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Auditar Treinamentos Empresariais 30/08/2018

Instrutor: João Paulo de Melo

CURSO DE ANALISTA FISCAL – P1


Instrutor: João Paulo de Melo

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Capitulo 1 – IPI

1- Regras de Apuração do IPI


2- Contribuinte
3- Conceito de Industrialização
4- Base de cálculo
5- Alíquotas, alíquota zero, produtos NT
6- Crédito do IPI
7- Hipóteses de Suspensão

ESTRUTURA JURÍDICA DO IPI – VISÃO GERAL

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Regras de Apuração do IPI


O IPI, de competência da União, nos termos do art. 153, caput, IV, da
Constituição Federal de 1988 (CF/1988), tem como princípios básicos, além dos
pertinentes à legalidade, anterioridade, anterioridade nonagesimal,
irretroatividade e igualdade, os enumerados no § 3º do mencionado dispositivo,
quais sejam:

a) seletividade

b) não cumulatividade

c) imunidade

d) incentivo ao setor produtivo

a) seletividade: é seletivo em função da essencialidade do produto;


b) não cumulatividade: é não cumulativo, compensando-se o que for devido em cada
operação com o montante cobrado nas operações anteriores;
c) imunidade: não incide sobre produtos industrializados destinados ao exterior;
d) incentivo ao setor produtivo: terá reduzido o seu impacto sobre a aquisição de bens de
capital pelo contribuinte do imposto, na forma da lei.
Os bens de capital, também designados como bens de produção, são aqueles que permitem
produzir outros bens, tais como máquinas, computadores, equipamentos, instalações e insumos
industriais.
Para efeitos de aplicação da legislação do IPI, são considerados bens de produção:
a) as matérias-primas;
b) os produtos intermediários, inclusive os que, embora não integrando o produto final, sejam
consumidos ou utilizados no processo industrial;
c) os produtos destinados a embalagem e acondicionamento;
d) as ferramentas, empregadas no processo industrial, exceto as manuais; e
e) as máquinas, os instrumentos, os aparelhos e os equipamentos, inclusive suas peças, partes
e outros componentes, que se destinem a emprego no processo industrial.

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Contribuinte
A legislação do IPI dispõe que são contribuintes do imposto, nas saídas de
produtos que realizar:
a) o estabelecimento industrial que realiza quaisquer das operações definidas
como industrialização, previstas no RIPI , art. 4º (transformação, beneficiamento,
montagem, acondicionamento ou reacondicionamento e renovação ou
recondicionamento); e
b) o estabelecimento equiparado a industrial, assim considerado aquele a quem a
legislação atribui os mesmos direitos e obrigações do estabelecimento industrial,
apesar de não realizar nenhuma das operações de industrialização referidas na
letra "a".
ESTABELECIMENTOS EQUIPARADOS A INDUSTRIAL
A equiparação a industrial pode ser obrigatória ou por opção do próprio
estabelecimento.

EQUIPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
Determinados estabelecimentos são equiparados obrigatoriamente, pela legislação, a industrial com
base nas operações e nos produtos que comercializam.
A seguir, elaboramos tabela com descrição dos estabelecimentos equiparados a industrial e a
respectiva fundamentação legal.
EQUIPARADO A INDUSTRIAL FUNDAMENTO LEGAL
estabelecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira que derem saída a
RIPI/2010 , art. 9º , caput, I
esses produtos
estabelecimentos, ainda que varejistas, que receberem para comercialização diretamente da
RIPI/2010 , art. 9º , caput, II
repartição que os liberou, produtos importados por outro estabelecimento da mesma empresa
filiais e demais estabelecimentos que exercerem o comércio de produtos importados,
industrializados ou mandados industrializar por outro estabelecimento do mesmo contribuinte,
RIPI/2010 , art. 9º , caput, III
salvo se aqueles operarem exclusivamente na venda a varejo e não estiverem enquadrados na
hipótese descrita no item anterior
estabelecimentos comerciais de produtos cuja industrialização haja sido realizada por outro
estabelecimento da mesma empresa ou de terceiro, mediante a remessa, por eles efetuada, de
matérias-primas, produtos intermediários, embalagens, recipientes, moldes, matrizes ou
modelos
RIPI/2010 , art. 9º , caput, IV
Nota: Não é equiparado a industrial o estabelecimento que encomenda a industrialização para
ser realizada por terceiros sem o fornecimento de insumos (Parecer Normativo CST
nº 202/1970 e Solução de Consulta DT/SRRF nº 94/2001).

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EQUIPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
EQUIPARADO A INDUSTRIAL FUNDAMENTO
LEGAL
estabelecimentos comerciais de produtos do Capítulo 22 da TIPI (bebidas), cuja industrialização tenha
RIPI/2010 , art. 9º ,
sido encomendada a estabelecimento industrial, sob marca ou nome de fantasia de propriedade do
caput, V
encomendante, de terceiro ou do próprio executor da encomenda
estabelecimentos comerciais atacadistas dos produtos classificados nas posições 71.01 a 71.16 RIPI/2010 , art. 9º ,
da TIPI (pérolas, pedras preciosas e outros) caput, VI

estabelecimentos atacadistas e cooperativas de produtores que derem saída a bebidas alcoólicas e


demais produtos, de produção nacional, classificados nas posições 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08 da TIPI ,
e acondicionados em recipientes de capacidade superior ao limite máximo permitido para venda a varejo,
RIPI/2010 , art. 9º ,
com destino aos seguintes estabelecimentos:
caput, VII
a) industriais que utilizarem os produtos mencionados como insumo na fabricação de bebidas;
b) atacadistas e cooperativas de produtores; ou
c) engarrafadores dos mesmos produtos.

estabelecimentos comerciais atacadistas que adquirirem de estabelecimentos importadores produtos de RIPI/2010 , art. 9º ,
procedência estrangeira, classificados nas posições 33.03 a 33.07 da TIPI (cosméticos) caput, VIII
estabelecimentos atacadistas dos produtos da posição 87.03 da TIPI (automóveis); essa equiparação
RIPI/2010 , art. 9º ,
aplica-se, inclusive, ao estabelecimento fabricante que revender produtos dessa mesma posição
caput, X, § 4º
produzidos por outro fabricante, ainda que domiciliado no exterior

EQUIPARAÇÃO OBRIGATÓRIA
EQUIPARADO A INDUSTRIAL FUNDAMENTO
LEGAL
estabelecimentos industriais que derem saída a matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e
RIPI/2010, art. 9º, §
material de embalagem (ME) adquiridos de terceiros, com destino a outros estabelecimentos, para

industrialização ou revenda

estabelecimentos atacadistas que adquirirem os produtos relacionados no Anexo III da Lei


nº 7.798/1989 , de estabelecimentos industriais ou dos estabelecimentos equiparados a industriais de que
RIPI/2010 , art. 10 ,
tratam os incisos I a V do caput do art. 9ºdo RIPI . Essa equiparação a industrial somente se aplica nas
caput, § 1º
hipóteses em que o adquirente e o remetente forem empresas controladoras, controladas ou coligadas,
interligadas ou interdependentes

empresa comercial atacadista adquirente dos produtos classificados nas posições 8701 a 8705
da TIPI (automóveis), industrializados por encomenda por conta e ordem de pessoa jurídica domiciliada RIPI/2010 , art. 137
no exterior, da qual é controlada direta ou indiretamente

Decreto
Bebidas frias - estabelecimentos de pessoas jurídicas que derem saída a produtos indicados no
nº8.442/2015 ,
art. 1º do Decreto nº8.442/2015 , relacionados nos incisos I a VII do art. 4º do mencionado Decreto
arts. 1º e 4º
Bebidas quentes - estabelecimentos de pessoas jurídicas que derem saída a produtos indicados no Lei nº13.241/2015,
art. 1º da Lei nº13.241/2015 , relacionados nos incisos I a VII do art. 4º do citado diploma legal arts. 1º e 4º

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EQUIPARAÇÃO OPCIONAL
São equiparados a industrial, por opção do próprio estabelecimento:
a) os estabelecimentos comerciais que derem saída a bens de produção para
estabelecimentos industriais ou revendedores; e
b) as cooperativas, constituídas nos termos da Lei nº 5.764/1971 , que se dediquem
à venda em comum de bens de produção recebidos de seus associados para
comercialização.

FORMALIZAÇÃO

A formalização da opção pela equiparação a industrial deverá ser realizada por meio
de alteração dos dados cadastrais do estabelecimento no CNPJ, para a sua inclusão
como contribuinte do imposto.

Ao formalizar a opção, o estabelecimento deverá relacionar no livro Registro de Utilização de


Documentos Fiscais e Termos de Ocorrências, modelo 6, os produtos que possuía no dia
imediatamente anterior àquele em que iniciar o regime de tributação ou anexar ao referido
livro relação desses produtos, podendo se creditar do respectivo IPI diretamente no Registro
de Apuração do IPI, desde que, na referida relação os produtos estejam discriminados pela
classificação fiscal na NCM, seguidos dos respectivos valores.

Nota:
O optante agirá, ao formalizar a opção, como contribuinte do imposto, obrigando-se ao cumprimento
das normas legais e regulamentares correspondentes, até que venha a formular a desistência da
opção.

DESISTÊNCIA
Caso o estabelecimento desista da equiparação a industrial deverá formalizar sua
desistência, também, por meio de alteração dos dados cadastrais do estabelecimento
no CNPJ.

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Caracteriza - se industrialização qualquer operação que modifique a natureza, o


funcionamento, o acabamento, a apresentação ou a finalidade do produto, ou o
aperfeiçoe para o consumo, tal como:

TRANSFORMAÇÃO EXERCIDA SOBRE A MP IMPORTE NA OBTENÇÃO DE ESPÉCIE NOVA

BENEFICIAMENTO MODIFICAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO, ACABAMENTO DO PRODUTO

MONTAGEM REUNIÃO DE PRODUTOS, PEÇAS OU PARTES QUE RESULTE UM NOVO PRODUTO

ACONDICIONAMENTO / IMPORTA EM ALTERAR A APRESENTAÇÃO DO PRODUTO, PELA COLOCAÇÃO DA EMBALAGEM, AINDA QUE
RECONDICIONAMENTO EM SUBSTITUIÇÃO DA ORIGINAL, EXCETO A DE TRANSPORTE

RENOVAÇÃO / EXERCIDA SOBRE PRODUTO USADO OU PARTE REMANESCENTE DE PRODUTO DETERIORADO OU


RECONDICIONAMENTO INUTILIZADO, RENOVE OU RESTAURE O PRODUTO PARA UTILIZAÇÃO

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O preparo de produtos alimentares, não acondicionados em embalagem de


apresentação:

a) na residência do preparador ou em restaurantes, bares, sorveterias, confeitarias,


padarias, quitandas e semelhantes, desde que os produtos se destinem a venda
direta a consumidor;

b) em cozinhas industriais, quando destinados à venda direta a


corporações, empresas e outras entidades, para consumo de seus
funcionários, empregados ou dirigentes;

O preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por meio de


máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e
estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor.

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A confecção ou preparo de produto de artesanato.

A confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou


usuário, em oficina ou na residência do confeccionador

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O preparo de produto, por encomenda direta do consumidor ou usuário, na


residência do preparador ou em oficina, desde que, em qualquer caso, seja
preponderante o trabalho profissional.

A manipulação em farmácia, para venda direta a consumidor, de


medicamentos oficinais e magistrais, mediante receita médica.

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A moagem de café torrado, realizada por comerciante varejista como


atividade acessória.

A operação efetuada fora do estabelecimento industrial, consistente na reunião de


produtos, peças ou partes e de que resulte:

a) edificação (casas, edifícios, pontes, hangares, galpões e semelhantes, e suas


coberturas);
b) instalação de oleodutos, usinas hidrelétricas, torres de refrigeração, estações e
centrais telefônicas ou outros sistemas de telecomunicação e telefonia, estações, usinas e
redes de distribuição de energia elétrica e semelhantes;
c) fixação de unidades ou complexos industriais ao solo.

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A montagem de óculos, mediante receita médica.

O acondicionamento de produtos classificados nos Capítulos 16 a 22 da TIPI,


adquiridos de terceiros, em embalagens confeccionadas sob a forma de cestas de natal
e semelhantes.
Preparações de carne, de peixes ou de crustáceos, de moluscos ou de outros invertebrados aquáticos
Capítulo 16

Capítulo 17 Açúcares e produtos de confeitaria

Capítulo 18 Cacau e suas preparações


Preparações à base de cereais, farinhas, amidos, féculas ou leite; produtos de pastelaria
Capítulo 19

Capítulo 20 Preparações de produtos hortícolas, fruta ou de outras partes de plantas

Capítulo 21 Preparações alimentícias diversas

Capítulo 22 Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres

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O reparo de produtos com defeito de fabricação, inclusive mediante


substituição de partes e peças, quando a operação for executada
gratuitamente, ainda que por concessionários ou representantes, em
virtude de garantia dada pelo fabricante.

A mistura de tintas entre si, ou com concentrados de pigmentos, sob


encomenda do consumidor ou usuário, realizada em estabelecimento varejista,
efetuada por máquina automática ou manual, desde que fabricante e varejista
não sejam empresas interdependentes, controladora, controlada ou coligadas.

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O fato gerador do IPI é:

a) o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira;

b) a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a


industrial.

Nos termos do artigo 69 do Decreto nº 7.212/2010, as alíquotas básicas


do IPI são as constantes da TIPI.

A Tabela do IPI é composta por 21 seções, capituladas e apresentada na


seguinte ordem:

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA (%)


Composto por 8 dígitos Descrição literal do produto compreendido na Percentual aplicável para fins do IPI.
nomenclatura em questão

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Dentre outras hipóteses, de redução do IPI tem-se:

Aplicável nas aquisições de equipamentos, máquinas, aparelhos e instrumentos, assim


como acessórios sobressalentes e ferramentas que acompanhem esses bens,
destinados à pesquisa e ao desenvolvimento tecnológico por empresas industriais e
agropecuárias nacionais que foram habilitadas em Programas de Desenvolvimento
Tecnológico Industrial - PDTI ou Programas de Desenvolvimento Tecnológico
Agropecuário - PDTA.

DECRETO Nº 8.950, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2016


Capítulo 55 - Fibras sintéticas ou artificiais, descontínuas

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA (%)

55.01 Cabos de filamentos sintéticos


5501.10.00 De náilon ou de outras poliamidas 0
5501.20.00 De poliéster 0
5501.30.00 Acrílicos ou modacrílicos 0
5501.40.00 De polipropileno 0
5501.90.00 Outras 0

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Seção I - ANIMAIS VIVOS E PRODUTOS DO REINO ANIMAL

Capítulo 1 - Animais vivos

NCM DESCRIÇÃO ALÍQUOTA (%)

01.01 Cavalos, asininos e muares, vivos


0101.2 Cavalos
0101.21.00 Reprodutores de raça pura NT
0101.29.00 Outros NT
0101.30.00 Asininos NT
0101.90.00 Outros NT

Nas notas fiscais relativas às remessas com suspensão do imposto,


deverá constar a expressão a seguir, vedado o destaque do imposto, sob
pena de se considerá-lo como indevidamente destacado, sujeitando o
infrator às disposições legais estabelecidas para a hipótese:

“Saído com Suspensão do IPI”, nos termos do artigo .... do Decreto nº ................”.

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Nos termos do artigo 43, inciso X do Decreto nº 7.212/2010, poderão sair


com suspensão do IPI os produtos remetidos, para industrialização ou
comércio, de um estabelecimento industrial ou equiparado a industrial
para outro da mesma firma.

Vide a seguir a ilustração

Suponha que determinado estabelecimento industrial, esteja remetendo em


transferência, produtos de fabricação própria, para revenda por meio de seu
estabelecimento atacadista. Nesta hipótese tem-se a seguinte estrutura tributária:

Saída em transferência com Suspensão do IPI


Manutenção dos Créditos do IPI da aquisição

Saída Posterior com Incidência do IPI


Impossibilidade de Recuperação de Créditos do IPI relativo à
transferência recebida

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Características e efeitos da transferência de mercadorias entre


estabelecimentos com opção pela suspensão do IPI:

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO REMETENTE


CATEGORIAS CRÉDITO TRIBUTÁRIO
FISCAIS OBRIGAÇÃO CRÉDITO TRIBUTÁRIO RECOLHIMENTO DO
FATO GERADOR NO DESTINATÁRIO DA
TRIBUTÁRIA NO REMETENTE TRIBUTO
TRANSFERÊNCIA

Suspensão do IPI Deslocamento do Não haverá o Crédito mantido, Não haverá o Não haverá o
prevista no Inciso X Fato Gerador nascimento por considerando que o surgimento recolhimento
do Artigo 43 do efeito suspensivo destinatário irá
RIPI revender o produto

Características e efeitos da transferência no destinatário das mercadorias


quando da revenda das mesmas:

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO DESTINATÁRIO


CATEGORIAS
FISCAIS CRÉDITO TRIBUTÁRIO AO RECOLHIMENTO DO
FATO GERADOR OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
DESTINATÁRIO DA REVENDA TRIBUTO

Tributação Normal Concretiza-se com a Haverá o nascimento Poderá ser recuperado a Haverá o recolhimento
do IPI em função da saída dos produtos do quando concretizado o fato depender do perfil daquele nos termos e prazos
Equiparação do estabelecimento gerador que adquire a mercadoria definidos na Legislação
Atacadista à equiparado
Industrial

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Suponha que determinada estabelecimento industrial, esteja remetendo em


transferência, produtos de fabricação própria, para revenda por meio de seu
estabelecimento atacadista. Nesta hipótese tem-se a seguinte estrutura tributária:

Saída com Incidência do IPI


Manutenção dos Créditos do IPI

Saída Posterior sem a Incidência do IPI


Impossibilidade de recuperação de créditos do IPI relativo à
transferência recebida, que necessariamente comporá o custo dos
produtos.

Características e efeitos da transferência de mercadorias entre


estabelecimento com opção pela suspensão do IPI:

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO REMETENTE


CATEGORIAS CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO
FISCAIS CRÉDITO TRIBUTÁRIO NO
FATO GERADOR DESTINATÁRIO DA RECOLHIMENTO DO TRIBUTO
REMETENTE
TRANSFERÊNCIA

Tributação Normal Concretiza-se com a saída Crédito mantido, Impossibilidade de Haverá o recolhimento
do IPI em função da dos produtos do considerando que o recuperação do Crédito pelo estabelecimento
Equiparação do estabelecimento destinatário irá revender o do IPI remetente da transferência
Atacadista à produto
Industrial

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Características e efeitos da transferência no destinatário das mercadorias


quando da revenda das mesmas:

CARACTERÍSTICAS E EFEITOS NO DESTINATÁRIO


CATEGORIAS
FISCAIS CRÉDITO TRIBUTÁRIO AO RECOLHIMENTO DO
FATO GERADOR OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
DESTINATÁRIO DA REVENDA TRIBUTO

Venda posterior
não alcançada pela
incidência do IPI Não haverá Não haverá Não haverá Não haverá

Hipóteses de Suspensão
Todas as hipóteses de suspensão poderão ser verificadas no art. 43 do Decreto nº 7.212/2010 –
RIPI.
Listaremos a seguir algumas hipóteses de suspensão:
• os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, diretamente
a exposição em feiras de amostras e promoções semelhantes;
• os produtos remetidos pelo estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, a depósitos
fechados ou armazéns-gerais, bem como aqueles devolvidos ao remetente;
• as matérias-primas, os produtos intermediários e os materiais de embalagem destinados à
industrialização, desde que os produtos industrializados sejam enviados ao estabelecimento
remetente daqueles insumos;
• os produtos que, industrializados na forma do item anterior e em cuja operação o executor da
encomenda não tenha utilizado produtos de sua industrialização ou importação, forem
remetidos ao estabelecimento de origem e desde que sejam por este destinados:
• a comércio; ou
• a emprego, como matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, em nova
industrialização que dê origem a saída de produto tributado.

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Nos termos do artigo 49 da Lei nº 5.172/1966, o IPI é não-cumulativo, de forma


que o montante devido resulte da diferença a maior, em determinado período,
entre o imposto referente aos produtos saídos do estabelecimento e o pago
relativamente aos produtos nele entrados.

A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito do imposto relativo a


produtos entrados no estabelecimento do contribuinte, para ser abatido do que
for devido pelos produtos dele saídos, num mesmo período (Artigo 225 do
Decreto nº 7.212/2010).

ESPÉCIES DOS CRÉDITOS

Créditos Básicos Créditos como Créditos Créditos por Outros


(art. 226 RIPI) Incentivo Presumidos Devolução ou Retorno (art. 240 RIPI)
(art. 236 RIPI) (art. 241 RIPI) de Produtos
(art. 229 RIPI)

As aquisições de produtos de estabelecimentos optantes pelo Simples Nacional, não ensejarão aos adquirentes direito a
fruição de crédito do IPI relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem (Artigo 228 do Decreto
nº 7.212/2010).

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A peça de reposição destinada ao funcionamento da máquina


industrial não está classificada nas contas de bens do Ativo
Permanente.

O Parecer CST 65/79, dispõe que: “o bem, desde que não devam,
em face de princípios contábeis geralmente aceitos, ser incluídos
no Ativo Permanente”, geram direito a crédito de IPI.

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Dentre as hipóteses de créditos básicos, os estabelecimentos industriais e os que lhes são


equiparados poderão creditar-se do IPI (Artigo 226 do Decreto nº 7.212/2010):

a) Relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, adquiridos para emprego na


industrialização de produtos tributados, incluindo-se, entre as matérias-primas e os produtos intermediários, aqueles
que, embora não se integrando ao novo produto, forem consumidos no processo de industrialização, salvo se
compreendidos entre os bens do ativo permanente;
b) Relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, quando remetidos a terceiros para
industrialização sob encomenda, sem transitar pelo estabelecimento adquirente;
c) relativo a matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, recebidos de terceiros para
industrialização de produtos por encomenda, quando estiver destacado ou indicado na nota fiscal;
d) destacado em nota fiscal relativa a produtos industrializados por encomenda, recebidos do estabelecimento que os
industrializou, em operação que dê direito ao crédito;
e) pago no desembaraço aduaneiro;
f) relativo a bens de produção recebidos por comerciantes equiparados a industrial.

Nos termos do Decreto nº 7.212/2010, não geram direito a crédito


do IPI:

Bens do Ativo Material de uso e


Imobilizado consumo

Aquisição de produtos Imunes, Aquisição de produtos junto a


isentos e tributado a alíquota zero Optante pelo Simples Nacional

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Os créditos do IPI, escriturados na forma da legislação específica, serão


utilizados pelo estabelecimento que os escriturou na dedução, em sua
escrita fiscal, dos débitos de IPI decorrentes das saídas de produtos
tributados.

Quando do confronto dos débitos e créditos, num período de apuração do


imposto, resultar saldo credor, será este transferido para o período
seguinte.

INSTRUÇÃO NORMATIVA RFB Nº 1.717/2017

CRÉDITO EXTEMPORÂNEO

Apesar de a legislação fixar o prazo de 5 dias para a escrituração do documento


fiscal pelo adquirente dos insumos, pode ocorrer de a escrituração se atrasar e
não ser efetuada em tal período.
Nessa hipótese, a escrituração do documento fiscal e do respectivo crédito
poderá ser efetuada extemporaneamente, desde que o contribuinte possa provar
a legitimidade do crédito, independentemente de comunicação ao órgão da RFB.
Contudo, entendemos, por oportuno, que o contribuinte que realizar a
escrituração do documento fiscal de aquisição de insumos fora do prazo, anote o
fato na coluna "Observações" do Registro de Entradas, e no próprio documento
fiscal que está dando origem ao lançamento extemporâneo.

PRESCRIÇÃO
Prescreve em 5 anos o direito ao crédito do IPI relativo à entrada de produtos no
estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, contados a partir da data
da entrada.

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Base de cálculo

A base de cálculo do IPI é o valor total da operação de que decorrer a saída do


estabelecimento industrial ou equiparado a industrial.
O valor da operação referido acima compreende o preço do produto, acrescido:
• do valor do frete; e
• das demais despesas acessórias;
Cobradas ou debitadas pelo contribuinte ao comprador ou destinatário.

Importante: Não podem ser deduzidos do valor da operação os descontos,


diferenças ou abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda que
incondicionalmente. § 3º, do art. 190, do Decreto nº 7.212/2010 – RIPI.

Alíquotas, alíquota zero, produtos NT


O campo de incidência do imposto abrange todos os produtos com alíquota,
ainda que zero, relacionados na TIPI, observadas as disposições contidas nas
respectivas notas complementares, excluídos aqueles a que corresponde a
notação “NT” (não tributado).
Por essa razão é necessário acessar a TIPI por meio do Decreto nº 8.950/2016
para consulta da tributação prevista para cada produto.

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DEVOLUÇÃO OU RETORNO DE PRODUTOS

Os estabelecimentos industriais e os a eles equiparados poderão se creditar do


imposto relativo aos produtos tributados que forem devolvidos ou tenham
retornado aos seus estabelecimentos, total ou parcialmente.

ATACADISTA NÃO CONTRIBUINTE

Os estabelecimentos industriais e os a eles equiparados poderão se apropriar do


imposto relativo a MP, PI e ME, adquiridos de comerciante atacadista não
contribuinte do IPI.
O valor do imposto a ser creditado será calculado pelo adquirente mediante
aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto na Tabela de Incidência do
IPI (TIPI) sobre 50% do seu valor, constante da respectiva nota fiscal de
aquisição.
Saliente-se que o direito ao crédito está condicionado a que os produtos
adquiridos estejam dentro do campo de incidência do IPI, não se aplicando aos
produtos com notação "NT" (não tributados) na TIPI .

Capitulo 2 – PIS/PASEP e COFINS


1- Regime Cumulativo
1.1 Atividades sujeitas ao regime cumulativo
1.2 Casos Práticos
2- Regime Não Cumulativo
2.1 Atividades sujeitas ao regime não cumulativo
2.2 Base de Cálculo
2.3 Créditos admissíveis
3- Benefícios Fiscais (alíquota zero, não incidência,
isenção, suspensão)
4- Substituição Tributária
5- Incidência Monofásica

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PIS/PASEP e COFINS:
São espécies do gênero contribuições sociais, tributos que têm como traço
preponderante a arrecadação de recursos para o custeio da:

1. previdência social;
2. assistência social ;
3. saúde.

Modalidades
A contribuição para o PIS/PASEP compreende três modalidades:

• Sobre o faturamento;
• Sobre a folha de pagamento;
• Sobre importação.

