma reta horizontal. A


pressão não varia de forma igual a um líquido em repouso. Para o corpo livre:
22Fx = max => p-|A - p2A = pLAax => pghiA - pgh2A = pLAax => g(hi - h2) = Lax =>
a^ h, -h2 a^ tge constante e a superfície livre da fluido é um plano inclinado
g L g

A partir desse resultado é possível encontrar outra forma de calcular a pressão em


determinado ponto de um fluido em translação horizontal. Considere um elemento infinitesimal no
interior do fluido. Como — = tg0, é possível formar um triângulo retângulo cujos catetos sejam ãx
g
e g. Desde que a inclinação do líquido com relação a horizontal é 0, a hipotenusa desse triângulo
retângulo formado por ãx e g é perpendicular à superfície do fluido. Suponha que a altura e a
menor distância do elemento à superfície do fluido sejam h e d, respectivamente, como indicado
na figura 2. Note que o ângulo formado pelos segmento de comprimentos h e d vale 0. Deste
modo, conclui-se que d = h.sen 0.

ãx

y
ie/
I / e_
â

figura 1 figura 2

No triângulo retângulo formado por ãx e g, a hipotenusa é denominada de aceleração


efetiva ãef e seu módulo vale aef = 7ax + 92 • Além disso tem-se g = aef.sen 0.

A pressão relativa no elemento destacado vale:

310
_ ELEMENTOS DA FÍSICA

d
P = p.g.h = p.ae(.sen0. = p-7ax +g2-d
senô

Este resultado mostra uma similaridade entre um fluido em repouso e um fluido em


translação horizontal, com relação ao cálculo da pressão relativa no interior do fluido. Em ambos
os casos a pressão relativa em determinado ponto P é igual ao produto da densidade pela
componente da aceleração na direção perpendicular da superfície do fluido pela distância de P até
a superfície livre do fluido.

Translação Vertical
Se o recipiente que contem um líquido de densidade p se move com aceleração vertical ay
ascendente, a superfície livre permanece horizontal. A pressão é constante em planos horizontais,
porém é diferente de quando está em repouso.

lpiA

TPzA

Para o elemento destacado:

í av
p2A - p,A - pLAg = pl_Aay p2-Pi = pgL 1+—
i g

Se o ponto 1 estiver na superfície do líquido, a pressão em um ponto qualquer abaixo da


superfície a uma profundidade h será:

[ av
p = p0 + pgh 1+—
l 9
Se a aceleração ay for para baixo, o valor da pressão será dado por

í av
p = p0 +pgh 1—y-
l g
para 0 < ay < g. Se ay > g o liquido perde contato com o fundo do recipiente e assim p = p0.

311
ELEMENTOS DA FÍSICA

Rotação uniforme ao redor de eixo vertical


Se um recipiente aberto parcialmente cheio com um líquido gira ao redor de um eixo
vertical com velocidade angular constante, não existe movimento relativo entre as partículas do
fluido e do recipiente. A superfície, que inicialmente era horizontal, toma uma forma parabólica
como será demonstrado.

Na figura, consideremos uma partícula de massa m no ponto A. Aplicando a segunda lei de


Newton no eixo x:

ZFx=max Nsen 6 = mco2x (1)

No eixo y:

^Fy=0 => Ncos 6 = mg (2)

co2x dy
De (1) e (2) segue que tgS = ■----- . Porém, como tg0 = —:
' ’ g dx

y 2 x
dy co2x <o2 . co2x2
=> dy= — xdx Jdy = — Jxdx y’^T + C
dx g g o 9 o

Para calcular a constante C basta reparar que a parábola passa pelo ponto (0, 0). Deste
modo segue que C = 0, fazendo com que a equação da parábola seja:

<b2x2
y“ 2g

A pressão manométrica a uma profundidade h do vértice da parábola será:

( w2x2
p = pg(h + y) => p = pg h + ———
l 2g

312
(T-------------- ' '----------------------- ’ ' ........................ • -- ■ ■ ■

ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) (Unesp-13) O sifão é um dispositivo que permite transferir um líquido de um recipiente mais
alto para outro mais baixo, por meio, por exemplo, de uma mangueira cheia do mesmo líquido. Na
figura, que representa, esquematicamente, um sifão utilizado para transferir água de um recipiente
sobre uma mesa para outro no piso, R é um registro que, quando fechado, impede o movimento
da água. Quando o registro é aberto, a diferença de pressão entre os pontos A e B provoca o
escoamento da água para o recipiente de baixo.
R

AB
0.4 m

1,2 m

________ ________ ,
Considere que os dois recipientes estejam abertos para a atmosfera, que a densidade da água
seja igual a 103 kg/m3 e que g = 10 m/s2. De acordo com as medidas indicadas na figura, com o
registro R fechado, a diferença de pressão PA - Pb. entre os pontos A e B, em pascal, é igual a
a) 4000. b) 10000. c) 2000. d) 8000. e) 12000.
Solução:
As pressões em A e B podem se calculadas observando as colunas de água:
i) Po = Pa + pghA 105 = pA + 103 10.0,4 => pA = 6000 Pa
Ü) Po = Pb + pghB 105 = pB + 103.10.1,2 => pB = -2000 Pa
Logo: Pa — Pb = 6000 — (— 2000) = 8000 Pa
Obs: Não há nenhum problema em uma pressão assumir valor negativo, basta que exista algum
dispositivo de sucção, como é o caso do sifão.

ER2) (ITA-87) Um tanque fechado de altura h2 e área de secção S comunica-se com um tubo
aberto na outra extremidade, conforme a figura. O tanque está inteiramente cheio de óleo, cuja
altura no tubo aberto, acima da base do tanque, é h-,. São conhecidos, além de h, e h2: a pressão
atmosférica local, a qual equivale a uma altura H de mercúrio de massa específica pm, a massa
específica po do óleo, a aceleração da gravidade g. Nessas condições, a pressão na face inferior
da tampa S é:

t
h2

A) pog (H + h2) B) g (Pm H + po h, - po h2) C)g(pmH Po hi)


D) g (pm H + po h2) E) g (Prn H + pm h, - Po h2)
Solução: Alternativa B

313
ELEMENTOS DA FÍSICA

A pressão em um ponto P na face inferior da tampa é igual a pressão em um ponto do tubo na


mesma horizontal de P. Logo:
P = Po + Po-g (hi - h2) = pm.g.H + p0.g.(hi - h2) = g(pmH + potu - p0h2)

ER3) (ITA-03) Num barômetro elementar de Torricelli, a coluna de mercúrio possui uma altura H,
que se altera para X quando este barômetro é mergulhado num líquido de densidade D, cujo nível
se eleva a uma altura h, como mostra a figura. Sendo d a densidade do mercúrio, determine em
função de H, D e d a altura do líquido, no caso de esta coincidir com a altura X da coluna de
mercúrio.

h "
x

O'" „
Solução:
Fazendo o equilíbrio de pressões na superfície do mercúrio: d.g.X = d.g.H + D.g.h

Comox = h: d.h = d.H + D.h => h=


d-D

ER4) (ITA-09) Para ilustrar os principais de Arquimedes e de Pascal, Descartes emborcou na


água um tubo de ensaio de massa m, comprimento L e área da seção transversal A. Sendo g
aceleração da gravidade, p a massa específica da água, e desprezando variação de temperatura
no processo, calcule:
a) o comprimento da coluna de ar no tubo, estando o tanque aberto sob pressão atmosférica Pa, e
b) o comprimento da coluna de ar no tubo, de modo que a pressão no interior do tanque fechado
possibilite uma posição de equilíbrio em que o topo do tubo se situe no nível da água (ver figura).

Pa

SOLUÇÃO IDEAL:
a) I) Sendo a compreensão isotérmica, tem-se no primeiro experimento:

Pa.A.L = Par. A .1 => t = (I)


Par

II) No equilíbrio do recipiente: mg + Pa.A = Par. A => Par = Ü29 + Pa (II) que substituindo em (I):
A
Pa.L = L (= Pa.A.L
t=
-T9- + 1 m.g + Pa.A
A "a APa
b) I) No equilíbrio do recipiente, tem-se: mg + A.P’ext
, “ Par-A (III)
II) Pelo princípio de Stevin:

314
ELEMENTOS DA FÍSICA

A.P',ext + pg AA = Par.A (IV),


Igualando (III) e (IV): A.pg€=mg => t = —
pA

ER5) (ITA-94) Um tubo de secção constante de área igual A foi conectado a um outro tubo de
secção constante de área 4 vezes maior, formando um U. Inicialmente mercúrio cuja densidade é
13,6 g/cm3 foi introduzido até que as superfícies nos dois ramos ficassem 32,0 cm abaixo das
extremidades superiores. Em seguida, o tubo mais fino foi completado até a boca com água cuja
densidade é 1,00 g/cm3. Nestas condições, a elevação do nível de mercúrio no tubo mais largo foi
de:
a) 8,00 cm b) 3,72 cm c) 3,33 cm d) 0,60 cm e) 0,50 cm
Solução: Alternativa E

32 cm x

O volume de mercúrio acima do nível original é igual ao volume de água abaixo do nível original:
A.y = 4A.x => y = 4x
A coluna de mercúrio de comprimento y + 32 possui mesma pressão que a coluna de mercúrio de
comprimento y + x:
PA.g.(y + 32) = pM.g.(x + y) (1,00)(4x + 32) = (13,6)(5x) => 4x + 32 = 68x => 64x = 32 =>
x = 0,50 cm

ER6) (ITA-13) Um recipiente contém dois líquidos homogêneos e imiscíveis, A e B, com


densidades respectivas pA e pB. Uma esfera sólida, maciça e homogênea, de massa m=5 kg,
permanece em equilíbrio sob ação de uma mola de constante elástica k = 800 N/m, com metade
de seu volume imerso em cada um dos líquidos, respectivamente, conforme a figura. Sendo pA =
4p e pB = 6p, em que pé a densidade da esfera, pode-se afirmar que a deformação da mola é de

A () 0 m.
B()9/16m. A
C () 3/8 m.
D()1/4m.
E () 1/8 m.
B

Solução: Alternativa D
Como a esfera está em equilíbrio:
V
P+FZL=EA+EB => M.g + k.Ax = pA.g.^-+p
g B - g - V2 V V
=* k.Ax = 4 p - + P g - - mg =>

k.Ax = 4—.g — + 6 — g — - m.g => k.Ax = 2mg + 3mg - mg => Ax = =>


v 2 v 2 k
4.5,10 _ 20 1
Ax = = —m
800 " 80 4

ER7) (ITA-16) Um cubo de peso P1t construído com um material cuja densidade é p1f dispõe de
numa região vazia em seu interior e, quando inteiramente imerso em um líquido de densidade p2
seu peso reduz-se a P2. Assinale a expressão com o volume da região vazia deste cubo.

315
----- .vy: V's-íir^U-r...... - •

ELEMENTOS DA FÍSICA

b) .pi p2— c) Pl P2 P2
gp2 gpi gpi gp2 gp2 gp2
d) P; ~ Pl P; e) P; ~ Pl P;
gpi gpi gpi gp2
Solução: Alternativa A
A densidade do material de densidade p1 é dada por:
(l)Pl=^-mi => x = V- — (I)
V-x Pi
O empuxo é dada por:
(ll)E = P1-P2 => p2.g.V = P1-P2 (II)
p2g
Substituindo II em I, temos:
p2g Pi-g

ER8) (ITA-07) A figura mostra uma bolinha de massa m = 10g presa por um fio que a matem
totalmente submersa no líquido (2), cuja densidade é cinco vezes a densidade do líquido (1),
imiscível, que se encontra acima. A bolina tem a mesma densidade do líquido (1) e sua
extremidade superior se encontra a uma profundidade h em relação à superfície livre. Rompido o
fio, a extremidade superior da bolinha corta a superfície livre do líquido (1) com velocidade de 8,0
m/s. Considere aceleração da gravidade g = 10 m/s2 h, = 20cm, e despreze qualquer resistência
ao movimento de ascensão a bolinha, bem como o efeito da aceleração sofrida pela mesma ao
atravessar a interface dos líquidos. Determine a profundidade h.

A
h hl (D
i
m’Q (2)

Solução:
i) Como o efeito da aceleração é desprezível ao atravessar a interface de separação dos líquidos,
o problema se resume em calcular o deslocamento da bolinha no interior do líquido (2).
ii) Cálculo da aceleração em (2): E - P = m. a2 => õpT.g.m/pi - m.g = m.a2 => a2 = 4g
Substituindo em Torricelli:
v2 = 2.4g . Ah => Ah = 0,8m, sendo assim
h = hi + Ah => h = 0,2 + 0,8 = 1,0m.

ER9) (IME-86) Um corpo homogêneo é lançado, do ponto A na figura, com uma velocidade v que
forma um ângulo de 45° abaixo da horizontal. O corpo percorre uma distância 2x, sob a água, e
sai para o ar, onde percorre uma distância x, até cair novamente sobre a superfície líquida.
Desprezando as resistências, da água e do ar, ao movimento do corpo, determine a massa
específica deste. Dado: págua = 1,0 x 103kg/m3

A •

ãgua

Solução:

316
^ elementos da física

No interior da água: E - P = ma => pagV - pgV = pVa => a = g — -1


lp
Como 2x =
Vq sen 20
e x=
Vg sen 20 a 2 fk-1 = l
a g g 2 P 2 H 3
p = 0,667.103 kg/m3

ER10) (ITA-98) Na extremidade inferior de uma vela cilíndrica de 10 cm de comprimento (massa


especifica 0,7 g cm’3 ) é fixado um cilindro maciço de alumínio (massa específica 2,7 g cm’3 ), que
tem o mesmo raio que a vela e comprimento de 1,5 cm. A vela é acesa e imersa na água, onde
flutua de pé com estabilidade, como mostra a figura. Supondo que a vela queime a uma taxa de 3
cm por hora e que a cera fundida não escorra enquanto a vela queima, conclui-se que a vela vai
apagar-se:

* vela
água
♦ Al

a) imediatamente, pois não vai flutuar.


b) em 30 min.
c) em 50 min.
d) em 1h 50 min.
e) em 3h 20 min.
Solução: Alternativa B
Como o sistema vela+cilindro está equilibrado:
i) Pveia + PAi = E => pvgVv + jiA,gVA, = pag(Vv + VA,) => pvSh pAiShAi = paS(h + hA,) =>
(0,7)h + (2,7)( 1,5) = (1,0)(h + 1,5) => h = 8,5 cm
... „ H-h 3 10-8,5 _ .
n) v =------- => — =---------— => At = 30mm
At 60 At

ER11) (IME-95) Um objeto, feito de uma liga de ouro e prata com massa de 400 gramas é imerso
em óleo, cuja massa específica vale 0,8 kg/dm3. Observa-se uma perda aparente de peso
correspondente a 25g de massa. Determine o percentual de ouro e de prata usado na liga,
sabendo-se que a massa específica do ouro é de 20 g/cm3 e a da prata é de 10 g/cm3.
Solução:
Quando totalmente imerso o volume deslocado de óleo é igual ao volume de ouro mais o volume
de prata:
mAP 25 mo mp
Xies - Vo + Vp m0 + 2mp = 625 =>
Póleo Po Pp 0,8 20 10
m0 = 625 - 2mp
Como m0 + mp = 400 => 625 - 2mp + mp = 400 => mp = 225 g => mo=175g
Calculando os percentuais
— = — = 0,4375 e x ta=^_ = —
^ouro 0,5625
mT 400 prat mT 400
Conclui-se, então, que a liga é formada de 43,75% de ouro e 56,25% de prata

ER12) (ITA-09) Uma balsa tem o formato de um prisma reto de comprimento L e seção
transversal como vista na figura. Quando sem carga, ela submerge parcialmente até a uma
profundidade h0. Sendo p a massa específica da água e g a aceleração da gravidade, e supondo
seja mantido o equilíbrio hidrostático, assinale a carga P que a balsa suporta quando submersa a
uma profundidade h,.

317
- - - ... - . . . .
^ELEMENTOS DA FÍSICA

Ai
A()

a) P = pgL(hf -hjQsen 0. b) P = pgL(h^ -hojtan 0. c) P = pgL(hf -hgjsen 0/2.

d) P = pgL(hf -hjjjtan 0/2. e) P = pgL(hf — h§) 2 tan 0/2.

Solução: Alternativa D
I----- x------- 1

hj

Observando a figura segue que:

1) tg
0 x' x
x' hotgff
e x = h, tg
e
2 h0 h 2
II) Volumes imersos:
Vo= 2x-*kL=h*tg(|) L e V, = 2x'^ = hftg

III) No equilíbrio:
P = AE = pg.AV P=Pg(V1-V0) => P= pgL (h?-h*)tg[J]

ER13) (ITA-13) Em atmosfera de ar calmo e densidade uniforme d3, um balão aerostático,


inicialmente de densidade d, desce verticalmente com aceleração constante de módulo a. A
seguir, devido a uma variação de massa e volume, o balão passa a subir verticalmente com
aceleração de mesmo módulo a. Determine a variação relativa do volume em função da variação
relativa da massa e das densidades da e d.
Solução:
No movimento de descida:
f. da'
I) d.g.V-da.g.V = d.a.V => a = gl 1-

No movimento de subida:
(da d
II) da.g.V - d’.g.V’= d’.a.V’ => a = gM--1

Igualando:
da 2d-da d _2d-da
l d. yl d' d d' d1 d d' da
Deste modo:
m'
V'-V _ d' = m' d _1,1m' d d d . d í
(m' .) d . d ííAm A .
Xí-1
V v m m d' i.. d'
m d' d' d' m d' d' m
d
AV 2d-da Am d
— + 1 -1
V da m )

318
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER14) (IME-87) Uma barra uniforme e delgada AB de 3,6 m de comprimento, pesando 120 N, é
segura na extremidade B por um cabo, possuindo na extremidade A um peso de chumbo de 60 N.
A barra flutua, em água, com metade do seu comprimento submerso, como é mostrado na figura
abaixo. Desprezando o empuxo sobre o chumbo, calcule:
a) o valor da força de tração no cabo. zzzzzz z z.z z
b) o volume total da barra.

ãgua

Solução:
a) O momento das forças no ponto B deve ser zero:
MB = 0 => P.sen 0.(L/2) - E.sen 0.(3L/4) + Pc.sen 0.L
120/2-3E/4 +60 = 0 => E = 160N
Equilíbrio de translação no eixo y:
Fy = 0 => T = P + Pc-E = 120 + 60—160 = 20 N
b) E = pgV/2 => 160 = 103.10.V/2 => V = 0,032 m3

ER15) (IME-82) Em um recipiente cilíndrico de 40 cm de diâmetro contendo um líquido de pesl


específico 105 N/m3, mergulha-se um cilindro de ferro de peso específico 7,8.10'* N/m3, altura de
10 cm e raio 10 cm, com uma das bases voltada para o fundo do recipiente. Sobre a base superior
do cilindro coloca-se um disco metálico de peso específico 2.105 N/m3, 10 cm de raio de
espessura 0,4 cm. Determine:
a) A que profundidade x mergulha o cilindro no líquido tendo o disco sobre ele.
b) A variação Ah do nível do líquido quando se retira o disco de sobre o cilindro e se coloca dentro
do recipiente contendo o líquido.
Solução:
a) P, + P2 = E => pignr^h, + p2gnr22h2 = pcgur^x 7,8.104.100.10 + 2.105.100.0,4 =
105.100.x => x = 8,6 cm
b) A diferença do nível do líquido é devido à diferença entre o volume do disco e o volume de
água que o disco desloca quando está sobre o cilindro.
P^--V2
Ah = -LD~V2 Pl_____ 711*2 h2 Pz j _ 100.0,4 f 2.105 -1 =0,1 cm
^cilindro ^cilindro ^c2 Pl J 400 105

ER16) (IME-86) O cilindro circular reto da figura, de altura h e raio R, totalmente submerso no
recipiente de água de altura H, ao ser ligado por um cabo aos dois blocos de mesmo material e
massa m passa a flutuar, mantendo submersos 5/6 de sua altura. Quando o mesmo cilindro,
mantido preso, totalmente fora do recipiente, com sua superfície inferior coincidindo com a
superfície da água e ligado aos mesmos dois blocos, é liberado, passa a flutuar, mantendo
submersos 4/6 de sua altura. Sabendo-se que a superfície inclinada onde estão apoiados os
blocos é rugosa, determine o coeficiente de atrito entre os blocos e a superfície inclinada.

319
ELEMENTOS DA FÍSICA

“í [ H

2R—► 0 A
te
Solução:
Analisando as situações de equilíbrio apresentadas:
. „ 5V
Pt-Fat = P-E1 2mgsen0 - 2mgpcos0 = P - pag-— - 6‘

Pt + Fat = P-E2 4V
2mgsen0 + 2mgpcos0 = P-p,g----
6
C5 4 PaOrcR21'1 nPaR2h
4mgpcos0 = pagV ---
\. o o 6 24mcos0

ER17) (ITA-14) Um cilindro de altura h e raio a, com água até uma certa altura, gira com
velocidade angular co constante. Qual o valor máximo de a> para que a água não transborde,
sabendo que neste limite a altura z (ver figura) é igual a h/3 + a>2a2/(4g)? Dado: num referencial
que gira com o cilindro, e, portanto, considerando a força centrífuga, todos os pontos da superfície
da água têm a mesma energia potencial.

A ( ) w = ^2ghl(3a2)

B () W = ^4ga/(9/72)
h
C ( ) W = ^4ga/(3h2)

D ( ) W = ^4gh/(3a2)
I
E () w = /(9a2) <■

Solução: Alternativa D
2a
I Tome um diferencial Am de água que está na superfície livre, quando em
I
I rotação.
I / Pelo equilíbrio tem-se que tge = ^ = -A^ - =>
I
I
I
iHe1 N lg0 = ^ => =>
11___ g dx g
dy=^dx =>y = ^ + k,ondek = h-z=^-^
g 2g 3 4g
i I
1----------- ■— 2h
Assim, a equação da parábola é y=-^-+———

De modo a não transbordar deve-se ter y < h para x = a:


w2a2 2h w2a2 . w2a2 h J4gh

ER18) (ITA-14) Uma esfera de massa m tampa um buraco circular de raio r no fundo de um
recipiente cheio de água de massa específica p. Baixando-se lentamente o nível da água, num
dado momento a esfera se desprende do fundo do recipiente. Assinale a alternativa que expressa

320
ELEMENTOS DA FÍSICA

a altura h do nível de água para que isto aconteça, sabendo que o topo de esfera, a uma altura a
do fundo do recipiente, permanece sempre coberto de água.

A( )m/(pjta2)
B( )m/(pnr2)
C( ) ajSr2 + a2) / (Ôr2)
//
D( ) a 12 - m/(p7tr2) a
E ( ) a (Sr2 + a2) / (ôr2) - m/(p7tr2)

1a Solução: Alternativa E
Como já foi demonstrado na parte teórica deste livro, a força
vertical sobre a esfera é igual ao peso do líquido sobre a esfera.
I p> Note, porém que parte do líquido provoca uma força ascendente
I
na esfera. Assim, o empuxo resultante é igual a P2 - Pv
Observando as dimensões indicadas na figura, segue que:
2R-2x = a- x => x = 2R-a
Como R - x = a - R então:
R2 = r2 + (a - R)2= r2 + a2 - 2aR + R2 => R=
2a
r2+a2 a2_r2
Assim: R-x=a-R= a -
2a 2a
r2 + a2 r2
Analogamente: x = 2R - a =-------------a = —
a a
O sólido de peso Pi é a subtração entre um cilindro e um segmento esférico:
r2Í3r2 r4
pg7tx(3r2 +x2) (a2-r2) +? =>
P1 = pgn[h-(2R-2x)]- => P| = pg" r2h-r2
6 a 6a

P1=^r
1 6a
6ah - 6a2 + 6r2 - 3r2 —y
a
r4 pgrçr2 C
6a
6ah-6a2 +3r2
,4 '

0 sólido de peso P2 é um anel esférico: P2 =-^^(2R-2x)3 (a2-r2)3


=> p2 = pgn
6 6a3
0 empuxo sobre a esfera é dado por:

E = P2 - P, = a4 - 3a2r2 + - 6r2ah + 6r2a2 - X


6a

E = ^E(3r2a2+a4-6r2ah)

No momento em que a esfera se desprende do fundo:


pgna(3r2+a2)_pg7tr2ah nphr2 =^(3r2+a2}_m
mg = E mg
6 6
h_ a(3r2 +a2) m
6r2 pitr2

2a Solução: Alternativa E
Existe uma maneira mais curta de fazer essa questão. Perceba que o principio de Arquimedes
não é válido, uma vez que uma parte da esfera não está envolta pelo líquido. Essa parte da esfera

321
ELEMENTOS DA FÍSICA

que está abaixo do buraco faz com o empuxo seja menor quando comparado com a situação em
que a esfera está toda imersa no líquido. Para o cálculo do empuxo pode-se desconsiderar a parte
da esfera que está abaixo do buraco, sobrando assim um segmento esférico de uma base. A
parcela da força de empuxo que deixa de atuar na esfera é igual ao produto da pressão no fundo
do recipiente pela área da base do segmento esférico (seção do buraco):
mg = pgVcalota-(pgh)nr2 => mg = pg^(3r2 + a2)-pgh7tr2 => nphr2 =^(3r2+a2)-m =>
6 6
a(3r2 +a2) m
h=
êr2 pjtr2

ER19) (IME-99) Um objeto de massa m é construído ao seccionar-se ao meio um cubo de aresta


a pelo plano que passa pelos seus vértices ABCD, como mostra as figuras abaixo. O objeto é
parcialmente imerso em água, mas mantido em equilíbrio por duas forças Ft e F2. Determine:
a) O módulo do empuxo que age sobre o objeto;
b) Os pontos de aplicação do empuxo e do peso que agem sobre o objeto;
c) Os módulos e os pontos de aplicação das forças verticais F, e F2 capazes de equilibrar o
objeto.
Dados:
- aceleração da gravidade (g);
- massa específica da água (p);
- profundidade de imersão (h);
- a massa m é uniformemente distribuída pelo volume do objeto.

