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FÍSICAS MECÂNICAS
v x v
vz +dvz dv x dx x dz
z x z
v z v
dv z dx z dz
x z
vx vx +dvx
x
vz
Hipóteses admitidas: solo saturado, água e partículas sólidas incompressíveis
2h 2h
2 0
x 2
z
(meios isotrópicos à permeabilidade: Kx = Kz = K)
Pierre Laplace (1749 – 1827)
A solução da equação de Laplace pode ser expressa por duas famílias de curvas, definidas pelas funções (x,z) e (x, z),
chamadas função potencial e função de fluxo, respectivamente, definidas tal que:
;
Equação Bidimensional do Fluxo
(i)
A função (x,z) = cte representa, fisicamente, no domínio do fluxo, uma curva que é o lugar geométrico dos pontos de
mesma carga hidráulica, denominada linha equipotencial. Para diferentes valores da função (1, 2, 3, ..., n), obtém-se
uma família de curvas equipotenciais.
(ii) v
vz
P
Para (x,z) = cte vx
A função (x,z) = cte representa, fisicamente, no domínio do fluxo, uma curva tal que a tangente a cada
ponto da mesma expressa a direção da velocidade de fluxo neste ponto, denominada linha de fluxo. Para diferentes valores
da função (1, 2, 3, ..., n), obtém-se uma família de linhas de fluxo.
Equação Bidimensional do Fluxo
q 1 q 2 q 3 ... q
malha de
‘quadrados curvilíneos’
linha de fluxo
rede de fluxo
tubos de fluxo
Tubo de fluxo
LF
LE
Métodos de Solução das Redes de Fluxo
z 2h • para 0 x < LA
Fluxo 1D: 0
x 2
h1
solo A solo B
• para LA x < LA + LB
(KA, LA) (KB, LB)
• Modelos reduzidos: correlação com o protótipo (estrutura real) por meio da construção
de um modelo físico em escala reduzida (determinação das linhas de fluxo através do
solo por meio de corantes).
Métodos de Solução das Redes de Fluxo
• Modelos reduzidos:
Modelo físico utilizando corantes para a determinação das linhas de fluxo através do aterro da
barragem (tomando-se linhas ortogonais a estas, obtêm-se as equipotenciais da rede de fluxo)
Métodos de Solução das Redes de Fluxo
• Métodos Analógicos: analogia com outros fenômenos físicos também regidos pela
equação de Laplace (fluxo elétrico através de um condutor, escoamento de um fluido
viscoso entre placas paralelas, etc), obtendo-se as respectivas linhas equipotenciais.
Métodos de Solução das Redes de Fluxo
980
970
960
Elevação (m)
950 -30
940 0 -20
20 10
930 -10
30
920 40 Philipp Forchheimer (1852 – 1933)
910 50
900
890
880
870
-50 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550
Distância (m)
Fluxo confinado: todas as fronteiras do domínio de fluxo são conhecidas previamente (ex.: fluxo sob uma
cortina de estacas-pranchas).
Fluxo não confinado: nem todas as fronteiras do domínio de fluxo são conhecidas previamente (ex.: fluxo
através do aterro compactado de uma barragem de terra).
