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Conceitos Básicos
Na mecânica dos fluidos estudam-se as leis do movimento dos fluidos, e, os fenómenos que
decorrem da sua interacção com os sólidos.
Fluidos são substâncias que tem a propriedade de apresentar grandes deformações não
elásticas, quando submetidos a acção de forças exteriores de pequena intensidade; esta
propriedade chama-se fluidez.
A fluidez é uma carasterística dos líquidos, como, por exemplo a água, mas também dos
gases. Portanto, na mecânica dos fluidos, o termo “fluido” engloba tanto os líquidos como os
gases.
Método de Lagrange
Para a comodidade do estudo, qualquer volume de fluido pode considerar-se constituído por
um grande número de partículas de fluido. Portanto, o estudo do movimento de uma partícula
de fluido pode ser feito tal como o do movimento de um ponto material em mecânica,
identificando-se a partícula de fluido com o ponto material da mecânica.
x x( x0 , y0 , z0 , t ) r ( x, y , z )
y y ( x0 , y0 , z0 , t ) r0 ( x0 , y0 , z0 )
z z ( x0 , y0 , z0 , t ) r r (r0 , t )
(x0 , y0 , z0 ) são coordenadas que fixam a posição da partícula em estudo no instante de tempo
t0, e caracterizam a individualidade dessa partícula.
x0 y0 t x0 y0 t x0 y0 t x0 y0 t
x e e , y e e e z z0
2 2 2 2
b2) x 0 ; y0 2 ; z0 0 ( t0 0)
Solução :
x x0 y0 t x0 y0 t v x y0 t x0 y0 t
vx e e , ie, v x y ; a x x 0 e e , ie, a x x
t 2 2 t 2 2
y x0 y0 t x0 y0 t v x y0 t x0 y0 t
vy e e , ie, v y x ; a y y 0 e e , ie, a y y
t 2 2 t 2 2
vz 0 e a z 0
b1) y 1 x 2 e b2) y 4 x 2 .
Neste método estuda-se o campo de velocidades nos pontos do espaço ocupado pelo fluido
em movimento e também a variação de velocidades nesses pontos, em função do tempo.
vx vx ( x, y, z , t ) ; vy vy ( x, y, z, t ) e vz vz ( x, y, z, t ) .
No método de Euler estuda-se o comportamento das partículas que passam por um ponto fixo
no espaço.
Linha de corrente
Tracemos uma curva que seja tangente, em cada ponto, ao vector velocidade da partícula de
fluido, que, neste instante, ocupa essa posição.
A essa curva chama-se linha de corrente; ela une várias partículas do fluido, num dado
instante, e não é a trajectória de uma partícula.
dx dy dz
dz dy
v y dz vz dy 0 ; v y dz vz dy ;
vz v y
dx dz
Daqui segue, vz dx vx dz 0 ; vz dx vx dz ;
vx vz
dy dx
vx dy v y dx 0 ; vx dy v y dx ;
v y vx
dx dy dz
Deste modo temos a equação diferencial da linha de corrente: .
vx v y vz
Derivada Substancial
dv
a é a aceleração ( ou campo de aceleração).
dt
dv v ( x x, y y , z z , t t ) v ( x, y , z , t )
lim
dt t 0 t
Fig.6
dv dvx dvy dvz
Por outro lado, , , .
dt dt dt dt
vx v v v
vx ( x x, y y, z z , t t ) vx ( x, y, z , t ) x x y x z x t , e assim,
x y z t
dvx v x vx y vx z vx x
lim x , como lim v x , temos finalmente:
dt t0 x t y t z t t t 0 t
dvx vx v v v
vx x v y x vz x , e analogamente temos,
dt t x y z
dvy v y v y v y v y
vx vy vz
dt t x y z
dvz vz v v v
vx z v y z vz z .
dt t x y z
Solução:
Tipos de líquidos
P P( x, y, z , t ) , o campo de pressões.
Equação de continuidade
t V S dS .
A variação da massa dentro do volume V é dV v
De acordo com o teorema de Gauss-Ostrogradski temos : v dS div( v )dV .