A COFINS, por sua vez, tem apenas as seguintes modalidades:

• Sobre o faturamento;
• Sobre importação.

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Regimes de tributação
Há dois regimes possíveis para o PIS/PASEP e para a COFINS incidente
sobre o faturamento:

• Regime cumulativo;
• Regime não-cumulativo.

A partir de 1º/12/02, em relação ao PIS/PASEP, e 1º/02/04, em relação à


COFINS, passamos a conviver com dois regimes de apuração das
contribuições:

CUMULATIVO e o NÃO CUMULATIVO.

1- Regime Cumulativo
O regime cumulativo é regido pela Lei 9.718/1998 e alterações posteriores.
O regime cumulativo consiste em um método de apuração na qual o tributo é
exigido toda vez que ocorre a incidência de acordo com a norma tributária, sem a
possibilidade de amortizar nessa operação o valor do tributo incidido na operação
antecedente, o famoso efeito cascata.

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Atividades sujeitas ao regime cumulativo:


Independentemente da forma de apuração do lucro pelo Imposto de Renda, são
contribuintes da Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS incidentes sobre a
receita, no regime de apuração cumulativa:
 bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento,
caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras, distribuidoras de
títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil e
cooperativas de crédito;
 as pessoas jurídicas tributadas pelo imposto de renda com base no lucro
presumido ou arbitrado;
 as pessoas jurídicas optantes pelo SIMPLES;
 as pessoas jurídicas imunes a impostos;
 os órgãos públicos, as autarquias e fundações públicas federais, estaduais e
municipais, e as fundações cuja criação tenha sido autorizada por lei;

 sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária


 as receitas decorrentes das operações:
 referidas no inciso IV do § 3o do art. 1º da Lei n.º 10.833/2003 – Receitas
decorrentes da venda de álcool para fins carburantes – Vigência encerrada
em: 01/10/2008
 sujeitas à substituição tributária da PIS e COFINS;
 referidas no art. 5o da Lei no 9.716, de 26 de novembro de 1998: (Compra e
venda de veículos usados).
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de telecomunicações;
 as receitas decorrentes de venda de jornais e periódicos e de prestação de
serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão sonora e de sons e
imagens;
 as receitas submetidas ao regime especial de tributação previsto no art. 47 da
Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002; (A pessoa jurídica integrante do
Mercado Atacadista de Energia Elétrica (MAE)).
 as receitas relativas a contratos firmados anteriormente a 31 de outubro de
2003:

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 com prazo superior a 1 (um) ano, de administradoras de planos de


consórcios de bens móveis e imóveis, regularmente autorizadas a funcionar
pelo Banco Central;
 com prazo superior a 1 (um) ano, de construção por empreitada ou de
fornecimento, a preço predeterminado, de bens ou serviços;
 de construção por empreitada ou de fornecimento, a preço predeterminado,
de bens ou serviços contratados com pessoa jurídica de direito público,
empresa pública, sociedade de economia mista ou suas subsidiárias, bem
como os contratos posteriormente firmados decorrentes de propostas
apresentadas, em processo licitatório, até aquela data;
 as receitas decorrentes de prestação de serviços de transporte coletivo
rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros;
 as receitas decorrentes de serviços prestados por hospital, pronto-socorro,
clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e laboratório
de anatomia patológica, citológica ou de análises clínicas; e
 as receitas decorrentes de serviços de diálise, raios X, radiodiagnóstico e
radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue;

 as receitas decorrentes de prestação de serviços de educação infantil, ensinos


fundamental e médio e educação superior.
 as receitas decorrentes de vendas de mercadorias realizadas pelas pessoas
jurídicas referidas no art. 15 do Decreto-Lei no 1.455, de 7 de abril de 1976; (Lojas
francas estabelecidas na zona primária de porto ou aeroporto para venda de
mercadoria nacional ou estrangeira a passageiros de viagens internacionais, na
chegada ou saída do País, ou em trânsito, contra pagamento em moeda nacional
ou estrangeira)
 as receitas decorrentes de prestação de serviço de transporte coletivo de
passageiros, efetuado por empresas regulares de linhas aéreas domésticas, e as
decorrentes da prestação de serviço de transporte de pessoas por empresas de
táxi aéreo;
 as receitas auferidas por pessoas jurídicas, decorrentes da edição de periódicos e
de informações neles contidas, que sejam relativas aos assinantes dos serviços
públicos de telefonia;
 as receitas decorrentes de prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola
inscritas no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB);
 as receitas decorrentes de prestação de serviços das empresas de call center,
telemarketing, telecobrança e de teleatendimento em geral;

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 as receitas decorrentes da execução por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de


construção civil;
 as receitas auferidas por parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de
organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos Ministérios da Fazenda e do
Turismo.
 as receitas decorrentes da prestação de serviços postais e telegráficos prestados pela Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos;
 as receitas decorrentes de prestação de serviços públicos de concessionárias operadoras de
rodovias;
 as receitas decorrentes da prestação de serviços das agências de viagem e de viagens e turismo.
 as receitas auferidas por empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de
desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de
análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e
manutenção ou atualização de software, compreendidas ainda como softwares as páginas
eletrônicas. Excetuadas a comercialização, licenciamento ou cessão de direito de uso de software
importado.
 as receitas relativas às atividades de revenda de imóveis, desmembramento ou loteamento de
terrenos, incorporação imobiliária e construção de prédio destinado à venda, quando decorrentes de
contratos de longo prazo firmados antes de 31 de outubro de 2003;
 as receitas decorrentes de operações de comercialização de pedra britada, de areia para construção
civil e de areia de brita.
 as receitas decorrentes da alienação de participações societárias.

1.2 Casos Práticos


• Caso n.º 01
A empresa ABC Comercial LTDA apresentou na competência 08/X1, as seguintes
informações:
• Revenda de mercadorias: R$ 434.000,00
• Devoluções de vendas: R$ 13.500,00
• Descontos incondicionais concedidos: R$ 2.350,00
• Compras de mercadorias: R$ 220.000,00
Revenda de mercadorias R$ 434.000,00
(-) Devolução de vendas R$ 13.500,00
(-) Descontos incondicionais concedidos R$ 2.350,00
(=) Base de Cálculo PIS e COFINS R$ 418.150,00
PIS a recolher (0,65%) R$ 2.717,98
COFINS a recolher (3%) R$ 12.544,50

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• Caso n.º 02
A empresa XYZ Serviços Advocatícios LTDA, apresentou na competência 01/X1 as seguintes
informações:
• Serviços Prestados: R$ 200.000,00
• Cancelamentos de serviços: R$ 26.500,00
• Abatimento sobre serviços prestados: R$ 3.830,00
• Compras de mercadorias para prestação do serviço: R$ 18.000,00
• Retenção de PIS: R$ 500,00
• Retenção de COFINS: R$ 2.130,00

Serviços Prestados R$ 200.000,00


(-) Cancelamentos de serviços R$ 26.500,00
(-) Abatimento sobre serviços prestados R$ 3.830,00
(=) Base de cálculo PIS e COFINS R$ 169.670,00
Cálculo do PIS a recolher (0,65%) R$ 1.102,85
(-) Retenção do PIS R$ 500,00
(=) PIS a recolher R$ 602,85
Cálculo da COFINS a recolher (3%) R$ 5.090,10
(-) Retenção da COFINS R$ 2.130,00
(=) COFINS a recolher R$ 2.960,10

• Caso n.º 03
A empresa LFG Comércio e Serviços LTDA apresentou na competência 12/X1 as seguintes
informações:
• Revendas de mercadorias tributáveis a alíquota básica: R$ 831.000,00
• Revenda de mercadorias sujeita a incidência monofásica: R$ 325.826,00
• Revenda de mercadorias beneficiadas com alíquota zero: R$ 128.945,00
• Devoluções de vendas: R$ 31.325,00
• Descontos incondicionais concedidos: R$ 2.138,00
• Vendas canceladas: R$ 10.639,00
• Compras de mercadorias para revenda: R$ 638.925,00
• Serviços prestados: R$ 535.632,00
• Cancelamento de serviço: R$ 5.300,00
• Abatimento sobre serviços prestados: R$ 2.785,00
• Compras de mercadorias para prestação de serviços: R$ 135.000,00
• Retenções de PIS: R$ 3.825,31
• Retenções de COFINS: R$ 12.325,86
• Receita de alugueis: R$ 25.000,00

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Revenda de mercadorias tributável a alíquota básica R$ 831.000,00


Revenda de mercadorias incidência monofásica R$ 325.826,00
Revenda de mercadorias beneficiadas com alíquota zero R$ 128.945,00
Serviços Prestados R$ 535.632,00
Receita de alugueis R$ 25.000,00
(-) Devoluções de vendas R$ 31.325,00
(-) Descontos incondicionais concedidos R$ 2.138,00
(-) Vendas canceladas R$ 10.639,00
(-) Cancelamento de serviço R$ 5.300,00
(-) Abatimento sobre serviços prestados R$ 2.785,00
(=) Base de cálculo PIS e COFINS R$ 1.339.445,00
Cálculo do PIS a Recolher (0,65%) R$ 8.706,39
(-) Retenções de PIS R$ 3.825,31
(=) PIS a Recolher R$ 4.881,08
Cálculo da COFINS a Recolher (3%) R$ 40.183,35
(-) Retenções de COFINS R$ 12.325,86
(=) COFINS a Recolher R$ 27.857,49

• Receita decorrente da venda de veículos usados.

• Art. 5º Lei 9.716/98. As pessoas jurídicas que tenham como objeto social, declarado em
seus atos constitutivos, a compra e venda de veículos automotores poderão equiparar, para
efeitos tributários, como operação de consignação, as operações de venda de veículos
usados, adquiridos para revenda, bem assim dos recebidos como parte do preço da venda de
veículos novos ou usados.

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CASO PRÁTICO:

Em análise às leis acima, o PIS e a COFINS nas operações de veículos usados,


será calculado à alíquota 0,65% e 3,0% sobre a diferença entre a compra e a
venda:

Compra R$ 50.000,00
Venda R$ 55.000,00
Base (55.000,00-50.000,00) R$ 5.000,00
PIS (5.000,00x0,65%) R$ 32,50
COFINS (5.000,00x3,00%) R$ 150,00

2- Regime Não Cumulativo


Diploma legal da Contribuição para o PIS/PASEP não cumulativa é a Lei nº
10.637, de 2002, e o da COFINS a Lei nº 10.833, de 2003.
O regime não cumulativo contrario a situação mencionada anteriormente,
consiste justamente na possibilidade de compensar o valor do tributo
devido em cada operação com o montante cobrado na operação anterior.
O regime da não-cumulatividade da contribuição para o PIS e a COFINS
surgiu com o objetivo de incentivar determinadas atividades econômicas e
desonerar os contribuintes do efeito cascata do regime cumulativo. No
entanto, a alíquota nominal do PIS e da COFINS no regime não cumulativo
é mais elevada, se comparada com o regime cumulativo.

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2.1 Atividades sujeitas ao regime não cumulativo

• São as pessoas jurídicas de direito privado e as que lhes são


equiparadas pela legislação do Imposto de Renda, tributadas pelo
referido imposto com base no lucro real, inclusive as empresas
públicas, as sociedades de economia mista e suas subsidiárias, as
sociedades civis de profissões legalmente regulamentadas, bem
como as sociedades cooperativas de produção agropecuária e de
consumo. (exceto aquelas previstas no art. 10 da Lei n.º
10.833/2003)
• Também estão sujeitas ao regime não cumulativo as entidades
isentas em relação às receitas não decorrentes de suas atividades
próprias.

FATO GERADOR DO PIS E COFINS NO REGIME NÃO CUMULATIVO.


Com a nova redação dada pela Lei nº 12.973/2014 que altera o art. 1º da Lei
10.833/2003 a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, com
a incidência não cumulativa, incide sobre o total das receitas auferidas no mês pela
pessoa jurídica, independentemente de sua denominação ou classificação contábil.
Para efeito do parágrafo anterior, o total das receitas auferidas pelas pessoas jurídicas
sujeitas ao regime não cumulativo compreende a soma da receita bruta de que trata o
art. 12 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de 1977, e todas as demais receitas
auferidas pela pessoa jurídica com os seus respectivos valores decorrentes do ajuste a
valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de 15 de
dezembro de 1976.
BASE DE CÁLCULO DO PIS E COFINS NÃO CUMULATIVO
De acordo com os Art. 1º das Leis nº 10.833/2003 e 10.637/2002 a base de cálculo do
PIS/Pasep e COFINS com a incidência não cumulativa é o total das receitas auferidas
no mês pela pessoa jurídica independentemente de sua denominação ou classificação
contábil.

Obs.: De acordo com Resolução CFC nº 1.282/2010 no princípio da competência,


todas as receitas devem ser reconhecidas no exercício em que foram geradas,
ainda que seu recebimento seja realizado no exercício seguinte, motivo pelo qual,
mesmo que não ingressada, a receita deverá constar como já auferida para os
devidos fins fiscais e contábeis.

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NÃO INTEGRAM A BASE DE CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES

AS RECEITAS:

 Decorrente de saídas isentas da contribuição ou sujeitas à alíquota zero;

Auferidas pela pessoa jurídica revendedora, na revenda de mercadorias em relação às


quais a contribuição seja exigida da empresa vendedora, na condição de substituta
tributária;

Vendas canceladas e aos descontos incondicionais concedidos;

Reversões de provisões e recuperações de créditos baixados


como perda, que não representem ingresso de novas receitas, o
REFERENTES:
resultado positivo da avaliação de investimentos pelo valor do
patrimônio líquido e os lucros e dividendos derivados de
participações societárias, que tenham sido computados como
receita;

Decorrentes da venda de bens do ativo não circulante, classificado como


investimento, imobilizado ou intangível;

Decorrentes de transferência onerosa a outros contribuintes do Imposto sobre


Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços
de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS de créditos
de ICMS originados de operações de exportação;

 Financeiras decorrentes do ajuste a valor presente, referentes a receitas excluídas


da base de cálculo da Contribuição para o PIS/Pasep e COFINS;

 Relativas aos ganhos decorrentes de avaliação de ativo e passivo com base no


valor justo;

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De subvenções para investimento, inclusive mediante isenção ou


redução de impostos, concedidas como estímulo à implantação ou
expansão de empreendimentos econômicos e de doações feitas pelo
poder público;

 Reconhecidas pela construção, recuperação, reforma, ampliação ou


melhoramento da infraestrutura, cuja contrapartida seja ativo intangível
representativo de direito de exploração, no caso de contratos de concessão de
serviços públicos;

 Relativas ao valor do imposto que deixar de ser pago em virtude das isenções e
reduções aplicadas sobre o (lucro da exploração) de que tratam as alíneas “a”,
“b”, “c” e “e” do § 1o do art. 19 do Decreto-Lei no 1.598, de 26 de dezembro de
1977; e prêmios na emissão de debêntures.

CASO PRÁTICO: BASE DE CÁLCULO DO PIS e COFINS – REGIME NÃO


CUMULATIVO
A empresa JR comércio de móveis Ltda, efetuou venda de mercadoria para receber
daqui 2 anos, registrada em “Contas Receber”, no Realizável a Longo Prazo (ANC), pelo
valor de R$ 800.000,00, com juros prefixados embutidos a uma taxa contratada de 10%
ao ano. Nesse mesmo mês a empresa obteve ainda as seguintes receitas e operações:
 De aluguel de bens imóveis (compreendido na atividade) no valor de R$ 5.000,00;
 De venda de bens do ativo não circulante no valor de R$ 15.000,00;
 Financeiras decorrentes do Ajuste a valor presente no valor de R$ 2.000,00;
 Vendas canceladas no valor de R$ 8.000,00
• A seguir a apuração do AVP e posteriormente o cálculo da base de cálculo do PIS e
COFINS regime não cumulativo.

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Apuração do AVP.
- Valor Presente
Contas a receber
10% 2 anos - Valor liquido dos juros
R$ 800.000,00
R$ 661.157,00

FV I N PV
(calculadora financeira)

AVP R$ 800.000,00 (-) R$ 661.157,00 (=) R$ 138.843,00

AVP R$ 800.000,00 (-) R$ 661.157,00 (=) R$ 138.843,00


(calculadora Simples)

Ano Valor Presente Juros 10% Saldo Atualizado

1 R$ 661.157,00 R$ 66.116,00 R$ 727.273,00


2 R$ 727.273,00 R$ 72.727,00 R$ 800.000,00
R$ 138.843,00

Registro Contábil do AVP

D- Contas a Receber (ARLP)


C- Receita Bruta (CR) -------------------------------------R$ 800.000,00
D- Ajuste a Valor Presente (CRRB)
C- Juros a Transcorrer (CRARLP)----------------------R$ 138.843,00

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Total das receitas auferidas no mês= (800.000+5.000+15.000+2.000) = R$ 822.000,00


(-) Deduções:
Vendas Canceladas ........................................= R$ 8.000,00
Venda de ativo não circulante..........................= R$ 15.000,00
Financeiras decorrente (AVP)..........................= R$ 2.000,00
Total .................................... .......................... = R$ 797.000,00

Neste exemplo, a base de cálculo do PIS/COFINS corresponde a R$ 797.000,00.


Observe-se que o AVP da venda no valor de R$ 138.843,00 não foi abatido da base
de cálculo.

Cálculo das contribuições devidas:


PIS – R$ 797.000,00 x 1,65%
PIS – R$ 13.150,50
COFINS – R$ 797.000,00 X 7,60%
COFINS – R$ 60.572,00

4. ALÍQUOTAS DAS CONTRIBUIÇÕES PARA O PIS/PASEP E COFINS NÃO


CUMULATIVO.

De acordo com os artigos 2º das Leis nº 10.833/03 e 10.637/02 as alíquotas básicas do


PIS/PASEP e COFINS sujeitos ao regime não cumulativo são as seguintes:

PIS/PASEP 1,65%

CONTRIBUIÇÕES

COFINS 7,60%

• Contudo, a carga tributária das contribuições para essas contribuições sujeitas ao regime
não cumulativo é igual a 9,25%.

Ressalvamos que há alíquotas majoradas e reduzidas aplicados em situações específicas


tendo o contribuinte o dever de analisar cada norma individualmente.

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RECEITA FINANCEIRA

A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras,


inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas
pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas
contribuições, são de 0,65% e 4%, respectivamente.

Aplica-se tal tributação inclusive às pessoas jurídicas que tenham apenas parte de
suas receitas submetidas ao regime de apuração não-cumulativa da Contribuição para
o PIS/PASEP e da COFINS.

Ficam mantidas em 1,65% (um inteiro e sessenta e cinco centésimos por cento) e
7,6% (sete inteiros e seis décimos por cento), respectivamente, as alíquotas da
Contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS aplicáveis aos juros sobre o capital
próprio.

Base: Decreto 8.426/2015.

2.3 Créditos admissíveis

As pessoas jurídicas, optantes ou obrigadas ao regime não cumulativo das


contribuições para o PIS/PASEP e COFINS, poderão descontar créditos do valor
das contribuições a pagar, determinados mediante a aplicação das seguintes
alíquotas sobre a base de cálculo dos créditos:

• PIS/Pasep: 1,65%
• COFINS: 7,60%

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ESPECIE DEDUÇÕES

Do valor das contribuições apuradas no regime não cumulativo a pessoa jurídica poderá
descontar créditos calculados em relação a:
a) bens adquiridos para revenda, exceto em relação às mercadorias e aos produtos
referidos na letra "c" do tópico 5 e àqueles aos quais se aplicam alíquotas específicas,
conforme a Lei nº 10.637/2002 , art. 2º , §§ 1º e 1º-A e Lei nº 10.833/2003 , art. 2º , §§ 1º
e 1º-A, observando-se, ainda, que o IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não
integra o custo de aquisição desses bens (Instrução Normativa SRF nº 247/2002 , art.
66 , § 3º);
b) bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou
fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e
lubrificantes, exceto em relação ao pagamento de que trata a Lei nº 10.485/2002 , art. 2º ,
devido pelo fabricante ou importador, ao concessionário, pela intermediação ou entrega
dos veículos classificados nas posições 87.03 e 87.04 da TIPI;
c) energia elétrica e energia térmica, inclusive sob a forma de vapor, consumidas nos
estabelecimentos da pessoa jurídica (Lei nº 11.488/2007 art. 18 );

ESPECIE DEDUÇÕES

d) aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos pagos a pessoa jurídica, utilizados


nas atividades da empresa;
e) valor das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa
jurídica, exceto de optante pelo Simples Nacional;
f) encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros
bens incorporados ao ativo imobilizado, adquiridos ou fabricados para locação a
terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na
prestação de serviços;
g) encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveis
próprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa, adquiridas a partir
de 1º.05.2004;
h) bens recebidos em devolução, cuja receita de venda tenha integrado faturamento
do mês ou de mês anterior, tributada pela modalidade não cumulativa;
i) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, nos casos das letras
"a" e "b", quando o ônus for suportado pelo vendedor;

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ESPECIE DEDUÇÕES

j) aquisição dos produtos sujeitos as alíquotas diferenciadas de que trata o § 1º do art.


2º da Lei nº 10.833/2003 por pessoas jurídicas produtoras ou fabricantes desses
produtos de outra pessoa jurídica importadora, produtora ou fabricante, para revenda
no mercado interno ou para exportação (Lei nº 11.727/2008 , art. 24):
 o crédito será o valor das contribuições devidos pelo vendedor em decorrência
dessa operação
 a vedação ao crédito prevista na alínea "b" do inciso I do art. 3º das Lei nº.
10.637/2002, Lei nº 10.833/2003, não se aplica nessa hipótese;
k) vale-transporte, vale-refeição ou vale-alimentação, fardamento ou uniforme fornecidos
aos empregados por pessoa jurídica que explore as atividades de prestação de
serviços de limpeza, conservação e manutenção (Lei nº 11.898/2009 , art. 24)
l) encargos de depreciação e amortização dos bens incorporados ao ativo intangível,
adquiridos para utilização na produção de bens destinados a venda ou na prestação
de serviços (vigência a partir de 1º.01.2015, ou a partir de 1º.01.2014, no caso de
optantes da Lei nº 12.973/2014 , arts. 54 , 55 e 119).

Exportação - ESPECIE DEDUÇÕES

A pessoa jurídica vendedora de mercadorias, poderá aproveitar créditos apurados em


relação a custos, despesas e encargos vinculados à receita de exportação,
observado os critérios de apuração do crédito.
O direito de utilizar o crédito não beneficia a empresa comercial exportadora que
tenha adquirido mercadoria com o fim específico de exportação. É vedada, nesta
hipótese, a apuração de créditos vinculados à receita de exportação.
Lembra-se que o método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito
deverá ser aplicado consistentemente em todo o ano-calendário.

Nota:
1) O crédito será utilizado para dedução do valor das contribuições a recolher, decorrente das demais
operações no mercado interno ou compensado com débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos
a tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB).
2) A pessoa jurídica que, até o final de cada trimestre do ano civil, não conseguir utilizar o crédito por
qualquer das formas do item 1 desta nota, poderá solicitar o seu ressarcimento em dinheiro.

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Nota:

Não gera direito ao crédito o valor da mão-de-obra paga a pessoa física, empregado ou não;
O IPI incidente na aquisição, quando recuperável, não integra o custo dos bens;
O ICMS integra o custo dos bens e das mercadorias, exceto quando cobrado pelo vendedor
na condição de substituto tributário; e
Integram o custo de aquisição dos bens e das mercadorias o seguro e o frete pagos na
aquisição, quando suportados pelo comprador.
A partir de 1º.01.2015 ou a contar de 1º.01.2014, nos cálculos dos créditos, poderão ser
considerados os valores decorrentes do ajuste a valor presente.

Exemplo:

Considerando que uma pessoa jurídica optante pelo Lucro Real, sujeita ao regime não cumulativo e com
atividade de comércio atacadista fez uma aquisição de mercadorias para revenda no valor de R$
15.000,00, nesta nota fiscal ainda teve destaque de IPI no valor de R$ 3.000,00, frete e Seguro por conta
do adquirente no valor de R$ 1.500,00 e R$ 500,00 respectivamente. Neste caso em específico a base de
cálculo para a determinação dos créditos das contribuições do PIS e COFINS será:

Valor dos Produtos: .............................................R$ 15.000,00


Valor do IPI: .........................................................R$ 3.000,00
Valor do Frete: ................................................... R$ 1.500,00
Valor do Seguro: ..................................................R$ 500.00

Base de Cálculo é igual:


COFINS: R$ 20.000,00(15.000+3.000+1.500+500) x 7,6% = R$ 1.520,00
PIS: R$ 20.000,00(15.000+3.000+1.500+500) x 1,65% = R$ 330,00

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Subcontratação com Transportador Autônomo

Uma transportadora rodoviária de cargas (optante pelo lucro real) subcontrata dentro de determinado mês, por R$
20.000,00 serviços de transportadores autônomos.
Serviços subcontratados R$ 20.000,00
Crédito Presumido (1,23% sobre R$ 20.000,00) R$ 246,00
Crédito Presumido (5,7% sobre R$ 20.000,00) R$ 1.140,00

Subcontratação com Transportadora Optante pelo SIMPLES NACIONAL

Uma transportadora rodoviária de cargas (optante pelo lucro real) subcontrata dentro de determinado mês, por R$
20.000,00 serviços de transportadoras optantes pelo SIMPLES NACIONAL.

Serviços subcontratados R$ 20.000,00


Crédito – Alíquotas básicas (1,65% sobre R$ 20.000,00) R$ 330,00
Crédito – Alíquotas básicas (7,6% sobre R$ 20.000,00) R$ 1.520,00

Não gera direito a crédito

O crédito não pode ser aproveitado em relação à:


a) mão de obra paga a pessoa física;
b) aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no
caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos
ou serviços sujeitos à alíquota zero, isentos ou não alcançados pela contribuição;
c) sobre os gastos com desembaraço aduaneiro na importação de mercadorias.

Direito ao crédito - Abrangência

O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação:


a) aos bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País;
b) aos custos e despesas incorridos, pagos ou creditados à pessoa jurídica domiciliada no
País;
c) aos bens e serviços adquiridos e aos custos e despesas incorridos a partir de 1º.12.2002
para o PIS-Pasep e de 1º.02.2004 para a COFINS.

