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Lições sobre organizações

Conceito e modelos de organizações


O que são organizações?
Para definir organizações, Srour (1998, p.107) ensina que esse estudo resulta de esforços interdis-
ciplinares, pois áreas como Sociologia, Ciência Política, Antropologia, Administração, Economia Política,
Direito e Psicologia Social contribuem para o conhecimento desse tipo particular de coletividade.
O referido autor ensina que “as organizações podem ser definidas como coletividades especializadas na
produção de um determinado bem ou serviço” (idem, p.107). As organizações são planejadas de forma
delineada para realizar um determinado objetivo e formam unidades sociais portadoras de necessida-
des e interesses próprios.
No entanto, a ideia de organização acaba se confundindo com outros conceitos (por exemplo,
instituição ou empresa) quando se quer falar de estabelecimentos como igrejas, hospitais e escolas.
O importante é salientar que as organizações, embora coordenadas por indivíduos, dependem
das relações sociais para a sua sobrevivência. Seja qual for a forma de constituição adotada por uma
dada organização, esta contém em si um microcosmo social. Constituem exemplos de organização a
família, a nação, uma dada associação sem fins lucrativos, um órgão público, entre outros.
Importante para esse entendimento é lembrar que as organizações se distinguem pelas suas es-
truturas. A melhor classificação de tipos de organizações é a seguinte (SROUR, 1998, p. 121):
::: econômicas – são produtoras de bens ou serviços econômicos. Por exemplo: indústrias, institui-
ções financeiras, lojas comerciais, atividade agrícola, empresas de transporte, limpeza e manuten-
ção, operadoras de telefonia e de televisão a cabo.
::: políticas – produtoras de bens ou serviços políticos. Por exemplo: corporações militares, refor-
matórios, penitenciárias e repartições públicas.
::: simbólicas – produtoras de bens ou serviços simbólicos, que se utilizam ou dependem dos
padrões culturais de uma dada sociedade. Por exemplo: igrejas, conventos, ordens religiosas,
museus, teatros, universidades, escolas, centros de pesquisa e hospitais.

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Assim, podemos verificar que as organizações são criadas devido a uma infinidade de objetivos,
visando lucro ou não, em forma de associação de pessoas, associação de empresas, empresas públicas
e empresas multinacionais.

Pessoas jurídicas de direito público


As pessoas jurídicas de direito público apresentam-se na forma de autarquias, fundações públicas
e empresas públicas. Todas essas organizações são criadas por lei e mantidas pelo Poder Público para
prestar serviços em comum. São empresas que estão ao serviço da coletividade, sem as quais não seria
possível o desenvolvimento da sociedade. Vejamos a caracterização de cada tipo.

Autarquia
A autarquia é uma organização que tem receita e patrimônio próprios, mas está vinculada a uma
entidade pública que pode controlar e fiscalizar a primeira, de acordo com as condições preestabeleci-
das pela lei. No texto da lei, é determinado qual serviço foi ou está sendo transferido à entidade criada.
Esse tipo de organização tem isenção de impostos, mas, por outro lado, não possui fins lucrativos.
A criação desse tipo de organização é decorrente da precariedade do Estado brasileiro em prestar
serviços fundamentais à população, com relação à saúde, educação e assistência social, tendo em vista
a falta de recursos da União. Encontrou-se uma saída para esse problema com a criação de um ente
público, com personalidade própria, autonomia financeira, administrativa, o qual possui vínculo direto
com o Estado. São exemplos de autarquia o Banco Central do Brasil e o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS).

Principais características da autarquia:


::: possui receita e patrimônio próprios;
::: é vinculada a uma entidade pública;
::: não possui fins lucrativos.

Empresa pública
Uma empresa pública tem capital exclusivamente público para realizar atividades de interesse
da Administração Pública que a institui. Atua sempre nos moldes da iniciativa particular, podendo ser
qualquer forma de organização empresarial. É criada quando a iniciativa particular não consegue reunir
instrumentos suficientes para realizar determinado empreendimento ou inexistir interesse de sua par-
te. Além disso, há certas atividades que envolvem a própria segurança do país. Nesses casos, o Estado
interfere, criando empresas públicas destinadas a tais serviços.
Como ensina Meirelles (1991, p. 319), “são as mais modernas instituições paraestatais, geralmente
destinadas à prestação de serviços industriais ou atividades econômicas em que o Estado tenha interesse
próprio ou considere conveniente à coletividade.”