S V
Ou seja,
t V
dV div( v )dV . Como
V
t V
dV dV , com ( V=const) , então :
V
t
V
t div(v ) dV 0 , isto é t
div( v ) 0 .
div( v ) 0 é conhecida como equação de continuidade. Na sua forma aberta temos,
t
divv v grad 0 .
t
v v v
Recordando que, v (vx , v y , vz ) ; divv x y z grad , , e
;
x y z x y z
d
v grad vx vy vz ; então: v grad vx vy vz
x y z t t x y z dt
d
Ou seja temos a derivada substancial de ρ, vx vy vz
dt t x y z
d
divv 0
dt
Equação de Euler
Analogamente obtém-se:
P P P
dFx i .dV ; dFy j .dV e dFz k .dV
x y z
P P P
dF dFx dFy dFz ou simplesmente dF i j k dV
x y z
P P P P P P
Como, gradP i j k , ,
x y z x y z
e sendo grapP P , e , , , então dF (P)dV .
x y z
dv
Segunda lei de Newton : F ma , sendo m dV e a . Se F dF então:
dt
dv dv dv dv 1
.dV . (P)dV ou (P) ou gradP ou P
dt dt dt dt
Para 5 incógnitas vx, vy, vz, P, ρ temos 4 equações. Mais uma equação da termodinâmica, ie,
a equação de estado P=f(ρ).
m m RT
PV RT ; ; P , pelo que P f ( ) para T const.
V
i j k , ,
x y z x y z
Sejam os vectores,
A Ax i Ay j Az k ( Ax , Ay , Az ) e B Bx i By j Bz k ( Bx , By , Bz ) .
Dado que,
i j k
v v v
v (vx , v y , vz ) ; divv .v x y z e rotv v
x y z x y z e,
vx vy vz
considerando também que,
v v v
grad , , , vx v y vz (v.) e vx vy vz (v.)v
x y z x y z x y z
(v .) divv 0 de continuidade
t
v 1
(v .)v P g de Euler
t
d
(v .) vx vy vz derivada subs tan cial
dt t t x y z
Usando a relação ,
v2
v rotv 1 v 2 (v.)v
ou (v .)v v rotv onde v 2 v .v vx v y vz
2 2 2
2 2
Se ρ=const e aplicando rot temos, ( rotv ) rotv rotv 0 so para v .
t
Nota: rotgrad 0
div( v ) 0
t
eq. de continuidade
v .grad divv 0
t
v 1
(v .)v P g
t
v v2
v rotv P g
1
eq. de Euler
t 2
(rotv ) rot[v rotv ] ( const)
t
Movimento isoentrópico ( adiabático) : S=const
H S V 1 H S m
dH TdS VdP ; d Td dP ; dh Tds dP , onde h ;s ;
m m m m m V
1 1
s const ; ds 0 ; dh dP ; ie h P .
Hidrostática ( v 0 )
divv 0
t 0
t
v 1
(v .)v P g v 0 e P g v 0
t P f ( )
P f ( )
Exemplos
a) g 0 ( Desprezar a força de gravidade – gás )
P P P P P P
P 0 ; P , , 0 ; 0; 0; 0
x y z x y z
Isto quer dizer que P=const. Ou P=P0 , esta situação equivale
a lei de Pascal: “A pressão externa exercida sobre um fluido
Transmite-se uniformemente em todas as direcções”.
b) g 0 , ρ=const (incompressibilidade) líquido incompressível.
g (0, 0, g )
P g
; P P P
const P x , y , z
P P dP
0, 0 ; g , pois P P( z )
x y dz
dP gdz ; P gz c ; P P0 ( z h) ; P0 gh c ; c P0 gh .
Assim, P P0 g (h z ) , lei fundamental da hidrostatica
c) Fórmula barométrica ( gás perfeito ).
m m RT RT
PV RT ; P ; P ou seja P f ( )
V
P P P P P dP
P gz , , ; 0; 0; g
x y z x y dz
pois g (0,0, g ) e como P ; temos :
RT
dP g dP g gz
P dz ou ln P ln c
dz RT P RT RT
gz gz
P ce RT
; z 0 ; P P0 ; P0 c ; por isso P P0e RT
Adiabata de Poisson
P C
onde p é a adiabata de Poisson,
P0 0 CV
7
Para o ar para 0 0,001293g / cm 3 e P0 1,033Kg / cm 2
5
Equação de Bernoulli
v2 P
Assim, [v rotv ]
2
d
divv 0 div v 0 pois const
dt
n. derivada pela direcção
l
Assim: n.[v rotv ] 0 ( n [v rotv ] 0
Daqui segue,
v2 P v2 P
n n.[v rotv ] ou 0
2 l 2
v2 P
const equação de Bernoulli
2
v
Para 0 ; const ; g
t
Exemplo:
Equação de Bernoulli
2 2
v1 P v P
1 1 2 2 2 ; como v1.S1 v2 .S 2 e S1 S 2
2 2
resulta v1 v2 ; v1 0 e v2 v
1 gz1 , 2 gz2 ; P1 P0 e P2 P0 ; assim temos,
v2
P0 P0 v2
gz1 gz2 g ( z1 z2 ) ou v 2 2 gh , donde
2 2
v 2 gh eq. de Torricelli
1
rotv
2
Linha de turbilhão
“Chama-se linha de turbilhão a qualquer linha, tal que , em cada ponto, num dado instante, o
vector velocidade angular coincide com uma tangente a essa linha”.