■-F
h
D 4-
água
Solução:
a) E = pgVLD = pgah2/2
b) Os pontos de aplicação do empuxo e do peso são os centros de gravidade da parte submersa
do objeto e de todo o objeto, respectivamente. Assim, adotando um sistema tridimensional com
origem em A tem-se:
xE = a/2, yE = (0 + 0 + h)/3 = h/3 e zE = (0 + h + h)/3 = 2h/3 => E = (a/2, h/3, 2h/3)
xP = a/2, yP = (0 + 0 + a)/3 = a/3 e zP = (0 + a + a)/3 = 2a/3 => P = (a/2, a/3, 2a/3)
c) Do equilíbrio de forças: F, + F2 + E = P => Fi + F2 = mg - pgah2/2
h2 h ._ a_ (2m-ph3)g
Se E o ponto médio de AD: £ me = 0 pg—a.- + F2.a-mg- = 0 f2 =>
O ó 6
(4m - ph3 - 3ph2a)g
1" 6

ER20) (IME-84) O flutuador da figura é constituído de duas vigas de madeira de comprimento b e


seções a x a e a x a/2, distantes £ de centro a centro. Sobre as vigas existe uma plataforma de
peso desprezível. Determinar, em função de a, b, £, P e p a posição x da carga P para que a
plataforma permaneça na horizontal.
Dados: p = peso específico da água; densidade da madeira em relação à água = 0,80.

322
ELEMENTOS DA FÍSICA

1
y

T '^72
a
I
g
I
b
I e I
*1
l
Solução:
P Equilíbrio de translação: P + P, + P2 = E, + E2 =>
E, x E2 P + 0,8pg(a/2)ab + 0,8pga2b = pgab(a/2 - y) + pgab(a - y) x2 =>
2P + 2,4gpa2b = pga2b - 2pgaby + 2pga2b - 2pgaby =>
, , 3pqa2b P
-C.
4pgaby = 0,6pga2b - 2P => pgaby = ——----- --
Pi
Pz Momento em relação ao centro de gravidade da viga esquerda:
- P.x - P2./ + E2.í = 0 => Px = (E2 - P2)í =>
Px = [p.g.a.b(a - y) - 0,8p.g.a2.b]€ => Px = (pga2b - pgaby - 0,8pga2b)£ =>
pga2b 3pga2b pY pga2b, PL pga2b
Px x= +1-
5 20 2 20 2 10P 2

ER21) (IME-03) Um pequeno bloco pesando 50 N está preso por uma corda em um plano
inclinado, como mostra a figura. No instante t = 0 s, a corda se rompe. Em t = 1s , o bloco atinge o
liquido e submerge instantaneamente. Sabendo que o empuxo sobre o bloco é de 50 N, e que o
coeficiente de atrito dinâmico entre o bloco e a parte emersa do plano inclinado é 0,4, determine a
distância percorrida pelo bloco a partir do instante inicial até t = 3 s.
Dado: Aceleração da gravidade g = 10 m/ s2.
superifcie
do liquido

Solução.
0 movimento do corpo da parte emersa é uniformemente acelerado e sua aceleração pode ser
determinada por:
Pt-Fat = m.ai => m.g.sen 45o-m.g.p.cos 45° = m.ai a, = g(sen 45° - p.cos 45°)
( Í5
a =10-0,4— => a1=3V2 m/s2
2 2 J
A velocidade com que o corpo atinge o líquido é: v-| = = (3^2)(1) v, = 3V2 m/s
art2 (3j2)(1)
w v t2 3\/2
A distância percorrida até atingir o líquido é: d, = ' => d, = m
2 2
Como 0 empuxo é igual ao peso do corpo, então o movimento na parte imersa é uniforme, cuja
velocidade é igual a velocidade final do movimento na parte emersa, ou seja, v2 = v, = 3^2 m/s.

323
ELEMENTOS DA FÍSICA

A distância percorrida na parte imersa é: d2 = v2.t2 =(3x/2)(2) => d2 = 6x/2 m/s


3x/2 15>/2
Assim, a distância total percorrida é: d = di + d2 = -—
— ~- + Q-J2
6>/2 => d = —-— m

ER22) (IME-02) Um conjunto é constituído por dois cubos colados. O cubo base, de lado L,
recebe, sobre o centro da sua face superior, o centro da face inferior do segundo cubo de lado
L/4. Tal conjunto é imerso em um grande reservatório onde se encontram dois líquidos imiscíveis,
com massas específicas pA e pB, sendo pA < pB- A altura da coluna do líquido A é 9L/8. Em uma
primeira situação, deixa-se o conjunto livre e, no equilíbrio, constata-se que somente o cubo maior
se encontra totalmente imerso, como mostra a figura 1. Uma força F é uniformemente aplicada
sobre a face superior do cubo menor, até que todo o conjunto fique imerso, na posição
representada na figura 2. Determine a variação desta força quando a experiência for realizada na
Terra e em um planeta X, nas mesmas condições de temperatura e pressão.
Obs.: admita que a imersão dos blocos não altere as alturas das colunas dos líquidos.
Dados:massa da Terra = MT
massa do planeta X = Mx
raio da Terra = RT
raio do planeta X = Rx
aceleração da gravidade na Terra = g
F
L/4
l

L 9U8 9L/8

Figura 1 Figura 2
Solução:
Na primeira experiência o sistema está em equilíbrio: P = E-i = pA.g.L3
Na segunda experiência:
nr
z, \3
Ft= E2-P= pA.g.l - I +pA-g.L2.l ■
( 9L Q 12|í L 9L"í ,3
- +pB.g.L2 L + --— -pA.g.L
8 V 4
h- 8 J
o

p _ Pb-9-L 7.pA.g.L
T 8 64
GMTm
Rt MT R2x
Vamos agora determinar a relação entre as forças nos dois planetas: — =
Rx GMxm Mx Rt
Rx
r- M.X ( Rt 'l|-Fr-T =F|-T —
r- M M.x f
M R
R2t .
Desta forma: AF = Fx-FT = FT— [^1-1
Lmt Rx

_ FpB-g-L3 7.pA.g.L3 ~|Fmx f R2 -1


Assim: AF
8 64 mt Rx-

324
BF”" - - - - ... ...
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER23) (IME-17)

Er
D.

E I F
A
ir I ir r~n
!□ p p -p- X? p□
\
Ol

Pl j.. 1 1 4

1 5,5
5.5 I.________ 10.5
0 sistema apresentado na figura encontra-se em equilíbrio estático, sendo composto por quatro
corpos homogêneos, com seção reta na forma “+ I M E”. O corpo “+" está totalmente imerso em
um líquido e sustentado pela extremidade A de um fio flexível ABC, de peso desprezível, que
passa sem atrito por polias fixas ideais. Sabe-se que, no ponto B, o fio forma um ângulo de 90o e
sustenta parcialmente o peso do corpo “M”. Finalmente, na extremidade C, o fio é fixado a uma
plataforma rígida de peso desprezível e ponto de apoio O, onde os corpos “I M E” estão apoiados.
Diante do exposto, determine:
a) a intensidade da força de tração no fio BD;
b) a intensidade da força de cada base do corpo “M” sobre a plataforma.
Observação:
• dimensão das cotas dos corpos “+ I M E” na figura em unidade de comprimento (u.c.);
• considere fios e polias ideais; e
• existem dois meios cubos compondo a letra “ M ”
Dados:
aceleração da gravidade: g ; massa específica dos corpos “+ I M E”: p ;
massa específica do líquido: pL = p/9 ; espessura dos corpos “+ I M E”: 1 u.c.; e
comprimento dos fios DE = DF.
Solução:

Ti <t2
D, Tbd
T? 1 Tsy Tpy
I
A n 1 I Ü TT~1

p £ 1 p ~n jLT2
t O í
N, Fo F
|n6
■ t~t~ ç
P+ Pi 1 J4 4

5,5,
5.5 10,5

325
ELEMENTOS DA FÍSICA

Antes de realizar os cálculos desta questão é necessário fazer algumas observações;


1) As forças que M faz na barra devem ser iguais de modo a garantir que o momento sobre M seja
nulo;
2) O ponto de aplicação da normal sobre E está na direção do CM de E, de modo que o momento
sobre E também seja nulo;
3) Por simetria, as trações em E e F são iguais.
Em relação ao corpo E, a normal com relação à barra está aplicada em um ponto cuja distância à
, ., , . , 7pg.0,5 + 3pg.2,5 + 2pg,2 + 3pg.2,5
sua extremidades esquerda vale: xCM = ——---- 15-- ~~-- = 1,5
No corpo +: T-, = P+ - E = 9pg - (p/0)g.9 = 8pg
Na barra: = 0 => + 7pg.6 + F.4V2 - F.4V2 - 15pg.7 - T2.10,5 = 0 =>
10,5.T2 — 63 T2 = 6pg
No ponto B: TBD2 = T,2 + T22 = 64p2g2 + 36p2g2 = 100p2g2 => TBD = 10pg
No ponto D: 2TFy = TBD => TFy = 5pg
Pelo equilíbrio vertical de M: 22pg = 2F + 2TFy = 2F + 10pg F = 6pg

ER24) (IME-15)
///////////////////A
Corpo ///
*■' I 11
2a

3<7 2a 3a

c
is/ 2a Corpo/í'
Corpo 11 2n ,
Corpo / a
a a
0A- 2a

4
Ih

2a 3a

Quatro corpos rígidos e homogêneos (I, II, III e IV) de massa específica p0, todos com espessura a
(profundidade em relação à figura), encontram-se em equilíbrio estático, com dimensões de seção
reta representadas na figura. Os corpos I, II e IV apresentam seção reta quadrada, sendo: o corpo
I apoiado em um plano inclinado sem atrito e sustentado por um fio ideal; o corpo II apoiado no
êmbolo menor de diâmetro 2a de uma prensa hidráulica que contém um líquido ideal; e o corpo IV
imerso em um tanque contendo dois líquidos de massa específica Pt e p2. O corpo III apresenta
seção reta em forma de H e encontra-se pivotado exatamente no ponto correspondente ao seu
centro de gravidade. Um sistema de molas ideais, comprimido de x, atua sobre o corpo III. O
sistema de molas é composto por três molas idênticas de constante elástica Kt associadas a outra
mola de constante elástica K2. No vértice superior direito do corpo III encontra-se uma força
proveniente de um cabo ideal associado a um conjunto de polias ideais que sustentam o corpo
imerso em dois líquidos imiscíveis. A parte inferior direita do corpo III se encontra imersa em um
dos líquidos e a parte inferior esquerda está totalmente apoiada sobre o êmbolo maior de diâmetro
3a da prensa hidráulica. Determine o ângulo p do plano inclinado em função das variáveis
enunciadas, assumindo a condição de equilíbrio estático na geometria apresentada e a
aceleração da gravidade como g.

326
ELEMENTOS DA FÍSICA

Solução:
i) Empuxo no corpo III: E = pig4a3 = 4p,ga3
F4 ii) Analisando as forças que atuam no corpo IV segue que:
2T2 = pog4a3 — pig2a3 — pzg2a3 => T2 = (2go — — p2)ga3
2a 3a iii) Equilíbrio no corpo I: T, = migsen p = 4p<jga3sen p
T
♦ 3KdK2
iv) No sistema de molas: Fe = Keq.x
2a 3K, + K2
v) Devido à prensa hidráulica pode-se determinar F:
a
= => Po9a3 _ F => F 9Po9a3
=> F
2a S2 S3 n(2a)2 rt(3a)2 4
4 4

EMo = 0
I E vi) Calculando momento em relação ao centro de gravidade do
corpo III:
=> T,.a + Fe.2a - F.2a + E.2a-T2.4a = 0 =>
3K1K2 x -1P0ga3 + 8Flga3 - 4(2p0 - gl - p2 )ga3 = 0 =>
4poga3 sen 0 + 2
SK^Kj

8p0ga3 sen p = (16p0 - 8Fl - 8p2 + 9p0 -16^! )ga3 - x


or\1 + r\2
25p0 -24p1-8p2 3K^K2
senp x
8p0 2(3Kl+K2)n0ga3

ER25) (IME-06) A figura ilustra uma barra de comprimento L= 2m com seção reta quadrada de
lado a = 0,1 m e massa específica p = 1,20 g/cm3, suspensa por uma mola com constante elástica
K= 100N/m. A barra apresenta movimento somente no eixo vertical y e encontra-se parcialmente
submersa num tanque com líquido de massa específica pf = 1,00g/cm3. Em um certo instante,
observa-se que a mola está distendida de Ay = 0,9m, que o comprimento da parte submersa da
barra é Ls = 1,6m e que a velocidade da barra é v = 1m/s no sentido vertical indicado na figura.
Determine os comprimentos máximo (Lmax) e mínimo (Lmim) da barra que ficam submersos durante
o movimento.

Mola

P
L

'•1 y i1
Pf

Dado: aceleração da gravidade (g)= 10m/s2.


OBS: despreze o atrito da barra com o líquido.

327
ELEMENTOS DA FÍSICA

Solução:
E| O gráfico do empuxo em relação a parte submersa do corpo é dado ao
lado. Assim, a energia armazenada pela água devido ao movimento de
descida do corpo para um Ax qualquer é igual a
E.Ax p,.g.a2.Ax.Ax (1000)(10)(0,1)2Ax2 50 ^2
2 2 “ 2 "
>X A massa do corpo é dada por m = p.g.L.a2 = (1200)(10)(2)(0,01 ) = 24
Ax kg.
Seja x a distância percorrida pelo corpo desde o instante fornecido
(quando Ay = 0,9 m) até a situação em que o valor de L é máximo. Pela conservação da energia
+ 5O.LS2 + ^ + mgx = + 5O.(LS + x)2 =>
mecânica:

100.(0,9)2 ^< + (24)(10)x = 100^ + X)2


+ 50.(1,6)2 + + (24)(10)x = + 50.(1,6+ x)2
2
—+ 128+ 12 + 240x = 81+ ^8°X + 100x2
+ 128 + 160x + 50x2 => 100x2 + 10x-12 = 0 =>
2 2
50X2 + 5x - 6 = 0 => Xi = 0,3 m e x2 = - 0,4 m.
Logo, a distância máxima vale Lmaj[ = Ls + xt = 1,6 + 0,3 = 1,9 m e a distância mínima vale:
Lmin = Ls + x2 = 1,6 - 0,4 = 1,2 m.

ER26) (IME-04) Cinco cubos idênticos, de aresta L e massa específica p, estão dispostos em um
sistema em equilíbrio, como mostra a figura. Uma mola de constante elástica k é comprimida e
ligada ao centro do cubo, que se encontra sobre o pistão do cilindro maior de diâmetro D de um
dispositivo hidráulico. Os demais cilindros deste dispositivo são idênticos e possuem diâmetro d.
Em uma das extremidades do dispositivo hidráulico existe um cubo suspenso por um braço de
alavanca. Na outra extremidade existe outro cubo ligado a fios ideais e a um conjunto de roldanas.
Este conjunto mantém suspenso um cubo totalmente imerso em um líquido de massa específica
p. Sendo g a aceleração da gravidade e desprezando as massas, pistões, fios e roldanas,
determine:
1 - a relação La/Lb dos comprimentos do braço de alavanca no equilíbrio em função de p e p.;
2-o comprimento Ax de compressão da mola para o equilíbrio;

La Lb
k
Q
L
mesmo nd D

Dispositivo hidráulico
Solução:
1. Analisemos inicialmente o sistema formado pelos blocos ligados pelo conjunto de roldanas.
Se T é a tração no fio, no bloco da direita temos: 2T = P - E => 2T = pgL3 - pgL3
Se N é a normal do bloco da esquerda com o pistão:
N = (p + p)gL3
T = P-N => 2T = 2pgL3-2N => pgL3 - pgL3 = 2pgL3 - 2N
2
Pelo princípio da ação e reação, o módulo da força exercida pelo líquido sobre este pistão é N.

328
. ELEMENTOS DA FÍSICA

Pelo princípio de Pascal, podemos afirmar que a força que o líquido exerce sobre o pistão mais a
esquerda é igual à força exercida pelo líquido sobre o pistão mais à direita (cujo módulo é N), uma
vez que as áreas destes dois pistões são iguais. Assim, analisando o equilíbrio na alavanca:
La _ M~P
P.La = (P - N).Lb •Lb =>
Lb 2p
2. Seja N’ a força que o líquido exerce sobre o pistão central.
Analisando a prensa hidráulica formada pelo pistão central e o pistão mais a direita, temos:
2
N’ N
N •.Ní°f => N..<PiP)süfÊ
nD2 Ttd2 IdJ 2 d
4 ~4~
(p + p)gL3D>:2
Como a mola está comprimida: k.Ax = N’ - P => k.Ax = - - p.g.L3
2d2
k_[p(D2 -2d2) + pD2]gL3
2kd2

ER27) (IME-04) Um tanque contém 2 líquidos imiscíveis, Lí e L2, com massas específicas pt e p2,
respectivamente, estando o líquido L2 em contato com o fundo do tanque. Um cubo totalmente
imerso no líquido Li é solto e, após 2 segundos, sua face inferior toca a interface dos líquidos.
Sabendo que a distância percorrida pelo cubo desde o instante em que é solto tocar o fundo do
tanque é de 31 m, pede-se:
1 - esboce o gráfico da velocidade v do cubo em função da distância percorrida pelo mesmo, para
o todo o percurso;
2- mostre, no gráfico, as coordenadas dos pontos correspondentes às seguintes situações: (a) a
face inferior do cubo toca a interface dos líquidos; (b) a face superior do cubo toca a interface dos
líquidos e (c) o cubo toca o fundo do tanque.
Dados: pt = 2000 kg/m3 e p2 = 3000 kg/m3;
massa específica do cubo: pcubo = 4000 kg/m3;
volume do cubo: Vcubo = 1m3;
aceleração da gravidade: g = 10 m/s2.
Solução:
I) Cálculo da aceleração do corpo quando em movimento nos líquidos:
De acordo com a Segunda lei de Newton, temos que:

^resultante ~ 01.8 P-E = m.a => pc.g.V - pLg.V = pc.V.a => a = g. 1-Pl I
PcJ
Temos então que no líquido (1), a, = 5,0 m/s2 e no líquido (2) a2 = 2,5 m/s2.
Quando o corpo está totalmente imerso no líquido 1, a velocidade como função da distância é
dada por:
v = j2.avx => v = 7l0x 0 < x < 10 m
II) Do instante t = 2s até o instante em que a face superior do cubo coincide com a superfície de
separação dos líquidos, a aceleração é variável, sendo dada por:
m.a = mg - (F2 - FJ => pc.V.a = pc.g.V —(p2 —Pi).S
Pc V.a = pc.g.V-[p2.g.x-p,.g.(1 - Ax)] => a = 5-2,5.Ax
III) Cálculo das velocidades e dos deslocamentos:
a) no instante em que a face inferior do cubo coincide com a superfície de separação dos líquidos
(t = 2,Os), temos que:
v2 = v0 + at => v2 = 5.2 => v2 = 10 m/s. PorTorricelli: v22 = 2.a.AS => AS = 10m.
b) Durante a passagem de um líquido para o outro, calculemos o trabalho realizado pela força
resultante, cujo gráfico:

**

329
ELEMENTOS DA FÍSICA

4 F(N)
O trabalho de F é numericamente igual à área da curva:
20.000
WF = (20000+ 10000).(1/2) => WF= 15000 J
Pelo Teorema da energia cinética temos que:
10.000 mv? mv? dcnnn 4000v2 4000.102
I WF = —- _.—z 115000
5QQ0 == -------------2.------------------- =>
I 2 2 2 2
I
*■ , X

1 x(m) v32 = 107,5 => v3=10,4m/s

Quando o cubo está totalmente no segundo líquido, a velocidade como função da distância é dada
por: \i = y]^l+2.a.x => v = -/l07,5 + 5x 11m<x<31m
Quando o cubo está entre os dois líquidos:
a = 5-2,5.Ax => a = 5-2,5.(x-10) => a = 30-2,5.x 10m<x<11m
^^ = 30-2,5.x => v dv = (30 - 2,5.x)dx => J^vdv = jiX()(30-2,5.x)dx
vdv = =>

v2 102
•y--!^- = 30(x-10)-1,25.(x 2-102) => v = V-250 + 60x-2,5x2 10 m < x < 11 m
c) Do instante em que a face superior do cubo coincide com a superfície de separação dos
líquidos até o instante em que ele atinge o fundo do tanque temos, por Torricelli:
v42 = v32 + 2.a.As => v42 = 107,5 + 2(2,5)(20) => v4 = 14,4m/s
O esboço do gráfico pedido está abaixo:
v(m/s)
14,4

10,4
10

*d (m)
10 11 31

330
í
ELEMENTOS DA FÍSICA

I F“ " F

E1) (AFA-98) Dois líquidos X e Y, miscíveis


entre si, possuem densidades 0,6 g/cm3 e 0,9 7/77 zzzz'///zz7z z
g/cm3, respectivamente. Ao se misturar 3 litros A B
do líquido X com 6 litros do líquido Y, a
densidade da mistura, em g/cm3, será
a) 0,6 b) 0,7 c) 0,8 d) 0,9
_________________ LÍQUIDO________________
E2) (UEL-12) A areia monazítica, abundante Nessas condições, o fator de multiplicação de
no litoral do Espírito Santo até o final do séculc força deste macaco hidráulico e o trabalho, em
XIX, é rica em tório e foi contrabandeada para joules, realizado pela força F, aplicada sobre o
outros países durante muitos anos sob a falsa pistão de menor área, ao levantar o veículo
alegação de lastrear navios. O lastro tem por bem lentamente e com velocidade constante,
objetivo afundá-los na água, até certo nível, são, respectivamente,
conferindo estabilidade para a navegação. Se a) 4e2,0-104 c) 16e2,0-104
uma embarcação tem massa de 50.000 kg, b) 4e5,0-103 d) 16 e 1.25-103
qual deverá ser a massa de lastro de areia
monazítica, em toneladas, para que esse E5) (AFA-98) Na figura abaixo, a densidade do
navio lastreado desloque um volume total de líquido A é dA = 0,4 g/cm3 e a do líquido Ç é dc
1000m3 de água do mar? Considere a = 2,5 g/cm3, então, a densidade do líquido B,
densidade da água do mar igual a 1.103 kg/m3. em g/cm3, é
a) 180 b) 500 c) 630 a) 1,45
d) 820 e) 950

E3) (Unicamp-93) Um mergulhador persegue


b) 2,50 D 1[ |I 9 cm 6 cm
j
J Cj
j
•*
um peixe a 5,0 m abaixo da superfície de um c) 2,85 ] f41311 H
lago. O peixe foge da posição A e se esconde
em uma gruta na posição B, conforme mostra d) 5,20
a figura. A pressão atmosférica na superfície
da água é igual aPo = 1,0 x 105 N/m2. Adote g E6) (ITA-92) Dois vasos comunicantes contêm
= 10 m/s2. dois líquidos não miscíveis, I e II, de massas
específicas di e d2, sendo di < d2, como
mostra a figura. Qual é a razão entre as alturas
das superfícies livres desses dois líquidos,
__pi.- contadas a partir da sua superfície de
1 m tf separação?
--
a) hi = d2 /(h2di)

b) (h,/h2) = (d2/di) - 1 h.
a) Qual a pressão sobre o mergulhador?
b) Qual a variação de pressão sobre o peixe h:
c) (hi/h2) = (d2/di)
nas posições A e B.?
d) (hi/h2) = (d2/di) + 1
E4) (AFA-15) A figura abaixo representa um
macaco Jiidráulico constituído de dois pistões e) (hi/h2) = (d,/d2)
A e B de raios Ra = 60 cm e Rb = 240 cm,
respectivamente. Esse dispositivo será E7) (UFRJ-07) Dois fugitivos devem atravessar
utilizado para elevar a uma altura de 2 m, em um lago sem serem notados. Para tal,
relação à posição inicial, um veículo de massa
emborcam um pequeno barco, que afunda
igual a 1 tonelada devido à aplicação de uma
com o auxílio de pesos adicionais. O barco
força F . Despreze as massas dos pistões, emborcado mantém, aprisionada em seu
todos os atritos e considere que o líquido seja interior, uma certa quantidade de ar, como
incompressível. mostra a figura.