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A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos é um exemplo de empresa pública.

Principais características da empresa pública:


::: de iniciativa particular;
::: tem capital público;
::: conta com a interferência do Estado.

Fundação pública
A fundação pública não tem liberdade na modificação de sua finalidade, sendo submetida à vi-
gilância do Estado. As fundações públicas têm por fim atuar em áreas como educação, saúde, cultura,
assistência social e pesquisa. Devem sempre procurar beneficiar a coletividade, podendo contar com o
amparo estatal, sem, no entanto, poder almejar qualquer fim lucrativo.
Como exemplo de fundações públicas tem-se a Funai e o IBGE.1

Principais características da fundação pública:


::: conta com o controle do Estado;
::: financiada pelo Estado;
::: não possui fins lucrativos.

Sociedade de economia mista


A sociedade de economia mista é uma entidade sob a forma de sociedade anônima, cuja maioria
das ações com direito a voto pertence ao Estado. Nesse tipo de organização, existe colaboração de
particulares e do Estado, para a reunião de recursos visando à realização de um determinado empre-
endimento. Geralmente, estes empreendimentos são de cunho social realizados pelo Poder Público
associado a um ente particular, cujo interesse principal é o lucro. O Banco do Brasil é um exemplo de
sociedade de economia mista.

Principais características da sociedade de economia mista:


::: sociedade anônima;
::: aliança entre particulares e o Estado;
::: visa ao lucro.

1 Fundação Nacional do Índio e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, respectivamente.

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Pessoas físicas e jurídicas de direito privado


As pessoas físicas ou jurídicas (particulares) formam as empresas privadas com o próprio capital.
São organizações destinadas à produção e/ou comercialização de bens e serviços, tendo como objetivo
o lucro. Em síntese, essas organizações são aquelas a que mais comumente chamamos de empresas.
O novo Código Civil, de 2002, trata em artigos próprios o direito das empresas. O atual sistema
jurídico classifica-as de acordo com o tipo de atividades que buscam desenvolver. Caso deseje-se atuar
individualmente, sem a participação de um ou mais sócios, enquadrar-se-á como empresário ou autônomo.
Caso prefira se reunir com uma ou mais pessoas, deverão constituir uma empresa.

Empresário
Considera-se empresário quem exerce profissionalmente e individualmente uma atividade
econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços. Comparando a classifi-
cação antiga com a nova, aquele que antes era considerado “firma individual” passa a ser considerado
empresário. Exemplificando esse caso, citam-se o representante comercial, o mecânico de automó-
veis, o profissional que conserta eletrodomésticos, o encanador, o pintor, o pedreiro etc. Mas, para
que tais profissionais sejam considerados empresários, é imprescindível que prestem seus serviços
em um estabelecimento organizado, com estrutura própria para o desenvolvimento da sua atividade,
que deverá ser de modo habitual e com ânimo de lucro. Não é considerado empresário aquele que
exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, a não ser que se enquadre nos
requisitos da formação de uma empresa que veremos logo a seguir.

Autônomo
Mesmo depois das modificações trazidas pela lei nova, ainda é considerado autônomo aquele
que atua por conta própria, que não possui sócios, como o profissional liberal. Esse é o caso do
advogado, do dentista, do médico, do engenheiro, do arquiteto, do contabilista. Eles vendem serviços
de natureza intelectual. Além desses, podemos citar também o escritor, o pintor (de obras de arte), o
artista plástico, o escultor etc.

Empresa
O termo empresa é uma reunião de alguns elementos também fornecidos pela nova lei. Esse
tipo de organização conta com: empresários; participação e atuação profissional; fins lucrativos; esta-
belecimento empresarial (local); nome empresarial (firma ou denominação social); trabalho (próprio ou
alheio, isto é, pelo empresário ou empregado) e clientela.