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Determinação do crédito
O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 7,6% para a COFINS e de 1,65% para
o PIS-Pasep sobre o valor:
a) dos itens mencionados nas letras "a" e "b“ no tópico espécie de créditos, ADQUIRIDOS no mês;
b) dos itens mencionados nas letras "c" a "e" e "i" no tópico espécie de créditos, INCORRIDOS no
mês;
c) dos encargos de depreciação e amortização dos bens mencionados nas letras "f" e "g" no tópico
espécie de créditos, INCORRIDOS no mês;
d) dos bens mencionados na letra "h" no tópico espécie de créditos, DEVOLVIDOS no mês.

Opcionalmente, a pessoa jurídica pode calcular o crédito relativo à aquisição de máquinas e


equipamentos destinados ao Ativo Imobilizado, no prazo de 4 anos, mediante a aplicação, a cada mês,
das alíquotas das contribuições sobre o valor correspondente a 1/48 do valor de aquisição do bem.
Essa faculdade não se aplica, todavia, aos veículos automotores incorporados ao ativo imobilizado da
pessoa jurídica e utilizados para locação a terceiros, para produção de bens destinados à venda ou
para prestação de serviços, admitindo-se tão somente a apuração de créditos da contribuição para o
PIS-Pasep e da COFINS com base no encargo mensal de depreciação, nos termos art. 3º , VI, c/c § 1º,
III, da Lei nº 10.833/2003 (Lei nº 10.833/2003 , art. 3º , § 14º, com a redação dada pela Lei nº
10.865/2004 , art. 21 ; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 4/2015 ). A

Manutenção do crédito

As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não incidência da


contribuição para o PIS-Pasep e da COFINS não impedem a manutenção, pelo
vendedor, dos créditos vinculados a essas operações.

Dedução de crédito presumido - Hipóteses


Produtores de
Cofins/PIS-Pasep - Suspensão - Venda de produtos agropecuários e respectivos
mercadorias de origem
créditos presumidos
animal ou vegetal
Cofins/PIS-Pasep - Suspensão e Alíquota zero - Venda de animais vivos da espécie
Carnes
bovina e de carnes

Cofins/PIS-Pasep - Suspensão e Alíquota zero - Venda de insumos de origem


Suínos e aviculários
vegetal, preparações e animais vivos para produtores de suínos e aves

Medicamentos Cofins/PIS-Pasep - Medicamentos e perfumaria - Alíquotas diferenciadas

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Dedução de crédito presumido - Hipóteses

Cofins/PIS-Pasep - Tributação de Bebidas Frias - Regras aplicáveis desde de


Bebidas
1º.05.2015

Café Cofins/PIS-Pasep - Alíquota zero - Venda de café

Biodiesel Cofins/PIS-Pasep - Biodiesel


Cofins/PIS-Pasep - Suspensão na venda e crédito presumido na aquisição de
Laranjas
laranjas para utilização na fabricação de sucos
Cofins/PIS-Pasep - Suspensão e crédito presumido - Vendas de soja, óleo de soja,
Soja
margarina e biodiesel
Contratação de
transportador
art. 3º , § 11, da Lei nº 10.833/2003
autônomo por pessoa
jurídica transportadora

Estoque de abertura Lei nº 10.833/2003 , art. 12 ; Lei nº 10.637/2002 , art. 11

Custo orçado (atividade


art. 4º da Lei nº 10.833/2003
imobiliária)

BONIFICAÇÃO
O recebimento de mercadorias como bonificações de forma isolada, desvinculada da operação de
compra, acaba por influenciar a receita da empresa que a recebe, sugerindo assim, um acréscimo à base
de cálculo das contribuições.

Pode ocorrer que por ocasião da compra de mercadorias para revenda, o adquirente seja beneficiado por
uma bonificação recebida em produtos. Tal bonificação se refere, normalmente, a um acréscimo no
número de produtos recebidos, ou seja, a "dúzia de treze".

Nesse caso, considerando que a bonificação recebida está vinculada a uma compra efetiva, e
considerando ainda, que na contabilização dessas mercadorias adquiridas o procedimento será o de
redução de custo unitário (ou seja, pelo preço de 12, será dado entrada em 13 produtos), para a tomada
de créditos de PIS/PASEP e COFINS, o procedimento será o normal: do valor dos produtos, há o
direito ao crédito normalmente, já com a redução unitária de cada produto. Assim, o valor do crédito
não se alterará.

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16. PRESCRIÇÃO DOS CRÉDITOS


Muito se discutiu sobre a existência ou não de prazo para a utilização dos créditos decorrentes da não
cumulatividade das contribuições sociais. Para sanar a dúvida, alguns contribuintes ingressaram com
consultas formais perante a Receita Federal do Brasil para verificar o posicionamento da
administração tributária em relação ao assunto e, as decisões exaradas pelas Regiões Fiscais eram
divergentes.
Nesse sentido, por meio da Solução de Divergência nº 21/2011, a administração pública se posicionou
no sentido de que os direitos creditórios referidos no art. 3º da Lei nº 10.637/2002, e no art. 3º da Lei
nº 10.833/2003, estão sujeitos ao prazo prescricional previsto no art. 1º do Decreto nº 20.910, de 06 de
janeiro de 1932 (prazo quinquenal).
Conforme dispôs o Coordenador-Geral, os fatos geradores dos direitos creditórios decorrentes da não
cumulatividade das contribuições sociais, têm natureza complexiva e aperfeiçoam-se no último dia do
mês da apuração e, por esse motivo, o termo de início para contagem do prazo prescricional relativo a
estes direitos creditórios é o primeiro dia do mês subsequente ao de sua apuração.

18. PRAZO PARA PAGAMENTO

O art. 18 da MP nº 2.158-35/2001 prevê que o pagamento da contribuição incidente sobre a


folha de salários deverá ser efetuado até o 25º dia do mês subsequente ao mês de ocorrência
dos fatos geradores.
Caso este dia coincida com um dia não útil (sábado, domingo ou feriado), o recolhimento
deverá ser antecipado para o primeiro dia útil imediatamente anterior.

19. CÓDIGOS PARA RECOLHIMENTO DO DARF

CONTRIBUIÇÕES CÓDIGO
 PIS/PASEP 6912

 COFINS 5856

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Benefícios Fiscais:
Todos os produtos e operações sujeitos a benefícios fiscais podem ser verificados
pelas tabelas listadas a seguir no site do SPED cujo link está abaixo:

 Alíquota Zero – Tabela 4.3.13


 Isenção – Tabela 4.3.14
 Operações com suspensão – Tabela 4.3.16
 Não Incidência – Tabela 4.3.15

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/tabela-
codigos/tabelas-de-codigos_PIS_Pasep_Cofins.htm

Venda de Livros:
• Ficam reduzidas a zero as alíquotas da COFINS e da contribuição para o PIS-
Pasep incidentes sobre a receita bruta decorrente da venda no mercado interno
de livros.
• Considera-se como livro a publicação de textos escritos em fichas ou folhas,
não periódica, grampeada, colada ou costurada, em volume cartonado,
encadernado ou em brochura, em capas avulsas, em qualquer formato e
acabamento.

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Defensivos agropecuários
É reduzida a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o
Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes na importação e sobre a receita bruta de
venda no mercado interno sobre os seguintes insumos agrícolas:
• adubos ou fertilizantes classificados no Capítulo 31, exceto os produtos de uso veterinário, da
TIPI, e suas matérias-primas;
• defensivos agropecuários classificados na posição 38.08 da TIPI e suas matérias-primas;
• sementes e mudas destinadas à semeadura e plantio, em conformidade com o disposto na Lei nº
10.711, de 5 de agosto de 2003, e produtos de natureza biológica utilizados em sua produção;
• corretivo de solo de origem mineral classificado no Capítulo 25 da TIPI;
• inoculantes agrícolas produzidos a partir de bactérias fixadoras de nitrogênio, classificados no
código 3002.90.99 da TIPI; e
• vacinas para medicina veterinária.

Pintos de 1 (um) dia


• ficam reduzidas a 0 (zero) as alíquotas da contribuição para o PIS/PASEP e da
Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS incidentes
na importação e sobre a receita bruta de venda no mercado interno de pintos de
1 (um) dia classificados no código 0105.11 da TIPI.

Conforme pesquisa no site portal veterinário, o processo de produção de “pinto de um dia” começa
a partir do momento em que as matrizes botam os ovos que serão incubados em uma máquina
especifica de incubação de ovos, estes embriões ficam incubados até o momento de sua eclosão,
dando-se origem ao “pinto de um dia”, este são mantidos em um galpão numa temperatura
aproximada de 32ºC com cortinas levantadas para que o calor não saia até a chegada de seu
comprador. Este produto é definido pela NCM 0105.11.

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Farinha de trigo
• Massas e farinhas de trigo tem alíquota de PIS e COFINS reduzida a zero em
definitivo
• Massas alimentícias classificadas na posição 19.02 da Tipi;
• Farinha de trigo classificada no código 1101.0010 da TIPI;
• Trigo classificado na posição 10.01 da Tipi;
• Pré – misturas próprias para fabricação de pão comum e pão classificados.

Não Incidência
Há na legislação, de forma esparsa, diversas receitas não sujeitas à incidência das
contribuições.

CÓDIGO DE SITUAÇÃO TRIBUTÁRIA

Nas operações com Suspensão das contribuições para o PIS/PASEP e COFINS o contribuinte
deverá levar na apuração junto ao EFD-Contribuições o código CST 08 saídas e 74
entradas.

TABELA DE SEM INCIDÊNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES

Para facilitar a localização dos produtos e serviços beneficiados, elaboramos a seguinte


Tabela:

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Descrição do Produto Legislação


QUEROSENE DE AVIAÇÃO
Art. 2º da Lei nº 10.560, de
Venda de querosene de aviação por pessoa jurídica não enquadrada na condição de 2002
importadora ou produtora

Art. 3º da Lei nº 10.560, de


Venda de querosene de aviação por produtora ou importadora a distribuidora, 2002
quando o produto for destinado ao consumo por aeronave em tráfego internacional

BIODIESEL
Vendas de biodiesel por pessoas não enquadradas como produtor ou importador Art. 3º da Lei nº 11.116, de
2005
ITAIPU BINACIONAL
Art. 43 do Decreto nº 4.524,
Vendas de materiais e equipamentos, bem assim da prestação de serviços decorrentes
de 2002
dessas operações, efetuadas diretamente a Itaipu Binacional

EXPORTAÇÃO

Art. 6º da Lei nº 10.833, de


2003 e art. 5º da Lei 10.637,
Exportação de mercadorias para o exterior
de 2002

Art. 6º da Lei nº 10.833, de


Serviços prestados a pessoas físicas ou jurídicas residentes ou domiciliadas no 2003 e art. 5º da Lei 10.637,
exterior, cujo pagamento represente ingresso de divisas de 2002

Art. 6º da Lei nº 10.833, de


Vendas, com o fim específico de exportação, a empresa comercial exportadora
2003 e art. 5º da Lei 10.637,
constituída nos termos do Decreto-Lei nº 1.248, de 29 de novembro de 1972, ou
de 2002
simplesmente registrada na Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

DEMAIS RECEITAS SEM INCIDÊNCIA


Art. 3º da Lei nº 9.718, de
Regime Cumulativo - Demais receitas não classificadas como faturamento.
1998

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REVENDA COM ALÍQUOTA 0 (ZERO) DAS CONTRIBUIÇÕES

Fica vedado à pessoa jurídica descontar os créditos da Contribuição para o PIS/PASEP e da


COFINS de que tratam o inciso I do art. 3o da Lei no 10.637, de 30 de dezembro de 2002, e o
inciso I do art. 3o da Lei no 10.833, de 29 de dezembro de 2003, em relação aos produtos de
que trata o art. 14 desta Lei revendidos com a aplicação da redução de alíquotas a 0 (zero)

1.2. LISTA DOS PRODUTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA –


ALÍQUOTAS DIFERENCIADAS

Tabela 4.3.10 – Produtos Sujeitos a Incidência Monofásica da Contribuição Social –


Alíquotas Diferenciadas (CST 02 e 04) – Atualizada em 31/01/2017:

Obs.: As tabelas da EFD-Contribuições foram construídas com base na legislação vigente do


PIS e da COFINS. Dessa forma, em diversos casos a legislação não atribui a um código NCM
específico o tratamento tributário, assim são listados somente os códigos que se amoldam ao
texto legal. Ou seja, a ausência de determinado código da NCM nas tabelas da EFD-
Contribuições não significa que aquele código não possa receber o tratamento tributário de
determinada tabela da EFD-Contribuições.

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REVENDA DE PRODUTOS SUJEITOS À TRIBUTAÇÃO MONOFÁSICA.


No caso de comercialização dos produtos relacionados nesta tabela com o CST 04 (Operação
Tributável Monofásica - Revenda a Alíquota Zero), deve ser considerada a alíquota zero,
quando a pessoa jurídica não se enquadrar na condição de fabricante, industrial, importador
ou a estes equiparados.

Alíquotas Alíquotas
Descrição do Produto NCM PIS COFINS
% %
REVENDA PRODUTO MONOFÁSICO

Revenda de combustíveis – Alíquota zero 0,00 0,00

Revenda de fármacos e perfumarias – Alíquota zero 0,00 0,00

Revenda de veículos, maquinas e autopeças – Alíquota zero 0,00 0,00

Revenda de bebidas frias – Alíquota zero 0,00 0,00

Substituição Tributária/Incidência Monofásica


Todos os produtos sujeitos a substituição tributária e a incidência monofásica do PIS e da COFINS
estão listados nas tabelas citadas a seguir podendo ser verificados no site do SPED no link abaixo:

 Incidência Monofásica – Alíquotas Diferenciadas – Tabela 4.3.10


 Incidência Monofásica – Alíquotas por Unidade de Medida de Produto – Tabela 4.3.11
 Produtos sujeitos a Substituição Tributária - Tabela 4.3.12

Obs.: A revenda dos produtos sujeitos a substituição tributária e a incidência monofásica do PIS e da
COFINS é tributada a alíquota zero (0%), observado regras especificas quanto as bebidas frias.

http://www1.receita.fazenda.gov.br/sistemas/efd-contribuicoes/tabela-codigos/tabelas-de-
codigos_PIS_Pasep_Cofins.htm

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Operações Sujeitas a Substituição Tributária do PIS e


COFINS

• Operações com cigarros e cigarrilhas;

• Operações com motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos


equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais;

Operações com motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos


equipados com motor auxiliar, mesmo com carro lateral; carros laterais.

• Os fabricantes e os importadores de motocicletas, são responsáveis, na


condição de substitutos, pelo recolhimento das contribuições devidas pelos
comerciantes varejistas, inclusive nas operações efetuadas ao amparo do
Convênio ICMS n º 51, de 15 de setembro de 2000.

O Convênio ICMS nº 51/2000 dispõe sobre as operações


com veículos automotores novos, efetuadas por meio de
faturamento direto para o consumidor.

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substituição tributária:

• não exime o fabricante ou importador da obrigação do pagamento das


contribuições na condição de contribuinte; e

• não se aplica às vendas efetuadas a comerciantes atacadistas de veículos,


hipótese em que as contribuições são devidas em cada uma das sucessivas
operações de venda do produto.

Produtos abrangidos:
Códigos Produtos
Motocicletas (incluídos os ciclomotores) e outros ciclos equipados com motor auxiliar,
8711
mesmo com carro lateral; carros laterais
8711.10.00 Com motor de pistão alternativo de cilindrada não superior a 50cm3
Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 50cm3 mas não superior a
8711.20
250cm3
8711.20.10 Motocicletas de cilindrada inferior ou igual a 125cm3
8711.20.20 Motocicleta de cilindrada superior a 125cm3
8711.20.90 Outros
Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 250cm3 mas não superior a
8711.30.00
500cm3
Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 500cm3 mas não superior a
8711.40.00
800cm3
8711.50.00 Com motor de pistão alternativo de cilindrada superior a 800cm3
8711.90.00 Outros

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Operações com cigarros e cigarrilhas:


São substitutos dos comerciantes varejistas:

• Os fabricantes;
• Os importadores; e
• Os comerciantes atacadistas.

Nesta situação o PIS e a COFINS serão calculados sobre o preço fixado para
venda do produto no varejo, multiplicado por coeficientes.

O fabricante e o importador de cigarros e cigarrilhas deve computar como


base de cálculo a receita auferida da Contribuição para o PIS/PASEP e da
COFINS por eles devida como contribuintes e substitutos dos comerciantes
atacadista e varejista, que corresponderá ao resultado da multiplicação:

• do número de unidades vendidas, deduzido das unidades relativas às


vendas canceladas e às devoluções de vendas;

• pelo preço previsto para venda do produto no varejo; e


• por 3,42 (PIS/PASEP) e 2,9169% (COFINS).

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Exemplo Prático:
DESCRIÇÃO DO CÁLCULO: PIS COFINS

1. Preço fixado para venda do produto no varejo 1,31 1,31

2. Unidades vendidas 2.000 2.000

3. Fator de Multiplicação 3,42 2,9169

4. Base de Cálculo da Substituição (1 x 2 x 3) 8.960,40 7.642,28

5. Valor da Substituição Tributária (4 x alíquota) 58,24 229,27

Alíquotas:
Alíquotas PIS Alíquota
Código Descrição do Produto NCM
% COFINS %
100 CIGARROS E CIGARRILHAS

Cigarros, de fumo (tabaco) ou dos


101 24.02 0,65 3,0
seus sucedâneos

102 Cigarrilhas 2402.10.00 0,65 3,0


200 MOTOCICLETAS
201 Motocicletas (incluídos os 87.11 0,65 3,0
ciclomotores) e outros ciclos
equipados com motor auxiliar, mesmo
com carro lateral; carros laterais

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PIS SOBRE A FOLHA DE PAGAMENTOS

Fato Gerador do PIS e COFINS no Regime Cumulativo

PIS/PASEP SOBRE FOLHA DE PAGAMENTO:

A contribuição para o PIS/PASEP será determinada com base na folha de salários à alíquota de
um 1% pelas seguintes entidades:

I - templos de qualquer culto;


II - partidos políticos;
III - instituições de educação e de assistência social;
IV - instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural, científico e as associações;
V - sindicatos, federações e confederações;
VI - serviços sociais autônomos, criados ou autorizados por lei;
VII - conselhos de fiscalização de profissões regulamentadas;
VIII - fundações de direito privado e fundações públicas instituídas ou mantidas pelo Poder Público;
IX - condomínios de proprietários de imóveis residenciais ou comerciais; e
X - a Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB e as Organizações Estaduais de Cooperativas.

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Não integra a base de cálculo:


• o salário-família;
• o aviso prévio indenizado;
• o FGTS pago diretamente ao empregado na rescisão contratual;
• a indenização por dispensa, desde que dentro dos limites legais.
A alíquota a ser aplicada sobre a base de cálculo é 1%.

Se não houver pagamentos


relativos a trabalho assalariado,
não haverá contribuição devida.

Exemplo:
Em março de 2014, a folha de salários de determinado templo religioso foi de
R$ 10.000,00. Neste caso, o PIS - Folha devido será de:

• R$ 10.000,00 x 1% = R$ 100
100,,00

Código do DARF: 8301 Prazo para pagamento: 25º dia


do mês subsequente

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Exemplo Prático:
• Determinado condomínio residencial apurou as seguintes verbas no
fechamento de sua folha de pagamento de novembro:

(A) Salários R$ 6.000,00


(B) Horas extras R$ 1.000,00
(C) Férias R$ 3.000,00
(D) Adicional noturno R$ 1.000,00
(E) 1a Parcela do 13o salário pago R$ 5.000,00
(F) Salário-família R$ 200,00
CALCULO DO PIS DEVIDO
Base de Cálculo (A + B + C + D + E) R$ 16.000,00
PIS Devido (16.000,00 x 1%) R$ 160,00

Capitulo 3 – IRPJ e CSLL


1- Lucro Presumido 2- Lucro Real
1.1 Opção 2.1 Tipos de apuração (Trimestral
ou Anual)
1.2 Apuração do Lucro Presumido
2.2 Estimativa sobre a Receita
1.3 Percentuais de presunção Bruta
1.6 Redução do percentual 2.3 Balancete de Redução e
1.7 Ganho de capital Suspensão
1.8 Regime de Caixa e 2.4 Ajuste Anual
Competência 2.5 Adições, Exclusões e
1.9 Mudança do Lucro Real para Compensações
Lucro Presumido e Vice-Versa
1.10 Cálculo do Imposto
1.11 Adicional

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1- Lucro Presumido
O regime de tributação com base no Lucro Presumido implica na apuração do
imposto com base em uma presunção de lucratividade, não sendo adotado o lucro
efetivamente apurado pela empresa. Salienta-se que a adoção da presunção da
lucratividade anteriormente citada implica em faculdade outorgada ao contribuinte e
não uma obrigatoriedade.

1.1 Opção
As pessoas jurídicas não enquadradas nas obrigatoriedades de enquadramento com
base no Lucro Real, cuja receita total no ano-calendário anterior tenha sido igual ou
inferior a R$ 78.000.000,00; ou, a R$ 6.500.000,00 multiplicado pelo número de
meses de atividade no ano-calendário anterior, quando inferior a 12 meses, poderão
optar pelo regime de tributação com base no Lucro Presumido.

A adesão será manifestada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto


devido correspondente ao primeiro período de apuração de cada ano-calendário.
Quando iniciado atividade a partir do segundo trimestre a manifestação da opção
também será realizada com o pagamento da primeira ou única quota do imposto
devido relativa ao período de apuração do início de atividade.

1.2 Apuração do Lucro Presumido


O Lucro Presumido é determinado mediante a aplicação, sobre a receita bruta de
vendas de mercadorias e/ou prestação de serviços, percebida em cada trimestre civil,
de determinados percentuais, fixados em função da atividade da pessoa jurídica, com
adição de valores de algumas operações.
Para determinação o Lucro Presumido será o montante da soma das seguintes
parcelas:

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a) o valor resultante da aplicação dos percentuais que variam entre 1,6%, 8%, 16% e 32%
conforme previsto nos artigos 33 e 34° da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, aplicado
sobre a receita bruta, para cada atividade e em cada período de apuração trimestral, com
dedução das devoluções e vendas canceladas e dos descontos incondicionais concedidos;
b) os ganhos de capital, demais receitas e resultados positivos decorrentes de receitas não
abrangidas pelo item “a” acima, auferidos no mesmo período;
c) os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras de renda fixa e renda
variável;
d) os juros sobre o capital próprio auferidos;
e) os valores recuperados, correspondentes a custos e despesas, inclusive com perdas no
recebimento de créditos, com exceção se comprovar não os ter deduzido em período anterior
no qual tenha se submetido ao regime de tributação Lucro Real ou que se refiram a período
no qual tenha se submetido ao regime de tributação com base no Lucro Presumido ou
Arbitrado;

f) o valor resultante da aplicação dos percentuais de presunção, letra “a” sobre a


parcela das receitas auferidas em cada atividade no período de apuração.
Nas exportações às pessoas vinculadas ou aos países com tributação favorecida
que exceder ao valor já apropriado na escrituração da empresa com disposições
da Instrução Normativa RFB n° 1.312, de 28 de dezembro de 2012 para as
pessoas vinculadas.
g) a diferença de receita financeira para os contratos firmados até 31.12.2012
calculada conforme previsto no artigo 58 da Instrução Normativa RFB n°
1.312/2012;
h) as multas ou qualquer outra vantagem paga ou creditada por pessoa jurídica,
mesmo a sendo a título de indenização, em virtude de rescisão de contrato.

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Percentuais de presunção
Os seguintes percentuais serão aplicados sobre a Receita Bruta Trimestral:
Presunção
IRPJ CSL
Descrição da Atividade L
Receita anual até R$
(%) (%)
120.000,00
Revenda para consumo, de combustível derivado de petróleo, álcool 1,6
- 12%
etílico carburante e gás natural %
Prestação de serviços hospitalares e de auxílio diagnóstico e terapia,
fisioterapia e terapia ocupacional, fonoaudiologia, patologia clínica,
imagenologia, radiologia, anatomia patológica e citopatologia, medicina
nuclear e análises e patologias clínicas, exames por métodos gráficos,
8% - 12%
procedimentos endoscópicos, radioterapia, quimioterapia, diálise e
oxigenoterapia hiperbárica, desde que a prestadora desses serviços
seja organizada sob a forma de sociedade empresária e atenda às
normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)*
Prestação de serviços de transporte de carga 8% - 12%

Presunção
IRPJ CSLL
Descrição da Atividade
Receita anual
(%) até R$ (%)
120.000,00
Atividade de construção por empreitada com emprego de todos os
materiais indispensáveis à sua execução, sendo tais materiais 8% - 12%
incorporados à obra
Prestação de serviços de transporte, exceto o transporte de cargas 16% - 32%
Atividades desenvolvidas por bancos comerciais, bancos de
investimentos, bancos de desenvolvimento, agências de fomento, caixas
econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento,
sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos,
16% - 32%
valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores
mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de
crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de
previdência privada aberta
Prestação de serviços relativos ao exercício de profissão legalmente
32% - 32%
regulamentada
Intermediação de negócios 32% 16% 32%

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Presunção
IRPJ CSLL
Descrição da Atividade
Receita anual até R$
(%) (%)
120.000,00
Atividades imobiliárias relativas a desmembramento ou loteamento
de terrenos, incorporação imobiliária, construção de prédios
8% - 12%
destinados à venda e a venda de imóveis construídos ou adquiridos
para revenda;
Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e
32% 16% 32%
direitos de qualquer natureza
Construção por administração ou por empreitada unicamente
32% 16% 32%
de mão de obra ou com emprego parcial de materiais
Construção, recuperação, reforma, ampliação ou melhoramento de
infraestrutura, no caso de contratos de concessão de serviços
32% - 32%
públicos, independentemente do emprego parcial ou total de
materiais
Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria
creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de riscos,
administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos 32% 16% 32%
creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de
prestação de serviços (factoring)

Presunção
IRPJ CSL
Descrição da Atividade L
Receita anual até R$
(%) (%)
120.000,00

Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local


32% 16% 32%
de descarte

Prestação de qualquer outra espécie de serviço não


32% 16% 32%
mencionada anteriormente

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Redução do percentual
As pessoas jurídicas exclusivamente prestadoras de serviços em geral:

• Intermediação de negócios;
• Administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer natureza;
• Construção por administração ou por empreitada unicamente de mão de obra ou com emprego parcial de materiais;
• Prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção de
riscos, administração de contas a pagar e a receber, compra de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a
prazo ou de prestação de serviços (factoring);
• Coleta e transporte de resíduos até aterros sanitários ou local de descarte;
• Prestação de qualquer outra espécie de serviço não mencionada anteriormente.