Método Gráfico das Redes de Fluxo
Método Gráfico das Redes de Fluxo
Método Gráfico das Redes de Fluxo
Parâmetros da rede:
q 1 h 1
q Nf h Nq
q = Nf . q h = Nq . h
Método Gráfico das Redes de Fluxo
q h
Vazão de percolação: q
Δh
Δq KiA K a.1 Δq KΔ h
a
q h Nf
ou K. q Kh (vazão por metro linear; unidade: m3/s/m)
Nf Nq Nq
h Nq
Pressões de água (poropressões/subpressões): u hP nq
hz u ou u P γ w h P z P
γw
Gradientes hidráulicos: i Δh
i ; vKi Cota do ponto P (fixação de um datum
Velocidades de fluxo: v a
ou referencial nível + baixo da água
• vazão: q
? • pressão de água no ponto P : uP
• h = 4,5 – 0,5 = 4,0 m
• Nf = 4,3 ; Nq = 12
nq 10
hP .h . 4 3,33 m
Nq 12
u P γ w h P z P 9,81 3,33 5
uP
8,33 m e u P 81,72 kPa
γw
Método Gráfico – Exemplo 2
• vazão: q
? • diagrama de subpressões na base da barragem
• h = 5,0 – 1,0 = 4,0 m
• Nf = 4,7 ; Nq = 15
nq 1
hP .h . 4 0,27 m
Nq 15
Método Gráfico – Exemplo 2
2 h 2 h
Kx 2 h 2 h 2 h 2 h
Kx Kz 0 0 ou 0
x2 z2 K z x 2 z2 Kz
x2 z
2
Kx
Kz K Kz
Seja X . x X2 z . x 2 X2 . x 2
Kx Kx Kx
2 h 2 h
0 (equação similar para meios isotrópicos)
X2 z2
(i) desenhar o problema de fluxo proposto em escala transformada, ou seja, mantendo-se inalteradas as dimensões verticais
e multiplicando-se as dimensões horizontais pelo fator de redução de escala X (chamada seção transformada do problema
meio isotrópico (condutividade hidráulica K’) equivalente ao meio anisotrópico (condutividades hidráulicas Kx e Kz).
(ii) obter Nf e Nq da rede traçada e calcular vazão e pressões; como o cálculo de i depende do tamanho da malha, é preciso
traçar a rede de fluxo na seção real do problema (meio anisotrópico), que será, então, distorcida (devido à perda da
ortogonalidade entre as linhas e dos ‘quadrados curvilíneos’): obter desta rede real os valores de gradientes hidráulicos e
velocidades de fluxo.
Fluxo em Meios Anisotrópicos
KZ K’
z z
KX K’
z vv z v
x X
x X
seção transformada:
meio isotrópico equivalente
seção real:
meio anisotrópico
Fluxo em Meios Anisotrópicos
kh = kv
base impermeável
kh = 4kv
q aumenta
seção transformada
seção real
kh = 9kv
Fluxo em Meios Heterogêneos
h
d1 K1 Kh
d1 + d2 + d3
d2
l
K2
= Kv
d3 K3
d1 K1
ih = h / l = cte
d2 K2
(i) Fluxo Horizontal: equipotenciais verticais: l
q = q1 + q2 + q3
d3 K3
K d K 2 d 2 K 3d 3 K d i i
qh = (K1 d1 + K2 d2 + K3 d3 ). ih = Kh (d1 + d2 + d3 ). ih Kh 1 1 i 1
d1 d 2 d 3 n
d
i 1
i
v = K.i = cte
(ii) Fluxo Vertical: equipotenciais horizontais:
h = h 1 + h 2 + h3 v K1i1 K 2i 2 K 3i 3 K vi v
Kv Kv Kv
i1 .i v ; i2 .i v ; i3 .i v
K1 K2 K3
Δh1 Δh 2 Δh 3
i1 ; i2 ; i3
d1 d2 d3
d d d
i v (d1 d 2 d 3 ) K vi v 1 2 3
Δh1 Δh 2 Δh 3 i .d i .d i .d
iv iv 1 1 2 2 3 3 K1 K 2 K 3
d1 d 2 d 3 d1 d 2 d 3 n
d1 d 2 d 3 d i
ou K v i 1
d1 d 2 d 3 n
di
K
1
K K 2 K 3 i 1 i
Fronteira de Fluxo entre Meios Diferentes
equipotenciais
h
M
N' h N
M'
a c a c
senα ; senβ
MN MN senα senβ Δh Δh K1 b
Δq K1 a K2 b
a c K2 c
a b a b
cosα ; cosβ
MN MN cosα cosβ
tgα b K1
logo :
a senα b senβ tgα b tgβ c K 2
. .