Outros tipos de organizações privadas:


::: associação – é considerada pessoa jurídica, composta pela associação de indivíduos ou
grupos, com interesses comuns e objetivos definidos. Exemplos: condomínio e igreja.
::: cartórios (ofícios) – oferecem um serviço público, mas exercido em caráter de atividade pri-
vada, desenvolvida por particulares. São os tabelionatos de notas, os cartórios de registro de
nascimento, de óbito, de casamento, de imóveis, de documentos e protesto de títulos.

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Relações humanas e relações sociais


Podemos dizer que as relações humanas estão baseadas nas emoções e sentimentos. A partir
destes, há a aproximação ou afastamento das pessoas. O emocional das pessoas pode causar prazer
pela empatia, proporcionando uma sensação de bem-estar no contato interpessoal. Por outro lado,
pode gerar antipatia, que ocasiona o distanciamento entre as pessoas.
As relações humanas decorrem da interação entre indivíduos, que encontram-se inseridos em di-
ferentes tipos de organizações. Formam clubes recreativos, associações de bairro, fundações e institutos
empresariais, associações de produtores rurais, associações comerciais, clubes de futebol, associações
civis de benefício mútuo. Criam hospitais, universidades públicas e privadas etc.
As experiências vividas por um dado indivíduo em seu contato com o mundo acabam por inter-
ferir no modo como este concebe a vida e no modo como constrói sua realidade. Ou seja, cada um vive
particularmente sua própria realidade. Um fato dificilmente será visto e interpretado de maneira igual
por dois indivíduos distintos. Enfim, cada indivíduo vive conforme a construção da sua realidade, de
acordo com a sua maneira particular de ver o mundo e os acontecimentos.
Para o bom funcionamento de uma dada organização, é importante que se tenha conhecimento
da existência desses diferentes pontos de vista. No trabalho, em situações compartilhadas por mais
de uma pessoa, as atividades devem ser executadas com respeito mútuo, cooperação e colaboração
recíprocas.
No ambiente de trabalho, não pode haver condutas de desrespeito, mau-humor, preconceito,
imparcialidade, impaciência e ataques pessoais. Para o equilíbrio e harmonia nas relações humanas,
deve-se estabelecer relação de confiança e empatia.
Considerando que o sujeito se relaciona com os outros a partir do lugar social que ocupa, produz
uma rede de relações interpessoais e intergrupais. Todos os homens procuram ser aceitos socialmente,
muito embora todos sejam diferentes entre si. Mas é no momento em que aparecem as desigualdades
e diferenças que as pessoas devem procurar conjugar suas preferências, expressando a variedade de
interesses comuns.
As relações sociais são processos muito dinâmicos. Atualmente, as pessoas se conhecem e se
relacionam de maneiras muito mais diversificadas. A comunicação pela rede (internet) ficou muito mais
rápida e liga milhares de pessoas em comunidades virtuais, permitindo que compartilhem ideias, filmes
e literaturas das mais variadas.
Caso não haja respeito aos princípios éticos, as relações humanas não sobrevivem. O homem, in-
serido no meio social e a serviço dessa sociedade, precisa praticar condutas éticas, devendo suas ações
estarem revestidas de equilíbrio, virtudes de transparência – medida ideal.

Mudanças e transformações
A história das revoluções (científica, industrial, digital e tecnológica) dá a exata dimensão de como
o homem vive atualmente diante das organizações em que está inserido. A robotização e a automação
surgiram como símbolos da transformação daquilo que antes dependia exclusivamente da mão de obra