Cuja receita bruta anual seja de até R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), poderão utilizar, na
determinação da parcela da base de cálculo do IRPJ, o percentual de 16% (dezesseis por cento).
A pessoa jurídica que houver utilizado o percentual de 16% (dezesseis por cento) para o
pagamento mensal do IRPJ, cuja receita bruta acumulada até determinado mês do ano-
calendário exceder o limite de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais), ficará sujeita ao
pagamento da diferença do imposto postergado, apurada em relação a cada mês transcorrido.

Para efeitos do disposto acima a diferença deverá ser paga até o último dia útil do mês
subsequente àquele em que ocorrer o excesso.
Quando paga até o prazo previsto acima a diferença apurada será recolhida sem acréscimos.

A Solução de Consulta Cosit nº 200/2015 esclareceu que para fins de determinação do lucro
presumido, deve ser aplicado o percentual de 32% sobre a receita bruta, auferida no período de
apuração, decorrente da prestação de serviços de representação comercial autônoma.

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Ganho de capital
O ganho de capital nas alienações de ativos não circulantes corresponderá à diferença positiva
entre o valor da alienação e o respectivo valor contábil, podendo ser considerados no valor
contábil, e na proporção deste, os respectivos valores decorrentes dos efeitos do ajuste a valor
presente das obrigações, os encargos e os riscos classificados no passivo não circulante de que
trata o inciso III do artigo 184 da Lei n° 6.404/1976.
Para obtenção da parcela a ser considerada no valor contábil do ativo conforme mencionado no
inciso III do artigo 184 da Lei n° 6.404/1976, terá que calcular inicialmente o quociente entre:
a) o valor contábil do ativo na data da alienação, e
b) o valor do mesmo ativo sem considerar eventuais realizações anteriores, inclusive mediante
depreciação, amortização ou exaustão, e a perda estimada por redução ao valor recuperável.

Quando a pessoa jurídica relacionada na neutralidade tributária citada conforme § 14º do artigo
215 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017 será considerado valor contábil a diferença entre
o valor do ativo na contabilidade societária e o valor do ativo mensurado de acordo com os
métodos e critérios contábeis vigentes em 31.12.2007 verificado a data da adoção.
Quando de montantes de reavaliação somente poderão ser computados como parte integrante
dos custos de aquisição se a empresa comprovar que os valores acrescidos foram computados
na determinação da base de cálculo do imposto sobre a renda.
Para intangível os custos incorridos na sua obtenção, deduzido da correspondente amortização,
confrontado com a alienação resultará no ganho de capital.
Para determinar o imposto devido, os valores de que tratam o item 3, letras “f” e “g” serão
apurados anualmente e acrescidos à base de cálculo do último trimestre do ano-calendário.

EXEMPLO DE CÁLCULO

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Empresa Beta faturou no trimestre: R$ 400.000,00


Prestação de Serviços: percentual de presunção de 32%
Venda de um veículo: R$ 50.000,00
Custo de aquisição: R$ 30.000,00
Depreciação Acumulada: R$ 10.200,00
O valor contábil do bem corresponde a diferença entre o custo de aquisição
diminuído os encargos da depreciação:
R$ 30.000,00 – R$ 10.200,00 = R$ 19.800,00
O Ganho de Capital será o valor da alienação menos o custo que aquisição
diminuído da depreciação, neste sentido, teremos:
R$ 50.000,00 – R$ 19.800,00 = R$ 30.200,00

Composição da Base de Cálculo do IRPJ

Faturamento do Trimestre: R$ 400.000,00 x 32% = Base Presumida de R$


128.000,00
(+) Ganho de Capital: R$ 30.200,00
(=) BC de R$ 158.200,00
IRPJ (15%) = R$ 23.730,00
Adicional de 10% (R$ 128.000,00 + R$ 30.200,00) – R$ 60.000,00 = R$
98.200,00
Adicional = R$ 98.200,00 x 10% = R$ 9.820,00
Total do IRPJ a Recolher = R$ 33.550,00

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Composição da Base de Cálculo da CSLL

Faturamento do Trimestre: R$ 400.000,00 x 32% = Base Presumida de R$


128.000,00
(+) Ganho de Capital: R$ 30.200,00
(=) BC de R$ 158.200,00
CSLL (9%) = R$ 14.238,00
Total da CSLL a Recolher = R$ 14.238,00

Regime de Caixa e Competência


O contribuinte optante pelo lucro presumido, poderá adotar o critério de reconhecimento das
receitas da atividade, nas vendas a prazo ou em parcelas, na medida dos recebimentos em cada
trimestre - regime de caixa.
A pessoa jurídica no regime do Lucro Presumido quando adotar o critério de reconhecimento de
suas receitas de venda de bens ou direitos ou de prestação de serviços com pagamento a prazo
ou em parcelas na medida do recebimento e mantiver a escrituração do livro caixa, deve:
a) emitir a nota fiscal quando da entrega do bem ou direito ou da conclusão do serviço;
b) indicar, no livro caixa, em registro individual, a nota fiscal a que corresponder cada
recebimento.
Quando atentado a legislação comercial mantendo a escrituração contábil deve controlar os
recebimentos de suas receitas em conta específica, indicando a nota fiscal a que corresponder o
recebimento.
O reconhecimento da receita em período posterior ao do recebimento sujeitará ao pagamento do
imposto com o acréscimo de juros de mora e de multa, de mora ou de ofício, conforme o caso,
calculados na forma da legislação vigente.

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Mudança do Lucro Real para Lucro Presumido e


Vice-Versa
MUDANÇA DO LUCRO REAL PARA LUCRO PRESUMIDO
A pessoa jurídica no regime Lucro Real no ano-calendário anterior deverá adicionar à
base de cálculo do imposto sobre a renda, correspondente ao primeiro período de
apuração no qual houver optado pela tributação com base no Lucro Presumido, os
saldos dos valores cuja tributação havia diferido, independentemente da necessidade de
controle na parte B do Lalur.
Aplica-se mesmo controlado por subcontas referente:
a) as diferenças na adoção inicial dos artigos 1°, 2°, 4° a 71 da Lei n° 12.973, de 13 de
maio de 2014.
b) a avaliação de ativos ou passivos com base no valor justo.

MUDANÇA DO LUCRO PRESUMIDO PARA LUCRO REAL


A pessoa jurídica tributada pelo Lucro Presumido que, em período de apuração
imediatamente posterior, passar a ser tributada pelo Lucro Real deverá observar em
relação a avaliação a valor justo, prevista no artigo 219 da Instrução Normativa RFB n°
1.700/2017.

1.10 Cálculo do Imposto


O imposto sobre a renda devido em cada trimestre será calculado mediante a aplicação
da alíquota de 15% sobre a base de cálculo.

1.11 Adicional
A parcela do Lucro Presumido que exceder o valor resultante da multiplicação de R$
20.000,00 pelo número de meses do respectivo período de apuração, sujeita-se à
incidência do adicional do imposto sobre a renda à alíquota de 10%.

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2- Lucro Real
Lucro Real é a regra geral para a apuração do Imposto de Renda (IRPJ) e da
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) da pessoa jurídica.
Ao mesmo tempo em que é o “regime geral” também é o mais complexo.
Neste regime, o imposto de renda é determinado a partir do lucro contábil, apurado pela
pessoa jurídica, acrescido de ajustes (positivos e negativos) requeridos pela legislação
fiscal, conforme esquema a seguir:
Lucro (Prejuízo) Contábil:
(+) Ajustes fiscais positivos (adições)
(-) Ajustes fiscais negativos (exclusões)
(=) Lucro Real ou Prejuízo Fiscal do período
Quando se trata do regime de Lucro Real pode haver, inclusive, situações de Prejuízo
Fiscal, hipótese em que não haverá imposto de imposto de renda a pagar.

2.1 Tipos de apuração (Trimestral ou Anual)


As pessoas jurídicas tributadas com base no lucro real (por opção ou por estarem
legalmente obrigadas a esse regime tributário) podem adotar uma das seguintes formas
de pagamento do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o
Lucro (CSLL):

Pagamento trimestral, mediante Pagamento mensal por estimativa e


apuração de lucro real trimestral apuração anual do lucro real (em 31
definitivo; ou de dezembro)
Na prática, a maioria das empresas opta pela estimativa (balanço anual), tendo em vista
vantagens de economia tributária e/ou de simplificação de procedimentos, e também pelo
fato de que a pessoa jurídica tem a faculdade de suspender ou reduzir o pagamento da
estimativa de acordo com os resultados que apurar em balanços ou balancetes levantados
especificamente para esse fim, sobre o assunto veja procedimento Balanço de suspensão
ou redução.
É importante sublinhar, ainda, que a adoção de uma das formas citadas (lucro real
trimestral ou pagamento por estimativa, com apuração anual) é irretratável para todo o
ano-calendário.

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2.2 Estimativa sobre a Receita Bruta


A base de cálculo do imposto é determinada pela aplicação de um percentual sobre a
receita bruta mensal. Esse percentual é fixado em função da atividade da empresa.
PERCENTUAIS DE ESTIMAÇÃO DE LUCRO
Serão aplicados os percentuais de presunção previstos nos artigos 33 e 34 da Instrução
Normativa nº 1700/2017, descritos detalhadamente nos slides 195,196, 197 e 198.
CONCEITO DE RECEITA BRUTA
A receita bruta compreende:
• o produto da venda de bens nas operações de conta própria;
• o preço da prestação de serviços em geral;
• o resultado auferido nas operações de conta alheia; e
• as receitas da atividade ou objeto principal da pessoa jurídica, não compreendidas nos
itens anteriores.

EXCLUSÕES DA RECEITA BRUTA

A receita líquida será a receita bruta diminuída de:


• devoluções e vendas canceladas;
• descontos concedidos incondicionalmente;
• tributos sobre ela incidentes; e
• valores decorrentes do ajuste a valor presente de que trata o inciso VIII do caput do art.
183 da Lei nº 6.404, de 1976, das operações vinculadas à receita bruta.
Na receita bruta não se incluem os tributos não cumulativos cobrados, destacadamente,
do comprador ou contratante pelo vendedor dos bens ou pelo prestador dos serviços na
condição de mero depositário.
Na receita bruta incluem-se os tributos sobre ela incidentes e os valores decorrentes do
ajuste a valor presente, de que trata o inciso VIII do caput do art. 183 da Lei nº 6.404, de
1976.

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Acréscimos às Bases de Cálculo


A base de cálculo do IRPJ e da CSLL, em cada mês, será determinada mediante a aplicação dos
percentuais de presunção (mencionados nos slides anteriores) sobre a receita bruta, auferida na
atividade, deduzida das devoluções, das vendas canceladas e dos descontos incondicionais
concedidos.
Exemplo – Dados Hipotéticos

Lucro Estimado
Receita Bruta de Serviço de TRANSPORTES Percentagem
(3) = (1) x (2)
 de cargas R$ 200.000,00 8% R$ 16.000,00
 De passageiros R$ 100.000,00 16% R$ 16.000,00
Total do Lucro Estimado - - R$ 32.000,00
Serão acrescidos às bases de cálculo do IRPJ e da CSLL, no mês em que forem auferidos, os
ganhos de capital, as demais receitas e os resultados positivos decorrentes de receitas não
compreendidas na receita bruta, inclusive:
 os ganhos de capital auferidos na alienação de participações societárias permanentes em
sociedades coligadas e controladas e de participações societárias que permaneceram no ativo da
pessoa jurídica até o término do ano-calendário seguinte ao de suas aquisições;

• os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em bolsas


de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de balcão organizado;
• a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da pessoa
jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
• os juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais relativos a
impostos e contribuições a serem restituídos ou compensados;
• os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre pessoas
jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
• as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos direitos de
crédito e das obrigações do contribuinte, em função de índices ou coeficientes
aplicáveis por disposição legal ou contratual;
• os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e direitos; e
• a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos recebidos
de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o valor em dinheiro
ou o valor dos bens e direitos entregues para a formação do referido
patrimônio.

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• os ganhos auferidos em operações de cobertura (hedge) realizadas em


bolsas de valores, de mercadorias e de futuros ou no mercado de
balcão organizado;
• a receita de locação de imóvel, quando não for este o objeto social da
pessoa jurídica, deduzida dos encargos necessários à sua percepção;
• os juros equivalentes à taxa referencial do Selic para títulos federais
relativos a impostos e contribuições a serem restituídos ou
compensados;
• os rendimentos auferidos nas operações de mútuo realizadas entre
pessoas jurídicas ou entre pessoa jurídica e pessoa física;
• as receitas financeiras decorrentes das variações monetárias dos
direitos de crédito e das obrigações do contribuinte, em função de
índices ou coeficientes aplicáveis por disposição legal ou contratual;
• os ganhos de capital auferidos na devolução de capital em bens e
direitos; e
• a diferença entre o valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos
recebidos de instituição isenta, a título de devolução de patrimônio, e o
valor em dinheiro ou o valor dos bens e direitos entregues para a
formação do referido patrimônio.

Exemplo de Cálculo Estimativa com Base na Receita


Bruta da Contribuição Social
Admita-se que uma empresa optante pelo pagamento mensal do Imposto de Renda por
estimativa em 20X1 no mês de janeiro deste ano:
a) auferiu receitas de vendas de mercadorias no valor total de R$ 2.300.000,00, sem
inclusão do IPI, líquidas de vendas canceladas ou devoluções de clientes e de
descontos incondicionais;
b) auferiu rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa de R$ 25.000,00;
c) obteve ganhos líquidos em operações financeiras de renda variável de R$
18.000,00;
d) alienou bens do Ativo Não Circulante (antigo Ativo Permanente), apurando ganho
de capital (lucro) de R$ 50.000,00;
e) não teve outros ganhos, receitas ou resultados que devam ser computados na base
de cálculo da CSLL.

Nessa hipótese, teremos:


1. base de cálculo da contribuição mensal:

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12% de R$ 2.300.000,00 R$ 276.000,00

Rendimentos de aplicações financeiras de renda fixa R$ 25.000,00

Ganhos líquidos de operações financeiras de renda variável R$ 18.000,00


Ganhos de capital na alienação de bens do Ativo Não
R$ 50.000,00
Circulante
Soma R$ 369.000,00

b) contribuição devida:

9% s/ R$ 369.000,00 = R$ 33.210,00

2.3 Balancete de Redução e Suspensão


As pessoas jurídicas que optaram pelo pagamento mensal do Imposto de Renda e Contribuição
Social por estimativa podem, mediante levantamento de balanços ou balancetes periódicos, com
observância dos procedimentos aqui focalizados:

Suspender o pagamento do imposto relativo Reduzir o valor do imposto a pagar ao


ao mês em que levantarem balanço ou montante correspondente à diferença
balancete quando o valor do imposto devido, positiva entre o imposto devido sobre o
inclusive o adicional, calculado com base no lucro real do ano-calendário em curso, até o
lucro real do ano-calendário em curso, até mês em que levantarem balanço ou
esse mês, for igual ou inferior à soma do balancete, e a soma dos impostos pagos,
imposto pago, correspondente aos meses correspondente aos meses anteriores do
anteriores do mesmo ano-calendário; mesmo ano-calendário.

Observe-se que, inclusive o pagamento do imposto mensal relativo ao mês de janeiro do ano-
calendário pode ser suspenso ou reduzido, com base em balanço ou balancete levantado nesse
mês, caso tenha sido apurado prejuízo fiscal ou o imposto calculado sobre o lucro real apurado
tenha sido inferior ao calculado por estimativa.

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Períodos de Referência
Os balanços ou balancetes levantados para fins de suspensão ou redução
do Imposto de Renda devem abranger o período de 1º de janeiro do ano-
calendário em curso (ou do dia de início de atividades, se dentro do ano
em curso) até o último dia do mês cujo imposto se pretende suspender ou
reduzir.
Isso significa que, por ocasião do levantamento de cada balanço ou
balancete, deve ser apurado o resultado acumulado do ano em curso, e
não apenas o resultado do mês cujo imposto se deseja suspender ou
reduzir.
Exemplificando:
• no balanço ou balancete de fevereiro: apura-se o resultado
acumulado de janeiro e fevereiro;
• no balanço ou balancete de março: apura-se o resultado acumulado
de janeiro a março, e assim sucessivamente.
É oportuno lembrar, também, que não há necessidade de levantamento de
balanço ou balancete em todos os meses do ano, mas somente naqueles
em que a empresa deseja se valer da faculdade de suspender ou reduzir
o pagamento do imposto mensal estimado.

Levantamento dos estoques - Dispensa da escrituração


do livro Registro de Inventário
Para fins de determinação do resultado, é necessário o levantamento dos
estoques existentes na data dos balanços ou balancetes que objetivem a
suspensão ou a redução do Imposto de Renda.
Entretanto, as empresas que mantiverem registro permanente de estoques,
integrado e coordenado com a contabilidade, somente ficam obrigadas a ajustar
os saldos contábeis, pelo confronto com a contagem física, por ocasião do
balanço anual, em 31 de dezembro, ou na data de encerramento do período de
apuração, nos casos de fusão, cisão, incorporação ou encerramento de
atividade.
Portanto, a existência de registro permanente de estoques, integrado e
coordenado com a contabilidade, dispensa o levantamento físico dos estoques
por ocasião dos balanços ou balancetes elaborados nos meses de janeiro a
novembro. Para esse fim, prevalecerá o valor dos estoques constante do
registro permanente.
Em qualquer caso, nos balanços ou balancetes de suspensão ou redução
levantados de janeiro a novembro, é dispensada a escrituração do Livro
Registro de Inventário.

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TRANSCRIÇÃO NO LIVRO DIÁRIO OU NO LALUR

Os balanços ou balancetes levantados para fins de suspensão ou


redução do Imposto de Renda deverão ser transcritos no livro Diário ou
no Livro de Apuração do Lucro Real (Lalur), até a data fixada para o
pagamento do imposto do respectivo mês, ou seja, até o último dia útil do
mês seguinte àquele a que se referir o imposto suspenso ou reduzido.

A transcrição no livro Diário será dispensada no


caso de o contribuinte ter apresentado a
Escrituração Contábil Digital (ECD), nos termos
da Instrução Normativa RFB nº 1.420/2013.

Desconsideração do Balanço ou Balancete por Falta de


Escrituração do Livro Diário e do Lalur

A não escrituração do Livro Diário (inclusive com a transcrição do balanço


ou balancete levantado para efeito de suspensão ou redução de
pagamentos mensais do Imposto de Renda e da Contribuição Social
sobre o Lucro) e do Lalur (com os ajustes ao lucro líquido e a
demonstração do lucro real do período em curso) até a data fixada para o
pagamento do imposto do respectivo mês (até o último dia útil do mês
seguinte), quando detectada pelo Fisco, implicará a desconsideração do
balanço ou balancete levantado e o lançamento e a cobrança dos valores
indevidamente suspensos ou reduzidos, com os acréscimos legais e as
penalidades previstas na legislação vigente.

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Registros no Lalur
A demonstração do lucro real relativa ao período abrangido pelos balanços ou
balancetes deverá ser transcrita no Lalur , observando-se que:
a) a cada balanço ou balancete levantado, deverá ser determinado um novo
lucro real para o período em curso, desconsiderando as apurações em
meses anteriores do mesmo ano-calendário;
b) as adições, as exclusões e as compensações computadas na apuração
do lucro real correspondente aos balanços ou balancetes deverão
constar, discriminadamente, na Parte A do Lalur;
c) não caberá nenhum registro na Parte B desse livro relativo a adições,
exclusões ou compensações feitas na determinação do lucro real.
A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas,
deverão apresentar a Escrituração Contábil Fiscal (ECF) de forma centralizada pela matriz. Em
face dessa disposição, as pessoas jurídicas sujeitas ao lucro real ficam dispensadas, em
relação aos fatos ocorridos a contar de 1º.01.2014, da escrituração do Lalur em meio físico
(Instrução Normativa RFB nº 1.422/2013 , arts. 1º e 5º , com a redação dada pela Instrução
Normativa RFB nº 1.489/2014).

Compensação de Prejuízos Fiscais


Com o lucro real apurado por ocasião do levantamento de balanços ou
balancetes de suspensão ou redução do imposto, poderão ser compensados os
prejuízos fiscais existentes em 31 de dezembro do ano-calendário anterior,
registrados na Parte B do Lalur, respeitados o limite de 30% do lucro real
apurado (Lei nº 9.065/1995 , art. 15 ; Lei nº 12.973/2014 , art. 43 ; RIR/1999, art.
510) e outras condições pertinentes, focalizadas no procedimento Compensação
de prejuízos fiscais .
Lembramos que o limite de 30% não se aplica aos prejuízos fiscais decorrentes
da exploração de atividades rurais nem aos apurados pelas empresas titulares de
Programas Especiais de Exportação aprovados, até 03.06.1993, pela Comissão
para Concessão de Benefícios Fiscais a Programas Especiais de Exportação
(Befiex), importando observar que essas últimas são autorizadas a compensar os
prejuízos fiscais apurados em um período de apuração com o lucro real apurado
nos 6 anos-calendário subsequentes (Lei nº 8.023/1990, art. 14 ; Lei nº
8.981/1995 , art. 95 ; Lei nº 9.065/1995 , art. 1º ; RIR/1999 , arts. 470 , I, e 512).
É oportuno observar que não cabe cogitar de compensação de prejuízos fiscais
do próprio ano-calendário em curso porque, nos balanços ou balancetes
levantados para fins de suspensão ou redução do Imposto de Renda apura-se o
resultado acumulado desde o mês de janeiro, de modo que os prejuízos de um
mês são automaticamente absorvidos por lucros de outro, sem nenhuma
restrição.

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Exemplo de cálculo da suspensão e redução do


pagamento do Imposto de Renda
Admita-se que, em 20X1, uma empresa:
a) pagou por estimativa, nos meses de fevereiro a junho, o imposto devido nos
meses de janeiro a maio, no valor total de R$ 72.000,00;
b) em 30 de junho, levantou um balanço com base no qual determinou o lucro
real do período de 1º de janeiro a 30 de junho, no valor de R$ 380.000,00;
c) sofreu retenção do Imposto de Renda na Fonte, no valor de R$ 12.000,00,
sobre receitas computadas no lucro real apurado em 30 de junho, e tem
direito à dedução do incentivo do PAT, no limite máximo admitido (4% do
imposto normal devido).

Neste caso, temos:

Imposto devido no período em curso:


Imposto normal: (15% s/ R$ 380.000,00) R$ 57.000,00
Adicional: 10% s/ R$ 260.000,00 (R$ 380.000,00 - R$ 120.000,00) R$ 26.000,00
Imposto e adicional devidos R$ 83.000,00
Dedução do incentivo do PAT: (4% s/ R$ 57.000,00) (R$ 2.280,00)
Imposto devido no período em curso, líquido do incentivo fiscal do
R$ 80.720,00
PAT
Imposto pago por estimativa nos meses de fevereiro a junho, (R$
relativo aos meses de janeiro a maio 72.000,00)
Imposto retido na fonte sobre receitas computadas o lucro real do
R$ 12.000,00
período
Excesso de pagamento verificado (R$ 3.280,00)
Nessa situação, poderá ser suspenso o pagamento do imposto mensal relativo ao mês de junho,
que seria pago em julho, porque o valor acumulado pago até junho supera o valor do imposto
efetivamente devido sobre o lucro real apurado até esse mês.
Utilizando os dados dessa hipótese, mas desconsiderando-se os R$ 12.000,00 relativos ao
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) a compensar, temos a seguinte situação:

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Imposto devido no período em curso, líquido do incentivo


R$ 80.720,00
fiscal do PAT
Imposto pago no período (R$ 72.000,00)
Saldo a pagar R$ 8.720,00

Nesse caso, admitindo-se que o imposto calculado por estimativa com


base na receita bruta e acréscimos no mês de junho seja de R$
10.000,00, o seu pagamento em julho poderá limitar-se a R$ 8.720,00,
que é o saldo a pagar do imposto efetivamente devido até o mês de junho.

Se o saldo a pagar do imposto calculado sobre o lucro real determinado com


base no balanço ou balancete levantado, de acordo com os procedimentos
exemplificados anteriormente, for superior ao valor do imposto calculado por
estimativa com base na receita bruta do mês de junho, a empresa simplesmente
pode ignorar o balanço ou balancete levantado e pagar o imposto pelo valor
determinado por estimativa.

Procedimento nos meses seguintes


Se a empresa pretender suspender ou reduzir o pagamento do imposto devido
em qualquer outro mês posterior, deverá sempre levantar um novo balanço ou
balancete, ainda que, com base no último balanço ou balancete levantado,
tenha verificado haver pago imposto maior que o devido até a data do balanço
ou balancete.
No exemplo, o excesso de imposto pago até junho, de R$ 3.280,00, não poderá
ser deduzido do valor do imposto estimado devido em julho a ser pago em
agosto.
Se a empresa quiser suspender ou reduzir o imposto de julho, terá de levantar
outro balanço ou balancete em 31.07, que compreenderá o período de 1º.01 a
31.07.

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2.4 Ajuste Anual


Anualmente a pessoa jurídica deve levantar um balanço, compreendendo o
período que vai de 01 de janeiro a 31 de dezembro, apurar o lucro real e
calcular o imposto devido.
Do imposto devido são deduzidos os valores dos recolhimentos mensais, do
imposto retido e dos incentivos fiscais.
O prazo para o recolhimento do imposto anual é o último dia útil do mês de
março do ano seguinte.
• Se recolhido no mês de janeiro, o imposto não terá nenhum acréscimo.
• Se recolhido no mês de fevereiro, o imposto terá acréscimo de 1%.
• Se recolhido no mês de março, o imposto terá acréscimo da taxa Selic do
mês de fevereiro mais 1%.
Os saldos do IRPJ e da CSLL apurados em 31 de dezembro, se negativos,
poderão ser objeto de restituição ou de compensação nos termos do art. 74 da
Lei nº 9.430, de 1996.

