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PRÁTICA
CONTÁBIL II
SUMÁRIO 1
Prática Contábil II
LISTA DE FIGURAS
2 SUMÁRIO
Prática Contábil II
LISTA DE QUADROS
SUMÁRIO 3
Prática Contábil II
LISTA DE TABELAS
4 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 51
SUMÁRIO 5
Prática Contábil II
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 54
2.1 TRIBUTOS INCIDENTES SOBRE COMPRA E VENDAS 54
2.2 ICMS (IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS
E PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE TRANSPORTE INTERESTADUAL
E INTERMUNICIPAL E DE COMUNICAÇÕES) 56
2.2.1 PAGAMENTO DO ICMS E INADIMPLÊNCIA 59
2.2.2 REGISTRO CONTÁBIL DO ICMS 60
2.2.3 REGISTRO CONTÁBIL DO ICMS NAS DEVOLUÇÕES DE COMPRAS
E VENDAS 63
2.3 IPI – IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS 65
2.4 REGISTRO CONTÁBIL DO IPI 67
2.5 ISS – IMPOSTO SOBRE SERVIÇO DE QUALQUER NATUREZA 68
2.6 PIS/PASEP E COFINS SOBRE FATURAMENTO 70
2.6.1 REGISTRO CONTÁBIL PIS/PASEP E COFINS CUMULATIVO 71
2.7 REGISTRO CONTÁBIL PIS/PASEP E COFINS NÃO CUMULATIVO 72
2.8 APURAÇÃO DO LUCRO BRUTO 76
CONCLUSÃO 79
INTRODUÇÃO DA UNIDADE 81
3.1 CONCEITO DE SPED 82
3.1.1 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD) – ICMS E IPI 85
3.1.2 ENVIO DO ARQUIVO 88
3.2 ESCRITURAÇÃO FISCAL DIGITAL (EFD) – CONTRIBUIÇÕES 91
3.3 NOTA FISCAL ELETRÔNICA (NF-E) / CONHECIMENTO DE TRANSPORTE
ELETRÔNICO (CT-E) 93
3.3.1 E-SOCIAL 98
6 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 104
CONCLUSÃO 132
INTRODUÇÃO 134
5.1 CONCEITO DE 13º SALÁRIO 135
5.1.1 CÁLCULO: PRIMEIRA E SEGUNDA PARCELAS DO 13º SALÁRIO 137
SUMÁRIO 7
Prática Contábil II
SUMÁRIO
CONCLUSÃO 157
CONCLUSÃO 183
REFERÊNCIAS 185
8 SUMÁRIO
Prática Contábil II
ICONOGRAFIA
ATENÇÃO ATIVIDADES DE
APRENDIZAGEM
PARA SABER
SAIBA MAIS
ONDE PESQUISAR CURIOSIDADES
LEITURA COMPLEMENTAR
DICAS
GLOSSÁRIO QUESTÕES
MÍDIAS
ÁUDIOS
INTEGRADAS
ANOTAÇÕES CITAÇÕES
EXEMPLOS DOWNLOADS
SUMÁRIO 9
Prática Contábil II
BIODATA DO AUTOR
Luciana Reis Julio
JUSTIFICATIVA
A disciplina contribuirá para que você, enquanto profissional da área contábil, bem
como possível empreendedor, tenha o conhecimento adequado acerca dos proces-
sos que envolvem a contabilização das operações com mercadorias e entenda como
cada imposto incide nas operações comerciais. Além disso, irá permitir que você
tenha o conhecimento sobre o processo de elaboração da folha de pagamento e
quais são as normas para a rescisão contratual. Conhecer esses assuntos é importan-
te não apenas para o profissional contábil, mas para todos que estão no mercado de
trabalho, para que possam compreender os principais tributos e encargos trabalhis-
tas, a folha de pagamentos e a finalidade de cada imposto arrecadado pelo governo.
ENGAJAMENTO
Antes de iniciar a disciplina, reflita e, se preferir, tome nota das suas ideias.
Você certamente já ouviu falar do SPED, arquivo digital do governo que contém infor-
mações contábeis e que é obrigatório para todas as empresas. Mas você sabe como
deve ser o envio correto dessas informações? Você saiba quais são os impactos do
envio errado de algumas informações? Ainda hoje muitas empresas estão no proces-
so de aprendizado sendo importante entender todas as etapas que englobam esse
processo de envio das informações contábeis.