Tubo de turbilhão
“O tubo de turbilhão é uma porção de fluido limitada pelas linhas de turbilhão que se apoiam
num contorno fechado”.
Teorema de Stokes
“O fluxo do vector turbilhão através duma superfície aberta ,é igual, à circulação do vector
velocidade ao longo do contorno em que se apoia essa superfície”, isto é:
.dS v.dr torema de Stokes
S
rotv
L
“Num fluido não viscoso e incompressível, submetido a acção de forças mássicas potenciais,
a circulação da velocidade ao longo de um contorno fluido fechado qualquer é constante no
tempo”.
Corolário
“Num fluido não viscoso e incompressível, submetido a acção de forças mássicas potenciais,
o carácter turbilhonar ou não turbilhonar do escoamento do fluido conserva-se durante todo o
tempo que dure o escoamento”.
v .dr rotv .dS ( rotv 0 ou rotv 0 ) .
L S
C é uma constante para todo o fluido e não só para uma linha de corrente, como na equação de
Bernoulli.
O potencial de velociade satisfaz à equação de Laplace , sendo, neste caso, uma função
harmónica.
b) Corpo em movimento com a velocidade V .
vn Vn , Vn é a componente normal da velocidade de um
n S
ponto da superfície do corpo.
Então:
0 e f (P) .
n S
( ).dr d ; pois .dr dx dy dz d
L L
x y z
Daqui segue que : d .
L
b) Caso geral
“ O movimento do fuido é rotacional em certas zonas
e irrotacional fora dessas zonas”.
“Para simplificar o cálculo de v , introduz-se o potencial de
velocidade multiforme”, então:
d (B A ) BA 0 .
L
rotv 0 , v ; ( x, y ) ; const ; divv 0 ; 0.
t
v x v x ( x, y ) ; v y v y ( x, y ) e vz 0 .
x y
v v
A equação de continuidade respectiva é: divv x y 0 .
x y
vx e vy .
y x
v v 2 2
divv x y 0 , automaticamente.
x y xy yx
d dx dy v y dx vx dy
x y
dx dy
A equação para uma linha de corrente para um escoamento plano é: .
vx v y
Ou vy dx vx dy e d vy dx vx dy 0 ; d 0 e const .
Assim, para obter as equações das linhas de corrente é necessário determinar a função
As condições de Cauchy-Riemann são válidas para uma função analítica W(z), tal que:
W ( z ) ( x, y ) i ( x, y ) , em que z x iy .
Escoamento de translação
a) W ( z ) v0 z ; z x iy e como W ( z ) ( x, y ) i ( x, y )
Então,
W ( z ) v0 x iv0 y
vx v0
( x , y ) v x x vx v0
; v 2 vx v y v0 cont
0 2 2 2
( x, y ) v0 y v y 0 v y 0
y
Equação de Euler :
v2 P
const P const
2
dv
Aceleração : a 0
dt
b const b
( x, y ) const ay bx const y x y xC
a a a .
c)
W ( z ) v0e i .z ; z x iy , e W ( z ) ( x, y ) i ( x, y )
W ( z ) v0 (cos isen )( x iy) (v0 cos.x v0 sen. y ) i(v0 cos. y v0 sen.x)
( x, y ) v0 cos.x v0 sen. y e ( x, y ) v0 cos. y v0 sen.x
velocidades :
vx v0 cos ; v y v0 sen v 2 v0 v y v0 const P const
2 2 2
x y
dv
Aceleração : a 0
dt
Linhas de corrente :
sen const
( x, y ) const v0 cos. y v0 sen.x const y x
cos v0 sen
y tg.x C
W ( z ) a ln Z , z rei , a const
W ( z ) a ln z a ln(rei ) a ln r ia (r , ) a ln r ; (r , ) a
a 1
vr ; v 0 const
r r r
W ( z) a ln( z z1 ) .
dx cos .dl ; dy sen .dl e nx n .sen ; n y n . cos
(v .n ) ?
v (vx , v y ) ; n ( sen , cos ) , assim : v .n vx sen v y cos
por isso dQ vx sen.dl v y cos.dl vx dy v y dx dQ vx dy v y dx
por outro lado vx e vy , assim dQ dx dy d dQ d
y x x y
B
QAB d B A QAB B A .
A
“O caudal que atravessa uma superfície cilíndrica de altura unitária e tendo por directriz AB
é numericamente igual à diferença das funções de corrente em dois pontos extremos da
directriz”.
Para W ( z ) a ln z (r , ) a
Q
Q ( B A ) B A a ( B A ) B A 2a a
2
Q
Assim na fonte plana W ( z ) ln z
2
“Q é o caudal que atravessa uma curva fechada L, que contorna o centro da fonte”.