Apuração do Lucro Real Trimestral


A apuração deverá ser feita partindo-se do resultado líquido de cada trimestre
(encerrado nos dias 31 de março, 30 de junho, 30 de setembro e 31 de
dezembro do ano-calendário), determinado por meio de levantamento de
balanço com observância das normas estabelecidas pela legislação comercial e
fiscal.
Esse resultado será ajustado mediante escrituração do Livro de Apuração do
Lucro Real (Lalur) por todas as adições, exclusões e compensações
determinadas ou autorizadas pela legislação do Imposto de Renda.
Do mesmo modo, a Contribuição Social sobre o Lucro devida em cada trimestre
deve ser determinada com base no resultado trimestral apurado contabilmente,
ajustado pelas adições, exclusões e compensações determinadas ou autorizadas
pela legislação vigente.
Vale ressaltar que a adoção do pagamento trimestral do imposto, a que se refere
este subitem, é irretratável para todo o ano-calendário, o que significa que a
pessoa jurídica fica impedida de optar pelo lucro presumido ainda que não esteja
obrigada ao lucro real.

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Instrutor: João Paulo de Melo

Nos casos de incorporação, fusão ou cisão e na extinção da pessoa jurídica


pelo encerramento da liquidação, a apuração das bases de cálculo do IRPJ e da
CSL devidos será efetuada na data do evento, observada a legislação de
regência.
Da mesma forma deverá proceder a pessoa jurídica incorporadora, salvo nos
casos em que as pessoas jurídicas, incorporadora e incorporada, estiverem sob
o mesmo controle societário desde o ano-calendário anterior ao do evento.
E, na extinção da pessoa jurídica pelo encerramento da liquidação, a apuração
da base de cálculo, do imposto e da contribuição devidos será efetuada na data
desse evento.

O imposto e a contribuição devidos, apurados ao final de cada trimestre,


deverão ser:
• pagos em quota única, até o último dia útil do mês subsequente ao do
encerramento do período de apuração; ou
• à opção da pessoa jurídica, pagos em até três quotas mensais, iguais e
sucessivas, vencíveis no último dia útil dos três meses subsequentes ao do
encerramento do período de apuração a que corresponder.

Estatisticamente a opção pelo lucro real trimestral é a menos vantajosa devido


ao fato de que empresa fica limitada em compensar os prejuízos fiscais dentro
do próprio ano em 30% do seu lucro.

Exemplo:

• No 1º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 300.000,00


• No 2º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00
• No 3º Trimestre Prejuízo Fiscal de R$ 50.000,00
• No 4º Trimestre Lucro Fiscal de R$ 400.000,00

No 4º Trimestre a empresa poderá compensar somente R$ 120.000,00 (30% de


R$400.000,00), ficando, assim, um lucro tributável de R$ 280.000,00
(400.000,00 – 120.000,00), incidindo sobre esse valor o Imposto de Renda +
Adicional e a Contribuição Social sobre o Lucro, totalizando um desembolso R$
89.200,00 (9% CSSL + 25% IRPJ –6.000,00 (limite isenção adicional IRPJ)).

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Porém, se a opção fosse pelo lucro real ANUAL a compensação do prejuízo


dentro do próprio ano seria automática, pois pelo lucro real anual o resultado
é apurado acumuladamente dentro do exercício (janeiro a dezembro), sendo
o resultado tributável do ano calendário igual a zero, inexistindo o
pagamento de IRPJ e CSLL.
O único benefício que o Lucro Real Trimestral em relação ao Lucro Real
Anual proporciona é quando a empresa tem lucro em todos os trimestres do
ano, assim paga o imposto de renda e a contribuição social a cada trimestre
e tem a opção em dividi-los em 03 quotas iguais, sendo cada quota superior
a R$ 1.000,00, acrescidas pela variação da SELIC (art. 5º da Lei 9.430/96).
Porém é muito arriscado prever que a empresa terá lucro fiscal em todos os
trimestres do exercício.

Caso Prático – IRPJ e CSLL – Lucro Real Anual


com Recolhimentos Mensais por Estimativa

Determinada empresa com atividade econômica de construção iniciou


suas atividades em 01/10/2017 e tributa o IRPJ com base no Lucro
Real Anual.

Levantou as seguintes informações em relação ao 4º trimestre de 2017.

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COM BASE NA RECEITA BRUTA

OUTUBRO

A Receita da Prestação do Serviço R$ 300.000,00

B Rendimentos de Aplicações Financeiras R$ 1.800,00

C IR sobre os Rendimentos de Aplicações Financeiras (B x 17,5%) R$ 315,00

E IR sobre Receitas da Prestação de Serviço (1,2% sobre R$ 100.000,00) R$ 1.200,00

F CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) R$ 1.000,00

IRPJ

G (=) Receita da Prestação de Serviço R$ 300.000,00

H (x) Percentual do Lucro Estimado 8%


I (=) Lucro Estimado (G x H) R$ 24.000,00

J Imposto de Renda (I x 15%) R$ 3.600,00


L Base para o Adicional do IRPJ (I – R$ 20.000,00) R$ 4.000,00
M Adicional do IRPJ (L x 10%) R$ 400,00

N Imposto de Renda Devido (J + M) R$ 4.000,00


O (-) IRRF sobre Receitas da Prestação do Serviço (R$ 1.200,00)
P (=) Imposto de Renda a Pagar (N - O) R$ 2.800,00

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CSLL
Q Rendimentos de Aplicações Financeiras R$ 1.800,00

R Receita Bruta na Prestação de Serviços R$ 300.000,00


S (x) Percentual 12%

T (=) Base para Tributação na Prestação de Serviço (R x S) R$ 36.000,00

U Base de Cálculo da Contribuição Social (Q + T) R$ 37.800,00

V Contribuição Social Devida (U x 9%) R$ 3.402,00

X (-) CSLL sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) (R$ 1.000,00)

Z (=) Contribuição Social a Pagar (V-X) R$ 2.402,00

COM BASE NO BALANÇO


Período em Curso: 01/10/2017 à 31/10/2017
RECEITA BRUTA R$ 300.000,00
(-) Deduções da Receita (R$ 57.750,00)
(=) RECEITA LÍQUIDA R$ 242.250,00
(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP (R$ 81.000,00)
(=) LUCRO BRUTO R$ 161.250,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (R$ 83.250,00)
(+ ou -) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO (R$ 3.500,00)
(+ ou -) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS R$ 4.050,00
(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 78.550,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 7.069,00)
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 71.481,00
(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica R$ 17.637,50
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EM CURSO R$ 53.843,50

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(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 78.550,00


ADIÇÕES
EXCLUSÕES
(-) COMPENSAÇÃO
(=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 78.550,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro (R$ 7.069,00)
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 71.480,00
ADIÇÕES (R$ 7.069,00)
EXCLUSÕES
(-) COMPENSAÇÃO
(=) LUCRO REAL R$ 78.550,00
(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (15%) (R$ 11.782,50)
Adicional do Imposto de Renda (R$ 5.855,00)
R$ 17.637,50
Base para o Adicional do Imposto de Renda: R$ 78.550,00 – R$ 20.000,00 =
R$ 58.550,00

COM BASE NA RECEITA BRUTA


NOVEMBRO
R$
A Receita da Prestação do Serviço
350.000,00
B IR sobre Receitas da Prestação de Serviço (1,2% sobre R$ 50.000,00) R$ 600,00
CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$
C R$ 500,00
50.000,00)

IRPJ
D (=) Receita da Prestação de Serviço R$ 350.000,00
E (x) Percentual do Lucro Estimado 8%
F (=) Lucro Estimado (D x E) R$ 28.000,00

G Imposto de Renda (F x 15%) R$ 4.200,00


H Base para o Adicional do IRPJ (F – R$ 20.000,00) R$ 8.000,00
I Adicional do IRPJ (H x 10%) R$ 800,00

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J Imposto de Renda Devido (G + I) R$ 5.000,00


L (-) IRRF sobre Receitas da Prestação do Serviço (R$ 600,00)
M (=) Imposto de Renda a Pagar (J-L) R$ 4.400,00

CSLL
R$
N Receita Bruta na Prestação de Serviços
350.000,00
O (x) Percentual 12%
P (=) Base para Tributação na Prestação de Serviço (N x O) R$ 42.000,00

Q Contribuição Social Devida (P x 9%) R$ 3.780,00

R (-) CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) (R$ 500,00)

S (=) Contribuição Social a Pagar (Q-R) R$ 3.280,00

COM BASE NO BALANÇO


Período em Curso: 01/10/2017 à 30/11/2017

RECEITA BRUTA R$ 650.000,00


(-) Deduções da Receita (R$ 115.500,00)
(=) RECEITA LÍQUIDA R$ 534.500,00
(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS - CSP (R$ 165.200,00)
(=) LUCRO BRUTO R$ 369.300,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS (R$ 166.500,00)
(+ ou -) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO (R$ 7.550,00)
(+ ou -) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS R$ 1.050,00
(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 196.300,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 17.667,00)
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 178.633,00
(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (R$ 45.075,00)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EM CURSO R$ 133.558,00

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Instrutor: João Paulo de Melo

(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 196.300,00


ADIÇÕES
EXCLUSÕES
(-) COMPENSAÇÃO
(=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 196.300,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro R$ 17.667,00
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 178.633,00
ADIÇÕES R$ 17.667,00
EXCLUSÕES
(-) COMPENSAÇÃO
(=) LUCRO REAL R$ 196.300,00
(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (15%) R$ 29.445,00
Adicional do Imposto de Renda R$ 15.630,00

Base para o Adicional do Imposto de Renda: 196.300,00 – 40.000,00 = 156.300,00 R$ 45.075,00

COM BASE NA RECEITA BRUTA


DEZEMBRO
Receita da Prestação do Serviço R$ 350.000,00
IR sobre Receitas da Prestação de Serviço (1,2% sobre R$ 50.000,00) R$ 600,00
CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 50.000,00) R$ 500,00
Resultado de Equivalência Patrimonial R$ 210.000,00
Ganho de Capital na Alienação de Ativos R$ 90.000,00

IRPJ
D (=) Receita da Prestação de Serviço R$ 350.000,00
E (x) Percentual do Lucro Estimado 8%
F (=) Lucro Estimado (D x E) R$ 28.000,00

G Imposto de Renda (F x 15%) R$ 4.200,00


H Base para o Adicional do IRPJ (F – R$ 20.000,00) R$ 8.000,00
I Adicional do IRPJ (H x 10%) R$ 800,00

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J Imposto de Renda Devido (G + I) R$ 5.000,00


L (-) IRRF sobre Receitas da Prestação do Serviço (R$ 600,00)
M (=) Imposto de Renda a Pagar (J - L) R$ 4.400,00

CSLL

N Receita Bruta na Prestação de Serviços R$ 350.000,00

O (x) Percentual 12%

P (=) Base para Tributação na Prestação de Serviço (N x O) R$ 42.000,00

Q Contribuição Social Devida (P x 9%) R$ 3.780,00

R (-) CS sobre a Receita da Prestação de Serviço (1,0% sobre R$ 100.000,00) (R$ 500,00)

S (=) Contribuição Social a Pagar (Q - R) R$ 3.280,00

COM BASE NO BALANÇO


Período em Curso: 01/10/2017 à 31/12/2017

RECEITA BRUTA R$ 1.000.000,00


(-) Deduções da Receita (R$ 192.500,00)
(=) RECEITA LÍQUIDA R$ 807.500,00
(-) CUSTO DOS SERVIÇOS PRESTADOS R$ 270.500,00
(=) LUCRO BRUTO R$ 537.000,00
(-) DESPESAS OPERACIONAIS R$ 109.250,00
(+ ou -) RESULTADO FINANCEIRO LÍQUIDO R$ 15.600,00
(+ ou -) OUTRAS DESPESAS E RECEITAS R$ 295.000,00
(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 707.150,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (R$ 39.694,50)
(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ R$ 667.455,50
(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (R$ 104.262,50)
(=) RESULTADO LÍQUIDO DO PERÍODO EM CURSO R$ 563.193,00

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(=) RESULTADO ANTES DA CSLL R$ 707.150,00


ADIÇÕES R$ 11.400,00
EXCLUSÕES (R$ 277.500,00)
(-) COMPENSAÇÃO
(=) BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 441.050,00
(-) Contribuição Social sobre o Lucro
(R$ 39.694,50)

(=) RESULTADO ANTES DO IRPJ


R$ 667.455,50

ADIÇÕES R$ 51.094,00
EXCLUSÕES (R$ 277.500,00)
(-) COMPENSAÇÃO
(=) LUCRO REAL R$ 441.050,00
(-) Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (15%) (R$ 66.157,50)
Adicional do Imposto de Renda (R$ 38.105,00)
R$ 104.262,50
Base para o Adicional do Imposto de R$ 441.050,00 – R$ 60.000,00 = R$
Renda: 381.050,00

LACS – Livro de Apuração da Contribuição Social


PARTE A - REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LÍQUIDO DO EXERCICIO

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES

NATUREZA DOS AJUSTES


Multa pelo Atraso na Entrega de Declaração Imposta em
05/12/2017 Procedimento de Ofício. R$ 5.400,00
(Art. 344 do Decreto 3000/1999 e PN CST 61/79)
Despesas que não são Normais, Usuais e Necessárias.
10/12/2017 Infrações as Leis de Trânsito. R$ 1.000,00
(Art. 299 do Decreto 3000/1999)
Prejuízo por furto de mercadorias (quantidade: 1.000 kg,
valor unitário de R$ 5,00), praticado por empregado. Não
foi instaurado inquérito administrativo nos termos da
15/12/2017 R$5.000,00
legislação trabalhista e, também, não houve queixa
perante a autoridade policial.
(Art. 364 do Decreto 3000/1999)

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Ganho de Capital na Alienação à Longo Prazo de


15/12/2017 Bens do Ativo Imobilizado¹ (Art. 421 do Decreto 67.500,00
3000/1999)
Receita de Equivalência Patrimonial²
31/12/2017 R$ 210.000,00
(Lei 8.981/1995, art. 32, § 2º)
R$
TOTAL DAS ADIÇÕES E EXCLUSÕES R$ 11.400,00
287.500,00

DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL


RESULTADO DO PERÍODO R$ 707.150,00
ADIÇÕES R$ 11.400,00

EXCLUSÕES (R$ 277.500,00)

BASE DE CÁLCULO DA CSLL R$ 441.050,00

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido R$ 39.694,50

LALUR – Livro de Apuração do Lucro Real

REGISTRO DOS AJUSTES DO LUCRO LIQUIDO DO EXERCICIO

DATA HISTÓRICO ADIÇÕES EXCLUSÕES

NATUREZA DOS AJUSTES

Contribuição Social sobre o Lucro, registrada na


31/12/2017 conta... R$ 39.694,50

Multa pelo Atraso na Entrega de Declaração Imposta


em Procedimento de Ofício.
05/12/2017 (Art. 344 do Decreto 3000/1999 e PN CST 61/79) R$ 5.400,00

Despesas que não são Normais, Usuais e


Necessárias. Infrações as Leis de Trânsito.
10/12/2017 (Art. 299 do Decreto 3000/1999) R$ 1.000,00

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Prejuízo por furto de mercadorias (quantidade: 1.000 kg,


valor unitário de R$ 5,00), praticado por empregado. Não
foi instaurado inquérito administrativo nos termos da
15/12/2017 R$ 5.000,00
legislação trabalhista e, também, não houve queixa
perante a autoridade policial.
(Art. 364 do Decreto 3000/1999)

Ganho de Capital na Alienação à Longo Prazo de Bens


29/12/2017 do Ativo Imobilizado¹ R$ 67.500,00
(Art. 421 do Decreto 3000/1999)

Receita de Equivalência Patrimonial²


31/12/2017 R$ 210.000,00
(Lei 8.981/1995, art. 32, § 2º)

TOTAL DAS ADIÇÕES E EXCLUSÕES R$ 51.094,50 R$ 287.500,00

31/12/2017 DEMONSTRATIVO DO LUCRO REAL

RESULTADO DO PERÍODO 667.455,50

ADIÇÕES 51.094,50

EXCLUSÕES (277.500,00)

LUCRO REAL 441.050,00

Imposto de Renda (15%) 66.157,50


Adicional do Imposto de Renda 38.105,00

Total do Imposto Devido 104.262,00

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IRPJ Pagamentos Mensais por Estimativa


A B C D E
Mês Valores (em reais) Valores (em reais) Total Valores (em reais)
com Base na Retidos na Fonte com Base no
Receita Bruta Balanço do
Período em Curso

Outubro 2.800,00 1.515,00 4.315,00


Período em Curso: 01/10/2017 à 31/10/2017 17.637,50
5.000,00
Novembro 4.400,00 600,00

Período em Curso: 01/10/2017 à 30/11/2017 45.075,00


5.000,00
Dezembro 4.400,00 600,00

Período em Curso: 01/10/2017 à 31/12/2017 104.262,50

CSLL Pagamentos Mensais por Estimativa

A B C D E F
Valores (em
Valores (em reais) com
reais) com Valores (em reais) Período em Base no
Mês Total
Base na Retidos na Fonte Curso Balanço do
Receita Bruta Período em
Curso
Outubro 2.402,00 1.000,00 3.402,00
Período em Curso: 01/10/2017 à 31/10/2017 7.069,00
Novembro 3.280,00 500,00 3.780,00
Período em Curso: 01/10/2017 à 30/11/2017 17.667,00
Dezembro 3.280,00 500,00 3.780,00
Período em Curso: 01/10/2017 à 31/12/2017 39.694,50

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CURSO DE ANALISTA FISCAL - P2


Instrutor: João Paulo de Melo

Os direitos autorais desta obra são exclusivos do autor. Esta obra é protegida pelo conteúdo da lei
5.988/73, ficando infratores sujeitos às penalidades previstas nos artigos 184 e 186 do código penal. É
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Capitulo 4 – ICMS
1- Regras de Apuração do ICMS 3.2 Venda para Entrega Futura
1.1 Créditos Fiscais Admissíveis 3.3 Venda sem destinatário Certo
1.2 Vedação de Créditos 3.4 Consignação Mercantil
1.3 Procedimentos para impostos 3.5 Venda a Ordem (Triangular)
destacados “a maior” e “a menor”
4- Substituição Tributária
2- Benefícios Fiscais
4.1 Mercadorias sujeitas a
2.1 Condicionantes para utilização substituição tributária em MG
de benefícios fiscais
4.2 Cálculos Práticos
2.2 Estorno de Créditos
4.3 Substituição Tributária do Frete
3- Operações Especificas –
5- Diferencial de Alíquotas
Destaque de algumas Operações
5.1 Diferencial de Alíquotas –
3.1 Espécies de Industrialização por
Contribuintes
encomenda
5.2 Diferencial de Alíquotas – Não
Contribuintes

Regras de Apuração do ICMS


O ICMS será não-cumulativo, compensando-se o que for devido em cada operação
relativa à circulação de mercadorias ou prestação de serviços com o montante
cobrado nas anteriores pelo mesmo ou outro Estado ou pelo DF.
Este sistema é conhecido como “débito x crédito”, onde abate-se do montante devido
pelo contribuinte o valor pago por este em etapas anteriores, em suas compras de
bens ou serviços já tributados pelo imposto.
O crédito do ICMS advém do direito de abater das respectivas saídas o imposto pago
na aquisição de produtos e mercadorias e serviços.

Caso o crédito seja maior que o débito, denomina-se "crédito acumulado".


Reduzir, de forma legal, o montante do ICMS a pagar.

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Exemplo Prático:
Total do ICMS devido pelo sujeito passivo: R$ 80.000,00

Valor do imposto anteriormente cobrado, decorrentes de entradas


de mercadorias nas NF: R$ 30.000,00.

Valor do ICMS a pagar: R$ 80.000,00 – R$ 30.000,00 = R$ 50.000,00

Créditos Fiscais Admissíveis


É assegurado ao sujeito passivo, conforme decreto 43.080/02 (RICMS/02) o direito de creditar-se
do imposto anteriormente cobrado em operações ou prestações resultantes:
• de entrada de mercadoria, real ou simbólica, no seu estabelecimento, inclusive a destinada ao
seu uso, consumo final ou ao ativo imobilizado;
• de serviço de transporte interestadual e intermunicipal utilizado pelo estabelecimento:
 remetente de mercadoria, correspondente à operação tributada pelo imposto, contratada
com cláusula CIF;
 destinatário de mercadoria, correspondente à operação tributada pelo imposto, contratada
com cláusula FOB;
 transportador, quando redespachar ou subcontratar o serviço com outro transportador, ainda
que autônomo, vinculado à execução de serviço de transporte por aquele contratado, desde
que o valor total da prestação tenha sido integralmente tributado pelo contratante e este
proceda à apropriação do crédito de, no máximo, no mesmo percentual aplicado à prestação
de sua responsabilidade (art. 63 § 1º);

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• de serviço de comunicação prestado ao estabelecimento;


• de entrada de mercadoria, real ou simbólica, no seu estabelecimento, inclusive
a destinada ao seu uso, consumo final ou ao ativo imobilizado, realizada sem
aproveitamento de crédito, face a vedação constante na legislação vigente à
época, quando ocorrer a saída com débito do imposto, em proporção
equivalente à quantidade saída;
• das situações descritas nos itens anteriores, em relação ao diferencial de
alíquotas devido nessas operações e prestações.

CONDIÇÕES PARA COMPENSAÇÃO

O direito de crédito, para efeito de compensação com o débito do imposto,


reconhecido ao estabelecimento que tenha recebido a mercadoria ou para o qual
tenha sido prestado o serviço, está condicionado à:

• idoneidade da documentação fiscal, emitida por contribuinte em situação


regular perante o Fisco, e esteja acompanhada, quando exigido, do
comprovante do pagamento do imposto ou de documento de controle previsto
na legislação tributária;
• escrituração, quando exigida, nos prazos e condições estabelecidos na
legislação tributária;
• observância da correta identificação do destinatário ou usuário, em relação ao
documento de arrecadação que excepcionalmente substituir o documento fiscal
próprio, estabelecido na legislação tributária para a operação ou prestação;
• observância do correto valor destacado no documento fiscal.

ENERGIA ELÉTRICA
Relativamente à energia elétrica e aos serviços de telecomunicação, considera-
se como mês da entrada da mercadoria ou da utilização do serviço, aquele
indicado no documento fiscal como o de vencimento da respectiva conta.

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O crédito do imposto, nas situações a seguir discriminadas, é conferido ao contribuinte quando se


tratar de consumo de energia elétrica fornecida comprovadamente a ele, ainda que faturado em
nome de terceiro.
O direito à apropriação do crédito do ICMS relativo à entrada de energia elétrica no
estabelecimento, até 31.12.2019, fica limitado às seguintes situações:
a) quando for objeto de operação de saída por;
b) quando for consumida no processo de industrialização;
c) quando o seu consumo resultar em operação de saída ou prestação para o exterior, na
proporção destas sobre as saídas ou prestações totais.
Exemplo Prático:
Considerando a hipótese de creditamento prevista na letra “b” acima, se um determinado
estabelecimento industrial definir por meio de um laudo pericial que 80% da energia consumida no
estabelecimento está sendo usada no setor produtivo, e 20% no administrativo, então, o direito ao
crédito limita-se em relação à energia consumida no setor industrial.
Neste sentido, suponhamos que a nota-fatura da energia elétrica referente a determinado mês foi
no valor de R$ 30.000,00, e o ICMS destacado com alíquota de 29% foi de R$ 8.700,00, então,
temos o seguinte:
Valor da Nota-Fatura: R$ 30.000,00
Alíquota do ICMS: 29%
Valor do ICMS: R$ 8.700,00
Valor passível de aproveitamento: R$ 6.960,00 (R$ 8.700,00 x 80%)

ATIVO IMOBILIZADO
A apropriação do crédito decorrente da entrada de bem destinado ao ativo imobilizado é feita à
razão de 1/48 por mês, proporcionalmente aumentada ou diminuída, pro rata die, se o período de
apuração for superior ou inferior a 1 mês, devendo ser observado o seguinte:
• a apropriação do crédito é o resultado da multiplicação da razão de 1/48 pelo resultado da
divisão entre o valor das operações e prestações tributadas e o valor total das operações e
prestações ocorridas no mesmo período, sendo que:
• as saídas e as prestações com destino ao exterior, consideram-se como sendo tributadas;
• não são computadas no total das operações os valores correspondentes às devoluções e as
saídas de mercadorias, desde que retornem ao estabelecimento, tais como: remessa para
armazém-geral, depósito fechado, industrialização, exposição, feira e conserto;
• a apropriação deve ocorrer a partir do mês de entrada do bem no estabelecimento;
• o saldo remanescente do crédito passível de apropriação deve ser cancelado, quando:
• correr o final do 48º mês, contado da data da entrada do bem no estabelecimento;
• houver a alienação, transferência ou, na hipótese de arrendamento mercantil, restituição do
bem antes de completado o 48º mês.

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EXEMPLO PRÁTICO
Contribuinte normal do ICMS, adquiriu um bem para o ativo imobilizado tributado em
01/01/2017, no valor de R$ 30.000,00 e com débito de ICMS no documento fiscal de
aquisição no valor de R$. 5.100,00 relativamente à alíquota de 17%.
Considere que no mês de janeiro, será o período de apuração em que efetuará o crédito
da 1ª parcela, e o contribuinte tenha tido suas saídas totalmente tributadas pelo ICMS.
Então, teremos:
1ª Parcela:
Período de Apuração: Janeiro de 2017
Valor do Bem: R$ 30.000,00
ICMS destacado na NF-e (alíquota de 17%): R$ 5.100,00
Valor da Parcela de Crédito do Período: R$ 106,25 (1 ÷ 48 x R$ 5.100,00)
Suponhamos agora que, no mês seguinte, fevereiro/2017, esse contribuinte tenha tido
um total de saídas de R$ 500.000,00, mas apenas R$ 350.000,00 correspondem a
saídas tributadas pelo ICMS ou exportações. Nesse caso, ele terá direito ao crédito do
imposto referente à 2ª parcela, conforme a seguir:

2ª Parcela:
Período de Apuração: Fevereiro de 2017
ICMS destacado na nota fiscal: R$ 5.100,00
Valor total das saídas: R$ 500.000,00
Valor das saídas tributadas e exportação: R$ 350.000,00
Para calcularmos o fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas e
prestações tributadas e o do total das operações de saídas e prestações do período,
utilizaremos fórmula:
Fator = 1 ÷ 48 x (total das saídas tributadas + exportações) ÷ total de saídas);
Fator = 1 ÷ 48 x (350.000,00 ÷ 500.000,00) =
Fator = 0,02083 x 0,7 = 0,014581
Valor da parcela a creditar: 0,014581 x R$ 5.100,00 = R$ 74,36

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2ª Parcela:
Período de Apuração: Fevereiro de 2017
ICMS destacado na nota fiscal: R$ 5.100,00
Valor total das saídas: R$ 500.000,00
Valor das saídas tributadas e exportação: R$ 350.000,00
Para calcularmos o fator igual a 1/48 da relação entre o valor das operações de saídas e
prestações tributadas e o do total das operações de saídas e prestações do período,
utilizaremos fórmula:
Fator = 1 ÷ 48 x (total das saídas tributadas + exportações) ÷ total de saídas);
Fator = 1 ÷ 48 x (350.000,00 ÷ 500.000,00) =
Fator = 0,02083 x 0,7 = 0,014581
Valor da parcela a creditar: 0,014581 x R$ 5.100,00 = R$ 74,36

OUTRAS FORMAS DE CONSTITUIÇÃO DE CRÉDITO

Também constitui crédito para efeito de compensação com o débito do imposto, o valor:

• da restituição do indébito tributário sob a forma de aproveitamento de crédito, quando


autorizado pela legislação tributária;
• do imposto correspondente à entrada de mercadoria por devolução, de um contribuinte para
outro, quando acobertada por documento fiscal;
• pago indevidamente, em virtude de erro de fato ocorrido na escrituração dos livros fiscais ou no
preparo do documento de arrecadação, mediante escrituração, no período de sua constatação;
• do imposto destacado na saída de mercadoria não entregue ao destinatário e reintroduzida no
estabelecimento;

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TROCA OU DEVOLUÇÃO DA MERCADORIA


Na entrada de mercadoria proveniente virtude de troca, ou de devolução feita em razão de
garantia de fábrica ou legal, o aproveitamento do crédito fica condicionado (art. 76), no caso de:
• Troca por outra mercadoria, à prova de sua efetivação dentro do prazo de 30 dias, a contar da
data da saída originária;
• devolução, à comprovação da efetiva entrada da mercadoria no estabelecimento, o prazo
máximo de 90 dias, a contar da data da expedição do documento fiscal relativo à operação
originária.
• se a devolução se referir a mercadoria recebida por repartição pública;
Vale ressaltar que não se considera devolução o retorno da mercadoria para conserto, em razão
de garantia.