331
ELEMENTOS DA FÍSICA
MB*-.,:

Considere a pressão atmosférica dada por 105


Pa, o desnível h = 104 cm de Hg e a secção
do tubo 2 cm2. Adotando a massa específica
2,20m do mercúrio igual a 13,6 g/cm3 e g = 10 m/s2,
1,70m calcule
__LjldL_o_L
No instante retratado, tanto o barco quanto os
a) a pressão do gás, em pascal.
b) a força que o gás aplica na superfície do
mercúrio em A.
fugitivos estão em repouso e a água está em
equilíbrio hidrostático. Considere a densidade E10) (UFPR-06) Na reprodução da experiência
da água do lago igual a 1,00 x 103 kg/m3 e a de Torricelli em um determinado dia, em
aceleração da gravidade igual a 10,0 m/s2. Curitiba, o líquido manométrico utilizado foi 0
Usando os dados indicados na figura, calcule a mercúrio, cuja densidade é 13,6 g/cm3, tendo-
diferença entre a pressão do ar aprisionado se obtido uma coluna com altura igual a 70 cm,
pelo barco e a pressão do ar atmosférico. conforme a figura. Se tivesse sido utilizado
como líquido manométrico um óleo com
E8) (UERJ-13) Observe, na figura a seguir, a densidade de 0,85 g/cm3, qual teria sido a
representação de uma prensa hidráulica, na altura da coluna de óleo? Justifique sua
qual as forças Fi e F2 atuam, respectivamente, resposta.
A
sobre os êmbolos dos cilindros I e II.
"•—vácuo
Fi
F2

170 cm
I
3h I
II
T
h
1
1 Mercúrio

E11) (OBF-OO) Num tubo em forma de U cujos


Admita que os cilindros estejam totalmente ramos têm comprimentos maiores que 100 cm
preenchidos por um líquido. O volume do e seção uniforme de diâmetro 1 cm, coloca-se
cilindro II é igual a quatro vezes o volume do primeiramente mercúrio (Hg) de densidade
cilindro I, cuja altura é o triplo da altura do 13,6 g/cm3. Em seguida despeja-se água
cilindro II. A razão F2/F1 entre as intensidades (H2O), de densidade 1 g/cm3, em ambos os
das forças, quando o sistema está em ramos de modo que se tenha a situação de
equilíbrio, corresponde a: equilíbrio mostrada na figura. Com relação a H,
a) 12 b) 6 c) 3 d) 2
Z*H20
E9) (Unesp-06) Uma pessoa, com o objetivo
de medir a pressão interna de um botijão de
gás contendo butano, conecta à válvula do h2o
botijão um manômetro em forma de U, x
contendo mercúrio. Ao abrir o registro R, a I2crr»
pressão do gás provoca um desnível de
mercúrio no tubo, como ilustrado na figura. V----- yv>Hg
a) é impossível determiná-lo, pois o valor de x
B não é fornecido.
b) H = 27,2 cm.
3 104 cm
c) H = 25,2 cm.
d) H = 13,6-x.
e) H = 0 se x = 0.

A E12) (Fuvest-95) Um recipiente cilíndrico de


eixo vertical tem como fundo uma chapa de 2,0
V cm de espessura e 1,0 m2 de área, feita de

332
1 ELEMENTOS DA FÍSICA
.*---------
material de massa específica igual a 10.000 cilindro vale:
kg/m3. As paredes laterais são de chapa muito
fina, de massa desprezível, e tem 30 cm de r
altura, medida a partir da parte inferior da 9
chapa do fundo, como mostra, hn
esquematicamente, a figura. O recipiente está
h
inicialmente vazio e flutua na água, mantendo
seu eixo vertical. A massa específica da água
vale 1.000 kg/m3 e a aceleração da gravidade
II
vale 10 m/s2. Despreze os efeitos da
densidade do ar.
a) Determine a altura h da parte do recipiente (Pl + 2P2) JS (pl + 2P2)
que permanece imersa na água. a) ’ 3
2
b) Se colocarmos água dentro do recipiente à (Pl + P2) 2(p| + P2)
razão de 1,0 litro/segundo, depois de quanto b) e)
tempo o recipiente afundará? 2 3
(2P1 + P2)
c)
nr 3
ar
E15) (Fuvest-00) Uma bolinha de isopor é
30cm mantida submersa, em um tanque, por um fio
__ ... Jç___ r h água preso ao fundo. O tanque contém um líquido
de densidade p igual é da água. A bolinha, de
agua volume V = 200 cm3 e massa m = 40 g, tem
E13) (Fuvest-98) Considere uma mola ideal de seu centro mantido a uma distância Ho = 50 cm
comprimento Lo = 35 cm presa no fundo de da superfície (figura 1). Cortando o fio,
uma piscina vazia (Fig. 1). Prende-se sobre a observa-se que a bolinha sobe, salta fora do
mola um recipiente cilíndrico de massa m = líquido, e que seu centro atinge uma altura h =
750 g, altura h = 12,5 cm e secção transversal 30 cm acima da superfície (figura 2).
externa S = 300 cm2, ficando a mola com Desprezando os efeitos do ar, determine:
comprimento Li = 20 cm (Fig. 2). Quando,
enchendo-se a piscina o nível da água atinge a
altura H, começa a entrar água no recipiente
(Fig. 3). Dados: págua =1,0 g/cm3; g = 10 7?
«o
m/s2. __'kl
a) Qual o valor da tensão T na mola, em N T
quando começa a entrar água no recipiente?
figura 2
b) Qual o valor da altura H em cm? figura 1
(situação final)
(situação inicial)

a) A altura h’, acima da superfície, que o centro


da bolinha atingiría, se não houvesse perda de
energia mecânica (devida, por exemplo, à
produção de calor, ao movimento da água,

iT
f-
»TU etc.).
b) A energia mecânica E (em joules) dissipada
entre a situação inicial e a final.

/'ZZZZZZZZz ZZ/ZZZZZZZZZZZZZZz
E16) (Unicamp-87) Um ancoradouro para
Figura 1 Figura 2 Figura 3 barco possui um acesso para passageiros feito
de uma tábua homogênea de 6,0 m de
E14) (Fuvest-98) Um recipiente contém dois comprimento e 50 kg de massa. A margem ela
líquidos I e II de massas específicas se prende a uma articulação A e apóia-se no
(densidades) pi e pz respectivamente. Um lado oposto sobre um pequeno suporte ligado
cilindro maciço de altura h se encontra em a um cubo de “isopor” de 1 m de lado,
equilíbrio na região da interface entre os flutuando na água, conforme a figura.
Pergunta-se:
líquidos, como mostra a figura. Podemos
afirmar que a massa específica do material do

333
ELEMENTOS DA FÍSICA

s 5m
1* volumétrica 8,0 g/cm3. Conforme indica a
figura, o objeto encontra-se em repouso,
i
parcialmente submerso na água, cuja
densidade volumétrica é 1,0g/cm3.
1
_ X ■ nível da igua

1 m

a) Qual é a força aplicada pela tábua no cubo


de isopor?
fora de escala
b) Em relação à posição de equilíbrio anterior,
quanto vai afundar o cubo de isopor se um
menino de massa 40 kg parar sobre a prancha
na posição do suporte S? Nas condições descritas relativas ao equilíbrio
Dado: densidade de água: 103 kg/m3 mecânico do objeto e considerando n
aproximadamente igual a 3, determine:
E17) (UFRJ-03) Um aluno, primeiramente, a) a massa total, em gramas, do objeto
colocou água em um recipiente e o posicionou cilíndrico.
sobre uma balança, obtendo uma leitura mo b) a altura, em centímetros, da parte do cilindro
em gramas. Depois imergiu na água uma bola submersa na água.
de acrílico com massa igual a 600g e volume
400cm3, presa por um fio ao teto. Considere a E20) (UFBA-06) Um bloco homogêneo, preso
densidade da água igual a 1000 kg/m3 e a a uma mola, é colocado dentro de um
aceleração da gravidade 10 m/s2. recipiente, conforme a figura. A mola é
deformada elasticamente e, em seguida, o
recipiente é preenchido lentamente com água.

Calcule: Após o nível da água atingir a parte inferior do


a) a tensão no fio; bloco, o alongamento da mola diminui até o
b) a variação em gramas da medida da momento em que o bloco fica completamente
balança devido à introdução da bola de acrílico submerso, de acordo com o especificado na
na água. tabela a seguir.
Percentagem submersa (%) Alongamento da mola (cm)

E18) (Mackenzie-02) Uma caixa cúbica, de 0 5


paredes finas e arestas medindo 10,0 cm cada, 50
flutua vazia em água parada (p = 1,0 g/cm3), 100 3
com 15% de seu volume submerso. Se
introduzirmos no interior dessa caixa 1000 cm3 Considerando os dados da tabela, calcule
de óleo, de densidade 0,75 g/cm3, a mesma irá: razão entre a densidade do bloco e a
a) submergir completamente. densidade da água.
b) afundar mais 9,0 cm a) 1,5 b) 2 c) 2,25 d) 2,5 e) 2,75
c) afundar mais 7,5 cm
d) afundar mais 6,0 cm E21) (AFA-98) Dois corpos idênticos estão
e) afundar mais 1,5 cm ligados por um fio ideal, passando por uma
roldana, conforme figura abaixo. Inicialmente,
E19) (Unifesp-13) Um objeto maciço cilíndrico, os corpos estão em repouso. Sendo
de diâmetro igual a 2,0 cm, é composto de mA = mB = 3 kg, a densidade do fluido 0,6
duas partes cilíndricas distintas, unidas por g/cm3, a densidade dos corpos 1,2 g/cm3 e g =
uma cola de massa desprezível. A primeira 10 m/s2, a aceleração do sistema, após um
parte, com 5,0cm de altura, é composta por certo intervalo de tempo, será, em m/s2,
uma cortiça com densidade volumétrica 0,20
g/cm3. A segunda parte, de 0,5 cm de altura, é
composta por uma liga metálica de densidade

334
ELEMENTOS DA FÍSICA

a) 0

b) 0,6

c)1,6

d) 2,5

E22) (Escola Naval-98) As esferas maciças A Sabendo-se que a massa total do balão
e B, que têm o mesmo volume e foram coladas, (incluindo o gás) é de 1,6 kg, considerando o
estão em equilíbrio, imersas na água ar como uma camada uniforme de densidade
(densidade da água é igual a 1,0 g/cm3). igual a 1,3 kg/m3, pode-se afirmar que ao
Quando a cola as une se desfaz, a esfera B liberar o balão, ele
sobe e passa a flutuar, com a terça parte de a) ficará em repouso na posição onde está.
seu volume imerso na água. As densidades b) subirá com uma aceleração de 6,25 m/s2
das esferas A e B valem, respectivamente, c) subirá com velocidade constante.
d) descerá com aceleração de 6,25 m/s2

E25) (AFA-18) Dois recipientes A e B,


contendo o mesmo volume de água, são
r / / z/l colocados separadamente sobre duas
a) 2/3 g/cm3 e 1/3 g/cm3 balanças I e II, respectivamente, conforme
b) 1/3 g/cm3 e 5/3 g/cm3 indicado na figura a seguir.
c) 5/3 g/cm3 e 2/3 g/cm3 Água no nível máximo
d) 5/3 g/cm3 e 1/3 g/cm3 _A__ \._B
e) 1/3 g/cm3 e 2/3 g/cm3
-—- '—
E23) (AFA-10) Uma esfera de massa m,
pendurada na extremidade livre de um gEEgc
dinamômetro ideal, é imersa totalmente em um
líquido A e a seguir em um outro líquido B,
conforme figura abaixo.
1 Balança I Balança II
u
A única diferença entre os recipientes A e B
está no fato de que B possui um “ladrão” que
permite que a água escoe para um outro
recipiente C, localizado fora das balanças. Em
1 1 seguida, mergulha-se, lentamente, sem girar e
com velocidade constante, por meio de um fio
ideal, em cada recipiente, um cilindro metálico,
maciço, de material não homogêneo, de tal
___________
A ____ 8 forma que o seu eixo sempre se mantém na
As leituras do dinamômetro nos líquidos A e B, vertical. Os cilindros vão imergindo na água,
na condição de equilíbrio, são, sem provocar variação de temperatura e sem
respectivamente, Fi e F2. Sendo g a encostar nas paredes e nos fundos dos
aceleração da gravidade local, a razão entre recipientes, de tal forma que os líquidos, nos
as massas específicas de A e B. recipientes A e B, sempre estarão em
a) ™g + Fl b) Fl~mg equilíbrio hidrostático no momento da leitura
mg + F2 mg + F2
nas balanças. O gráfico que melhor representa
C) ™.9 + Fi d) mg~Fl a leitura L das balanças I e II, respectivamente,
F2 - mg mg - F2 LI e Lll , em função da altura h submersa de
cada cilindro é
E24) (AFA-16) Um balão, cheio de um certo
gás, que tem volume de 2,0 m3, é mantido em
repouso a uma determinada altura de uma
superfície horizontal, conforme a figura abaixo.

335
ELEMENTOS DA FÍSICA

água salgada (mar). Em certa viagem, uma


a) c) i L, carga foi removida da embarcação a fim de
manter constante seu volume submerso,
quando da mudança do meio liquido em que
Lu
navega. Considere dm e dr as densidades da
h*
o h o água do mar e do rio, respectivamente. Qual a
expressão matemática para a massa da carga
removida e o sentido da navegação?
d) f L L„ dm_dr
b) (A) m , do mar para o rio.
-L, dr
dm_dr
L„ (B) m , do mar para o rio.
h*’ dr
0 h 0
dr_dm
(C) m , do mar para o rio.
dr ’
E26) (EsPCEx-12) Um elevador hidráulico de
um posto de gasolina é acionado por um dr_dm
pequeno êmbolo de área igual a 4- 10-4 m2. O (D) m , do mar para o rio.
d,'m
automóvel a ser elevado tem peso de 2-104 N
d,'m_dr
e está sobre o êmbolo maior de área 0,16 m2. (E) m-J , do mar para o rio.
A intensidade mínima da força que deve ser dr
aplicada ao êmbolo menor para conseguir
elevar o automóvel é de E29) (EN-16) um submarino da Marinha
[A] 20 N [B] 40 N [C] 50 N Brasileira da classe Tikuna desloca uma
[D] 80 N [E]120 N massa de água de 1586 toneladas, quando
está totalmente submerso, e 1454 toneladas,
E27) (EsPCEx-17) Quatro objetos esféricos A, quando está na superfície da água do mar.
B, C e D, sendo respectivamente suas massas Quando esse submarino está na superfície, os
mA, ms, mc e mD, tendo as seguintes relações seus tanques de mergulho estão cheios de ar
mA > mB e mB = mc = mo, são lançados dentro e quando está submerso, esses tanques
de uma piscina contendo um líquido de possuem água salgada. Qual a quantidade de
densidade homogênea. Após algum tempo, os água salgada, em m3, que os tanques de
objetos ficam em equilíbrio estático. Os objetos mergulho desse submarino devem conter para
A e D mantêm metade de seus volumes que ele se mantenha flutuando totalmente
submersos e os objetos C e B ficam totalmente submerso?
submersos conforme o desenho abaixo. Dados: Densidade da água do mar =
Sendo VA, Vb, Vc e VD os volumes dos objetos 1,03g/cm3. Despreze o peso do ar nos tanques
A, B, C e D, respectivamente, podemos afirmar de mergulho.
que (A)105 (B)128 (C) 132
nível da água (D)154 (E)178

E30) (ITA-61) Mergulhando-se um cubo de


ferro, preso à extremidade da mola de um
© dinamômetro, em três vasos contendo três
líquido ©__ líquidos diferentes A, B, C, verifica-se que o
dinamômetro registra os seguintes pesos
piscina aparentes:
Desenho Ilustrativo Fora de Escala 677 gramas-força
[A] VA = VD > Vc = VB 700 gramas-força
[B] VA = VD > Vc > VB 689 gramas-força
[C] VA > VD > VB = Vc Com respeito às densidades dos líquidos,
[D] VA < VD = VB = Vc conclui-se:
[E] VA = VD < Vc < VB
E28) (EN-14) uma embarcação de massa total
m navega em água doce (rio) e também em

336
ELEMENTOS DA FÍSICA

-700 <f D) esquema III, T = pV(gcos 0 + a), ou


E) Nenhuma das afirmações acima está
*677g"
correta.

E33) (ITA-76) Um recipiente contém em


equilíbrio, dois líquidos não miscíveis de
densidades di e d2. Um objeto sólido S

H fig.12
inteiramente maciço e homogêneo, de
densidade d, está em equilíbrio como indica a
figura. O volume da parte de S imersa no
A) da > db e db > dc líquido de densidade di é um fração r do
B) da < db e db > dc
volume tal de S. A fração r é:
C) da > db e db < dc
A)r =
D) da < db e db < dc
E) da — db = dc B)r_W,’
E31) (ITA-68) Um tubo de ensaio contendo
água e uma esfera de cortiça, vai girar com
velocidade angular constante em torno do eixo
s
vertical E de uma “centrífuga”. Supondo que d| —d
d- dj
com o tubo ainda parado a esfera de cortiça E)r =
está em P. Quando o movimento se inicia a d,-d2
esfera:
E34) (ITA-84) Colocou-se uma certa
E quantidade de bolinhas de chumbo numa
p seringa plástica e o volume lido na própria

escala da seringa foi Vi. A seguir, derramam-
se as bolinhas de chumbo numa vasilha e
colocou-se água na seringa até o volume V2.
Finalmente, juntaram-se ao volume de água
A) permanece em P. contido na seringa todas as bolinhas de
B) se desloca afastando-se do eixo.
chumbo deixadas na vasilha. O volume
C) se desloca aproximando-se do eixo.
resultante das bolinhas de chumbo mais água,
D) oscila em torno do ponto P.
lido na escala da seringa foi Vj. Nestas
E) se desloca afastando-se ou aproximando-se
condições, pode-se afirmar que o "volume
do eixo conforme o sentido da rotação.
ocupado pelas bolinhas de chumbo" e o
"espaço ocupado pelo ar entre as bolinhas"
E32) (ITA-78) Uma bola de pingue-pongue, de
são, respectivamente:
massa desprezível e volume “V” permanece
imersa num líquido de densidade específica,
conforme “p”, por meio de um fio fino, flexível e
de massa desprezível, conforme a figura (I).
Este sistema é acelerado constante “ã”, para Vt
a direita.

A) V, - V3 e Vi - v2 - v3
B) V2 - V3 e Vi - v2 + v3
(n) C) V3 - Vi e Vi - v2 - v3
(D w’ D) V3 - V2 e V, + v2 - v3
Nestas condições, pode-se afirmar que o E) V3 - V2 6 v, - v2 - v3
esquema correto e a respectiva tensão “T” no
fio serão: E35) (ITA-87) Um bloco de urânio de peso 10N
A) esquema II, T = pV(g2 + a2)1/2; está suspenso a um dinamômetro e submerso
em mercúrio de massa específica 13,6 x 103
B) esquema III, T = pV(g2 + a2)1/2;
Kg/m3. A leitura no dinamômetro é 2,9N. Então,
C) esquema II, T = pV(gcos 0 + a);
a massa específica do urânio é:

337
ELEMENTOS DA FÍSICA

fração f do seu volume submerso em mercúrio,


de massa especifica D. Coloca-se água
suficiente (de massa especifica d) por cima do
mercúrio, para cobrir totalmente o cilindro, e
observa-se que o cilindro continue em contato
com o mercúrio após a adição da água.
Conclui-se que o mínimo valor da fração f
originalmente submersa no mercúrio é:

«— água

♦-mercúrio

a) 5,5 x 103 Kg/m3 b) 24x 103 Kg/m3


c) 19 x 103 Kg/m3 d) 14 x 103 Kg/m3 a)-°- b)^- c)^ e)2^
e) 2,0 x 10" Kg/m3 ' D-d 7 D-d ' D

E36) (ITA-95) Num recipiente temos dois E39) (ITA-03) Um balão contendo gás hélio é
líquidos não miscíveis com massas específicas fixado, por meio de um fio leve, ao piso de um
pi < p2. Um objeto de volume V e massa vagão completamente fechado. O fio
específica p sendo pi < p < p2 fica em permanece na vertical enquanto o vagão se
equilíbrio com uma parte em contato com o movimenta com velocidade constante, como
líquido 1 e outra com o líquido 2 como mostra mostra a figura. Se o vagão é acelerado para
a figura. Os volumes Vi e V2 das partes do frente, pode-se afirmar que, em relação a ele,
objeto que ficam imersos em 1 e 2 são o balão.
respectivamente:
a) Ví = V(pi/p)
V2 = V(p2/p)
b) Vl= V (p2- p,)/(p2- p) Pi
2
V2 = V (p2 - pi)/(p - P1 ) V, a) se movimenta para trás e a tração no fio
c) V1 = V (p2 - pi)/(p2 + p<) aumenta.
V2 = V (p - Pl)/(P2 + pi) V2 b) se movimenta para trás e a tração no fio não
d) V1 = V (p2 - p)/(p2 + pi) muda.
P2
V2 = V (p + p,)/(p2 + pi) c) se movimenta para frente e a tração no fio
e) V1 = V (p2 - p)/(p2 - pi) aumenta.
V2 = V (p - Pl)/(P2 - pi) d) se movimenta para frente e a tração no fio
não muda.
E37) (ITA-97) Um vaso comunicante em forma e) permanece na posição vertical.
de U possui duas colunas da mesma altura h =
42,0 cm, preenchidas com água até a metade. E40) (ITA-01) Um pequeno barco de massa
Em seguida, adiciona-se óleo de massa igual a 60 kg tem o formato de uma caixa de
específica igual a 0,80 g/cm3 a uma das base retangular cujo comprimento é 2,0 m e a
colunas até a coluna estar totalmente largura 0,80 m. A profundidade do barco é de
preenchida, conforme a figura B. A coluna de 0,23 m. Posto para flutuar em uma lagoa, com
óleo terá comprimento de: um tripulante de 1078 N e um lastro, observa-
A
se o nível da água a 20 cm acima do fundo do
B
barco. O melhor valor que representa a massa
óleo —♦ do lastro em kg é
42 cm
a) 260 b)210 c) 198 d) 150
«------ água e) indeterminado, pois o barco afundaria com o
peso deste tripulante

a) 14,0 cm. b) 16,8 cm. c) 28,0 cm E41) (ITA-10) Uma esfera maciça de massa
d) 35,0 cm. e) 37,8 cm. específica p e volume V está imersa ente dois
líquidos, cujas massas específicas são pi e P2,
E38) (ITA-98) Um cilindro maciço flutua respectivamente, estando suspensa por uma
verticalmente, com estabilidade, com uma corda e uma mola de constante elástica K,

338
I
«■& ELEMENTOS DA FÍSICA
conforme mostra a figura. No equilíbrio, 70% material de densidade relativa à água igual a
do volume da esfera está no líquido 1 e 30 % 9,0 pesa 90 N. Quando totalmente imerso em
no líquido 2. Sendo g a aceleração da água, o seu peso aparente é de 70 N.
gravidade, determine a força de tração na Considere a aceleração local da gravidade g
corda. = 10 m/s2 e a massa específica da água igual
a 1 g/cm3 .
60° a) Faça o diagrama das forças que atuam no
corpo imerso na água e identifique essas
forças;
b) Conclua, por cálculo, se o corpo é oco ou
maciço.
Pi
E45) (IME-07)
p2

E42) (ITA-11) Um cubo maciço homogêneo NAVIO


com 4,0 cm de aresta flutua na água tranquila
de uma lagoa, de modo a manter 70% da área
X Y
total da sua superfície em contato com a água,
conforme mostra a figura A seguir, uma
pequena rã se acomoda no centro da face água —-x
---------- 'pedra’
superior do cubo e este se afunda mas 0,50
cm na água. Assinale a opção com os valores
aproximados da densidade do cubo e da A figura acima ilustra um plano transversal de
massa da rã, respectivamente. corte de um navio, incluindo a água e o fundo
do rio em que a embarcação navega.
Considere um segmento de reta horizontal
[ hipotético X-Y, contido nesse plano, paralelo à
i i ' superfície da água. O gráfico que melhor
i i J ilustra a pressão hidrostática ao longo dos
i
pontos desse segmento é:
pressão
a) 0,20 g/ cm3 e 6,4 g
b) 0,70 g/ cm3 e 6,4 g
c) 0,70 g/ cm3e 8,0 g A)
d) 0,80 g/ cm3 e 6,4 g
e) 0,80 g/ cm3e 8,0 g

E43) (ITA-11) Um bloco, com distribuição X


homogênea de massa, tem o formato de um pressão
prisma regular cuja seção transversal é um
triângulo equilátero. Tendo 0,5 g/cm3 de
densidade, tal bloco poderá flutuar na água em B)
qualquer das posições mostradas na figura.
Qual das duas posições será a mais estável?
Justifique sua resposta. Lembrar que o I
baricentro do triângulo encontra-se a 2/3 da X Y
distância entre um vértice e seu lado oposto. pressão

C)

x
E44) (IME-98) Um corpo constituído de um

339
ELEMENTOS DA FÍSICA

pressão cubo uma massa adicional de 1 kg, ele imerge


mais 0,92 cm. A densidade do mercúrio vale
D) 13,6 g/cm3. A densidade do material que
constitui o cubo vale, em g/cm3:
a) 2,3 b)1,8 c)4,6 d) 5,8 e) 7,6

E49) Em um copo de água flutua um pedaço


x Y de gelo. Pergunta-se, respectivamente, como
pressão
variará o nível da água dentro do copo nas
seguintes situações:
1) o gelo é totalmente homogêneo;
E)
2) o gelo contém uma pedrinha aprisionada e
3) dentro do gelo existe uma bolha de ar.
a) 1) aumentará; 2) diminuirá; 3) permanecerá
constante.
x b) 1) permanecerá constante; 2) diminuirá; 3)
aumentará.
E46) (IME-08) Um cubo de material c) 1) aumentará; 2) diminuirá; 3) diminuirá.
homogêneo, de lado L = 0,4 m e massa M = 40 d) 1) diminuirá; 2) diminuirá; 3) permanecerá
kg, está preso à extremidade superior de uma constante.
mola, cuja outra extremidade está fixada no e) 1) permanecerá constante; 2) diminuirá; 3)
fundo de um recipiente vazio. O peso do cubo permanecerá constante.
provoca na mola uma deformação de 20 cm.
Coloca-se água no recipiente até que o cubo E50) Dois tubos comunicantes, com secções
fique com a metade de seu volume submerso. respectivamente iguais a 8 cm2 e 2 cm2,
Se a massa específica da água é 1000 kg/m3, contém mercúrio. Colocando-se 272 g de água
a deformação da mola passa a ser no tubo estreito e sabendo que as massas
A) 2 cm B) 3 cm C) 4 cm específicas do mercúrio e da água são
D) 5 cm E) 6 cm respectivamente 13,6 g/cm3 e 1,0 g/cm3,
calcule quanto subirá o nível do mercúrio no
E47) (IME-14) tubo mais largo.