Q
v vr
2r
r , v0 0, P P0
Equação de Euler
P v2 P v P v2 P
2
v 2 Q 2
0 0 0 P P0 P P0 2 2
2 2 2 2 2 8 r
b
W ( z) ln z , z rei
i
2b b circulação de velocidade
2
W ( z) ln z Escoamento plano com circulação. Vórtice.
2i
ond e v
2r
r 0 , v ; r 0 é o ponto singular.
W ( z) ln( z z1 )
2i
r 0 , P é o ponto singular.
Fonte – turbilhão
Q i
W ( z) ln z , z rei
2
Q
W1 ln Z ( fonte)
2
W ( z ) W1 ( z ) W2 ( z )
W2 ln (vortice)
2i
1 1
W ( z) [(Q i)(ln r i )] [(Q ln r ) i (Q ln r )]
2 2
Q Q
(r , ) ln r e (r , ) ln r
2 2 2 2
Q Q2 2
Velocidades: vr ; v ev ; r 0, v ;
2r 2r 2r
r 0 é ponto singular.
Q
Q Q
(r , ) const ln r const ln r ln C r Ce
2 2
Dipolo
Q x x
W ( z) ln z 2 ln z 2
2
“Dipolo é a combinação de uma fonte e de um poço com iguais caudais, dispostos sobre o
eixo dos X, simetricamente em relação ao eixo dos Y e situados a uma distância Δx “. A
fonte situa-se à esquerda e o poço à direita em relação ao eixo dosY.
x x
ln z ln z
Q.x 2 2
W ( z) ; como lim (Q.x) M , onde M const
2 x x0
Então:
x x x x
ln z ln z ln z ln z
Q.x 2 2 M
lim
2 2
W ( z ) lim
x0
2 x 2 x0 x
M d M
(ln z ) .
2 dz 2z
M
W ( z) ; z rei ; M momento de dipolo
2z
M e i M M M
W ( z) (cos isen ) (r , ) cos ; (r , ) sen
2 r 2r 2r 2r
Velocidades:2
M cos M sen M
vr ; v v
r 2 r 2
2 r 2
2r 2
M
(r , ) sen const
2r
x r. cos
sen r.sen y y
C1 ; sendo y r.sen ; temos C1 2 C1 x 2 y 2
r r 2 x 2 y 2 r 2
x y 2
C1
1
2C ; teremos : x 2 y 2Cy 0 x 2 ( y C ) 2 C 2 uma circunferência
2
seja
C1
Equação de Euler
r ; v0 0 e P P0
P v 2 P0 v0
2
P v 2 P0 v 2 M 2
P P0 P P0
2 2 2 2 8r 4
r 0 ; v ; P , r 0 é o ponto singular.
Propriedades físicas
Mesma condição existe para uma linha de corrente, pois a velocidade é tangente à linha de
corrente:
Portanto, num fluido não viscoso, toda a linha de corrente ( ou uma parte
dela) pode ser substituída por uma parede sólida, sem que, com isso, se
perturbe o escoamento do fluido.
1. Deve-se encontrar uma linha de correnteque inclua a área cuja forma tem significado
prático no escoamento.
2. Essa linha de corrente será considerada como o contorno de um objecto sólido,
estabelecendo assim o problema.
3. A configuração das linhas de corrente fora dessa região constitui o escoamento em torno
desse corpo.
Escoamento sem circulação, em torno de um cilindro
Paradoxo de Euler-d’Alembert.
W1 ( z ) v0 .z Esc. de translação
M 1 W (( z ) W1 ( z ) W2 ( z )
W2 ( z ) Dipolo
2 z
M 1
Assim : W ( z ) v0 .z ; z rei
2 z
M
W ( z ) v0 r (cos isen ) (cos isen )
2r
M M
W ( z ) (v0 r cos cos ) i (v0 rsen sen )
2r 2r
M M 1 M
(r , ) vr cos vr v0 2
cos ; v v0 sen , e
2r r 2r r 2r 2
2 M 2 2vM
v 2 v v
2 2
v0
M 2
2
2r
cos v0
M 2
2
2r
sen v0 2
sen2 cos2
2
2r 2r cos 2
2 M2 v M
ou simplesmente, v 2 v0 2 4 0 2 cos 2 .
4 r r
M
(r , ) v0 r
sen const
2r
caso C 0
a) sen 0 ; k ; k 0,1, 2,... trata se do eixo OX .
M M M
b) v0 r 0 ; 2v0 r 2 M ; r 2 r r0
2r 2v0 2v0
M
r0 circunferência de raio r0
2v0
Consideremos então um cilindro de raio r0, mergulhado num líquido em movimento.
r0
2
M
W ( z ) v0 z ; onde r0
z 2v0
M
M 2v0 r0 v0 r0 ; são dados : r0 , v0 .