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humana. Agora estamos vivendo o período da Mecatrônica, uma junção da Mecânica com a Eletrônica
e a Informática visando à criação de máquinas inteligentes. Todo o trabalho mecânico está para ser su-
perado pela inteligência artificial, representada pela automação computadorizada.
Dentro desse contexto, o mundo ficou pequeno e as distâncias parecem cada vez mais superadas
com os telefones celulares, fax e grandes redes digitais como a internet.
Por sua vez, o homem, além de estar sendo substituído por máquinas, também está sendo subs-
tituído por outro homem, com mais preparo técnico e mais instrução especializada, com um saber es-
pecífico. Em decorrência disso, surgem alguns efeitos negativos há muito já apontados, por exemplo,
o desemprego em massa, causado pela concorrência e pelos requisitos, cada vez mais altos, exigidos
pelas organizações.
Além disso, novas modalidades de organizações surgiram, e as que existiam sofreram profundas
modificações de forma a se manterem ativas. Para se ter uma ideia, popularizaram-se as cooperativas2,
as parcerias empresariais, as franchisings3, os consórcios, as terceirizações, como formas de aprimorar os
sistemas organizacionais.

Oscips e ONGs – Terceiro Setor


Para explicar o significado do termo Terceiro Setor, é preciso saber antes o que são o Primeiro e o
Segundo setores.
O Primeiro Setor é o Estado, representado por entes políticos, como as Prefeituras Municipais,
Governos dos Estados e Presidência da República. Também é composto por entidades que são ligadas
a esses entes, como as Secretarias, os Ministérios, as Autarquias, entre outras. Ou seja, Primeiro Setor é o
público encarregado de exercer as atividades públicas.
O Segundo Setor é o mercado, composto por entidades privadas que exercem atividades particu-
lares que visam ao benefício próprio individualmente (empresários e autônomos) ou por sociedades.
O Terceiro Setor, por sua vez, é formado pelas organizações privadas sem fins lucrativos que atu-
am nas lacunas deixadas pelos demais setores. Visam ao benefício da coletividade, desenvolvendo e
promovendo ações dirigidas ao bem-estar social. Assim, pode-se afirmar que o Terceiro Setor não é nem
público nem privado, mas um conjunto de entidades privadas com finalidade pública. Isso significa
reconhecer que a parceria com a sociedade permite a formação de uma sociedade melhor, sem que se
destitua o Estado de suas responsabilidades fundamentais.
Todas as entidades que compõem o Terceiro Setor são de interesse e atendimento social, e têm
uma característica em comum: a ausência de fins lucrativos. Existem diversas formas de entidades do
Terceiro Setor, por exemplo, as organizações não governamentais (ONGs), as cooperativas, as associa-
ções, fundações (particulares), institutos, instituições filantrópicas, entidades de assistência social e
também as organizações da sociedade civil de interesse público (Oscips).

2 Sociedade de pessoas com forma e natureza jurídica próprias, constituída para prestar serviços a seus associados, os quais são, ao mesmo
tempo, donos e usuários da cooperativa. Para sua formação é necessário que, no mínimo, 20 pessoas físicas se organizem para atingir objetivos
comuns.
3 É quando o franqueador (empresário) cede ao franqueado a sua marca ou patente, fato que envolve a distribuição exclusiva de produtos,
treinamento de funcionários, enfim, um padrão rigoroso que envolve remuneração e a ausência de vínculo empregatício do franqueado.
Passaram a ser mais comuns após a Guerra Civil Americana (EUA).

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O que é uma ONG?