E51) A figura abaixo representa uma esfera


indeformável, flutuando em equilíbrio com
metade de seu volume imerso na água, dentro
de um recipiente hermeticamente fechado,
contendo ar.

Situação / Situação //
Um cone de base circular, de vértice V e altura
h é parcialmente imerso em um líquido de
massa específica p, conforme as situações I e
II, apresentadas na figura acima. Em ambas as
Ao aplicar uma força vertical para baixo sobre
situações, o cone está em equilíbrio estático e
o êmbolo, ele se move, de forma que a nova
seu eixo cruza a superfície do líquido,
posição de equilíbrio do sistema é melhor
perpendicularmente, no ponto A. A razão entre
representada pela alternativa
o comprimento do segmento VA e a altura h do
cone é dada por
a) 2/3 b) 1/2 c) 1/3
d)1/V2 e)1/^2

E48) Um cubo homogêneo flutua em mercúrio


conservando duas faces em posição horizontal.
A base inferior encontra-se a 5 cm da
superfície livre do mercúrio. Colocando sobre o

1
340
ELEMENTOS DA FÍSICA

posição, desde que inteiramente imersa na


água, a razão R/r deverá valer:

l‘ I H a) Vã b) Vã c)
V3
d) Vã e) Vã

I I F3) (AFA-03) Um estudante tendo encontrado


um líquido estranho em sua casa, tentou

EJ LJ descobrir o que era. Inicialmente observou


que esse era miscível em água, cuja
densidade ele conhecia (dàgua = 1 g/cm3),
mas imiscível em óleo. Logo depois,
colocou em vasos comunicantes, uma
coluna de 10 cm de óleo sobre água,
obtendo o equilíbrio mostrado na figura 1.
Por fim derramou sobre o óleo, conforme
figura 2, uma coluna de 5 cm do líquido
estranho, alcançando novamente o
equilíbrio.
óleo

f..... .. .... '

E- :
10 cm
54 T
'ií
20 cm
F1) (Fatec-SP) Tem-se um bloco de gelo a 0 15 cm
°C, completamente imerso em água,
inicialmente a 10 °C, ligado por uma mola,
como mostra a figura.
Figura 1
líquido estranho

L
óleo
5 cm
is T
|__ | <— gelo 10 cm
água §
água 20.5 cm
í
À medida que o gelo derrete:
a) o comprimento L da mola diminui
b) o comprimento L da mola não se altera Figura 2
c) o comprimento L da mola aumenta Depois de fazer seus cálculos descobriu que a
d) não se pode prever o que ocorrerá com o densidade do líquido estranho valia, em g/cm3,
comprimento da mola, uma vez que não é a) a) 0,20. b) 0,30. c) 0,40. d) 0,50.
fornecido o valor da sua constante elástica.
e) nda F4) (EsPCEx-14) No interior de um recipiente
vazio, é colocado um cubo de material
F2) (Puc-SP) O esquema mostra o recipiente homogêneo de aresta igual a 0,40 m e massa
que contém água de densidade 1 g/cm3. Uma M = 40 kg. O cubo está preso a uma mola
esfera oca, feita de material de densidade 2 ideal, de massa desprezível, fixada no teto de
g/cm3, tem raio externo R e raio interno r. Para modo que ele fique suspenso no interior do
que a esfera fique em equilíbrio em qualquer recipiente, conforme representado no desenho

341
ELEMENTOS DA FÍSICA

abaixo. A mola está presa ao cubo no centro d) ^Vg(p-0,6Pl-0,4p2)


de uma de suas faces e o peso do cubo
provoca uma deformação de 5 cm na mola.
e) 2Vg(p-0,6p1 -0,4p2)
Em seguida, coloca-se água no recipiente até
que o cubo fique em equilíbrio com metade de
seu volume submerso. F6) (EsPCEx-16) Um cubo homogêneo de
|teto| densidade p e volume V encontra-se
totalmente imerso em um líquido homogêneo
de densidade po contido em um recipiente que
[nível da águaj está fixo a uma superfície horizontal. Uma
mola ideal, de volume desprezível e constante
/ elástica k, tem uma de suas extremidades
M presa ao centro geométrico da superfície
inferior do cubo, e a outra extremidade presa
ao fundo do recipiente de modo que ela fique
Fv/y/zz/z/i posicionada verticalmente. Um fio ideal vertical
| recipiente sem água | [recipiente com água | está preso ao centro geométrico da superfície
[desenho ilustrativo-fora de escala I superior do cubo e passa por duas roldanas
idênticas e ideais A e B. A roldana A é móvel a
Sabendo que a densidade da água é de 1000 roldana B é fixa e estão montadas conforme o
kg/m3, a deformação da mola nesta nova desenho abaixo.
situação é de Dado: intensidade da aceleração ///////
da gravidade g = 10 m/s2
[A] 3,0 cm [B] 2,5 cm [C] 2,0 cm fio -» B
[D] 1,5 cm [E] 1,0 cm
A nível do líquido
F5) (EsPCEx-15) Uma corda ideal AB e uma
mola ideal M sustentam, em equilíbrio, uma
esfera maciça homogênea de densidade p e
volume V através da corda ideal BC, sendo
que a esfera encontra-se imersa em um
F □J- cub°
recipiente entre os líquidos imiscíveis 1 e 2 de / //////
densidade pi e p2, respectivamente, conforme DESENHO ILUSTRATIVO FORA DE ESCALA
figura abaixo. Na posição de equilíbrio Uma força vertical de intensidade F é aplicada
observa-se que 60% do volume da esfera está ao eixo central da roldana A fazendo com que
contido no líquido 1 e 40% no líquido 2. a distensão na mola seja X e o sistema todo
A fique em equilíbrio estático, com o cubo
X. M totalmente imerso no líquido. Considerando a
intensidade da aceleração da gravidade igual a
g
g, o módulo da força F é:
a) [V g (po - p) + kx]
b) 2[V g (p - po) - kx]
c) 2[V g (po + p) + kx]
d) [V g (po - p) - kx]
e) 2[V g (p - po) + kx]
2
F7) (EN-09) Dois vasos cilíndricos idênticos Ci
e C2 flutuam na água em posição vertical,
desenho ilustrativo-fora de escala conforme indica a figura. O vaso C1 contém um
Considerando o módulo da aceleração da liquido de massa especifica P2. O gráfico
gravidade igual a g, a intensidade da força de mostra como h varia com x, onde h é altura
tração na corda AB é submersa de cada vaso e x é a altura da
a) VãVg(p - 0, 6p, - 0,4p2) coluna de liquido dentro de cada vaso. Sendo
assim, qual a razão P1/P2?
b) VãVg(p-0,6p2 -0.4P,)
1 Vã
c) 2Vg(p-0,6p2 -0.4P,) Dados: sen30° = —; sen60° —

342
ELEMENTOS DA FÍSICA

Ci F9) (EN-15) Analise o gráfico abaixo.


. a(m/o ’)
c2
x< :

isfeí hi
’ h‘

IJ
água
o
th
C2

•10 -

C1
.60”
Uma pequena esfera é totalmente imersa em
meio líquido de densidade puq e, então,
liberada a partir do repouso. A aceleração da
(30°
esfera é medida para vários líquidos, sendo o
--------\
resultado apresentado no gráfico acima.
(A)^ Vã
(B)t Sabendo que o volume da esfera é 3,0 x 10'
3m3, a massa da esfera, em kg, é
(A) 2,0 (B) 3,5 (C) 4,0

<e4 (D) 5,5 (E) 7,5

F10) (EN-17) Analise a figura abaixo.


F8) (EN-11) O sistema hidráulico da figura

c=
abaixo consiste em dois êmbolos, de massas
desprezíveis, de áreas Ai e A2, fechando
5,0cm
completamente as aberturas de um tubo em U
cilíndrico. O óleo no interior de tubo está 3,0cm
contaminado com certa quantidade de álcool
etílico, formando assim uma pequena coluna
de altura h logo abaixo do embolo de área A2 =
5.Ai. Considere os líquidos incompreensíveis.
Para que os êmbolos estejam à mesma altura
Na figura acima, tem-se a representação de
H, um pequeno bloco de massa m = 30
um tubo em “U” que contém dois líquidos
gramas foi colocado sobre o êmbolo de área
imisciveis, 1 e 2. A densidade do liquido
maior. O volume, em litros, de álcool etílico no
menos denso é d. A figura também exibe duas
interior do tubo é

E —
m
álcool
A2
esferas maciças, A e B, de mesmo volume,
que estão ligadas por um fio ideal tensionado.
A esfera A está totalmente imersa do liquido 1
e a esfera B tem 3/4 de seu volume imerso no
liquido 2. Sabendo que as esferas estão em
H equilíbrio estático e que a esfera A tem
densidade 2d/3, qual a densidade da esfera B?
óleo
(A) 7d/6 (B) 4d/3 (C) 3d/2
IH M W tWtWmH BI ft-K kAJUUULW IMMKRMKBIIR HAJUWIW (D) 5d/3 (E) 2d
Dados: p áicooi = 0,80 g/cm3; p<jieo= 0,90 g/ cm3.
(A) 0,20 (B) 0,30 (C) 0,50 F11) (ITA-52) São dados: um sólido, de forma
esférica, de massa “m” e de volume “V”; um
(D) 1,0 (E)1,5
sólido, de forma cúbica, de massa “M” e de
mesmo volume “V”; uma roldana, com eixo
horizontal, que pode girar livremente (sem
atrito) em torno desse eixo; um pedaço de fio
flexível que se apoia sobre a roldana; um vaso

343
ELEMENTOS DA FÍSICA

contendo um líquido de densidade “d”; um


vaso contendo um líquido de densidade “x”
desconhecida. A esfera e o cubo são fixadas
às extremidades do fio flexível. Sabendo-se
que a roldana permanece em equilíbrio quando
a esfera é totalmente mergulhada no líquido de
9® QQI EM
i m
densidade “d" e o cubo é totalmente
mergulhado no líquido desconhecido,
determinar a densidade “x" deste líquido.
?I T r
3.^ cm.

F12) (ITA-64) Temos um tanque com um diâ^neirõ


líquido de densidade d, que atinge a altura h.
a) 1,0 cm. b) 2,0 cm. c) 0,1 cm.
No fundo do tanque forma-se uma bolha de ar
d) 0,2 cm. e) nda.
de volume Vo. Se a pressão atmosférica e a
gravidade são normais, se o líquido é suposto
F15) (ITA-68) Uma bola plástica contendo
incompreensível e a tensão superficial na
água e ar no seu interior está em equilíbrio no
bolha é constante e desprezível em face da
seio da água de um frasco que é fechado por
pressão no meio; sendo h = 7,60 m e d =
uma membrana também elástica. O que
1,36 g/cm3, quando a bolha sobe a uma
acontece à bola quando se comprime a
altura igual a h/4 a partir do fundo, se volume
membrana da boca do frasco? Assinale sua
será:
resposta, combinando uma opção indicada por
( ) A. 1,14xV0 ( )B. 1,57xV0
algarismo romano com as opções indicadas
( )C. 4,OOxVo ( ) D. 2,25xVo
por letra maiúscula. (Preste atenção: a
( ) E. Não se pode calcular.
resposta é uma combinação)
F13) (ITA-67) Em uma piscina, cheia d’água,
mergulhou-se um tubo de ensaio vazio,
l
verticalmente disposto, de boca para baixo, até
que a água enchesse 1/3 do volume do tubo.
Em que nível a pressão total na piscina é de
1,5 atmosfera?

I a bola sobe porque ao comprimir a


membrana a densidade da água aumenta.
---------- A ■
II - a bola desce porque a pressão exercida na
I T~ c-
------- 8 membrana se transfere à parte superior da
bola, deslocando-a para baixo.
----- z> III - devido à pressão externa a bola se
contrai e portanto afunda.
.£ IV - a bola permanece em equilíbrio porque a
pressão exercida sobre o líquido se exerce
a) Nível A b) Nível B b) Nível C também sobre ela com a mesma intensidade
d) Nível D e) Nível E em toda a sua superfície externa.
a) Princípio de Arquimedes.
F14) (ITA-67) Um tubo em U contendo b) Princípios de Pascal e Arquimedes.
mercúrio tem seus ramos ligados a dois outros c) Experiência de Torricelli.
A e B, sendo a pressão em A maior do que a A) I, a B) IV, c C) II, c
de B. O desnível do mercúrio nos ramos é de D) III, a E) III, b
1,1 cm. Qual será o desnível x se se introduzir
no ramo ligado a B, uma coluna de água de F16) (ITA-82) A massa de um objeto feito de
13,6 cm? A densidade do mercúrio vale 13,6 liga ouro-prata é 354 g. Quando imerso na
g/cm3. água, cuja massa específica é 1,00 g.cnr3,
sofre uma perda aparente de peso
correspondente a 20,0 g de massa. Sabendo
que a massa específica do ouro é de 20,0
g.cnr 3 e a da prata 10,0 g.cnr 3, podemos

344
ELEMENTOS DA FÍSICA

afirmar que o objeto contém a seguinte massa Procure abaixo uma das situações que
de ouro: corresponda à altura h.
A) 177g B) 118g C) 236g "fi t
D) 308g E) 54,Og Condição h k
a) I 0,0 cm
F17) (ITA-88) Um aparelho comumente usado b) II 42,0 cm T
para se testar a solução de baterias de carro, c) III 100,0 cm R a
acha-se esquematizado na figura ao lado. d) II 50,0 cm
Consta de um tubo de vidro cilíndrico (V) e) I 24,0 cm
dotado de um bulbo de borracha (B) para a
sucção do líquido. O conjdkito flutuante (E) de
massa 4,8 g consta de uma porção A de
volume 3,0 cm3 presa numa extremidade de F19) (ITA-89) Numa experiência de
um estilete de 10,0 cm de comprimento e Arquimedes foi montado o arranjo abaixo.
secção reta de 0,20 cm2. Quando o conjunto Dentro de um frasco contendo água foi
flutuante a presenta a metade da haste fora do colocada uma esfera de vidro (ei) de raio

o
líquido, a massa específica da solução será de: externo n, contendo um líquido de massa
específica p, = 1,10 g/cm 3, que é a mesma
do próprio vidro. Ainda dentro dessa esfera
está mergulhada outra esfera (62) de plástico,
de massa específica p2 < p, e raio
r? = 0,5 n, de modo que todo o volume de ei é
preenchido. Qual deve ser o valor de p, para
f
x que o sistema permaneça em equilíbrio no seio
---------- V da água ?
E E a = 10,0 cm
a—x
L li í a)
b)
c)
1,0 g/cm 3
0,55 g/cm 3
0,90 g/cm 3
d) 0,40 g/cm 3
e) 0,30 g/cm 3

a) 1,0 g / cm3 b) 1,2 g / cm3 F20) (ITA-93) Os dois vasos comunicantes a


c) 1,4 g / cm3 d) 1,6 g / cm3 seguir são abertos, têm seções retas iguais a
e) 1,8 g / cm3 S e contêm um líquido de massa específica p.
Introduz-se no vaso esquerdo um cilindro
F18) (ITA-89) Numa experiência sobre pressão maciço e homogêneo de massa M, seção S’ <
foi montado o arranjo ao lado, em que R é um S e menos denso que o líquido. O cilindro é
recipiente cilíndrico provido de uma torneira T introduzido e abandonado de modo que no
que o liga a uma bomba de vácuo. O recipiente equilíbrio seu eixo permaneça vertical.
contém uma certa quantidade de mercúrio (Hg). Podemos afirmar que no equilíbrio o nível de
Um tubo t de 100,0 cm de comprimento é ambos os vasos sobe:
completamente enchido com Hg e emborcado
no recipiente sem que se permita a entrada de
a) M / [ p ( S - S')]. s s
b) M / [ p ( 2S - S')].
ar no tubo. A rolha r veda completamente a c) M / [ 2p ( 2S - S’)].
junção do tubo com o recipiente. As condições d) 2M / [ 2p (2S - S’)].
do laboratório são de pressão e temperatura
e) M/[2pS],
normais (nível do mar). O extremo inferior do
tubo está a uma distância L = 20,0 cm da
F21) (ITA-94) Um tubo de secção constante de
superfície do Hg em R. O volume de Hg no
área igual A foi conectado a um outro tubo de
tubo é desprezível comparado com aquele em
secção constante de área 4 vezes maior,
R. São feitas medidas da altura h do espaço
formando um U. Inicialmente mercúrio cuja
livre acima da coluna de Kg em t, nas
densidade é 13,6 g/cm3 foi introduzido até que
seguintes condições:
as superfícies nos dois ramos ficassem 32,0
I) torneira aberta para o ambiente;
cm abaixo das extremidades superiores. Em
II) pressão em A reduzida à metade;
seguida, o tubo mais fino foi completado até a
III) todo o ar praticamente retirado de A.

345
ELEMENTOS DA FÍSICA

boca com água cuja densidade é 1,00 g/cm3.


Nestas condições, a elevação do nível de
mercúrio no tubo mais largo foi de:
a) 8,00 cm
d) 0,60 cm
b) 3,72 cm
e) 0,50 cm
c) 3,33 cm
p
F22) (ITA-95) Um tubo cilíndrico de secção
transversal constante de área S fechado numa
das extremidades e com uma coluna de ar no
seu interior de 1,0 m encontra-se em equilíbrio
mergulhado em água cuja massa específica é a) m(g + a) (1 - p/d) b) m(g - a) (1 - p/d)
p = 1,0 g/cm3 com o topo do tubo coincidindo c) m(g + a) (1 + p/d) d) m(g - a) (1 + d/p)
com a superfície (figura abaixo). Sendo Pa = e) m(g + a) (1 - d/p)
1,0.105 Pa a pressão atmosférica e g = 10 m/s2
a aceleração da gravidade, a que distância h F25) (ITA-05) A pressão exercida pela água no
deverá ser elevado o topo do tubo com relação fundo de um recipiente aberto que a contém é
à superfície da água para que o nível da água igual a Patm + 10 x 103 Pa. Colocado o
dentro e fora do mesmo coincidam? recipiente num elevador hipotético em
movimento, verifica-se ue a pressão no seu
r-> p> (->
a) 1,1 m fundo passa a ser de Patm + 4,0 x 103.
b) 1,0 m Considerando que Palm é a pressão
1,0 m
c) 10 m atmosférica, que a massa específica da água é
d) 11 m de 1,0 g/cm3 e que o sistema de referência tem
P
e) 0,91 m seu eixo vertical apontado parar cima, conclui-
se que a aceleração do elevador é de
a) -14 m/s2. b) -10 m/s2. c) -6 m/s2.
d) 6 m/s2. e) 14 m/s2
F23) (ITA-97) Um recipiente de raio R e eixo
vertical contém álcool até uma altura H. Ele F26) (ITA-99) Duas esferas metálicas
possui, à meia altura da coluna de álcool, um homogêneas de raios r' e r" e massas
tubo de eixo horizontal cujo diâmetro d é específicas de 5 e 10 g/cm3, respectivamente,
pequeno comparado a altura da coluna de têm mesmo peso P no vácuo. As esferas são
álcool, como mostra a figura. O tubo é vedado colocadas nas extremidades de uma alavanca
por um émbolo que impede a saída de álcool, e o sistema todo mergulhado em água, como
mas que pode deslizar sem atrito através do mostra a figura abaixo. A razão entre os dois
tubo. Sendo p a massa específica do álcool, a braços de alavanca (L/L’) para que haja
magnitude da força F necessária para manter equilíbrio é igual a:
o émbolo sua posição é:
a) %
a) p g H n R2. b) 9/4 água

b) p g H rt d2.
c) 9/8
d) 1
c) (p g H n R d )/2. 2r u D5Z
d) (pg H it R2)/2.
H
4 t
e) 9/2
7T
e) (p g H n d2)/8. émbolo

F27) (IME-91) Um submarino inimigo encontra-


se a uma altura H do fundo do mar, numa
região onde a gravidade vale g e a água pode
F24) (ITA-04) Um bloco homogêneo de massa ser considerada um fluido não viscoso,
m e densidade d é suspenso por meio de um
incompressível, com massa específica p.
fio e inextensível preso ao teto de um elevador.
Subitamente, a nave solta do seu interior uma
O bloco encontra-se totalmente imerso em
misteriosa caixa cúbica de volume h3 e massa
água, de densidade p, contida em um balde,
específica 1,2 p.
conforme mostra a figura. Durante a subida do Determine o tempo que a caixa gasta até tocar
elevador, com uma aceleração constante ã, o o solo.
fio sofrerá uma tenção igual a:

346
ELEMENTOS DA FÍSICA

volume é preenchido com água da piscina, de


Dados: massa específica pa. Observa-se que, em
g = 10 m/s2 equilíbrio, o nível externo da água corresponde
H = 7,5 m à metade da altura do cubo, conforme ilustra a
p = 1000 kg/m3 figura. Neste caso, a dimensão h da peça
h =2m sólida em função dos demais parâmetros é
16p-Lpa 8p - Lpa
b)
4(pa -pP) 2(pa ~Pp)
16p + Lpa 8p + LPa
c) d)
F28) (IME-95) Uma bola de borracha de massa 2(pa - Pp) 4(pa ~Pp)
m e raio R é submersa a uma profundidade h 16p-Lpa
em um líquido de massa específica p. e)
2(pa - PP)
Determine a expressão da altura, acima do
nível do líquido que a bola atingirá ao ser
F32) (IME-17)
liberada. Roklana

OBS.: Desprezar as resistências da água e do


ar e a possível variação volumétrica da bola. F

F29) (IME-79) Uma bóia de peso desprezível


I
I'////////Zz
apresenta um empuxo de 200 N quando
totalmente submersa em água. Determine o \ e,
número de bóias necessário para sustentar
submerso, nas condições da figura, um cabo Pistôe»

de aço pesando 7000 N e com peso específico A figura acima apresenta um bloco preso a um
de 70 N/dm3. O peso específico da água é de cabo inextensível e apoiado em um plano
10 N/dm3 inclinado. O cabo passa por uma roldana de
dimensões desprezíveis, tendo sua outra
extremidade presa à estrutura de um sistema
de vasos comunicantes. Os vasos estão
preenchidos com um líquido e fechados por
dois pistões de massas desprezíveis e
F30) (IME-88) Uma esfera oca, de ferro, pesa equilibrados à mesma altura. O sistema é
300 N. Na água seu peso aparente é de 200 N. montado de forma que a força de tração no
Calcule o volume da parte oca da esfera. cabo seja paralela ao plano inclinado e que
Dados: massa específica do ferro = 7,8.103 não haja esforço de flexão na haste que
kg/m3 g = 10 m/s2. prende a roldana. A expressão da força F que
mantém o sistema em equilíbrio, em função
F31) (IME-09) dos dados a seguir, é:
L. Dados:
• Aceleração da gravidade: g;
• Massa do corpo: m;
• Inclinação do plano de apoio: 9;
Nível da chapa • Áreas dos pistões: A, e A2.
Água L a) -^-mgsen20 b) ^f-mgcos2 0
— L/2 A2

4 V
Uma chapa de metal com densidade
peça sólida
c) 2-^-mgsen20
A2
d) 2—mgcos2 0
A2

superficial de massa p foi dobrada, formando e) — mgsen(20)


A2
as quatro faces laterais de um cubo de aresta
L. Na parte inferior, fixou-se uma peça sólida
em forma de paralelepípedo com dimensões h F33) No esquema anexo notam-se duas
x L x L e massa específica pp, de maneira a esferas A e B cujas massas específicas são dA
compor o fundo de um recipiente. Este é e de; elas tem o mesmo raio R e são mantidas
colocado em uma piscina e 25% do seu em repouso nas posições indicadas, em um

347
■N ELEMENTOS DA FÍSICA

líquido de massa específica dt_, onde dA > dt_ > existe uma pedra de volume V e densidade
de. Os centros das esferas estão a uma pP > pa. Suponha que o recipiente é cilíndrico
mesma vertical e a espessura da camada com área da seção transversal igual a S. O
líquida é h. A pressão atmosférica é pat e a que ocorre com o nível da água no recipiente
aceleração da gravidade local é g. Libertam-se quando a pedra é retirada da lata e colocada
as duas esferas simultaneamente. Despreza- no fundo do recipiente?
se a resistência dissipadora oferecida pelo
líquido ao movimento das esferas. Determinar
a distância d entre o ponto de encontro das
o H
H H’
esferas e a superfície livre do líquido.