2 2
2
r2 1 r2
vr v1 02 cos , e v v0 1 02 sen , assim
r r r r
2 2 2 2
2 r0 2 r0 2 2 r0
2 2
r
v v0 1 2 cos v0 1 2 sen v v0 1 2 4 02 sen2
2 2 2
r r r r
Equação de Euler:
P
v 2 P0 v0
2
v v2
P P0 0
2
2 2 2
v 2
Sobre a superfície do cilindro, v=2v0senα. Quando v=0, P P0 Pmax .
2
v=0 para α=0 e α=π ; pontos A e B. A e B são pontos críticos ou pontos de estagnação (v=0 ;
P=Pmax ).
Sustentação e resistência para cilindro sem circulação
Paradoxo de Euler-d’Alembert
Ry – sustentação e Rx – resistência.
Resistência
onde P P0
v0 2 v 2 , e v 2v sen
0
2
P P0
2
v0
2 2
4v0 sen2 P P0
v0 2
2
(1 4sen2 )
v 2
dRx P0 0 (1 4sen2 ) r0 cosd
2
2 2
v0 2 r0 2 2
Rx dRx P0 r0 cosd cosd 2 v0 r0 sen cosd .
2 2
0 0
2 0 0
Dado que,
2c 2 2
2
sen3 2
cosd sen / 0 , e sen cosd sen d (sen ) / 0.
2 2
0
0
0 0
3 0
send cos / 0 ;
0
0
2 2 2 2 cos3 2
sen d sen .send (1 cos )d (cos ) cos / / 0
3 3 2
0 0 0
0 3 0
Assim, Ry 0 .
Então:
Rx 0 ; Ry 0 R Rx Ry 0 .
2 2
“ Esta conclusão também é válida para o movimento de um corpo de qualquer formato. Este
facto, foi demonstrado por Euler e d‟Alembert”.
r
2
W ( z ) v0 z 0 ln z
z 2i
com circulaçào
sem circulaçào
2
r
W ( z ) v0 rei 0 e i i ln rei
r 2
2
v0 r0
v0 r (cos isen ) (cos isen ) .i (ln r i )
r 2
vr
2
vr
2
v0 .r cos 0 0 cos i v0 rsen 0 0 sen ln r
r 2 r 2
Assim,
2
r0 r
2
(r , ) v0 r
cos
; (r , ) v0 r 0 sen ln r
r 2 r 2
r2 1 r2
vr v0 1 02 sen ,e v v0 1 02 sen .
r r r r 2r
Linhas de corrente:
r0
2
v0 r sen
ln r C No geral a linha é complicada.
r 2
Sobre a superfície do cilindro ( r = r0 ) : ln r0 C0 .
2
r0
2
r
v0 r sen
ln 0 é uma de corrente que passa pela sup erfície do cilindro.
r 2 r0
O método : determinar os pontos de estagnação e uma linha de corrente que passa por estes
pontos.
Para r r0 ; vr 0 ; v 2v0 sen ; v 2 v0 v 0 v 0
2
2r0
1
v 0 2v0 sen sen
2r0 2 2v0 r0
Assim,
1
sen é a equação para os pontos de estagnação.
2 0
Sustentação
v
2
Ry Pr0 send P P0 v 2 v 2 v ; v 2vsen
2 2
2r0
0
0
2
2 2
v 2
v 2
2v0 sen ; assim: P P 0 2v0 sen
2r0 2 2 2r0
2
v0 2 2 2 2 2
Ry P0 r0 send
r0 send 2v0 r0 sen2d
2 0 2 2r0 0 2 2r0 0
2
v0 2 2 v0 2 (1 cos 2 )
.4v0 r0 sen3d
0 0
2
sen d d v0
2 0
2
Ou seja,
Uma experiência consiste em imprimir movimento num leve cilindro de papelão de maneira
que:
(Figs46)
v v
dRa dS (v).n ;
n n
v
é tensão tan gencial
n
e é o coeficiente dinâmico da vis cosidade.
A unidade é
Kg
m.s
Os fluidos regidos por esta lei são chamados de fluidos normais ou fluidos
newtonianos ( água, ar. Mercúrio, etc.).
Os líquidos não newtonianos, são soluções coloidais, geralmente constituidoas por
moléculas grandes.
Tipos de escoamento de fluidos reais.
1. Escoamento externo.
Dum modo geral, os escoamentos externos, como os da engenharia aeronáutica e
hidrodinâmica ( como os associados à engenharia naval), podem ser considerados
sem atrito, excepto para a região da camada-limite.