Uma ONG é constituída pela vontade autônoma de pessoas que se reúnem com a finalidade de
promover objetivos comuns de forma não lucrativa. No entanto, nem toda associação civil ou fundação
é uma ONG.
Há outras instituições destituídas de fins lucrativos como as fundações, organizações religiosas
e partidos políticos. Por não ter objetivos confessionais ou eleitorais, juridicamente, toda ONG é uma
associação civil ou uma fundação privada.
Em âmbito mundial, a expressão surgiu pela primeira vez na Organização das Nações Unidas (ONU),
após a Segunda Guerra Mundial, com o uso da denominação em inglês non-governmental organizations
(NGOs). Esse nome, durante muito tempo, serviu como designação para organizações nacionais e interna-
cionais cuja fundação não havia sido estabelecida por meio de entidades governamentais.
No Brasil, essa ideia tornou-se corrente a partir da década de 1980, quando se apoiava a promo-
ção da cidadania, os direitos políticos e a luta pela democracia política e social. Nesse contexto, aos
poucos, deu-se um novo modo de organização privada, sem fins lucrativos, cujas perspectivas de atua-
ção social apresentam-se muito mais diversificadas. Atualmente, o termo ONG acabou sendo utilizado
como determinante para identificar esse grande conjunto de organizações.
Em âmbito nacional, podemos citar uma série de ONGs atuais com propósitos diversos. A Viva
Rio, por exemplo, existe desde 1993, com sede no Rio de Janeiro. Seu foco é a prevenção e o combate
à violência. Essa instituição tem projetos sociais variados, desde a capacitação profissional, passando
pela Educação de Jovens e Adultos até programas de microcrédito para empreendedores com baixa
renda. Muitos de seus projetos têm investimento de grandes empresas como Coca-Cola, Grupo Ipi-
ranga, IBM, Volkswagen e Rede Globo e também do governo de municípios e do estado do Rio de
Janeiro (MARIUZZO, 2007).
Outro exemplo de atividade desenvolvida pelas organizações não governamentais é a recicla-
gem de lixo, de forma a amenizar um problema que causa sérios danos ao meio ambiente. A ONG
Compromisso Empresarial para a Reciclagem (Cempre), criada há 15 anos, dedica-se à promoção da
reciclagem dentro do conceito de gerenciamento integrado do lixo. Essa instituição é mantida por em-
presas privadas como Sadia, Natura, Pepsi, Carrefour, entre outras, sendo um exemplo na atividade de
reaproveitamento de resíduos.

O que é uma Oscip?


Essa sigla refere-se às organizações da sociedade civil de interesse público regulamentadas pela
lei editada em 1999, que concede a possibilidade, às pessoas jurídicas de direito privado e que não
almejam fins lucrativos, de estabelecerem uma certa parceria com o Poder Público. O estabelecimento
dessa parceria depende de algumas condições. Por exemplo, os objetivos sociais das pessoas jurídicas
que pretendam criar a parceria devem estar de acordo com a lei. Para isso, esses objetivos precisam
estar direcionados à promoção da assistência social, da cultura, da educação, da saúde, da segurança
alimentar e nutricional, do meio ambiente, do trabalho voluntário, do combate à pobreza, da ética, da
paz, da cidadania, do estudo e pesquisas. O órgão competente, que avalia, reconhece e expede o certi-
ficado de Oscip é o Ministério da Justiça.

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Para que as Oscips prosperem, deverão ter uma extrema transparência administrativa, pois estão
se relacionando com o Poder Público, que, por sua vez, divide com a sociedade civil o encargo de fiscali-
zar o fluxo de recursos do Estado. A Oscip também utiliza esses recursos para executar suas finalidades,
mas está comprometida com o encargo administrativo e deverá prestar contas de toda a sua atividade
financeira ao parceiro público, que age de acordo com a fiscalização dos órgãos controladores.

Ampliando conhecimentos
::: O filme Tempos Modernos, do diretor Charles Chaplin. A figura central do filme é Carlitos, o per-
sonagem clássico de Chaplin que, ao conseguir emprego numa grande indústria, transforma-se
em líder grevista. O filme focaliza a vida do homem na sociedade industrial, caracterizada pela
produção com base no sistema de linha de montagem e especialização do trabalho. É uma
crítica à modernidade e ao capitalismo, representado pelo modelo de industrialização.
::: O livro Relações Humanas: psicologia das relações interpessoais, do autor Agostinho Minicucci,
da Editora Atlas (2001, 240 p.). Essa obra aborda o estudo das relações humanas, dando enfo-
que especial ao lar e ao trabalho. A partir da análise do conhecimento que cada um deve ter de
si próprio e da compreensão devida aos outros, o autor procura desenvolver as aptidões para
um relacionamento mais eficiente. Em estilo mais coloquial, expõe situações de relacionamen-
to interpessoal e, em cada capítulo, inclui exercícios que podem ser resolvidos no lar, na escola,
individualmente e em grupos de trabalho.

Atividades
1. Segundo a classificação do autor Srour, apresentada nessa aula, procure identificar quais são os
modelos de organização dos quais você faz parte em seu dia a dia.

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