APROPRIAÇÃO EXTEMPORÂNEA DO CRÉDITO

O documento fiscal não registrado no período de apuração correspondente à entrada da


mercadoria ou à utilização do serviço pode ter seu registro efetivado pelo contribuinte e,
se for o caso, constituir crédito.

Não exime o contribuinte da responsabilidade por irregularidade verificada em seus livros


fiscais ou contábeis, relativa ao documento vistado, da qual resulte omissão total ou
parcial do pagamento do imposto.

O disposto aplica-se também à situação em que o documento fiscal tenha sido registrado
sem a correspondente escrituração do crédito nele destacado.

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FORMA DE APROPRIAÇÃO

Para a sua apropriação, o contribuinte deverá proceder ao registro dos documentos não
efetuados em época própria, no livro Registro de Entradas, com a utilização das colunas
relativas ao crédito do imposto, se for o caso.

Na hipótese de o documento fiscal ter sido escriturado, sem, contudo, os respectivos


créditos serem apropriados, o contribuinte deverá proceder a apropriação diretamente no
livro Registro de Apuração, na coluna "Outros Créditos", mencionando o motivo do
lançamento extemporâneo, bem como o documento ao qual o crédito se refere
comunicando ao fisco pelo prazo de 05 dias.

PRESCRIÇÃO

O direito ao crédito extingue-se depois de decorridos 5 anos, contados da data de


emissão do documento que lhe deu origem.
Assim, o contribuinte possui o direito de apropriar-se do crédito destacado em
documento fiscal correspondente pelo prazo de 5 anos, de maneira que, após
esse prazo, perde o direito.

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EXEMPLOS PRÁTICOS
Diferença a Maior na NF
Para melhor ilustrar este subitem consideremos uma operação em que o contribuinte
remetente, erroneamente fez o destaque no documento fiscal, considerando o ICMS
maior que o devido naquela operação. Hipoteticamente os valores são os seguintes:

Documento fiscal Errado:


Valor da Operação: R$ 1.000,00
Frete CIF: R$ 200,00
Base de Cálculo: R$ 1.200,00
Alíquota do ICMS destacada errada: 17%

Alíquota do ICMS Oper. Inter. : 12%


ICMS destacado errado: R$ 204,00
ICMS que deveria ser destacado: R$ 144,00
Diferença destacado a maior: R$ 60,00

Considerando os dados acima, percebe-se que houve o destaque a maior do ICMS,


uma vez que a alíquota do imposto nesta operação é de 12% e erroneamente foi feito
pelo contribuinte remetente o destaque de 17%. Assim sendo, o contribuinte
adquirente dessa mercadoria deve limitar a apropriação do crédito do ICMS a 12%
por cento, visto, que essa é a alíquota da operação. Ou seja, ao invés de apropriar
R$ 204,00 que foi o valor destacado no documento fiscal, deverá apropriar apenas
R$ 144,00, valor este que faz jus à operação e consequentemente à apropriação.

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Diferença a Menor na NF
Na hipótese, de o remetente destacar o imposto a menor, o contribuinte deverá
solicitar um documento fiscal complementar com o destaque da diferença do imposto,
para fazer jus à apropriação do crédito. Hipoteticamente essa operação é tratada da
seguinte forma:
Imaginemos uma operação interna de venda de mercadoria cuja alíquota deveria ser
de 17% e o contribuinte remetente destacou a alíquota de 12%, ou seja, fez o
destaque de uma alíquota menor do que a devida na operação. Nesse sentido, o
contribuinte destinatário para efeito de apropriação do crédito do ICMS no
equivalente aos 17% deverá solicitar ao remetente uma nota fiscal complementar de
ICMS com a diferença relativa a 5%.

Documento fiscal Errado:


Valor da Operação: R$ 1.000,00

Frete CIF: R$ 200,00


Base de Cálculo: R$ 1.200,00
Alíquota do ICMS destacada errada: 12%
Alíq. do ICMS Oper. Interna. : 17%
ICMS destacado errado: R$ 144,00
ICMS que deveria ser destacado: R$ 204,00
Diferença destacado a menor: R$ 60,00

Obs.: A diferença a menor do crédito prevista no cálculo acima, cujo valor é de R$


60,00, poderá ser apropriada, desde que, o contribuinte destinatário solicite ao
remetente o documento fiscal complementar com o crédito do ICMS.

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Benefícios Fiscais
Os benefícios fiscais estaduais tratados do Decreto 43.080/02 anexo I e IV, exigem para sua
aplicabilidade interpretação precisa para sua utilização, sendo assim vale enfatizar que tratar de
benefícios fiscais requer precaução e segurança.

Tipos de Benefícios Fiscais:


Para os efeitos da legislação tributária, equipara-
se a benefício fiscal e sujeita-se às exigências
para este requeridas, a concessão, sob qualquer
forma, condição ou denominação, de quaisquer
I. A isenção; outros incentivos, benefícios ou favores, dos
quais resulte, direta ou indiretamente, dilação do
II. A redução da base de cálculo do imposto; prazo para pagamento do ICMS ou exoneração,
dispensa, redução, eliminação, total ou parcial,
do ônus do imposto devido na respectiva
operação ou prestação, mesmo que o
cumprimento da obrigação vincule-se à
realização de operação ou prestação posterior
ou, ainda, a qualquer outro evento futuro.

Para melhor visualizar o disposto acima suponhamos que determinado frigorífico tenha
adquirido gado vivo junto a produtor rural, operação esta contemplada com isenção do ICMS,
condicionante para a fruição do benefício do crédito outorgado. Após o abate do animal, o
estabelecimento frigorífico procedeu a venda da carne em operação interestadual com
destino a contribuinte do ICMS (atacadista de carnes), nos seguintes parâmetros:

Valor dos Produtos R$ 200.000,00


Alíquota Interestadual 7%
Benefício Fiscal Red. de BC para o Equivalente a 5%
Percentual de Determinação da Base de Cálculo do ICMS 71,43% (5% /7%)
Base de Cálculo do ICMS R$ 142.860,00
Valor do ICMS a Destacar no Documento Fiscal R$ 10.000,20

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Espécies de Industrialização por encomenda


A industrialização por encomenda caracteriza-se como uma operação em que,
determinado estabelecimento remete insumos (matéria-prima, produto
intermediário e material de embalagem) a um estabelecimento industrial, para
que este submeta estes insumos a um processo industrial e retorne esses
produtos industrializados ao estabelecimento encomendante.
A prática mais frequente neste tipo de operação, é a situação em que o próprio
estabelecimento encomendante remete os insumos ao estabelecimento industrial
e este retorna o produto acabado ao estabelecimento encomendante.
Porém neste tópico iremos tratar também da operação de industrialização por
encomenda, quando a mercadoria a ser utilizada como matéria prima for
entregue ao industrializador diretamente pelo fornecedor (sem transitar pelo
estabelecimento do adquirente) (anexo IX – decreto 43.080/02);

Insumos Enviados pelo Encomendante Diretamente ao Industrializador

NF1 - Remessa para Industrialização


CFOP: 5.901/6.901

Registro na Entrada
CFOP: 1.901/2.901

Registro na Entrada
CFOP: 1.902/2.902
1.124/2.124
1.903/2.903

NF2- Retorno da Industrialização:


CFOP: 5.902/6.902
Industrialização por Encomenda:
CFOP: 5.124/6.124
Retorno da Matéria Prima não Aplicada na Industrialização:
CFOP: 5.903/6.903

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NF1: Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento autor da encomenda


O estabelecimento autor da encomenda emite nota fiscal de saída escriturada normalmente, no
livro Registro de saídas, conforme orientações abaixo:
• sem destaque do imposto no documento fiscal;
• no campo "Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), o código 5.901 ou 6.901.
Observação: Nota fiscal de remessa para industrialização, sem ICMS.

NF2: Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento industrializador


A saída dos produtos resultantes da industrialização, o estabelecimento industrial deverá emitir
nota fiscal em nome do encomendante:
• Nota Fiscal de Retorno: retorno simbólico dos insumos recebidos para industrialização; com a
qualificação do remetente das matérias-primas; no campo "Código Fiscal de Operações e
Prestações (CFOP), o código 5.902/6.902.

• Nota Fiscal de industrialização: com destaque de ICMS, se devido, calculado sobre o valor
agregado para o produto acabado; no campo "Código Fiscal de Operações e Prestações
(CFOP), o código 5.124/6.124.
• Nota Fiscal de Retorno de insumos não aplicados: com a qualificação do remetente das
matérias-primas; sem destaque de ICMS; no campo "Código Fiscal de Operações e Prestações
(CFOP), o código 5.903/6.903.

Insumo Entregue ao Industrializador Diretamente pelo Fornecedor (Sem


Transitar pelo Estabelecimento do Adquirente)

Na operação em que um estabelecimento mandar industrializar mercadoria, com fornecimento de


matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem, remetido ao industrializador, sem
transitar pelo estabelecimento adquirente, devem ser observados os seguintes procedimentos:

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1- Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento fornecedor


1º Passo:
• emitir nota fiscal em nome do estabelecimento adquirente;
• o destaque do imposto, se este for devido;
• CFOP: 5.122/6.122 ou 5.123/6.123 - Venda de produção do estabelecimento remetida para
industrialização, por conta e ordem do adquirente, sem transitar pelo estabelecimento do
adquirente.
2º Passo:
• emitir nota fiscal em nome do estabelecimento industrializador, para acompanhar as matérias-
primas;
• Sem destaque do imposto;
• com a qualificação do adquirente, por cuja conta e ordem é feita a remessa;
• a indicação, pelo número, série, se houver, data;
• CFOP: 5.924/6.924 - Remessa para industrialização por conta e ordem do adquirente da
mercadoria, quando esta não transitar pelo estabelecimento do adquirente.

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Observações:

2- Emissão de nota fiscal pelo estabelecimento industrializador


A saída dos produtos resultantes da industrialização, o estabelecimento industrial deverá emitir
nota fiscal em nome do encomendante:
• Nota Fiscal de Retorno: o valor da mercadoria recebida para industrialização, sobre o qual
não haverá destaque do imposto com a utilização dos CFOP 5.902 (interna) ou 6.902
(interestadual);

Nota Fiscal de industrialização: o valor agregado no respectivo processo,


assim entendido o preço efetivamente cobrado do encomendante, nele se
incluindo o valor do serviço prestado e dos demais insumos não fornecidos pelo
encomendante, sobre o qual deve ser destacado o imposto, se devido, aplicando-
se a mesma tributação, definida em legislação, para o produto final - CFOP
5.125/6.125;
Nota Fiscal de Retorno de insumos não aplicados: com a qualificação do
remetente das matérias-primas; sem destaque de ICMS; no campo "Código
Fiscal de Operações e Prestações (CFOP), o código 5.903/6.903.

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3.2 Venda para Entrega Futura


A operação de venda para entrega futura é a venda de mercadoria já produzida ou
adquirida, mas que, por conveniência ou interesse do comprador, continua em poder da
vendedora, transformando-se esta em mera depositária da mercadoria vendida.
Na venda para entrega futura, pode ser emitida nota fiscal, sem destaque do imposto, na
qual deve-se mencionar que a sua emissão se destina a simples faturamento, hipótese
em que o ICMS deve ser pago por ocasião da efetiva saída da mercadoria do
estabelecimento vendedor” (art. 40 do Convênio SINIEF de 1970).
Por ocasião da efetiva saída global ou parcial da mercadoria, o vendedor deve emitir
nota fiscal em nome do adquirente, com destaque do valor do imposto, quando devido,
indicando-se além dos requisitos exigidos, como natureza da operação, REMESSA -
ENTREGA FUTURA, bem como número, data e valor da operação da nota fiscal relativa
ao simples faturamento, utilizando-se dos seguintes CFOP’s, conforme o caso:

NF1: Simples faturamento sem ICMS - CFOP: 5.922/6.922 Registro de


entrada da
NF1: CFOP
1.922/2.922

Vendedor Adquirente

NF2: Remessa de entrega futura com ICMS:


CFOP: 5.116/6.116 - produção própria
Registro de
CFOP: 5.117/6/117 - adquirida para revenda
entrada da NF2:
CFOP 1.116/2.116 -
para
industrialização:
CFOP 1.117/2.117
comercialização

Observação:
NF1: Nota "Simples Faturamento - Entrega Futura" sem destaque de ICMS (art. 31 do Anexo XII do RCTE).
Emissão opcional somente para efeito financeiro.
NF2: Nota fiscal de "Remessa - Entrega Futura". Acoberta a efetiva entrega da mercadoria com
destaque de ICMS, se devido e dados da NF1 (modelo, série, número, data da emissão, valor total).

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3.4 Consignação Mercantil


Consignação Mercantil é a operação entre duas empresas em que a primeira,
chamada consignante, fornece mercadoria a outra, chamada consignatário, para
que seja vendida por ele, com prazo determinado ou não.
Consignação: é a operação pela qual o contribuinte envia mercadoria a outro
contribuinte para ser comercializada por sua conta (Ajuste SINIEF 2/93).

• Consignante ou consignador: é o remetente da mercadoria;


• Consignatário: é o recebedor da mercadoria;

NF1: Remessa em consignação: CFOP:


5.917/6.917
Terceiro

NF3: Devolução simbólica de


mercadoria recebida
anteriormente em consignação.
CFOP: 5.919/6.919.

Consignante
ou Consignatário
Consignador NF4: Simples faturamento - Venda de mercadoria
remetida anteriormente em consignação mercantil.
CFOP: 5.113/6.113 (produção); 5.114/6.114 (revenda) NF2: Venda de
mercadoria
anteriormente em
consignação.
NF5: Devolução de mercadoria em consignação CFOP:
não vendida. CFOP: 5.918/6.918 5.115/6.115

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1. REMESSA DAS MERCADORIAS


Na remessa da mercadoria em consignação mercantil o consignante deve:
a) Emitir nota fiscal de "Remessa em Consignação Mercantil";
b) com destaque do ICMS e do IPI, quando devidos, sendo a base de cálculo igual ao valor da
operação;
c) CFOP: 5.917 ou 6.917;
Observação: o consignatário deve lançar a nota fiscal de remessa em consignação mercantil, no
livro Registro de Entradas, creditando-se do valor do imposto, quando permitido;
2. FATURAMENTO
Na venda da mercadoria remetida a título de consignação mercantil o consignatário deve:
a) Emitir nota fiscal de "VENDA DE MERCADORIA RECEBIDA EM CONSIGNAÇÃO";
b) com destaque do ICMS, tendo como base de cálculo o valor da operação de que decorrer a
venda;
c) CFOP: 5.115 ou 6.115;

3. DEVOLUÇÃO SIMBÓLICA PELO CONSIGNATÁRIO


A devolução simbólica ocorrerá quando a mercadoria anteriormente enviada em consignação for
efetivamente vendida pelo consignatário.
O consignatário emitirá a nota fiscal de devolução simbólica da mercadoria ao consignante, das
quantidades efetivamente vendidas, contendo:
a) Emitir nota fiscal de "DEVOLUÇÃO SIMBÓLICA DE MERCADORIA RECEBIDA
ANTERIORMENTE EM CONSIGNAÇÃO", com a expressão: "Nota Fiscal emitida em função de
venda de mercadoria recebida em consignação pela nota fiscal nº XX" (modelo, série, número e
data da emissão), no campo Informações Complementares.
b) CFOP: 5.919/6.919.
Observação: a nota fiscal de devolução simbólica de mercadoria recebida em consignação deve
ser registrada, no livro Registro de Entradas do consignante, apenas nas colunas "Documento
Fiscal" e "Observações", indicando nesta a expressão: "Compra em Consignação" e dados da
Nota Fiscal 2 (MODELO (modelo, série, nº e data de emissão);

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4. DOCUMENTO FISCAL DE VENDA PELO CONSIGNANTE – SIMPLES FATURAMENTO


O faturamento pelo consignante das mercadorias enviadas em consignação, será efetuado após o
envio da nota fiscal de devolução simbólica emitida pelo consignatário.
O consignante deve:
a) Emitir nota fiscal de "Venda";
b) sem destaque do ICMS e do IPI;
c) CFOP 5.113/6.113 ou 5.114/6.114; contendo a expressão: SIMPLES FATURAMENTO DE
MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO e dados da Nota Fiscal 2 (modelo, série, nº e data de
emissão), sendo o valor da operação: o valor correspondente ao preço da mercadoria
efetivamente vendida, neste incluído, quando for o caso, o valor relativo ao reajuste do preço;
Observação: O consignante deve lançar a Nota Fiscal 4, no livro Registro de Saídas, apenas nas
colunas DOCUMENTO FISCAL e OBSERVAÇÕES, indicando nesta a expressão: VENDA EM
CONSIGNAÇÃO - e dados da Nota Fiscal 2 (modelo, série, nº e data de emissão) -.

4. DEVOLUÇÃO MERCADORIA NÃO VENDIDA


A devolução efetiva da mercadoria ocorrerá quando da devolução física da mercadoria, parcial ou
total, recebida anteriormente em consignação, quando não ocorrer à comercialização pelo
consignatário.
Devolução da Mercadoria Recebida em Consignação e não Vendida o consignatário deve:
a) Emitir nota fiscal de Devolução de Mercadoria Recebida em Consignação;
b) com destaque o ICMS e indicação do IPI nos valores debitados, por ocasião da remessa em
consignação, quando devidos;
c) natureza da operação: "Devolução de Mercadoria Recebida em Consignação"; CFOP:
5.918 ou 6.918;
d) e a expressão: DEVOLUÇÃO (PARCIAL OU TOTAL, CONFORME O CASO) DE
MERCADORIA EM CONSIGNAÇÃO e dados da Nota Fiscal 2 (modelo, série, nº e data de
emissão), sendo a base de cálculo, o valor da mercadoria efetivamente devolvida, sobre o qual foi
pago o imposto;

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3.5 Venda a Ordem (Triangular)


Venda à ordem é a denominação dada à operação cuja mercadoria permanece na
posse do vendedor e será entregue, por conta e ordem do adquirente, a outro
estabelecimento da mesma empresa ou em estabelecimento de terceiros.
Na venda à ordem, há três figuras: duas empresas e um destinatário que poderá ser
pessoa natural ou jurídica, contribuinte ou não do ICMS.
Normalmente, esta operação ocorre quando, o adquirente original efetua a aquisição
de qualquer mercadoria, porém esta mercadoria não transita pelo seu
estabelecimento, sendo entregue pelo fornecedor, por conta e ordem do adquirente
original, para um terceiro envolvido, o chamado destinatário da mercadoria.
Na operação de venda à ordem, por ocasião da entrega global ou parcial da
mercadoria a terceiro, devem ser adotados os seguintes procedimentos:

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1. ADQUIRENTE ORIGINAL
Nota Fiscal de Venda pelo adquirente original:
a) emitir nota fiscal em nome do destinatário da mercadoria;
b) com destaque do imposto quando devido;
c) CFOP: 5.120/6.120; natureza da operação venda de mercadoria adquirida ou recebida de
terceiros entregue ao destinatário pelo vendedor remetente, em venda à ordem, consignando-se,
além dos requisitos exigidos, nome do titular, endereço e números de inscrição, estadual e no
CNPJ, do estabelecimento que irá promover a remessa da mercadoria (dados do fornecedor) –
2. REMESSA POR CONTA E ORDEM DO ADQUIRENTE ORIGINAL
Nota fiscal de remessa por conta e ordem do adquirente original:
a) emitir nota fiscal em nome do destinatário, para acompanhar o transporte da mercadoria;
b) sem destaque do valor do imposto;

c) CFOP: 5.923/6.923; natureza da operação REMESSA POR CONTA E ORDEM DE


TERCEIROS, número, série e data da nota fiscal de venda do adquirente originário, bem como o
nome, endereço e números de inscrição, estadual e no CNPJ, do seu emitente (dados do
adquirente originário);
3. VENDA ORIGINAL
Venda original - remessa simbólica em venda à ordem:
a) emitir nota fiscal em nome do adquirente original;
b) com destaque do imposto, se este for devido;
c) CFOP: 5.118/6.118 (produção própria) ou 5.119/6.119, em se tratando de mercadoria adquirida
de terceiros; natureza da operação, REMESSA SIMBÓLICA - VENDA À ORDEM, número e série
da nota fiscal de remessa por conta e ordem do adquirente original (Ajuste/SINIEF 01/87).

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4- Substituição Tributária
A responsabilidade pelo pagamento do ICMS, como regra, é da pessoa que promove
a circulação de mercadorias ou a prestação de serviços sujeitos ao imposto.
A substituição tributária pode ser aplicada às operações ou prestações anteriores
(diferimento), concomitantes ou subsequentes.
O Convênio ICMS nº 81/1993 estabelece normas gerais a serem aplicadas ao regime
de substituição tributária, instituído por acordos firmados entre os Estados e o DF
(convênios ou protocolos), podendo as Unidades da Federação (UF) estabelecer
normas específicas ou complementares às descritas neste procedimento.
Ressaltamos que o Convênio ICMS n° 81/1993 teve sua vigência até o dia
31.12.2017. A partir de 1º.01.2018 entra em vigor o Convênio ICMS n° 52/2017 que
passa a disciplinar a substituição tributária.

Contribuintes substituto e substituído


Contribuinte substituto (ou sujeito passivo por substituição) é aquele que a legislação determina
como responsável pelo recolhimento do imposto em relação às operações subsequentes.
Contribuinte substituído é aquele que recebe a mercadoria cuja retenção antecipada do ICMS já
tenha ocorrido em etapa anterior.

Não aplicação da substituição tributária


O regime de substituição tributária não se aplica:
• às operações que destinem mercadorias a sujeito passivo por substituição da mesma
mercadoria;
• às transferências para outro estabelecimento, exceto varejista, do sujeito passivo por
substituição, hipótese em que a responsabilidade pela retenção e pelo recolhimento do imposto
recairá sobre o estabelecimento que promover a saída da mercadoria com destino a empresa
diversa.
• mercadorias ou bens relacionados no Convênio ICMS n° 149/2015, se fabricados em escala
industrial não relevante (Simples Nacional)

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CEST
O Cest deverá constar no documento fiscal a partir de:
a) 1º.07.2017, para a indústria e o importador;
b) 1º.10.2017, para o atacadista; e
c) 1º.04.2018, para os demais segmentos econômicos.
O Cest está previsto no Convênio ICMS nº 92/2015 , e a partir de 1º.01.2018 no convênio ICMS n°
52/2017 , que estabelece a sistemática de uniformização e identificação das mercadorias e dos
bens passíveis de sujeição ao regime de substituição tributária e de antecipação de recolhimento
com o encerramento da tributação, relativos às operações subsequentes.

Notas:
(1) A Nota Técnica nº 3/2015 alterou o leiaute da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), para atender à
necessidade de identificar o Cest nas operações com mercadorias passíveis de aplicação do
regime de tributação.
(2) O Convênio ICMS nº 92/2015 foi revogado pelo Convênio ICMS nº 52/2017 , nos termos da
cláusula trigésima terceira, III, na redação dada pelo Convênio ICMS nº 62/2017 , com efeitos a
partir de 1º.01.2018.