Oa
a) Não altera
h
b) Aumenta em ——
s Pa
Qb c) Aumenta em —
Pa
F34) Uma bola de borracha, de massa m e
raio R, submerge-se em água (densidade p) a V _ Pa
d) Diminui em —
uma profundidade h e solta-se. Em que altura, . pp,
a partir da superfície da água, saltará a bola?
Não se considera a resistência da água e do ar . . . V p,
e) Diminui em ——
no movimento. S Pp

F35) Um cone, de massa específica p, está F38) Considere um tanque em formato de


flutuando conforme a figura abaixo num líquido paralelepípedo reto de área de base A,
de massa específica pt (p < pi). O raio da base contendo água de densidade pa. Neste tanque
do cone é R e sua altura é H. Desprezando é posto a flutuar uma plataforma cilíndrica de
todos os atritos, calcular a altura submersa h densidade pp, área de base S e altura h. Sobre
do cone. a plataforma são colocados n blocos metálicos,
R- cada um de volume V e densidade pb.
Suponha que, mesmo com a carga dos blocos
metálicos, a plataforma ainda flutua sobre a
água. Mantendo a plataforma no tanque, os n
H blocos metálicos são retirados de cima da
plataforma e colocados na água do tanque,
atingindo seu fundo. Determine em quanto
varia o nível da água no tanque, medido em
relação ao seu fundo, indicando se o nível
F36) Um barqueiro dispõe de um barco que aumenta ou diminui.
permite o transporte fluvial de cargas até
10000 N. Ele aceitou um trabalho de transporte n n n n n n n
de um lote de 50 barras maciças de ferro (10
g/cm3) de 200 N cada. Por um erro de
contagem, a firma enviou 51 barras. Não
querendo perder o freguês, mas também
procurando não ter prejuízo em duas viagens, F39) São dados dois tubos cilíndricos verticais
o barqueiro resolveu amarrar um certo número de seções iguais a Si e S2 (Si > S?). As
n de barras embaixo do barco, completamente extremidades inferiores desses tubos
submersas. Qual deve ser o número n mínimo, encontram-se no mesmo plano horizontal e
para que a travessia das 51 barras seja feita comunicam-se por um tubo estreito dotado de
numa só viagem? Densidade da água: 1,0 torneira, inicialmente fechada. Os tubos
g/cm3. contem líquidos imiscíveis de densidades
absolutas p, e p2 (pi < p2) respectivamente,
F37) Uma lata está flutuando em um recipiente elevando-se a alturas hi e h2 do fundo.
com água, de densidade pa. Dentro da lata Determinar em quanto se eleva o líquido pi no

348
r . ELEMENTOS DA FÍSICA

ramo da esquerda, após a abertura da torneira. estático pe entre o recipiente e o bloco,


S2 sabendo que na iminência de movimento este
Sj
— tende a se deslocar ascendentemente ao

thj P-i M-2


t
h2
longo do face inclinada.
b) Calcule a diferença pe - pc entre os
coeficientes de atrito estático e cinético,

I l considerando que, ao iniciar o movimento, o


bloco desloca-se ascendentemente de 10 cm
ao longo da face inclinada durante o tempo de
F40) Um tubo em U possui mercúrio, como se 1 s.
mostra na figura. O ramo esquerdo do tubo
tem área de seção transversal A1 de 10,0 cm2, F43) Um bloco de densidade 500 kg/m3 é
e o ramo direito tem uma área de seção abandonado em um plano inclinado de ângulo
transversal A2 de 5,00 cm2. Despejam-se 100 g de inclinação 0 = 30°. No local onde o bloco foi
de água no braço direito, como se mostra na abandonado existe água cuja densidade é
figura. 1000 kg/m3. Supondo g = 10 m/s2, determine a
aceleração do bloco.
■•h /U zl I . rio
1 Agua “ e

a) 10 m/s2 b) 7,5 m/s2 c) 1,25 m/s2


d) 2,5 m/s2 e) 5 m/s2
a) Determine o comprimento da coluna de
F44) Uma esfera de volume 0,006 m3 e massa
água no braço direito do tubo U.
5 kg está inicialmente apoiada na superfície de
b) Dado que a densidade do mercúrio é 13,6
um plano inclinado liso, em um local abaixo do
g/cm3, qual distância h se eleva o mercúrio no
nível da água (pa = 1000 kg/m3). Em
braço esquerdo?
determinado momento a esfera é lançada com
uma velocidade inicial vo = 3 m/s,
F41) (Olimpíada Cearense de Física-97) Um
paralelamente à superfície inclinada, como
corpo homogêneo cujo material da parte
indicado na figura. Desconsidere os atritos
maciça possui densidade d possui, no ar, um
viscosos e assuma que no local a aceleração
peso igual a p. No corpo existe uma cavidade.
da gravidade é g = 10 m/s2. Determine depois
Quando esse corpo é imerso num líquido de
de quanto tempo a esfera volta a passar pelo
densidade d', seu peso passa a ser p'.
local de lançamento.
Determine o volume da cavidade em função de
d, d’, p e p'. 30°

F42) (OBF-01) Um recipiente oco, fechado e


transparente é fixado sobre uma superfície Vo
plana, como ilustra a figura a seguir. A face
inclinada do recipiente faz um ângulo de 60° a) 1 s b) 2 s c) 3 s d) 4 s ej 5 s
com a horizontal. O recipiente encontra-se
F45) (OBF-2003) Um cubo de lado a = 0,1 m
completamente cheio com um certo líquido e
está pendurado num dinamômetro e é mantido
contém em seu interior um bloco feito de
submerso num recipiente que contém água e
material duas vezes menos denso que o
óleo, conforme a figura a seguir. O recipiente
líquido.
com água tem uma camada de óleo d = 0,2 m,
cuja densidade é po = 500 kg m ~ 3. No
equilíbrio, a base do cubo está a uma distância
h = 0,02 m abaixo do nível da água, e a face
superior está abaixo do nível superior do óleo.
líquido O dinamômetro indica uma força Wd = 0,49 N.

a) Determine o valor do coeficiente de atrito


IER

349
ELEMENTOS DA FÍSICA

d
1 W4 T
T
aj
óleo

água
a
—>

a) Qual a massa do cubo? a) g/2 b) g/3 c) g/4


b) Qual a pressão hidrostática na base do cubo? d) g/5 e) g/6

F46) Uma pequena esfera com densidade F49) Para o sistema representado na figura a
relativa (razão entre a densidade de um corpo seguir, que consiste em um pequeno balão, de
e a densidade da água) pi > 1 é solta na massa m e volume V, preso no fundo de um
superfície livre de um recipiente, de altura h, recipiente que contém um líquido de densidade
contendo água. No mesmo instante é solta d e que tem uma aceleração a, analise as
outra esfera pequena com densidade relativa afirmações:
p2 < 1 do fundo do recipiente. Em que ponto, a ã~*
partir do fundo do recipiente, as esferas irão se
encontrar? Desprezar os efeitos da
viscosidade do fluido e as dimensões da esfera. m

F47) Duas bolas maciças, feitas de materiais


diferentes, são unidas por um fio de massa
desprezível e colocadas dentro de um I. A direção do fio que prende o balão é
recipiente com água. A bola 1 fica com 80% de perpendicular à superfície livre do líquido, cujo
seu volume submerso, enquanto a bola 2 fica formato é de um plano.
completamente submersa, não tocando no II. A tração no fio na situação descrita pela
fundo do recipiente. Cortando-se o fio, a bola 1 figura é dada por (dV-m)-Ja2 +g2. onde g é a
fica com 30% de seu volume submerso e a
bola 2 vai para o fundo. Sabendo que o volume aceleração da gravidade no local.
da bola 1 é o dobro do volume da bola 2, III. A razão entre a força de tração no fio
determine as densidades de ambas as bolas antes do conjunto sobre a aceleração a e
expressando os resultados em função da
depois de recebê-la é
' í
densidade da da água. g2/a2+1
bola 1 bola 1 a) Somente a I é verdadeira.
b) Somente a II é verdadeira.
c) I e II são verdadeiras.
d) II e III são verdadeiras.
bola 2 Çj e) Todas são verdadeiras.
bola 2

a) 0,6da e 2,4da b) 0,3da e 1,5da F50) Numa região ao nível do mar, a pressão
c) 0,3da e 2da d) 0,5da e 2da atmosférica vale 1,01. 105 N/m2 e g = 9,81 m/s2.
e) 0,5da e 2,4da Repete-se a experiência de Torricelli,
dispondo-se o tubo do barômetro conforme
F48) A figura ilustra um carro com o formato de representa figura.
um cubo, contendo água até % da sua Vácuo__
capacidade máxima. Em seguida, o cubo
passa a se mover com aceleração a para a u •L/
S Atmosfera
direita, o que causa uma inclinação da 2*
superfície da água. Determinar a maior
aceleração com que se pode empurrar esse
carro sem que a água chegue a transbordar,
Mercúrio
em função da aceleração g da gravidade
A distância L entre os pontos 1 e 2 vale 151

350
L
ELEMENTOS DA FÍSICA

cm e a massa específica do mercúrio é


P = 13,6g/cm3 . Estando o sistema em
equilíbrio, calcule o valor aproximado do
água-^
ângulo a que o tubo forma com a direção
vertical
a) 30° b) 45° C) 60° d) 75° e) 15° Hg

F51) Uma esfera de volume 0,002 m3 e


densidade 1500 kg/m3 é introduzida em um
tanque onde uma das paredes é vertical e
Determinar a altura que sobe o nível de
outra parede possui uma inclinação de 60°
mercúrio no outro tubo.
com relação à horizontal. Suponha g = 10 m/s2.
Determine a reação que exerce a parede
F54) Um cilindro de altura hi = 20 cm e área
inclinada sobre a esfera.
de base Si = 100 cm2 possui um volume V = 1
dm3 de água. No cilindro se introduz
lentamente uma barra de seção Sz, cuja altura
agua é igual à altura do cilindro. Determine a massa
mínima que deve possuir a barra de modo que
atinja o fundo do cilindro nos casos em que:
a) S2 = 40 cm2;
A b) Sz = 80 cm2.

ir
a) 5 N b) 40 N c) 10 N
d) 20 N e) 50 N
A1) (UFPA-06) Ao brincar com um cilindro de
madeira de densidade pc e altura h, em um
F52) O comprimento original de uma mola é 25
cm. A mola apresenta uma elongação de 2 cm tanque com água de densidade pa, você
se uma força de 1 N é exercida sobre ela. Um perceberá que o cilindro flutua, em equilíbrio,
tanque é cheio de água e um extremo da mola conforme indica a figura I. Caso você dê um
é fixado ao teto, a 30 cm da superfície da água. leve toque na face superior e emersa (figura II),
Um bloco de madeira de 32 g e densidade 0,4 notará que o cilindro, após imergir uma certa
g/cm3 é fixado no outro extremo da mola. A profundidade, oscilará por algum tempo,
altura do bloco é 5 cm. Determine a altura da sujeito a uma força restauradora de
parte emersa do bloco. intensidade do tipo F = kx, tal qual um
oscilador harmônico típico. A aplicação do
modelo de um oscilador harmônico simples é
bastante razoável para se descrever o
30 cm
movimento de sobe e desce do cilindro, sujeito
ao campo gravitacional g, se a água for
considerada um líquido ideal. Tendo por base
essa situação, pode-se prever que o período
de oscilação do cilindro é

h'
F53) Um tubo em U, cujas seções transversais
dos tubos verticais valem 4 cm2 e 20 cm2,
contém mercúrio (densidade Dh9 = 13,6 g/cm3) .i
x
em um mesmo nível nos tubos. No tubo de
maior seção são lentamente despejados 816
gramas de água, cuja densidade é Dágua =1,0
Figura I Figura II
g/cm3.
|(mc +na)gh '(1 + Mc)h
a) 2n / Mc b) 2rc
Ma9

351
ELEMENTOS DA FÍSICA

c) 2J1 + ^h- d) 2n p -H »H -----2D


H
Fc(1 + h) Va9 vi
vs dloo
T c
e) 2rtJ(Ma~Pc)h
v g ---------- X
L
A2) (AFA-14) Um corpo homogêneo e maciço
de massa M e coeficiente de dilatação Calcule o valor numérico da razão x/L, onde L
volumétrica constante y é imerso inicialmente é a distância entre os centros dos vasos. São
em um líquido também homogêneo à dados:
temperatura de 0 °C, e é equilibrado por uma 1) as massas dos dois vasos, do conduto C e
massa mi através de uma balança hidrostática, da torneira são desprezíveis;
como mostra a figura abaixo. 2) o volume do conduto C é desprezível;
3) densidade relativa do óleo, em relação à
A_______ água 0,80
4) aceleração da gravidade g = 9,8 m/s2.

A4) (ITA-57) Uma barra prismática e


homogênea apresenta comprimento /, seção
M ) transversal s e densidade p.. Uma das
~-'0°C extremidades é fixada a um ponto S, em torno
do qual a barra pode girar livremente. Parte da
Levando o sistema formado pelo corpo imerso
barra é mergulhada em água (densidade //a),
e o líquido até uma nova temperatura de
como indica a figura; o ponto S situa-se acima
equilíbrio térmico x, a nova condição de
da superfície livre da água, a uma distância h
equilíbrio da balança hidrostática é atingida
da mesma. Calcular a distância x entre o ponto
com uma massa igual a m2, na ausência de
S e o ponto A em que o eixo longitudinal da
quaisquer resistências. Nessas condições, o
barra atravessa a superfície livre da água,
coeficiente de dilatação volumétrica real do
supondo que a barra se equilibre obliquamente.
líquido pode ser determinado por
m2 -m, 1 ( M-m< ) s /\________________
a) —+ ------- - Y
M-m2 X ^M-m2 J
h
m1 _ 1D2 ( m; - m2 A
b) Y
M-m, X M-m1
M-mA 1 m2 - m,'
c) !—+ Y
M-m2 J X M-m2 y
A5) (ITA-90) Um cone maciço e homogêneo
M-m2'' 1 rr^ tem a propriedade de flutuar em um líquido
d) —+ Y com a mesma linha de flutuação, quer seja
M-m, J X M-m,
colocado de base para baixo ou vértice para
baixo. Neste caso pode-se afirmar que:
A3) (ITA-54) Dois vasos cilíndricos Vi e V2 se a) A distância da linha d’água ao vértice é a
comunicam por meio de um conduto rígido “C” metade da altura do cone.
provido de uma torneira “T”. O diâmetro do b) O material do cone tem densidade 0,5 em
vaso Vi. Inicialmente a torneira “T” está relação à do líquido.
fechada. O vaso Vi contém água e o vaso V2 c) Não existe cone com essas propriedades.
contém óleo. O nível do óleo no V2 é igual ao d) O material do cone tem densidade 0,25 em
nível da água no vaso V1 (figura 2). A torneira relação ao líquido.
“T” foi aberta. Foi colocado um fulcro “F” a uma e) Nenhuma das respostas acima é satisfatória.
distância “x” do vaso Vi de modo que o
sistema de vasos (com torneira aberta) ficou A6) (IME-09 Militares) A figura abaixo ilustra
em equilíbrio. um sistema de vasos comunicantes, em cujas
aberturas são colocadas as plataformas 1 e 2,
com áreas Si e S2t massas desprezíveis e
apoiadas sobre o líquido que preenche os

352
Ih». ELEMENTOS DA FÍSICA

vasos, fazendo contato sem atrito com as


paredes dos mesmos. Sobre as plataformas 1
e 2 são apoiados, respectivamente, os blocos
Jl
A, de massa niA, e B, conforme mostra a figura.
Um fio inextensível é preso aos dois blocos,
passando por uma roldana fixa. O fio faz um
ângulo 0 com a horizontal na ligação com o
c T
o.
bloco A e é vertical na ligação com o bloco B.
O coeficiente de atrito estático dos blocos com
as plataformas é dado por pe.
LLLLUJ a b c
A) cresce cresce cresce
B) constante constante constante
C) decresce cresce decresce
Plataforma 1 D) decresce cresce constante
A |B| E) decresce cresce cresce
Plataforma -------- ____

A9) (ITA-73) Na extremidade inferior de uma


vela se fixa um cilindro de chumbo. A vela é
acesa e imersa em água conforme o esquema
ao lado. Supomos que o pavio tenha peso
No limiar do equilíbrio estático do sistema,
desprezível e que não escorra a cera fundida
determine: enquanto a vela queima. Nessas condições,
a) a força de tração aplicada sobre o fio;
enquanto a vela queima:
b) a massa ms do bloco B.

A7) (IME-04 Militares) Um tanque contém dois


líquidos imiscíveis Li e Lz com pesos ’ L
A r
específicos yi e 72, respectivamente, sendo yi <
y
Y2. Um cubo imerso no líquido L1 é solto e, Pb
após 40 segundos, toca o fundo do tanque. O
gráfico abaixo mostra a aceleração do cubo
em função do tempo,
a (m/s*) ,
a) x permanece constante e y diminui
3 ------------- \ b) x aumenta e y decresce
c) o valor da relação x/y permanece constante
—^—*■1(5)
d) x chega a zero antes de y
o 28 30 40 e) depois de certo tempo a vela tende a tombar
Determine: para um lado.
a) a energia cinética do cubo ao tocar o fundo
do tanque; A10) (ITA-74) Uma mistura hipotética de
b) a relação 71/72- líquidos de densidades diferentes produz uma
Dados: massa do cubo: m = 200 x 103 kg; densidade resultante que varia de acordo com
aceleração da gravidade: g = 10 m/s2. a expressão: p = po — az, onde po é a
densidade no fundo do frasco e z é a altura.
A8) (ITA-68) Um tubo de ensaio contendo Coloca-se dentro desse líquido um cilindro não
algumas esferas de alumínio (d = 2,7 g/cm3) poroso de densidade pc = 1,2 g/cm3 e altura
bóia num cilindro de vidro que contém água h = 4 cm. Supondo que o cilindro permaneça
conforme esquematizado na figura ao lado. O na vertical, a que distância do fundo do frasco
diâmetro interno do cilindro é razoavelmente ficará sua base inferior? (po = 1,5 g/cm3; a =
maior que o diâmetro externo do tubo de 0,05 g/cm4).
ensaio. Pergunta-se: como variam as a) 4 cm b) 6 cm c) 8 cm
dimensões assinaladas na figura se parte das d) Tocará o fundo do frasco E) nda.
esferas de alumínio é retirada (com a pinça),
do tubo de ensaio e jogada dentro da água no A11) (ITA-74) Na questão anterior calcule a
cilindro. diferença de pressão, em N/m2, entre as duas

353
ELEMENTOS DA FÍSICA

bases do cilindro. = 150 cm2, respectivamente. Colocando-se em


A) 4,8x102 B) 84 C) 8,4 B um bloco de 2,7.103 cm3 e massa específica
D) 4,8 E) n. d. r. a. 0,50 g.cm- 3, de quanto sobe o nível do
mercúrio em A?
A12) (ITA-81) Um cubo de 1,0 cm de lado,
construído de material homogêneo de massa A B
específica 10 g.cm- 3, está em equilíbrio no
seio de dois líquidos, Li e Lj, de densidades
respectivamente iguais a pti = 14 g.cm-3 e ptz
= 2,0 g.cm- 3 de acordo com a figura 1.
N
Posteriormente, L2 é substituído por um líquido
L3 e o cubo assume nova posição de equilíbrio,
como mostra a figura 2. As alturas h» e hj, e a
densidade pi.3 são, respectivamente:
A) Permanece em N. B) Sobe 13,5 cm.
*-3 T2h; C) Sobe 40,8 cm. D) Sobe 6,8 cm.
Li Th2 E) Sobe 0,5 cm.

L F Li
í
^'1
A15) (ITA-86) Um tubo capilar de comprimento
5a é fechado em ambas as extremidades e
contém ar seco que preenche o espaço no
fig. 1 fig 2 tubo não ocupado por uma coluna de mercúrio
( )A. 2 / 3 cm ; 1 / 3 cm ; 9,0 g.cm-3. de massa específica p e comprimento a.
( )B. 1 / 3 cm ; 2 / 3 cm ; 8,0 g.cm’3. Quando o tubo está na posição horizontal, as
( )C. 0,4cm; 0,6cm; 8,0 g.cm-3. colunas de ar seco medem 2a cada.
( )D. 2 / 3 cm ; 1 / 3 cm ; 8,0 g.cm’3 . Levantando-se lentamente o tubo à posição
( ) E. 0,4 cm ; 0,6 cm ; 9,0 g.cm-3 . vertical as colunas de ar têm comprimento a e
3a. Nessas condições, a pressão no tubo
A13) (ITA-82) Dois recipientes cilíndricos de capilar quando em posição horizontal é:
raios R e r, estão cheios de água. O de raio de
r, que tem altura h e massa desprezível, está
ar
T
3a
dentro do de raio R, e sua tampa superior está 2a -► <-2a->
ao nível da superfície livre do outro. Puxa-se
lentamente para cima o cilindro menor até que ar p ar 1 1
sua tampa inferior coincida com a superfície a a P
livre da água do cilindro maior. Se a
aceleração da gravidade é g e a densidade da
água é d, podemos dizer que os trabalhos T ar
realizados respectivamente pela força peso do
A ) 3g p a/4 D ) 4g p a/3
cilindro menor e pelo empuxo foram:
B ) 2g p a/5 E ) 4g p a/5
a) - nr2pgh2 e zero
C ) 2g p a/3
b) - 7tr2pgh2 e + nr2pgh2
c) -nr2pgh2f 1-^j- A16) (ITA-88) Dois blocos, A e B, homogêneos
e + nr2pgh2
e de massa específica 3,5 g/cm3 e 6,5 g/cm3,
respectivamente, foram colados um no outro e
r2 +nr2pgh2
d) -nr2pgh2 1-—j- e o conjunto resultante foi colocado no fundo
R2 2 (rugoso) de um recipiente, como mostra a
figura. O bloco A tem formato de um
e) +nr2pgh2l 1-^- e - nr2pgh2 paralelepípedo retangular de altura 2a, largura
a e espessura a. O bloco B tem formato de um
cubo de aresta a. Coloca-se, cuidadosamente,
A14) (ITA-84) Um sistema de vasos água no recipiente até uma altura h, de modo
comunicantes contém mercúrio metálico em A, que o sistema constituído pelos dois blocos A
de massa específica 13,6 g.cm-3, e água em B e B permaneça em equilíbrio, isto é, não tombe.
de massa específica 1,0 g.cm-3. As secções O valor máximo de h é:
transversais A e B tem áreas Sa = 50 cm2 e SB

354
ELEMENTOS DA FÍSICA

de um líquido de densidade p, como mostra a


figura. Os êmbolos estão unidos entre si por
um arame fino de comprimento t. Os extremos
a do recipiente estão abertos. Despreze o peso
dos êmbolos, do arame e quaisquer atritos.