cosα a cosβ c tgβ c
Fronteira de Fluxo entre Meios Diferentes
K1
K1
K2
K2
k1 > k2 k1 < k2
>;b>c <;b<c
Exemplo:
Fluxo Não Confinado: a linha de fluxo superior (linha freática) não é conhecida previamente;
Linha Freática: definida como sendo o lugar geométrico dos pontos submetidos à pressão atmosférica, ou seja, u = 0.
u
hz
γw
0
u
h1 z1 1
γw
h1 h 2 z1 z 2 Δz u1 u u3
u2
0 h1 z1 z3 3 z1 z 3 h
h 2 z2 γw γw γw
γw
Fluxo Através de Barragens de Terra
mH
L (obter m do gráfico anexo) e q kLsen2α i = sen (solução de Gilboy)
sen
Ruptura Hidráulica por Piping
risco de piping
Fluxo Através de Barragens de Terra
• Determinação da Posição da Linha Freática – Barragem com Drenagem Interna
diretriz
BC = 0,3 AB
parábola
foco
x
x0 x0
z
diretriz
P -x 2x0
P (-x, z) D PA PD x 2 z2 x 2 x0
z 2x0
x 2 z 2 x 2 4 xx 0 4 x 02
-x foco A x
z2
x x0 (parábola de Kozeny)
x0 x0 4 x0
Fluxo Através de Barragens de Terra
Procedimentos:
• Centro no ponto G e raio GA, determina-se o ponto E sobre o prolongamento da horizontal HC;
• Vertical pelo ponto E, determina-se EF (diretriz da parábola);
• Vertical pelo ponto médio de AF, determina-se o segmento MN;
• Divisão dos segmentos GM e MN em partes iguais;
• Ligação dos pontos de divisão de GM com o ponto N (linhas auxiliares radiais);
• Horizontais pelos pontos de divisão de MN (linhas auxiliares horizontais);
• Interseção das linhas auxiliares horizontais e radiais: pontos da parábola básica de Kozeny
Fluxo Através de Barragens de Terra
vertical
h
h
região de não
conformidade
Zoneamento Interno de Barragens
Sistemas de Drenagem Interna
não é LF e nem E
Sistemas de Drenagem Interna
fluxo convencional
rebaixamento do NA
filtros e transições
núcleo
As dimensões do sistema dreno-filtrante são ditadas pela quantidade de água a ser transportada
e, nestas condições, os filtros operam também como drenos. A quantidade de água a ser
transportada pelos filtros, para fora da barragem, deve ser estimada através da rede de fluxo.
Sistemas de Drenagem Interna
O material do filtro deve atender as suas próprias características de filtração (auto – estabilidade) e as do solo
adjacente (chamado de material de base) e tais condições se verificam sob os seguintes 5 critérios (ICOLD, 1994):
Grupo 1: materiais de base constituídos por siltes finos e argilas, com P200 (% passante na #200) > 85%
Neste caso:
D 15f
9 e D15f
0.2mm
D 85b
Grupo 2: materiais da base constituídos por areias siltosas ou areias argilosas e siltes e argilas arenosas, tal
que: 40% P200 85%
Grupo 3: materiais da base constituídos por areias siltosas ou areias argilosas e areias com cascalho,
com P200 15%
40 P200 D 5
0.7mm) 0.7mm
85f
Neste caso: D 15f 40 15
(4 D
85b D
50f
D 50f
5
• Critério 3 (auto-estabilidade do filtro): verificação simultânea das seguintes condições:
D 35f
• Critério 5 (dimensão máxima das partículas): a dimensão máxima das partículas que
constituirão o filtro deverá ser de 75 mm, para evitar efeitos de segregação das partículas
durante a sua construção.
Sistemas de Drenagem Interna
H
iv
Lv
Av
h q1
Ah
Lv ih
Lh
q2 Ah
Lh
q kiA
Sistemas de Drenagem Interna
Q1L v
Av
kH
Ah
Q1 Q 2 L h
k
Adotar FS 10
Controle da Percolação em Barragens
(Fernandes, 2012)
U: resultante das poropressões
atuantes na base da barragem