Mercadorias sujeitas a substituição tributária


Em MG as mercadorias sujeitas a substituição tributária por convênio ou protocolo
estão listadas dos incisos XV do Decreto nº 43.080/02 – RICMS/02 – MG, a seguir:
1- Autopeças
2- Bebida 15 – Plásticos
4- Cigarro e outros Produtos derivados do fumo 16 - Pneumático
5- Cimento 17 – Produtos Alimentícios
6- Combustíveis e Lubrificantes 18 – Produtos de Papelaria
7 - Energia Elétrica 20 – Produto Perfumaria, Higiene e Cosméticos
8 – Ferramentas 21 – Produtos Eletrônicos, Eletroeletrônico e
9 – Lâmpadas, reator e "starter“ Eletrodomésticos
10 - Material de construção 22 - Ração tipo "pet" para animais domésticos*
11 – Material de Limpeza 23 – Sorvetes
12 - Material elétrico* 24 - Tinta e Verniz
13 – Medicamentos 25 - Veículo Automotor novo e de 02 Rodas
14 – Papéis, Plásticos, Produtos Cerâmicos e 27 - Vidros
Vidros 28 - Marketing direto

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MVA Original e Ajustada


MVA Original:
Deve ser utilizada em operações internas por remetentes do regime normal e optantes
pelo simples nacional; e em operações interestaduais por remetentes optantes pelo
Simples Nacional, conforme dispõe o Convênio ICMS nº 35/2011 e § 2º da Cláusula
décima primeira do Convênio ICMS nº 52/2017.
MVA Ajustada:
Deve ser utilizada em operações interestaduais por empresas do regime normal de
tributação:
Cálculo da MVA Ajustada:
A MVA Ajustada será determinada com a aplicação da seguinte fórmula:
MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ Inter) / (1 - ALQ intra)] -1} x 100

Onde:
• MVA ajustada" é o percentual correspondente à margem de valor agregado a ser
utilizada para apuração da base de cálculo relativa à substituição tributária na operação
interestadual;
• "MVA-ST original" é o coeficiente correspondente à margem de valor agregado
estabelecida na legislação da unidade federada de destino ou previsto nos respectivos
convênios e protocolos;
• "ALQ inter" é o coeficiente correspondente à alíquota interestadual aplicável à
operação;
• "ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquota interna ou percentual de carga
tributária efetiva, quando este for inferior à alíquota interna, praticada pelo contribuinte
substituto da unidade federada de destino.
VAMOS A UM EXEMPLO PRÁTICO:

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Consideremos as seguintes informações:


• MVA-ST original: 35%
• Alíquota Inter: 7%
• Alíquota Intra: 17%

MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ Inter) / (1 - ALQ intra)] -1} x 100
MVA ajustada = {[(1+ 0,35) x (1 – 0,07) / (1 – 0,17)] -1} x 100
MVA ajustada = {[1,35 x 0,93 / 0,83] -1} x 100
MVA ajustada = {1,5127 -1} x 100
MVA ajustada = 0,5127 x 100
MVA ajustada = 51,27%

4.2 Cálculos Práticos


Vamos considerar hipoteticamente as seguintes informações:
• Empresa Goiana: Comércio Varejista de Tintas; adquirindo mercadoria nacional
para revenda do estado de Minas Gerais.
• Valor das mercadorias: R$ 5.000,00
• Frete: R$ 1.000,00
• ICMS Normal destacado na nota fiscal: 7%
• Alíquota Interna Destino: 17%
• MVA – Ajustada: 51,27%

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CÁLCULO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

BC ICMS-ST = {(R$ 5.000,00 + R$ 1.000,00) + 51,27%}


BC ICMS-ST = R$ 6.000,00 + 51,27%
BC ICMS-ST = R$ 9.076,20

ICMS-ST = R$ 9.076,20 x 17%


ICMS-ST = R$ 1.542,95 – R$ 420,00
ICMS-ST = R$ 1.122,95
O responsável pela retenção, apuração e pagamento do ICMS-ST é o remetente da
mercadoria, sendo assim, na nota fiscal de aquisição tal valor será destacado em
campo próprio e comporá o valor total da nota fiscal. Porém se por qualquer motivo
o remetente deixar de reter o imposto o destinatário como responsável solidário
deverá calcular e recolher o ICMS-ST pela entrada da mercadoria em seu
estabelecimento.

2º CASO PRÁTICO:

Vamos considerar hipoteticamente as seguintes informações:


• Remetente Optante pelo Simples Nacional, vendendo laminas de
barbear para empresa de Tocantins que irá revender a mercadoria;
• Valor da mercadoria: R$ 3.000,00
• Frete: R$ 1.200,00
• Despesas acessórias: R$ 200,00
• IPI: R$ 440,00
• Alíquota interestadual origem: 12%
• Alíquota interna destino: 18%
• MVA Original: 30%

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CÁLCULO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

BC ICMS-ST = {(R$ 3.000,00 + R$ 1.200,00 + R$ 200,00 + R$ 440,00) + 30%}


BC ICMS-ST = R$ 4.840,00 + 30%
BC ICMS-ST = R$ 6.292,00

ICMS-ST = R$ 6.292,00 x 18%


ICMS-ST = R$ 1.132,56 – R$ 528,00
ICMS-ST = R$ 604,56

O IPI não compõe base de cálculo do ICMS Normal quando a mercadoria é


destinada a comercialização, industrialização ou produção.

A base de cálculo do ICMS ST é o preço da mercadoria acrescida dos valores


correspondentes a frete, seguro, impostos, contribuições e outros encargos
transferíveis ou cobrados do destinatário, adicionada da MVA aplicável a operação.

3º CASO PRÁTICO:

Vamos considerar hipoteticamente as seguintes informações:


• Remetente Regime Normal, revendendo aparelho celular para
empresa revendedora em São Paulo;
• Valor da mercadoria: R$ 10.000,00
• Frete: R$ 500,00
• Despesas acessórias: R$ 75,00
• Alíquota interestadual origem: 4% (mercadoria estrangeira)
• Alíquota interna destino: 18%
• MVA Ajustada: 26,07%

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CALCULANDO A MVA AJUSTADA:

MVA ajustada = {[(1+ MVA-ST original) x (1 - ALQ Inter) / (1 - ALQ intra)] -1} x 100
MVA ajustada = {[(1+ 0,09) x (1 – 0,04) / (1 – 0,18)] -1} x 100
MVA ajustada = {[1,09 x 0,96 / 0,82] -1} x 100
MVA ajustada = {1,2761 -1} x 100
MVA ajustada = 0,2761 x 100
MVA ajustada = 27,61%

CÁLCULO DO ICMS SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA:

BC ICMS-ST = {(R$ 10.000,00 + R$ 500,00 + R$ 75,00) + 27,61%}


BC ICMS-ST = R$ 10.575,00 + 27,61%
BC ICMS-ST = R$ 13.494,75

ICMS-ST = R$ 13.494,75 x 18%


ICMS-ST = R$ 2.429,05 – R$ 423,00
ICMS-ST = R$ 2.006,05

Neste caso o ICMS-ST deverá ser recolhido por meio de GNRE instantaneamente.

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5.1 Diferencial de Alíquotas – Contribuintes


O fato gerador do Diferencial de Alíquotas é a entrada de mercadoria ou bem oriundo de outro
Estado destinados a estabelecimento de contribuinte para seu uso, consumo final ou integração
ao ativo imobilizado.
O valor a ser recolhido será obtido pela aplicação da diferença entre a alíquota interna em MG e a
interestadual aplicável no Estado de origem sobre a base de cálculo.
Vejamos um exemplo prático:
Base de cálculo conforme art. 65, III:
BCDIFAL= VTNANTES DIFAL / 1 – AICMS INTRA
Onde:
BCDIFAL = base de cálculo do diferencial de alíquotas;
VTNANTES DIFAL = valor total da nota antes da obtenção do valor do diferencial de alíquotas;
AICMS INTRA = alíquota prevista para as operações ou prestações internas;

No caso da alíquota interestadual aplicável à operação de saída para MG seja de 7% (Regiões


Sul, Sudeste, exceto Espírito Santo) e alíquota interna 17%, considerando-se um valor da
operação de R$1.000,00 (já incluído o IPI), teríamos:

Base de cálculo do DIFAL= 1.000/ (1-0,17) = 1.204,82


Diferença entre alíquota interna e interestadual = 17 – 7 = 10%
ICMS diferencial de alíquotas = 1.204,82 * 10% = 120,48;

As empresas do regime normal devem recolher o diferencial de alíquotas juntamente com o ICMS
normal devido no período, o qual deverá ser lançado como Ajuste de Débito na apuração ICMS do
SPED Fiscal.

Já as empresas optantes pelo simples nacional devem recolher o diferencial de alíquotas no prazo
definido pela legislação estadual.

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5.2 Diferencial de Alíquotas – Não Contribuintes


Através da Emenda Constitucional 87/2015 foi instituído, com vigência a partir de 2016, o
“Diferencial de Alíquotas do ICMS a Consumidor Final não Contribuinte”.
Nas operações e prestações que destinem bens e serviços a consumidor final,
contribuinte ou não do imposto, localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquota
interestadual e caberá ao Estado de localização do destinatário o imposto
correspondente à diferença entre a alíquota interna do Estado destinatário e a alíquota
interestadual.
RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO DIFAL
A responsabilidade pelo recolhimento do imposto correspondente à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual será atribuída:
a) ao destinatário, quando este for contribuinte do imposto;
b) ao remetente, quando o destinatário não for contribuinte do imposto

O imposto correspondente à diferença entre a alíquota interna e a interestadual será


partilhado entre os Estados de origem e de destino, na seguinte proporção:

ANO DESTINO ORIGEM


2016 40% 60%
2017 60% 40%
2018 80% 20%
2019 100% 0%
ADICIONAL AO FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA - COM AS
NOVAS REGRAS ESTABELECIDAS PELA EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015,
QUE PRODUZIRÁ EFEITOS A PARTIR DE 1º DE JANEIRO DE 2016
Em relação ao calculo do DIFAL previsto na emenda constitucional nº 87/2015, se houver
incidência de adicional de ICMS destinado ao fundo de combate a pobreza este deverá
ser considerado para o calculo do ICMS “por dentro” e recolhido separadamente para o
Estado de destino.

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FUNDO DE COMBATE E ERRADICAÇÃO DA POBREZA


O adicional de até 2% (dois por cento) destinado ao Fundo de Combate a
Pobreza, deve ser levado em conta no cálculo do diferencial relativo as
mercadorias relacionadas neste Estado.

EXEMPLO:
Então, se a alíquota prevista para determinada operação interna neste Estado for
19% (dezenove por cento), nesta incluído adicional de 2% (dois por cento), o
cálculo deverá ser feito utilizado percentual de 17% (dezessete por cento) e 2%
(dois por cento), separadamente.

EXEMPLO PRÁTICO
O ICMS devido ás unidades federadas de origem e destino deve ser calculado,
conforme disposto na cláusula segunda do Convênio ICMS 93/2015, por meio da
aplicação das seguintes fórmulas:
ICMS origem = BC x ALQ inter
ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem
Onde:
BC = base de cálculo do imposto, observadas regras para composição da base
de cálculo;
ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à operação ou prestação;
ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação ou prestação no Estado de
destino.”

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EXEMPLO PRÁTICO
Mercadoria destinada a Goiás cuja alíquota interna seja 17% e sendo o Estado
de origem Minas Gerais e o valor da operação (somado todos os custos, inclusive
o próprio ICMS) no valor de R$1.000,00, temos:
• Base de cálculo (com ICMS) = 1.000
• ICMS origem = BC x ALQ inter = 1.000 * 7% = 70,00
• ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem = (1.000 * 17%) – 70,00 =
100,00
Dessa forma, o recolhimento desse valor fica assim:
no ano de 2016: 40,00 para Goiás e 60,00 para Minas Gerais;
no ano de 2017: 60,00 para Goiás e 40,00 para Minas Gerais;
no ano de 2018: 80,00 para Goiás e 20,00 para Minas Gerais;

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Capitulo 5 - Simples Nacional -


Regras 2018
1- Conceito de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte
2- Receita Bruta
3- Devolução de Mercadoria
4- Cancelamento (Anulação) fora do período de Apuração
5- Sublimites para o ISS e ICMS
6- Anexos vigentes a partir de 01/01/2018
7- Determinação das alíquotas efetivas
8- Fator “r”
9- Prazo para Opção no Simples Nacional
10- Vedação a Opção pelo Simples Nacional
11- Novo Diferencial de Alíquotas do Simples Nacional

1- Conceito de Microempresa e Empresa de Pequeno Porte


Para os efeitos da LC 123/06, consideram-se ME ou EPP, a sociedade empresária, a
sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada – EIRELI e o
empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406/02, devidamente registrados
no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas,
conforme o caso, desde que aufira em cada ano-calendário, receita bruta:

ME Aufira em cada ano-calendário, receita bruta


igual ou inferior a R$ 360.000,00

Aufira em cada ano-calendário, receita bruta


EPP superior a R$ 360.000,00 e igual ou inferior a R$
4.800.000,00 (a partir de 2018)

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Início de Atividade:

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário, os limites descritos


anteriormente serão proporcionais ao número de meses em que a ME ou a EPP
houver exercido atividade, inclusive as frações de meses.
Exemplo Prático
Prático::
Determinada empresa iniciou atividades no dia 02 de agosto de 2018, para
determinação dos limites proporcionais de ME e EPP devemos considerar a
quantidade de 05 (cinco) meses.

Então teremos
teremos::
 ME: 360.000,00 ÷ 12 x 05 = R$ 150.000,00

 EPP: 4.800.000,00 ÷ 12 x 05 = R$ 2.000.000,00

15/01/2018 Opção pelo Simples Nacional

Podem optar pelo Simples Nacional as ME e EPP que não incorram em nenhuma das vedações
previstas na LC 123/06.

1 - EMPRESAS EM ATIVIDADE
Para as empresas já em atividade, a solicitação de opção poderá ser feita em janeiro/2019, até o
último dia útil (31/01/2019). A opção, se deferida (aceita), retroagirá a 01/01/2019.

2 - EMPRESAS EM INÍCIO DE ATIVIDADE


Para empresas em início de atividade, o prazo para solicitação de opção é de 30 dias contados do
último deferimento de inscrição (municipal ou estadual, caso exigíveis), desde que não tenham
decorridos 180 dias da data de abertura constante do CNPJ. Quando deferida, a opção produz
efeitos a partir da data da abertura do CNPJ. Após esse prazo, a opção somente será possível no mês de
janeiro do ano-calendário seguinte.

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3 - SOLICITAÇÃO DE OPÇÃO E CANCELAMENTO PELA INTERNET

A solicitação é feita somente na internet, por meio do Portal do Simples Nacional (em Simples -
Serviços > Opção > Solicitação de Opção pelo Simples Nacional), sendo irretratável para todo o
ano-calendário. Durante o período da opção, é permitido o cancelamento da solicitação da Opção
pelo Simples Nacional, salvo se o pedido já houver sido deferido. O cancelamento não é permitido
para empresas em início de atividade.

4 - REGULARIZAÇÃO DE PENDÊNCIAS – DENTRO DO PRAZO DE OPÇÃO

Enquanto não vencido o prazo para a solicitação da opção, o contribuinte poderá regularizar
eventuais pendências impeditivas ao ingresso no Simples Nacional.

Parcelamento de débitos do Simples Nacional

O pedido de parcelamento pode ser feito no Portal do Simples Nacional ou no Portal e-CAC da RFB,
no serviço “Parcelamento – Simples Nacional”.

OCUPAÇÕES SUPRIMIDAS PARA O


MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL (MEI)
A partir de 2018 deixarão de ser autorizadas para o MEI as seguintes ocupações:

• Arquivista de Documentos;
• Contador(a)/Técnico(a) Contábil; e
• Personal Trainer.

O MEI que atue nessas atividades terá que solicitar seu desenquadramento no
Portal do Simples Nacional.

O desenquadramento de ofício dessas ocupações por parte das administrações


tributárias poderá ser efetuado a partir do segundo exercício subsequente à
supressão da referida ocupação.

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3- PROFISSIONAIS CONTRATADOS POR MEIO DE PARCERIA

Os valores repassados aos profissionais (Cabeleireiro, Barbeiro, Esteticista,


Manicure, Pedicure, Depilador e Maquiador) de que trata a Lei nº 12.592/12,
contratados por meio de parceria, nos termos da legislação civil, NÃO
INTEGRARÃO a receita bruta da empresa contratante para fins de tributação,
cabendo ao contratante a retenção e o recolhimento dos tributos devidos pelo
contratado.

 Para melhor esclarecimento, segue exemplo:

Exemplo:

Considere que a empresa “SEMPRE LINDA LTDA” cuja atividade é de “EMBELEZAMENTO


CAPILAR” tenha prestado serviços de cabeleireiro para o cliente “fulano de tal” pelo valor de R$
1.000,00 (Hum mil reais). Considere ainda que a empresa tenha feito contrato por meio de
parceria com um profissional que preste serviço de cabelereiro e que em relação a esse serviço
tenha repassado ao profissional cabelereiro um valor de R$ 400,00. Então, de acordo com o §
1º-A do artigo 13 da LC nº 123/06, a receita bruta da empresa será de:

Prestação de serviços de Cabelereiro R$ 1.000,00


Valor a repassar ao profissional cabelereiro R$ (400,00)
Receita bruta passível de tributação no Simples Nacional R$ 600,00

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SALÕES DE BELEZA
A partir de 2018, os valores repassados aos profissionais de que trata a Lei nº
12.592/12, contratados por meio de parceria, não integrarão a receita bruta da
empresa contratante para fins de tributação, cabendo ao contratante a retenção
e o recolhimento dos tributos devidos pelo contratado.

Foram criadas duas novas figuras, o salão-parceiro e o profissional-parceiro.

O salão-parceiro não poderá ser MEI.

Regras para Emissão das Notas Fiscais

O salão-parceiro deverá emitir ao consumidor documento fiscal unificado relativo


às receitas de serviços e produtos neles empregados, discriminando-se as cotas-
parte do salão-parceiro e do profissional parceiro, bem como o CNPJ deste.

O profissional-parceiro emitirá documento fiscal destinado ao salão-parceiro


relativamente ao valor das cotas-parte recebidas.

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TRIBUTAÇÃO DAS RECEITAS

A receita obtida pelo salão-parceiro e pelo profissional-parceiro deverá ser tributada


na forma prevista:

• no Anexo III da LC 123/2006, quando aos serviços e produtos neles


empregados, e

• no Anexo I da LC 123/2006, quanto aos produtos e mercadorias


comercializados.

Será considerada como receita auferida pelo MEI que atue como profissional-
parceiro a totalidade da cota-parte recebida do salão-parceiro.

Impostos e Contribuições Abrangidos pelo


Simples Nacional

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IMPOSTOS: CONTRIBUIÇÕES:
Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica-IRPJ Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
Contribuição para o Financiamento da Seguridade
Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI
Social (COFINS), exceto na operação com
exceto na operação com importação
importação
Imposto sobre Operações Relativas à Circulação
de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Contribuição para o PIS/Pasep, exceto na
Transporte Interestadual e Intermunicipal e de operação com importação
Comunicação (ICMS)
Contribuição Patronal Previdenciária (CPP) para a
Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de
(ISS) que trata o art. 22 da Lei n º 8.212, de 24 de julho
de 1991

2- Receita Bruta

 o produto da venda de bens e serviços


nas operações de conta própria;

Considera-se Receita Bruta,


Bruta
para fins da definição de ME  o preço dos serviços prestados; e
e EPP:

 o resultado nas operações em conta


alheia.

Não se incluí na receita bruta as vendas canceladas e os descontos incondicionais concedidos.

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COMPÕEM TAMBÉM A RECEITA BRUTA:


• o custo do financiamento nas vendas a prazo, contido no valor dos bens ou
serviços ou destacado no documento fiscal;
• as gorjetas, sejam elas compulsórias ou não;
• os royalties, aluguéis e demais receitas decorrentes de cessão de direito de uso ou
gozo; e
• as verbas de patrocínio.
NÃO COMPÕEM A RECEITA BRUTA:
• a venda de bens do ativo imobilizado;
• os juros moratórios, as multas e quaisquer outros encargos auferidos em
decorrência do atraso no pagamento de operações ou prestações;
• a remessa de mercadorias a título de bonificação, doação ou brinde, desde que
seja incondicional e não haja contraprestação por parte do destinatário;

• a remessa de amostra grátis;


• os valores recebidos a título de multa ou indenização por rescisão contratual, desde que
não corresponda à parte executada do contrato.
• para o salão-parceiro de que trata a Lei nº 12.592, de 18 de janeiro de 2012, os valores
repassados ao profissional-parceiro, desde que este esteja devidamente inscrito no CNPJ.

CONCEITO DE IMOBILIZADO E INTANGIVEL


Consideram-se bens do ativo imobilizado, ativos tangíveis:
• que sejam disponibilizados para uso na produção ou fornecimento de bens ou serviços, ou
para locação por outros, para investimento, ou para fins administrativos; e
• cuja desincorporação ocorra a partir do décimo terceiro mês contado da respectiva entrada.
• Imobilizado que fique no ativo da empresa até o 13º mês, alienação após esse período é
ganho de capital. Caso contrário terá que tributar toda a receita da alienação no PGDAS.

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5- Sublimites para o ISS e ICMS

A Resolução CGSN nº 136 divulgou os sublimites vigentes para efeito de


recolhimento de ICMS e ISS no Simples Nacional no ano-calendário de 2018, com os
seguintes valores:

R$ 1.800.000,00: Acre, Amapá e Roraima


R$ 3.600.000,00: demais Estados e Distrito Federal

O limite anual de faturamento para figurar na condição de optante pelo Simples


Nacional a partir de 2018 será de R$ 4.800.000,00.

No entanto, para fins de recolhimento do ICMS e ISS, terão vigência os sublimites


acima descritos.

A empresa que superar esses sublimites deverá quitar referidos impostos


diretamente junto ao Estado, Distrito Federal ou Município.

MOMENTO DA EXCLUSÃO DO ICMS E ISS DO SIMPLES


NACIONAL

Como vimos no slide anterior MG está sujeito ao sublimite obrigatório de R$


3.600.000,00.

Na hipótese de ultrapassar do referido limite o ICMS e o ISS deverão ser


recolhidos fora do Simples Nacional, diretamente aos Estados, Distrito Federal, e
Municípios.

Determinaremos a seguir o momento da exclusão do ICMS e ISS do Simples


Nacional:

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1ª Situação: Ultrapassagem do Limite em 2017

Considere hipoteticamente as seguintes informações para determinada


empresa em 2017:

Receita Bruta do Período de Apuração: R$ 3.800.000,00 (considere o


período de janeiro a dezembro de 2017)

Observe que a empresa ultrapassou o limite de R$ 3.600.000,00, mas não o


ultrapassou o novo limite para enquadramento da EPP que é de R$
4.800.000,00.

Sendo assim, em 2018 a empresa poderá permanecer enquadrada no Simples


Nacional, no entanto, por ter ultrapassado o sublimite obrigatório, a partir de 01
de janeiro de 2018 recolherá o ICMS e o ISS fora do Simples Nacional.

2ª Situação: Ultrapassagem do Limite em 2018

Considere hipoteticamente as seguintes informações para determinada empresa em


2018:

Sublimite Obrigatório: R$ 3.600.000,00


Majoração em 20%: R$ 3.600.000,00 + 20% = R$ 4.320.000,00

Receita Bruta do Período de Apuração: R$ 3.720.000,00 (Considere o período de


janeiro a dezembro de 2018)

Observe que a empresa ultrapassou o sublimite obrigatório de R$ 3.600.000,00 em


MENOS de 20%.

Sendo assim, o momento da exclusão do ICMS e do ISS do Simples Nacional será o


primeiro dia do ano subsequente que ultrapassar, ou seja:
01 de Janeiro de 2019.

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3ª Situação: Ultrapassagem do Limite em 2018

Considere hipoteticamente as seguintes informações para determinada empresa em


2018:

Sublimite Obrigatório: R$ 3.600.000,00


Majoração em 20%: R$ 3.600.000,00 + 20% = R$ 4.320.000,00

Receita Bruta do Período de Apuração: R$ 4.420.000,00 (considere o período de


janeiro a setembro de 2018)

Observe que a empresa ultrapassou o sublimite obrigatório de R$ 3.600.000,00 em


MAIS de 20%.

Sendo assim, o momento da exclusão do ICMS e do ISS do Simples Nacional será o


primeiro dia do mês subsequente a ultrapassagem, ou seja:
01 de outubro de 2018.

4.1.1- PRAZO PARA INICIO DE APURAÇÃO DO ICMS E ISSQN FORA DO SIMPLES

 EXCESSO DE RECEITA BRUTA NÃO SUPERIOR A 20% (VINTE POR CENTO)

A EPP que ultrapassar os limites de receita bruta a que se referem os itens


anteriores estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e o ISS na forma
do Simples Nacional, a partir do ANO-CALENDÁRIO SUBSEQUENTE àquele em
que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados
na unidade da Federação que os houver adotado.

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EXCESSO DE RECEITA BRUTA SUPERIOR A 20% (VINTE POR CENTO)

A EPP que ultrapassar em mais de 20% os limites de receita bruta a que se


referem os itens anteriores estará automaticamente impedida de recolher o ICMS e
o ISS na forma do Simples Nacional, a partir do MÊS SUBSEQUENTE àquele em
que tiver ocorrido o excesso, relativamente aos seus estabelecimentos localizados
na UF que os houver adotado.

Anexo Atual até Alteração a partir de


Atividade 2017 2018
Micro e pequenas cervejarias - Anexo I ou II

Micro e pequenas vinícolas - Anexo I ou II

Produtores de licores - Anexo I ou II

Micro e pequenas destilarias - Anexo I ou II

Fisioterapia Anexo III Anexo III ou V

Arquitetura e urbanismo Anexo VI Anexo III ou V

Medicina e enfermagem Anexo VI Anexo III ou V

Odontologia e Prótese Dentária Anexo VI Anexo III ou V


Psicologia, terapia, etc. Anexo VI Anexo III ou V
Administração e locação de imóveis de terceiros Anexo V Anexo III ou V

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Anexo Atual até Alteração a partir de


Atividade 2017 2018
Academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes
Anexo V Anexo III ou V
marciais
Academias de atividades físicas, desportivas, de
Anexo V Anexo III ou V
natação e escolas de esportes
Elaboração de programas de computadores Anexo V Anexo III ou V
Licenciamento ou cessão de direito de uso de
Anexo V Anexo III ou V
programas de computação
Empresas montadoras de estandes para feiras Anexo V Anexo III ou V
Laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica
Anexo V Anexo III ou V

Serviços de tomografia, diagnósticos médicos por


imagem, registros gráficos e métodos óticos, bem como Anexo V Anexo III ou V
ressonância magnética
Serviços de prótese em geral Anexo V Anexo III ou V

6.2. FAIXAS DE TRIBUTAÇÃO DOS ANEXOS I AO V

A partir de 01/01/2018 com as alterações oriundas da LC 155/16, todos


os anexos do Simples Nacional serão tributados em apenas 6 faixas,
com alíquotas nominais.

Vale observar que na 6ª Faixa, o ICMS e ISS são tributados fora da


sistemática do Simples Nacional.