Thf fcJ —Tf- Quanto vale a tensão T no arame

Si
a) T = pgf S1S2/(S1 -S2).
a) 0 b) 0,25a c) 0,5a
d) 0,75a e) a b) T = p g £ (S,)2/(S1 — S2).
c) T = p g í (S2)2 /(S1). í
A17) (ITA-88) Uma haste homogênea e
uniforme de comprimento L, secção reta de d) T = pgí(Si)2 /(S2).
área A, e massa específica p é livre de girar e) T = p g t (S2)2/(S1 - S2). S2
em torno de um eixo horizontal fixo num ponto
P localizado a uma distância d = L/2 abaixo da
A20) (ITA-95) Um recipiente formado de duas
superfície de um líquido de massa específica p
partes cilíndricas sem fundo, de massa m =
= 2p. Na situação de equilíbrio estável, a haste
1,00kg cujas dimensões estão representadas
forma com a vertical um ângulo 3 igual a:
na figura encontra-se sobre uma mesa lisa
com sua extremidade inferior bem ajustada à
superfície da mesa. Coloca-se um líquido no
recipiente e quando o nível do mesmo atinge
uma altura h = 0,050 m, o recipiente sob ação
do líquido se levanta. A massa específica
desse líquido é, em g/cm3:
( ) A. 45° ( ) B. 60° ( ) C. 30° a) O,13
( ) D. 75° ( ) E. 15°
b) 0,64 T
h ►JO.lOm-*
A18) (ITA-88) Dois baldes cilíndricos idênticos,
com as suas bases apoiadas na mesma c) 2,55
superfície plana, contêm água até as alturas
e /i2, respectivamente. A área de cada base é d) 0,85 0.20m
A. Faz-se a conexão entre as bases dos dois
baldes com o auxílio de uma fina mangueira. e) 0,16
Denotando a aceleração da gravidade por g e
a massa específica da água por p, o trabalho A21) (ITA-05) Um projétil de densidade pp é
realizado pela gravidade no processo de lançado com um ângulo a em relação à
equalização dos níveis será: horizontal no interior de um recipiente vazio. A
seguir, o recipiente é preenchido com um
superfluido de densidade ps, e o mesmo
projétil é novamente lançado dentro dele, só

Th,
que sob um ângulo p em relação à horizontal.
Observa-se, então, que, para uma velocidade
inicial v do projétil, de mesmo módulo que a
do experimento anterior, não se altera a
liiiiiiniiiil
distância alcançada pelo projétil (veja figura).
Sabendo que são nulas as forças de atrito num
( ) A. pAg(h,-h2j’ /4 superfluido, podemos então afirmar, com
( ) B. pAg(h, -h 2, /2 relação ao ângulo p de lançamento do projétil,
) C. nulo. que
(
( ) D. pAgíh, + h2l/ 4
( ) E. pAgjh, +hd/2

A19) (ITA-93) Um recipiente, cujas secções


retas dos êmbolos valem S1 e S2, está cheio a) cos p = (1 - ps / pp) cos a.

355
ELEMENTOS DA FÍSICA

b) sen 20 = (1 - ps / pP) sen 2a. p


c) sen 20 = (1 + ps / pP) sen 2a.
X
d) sen20 = sen 2a / (1 + ps / pP).
e) cos 20 = cos a / (1 + ps / pP). 1
y
A22) (ITA-05) Um pequeno objeto de massa m
desliza sem atrito sobre um bloco de massa M T ~ãFZ
a
com o formato de uma casa (veja figura). A
área da base do bloco é S e o ângulo que o L I
ia
I b
plano superior do bloco forma com a horizontal I e
r*
é a. O bloco flutua em um líquido de
densidade p, permanecendo, por hipótese, na
A25) (IME-85) Um cilindro pesando 500 N,
vertical durante todo o experimento. Após o
objeto deixar o plano e o bloco voltar à posição com 0,50 m2 de base, flutua, na posição
de equilíbrio, o decréscimo da altura submersa vertical, quando imerso em água (p = 103
do bloco é igual a kg/m3), conforme indica a figura abaixo. Seu
contrapeso é um bloco de 0,300 m3 de
concreto de massa específica igual a 2500
kg/m3. Determinar quanto deverá subir o nível
d’água para que o cilindro levante o contra­
peso do fundo.
H
i
M

a) m sen a/ Sp. b) m cos2 a/Sp. ih


T 0,20 m
c) m cos a/ Sp. d) m / Sp.
e)(m + M)/Sp.

A23) (IME-82) Em um recipiente cilíndrico de


40 cm de diâmetro contendo um líquido de
peso específico 105 N/m3, mergulha-se um
cilindro de ferro de peso específico 7,8.104
A26) (IME-16)
N/m3, altura de 10 cm e raio 10 cm, com uma Fluido 1
das bases voltada para o fundo do recipiente.
Sobre a base superior do cilindro coloca-se um
disco metálico de peso específico 2.105 N/m3,
P*
10 cm de raio de espessura 0,4 cm. Determine:
a) A que profundidade x mergulha o cilindro no
líquido tendo o disco sobre ele.
Reservatório B
b) A variação Ah do nível do líquido quando se Reservatório A Ai p
retira o disco de sobre o cilindro e se coloca E ’

8
dentro do recipiente contendo o líquido.
C

A24) (IME-84) O flutuador da figura é Fluido 2

constituído de duas vigas de madeira de Considerando o esquema acima, um


comprimento h e seções a x a e a x a/2, pesquisador faz três afirmações que se
encontram listadas a seguir:
distantes £ de centro a centro. Sobre as vigas
Afirmação I. Se a diferença de pressão entre
existe uma plataforma de peso desprezível. os dois reservatórios (Pa - Pb) for equivalente a
Determinar, em função de a, b, t, P e p a 20 mm de coluna de água, a variação de
posição x da carga P para que a plataforma massa específica entre os dois fluidos (n - r2) é
permaneça na horizontal. igual a 0,2 kg/L.
Dados: p = peso específico da água; Afirmação II. Se o Fluido 1 for água e se a
densidade da madeira em relação à água = diferença de pressão (Pa - Pb) for de 0,3 kPa, a
massa específica do Fluido 2 é igual a 0,7 kg/L.
0,80.
Afirmação III. Caso o Fluido 1 tenha massa
específica igual à metade da massa específica

356
ELEMENTOS DA FÍSICA

da água, o Fluido 3 (que substitui o Fluido 2 da


configuração original) deve ser mais denso do
que a água para que a diferença de pressão
r n
entre os reservatórios seja a mesma da
afirmação I.
Está(ão) correta(s) a(s) afirmação(ões)
Dados:
• massa específica da água: 1 kg/L;
• aceleração da gravidade: 10 m/s2; Dados:
• Para as afirmações I e II: Li = 0,30 m e L2 = Pmadeira = 0,5 g/cm3, pâicooi = 0,8 g/cm3, g = 10
0,40 m; m/s2
• Para a afirmação III apenas: L1 = 0,60 m e L2 Considerando o exposto, calcule:
= 0,80 m. a) O comprimento do cilindro imerso estando
Consideração: ele em equilíbrio.
• os fluidos são imiscíveis. b) A frequência angular do cilindro estando ele
(A) I apenas. (B) II apenas. oscilando em movimento harmônico simples.
(C) III apenas. (D) I e II apenas.
(E) I, II e III. A30) São dados dois vasos A e B em forma de
cilindros de revolução, seus diâmetros são d e
A27) Um recipiente cilíndrico de seção circular 3d respectivamente. Eles são ligados
de área A, contém um líquido de densidade d rigidamente um ao outro, dispostos lado a lado
maior que a densidade da água da. Um bloco com eixos verticais separados por distância L,
de gelo de densidade dg e volume V é as bases pertencendo a um mesmo plano
colocado a flutuar no líquido de densidade d. horizontal. Junto às bases, os vasos são
Antes de se iniciar o processo de fusão do gelo, interligados por um tubo dotado de uma
o nível do líquido no recipiente atinge uma torneira inicialmente fechada. O vaso A contém
altura h0 em relação ao fundo do recipiente. água (densidade absoluta da) e o vaso B
Após a fusão de todo o bloco de gelo tem-se contém óleo de densidade absoluta d0 = 0,80
no recipiente duas camadas líquidas (água e g/cm3; a água e o óleo estão no mesmo nível.
líquido de densidade d). Calcular a altura total Considera-se desprezível a capacidade do
h das duas camadas líquidas. tubo, assim como a massa das partes sólidas
do sistema. Após a abertura da torneira e
supressão de outras fixações quaisquer, o
ho sistema permanece em equilíbrio na mesma
(d) posição inicial quando a barra de ligação é
apoiada em um fulcro F. Determinar a posição
do fulcro.
A28) Um cubo de madeira, de densidade p™ e ^|A B
lado a, flutua em um recipiente que possui I F*
i
água de densidade pa, apresentando uma
altura h submersa. Posteriormente o cubo é
retirado do recipiente e toda a água é aquecida água (da) óleo (do) n i h
de temperatura zlâ O cubo de madeira, que iüF i
mantém sua temperatura inicial, é posto a <------- L
3d j
flutuar novamente na água. Sabendo que o L
coeficiente de dilatação volumétrica da água é
y calcule a variação da altura submersa do
A31) Um cilindro graduado contém dois
cubo.
líquidos imiscíveis homogêneos em camadas
A29) Um cilindro de madeira de comprimento sobrepostas. As densidades absolutas dos
16,0 cm e área da secção transversal de 1,0 líquidos são di e d2. Um sólido maciço
cm2 encontra-se preso a uma mola não introduzido no sistema permanece em
deformada de constante elástica 0,352 N/m equilíbrio entre os dois líquidos, e determina
fixa no fundo de um recipiente que contém um incremento de leitura yi na superfície de
álcool, conforme figura abaixo. separação dos dois líquidos, um incremento y2
na superfície livre. Exprimir a densidade
absoluta d do sólido.
MMMMMMíMMWMMMk1

357
ELEMENTOS DA FÍSICA

fundo, é colocado em cima de um carrinho,


que também possui um furo, alinhado com 0
dz furo do recipiente. A altura do recipiente é b,
seu comprimento éf e a área de sua base é S.
d
t A distância do furo à parede esquerda do
di recipiente é igual a c. A massa do recipiente
vazio é M. Despreze todos os atritos e seja g a
aceleração da gravidade local.
A32) São dados dois vasos comunicantes
Z
cilíndricos e verticais de secções transversais 6
Ai e A2 respectivamente, e contendo um
líquido de densidade absoluta D, até certo
i F
nível. Põe-se a flutuar no citado líquido, em um
dos vasos, um cilindro maciço de densidade
absoluta d, de secção transversal A e altura H,
com eixo de revolução vertical. O recipiente é totalmente preenchido com
a) Quanto mede a altura imersa h do cilindro? água, de densidade p. Determine a força a ser
b) Como se modifica o nível do líquido em aplicada sobre o carrinho de modo que 0
cada um dos vasos? recipiente mantenha a máxima quantidade
possível de água.
A33) Em um sistema de vasos comunicantes, a) f
a) ^m+^
F == ^M + ^pjg
i b) F = (M + Sbp)g^
a pressão p é inicialmente a mesma em ambas
secções de área S. O vaso da direita está b b
c) f = ^m+^£
fechado, enquanto que o vaso da esquerda
possui um êmbolo. Calcular em quanto deve
97 d) F=(M+irpHc
ser levantado o êmbolo para a diferença de e) F = ÍM + ^plg
nível dos vasos seja igual a h, sendo p a
densidade do líquido.
Obs: Suponha que o ar é um gás ideal e que A36) Um êmbolo de área S é ajustado em um
as transformações são isotérmicas, ou seja, o vaso cilíndrico de peso P, cheio de ar e à
produto PV é constante. pressão inicial po. Submerge-se este corpo em
um depósito com água. Calcular para o
I equilíbrio os comprimentos x e y, sendo P1 o
P h P peso do êmbolo e p a densidade do líquido.
t p
T
y

I
I
S P,
A34) Um carro tanque parcialmente cheio de h
um líquido homogêneo percorre com
aceleração constante um declive retilíneo de
estrada, inclinado de um ângulo 0 em relação
horizonte e que possui coeficiente de atrito
M
cinético igual a p. Determinar o ângulo a que a
A37) Uma tábua, que tem um dos extremos
superfície livre do líquido, suposto em
equilíbrio, forma com o horizonte. fora da água, apoia-se em uma pedra. A tábua
tem comprimento l. Uma parte da tábua de
comprimento a encontra-se acima do ponto de
apoio. Que parte da tábua encontra-se
submersa, se o peso específico da madeira é
d?

A35) Um recipiente em forma de


paralelepípedo, que possui um furo em seu

358
ELEMENTOS DA FÍSICA
----------------------------------------------------- —
colocado sobre o 2o embolo.

H|h- i|i

A38) Em dois vasos cilíndricos que se


comunicam, de diferentes áreas de seções A42) Um tubo cilíndrico de longitude í é
transversais, foi colocado mercúrio (densidade submergido até a metade em mercúrio, tapado
pi). No vaso mais largo, foi colocado um cubo com um dedo e puxado. Ao subir parte do
de ferro de volume V e densidade po, e como mercúrio se derrama. Qual a longitude da
consequência, o nível do mercúrio neste vaso coluna de mercúrio que fica do tubo? A
subiu. Depois, neste mesmo vaso, colocou-se longitude da coluna de mercúrio equivalente à
água (densidade p?), até o momento em que 0 pressão atmosférica é H.
nível de mercúrio atingisse a posição anterior.
Encontrar a altura da coluna de água h, se a A43) Um vaso cilíndrico, que possui uma
área de seção transversal do vaso fino é igual abertura superior também cilíndrica de raio R =
a Sf. 10 cm, está cheio de água, cuja densidade é 1
g/cm3. Um tubo cilíndrico, aberto nas duas
A39) Em vasos cilíndricos comunicantes foi extremidades e de raio r = 5 cm possui fixado
colocado mercúrio. Determinar o período de em uma de suas extremidades um pistão de
oscilações do mercúrio, se a área da seção raio externo R = 10 cm. O conjunto tubo-pistão,
transversal de cada vaso é S, a massa do cuja massa é 20 kg, é inserido lentamente na
mercúrio é m e a densidade do mercúrio é p. abertura superior do vaso. Considere a
pressão atmosférica igual a 105 N/m2 e a
A40) Dois cilindros verticais comunicantes aceleração da gravidade g = 10 m/s2.
estão de água e tapados com seus êmbolos,
cujas massas são Mi = M e M2 = 2M. Na
posição de equilíbrio o primeiro embolo se
encontra numa altura h mais acima que o
segundo. Quando sobre o primeiro embolo se
coloca uma massa m = 2M, o equilíbrio é
jbl
encontrado com os êmbolos a mesma altura.
Como se situarão os êmbolos se a massa m é
posta sobre o segundo êmbolo? Determine a altura h da coluna de água no
M, tubo na situação de equilíbrio.

h m2 A44) Dois cilindros comunicantes, cujas


seções são S1 = 100 cm2 e S2 = 200 cm2,
estão cheios de água e tampados por êmbolos
leves. O sistema encontra-se em equilíbrio.
Nestas condições, sobre o êmbolo maior se
coloca um peso de massa m = 1 kg. Supondo
A41) Dois cilindros verticais comunicantes que toda a energia dissipada no processo é
estão cheios de água e tapados com êmbolos, convertida em calor, determine a quantidade
cujas massas são M1 = 1 kg e Ma = 2 kg. Na de calor dissipada até o sistema ocupar a nova
posição de equilíbrio o 1o êmbolo se encontra situação de equilíbrio (adote g = 10 m/s2)
h = 10 cm acima do 2o êmbolo, como indicado
na figura. Quando sobre o 1o êmbolo é
colocado um corpo de massa m = 2 kg os
êmbolos resultam estar em posição de
equilíbrio à mesma altura. Descreva a situação
de equilíbrio quando o corpo de massa m é

359
^ ELEMENTOS DA FÍSICA

é o mesmo. Sobre o mercúrio existe uma


llllHHIIIIi coluna de ar de altura h = 30 cm em cada duto
H, ■■ UH
e a pressão atmosférica é a mesma em cada
duto. Determine a equação que determina em
quanto varia o nível de mercúrio em cada duto
quando o pistão é deslocado uma distância h/2
no duto da esquerda. Adote que a pressão
atmosférica equivale a uma coluna de 76 cm
a) 1,6 J b) 0,24 J c) 0,01 J
de mercúrio.
d) 0,96 J e) 0,08 J

A45) (Olimpíada Cearense de Física-98) Um


tubo cilíndrico de raio R, na forma de um "U",
1 Po
/z/2
possui um êmbolo "E", que pode deslocar-se h h
livremente, sem atrito, ao longo da parte
horizontal do tubo. Dois líquidos de densidades
di e d2 são colocados à direita e à esquerda do
tubo, respectivamente. Sabendo-se que o
êmbolo está em equilíbrio quando H = 2h,
determine o deslocamento do êmbolo quando
o volume do líquido de densidade di for a) x3 - 30x2 + 1365x + 18300 = 0
aumentado de V = 3nR3 b) x3 + 15x2 - 1950x + 8580 = 0
c) x3-30x2+ 1365x+ 17100 = 0
d) x3 + 15x2 - 1950x + 18300 = 0
e) x3 - 15x2 - 2730x + 17100 = 0
s T
r.:; H A48) São dados dois vasos A e B em forma de
h
.1. iteg^imi cilindro de revolução; seus diâmetros são d e
3.d respectivamente. Eles são ligados
rigidamente um ao outro, dispostos lado a lado
A46) (Olimpíada de Física de Moscow) No com eixos verticais separados por distâncias £,
extremo de uma corrente de aço é fixada uma as bases pertencendo a um mesmo plano
esfera de massa M e diâmetro D (equivalente horizontal. Junto às bases, os vasos são
a um volume V), enquanto que o outro extremo interligados por um tubo dotado de uma
da corrente é livre. O comprimento da corrente torneira inicialmente fechada. O vaso A contém
é L e sua massa é m. A esfera com a corrente água (densidade absoluta da = 1,0 g/cm3) e o
está em um reservatório cuja profundidade é H. vaso B contém óleo de densidade absoluta do
Determine a altura que a esfera vai alcançar, = 0,80 g/cm3; a água e o óleo estão no mesmo
assumindo que as densidades da água e da nível h. Considera-se desprezível a
corrente são, respectivamente pa e pc. capacidade do tubo, assim como a massa das
partes sólidas do sistema. Após abertura da
torneira o sistema fica em equilíbrio quando o
tubo de ligação é apoiado em um fulcro F.
Determinar a distância d do fulcro em relação
ao eixo de simetria do vaso maior.,
:h : i
h I
óleo j
água i

A47) Os dutos de um tubo em forma de U são


verticais. O duto da direita é aberto e da
esquerda está fechado por um pistão móvel. A49) Na figura, um corpo de massa 6 kg e
Existe mercúrio no interior do tubo e volume 2000 cm3 é solto a partir do repouso,
inicialmente o nível do mercúrio em cada duto

.Jllf-/ 360
ELEMENTOS DA FÍSICA

25 cm acima da superfície de um líquido de das extremidades ligada a um conjunto de


densidade 1 g/cm3, num recipiente muito largo duas molas ideais e idênticas, ficando as
e suficientemente profundo para as esferas conforme apresentado na Figura 2.
considerações do problema. Ao encostar na
água, passa, imediatamente, a sofrer a ação
da força elástica da mola, bem como do
empuxo dado por E = p.V.g, onde p é a
ITT ITT
densidade do líquido e V o volume submerso.
Sabendo que a máxima velocidade atingida
pelo corpo vale 3 m/s, determine a máxima
deformação da mola.

25 cm

S Determine:
Figura 1 Figura 2

a) a massa específica da esfera maior;


Assuma que o corpo penetra b) a variação do comprimento das molas, após
instantaneamente no líquido e, portanto, o o equilíbrio, entre as situações mostradas nas
empuxo atua sobre o volume total do corpo e Figuras 1 e 2.
não somente sobre parte dele e considere g = Dados: aceleração da gravidade g;
10 m/s2. raio da esfera menor r;
raio da esfera maior R;
A50) Uma bóia de sinalização tem a forma de massa específica da esfera menor p ;
um cone invertido encimado por um hemisfério constante elástica das molas k.
e está presa por um fio, de massa desprezível,
ao fundo de um reservatório d’água, de A52) Um pistão de massa M tem a forma de
maneira a ter apenas a parte cônica submersa, um cilindro possuindo um furo, também
como mostra a figura. O cone tem altura h = 1 cilíndrico, coaxial com o pistão. O raio externo
meo raio de sua base, que é o mesmo do do pistão é R e no furo é ajustado um tubo de
hemisfério, é R = 30 cm. A bóia é maciça e paredes finas de raio r. O pistão pode ser
construída de um material de densidade p = ajustado sem atrito em um copo e inicialmente
0,45 g/cm3. Estime o valor da tensão no fio, está no fundo do mesmo. A que altura H eleva-
considerando n =3, g = 10 m/s2 e a densidade se o pistão se introduzirmos no tubo uma
da água Pa = 1,0 g/cm3. massa m de água?
/ R/\

A51) Duas esferas ligadas entre si por um fio


ideal encontram-se em equilíbrio e imersas em
um recipiente com dois líquidos imiscíveis, A53) Dois depósitos idênticos estão unidos por
com massas específicas pi e p2, sendo pi < pa. um tubo no qual pode mover-se um êmbolo,
Inicialmente a esfera maior encontra-se semi- perfeitamente ajustado, de seção Si. Os dois
imersa, como mostra a Figura 1. Em seguida, depósitos possuem seção de área A e
as esferas são penduradas por meio de um fio
armazenam um líquido de densidade p de
a uma polia ideal, que por sua vez possui uma
mesma altura. Determinar o trabalho
MBMMMV

361
ELEMENTOS DA FÍSICA

necessário para deslocar o êmbolo de um 1,5a

í
comprimento £ ao longo do tubo.
Obs: Suponha que a aceleração da gravidade
local é g A

s s
a) 1,0 a b) 0,8 a c) 0,5 a
d) 0,2 a e) 0,1 a

A57) Uma chapa metálica em formato de


triângulo equilátero ABC possui lado L e
A54) Um cubo de madeira de densidade 600 espessura a. A chapa pode rotacionar em
kg/m3 e aresta 10 cm está flutuando em um torno do vértice A, onde existe uma rótula que
copo com água cuja seção transversal possui se acha fixada na lateral de um tanque que
área de 3 dm2. O cubo é lentamente contém água de densidade p. O tanque está
empurrado para baixo por uma força F, até que com água até o limite de sua altura. Considere
sua face superior fique no mesmo nível da que a densidade da chapa é 2p e que a
superfície livre da água. Suponha que neste aceleração da gravidade local é g. Determine,
processo a água contida no copo não em função de p, g, L e a, o módulo da força
transborda. Se g = 10 m/s2 e a densidade da horizontal F que deve ser aplicada ao ponto C
água seja igual a 1000 kg/m3, determine o de modo que a chapa fique em equilíbrio com
valor do trabalho realizado pela força F. o lado BC na posição vertical.
a) 0,08 J b)0,16J
b) 0,16 J c) 0,1 J c, ■U
d) 0,02 J e) 0,05 J
L/2
A55) Um bloco cúbico de densidade pt e A
aresta £ é abandonado sobre a água, de
densidade pa, de modo que sua face inferior L/2
L
esteja tangente à superfície livre da água.
Despreze todos os atritos existentes. Se a B
aceleração da gravidade é g e adotando pb <
Pa/2, calcule a altura máxima que atinge a
parte submersa do bloco em seu movimento
A58) Uma passarela flutuante é composta de
de descida.
uma prancha e de duas vigas de seção
quadrada, de comprimento a (mesmo da
£ Pb passarela) e lados iguais a d e 2d. A distância
entre os centros de gravidade das vigas é £. O
Pa peso da prancha é G e a aceleração da
gravidade é g. Determinar a posição x que
A56) Dois blocos, A e B, homogêneos e de deve ser aplicada uma força P de modo que a
massa específica 1,6 g/cm3 e 4 g/cm3, prancha se mantenha na posição horizontal,
respectivamente, foram colados um no outro e sendo p a densidade do líquido e pi a
o conjunto resultante foi colocado no fundo densidade do material que é feito as vigas.
(rugoso) de um recipiente, como mostra a
figura. Coloca-se, cuidadosamente, água no
recipiente até uma altura h, de modo que o
sistema constituído pelos blocos A e B
permaneça em equilíbrio, ou seja, não tombe.
O valor máximo de h é:
:d
M- *2<i
t

A59) No esquema anexo tem-se um eixo


vertical solidário com uma barra horizontal; à

362
ELEMENTOS DA FÍSICA

extremidade livre desta prende-se uma esfera densidade p, até uma altura 4r. Determine a
oca de raio r e centro 0; o raio r é suposto força mínima para levantar a esfera.
pequeno em confronto com E0 = R. A esfera
contém um líquido de densidade absoluta d,
que a preenche pela metade; o espaço
4r
restante é preenchido por fluido gasoso de
densidade desprezível, e que exerce pressão
Po. O sistema está sujeito à ação da gravidade
e é posto a girar com velocidade angular w
constante. Determine o valor da maior pressão
encontrada no líquido.
A63) Uma comporta retangular é usada para
O
E
represar água (densidade p). A comporta foi
instalada apresentando uma inclinação 0 com
a) p = po + d.g.r relação à vertical. Calcule a força que a água
b) p = po + d(g + w2.R)r exerce sobre uma área retangular da comporta,
c) p = po + d.w2.R.r cujos lados horizontais passam por dois pontos
que estão à distâncias yi e y2 do ponto O.
d) p = p0 + d^/g2 +w4.R2.r
-^O
. , g.w2.R
e) p = p0 + d ——5—.r
g + w2.R

A60) Em um depósito com água se introduz


um tubo largo, de diâmetro d, cujo extremo
inferior se adapta ajustadamente um disco
F íI
I
I
cilíndrico de espessura h e diâmetro D. A
y2 I
I
densidade do material do disco pd é maior que
a densidade da água pa. O tubo é levantado
lentamente. A que profundidade H se
desprenderá o disco do tubo? A64) Considere três cubos de mesmo tamanho
que foram colados como ilustra a figura. A
densidade do material dos cubos A e B é pi =
0,5 g/cm3 e o material do cubo C é p2 = 2
g/cm3. Determine o valor do ângulo p indicado
na figura, na situação de equilíbrio estático,
quando o sistema formado pelos três cubos for
A61) Uma semiesfera de raio r está cheia de
imerso em água.
um líquido de densidade p e experimenta uma
pressão correspondente a uma altura h.
Determinar a pressão vertical na parede
inferior da semiesfera.

