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FERRAMENTAS DE MODULAÇÃO INTESTINAL NA PRÁTICA CL~INICA

NECESSÁRIO ESTRATÉGIAS ESPECÍFICAS QUE MODULAM A MICROBIOTA INTESTINAL

1- Estratégias nutricionais para Modulação intestinal

A modulação intestinal ou modulação da microbiota são o conjunto de intervenções que têm como alvo equilibrar a população de
microrganismos que vivem no intestino, a microbiota intestinal.
As intervenções visam também proporcionar uma melhor função da barreira epitelial do intestino.
Quais são as estratégias mais eficazes para melhorar a saúde intestinal????

O maior modulador da microbiota intestinal é a DIETA!!!!


DIETAS RICAS EM ALIMENTOS FONTES DE FIBRAS ALIMENTARES E FITOQUÍMICOS

Portanto, estratégias que não garantem uma nutrição adequada, individualizada e focada na modulação intestinal, serão
fortemente boicotadas por esse fator!

Relação da nutrição com a modulação intestinal

O que você deve priorizar:


 Carboidratos não digeríveis ou fibras alimentares
 Fontes de Omega-3
 Polifenóis
 Garantir o aporte adequado de vitaminas e minerais

Os micronutrientes desempenham um papel importante na formação da microbiota intestinal e tanto a carência como o excesso
de alguns micronutrientes estão associados a prejuízos para a microbiota intestinal.

O que você deve controlar:

 Excesso de proteína: especialmente proteína de origem animal


 Excesso de gorduras saturadas: dietas “high fat” estão associadas a disbiose e alterações da barreira intestinal
 Ingestão elevada de ômega-6: o desbalanço entre Omega 3 e 6 tem sido relacionado a uma permeabilidade intestinal
alterada e endotoxemia metabólica
 Aditivos alimentares
 Adoçantes artificiais

Na prática: avaliar o seu paciente de maneira única, levando em consideração necessidades, tolerâncias e preferências.

Como avaliar disbiose e leaky gut na prática clínica??

 Anamnese detalhada
 Exame cropocolõgico funcional
 Escala de bristol
 Exames laboratoriais de sangue
 Testes dos gases expirados
 Perfil genético do microbioma intestinal

Checklist – 5 probióticos na obesidade

 Lactobacillus helveticus
 L plantarum
 L infantis
 L langum
 L paracasei

2- Suplementos
Probióticos: bactérias vivas que, quando usadas em quantidades adequadas, atuam na imunidade auxiliando na integridade do
TGI e controlam a inflamação diminuindo os níveis de LPS. Ex.: cepas de bactérias para condições específicas
Prebióticos: estimulam o crescimento de bactérias intestinais benéficas. Ex.: FOS, inulina, entre outros.

3- Chás e fitoterápicos – regulam a composição da microbiota intestinal e melhoram o desconforto abdominal sendo bons
aliados da modulação intestinal. Erva-doce, melissa, funcho, dente-de-leao, hortelã, canela, gengibre

4- Transplante fecal
Forma mais invasiva e deve ser feita apenas com indicação médica, principalmente para o tratamento de algumas
doenças metabólicas nas quais não houve solução a partir de outras condutas.
* Importante lembrar que medicamentos podem ser utilizados para minimizar sinais e sintomas, mas eles não tratam a
causa do problema.

Passo a passo para suplementar com PROBIÓTICOS

1. Em qual horário consumir?


Varia! Os estudos sugerem 30 min antes da refeição ou antes de dormir.
Não é indicado tomar com bebidas quentes
Se estiver em uso de antibiótico, deve-se consumir com no mínimo 2 h de intervalo.
2. Por quanto tempo consumir??
Varia muito! A maioria dos estudos clínicos utilizam por no mínimo 20 dias, onde os efeitos foram observados acima de 6
semanas. Dependendo do caso, o uso contínuo pode ser necessário.
3. Como definir a dose?
Anamnese detalhada, condição clinica, ciclo de vida ou patologia resistente
Avaliar sinais e sintomas, interpretando marcadores bioquímicos
Individualidade do indivíduo
Associar com evidencias disponíveis, informando doses seguras sobre o perfil do seu caso clínico

EIXO INTESTINO-PELE

Microbioma da pele
A pele humana hospeda uma diversidade de microrganismos.
Eles são classificados como transitórios ou residentes, sendo que alguns são considerados benéficos e outros têm a
capacidade de se tornarem patógenos. Nesse sentido, a pele abriga um sistema imunológico que inclui peptídeos
antimicrobianos.
Alem disso, glândulas sudoríparas apócrinas e folículos pilosos associados com as glândulas sebáceas formam
sebo, que é uma substância oleosa inodora que forne3ce a função de barreira.

A importância da microbiota intestinal para a pele


Ter uma microbiota saudável é de extrema importância para a saúde da pele, pois a microbiota intestinal
influencia a microbiota da pele.
Nesse sentido, o desenvolvimento de disbiose pode gerar uma inflamação intestinal que pode ter efeitos
profundos sobre a pele. Por exemplo, a disbiose intestinal está associada ao eczema
Além disso, indiretamente, a disbiose gera o aumento do cortisol, o que pode afetar a pele e o intestino.

Como a microbiota intestinal influencia na pele?


Na saúde, o intestino e a microbiota produzem metabólitos, neurotransmissores e hormonis que podem entrar na
circulação para modificar a pele.
Na disbiose há a produção de toxinas que podem escapar do intestino junto com as bactérias, com a quebra da
função de barreira do intestino (leaky gut).

Hábitos saudáveis = microbiota e pele saudáveis


Uma alimentação rica em fibras, como na dieta mediterrânea, pode ter um papel protetor contra o
desenvolvimento de doença atópica, assim como uma dieta com potencial antinflamatório.

Alimentos amigos do intestino e da pele

 Frutas cítricas
 Frutas vermelhas
 Carnes magras
 Vegetais verdes escuros
 Pimentão vermelho (rico em vitamina C)
 Salmão e sardinha
 Sementes e nozes.

5 situações que indicam disbiose

 Alergias alimentares
 Alergias respiratórias
 Doenças auto-imunes
 Doenças de pele
 Transtornos de humor

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