2. Escoamento interno.
Velocidades
Reynolds verificou que o critério para a transição do escoamento laminar para o turbolento
vd
num tubo, é o número de Reynolds : Re . Onde ,
Assim , Re
Kgm.m.m.s
1 , percebe-se que o número de Reynolds é adimensional.
m3 .s.Kg
Todas as experiências realizadas até ao momento indicaram que abaixo de 2300, pode existir
apenas o escoamento laminar.
ik
F PdS Fi ik nk dS dV ; sendo ik P ik , enão
S S V
x k
( P ik ) P
Fi P ik nk dS dV ik dV
S V
x k V
x k
P
Fi dV F (P)dV
V
x i V
Fluidos viscosos newtonianos
ij P ij ij
ij é oo tensor das tensões tan genciais vis cos as.
ik P v P ik
Fi dV dV ik dV ; e i
V
xk V
xi V
xk t xi xk
i Pli i ; Fi div( Pli )dV div i dV
V V
Construção do tensor ij
v const
Todo o fluido move se com a velocidade cons tan te.
ij 0
a)
v [r ] , const
b) Todo o fluido está em rotação uniforme.
ij 0
v
c) Segundo a lei de Newton : ,
n
vi
ij pode depender só de v ou de termos .
n
v v v
Para ter os pontos a) e b) a forma linear mais geral é : ij i j k ij .
x
j xi xk
Num líquido real, para além da pressão, existem também forças tangenciais ( forças de
viscosidade).
Lei de Newton :
vx
xy tensão tan gencial
y
A pressão é a tensão normal. Com a tensão tangencial e a pressão podemos construir o tensor
de segunda ordem seguinte:
P xy xz
yx P yz . Então:
zx zy P
P
x
vx
P
P força de pressão, e v v y força de tensão tan gencial
y
P vz
z
Equação de comtinuidade para const : divv 0 .
v v 1
(v.).v P v (v.).v P v
t t
m2
é o coeficiente cinemático da viscosidade. [ ]
s
Tabela de coeficientes da viscosidade
Efeitos superficiais
A energia potencial complementar das moléculas pertencentes a uma camada superficial do líquido
dá-se o nome de energia livre.
Tensão superficial
N
é : W S onde é a tensão superficial do líquido. [ ] .
m
F
Por outro lado, o trabalho é: W F .x ou F .x S , como S l.x .
l
A tensão superficial é igual a força de tensão superficial que actua normalmente, por unidade de
comprimento da fronteira da superfície livre do líquido.
N
O valor da tensão superficial a temperatura de 200 C varia no intervalo 102 101 .
m
Exemplos:
Ângulo de contacto
a) Quando o ângulo de contacto é menor que 900 diz-se que o líquido molha a superfície
sólida. ( Por exemplo: água sobre o vidro).
b) Quando o ângulo de contacto é maior que 900 , diz-se que o líquido não molha a
superfície sólida. ( Por exemplo: água sobre a parafina, mercúrio sobre o vidro).
c) Quando θ=0, não há gotas. (água sobre a superfície lisa de vidro).
d) Quando θ=π; forma esférica de gota muito pequena. ( Exemplo: mercúrio sobre o
vidro).
Pressão de Laplace
1. Pressão de Laplace para uma bolha cheia de gás.
P0 é a pressão atmosférica
P é a pressão do gás dentro da bolha
Capilaridade
Fenómeno de capilaridade
A elevação h.
2
PL pressão de Laplace ; PH gh pressão hidrostática
R
r
R cos r R
cos
2 2
PL PH gh h
R gR
2
h cos elevação h nos tubos capilares
gr
Escoamento de um gás . Propagação do som.
(v .) divv 0 Equação de continuidade
t
v 1
(v .)v P Equação de Euler
t
Dentro da perturbação
~
~ 0 ( x, y, z , t ) e P P0 P( x, y, z , t )
v v ( x, y, z , t ) ; P0 e 0 são pressão e densidade no equilíbrio
Aproximação linear em relação a : P, , v
P<<P0 e ρ<<ρ0, podemos desprezar os membros do tipo P2 , ρ2 ,v2 ,Pρ ,Pv , ρv,.. em relação
aos membros do tipo P,ρ,v.
~
div( ~v ) 0
t Linearização
v 1 ~ ( 0 )
(v .)v P ; div[( 0 )v ] 0
t t
~ ~
P P ( ) Equação de estado
0 divv 0
t
v 1 v 1
(v.)v ( P0 P) ; P
t 0 t 0
Então,
0 divv 0
t 2 v
div 0
v 1 t 2
t 2
P ; 2P
t 0
2
t 2
div(P ) 0
~ ~ ~
P P( ) t 2
~ m ~ m RT m ~ RT ~ ~ ~
P V RT P ; ~ P P P( ) .
V V
Linearização:
RT RT RT RT
P0 P 0 P0 0 no equilíbrio e P na perturbação .
RT RT
const ; CT P CT .