2r

A62) Uma esfera de raio r e peso P preenche


o orifício de um depósito, como indicado na
figura. No depósito também existe água,

363
ELEMENTOS DA FÍSICA

HIDRODINÂMICA
FLUXO DE FLUIDO

O fluxo descreve o movimento das partículas do fluido no tempo. A descrição completa do


movimento de um fluido é complexa e, portanto, no tratamento que utilizaremos será necessário
supor algumas simplificações. Em particular, não analisaremos o comportamento de cada uma
das partículas, sendo mais adequado descrever as características gerais do movimento em cada
ponto do espaço conforme transcorre o tempo.
Linha de fluxo é uma linha imaginária contínua que denota em cada um de seus pontos a
direção do vetor velocidade do fluido. As linhas de fluxo de um sistema estável nunca se cruzam
uma a outra (pois uma partícula podería seguir duas direções) e representam um padrão
instantâneo de fluxo o qual em outro instante pode ser completamente diferente.

Se selecionamos um número finito de linhas de corrente como se mostra na figura, esta


região tubular se denomina tubo de fluxo, as fronteiras deste são linhas de corrente e portanto
nenhuma partícula pode cruzar este tubo, comportando-se como um verdadeiro duto.

EQUAÇÃO DA CONTINUIDADE

Da conservação da massa do líquido em um tubo de fluxo, resulta imediatamente a


equação da continuidade.

T
v2Aí

*1 FT
li
1
2
"A2

Consideremos um tubo de fluxo constante de um líquido não viscoso, tal como mostrado
na figura. Sejam 1 e 2 dois setores cujas seções possuem áreas transversais ao fluxo Aj e A2,
com velocidades v, e v2, respectivamente. Considere as porções sombreadas dos líquidos em 1 e
em 2. Em um intervalo de tempo At a massa do líquido Am, passa pela seção 1 e a massa Am2
que passa pela seção 2 devem ser iguais, uma vez que as mesmas partículas são as que se
movem no tubo de fluxo, sem que alguma ingresse ou saia. Assim:

Am, = Am2 => PiAVt = p2AV2 p^ViAt = p2A2v2At => piAíV, = p2A2v2

364
ELEMENTOS DA FÍSICA

Se considerarmos que o fluido é incompressível, como no caso dos líquidos, tem-se:

pí = p2 => A4V! = A2v2 (equação da continuidade)

O produto Av é a taxa de fluxo de volume dV/dt, ou seja, a velocidade com que o volume
cruza uma seção do tubo:

dV
Av (taxa de fluxo volumétrica)
dt

La taxa de fluxo de massa é o fluxo de massa por unidade de tempo através de uma seção
transversal, sendo igual à densidade p multiplicada pela taxa de fluxo volumétrica dV/dt.
A equação indica que a taxa de fluxo volumétrica tem o mesmo valor em todos os pontos
ao longo do tubo de fluxo. Se a seção transversal de um tubo de fluxo diminui, a velocidade
aumenta e vice-versa. A parte profunda de um rio tem maior área transversal e uma correnteza
mais lenta que a parte superficial, porém as taxas de fluxo volumétricas são iguais nos dois pontos.

EQUAÇÃO DE BERNOULLI

Limitaremos o estudo dos fluidos em movimento a certas condições ideais. Nosso modelo
supõe que os fluidos são incompressíveis, não viscosos e que o movimento é laminar. A primeira
condição por um lado garante que a densidade seja constante em todo momento e por outro que
si for aplicado a gases (que são altamente compressíveis), a pressão não deve variar ao longo do
processo para que não varie a densidade do gás. A segunda e a terceira condição do fluido não
viscoso e movimento laminar elimina a possibilidade de perdas de energia por atrito e permite
aplicar o principio da conservação da energia.
Este teorema foi demonstrado pelo físico e matemático suíço Daniel Bernoulli, que em
1738 encontrou a relação fundamental entre a pressão, a altura e a velocidade de um fluido ideal.
Este teorema demonstra que estas variáveis não podem modificar-se independentemente uma da
outra.

=À2 A.v:

V'.

A,
R
A.v,
f.

1
Imaginemos que o fluido ideal circula por um tubo de fluxo como o que mostra a figura.
Consideremos uma pequena porção de fluido de volume V que ingressa pela seção A,. Ao final do
intervalo de tempo At o fluido ocupará uma nova posição saindo pela seção A2 dentro do tubo.
Este movimento se deve as porções inferiores do líquido do tubo de fluxo exercem uma força F,
sobre o volume V, força que, em termos da pressão p2, pode expressar-se como pi.A1( e está
aplicada no sentido da direção da corrente.

365
ELEMENTOS DA FÍSICA

Analogamente, em A2 as porções de fluido superiores a este volume considerado,


empurram exercendo uma força F2 em sentido contrário ao movimento, que pode expressar-se
como p2.A2.
O trabalho W das forças F1 e F2 que atuam sobre o volume V resulta:

W = F1.AX1 - F2.Ax2 = p1.A1.Ax, - p2.A2.Ax2

Como o fluido é incompressível, o volume que passa pelo ponto 1 em um intervalo At é o


mesmo que passa pelo ponto 2 no mesmo intervalo de tempo. Portanto:

V = A1.AX1 = A2.Ax2 => W = pi.V - p2.V = (pi - p2)V

Além disso, o fluxo deste sistema é laminar e o fluido é não viscoso, portanto, não existe
trabalho de forças de atrito e é possível aplicar o teorema do trabalho e energia.

Wforça resultante ~ AEcjnética —** Wp, + Wp2 + Wp AEC


. mv2 mv? m m m v2 2
m v2
.... ... VV =* pi-p2+vgyi-v9y2=vf
p,.V - p2.V + mg(y, - y2) = -
V 2
v22
V V2 V2
V2
P1-p22+
p1-P P3y,-PSy2
+pgyi-pgy 2-P^-
=py-py => P1 + P
P, pgyi
sy,+ py
+Py = p2 + pgy2 + py

Desde que os pontos 1 e 2 são pontos arbitrários dentro do tubo de fluxo esta equação que
relaciona a pressão, a velocidade e a altura de um fluido vale para todos os pontos do sistema.
Como consequência:

v2
P + pgy + p— = constante (equação de Bernoulli)

Teorema de Torricelli

A partir da aplicação do teorema de Bernoulli é possível determinar a velocidade de saída


do líquido por um orifício de um recipiente. Consideremos um depósito de dimensões muito
maiores que o diâmetro do orifício de saída do líquido. A equação de Bernoulli será aplicada a
essa situação, considerando A como a superfície do líquido e B um ponto no orifício de saída do
recipiente.

|B.

A equação de Bernoulli para este caso é:

VA VB
pA + pgyA + p-=pb + pgyB + py

366
ELEMENTOS DA FÍSICA

Os valores das variáveis para o ponto A são pA = p0, yA e vA = 0 (a velocidade com que o
nível do líquido abaixa é muito lenta). Os valores correspondentes ao ponto B são pB = p0 (o fluido
expelido está em contato com o ar), yB e vB, que é a nossa incógnita. Substituindo na equação de
Bernoulli:

VB
Po+pgyA=Po + P9yB + P-^- vB=>/2g(yA-yB)

Este resultado é conhecido como teorema de Torricelli. Note que a expressão é análoga à
de um sólido em queda livre, fato que já era esperado pois o teorema de Bernoulli é demonstrado
a partir da conservação da energia mecânica. Este mesmo resultado é encontrado considerando
que o orifício está localizado no fundo do recipiente.

Alcances Iguais

Na parede vertical de um recipiente existem dois pequenos orifícios, um está à distancia x


da superfície do líquido e o outro está a uma altura z sobre o fundo. O objetivo é determinar a
relação entre x e z de modo que os esguichos de líquido encontram o solo no mesmo ponto.

T"
L
,7

rz
A| B
y

Observando o esguicho superior, da cinemática sabe-se que h-x = 9£ Como


2v?
/— v2
J2gx , segue que h-X = —. Analogamente, para o segundo esguicho tem-se z =
y2
v.
4x 4(h-z)
Eliminando y das duas equações obtém-se x(h - z) = z(h - z), de onde segue que x = z.
Ao contrário do que se costuma afirmar, embora saia com velocidade maior, o jato do
orifício mais baixo nem sempre tem o maior alcance, pois o seu tempo de queda é sempre menor
que o dos jatos dos orifícios superiores. Para que tenha alcance maior, é preciso que ele caia
abaixo da base do recipiente. Veja a figura a seguir.

' 8.0 cm

AÍOT
8.0 cm

/'
_ CT
.____ lA.Qcm

367
ELEMENTOS DA FÍSICA

Venturi

A figura ilustra um medidor Venturi, que é usado para medir a velocidade de fluxo em um
tubo. Um líquido de densidade p flui por um tubo de seção transversal Av Em uma região a área
se reduz a A2 e se instala um manômetro. O objetivo é deduzir a expressão da velocidade do fluxo
v-, em termos das áreas transversais e A2 e a diferença de altura h do líquido nos dois tubos
verticais do manômetro.

R___
h

y2-

2"“PT

A?

A equação de Bernoulli será aplicada às partes destacadas (pontos 1 e 2) do tubo. A


diferença de altura entre os dois tubos verticais indica a diferença de pressão entre os pontos 1 e
2. Os dois pontos têm a mesma coordenada vertical (y, = y2), e assim, pela equação de Bernoulli:

V? V2
Pi+pgyi + py = p2+pgy2 + py => X+w^+p = X + pgh + ^g< + p A
2 2
V? h V2
-^-?-
— = gh + -
2 2

Pela equação da continuidade segue que v2 =— v,. Assim:


A2
2gh
Vi =
2
2 2 A; A1 -1
A2

Tubo de Pitot

Tubo de Pitot é um instrumento destinado a medir a velocidade dos gases que circulam por
um tubo. Consiste em um tubo manométrico que se conecta, como indica a figura, o tubo por onde
circula o gás.

a b
v v

0 y.=yb
H
!!
s

368
E....
ELEMENTOS DA FÍSICA

A pressão no ramo esquerdo do manômetro, cuja abertura é paralela à direção do


movimento do gás, é igual à pressão da corrente gasosa. A pressão no ramo direito, cuja abertura
é perpendicular à corrente, pode ser calculada aplicando o teorema de Bernoulli aos pontos a e b:

va vb
Pa + pgya + p-y = Pb+pgyb + py

A velocidade va é a velocidade v de circulação do gás. Como o ingresso ao tubo


manométrico no ponto b está limitado por um líquido manométrico, a velocidade vb é zero. Além
disso, tem-se ya = yb e pb = pa + pgh. Logo:

=> v 2gh

Sustentação das asas de um avião

A figura mostra linhas de fluxo ao redor de um corte de uma asa de um avião. As linhas se
aproximam sobre a asa, que corresponde a uma maior velocidade do fluxo e uma pressão
reduzida nesta região, análoga à região mais estreita do medidor Venturi. A força que atua sobre a
parte inferior da asa é maior que a que atua sobre a parte superior. Existe uma força resultante
para cima, conhecida como força de sustentação. A sustentação não se deve somente ao impulso
do ar que incide na parte inferior da asa, sendo que a pressão reduzida na superfície superior da
asa acaba por contribuir mais na sustentação.

P\
Pt

Qg
i h2-
;
11 Jj
p\
50 Ap
Pt

Também podemos entender a força de sustentação em termos da variação da quantidade


de movimento. Existe uma variação resultante da componente vertical da quantidade de
movimento do ar que flui pela asa, correspondente à força descendente que a asa exerce sobre o
ar, como indicado na figura anterior. Deste modo, a força de reação que atua sobre a asa (força
de sustentação) é com sentido para cima.

369
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER1) (UFPA-05) Não era novidade para ninguém que a velocidade de escoamento do rio mudava
ao longo de seu curso. Para projetar uma ponte sobre determinado trecho do rio Tuandeua, uma
equipe de técnicos fez algumas medidas e João ficou sabendo que a área transversal ao rio,
naquele trecho, media 500 m2 e a velocidade média da água na vazante era de 1 m/s. Como já
sabia que em frente a sua casa a velocidade média na vazante era 2 m/s, fazendo aproximações
para uma situação ideal, conclui-se que a área transversal do rio, em frente à casa de João, é
igual a
a) 250 m2. b) 300 m2. c) 500 m2. d) 750 m2. e) 1000 m2.
Solução: Alternativa A
Pela equação da continuidade: A-iV-i = A2v2 => 500.1 =A2.2 => A2 = 250 m2

ER2) (AFA-96) Nas paredes laterais de um tanque cilíndrico de altura H e raio R = 3 m, são feitos
oito furos de 15 cm de raio à mesma profundidade. Sendo v a velocidade com que a água
colocada nesse tanque escoa em cada furo e v0 a velocidade com que o nível da água baixa no
tanque pode-se afirmar que a razão v/v0 é:
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50
Solução: Alternativa D
v (3)2
Pela equação da continuidade: A^, = A2v2 => 7tR2v0 = Srci^v = 50
v0 8(0,15)2

ER3) (Unipam) Uma lata cheia de água até uma altura h tem um furo situado a uma altura y de
sua base, como mostra o desenho. Sabe-se da hidrodinâmica que a velocidade de disparo da
água é dada por v = ^/2g(h - y). Sendo x o alcance horizontal do jato de água, é correto afirmar
que o maior alcance será obtido quando y for igual a:
^1

a) h b) h/2 c) 3h/4 d) 7h/8 e) 15h/16


Solução: Alternativa B
Da hidrodinâmica sabe-se que v = ,/2g(h - y). Da cinemática segue que:

g x2 g x2 yh-y2
v = —— =>
=> y = — - ------------
v x 2.
2 v2 2 2g(h-y) \ g
O valor máximo de x ocorre para o valor máximo de yh - y2, ou seja, para y = h/2

ER4) (AFA-96) Em um tubo de Pitot escoa ar de massa específica 1,0 kg/m3. Se a diferença de
pressão for 800 Pa, o valor da velocidade, em m/s, será:
a) 20 b) 30 c) 40 d) 50
Solução: Alternativa C
Pela equação de Bernoulli:
V2 (1)va2
Pa+pgya+py=Pb+pgyb+py => Py = Pb-Pa 800 => va = 40 m/s
2

370
ELEMENTOS DA FÍSICA

ER5) (UFPA-95) Em 5 minutos, um carro tanque descarrega 5000 litros de gasolina, através de
um mangote cuja seção transversal tem área igual a 0,00267 m2 (ver figura abaixo). Pergunta-se:

c .....................................
a) Qual a vazão volumétrica média desse escoamento, em litros/segundo?
b) Considerando os dados indicados na figura e g = 9,8 m/s2, qual a vazão volumétrica, em
litros/segundo, no início do processo de descarga do combustível, quando o nível de líquido no
tanque está no ponto A?
Solução:
. AV 5000
a) Q = -—• = 16,67 €/s
At 5.60
v2 v2
b) Pela equação de Bernoulli segue que pA +pgyA +p-^- = pc +pgyc +P~^~< or|de pA = 105 N/m2,
v2
yA = 2,5 m, vA = 0, pB = 1 N/m2 e yc = 0: 105 +1039,8.2,5 + 0 = 105 + 0 + 103-^- vc = 7 m/s
Deste modo, Qo = vc.A = 7.(0,00267) = 0,01869 m3/s = 18,69 m3/s

ER6) (UFPA-96) A figura abaixo representa um grande reservatório de água de uma represa, com
uma canalização nele acoplada, cujas áreas das secções são 900 cm2 em 1 e 600 cm2 em 2.
Admita que a água possa ser considerada um fluido ideal e que escoe em regime permanente.
Sabendo-se que a aceleração da gravidade vale 10 m/s2 e que a pressão atmosférica é igual a
105 N/m2, pede-se:

4*
i
i
: ycm*. 15,n I

31,25

2
a) A velocidade, em m/s, com que a água flui no ponto 2
b) A vazão, em m3/s, da água
c) A pressão, em N/m2, no ponto 1
Solução:
a) Como a área da superfície livre da água na represa é muito maior que as áreas dos pontos 1 e
2, pode-se considerar que a velocidade da água na superfície livre da represa é nula. Deste modo,
segue que v2 = ^2gh2 = 72.10.31,35 = 7625 = 25 m/s
b) Q = A2v2 = 600.10'4.25 = 1,5 m3/s
c) Pela equação da continuidade: A,Vt = A2v2 = Q => 900.10>’4.v1 = 1,5 => v, = 16,67 m/s

Xo
v?“
Pela equação de Bernoulli: p0+pgy0+P^- = Pi+ P~^
/O '
=>
2

371
ELEMENTOS DA FÍSICA

105 +103.10.15 = Pí +.1°3(1|'67)2 P1 = 1,11.1o5 N/m2

ER7) (AFA-96) O ar escoa na parte superior de uma asa de avião com velocidade de 50ms "1. Na
parte inferior da velocidade vale 40ms-1. A área de asa é de 20m2, e a massa específica do ar,
1,03 kgm’3. Se o avião estiver voando em linha reta e atitude constante, a massa do avião, em kg,
será:
a)927 b)1027 c) 1127 e)1227
Solução: Alternativa A
Pela equação de Bernoulli, considerando pontos a mesma altura:
Pa+WÍ + Py = Pb+^9< + Py => Pb ~ Pa = P(Va~ Vb ' = (1’ °3)(5° ~ 40 } 463,5 Pa

Como o avião voa em linha reta: mg = (pb - pa)S => m.10 = (463,5)(20) = 9270 N => m = 927 kg

ER8) (ITA-16) Um estudante usa um tubo de Pitot esquematizado na figura para medir a
velocidade do ar em um túnel de vento. A densidade do ar é igual a 1,2 kg/m3 e a densidade do
líquido é 1,2 x 10"4 kg/m3, sendo h = 10cm. Nessas condições a velocidade do ar é
aproximadamente igual a

ar

líquido I*
a) 1,4 m/s. b) 14 m/s c) 1,4 x102 m/s d) 1,4 x 103 m/s e) 1,4 x 104 m/s
Solução: Alternativa c
Pela equação de Bernoulli:
Par»2 Par»2 2.pliq.g.AH
Ap = MiiqgAH o= u = 1,4.102 m/s
2 2 Par

ER9) (ITA-16) Um cilindro vertical de seção reta de área A,, fechado, contendo gás e água é
posto sobre um carrinho que pode se movimentar horizontalmente sem atrito. A uma profundidade
h do cilindro, há um pequeno orifício de área A2 por onde escoa a água. Num certo instante a
pressão do gás é p, a massa da água, Ma e a massa restante do sistema, M. Determine a
aceleração do carrinho nesse instante mencionando em função dos parâmetros dados. Justifique
as aproximações eventualmente realizadas.
Solução:
A, I. Aplicando Bernoulli nos pontos 1 e 2:
22
p + pgh + ^y- = Patm + , como.
gás
A
1
A-, Ví = A2 V2, tem-se que Vi = — v2, que substituído , fica:
Aj

A;
T-
T agu
h
v2 =
2(ngh + p-patm)
íi A2

2
■* v7 II. Da conservação do momento linear aplicado ao sistema para um
intervalo de tempo infinitesimal, temos:
(M + Ma)dv = dm.v2, mas dm = p.dv = p.A2.v2.dt, então

372
r ELEMENTOS DA FÍSICA
1

(M + Ma)dv = p.A2. v2 -dt dX = ..HA2...v2


(M + Ma)dv = nA2.V2.dt.V2
dt M + Ma 2
dv P-A2 2.(pgh + p-patrn)
III. Substituindo a equação I na equação II: a
dF M + Ma

ER10) (ITA-18) Na figura, o tanque em forma de tronco de cone, com 10,0 cm de raio da base,
contém água até o nível de altura h = 500 cm, com 100 cm de raio da superfície livre.
Removendo-se a tampa da base, a água começa a escoar e, nesse instante, a pressão no nível a
15,0 cm de altura é de

A)100kPa. B) 102 kPa. C) 129 kPa. D) 149 kPa. E)150kPa.


Solução: Alternativa C
100 Da semelhança de triângulos segue que:
Ai x 15 + r 500 + x
I — =-------- =------------ => x = 55,5 cm e r = 12,7 cm
I 10 r 100
I r
“Êf- Como Aa » Aç e pA = Pc = Patm:
I 500 + x vc = 72ghc = V2.10.5 =10m/s
t ílOj
15 + x Pela equação da continuidade:
\cj / Abvb = Acvc => vB=^-vc
4 1 / x
41/ ab
Aplicando a equação de Bernoulli nos pontos B e C:

Pb + P9^b
pvl pv2
Patm+~^ Pb = Palm - PghB +1 vc 1 V2
2
,2
1 o3 Tt.0,12
PB =105 -103.10.0,15 + -^-.102 1- => pB = 129kPa
n.0,1272

ER11) (IME-18)

->
> v

aMMMMOBMV’

373
ELEMENTOS DA FÍSICA

A figura acima mostra esquematicamente um tipo de experimento realizado em um túnel de vento


com um tubo de Pitot, utilizado para medir a velocidade v do ar que escoa no túnel de vento. Para
isso, a diferença de nível h entre as colunas do líquido é registrada. Em um dia frio, o experimento
foi realizado e foi obtido o valor de 10,00 cm para a diferença de nível h. Em um dia quente, o
experimento foi repetido e foi obtido o valor de 10,05 cm para a diferença de nível h. Determine:
a) o valor do coeficiente de dilatação volumétrica do líquido no interior do tubo, sabendo que a
variação de temperatura entre o dia quente e o dia frio foi de 25 K;
b) a velocidade do ar v.
Dados:
• a massa específica do líquido é 1.000 vezes maior que a massa específica do ar no dia frio; e
• aceleração da gravidade: g = 10 m/s2
. Considerações:
• a velocidade do ar no túnel de vento foi a mesma nos dois experimentos;
• a massa específica do ar foi a mesma nos dois experimentos;
• a aceleração da gravidade foi a mesma nos dois experimentos; e
• despreze a dilatação térmica da estrutura do tubo de Pitot.
Solução:
Aplicando a equação de Bernoulli em um tubo de Pitot segue que:
darv2 .
pgh => p e h são grandezas inversamente proporcionais (1)
2
Considerando a dilatação no interior do tubo de Pitot: pf = p0(1 + y0) (2)
Se (1) e (2) tem-se que — = 1 + yA0 => 10,05 =1 + y,25 => y = 2.00.10’4 K'1
h0 10,00
b) Em um dia de ar frio:

v = /2g h0 = ^2.10.10,00.1000 = 20Jõ m / s


V dar

374
n ELEMENTOS DA FÍSICA

GABARITOS

K
Exercícios de Embasamento
E1)E E2) A E3) VFFVF
E4) D E5) E E6) C
E7) C E8) 21 E9) B
E10) E E11) 5,0 E12) C
E13) E E14) C E15) C
E16) A E17) D
E18) a) 2 km; b) 1,96%; c) erro na cronometragem E19) B
E20) B E21) C E22) D
E23) B E24) E E25) A
E26) B E27) 9 E28) C
E29) B E30) B E31) C
E32) B E33) A E34) C

Exercícios de Fixação
F1) a) 72 km/h; b) 3 m F2) B F3) D
F4) a) 0,5 m/s; b) 0,83 m/s; c) 0,67 m/s F5) A
F6) E F7) "B F8) D
F9) B F10) B F11) C
F12) B F13) D F14) B
F15) D F16) D F17) 3000 m
F18) A F19) B F20) C
F21) D F22) C F23) C
F24) B F25) C F26) C
F27) C F28) B F29) C
F30) 100/v F31) E F32) D

Exercícios de Aprofundamento
A1) A A2) E A3) B
A4) D A5) B A6) B
A9) t 2D/v(l-(u/v)2)
A7) C A8) A
A10) u = v/(2.sen a) a = v2/(2ísen3 a) A11) v,/v2 = 3/5
A12) 102 km A13) a) 1,25 s; b) 125 m; c) 3,84 projéteis/segundo
A14) B A15) D A16) A
A17) C A18) C
v,v,-Jd2 -e2 ± v2 ^d2v2 - f2v2
A19) arc cos (€/y), onde y - ---------------- ------------------------- A20) B