Segue os anexos do Simples Nacional com vigência a partir de janeiro


de 2018.
2018

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6- Anexos vigentes a partir de 01/01/2018

Anexo I - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Comércio

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,00% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,30% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 9,50% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 10,70% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,30% 87.300,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 19,00% 378.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos


IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ICMS
1a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
2a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 41,50% 34,00%
3a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
4a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%
6a Faixa 13,50% 10,00% 28,27% 6,13% 42,10% -

Anexo II - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional – Indústria

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 7,80% 5.940,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,00% 13.860,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 11,20% 22.500,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 14,70% 85.500,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,00% 720.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos


IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP IPI ICMS
1a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
2a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
3a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
4a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
5a Faixa 5,50% 3,50% 11,51% 2,49% 37,50% 7,50% 32,00%
6a Faixa 8,50% 7,50% 20,96% 4,54% 23,50% 35,00% -

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Anexo III - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas de locação de bens móveis e de
prestação de serviços não relacionados no § 5º-C do art. 18 da Lei Complementar 123/2006
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 6,00% –
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 13,50% 17.640,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 16,00% 35.640,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 21,00% 125.640,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 648.000,00
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS (*)
1a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50%
2a Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00%
3a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%
4a Faixa 4,00% 3,50% 13,64% 2,96% 43,40% 32,50%
5a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50% (*)
6a Faixa 35,00% 15,00% 16,03% 3,47% 30,50% –
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos tributos
federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for superior a
14,92537%, a repartição será:
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS
5a Faixa, com (Alíquota (Alíquota efetiva – (Alíquota (Alíquota efetiva – (Alíquota efetiva – Percentual de
alíquota efetiva efetiva – 5%) x efetiva – 5%) x 5%) x ISS fixo em
superior a 5%) x 5,26% 5%) x 4,18% 65,26% 5%
14,92537% 6,02% 19,28%

Anexo IV - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços


relacionados no § 5o-C do art. 18 da Lei Complementar 123/2006
Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 4,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 9,00% 8.100,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 10,20% 12.420,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 14,00% 39.780,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 22,00% 183.780,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 33,00% 828.000,00
Faixas Percentual de Repartição dos Tributos
IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS (*)
1a Faixa 18,80% 15,20% 17,67% 3,83% 44,50%
2a Faixa 19,80% 15,20% 20,55% 4,45% 40,00%
3a Faixa 20,80% 15,20% 19,73% 4,27% 40,00%
4a Faixa 17,80% 19,20% 18,90% 4,10% 40,00%
5a Faixa 18,80% 19,20% 18,08% 3,92% 40,00% (*)
6a Faixa 53,50% 21,50% 20,55% 4,45% -
(*) O percentual efetivo máximo devido ao ISS será de 5%, transferindo-se a diferença, de forma proporcional, aos
tributos federais da mesma faixa de receita bruta anual. Sendo assim, na 5a faixa, quando a alíquota efetiva for
superior a 12,5%, a repartição será:
Faixa IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep ISS
5a Faixa, Alíquota efetiva – (Alíquota efetiva – (Alíquota efetiva Alíquota efetiva – Percentual de
comalíquota 5%) x 31,33% 5%) x 32,00% – 5%) x 30,13% 5%) x 6,54% ISS fixo em 5%
efetiva superior a
12,5%

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Anexo V - Alíquotas e Partilha do Simples Nacional - Receitas decorrentes da prestação de serviços


relacionados no § 5o-I do art. 18 da Lei Complementar 123/2006

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 15,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00
4a Faixa De 720.000,01 a 1.800.000,00 20,50% 17.100,00
5a Faixa De 1.800.000,01 a 3.600.000,00 23,00% 62.100,00
6a Faixa De 3.600.000,01 a 4.800.000,00 30,50% 540.000,00

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos


IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS
1a Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00%
2a Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00%
3a Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00%
4a Faixa 21,00% 15,00% 15,74% 3,41% 23,85% 21,00%
5a Faixa 23,00% 12,50% 14,10% 3,05% 23,85% 23,50%
6a Faixa 35,00% 15,50% 16,44% 3,56% 29,50% -

7- Determinação das alíquotas efetivas

O valor devido mensalmente pela microempresa ou empresa de pequeno porte optante


pelo Simples Nacional será determinado mediante aplicação das alíquotas efetivas,
calculadas a partir das alíquotas nominais constantes das tabelas dos Anexos I a V da
Lei Complementar 123/2006, sobre a base de cálculo.
Para efeito de determinação da alíquota nominal, o sujeito passivo utilizará a receita
bruta acumulada nos doze meses anteriores ao do período de apuração.
A alíquota efetiva é o resultado de:

RBT12xAliq-PD
RBT12

em que:

• RBT12: receita bruta acumulada nos doze meses anteriores ao período de apuração;
• Aliq: alíquota nominal constante dos Anexos I a V da Lei Complementar 123/2006;
• PD: parcela a deduzir constante dos Anexos I a V da Lei Complementar 123/2006.

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Exemplo I :

Suponhamos que um contribuinte, comercial, tenha auferido Receita Bruta Total


dos últimos 12 meses no valor de R$ 650.000,00:

 Alíquota efetiva a partir de 2018 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

Receita
Receita Bruta
Bruta em
em 12
12 Meses
Meses (em
(em R$)
R$) Alíquota
Alíquota Valor
Valor aa Deduzir
Deduzir (R$)
(R$)

3ª FAIXA 360.000,01 A 720.000,00 9,50% 13.860,00

Fórmula da alíquota efetiva:

RBT12xAliq-PD
RBT12

Alíquota Efetiva: (650.000,00 x 9,50%) – 13.860: 7,37%


650.000,00
 Alíquota efetiva até 2017 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

De 540.000,01 a
7,54% 0,35% 0,35% 1,04% 0,25% 2,99% 2,56%
7200.000,00
Com base nas tabelas acima, considerando que a PJ tenha auferido receita bruta no mês no valor de R$
100.000,00, então, os valores dos DAS mensais serão os seguintes:

Tabelas Base de Calculo Alíquota Efetiva DAS a Recolher

Tabela I até 31/12/2017 R$ 100.000,00 7,54% R$ 7.540,00


Tabela I a partir de 2018 R$ 100.000,00 7,37% R$ 7.370,00

Observe-se que neste exemplo acima, houve um decréscimo da alíquota e consequentemente


um baixa na carga tributária a partir do ano de 2018 para a faixa de receita bruta acima identificada.

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Exemplo 2 :

Suponhamos que um contribuinte, comercial, tenha auferido Receita Bruta Total dos
últimos 12 meses no valor de R$ 365.000,00:

 Alíquota efetiva a partir de 2018 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (R$)

3ª FAIXA 360.000,01 A 720.000,00 9,50% 13.860,00

Fórmula da alíquota efetiva:

RBT12xAliq-PD
RBT12

Alíquota Efetiva: (365.000,00 x 9,50%) – 13.860: 5,70%


365.000,00
 Alíquota efetiva até 2017 de acordo com o anexo I do Simples Nacional.

De 360.000,01 a 540.000,00 6,84% 0,27% 0,31% 0,95% 0,23% 2,75% 2,33%

Com base nas tabelas acima, considerando que a Pessoa Jurídica tenha auferido receita bruta no
mês no valor de R$ 50.000,00, então, os valores dos DAS mensais serão os seguintes:

Tabelas Base de Calculo Alíquota Efetiva DAS a Recolher

Tabela I até 31/12/2017 R$ 50.000,00 6,84% R$ 3.420,00


Tabela I a partir de 2018 R$ 50.000,00 5,70% R$ 2.850,00

Observe-se que no exemplo acima, houve um decréscimo na alíquota e consequentemente


diminuiu a carga tributária a partir do ano de 2018 para a faixa de receita bruta acima identificada.

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EXEMPLO PRÁTICO:
Considere, por hipótese, uma empresa de comércio de sapatos, optante pelo Simples
Nacional, que apresente os seguintes dados:

• Esteja apurando o mês de fevereiro/2018, cuja receita no mês tenha sido de R$


150.000,00;
• Tenha auferido receita bruta nos 12 meses anteriores ao período de apuração no valor
de R$ 2.100.000,00;

Calculo da alíquota efetiva:


RBT12 X ALIQ – PD ÷ RBT12
R$ 2.100.000,00 x 14,30% - R$ 87.300,00/R$ 2.100.000,00
Alíquota efetiva = 10,14%
Calculo do valor devido no Simples Nacional, a ser recolhido no DAS:

RBA x Alíquota efetiva


R$ 150.000,00 x 10,14%
DAS = R$ 15.210,00

Repartição de tributos:

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos


IRPJ CSLL COFINS PIS/Pasep CPP ICMS
5a Faixa 5,50% 3,50% 12,74% 2,76% 42,00% 33,50%

TRIBUTO PERCENTUAL VALOR


IRPJ 0,56% R$ 840,00
CSLL 0,35% R$ 525,00
COFINS 1,29% R$ 1.935,00
PIS/PASEP 0,28% R$ 420,00
CPP 4,26% R$ 6.390,00
ICMS 3,40% R$ 5.100,00
TOTAL 10,14% R$ 15.210,00

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INFLUÊNCIA DO FATOR “R” PARA OS ANEXOS III E V


E SUAS CONSEQUÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

INFLUÊNCIA DO FATOR “R” PARA OS ANEXOS III, E V E SUAS


CONSEQUÊNCIAS TRIBUTÁRIAS

Com o advento da LC 155/16 a partir de 01/01/18 o fator “r” passará


a influenciar anexos de serviços constantes no simples nacional.

Com a reformulação das tabelas, os anexos III e V serão atingidos


pela nova sistemática.

O fator "r" é a relação entre a folha de salários, incluídos encargos,


nos 12 meses anteriores ao período de apuração, e a receita bruta
total acumulada nos 12 meses anteriores ao período de apuração.

Para cálculo do fator (r) pode-se utilizar, da seguinte fórmula:

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folha de salários dos 12 meses anteriores


Fator “r” =
receita bruta total acumulada nos 12 meses anteriores

Considera-se receita bruta total acumulada Não são considerados para efeito da
auferida nos mercados interno e externo nos determinação da folha de salários valores
12 (doze) meses anteriores ao período de pagos a título de aluguéis e de distribuição
apuração. de lucros.

No caso de início de atividade no próprio ano-calendário da opção pelo Simples Nacional,


para efeito de determinação da alíquota no 1º (primeiro) mês de atividade, o sujeito passivo
utilizará, como receita bruta total acumulada, a receita auferida no próprio mês de apuração
multiplicada por 12 (doze).

Nesta hipótese, nos 11 (onze) meses posteriores ao do início de atividade, para efeito de
determinação da alíquota, o sujeito passivo utilizará a média aritmética da receita bruta total
auferida nos meses anteriores ao do período de apuração, multiplicada por 12 (doze).

8- Fator “r”

Para as atividades sujeitas ao anexo V:

Com a mudança na legislação a partir do dia 01/01/18 as atividades de prestação


de serviços a seguir serão tributadas na forma do Anexo III da LC 123/06 caso a
razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual
ou superior a 28%.

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• medicina veterinária;
• serviços de comissária, de despachantes, de • auditoria, economia, consultoria, gestão,
tradução e de interpretação; organização, controle e administração;
• engenharia, medição, cartografia, topografia, • jornalismo e publicidade;
geologia, geodésia, testes, suporte e • outras atividades do setor de serviços que tenham
análises técnicas e tecnológicas, pesquisa, por finalidade a prestação de serviços decorrentes
design, desenho e agronomia; do exercício de atividade intelectual, de natureza
• representação comercial e demais atividades técnica, científica, desportiva, artística ou cultural,
de intermediação de negócios e serviços de que constitua profissão regulamentada ou não,
terceiros; desde que não sujeitas à tributação na forma dos
• perícia, leilão e avaliação; Anexos III ou IV desta LC.

Caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja inferior a 28% as
atividades acima relacionadas permanecerão sendo tributadas pelo anexo V da LC 123/06.

Para atividades sujeitas ao anexo III:

Quando a relação entre a folha de salários e a receita bruta da ME ou da EPP for


inferior a 28%, serão tributadas na forma do Anexo V da LC nº 123/06 as atividades
a seguir:

• administração e locação de imóveis de terceiros;


• Fisioterapia
• academias de dança, de capoeira, de ioga e de artes
• Arquitetura e urbanismo;
marciais;
• Medicina, inclusive laboratorial, e enfermagem;
• academias de atividades físicas, desportivas, de
• Odontologia e prótese dentária;
natação e escolas de esportes;
• Psicologia, psicanálise, terapia ocupacional,
• elaboração de programas de computadores, inclusive
acupuntura, podologia, fonoaudiologia, clínicas de
jogos eletrônicos, desde que desenvolvidos em
nutrição e de vacinação e bancos de leite.
estabelecimento do optante;
• Cumulativamente administração e locação de
• licenciamento ou cessão de direito de uso de
imóveis de terceiros;
programas de computação;

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• empresas montadoras de estandes para feiras;


• laboratórios de análises clínicas ou de patologia clínica;
• serviços de tomografia, diagnósticos médicos por imagem, registros gráficos e métodos
óticos, bem como ressonância magnética;
• serviços de prótese em geral.

Caso a razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica seja igual ou
superior a 28% as atividades acima relacionadas permanecerão sendo tributadas pelo anexo
III da LC 123/06.

Para o cálculo da razão entre a folha de salários e a receita bruta da pessoa jurídica, serão
considerados, respectivamente, os montantes pagos e auferidos nos doze meses anteriores ao
período de apuração.

CASO PRÁTICO Nº 1

Considere hipoteticamente os seguintes dados:

o Empresa de Odontologia
o Apuração mês de Janeiro/2018
o Receita Bruta do PA: R$ 50.000,00
o Receita Bruta dos Últimos 12 meses: R$ 720.000,00
o Folha de Salários dos Últimos 12 meses: R$ 180.000,00

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Primeiro vamos calcular o fator “r”:

Folha de Salários dos Últimos 12 meses


Fator “r” =
Receita Bruta dos Últimos 12 meses

R$ 180.000,00
Fator “r” =
R$ 720.000,00

Fator “r” = 0,25

Neste exemplo a empresa segregará suas receitas no anexo


V.

Agora vamos calcular a alíquota efetiva:

RBT12 x Alíquota – Parcela a Deduzir


Alíquota Efetiva =
RBT12
R$ 720.000,00 x 19,50% - R$ 9.900,00
Alíquota Efetiva =
R$ 720.000,00

Alíquota Efetiva = 18,12%

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 15,50% -
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 18,00% 4.500,00
3a Faixa De 360.000,01 a 720.000,00 19,50% 9.900,00

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Definiremos agora o percentual de repartição dos tributos:

TRIBUTO PERCENTUAL
IRPJ 4,35%
CSLL 2,72%
COFINS 2,70%
PIS/PASEP 0,59%
CPP 4,32%
ISS 3,44%
TOTAL 18,12%

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos


IRPJ CSLL Cofins PIS/Pasep CPP ISS
1a Faixa 25,00% 15,00% 14,10% 3,05% 28,85% 14,00%
2a Faixa 23,00% 15,00% 14,10% 3,05% 27,85% 17,00%
3a Faixa 24,00% 15,00% 14,92% 3,23% 23,85% 19,00%

Agora sim podemos calcular Simples Nacional do mês de Janeiro de


2018:

RBA x Alíquota efetiva


R$ 50.000,00 x 18,12%
DAS = R$ 9.060,00

Veremos a seguir o valor correspondente a cada tributo:


TRIBUTO PERCENTUAL VALOR
IRPJ 4,35% R$ 2.175,00
CSLL 2,72% R$ 1.360,00
COFINS 2,70% R$ 1.350,00
PIS/PASEP 0,59% R$ 295,00
CPP 4,32% R$ 2.160,00
ISS 3,44% R$ 1.720,00
TOTAL 18,12% R$ 9.060,00

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CASO PRÁTICO Nº 2

Considere hipoteticamente os seguintes dados:

o Empresa de Representação Comercial


o Apuração mês de Janeiro/2018
o Receita Bruta do PA: R$ 20.000,00
o Receita Bruta dos Últimos 12 meses: R$ 240.000,00
o Folha de Salários dos Últimos 12 meses: R$ 90.000,00

Primeiro vamos calcular o fator “r”:

Folha de Salários dos Últimos 12 meses


Fator “r” =
Receita Bruta dos Últimos 12 meses

R$ 90.000,00
Fator “r” =
R$ 240.000,00

Fator “r” = 0,38

Neste exemplo a empresa segregará suas receitas no


anexo III.

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Agora vamos calcular a alíquota efetiva:

RBT12 x Alíquota – Parcela a Deduzir


Alíquota Efetiva =
RBT12
R$ 240.000,00 x 11,20% - R$ 9.360,00
Alíquota Efetiva =
R$ 240.000,00

Alíquota Efetiva = 7,30%

Receita Bruta em 12 Meses (em R$) Alíquota Valor a Deduzir (em R$)
1a Faixa Até 180.000,00 6,00% –
2a Faixa De 180.000,01 a 360.000,00 11,20% 9.360,00

Definiremos agora o percentual de repartição dos tributos:

TRIBUTO PERCENTUAL
IRPJ 0,29%
CSLL 0,26%
COFINS 1,03%
PIS/PASEP 0,22%
CPP 3,17%
ISS 2,33%
TOTAL 7,30%

Faixas Percentual de Repartição dos Tributos


IRPJ CSLL COFINS PIS/PASEP CPP ISS (*)
1a Faixa 4,00% 3,50% 12,82% 2,78% 43,40% 33,50%

2a Faixa 4,00% 3,50% 14,05% 3,05% 43,40% 32,00%

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Agora sim podemos calcular Simples Nacional do mês de Janeiro de


2018:
RBA x Alíquota efetiva
R$ 20.000,00 x 7,30%
DAS = R$ 1.460,00
Veremos a seguir o valor correspondente a cada tributo:

TRIBUTO PERCENTUAL VALOR


IRPJ 0,29% R$ 58,00
CSLL 0,26% R$ 52,00
COFINS 1,03% R$ 206,00
PIS/PASEP 0,22% R$ 44,00
CPP 3,17% R$ 634,00
ISS 2,33% R$ 466,00
TOTAL 7,30% R$ 1.460,00

LEMBRETE
DEFINIÇÃO DE FOLHA DE SALÁRIOS

Considera-se folha de salários, incluídos encargos, o MONTANTE


PAGO nos 12 (doze) meses anteriores ao do período de apuração, a
título de salários, retiradas de pró-labore, ACRESCIDOS DO
MONTANTE EFETIVAMENTE RECOLHIDO a título de contribuição
para a INSS e FGTS.

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Vamos Praticar?
Exemplos Práticos

1ª Situação - Empresa Optante no Primeiro Mês de Atividade:

• PA = julho/2017
• Receita Bruta do PA = R$ 9.000,00
• RBT12 proporcionalizada = R$ 9.000,00 x 12 = R$ 108.000,00

PA (Período de Apuração)
RBT (Receita Bruta Total)

Observe que no exemplo acima para o mês de inicio de atividade a


receita auferida no próprio mês de apuração deve ser multiplicada
por 12 (doze) para a determinação da Receita Bruta
Proporcionalizada.

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2ª Situação - Empresa Optante no Segundo Mês de Atividade:

• PA = agosto/2017
• Receita Bruta do PA = R$ 10.000,00
• Receita Bruta do mês anterior:
julho/2017 = R$ 9.000,00
• RBT12 proporcionalizada = R$ 9.000,00 x 12 = R$ 108.000,00

Observe que para empresas no segundo mês de atividade a


Receita Bruta Proporcionalizada será definida base na receita bruta
do mês anterior multiplicado por 12.

Sempre utilizar os mês anteriores ao período de apuração.

3ª Situação - Empresa Optante no Terceiro Mês de Atividade:

• PA = setembro/2017
• Receita Bruta do PA = R$ 6.000,00
• Receita Bruta dos meses anteriores:
julho/2017 = R$ 9.000,00
agosto/2017 = R$ 10.000,00
• MA (média aritmética) = (R$ 9.000,00 + R$ 10.000,00) / 2 = R$
9.500,00
• RBT12 proporcionalizada (MA x 12) = R$ 9.500,00 x 12 = R$
114.000,00

Observe sempre utilizar os mês anteriores ao período de apuração.

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4ª Situação - Empresa Optante no Quarto mês de Atividade (com RB zero em alguns


PA):

• PA = outubro/2017
• Receita Bruta do PA = R$ 50.000,00
• Receita Bruta dos meses anteriores:
julho/2017 = R$ 0,00
agosto/2017 = R$ 0,00
setembro/2017 = R$ 60.000,00
• MA = (R$ 0,00 + R$ 0,00 + R$ 60.000,00) / 3 = R$ 20.000,00
• RBT12 proporcionalizada (MA x 12) = R$ 20.000,00 x 12 = R$
240.000,00

Observe sempre utilizar os mês anteriores ao período de apuração.

Exemplo Prático:
Uma Academia de atividades físicas, iniciou suas atividades em janeiro de
2018, o período de apuração do DAS é Julho de 2018, com vencimento dia
20 de agosto de 2018.

Período Faturamento Mensal Folha de Salários

Janeiro/2018 R$ 15.000,00 R$ 3.000,00


Fevereiro/2018 R$ 20.000,00 R$ 5.000,00
Março/2018 R$ 10.000,00 R$ 2.500,00
Abril/2018 R$ 18.000,00 R$ 4.000,00
Maio/2018 R$ 25.000,00 R$ 6.000,00
Junho/2018 R$ 12.000,00 R$ 2.000,00
TOTAL R$ 100.000,00 R$ 22.500,00

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Considerando as informações acima, vamos determinar o fator “r”:

Média aritmética do Faturamento:


R$ 100.000,00 ÷ 06 = R$ 16.666,67
R$ 16.666,67 x 12 = R$ 200.000,00

Média aritmética da Folha de Salários:


R$ 22.500,00 ÷ 06 = R$ 3.750,00
R$ 3.750,00 x 12 = R$ 45.000,00

Assim temos:
Fator “r” = R$ 45
45..000,
000,00 ÷ R$ 200
200..000,
000,00 = 0,23 ou 23
23%%

NESSE CASO A EMPRESA (QUE SÃO ÀS DO ANEXO V E VI EM 2017 + ATIVIDADE DE


FISIOTERAPIA) ESTÁ SUJEITO AO ANEXO V

APURAÇÃO SEGREGADA POR ATIVIDADE

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SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NO SIMPLES NACIONAL

Exemplos práticos
• 1- A empresa JR Industria de lâmpada Ltda – ME, optante pelo Simples
Nacional, situada no estado de MG, fez uma venda interna, para a
empresa GC comercio LTDA, não optante que irá revendê-las.

Valor da Operação R$ 10.000,00


MVA (Margem de Valor Agregado) 71,78%

Alíquota Interna 17%


ICMS Normal R$ 10.000,00 x 17% = R$ 1.700,00
Base de Cálculo - ICMS ST R$ 10.000,00 + 71,78% = R$ 17.178,00
ICMS ST R$ 17.178,00 x 17% = R$ 2.920,26 – R$ 1.700,00

ICMS ST R$ 1.220,26

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2- A empresa JR Industria de lâmpada Ltda – ME, optante pelo


Simples Nacional, situada no estado de MG, fez uma venda interna
de lâmpada constantes no protocolo, para a empresa Pindorama
comercio Ltda – ME, também optante que irá revendê-las.

Valor da Operação R$ 10.000,00

MVA (Margem de Valor Agregado) 71,78%

Alíquota Interna 17%


Percentual de Redução 12 ÷ 17% = 70,59%
ICMS Normal R$ 10.000,00 x 17% = R$ 1.700,00
Base de Cálculo – ICMS ST (Reduzida) R$ 10.000,00 + 71,78% = R$ 17.178,00 x 70,59% = R$
12.125,95
ICMS ST R$ 12.125,95 x 17% = R$ 2.061,41 – R$ 1.700,00

ICMS ST R$ 361,41

INCIDÊNCIA MONOFÁSICA NO SIMPLES NACIONAL

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As MEs (ME) e as EPP (EPP) que efetuam o recolhimento mensal mediante documento único de
arrecadação (Simples Nacional), de alguns impostos e contribuições, entre eles o PIS/ PASEP, a
COFINS e o ICMS, tem o direito de excluir da Receita Bruta aquelas originadas pela
comercialização dos produtos ora mencionados, gerando assim uma substancial redução da
carga tributária.
Desta forma podemos destacar como exemplo o setor de comércio varejista de Cosméticos e
Perfumaria, além de farmácias e estabelecimentos comerciais supermercadistas, optantes pelo
Simples Nacional, que tenha em sua composição de receita a venda dos produtos abaixo
elencados não terão incidência das contribuições ora citadas;
• Perfumes e águas-de-colônia;
• Produtos de maquilagem para os lábios e olhos;
• Cremes de beleza;
• Xampus;
• Cremes de barbear;
• Desodorante;
• Fio dental.

Ressaltamos ainda que os seguintes outros produtos e mercadorias, também estão contemplados por
este benefício da não tributação pelo atacadista ou comercio varejista:

a) gasolina e suas correntes, exceto gasolina de aviação;


b) óleo diesel e suas correntes;
c) GLP derivado de petróleo ou de gás natural;
d) querosene de aviação;
e) biodiesel;
f) álcool hidratado para fins carburantes;
g) alguns produtos farmacêuticos;
h) alguns produtos de perfumaria, de toucador ou de higiene pessoal;
i) certas máquinas e veículos;
j) água, refrigerante, cerveja e preparações compostas;
l) embalagens destinadas ao envasamento de água, refrigerante e cerveja;
m) pneus novos de borracha e câmaras de ar de borracha; e
n) algumas autopeças.

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TRIBUTAÇÃO DOS GANHOS DE CAPITAL

Para melhores esclarecimentos quanto à apuração do ganho de capital pelo optante do


Simples Nacional, segue abaixo um exemplo prático:

A empresa Estrela do Sul – ME, optante pelo Simples Nacional, fez a alienação de um
bem do seu ativo imobilizado em 11/08/2017, pelo valor de R$ 50.000,00. O bem objeto
da alienação foi adquirido em 11/08/2015, pelo valor de 60.000,00. A vida útil desse bem
é de 5 anos e a taxa de depreciação é logicamente de 20% ao ano.

Depreciação acumulada no período: 60.000,00 x 20% = 12.000,00 x 2 anos =


24.000,00
Valor residual ou contábil: 60.000,00 – 24.000,00 = 36.000,00
Ganho de Capital: 50.000,00 – 36.000,00 = 14.000,00
IR sobre Ganho = 14.000,00 x 15% = 2.100,00

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REGIME DE TRIBUTAÇÃO DAS RECEITAS – CAIXA OU COMPETÊNCIA

As receitas são reconhecidas no


As receitas são reconhecidas no
momento do efetivo
momento da venda das mercadorias
recebimento, e as despesas, no
ou das prestações de serviços, e as
momento do efetivo
despesas, quando incorridas.
pagamento.

“Ter desafios é o que faz a


vida interessante e superá-
los é o que faz a vida ter
sentido.”

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