2 2
cP
Processo adiabático : cons tan te adiabática.
cV
~
PV cons tan te equação do processo adiabático para um gás perfeito.
~
~V P P ~ ~
~ const. P A. ; onde A const .
Dividindo por m , temos: P.
m m
V
Linearização :
1 1
P0 P A.( 0 ) P0 P A.( 0 0 ...) P0 P A.0 A0 .
No equilíbrio : P0 A.0 .
1 P
Na perturbação : P A. .0 . P A.0 . P P0 . P 0 . .
0 0 0
RT P0 RT RT
Como : P0 0 CT ; por isso, P CT ; onde CT
2 2 2
C2 .
0
RT
Então : C 2 .CT ; C 2 ; P C 2 .
2
RT 2 P
Temos: C 2 ; P C 2 ; como 2 C 2 e tendo em conta que 2 .
t C
Obtém-se finalmente;
2P
C 2 P Equação de Onda.
t 2
RT
C é a velocidade adiabática do som.
RT
CT é a velocidade isotérmica do som.
Para o ar:
Cone de Mach.
onda esférica.
Caso :
M 1, o movimento é subsônico.
M 1 , o movimento é sup ersônico.
por exemplo um avião que se move com velocidade supersónica, não é percebido por um
observador estacionário „até que o avião passe por ele.
H S m
dH TdS VdP ; se h ; s e , onde H é entalpia e S é entropia.
m m V
1
Assim: dh Tds dP para s const ; ds 0.
1
dh dP ; h h( x, y, z ) ; P P( x, y, z ) no regime permanente.
h h h
dh dx dy dz
x y z h 1 P h 1 P 1 P
então: dx dy dz 0
P P P x x y y z
dP dx dy dz
x y z
P 1 P P 1 P P 1 P 1
Assim: ; ; então : h P .
x x y y z z
v 1 v
Equação de Euler: (v .)v P e para s const , (v .)v h .
t t
v2 v v2
Usando: (v .)v [v rotv ] ; temos [v rotv ] h .
2 t 2
v v2
No regime permanente: 0 ; então [v rotv ] h . Ao longo
t 2
da linha de corrente ( n [v rotv ] ) e por isso, n.[v rotv ] 0 e
n. é a derivada pela direcção ao longo da linha de corrente.
l
v2 v2
Então, h 0 h const ao longo da linha de corrente .
l 2 2
Ou seja,
2 2 2
v0 v v
h0 h 1 h2 2 .
2 2 2
Equação de continuidade
div( v ) 0 div( v ) 0 pois 0 no regime permanente .
t t
assim:
( v )ndS ( v )ndS ( v )ndS (v ' )dS v A v A
S S1 S2 S
1 1 1 2 2 2 0 0
Q
G v , é a vazão por unidade de área.
A
Escoamento unidimensional subsónico e supersónico .
vA const ; d ( vA) 0 (vAd Adv vdA) 0 , dividindo esta relação por vA ,
d
dA dv dA d dv d d dP dP
teremos , 0 , como . e C 2 ,
A v A v dP S d S
d 1 dA 1 dv
então, 2 , por isso , 2 dP .
C A C v
v2 P dP dv dP
Por outro lado, pela equação de Euler const vdv 0 2 ,
2 v v
dA 1 1
pelo que dP 2 dP ;
A C 2
v
dA 1 1 1 dA 1 v2 v
Ou, 2 2 dP 2 1 2 dP M o número de Mach .
A v C A v C C
dA 1
2 (1 M 2 )dP dP vdv
A v
Bocal e difusor
Definições :
Fórmulas termodinâmicas.
CP , CV – capacidades caloríficas.
m CP CV R R C C
CP CV R ; cP cV em que cP P e cV V .
m m m m
cP R c R 1 R R
, e como cP cV 1 V cP , então ,
cV cP cP 1 ( 1)
1
R
cP .
( 1)
v2
Como , h cPT entalpia ; e h eq. de Euler para o escoamento isoentrópico .
2
Então:
2
v2 v v2
cPT const cPT0 0 cPT ;
2 2 2 ,
2
v
para v0 v cPT0 cPT
2
T0 v2 T v2 RT T v2
1 0 1 ; C 2 , então 0 1 ,
T 2cPT T RT T C 2
2 2
( 1) 1
T0 M 2 ( 1) T 1
ou 1 , ou finalmente: .
T 2 T0 ( 1) M 2
1
2
T 1 P 1 1
;
; .
T0 ( 1) M 2 P0 0 1
1 ( 1) M 2 1 ( 1) M
2 1
2 1 1
2 2
Ficha 1-MMC
Método de Lagrange
x0 y0 kt x0 y0 kt x y0 kt x0 y0 kt
x e e , y 0 e e e z z0 .