A21) 3 horas A22) 45 km/h


2t2-t, G-?2 V2-V,
A23) v1 h e v2 h A24) IÃ-r2l |v2-v,|
tvt2 , Ma J
A25) a) 6 min; b) 3 km; c) 7,5 min

A26) dmin - —r- e 1 A27) D


v?+v2
A28) C A29) 30 min e 60 min

375
ELEMENTOS DA FÍSICA

V/.-VÍ, v 1 > 7 •

Exercícios de Embasamento
E1) E E2) A E3) A
E4) a) 50 m; b) 3,125 m/sz E5) 50 E6) 80 s
E7) 32 E8) 12 E9) a) 240 km/h; c) 60 m/s
E10) a) 32 km/h; b) 400 s E11) C E12) a) 1,5 km/s; b) 10 m/s2
E13) C E14) B E15) B
E16) D E17) C E18) E
E19) A E20) D E21) A
E22) E E23) E E24) A
E25) A E26) D E27) A
E28) a) 0,05 m/s2; b) 20 km E29) B E30) C

Exercícios de Fixação
F1) a) 0,48 m/s2; b) 1,2 m F2) a) - 3 m/s2; b) 2,491 m/s2 F3) a)2s;b)1,2m
F4) a) 9,92 km; b) 1,5 m/s2 F5) E F6) B
m/s2,; b), d’< d
F7), 3____ F8) D
F9) a)x1(t) = 6.t x2(t) = 25 + t2/2; b)v1(t) = 6m/s v2(t) = t; c) t = 6 s
F10) D F11) D F12) A
F13) E F14) 5 km F15) D
F16) a) 9,5 s; b) 279,5 m F17) C F18) D
F19) C F20) B F21) B
F22) D F23) A F24) A
F25) B F26) A F27) D
F28) D F29) C F30) E
F31) B F32) C F33) C
F34) B

Exercícios de Aprofundamento
A1) VFFFV A2) C A3) CECEECE
A4) A
avançar sinal vermelho; deixar de dar preferência de passagem a pedestre que esteja na faixa;
A5)
transitar em rodovias com velocidade acima de 50% da máxima permitida em vias públicas.
A6) 20 s A7) D A8) A
A9) E A10) E A11) E
A12) C A13) E A14) D
A15) B A16) D A17) E
A18) C A19) 120meses A20) 100s
A21) a) ,/30 s; b) 5yÍ2 m; c) d, = d2 = 5m A22) E
__ v2 (1 1' abt
A25) a = 5,5m/s2; v0 = 8,25m/s; As = 220m A26) — a + b e------
' 2 a+b
A28) D A29) E A30) A
A31) C A32) E
A33) u = v/(2.sen a) a = v2/(2ísen3 a)
A34) a) - 66 m, 149 m/s e 228 m/s2
A35) 248 m, 72 m/s e - 383 m/s2
A36) 0,667 s, 0,259 m e — 8,56 m/s A37) 1 s < t < 4 s
A38) x = t4/108 + 10t + 24 e v = t3/27 + 10 A39) a) 5,89 m/s; b) 1,772 m
A40) a) 48 m3/s2; b) 21,6 m; c) 4,9 m/s
A41) a)-0,0525 m/s2; b) 6,17 s A42) a) 2,36v0T; b) O,363vo
A43) a) 1 s; b) 0 s A45) a) 16^29 m; b) 2V181 m/s
A46) a) 22,5 m/s; b) 10/3 m/s2; c) 10/3 m/s2

376
ELEMENTOS DA FÍSICA
----- —

Exercícios de Embasamento
E1) D E2) D E3) D
E4) D E5) 4s e 40 m/s E6) B
E7) 3,2 m E8) 20 m/s E9) 5 m/s
E10) 4s E11) E E12) B
E13) A E14) D E15) 3125 m
E16) 25 m/s E17) B E18) E
E19) D E20) 3 E21) 4
E22) D E23) 72 km/h E24) E
E25) C E26) 0,25 E27) a) 22 s; b) 44 s
E28) E E29) E E30) C
E31) D E32) A E33) E
E34) C E35) D E36) D
E37) B E38) C E39) 2,0 m/s
E40) 2000 m E41) 34,6 m/s

Exercícios de Fixação
F1) a) 0,6 s; b) 120 km/h F2) a) 1,6 s; b) 8 m/s; c) 3,2 m
F3) a) 0,4 s; b) 2 s F4) a) H(t) = 5t, h(t) = 10t - St2, h'(t) = 15t — St2; b) 1,5 s
F5) a) 0,8 s; b) 2,4 m/s; c) 6 m/s
F6) a) 0,5 s; b) 6 m/s; c) 0,67 s F7) 21 m/s
F8) 5.10“2s F9) E
F10) a) 6 m/s; b) arc tg 0,2; c) 1,8 m F11) 8%
F12) B F13) D F14) D
F15) C F16) C F17) C
F18) C F19) B F20) A
F21) A F22) D F23) C
F24) E F25) qualquer valor de d F26) D
F27) E F28) 2000 m F29) 8 m/S
F30) c) 0,30 s F31) 1000 m F32) a) 0,78 s b) 0,66 s

Exercícios de Aprofundamento
A1) 218 m A2) B A3) C
A4) a) 24 m/s; b) 49 m A5) A A6) 28

A7) a) x = vcos (a+6)t e y = vsen (a+0)t - gt2/2; b) y = tg(a + 0).x -


í-- --- 1I ;c) d = ^/i(V3-1)
2[v.cos(a + 0)J■ 2g
A8) B A9) A A10) C
A11) B A12) B A13) C
A14) B A15) C A16) C
A17) A
A18) b) x0 = VqCos e.t, yc = yo + vosen 6.t — gt2/2, yo = y-gt2/2; c) 2,1 s; d) 1,1.10 m
A19) B A20) A A21) a)10s; b) 1500m
A22) 1 s A23) 5 m e 8 m
A24) a) 9,8 m; b) 2 m/s de baixo para cima. A25) a) 65,92 m; b) 4,08 s
A26) 31,6 m A27) a) 231 m/s; b) 1000 m; c) vx = 200 m/s vv = 164,5 m/s.
A28) 89 A29) (2s + gT2)/(8gT2) A30) 3
A31) V2vog A32) 59,7 m/s A34) D
A35) Sim A36) k/4 + o/2 ______________A37) 30°
dh(v2 - gh - 7vp - 2ghvg - g2d2)
A38) 7a(Vh2 + S2"-h) A40)
g(d2+h2)
gR cos 6 A42) 40 (sen a + Vi + sen2 ajcosa
A41) v<

v2 _ vgcos2e
A43) Sim A44) x=—5— e y
g.tgO 2gsen20

377
ELEMENTOS DA FÍSICA

g(R2+16H2) 2h
A45) A46) a) — í b) 90' a, onde a é o ângulo de lançamento
8H vy

A .7 t. û

k.
Exercícios de Embasamento
E1) A E2) B E3) B
E4) C E5) E E6) B
E7) 50 E8) 11 min E9) 16
E10) E E11) B E12) D
E13) A E14) D E15) 3.10 3 m/s
E16) C E17) A E18) B
E19) D E20) B E21) D
E22) D

Exercícios de Fixação
F1) E F2) D F3) B
F4) E F5) A F6) 6
F7) E F8) E F9) C
F10) 60n F11) 51 min F12) A
F13) A F14) C F15) E
F16) C F17) D F18) D
F19) C F20) a) 2L/c; b) 1/2NV; c) 3.108 m/s
F21) a) 4,5 m/s2; b) 5 m/s; c) arc cos 0,8
F22) «X
a) 47
17,5 km/s; b) 1,7.104 s; c) 2181
C Ixrv^M- KY 4 7 4ÍT
F23) D
F24) C F25) E

Exercícios de Aprofundamento
A1) B A2) C A3) D
A4) B A5) A A6) E
A7) C A8) D A9) E
A10) A A11) D A12) C
A13) A A14) C A15) C
A16) v = 20a/2 m/s A17) a = - 4n rad/s2, At = 5 s A18) D

A19) E A20) v-vml„=2Ra>fl--!-') A21) B


A22) a) 8 m/s; b) 0,02 Hz; Leste e Oeste A23) 8n rad/s
A24) a) 1,4 m e 3,0 m; b) 50n/11 s A25) a) 4NfL;b) 315000 km/s
A26) a) 7o,36 + 3,2t2-4t4 ; b) 0,2^10 m/s A27) 500 mm/s
A28) tg a = 2s/R A29) a = 2kv2eR = 1/2k A30)

■ ■

Exercícios de Embasamento
E1) A E2) B E3) A
E4) A E5) B E6) T = 270 N e T = 300 N
E7) B E8) C E9) D
E10) 150 N E11) C E12) D
E13) 22 E14) A E15) E
E16) A E17) D E18) C
E19) E E20) E E21) C
E22) C E23) D E24) E
E25) 990 N E26) a) 1.5.105 N; b) 0.5.105 N E27) A
E28) E E29) 3m E30) B
E31) C E32) E E33) E

378
ELEMENTOS DA FÍSICA

E34) A E35) B E36) D


E37) C E38) A E39) C
E40) C E41) C E42) A
E43) B E44) E E45) D
E46) A E47) A E48) B
x-ylP
E49) E50) A
x + y) 4

Exercícios de Fixação
F1) D F2) a) MP = 8 N.cm e Mc = 0; b) 0,5 N; c) 0,87 N
F3) 6 min F4) «\ C IA8 M-
a)5.10 A C -in0 M m
eN; b) 4,5.10° N.m
F5) a) 20000 N; b) 7,5.10° Pa F6) D
F7) A F8) 320 kg F9) 90
F10) a) 1,0 m; b) traseira F11) b) 36 cm; c) 4 kg F12) a) 2; b) 600 N
F13) A F14) A F15) B
F16) A F17) D F18) B
F19) A F20) B F21) D
F22) C F23) D F24) B
F25) C F26) D
F27) 1°) desequilíbrio; 2°) equilíbrio para p S 0,5; 3o) desequilíbrio
F28) A F29) B F30) E
F31) C F32) B F33) A
F34) D F35) (1 + 73/3)W F36) D
F37) D F38) A F39) B
F40) A F41) E F42) A
F43) D F44) C F45) A
F46) C F47) a) 0.6P2; b)0,6 F48) B

Exercícios de Aprofundamento
A1) b)2,14m A2) E A3) C
A4) A A5) 30 kgf A6) E
A7) D A8) C A9) B
A10) A A11) A
A12) PE = 200 N, Ra = 215 N, RB = 0 e Rc = 185 N A13) 2V2R
A14) arc tg 1/4 A15) e/4 A16) a)2,4m; b) 3,0 m
a r,rr\ /õ 13 L3 2577 (2573 + 2) . -j~- N
A17) a) Ppiaca = 125073
i ------- Z"
Ne Ptioeo = 50 N; b) T =
106 — 106 3

A18>
A21) B
GH *«)

A22) 55,8 min


6
A20) C

I) não subir: F < P.tg (a + 0), onde tg 0 = p; ll)não tombe para cima: F < P(b + a.tg a)/2a
A23)
III) não desça: F > P.tg (a - 0); IV) não tombe para baixo: F > P.(a.tg a - b)/[2.(a + b.tg a)]
■ A25) tga = Sen(l/^------ e sen(l/R)
A24) h = — 2'2-73 ’ ma/mb+cos(l/R) tgp =
mb /m, +cos(l/R)
R P
A26) tg 9 = (a - bg1g2)/(a + b)n, A27) sen9 = ——-
' l+ R P +Q
A28) cos 9 = (I + 7l2 + 32r2) / 8r A29) P.cos a/[2.sen (a - P)]
a^ + bT^
A31) A32) tg 9 = (P2.cotg a - Pí.cotg P)/(P, + P2)

A33) p = (L.sen a.cos a)/(2a - L.sen a.cos2 a)


A34) tg 9 = 2.tg a + 1/p e N = P/[2(1 + p.tg a)] A35) n= 1/(2 + 373)
a.r.(c2 -2r2)
A36) T = P
c37c2 -r2
A37) p, = P2.cos 0/[Pi (1 + sen 9 + cos 0) + P2(1 + sen 0)], p2 = 1, p = cos 0/(1 + sen 0)
A38) tg p = (1 + 2P/Q)tg a A39) a = arc tg 1/4 A40) A

379
ELEMENTOS DA FÍSICA

A41) tg 8 = 2.tg a D = P-Jl + (cot2 a)/2


A42) a) Fx = 51 N e Fv = 9 N; b) N, = 144 N e N2 = 126 N A43) A
A44) B A45) E A46) C
A47) 181/126 A48) 1 A49) - 1291,7 kN.m
A50) A
A51) Fba = 500 N (T), FCA = 500 N (T), FBC = 500^2 N (C)
VA = 100 kN, VE = 100 kN, Nab = - 100 kN, NAF = 0, NBF = 70,7 kN, NBC = - 50 kN,
A52)
Ncf = - 100 kN, Ncd = - 50 kN, NFD = 70,7 kN, NFE = 0, NED = -100 kN, HE = 0
A53) F7 = F, = - 0,625 P, F6 = F2 = + 0,375 P, Fs = F3 = + 0,625 P
5.105
A54) a) 32 kN (-»); b) R^ = 42 kN (->) e RAy = 17 kN (T); c) RD = 9 kN (i); d) kN/m2
71
A55) F, = P/2sen a, F2 = (Pcotga)/2, F3 = P, F< = (Pcotg a)/2, F5 = P/2sena
N, = 45 kN, N2 = 45 kN, N3 = 45 kN, N„ = 45 kN, Ns = - 50,3 kN, N6 = 5 kN, N7 = - 16,8 kN,
A56)
N8 = 20 kN, N9 = - 16,8 kN, N10 = 5 kN, N„ = - 50,3 kN, N12 = - 33,5 kN, N13 = - 33,5 kN
N, = 150 kN, N2 = - 212,2 kN, N3 = - 50 kN, N< = - 200 kN, N5 = 100 kN, N6 = 70,7 kN,
A57) N7 = - 150 kN, N8 = 141,4 kN, N9 = 0 kN, N10 = - 141,4 kN, N„ = 150 kN, N12 = 100 kN, N13 =
100 kN
N, = - 4 tf, N2 = 4>/2 tf, N3 = -2^2 tf, N< = - 2 tf, Ns = -4x/2 tf, N6 = 6 tf, N7 = 3x/2 tf, N8 = - 3
A58)
tf e N9 = -V2 tf

Exercícios de Embasamento
E1) 48 E2) 16 E3) E
E4) A E5) D E6) D
E7) a) P, A; b) t, t2 = U < ts E8) E E9) a) 4,44 anos; b) curto
E10) D E11) a) 80 min; b) 640 min E12) E
E13) a) 0,4; b) 250m; c) 7,9s E14) D E15) D
E16) A E17) B E18) E
E19) A E20) E E21) 240 dias
E22) B E23) A E24) B
E25) D E26) A E27) E
E28) C E29) B E30) B
E31) B E32) B E33) D
E34) B E35) A E36) E
E37) D E38) B E39) A
E40) B E41) B E42) A
E43) A E44) D E45) E
E46) E E47) D E48) C
E49) D E50) A

Exercícios de Fixação
F1) E F2) B F3) b) 3; c) 3n2D3/GT2
F4) a) 72gm/r0 ; b) 7gm/r0 ; c) (2V2 -i)7gm/r0 F5) a) 2 N; 30 m
, ÍGM. Ms Mt
F6) 7 rad/s; c) Gm
F"’ a> (R-d)2 d2
F7) a) 1,5.1O40 kg; b) 8.10“ m/s F8) B
F9) B F10) a) 0,2 m/s2; b) 4,8.1012 J
F11) a) 0,015; b) 200 m/s F12) E F13) C
F14) a) -i- = cte; b) 1/4
F15) B F16) C
R
F17) nula F18) A F19) A
F20) A F21) E F22) E
F23) I) vA = 5,8 km/s vB = 6,7 km/s; II) - 3.9.1O10 J; III) TA = 3,3 h TB 2,6 h
F24) C F25) 1,1.106m F26) A
F27) B F28) A F29) R

380
r ELEMENTOS DA FÍSICA

F30) B F31) D F32) C


F33) D F34) E F35) A
F36) C F37) - 1,2.107 J F38) D
F39) B F40) 3,6 m F41) 1/2
F42) C F43) C F44) D
F45) 6,7 m/s2 F46) d/10 F47) A
n+1
F48) F = Gm,m2/R3 F49) F50)
Tocr2

Exercícios de Aprofundamento
A1) a) 5GMm/9R; b) 5GMm/9R - 2tc2R2cos2 e.m/T■2: A2) 9/5
A3) D A4) A
A5) ve = 7,216 km/s p = 4,037.10l'2 kg/m',3 g = 3,82.106 km/s2 Ag = 0,24 km/s'.2
A6) D A7) B A8) A
A9) B A10) E A11) A
A12) E A13) A A14) D
A15) B A16) A A17) Vz/v, = (1 - e)/(1 + e)
A18) h = 30000 km A19) C A20) D
fGM(a-c) lGM(a + c)
A21) C A22) e
a(a + c) a(a-c)
/GM(R + 3h) .
A23) B A24) a) V R(R + h) ;’ b) não; c) sim

A25) A A26) D

A27) v, = m2
|2GÍ1_ C /2Gp 1")
v2 =m,
m2lj r0J m,^r r0J
A28) a) F = -(■47tGpm X: b)T = ^
3
A29) h = R^Tx/Gp/(GpT2-3n)-ij A30) 2.1030 kg

GmM 1
A31) 2R(JS/TL)2'3 -H-2R0 A32) 1-
8(1-R/2d)2
a) x, = 2a, x2 = 2a/3; b) Não, apenas no infinito; c) U = - Gm1m2/a; d) fazendo a origem em
A33)
4m, plano x = 4a/5
I 2GMr2 [ 2GMr1 A35) | = e
A34) vmin =
ri(r,+r2) r2('i + r2) 2 Tt

A36) A A37) a) 2v/3r; b) 3v; c) 6v/r; d) 9


A38) GMm L = 7GMm2a(1-e2)
E = £Mrn
2a
A39) rmax = r0( 1 + sen a) rmin = r0(1 - sen a) A40) vB = 20074 km/h
Vo(ro+R)2
A41) 10122 km/h A42) -R
2GM-(r0+R)v2
A43) a) 0,215; b) 19.4.106 m/h A44) 1,68 km/s
A45) a) 3,94 km/s; b)46,1 min
A46) a) - 466 m/s; b) - 2,27 km/s
M
A47) a)Vo/3; b) 27tt/64 rad = 75,9° A49) — =
m
r 2gR3 'g(R2+h2)
A50) Método 1: vx = Método 2: vx =
(R + h)(2R+h) R+h
A51) Vmin= ^GM/R evmax = V4GM/3R
z xx3/2
. . I a+1 )
A53) a) vT ; c) n 1 - ------
l 2 )

n (R + r)3 GMg(mx+mM)
A54) - A55) - A56) 1/2
4R
r V 8g

381
ELEMENTOS DA FÍSICA

A57) C A58) A
Vp^2
A59) a) vo = 0; b) GM = 2v02/; c) GM > v02í; d) í se GM 2 2v02f e caso contrário
Gm-v02f
A60) C

Exercícios de Embasamento
E1) C E2) E E3) a) 150 kPa; b) 0
E4) C E5) C E6) C
E7) 5,00.103 N/m2 E8) A E9) a) 2,41.105 Pa; b)48,2 N
E10) 11,2 m E11) C E12) a) 20 cm; b)100s
E13) a) 30 N; b) 107,5 m E14) D E15) a) 2 m; b) 0,6 J
E16) a)300N;b)4cm E17) a) 2 N; b) 400 g E18) C
E19) a) 15 g; b) 5,0 cm E20) D E21) D
E22) D E23) D E24) B
E25) A E26) C E27) C
E28) B E29) B E30) B
E31) C E32) A E33) E
E34) D E35) C E36) E
E37) D E38) C E39) C

E40) D E41) ^-gV(p-0,7p,-0,3p2) E42) E

E43) b é mais estável E44) é oco E45) E


E46) C E47) E E48) E
E49) E E50) 2 cm E51) A

Exercícios de Fixação
F1) C F2) B F3) A
F4) E F5) E F6) E
F7) E F8) B F9) E
F10) A F11) d + (M - m)V F12) A
F13) B F14) C F15) E
F16) 308 g F17) B F18) B
F19) E F20) E F21) E
F22) A F23) E F24) A
F25) C F26) C F27) 3s
p4nR3
F28) h -m F29) 30 F30) 6.2.10’3 m 3
3
F31) A F32) C
F33) d = 2R + [dB(dA - dL)(h - 4R)]/[dL(dA - dB)] F34) x = m)h/m !
F35) h=H^7 F36) 10 F37) C

nV(Pb-Pa)
F38) F39) Síípzhz — pihi)/p2(Si + S2)
PaA
P-P' _p_
F40) 2,04 cm
F41> gd' gd
F42) a)p,=V3;b)pe-gc = 0,04 F43) E

F44) C F45) a) 0,65 kg; b) 1200 N/m2 h(1-p2)


F46)
Pi ~Pz
F47) C F48) A F49) C
F50) C F51) D F52) 4,51 cm
F53) 2,5 cm F54) a) 0,66 kg; b) 1,6 kg

382
ELEMENTOS DA FÍSICA

Exercícios de Aprofundamento
A1) D A2) A A3) 0,8
.1/2
A4) x = /(1 - Pc/ga) A5) B
mA A7) a) 9,604.10a J; b) 7/9
A6) a) íb) — COS0 + pe
cos0 + pesen9 ’ cos0 + pesen0S,
A8) E A9) D A10) A
A11) A A12) D A13) Nula
A14) E A15) A A16) C
A17) A A18) Nula A19) A
A20) D A21) B A22) B
t [-0,1.p.a2.b
A23) a) 8,6 cm; b) = 0,1 cm A24) - +1 A25) 0,8 m
2 P J
A28)
A26) D A27) h0-
U djAda Pa L1+r-A0J
A29) a) 10 cm; b) 12 rad/s A30) L/10 do centro de B A31) [y,d, + (y2-yi)d2]/y2
, . ,d AdH ph h sen0-pCOS0
A32) a) H—; b) A33) A34) sen a =
D' (Ai + A2)D 2p/3-pgh 2 V1 + p2
x=^ey=-^
A35) D A36) A37)
pgs pos + p
a(l-2a) Pi(Po ~P2)V
A37) l-a- (€-a)2- A38)
do P2(Pi ~P2)si

I m o 1o embolo estará 5h/2 A41) 25 cm abaixo de M,


A39) 2n — A40)
\ 2pgs mais alto
A42) h=ÜÍ^-lx/H2 + í2 A43) 0,85 m A44) E

D PaV-M
—+
A45) 3R A46) 2 mfl-—| A47) E
l Pc)

A48) £/10 A49) 1,5 m A50) 250 N


mR2 ~(M + m)r2
r3
A51) a) a + l_ (p2_g); b) ^[P1(R3-2r3) + 2p2r3] A52)
nR2pA(R2-r2)
• - 2 lR3 6
A53) pg^Z2 2p„l
A54) E A55) -rs-
O P.
3pgL2a Z[4P + G + 4ad2g(p - p,)]
A56) D A57) A58)
4 6P

A59) D A60)
(pd-pa)hD2 A61) npgr2[h-y]
Pa d2
15
A62) P + ^rrpgr3 pgL(y2-y?)c°s8
A63) A64) p = arctg1/2
8 2

383
Marcelo Rufino de Oliveira nasceu em
1976 em Manaus-AM. Apesar de sua
família ser radicada em Belém, já residiu
em 9 cidades, devido às transferências
de trabalho de seus pais. Ingressou em
1994 no Instituto Tecnológico de
Aeronáutica (ITA), onde graduou-se em
Eng. Mecânica-Aeronáutica em 1999.
Desde então trabalha, como
coordenador e professor de matemática
e física, com turmas preparatórios para
concursos militares e olimpíadas
científicas em Belém. Em 2000 assumiu
a coordenação regional da Olimpíada
Brasileira de Matemática no estado do
Pará, sendo também responsável pela
organização da Olimpíada Paraense de
Matemática. Em 2002 participou da
banca corretora da Olimpíada de
Matemática do Cone Sul, realizada em
Fortaleza-CE.
A partir de 2007 se dedicou a escrever
livros, de matemática e física, voltados
para concursos militares e olimpíadas
científicas, lançando mais de uma
dezena de títulos, que têm fortalecido o
estudo de muitas gerações de alunos.
Aproveita suas poucas horas vagas
para cultivar seus hobbies, como ouvir
um bom rock n’ roll e viajar de
motocicleta com seus amigos do Pará
Moto Clube.

ISBN 978-859 93673-1

I9.
■III 788591____
936731

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