2 2 2 2
Método de Euler
Ficha 2 – MMC
Dinâmica dos fluidos
Hidrostática
1. Usando a equação de Euler para um fluido ideal, obtenha a lei de Pascal (“A pressão
externa exercida sobre um fluido transmite-se uniformemente em todas as
direcções”).
2. Usando a equação de Euler para um fluido ideal e incompressível ( ρ=const) ,
obtenha a fórmula para a pressa hidrostática.
3. Usando a equação de Euler para um fluido ideal, obtenha a fórmula barométrica para
um gás ideal.
v
Escoamento permanente de um líquidoideal incompressível: 0 ; ρ=const.
t
4. A velocidade de um líquido numa tubulação de 15 cm de diâmetro, é v1=5m/s.
determinar a velocidade v2 que adquire o líquido num estreitamento de 10 cm de
diâmetro.
5. Qual é a velocidade de saída de um líquido por um orifício situado a 8 m abaixo da
superfície livre, quando a secção do orifício é de 6cm2? Determinar o volume Q do
fluido que sai em 1 minuto.
6. A velocidade da água num certo ponto de um cano é v1=0,6 m/s, a pressão sendo
P1=2,5.105 Pa. Achar a pressão num segundo ponto do cano, 15 m abaixo do
primeiro, se a área da secção transversal no segundo ponto é metade da primeira.
11. No desenvolvimento do aeroplano, foram feitas tentativas para usar cilindros rotativos
como aerofólios. Considere tal cilindro com diâmetro 1m e 20m de comprimento. Se esse
cilindro gira com 100 rpm, enquanto o avião se move a 100 km/h através do ar ( ρ=1,293
Kg/m3 ), estimar a máxima sustentação que poderia ser desenvolvida, desprezando-se os
efeitos deextremidade. Localizar também, os pontos de estagnação para as condições de
circulação empregadas.
Ficha 3 – MMC
2. Uma placa infinita move-se com velocidade constante v (0,0, v0 ) paralelamente à
outra placa que está em repouso. Entre as placas encontra-se um líquido
incompressível cujo coeficiente dinâmico de viscosidade é μ. Determinar a
distrbuição das velocidades no líquido , se o escoamento dele é laminar e a distância
entre as placas é h ( a pressão ao longo do eixo OZ é constante).
Ficha 4 – MMC
Efeitos superficiais
5. Determinar a elevação de um líquido ( ρ=0,9 g/cm3, σ = 0,053 N/m ) num tubo capilar
de 0.1 mm de diâmetro interno, supondo que o ângulo de contacto seja θ=00.
Ficha 5 - MMC
Escoamento de um gás.
Movimento supersónico de uma fonte sonora.
1. Considerando o gás hidrogénio ( H2 ) como gás perfeito, calcular a velocidade
isotérmica do som neste gás, se a temperatura é igual a T=300 K e R=8,314 J/K.mol .
2. Uma fonte de onda acústica move-se na atmosfera com a velocidade v1=2C em
relação ao ar. Calcular o ângulo de Mach se C é a velocidade do som no ar.
3. Uma fonte de onda acústica move-se na atmosfera com a velocidade v1=2C. o ar
move-se na direcção oposta com a velocidade v2=0,2C. as velocidades v1 e v2 são
dadas em relação à superfície da Terra. Calcular o ângulo de Mach se C é a
velocidade do som no ar.
4. Suponha que um avião mova-se na atmosfera com a velocidade v1=2,2C em relação a
superfície da Terra com a elevação de 500m acima da superfície terrestre. Quanto
tempo levaria para um observador na superfície da Terra, ouvir o som do avião do
instante em que o avião passa sobre a sua cabeça se o observador e o ar estão em
repouso. A velocidade do som é C=340m/s.
5. Suponha que um avião mova-se na atmosfera com a velocidade v1=2,1C e com a
elevação de 400m acima da superfície terrestre. O ar move-se na mesma direcção com
velocidade v2= 0,2C . As velocidades v1 e v2 são dadas em relação a superfície da
Terra. Quanto tempo levaria um observador na superfície da Terra a ouvir o som do
avião do instante em que o avião passa sobre a sua cabeça se o observador está em
repouso. A velocidade do som é C=340m/s.
6. Suponha que um avião mova-se na atmosfera com a velocidade v1=1,95C e com a
elevação de 1500m acima da superfície terrestre. O ar move-se na direcção oposta
com velocidade v2= 0,25C . Quanto tempo levaria para um observador na superfície
da Terra a ouvir o som do avião do instante em que o avião passa sobre a sua cabeça
se o observador move-se direcção do movimento do avião com velocidade v3=0,05C.
A velocidade do som é C=340m/s e As velocidades v1 ,v2 , v3 são dadas em relação a
superfície da Terra.