10 SUMÁRIO
Prática Contábil II
• Quando você recebe o seu salário, você compreende como são calculados os
encargos trabalhistas? Quais são os descontos e proventos que devem apare-
cer no demonstrativo de pagamento?
APRESENTAÇÃO DA
DISCIPLINA
Seja bem-vindo(a) à disciplina de Prática Contábil II!
Iniciaremos os estudos da disciplina que tem como objetivo principal ensinar como
são estabelecidas as operações com mercadorias e o registro contábil dos impostos
que incidem nessas operações. Iremos abordar também como são realizados os prin-
cipais procedimentos na folha de pagamento (proventos, descontos, férias, cálculo
do 13º salário e rescisão contratual) realizados pela área de departamento de pessoal.
É sabido que uma empresa precisa comprar mercadorias para produzir e vender
seus produtos. Parece simples, mas você sabia que para contabilizar esse processo é
necessário seguir normas contábeis? Nesse sentido, serão apresentados o conceito de
operações com mercadorias (compra e venda) e sua contabilização na prática. Ainda
sobre o tema serão apresentados os impostos incidentes nas compras e vendas das
mercadorias.
SUMÁRIO 11
Prática Contábil II
Ao terminar seus estudos, você irá entender como é a rotina contábil de uma empre-
sa e como realizar os principais lançamentos no sistema contábil, alinhando a teoria
e a prática.
Mas para que o conhecimento seja completo, além da leitura do material didático,
é importante que você participe dos fóruns de discussão e leia todos os materiais
complementares, indicados em cada unidade.
OBJETIVOS DA DISCIPLINA
Ao final desta disciplina, esperamos que você seja capaz de:
12 SUMÁRIO
Prática Contábil II
UNIDADE 1
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
SUMÁRIO 13
Prática Contábil II
APRESENTAÇÃO DA
UNIDADE
As empresas comerciais, seja varejo ou atacado, compram mercadorias para depois
revender e, assim, geram receitas. É um processo simples, porém cada etapa deve ser
contabilizada de forma correta para que não ocorra erro na apuração dos custos e nas
demonstrações contábeis. O objetivo desta unidade é que você possa compreender
como as operações com mercadorias devem ser registradas contabilmente, utilizan-
do as contas corretas de acordo com as normas contábeis. Esse conhecimento evita
erros e problemas fiscais para a empresa.
1 OPERAÇÕES COM
MERCADORIAS
A contabilidade tem como principal objetivo fornecer informações sobre o patrimô-
nio da empresa, para que seus proprietários sejam capazes de tomar decisões; por
isso é muito importante que essas informações estejam corretas. O registro contábil
ocorre por meio dos fatos contábeis, que são as ocorrências que alteram o valor do
patrimônio. Entre os principais fatos contábeis está a compra e venda de mercado-
rias, movimentações do caixa, vendas, clientes a receber, etc.
As mercadorias são objetos que as empresas compram para depois revender com o
objetivo do lucro, sendo essas operações o que chamamos de atividades principais da
14 SUMÁRIO
Prática Contábil II
empresa comercial. Durante esse processo, nem tudo o que foi planejado sai de acor-
do com o esperado, e podem ocorrer fatos como: mercadorias com defeitos, erros no
pedido, insatisfação com o produto, que gera a devolução dos produtos, abatimento
no preço da mercadoria ou descontos. Outros fatores como valor do frete, seguro,
juros embutidos ou impostos também devem ser contabilizados de forma correta,
para que a empresa tenha um controle eficiente dos custos.
Esses fatos contábeis devem ser contabilizados, conforme as normas contábeis, para
que as demonstrações sejam elaboradas com valores corretos e apresentem resulta-
dos reais da empresa.
Dentro da prática contábil existem dois métodos e dois sistemas que podem ser
utilizados para o registro das operações: conta mista ou conta desdobrada. A empre-
sa deverá optar por um método; não é possível utilizar os dois métodos ao mesmo
tempo, porque isso inviabilizaria o controle contábil causando conflito de informa-
ções no momento da apuração dos custos, além da alta despesa administrativa que
dois controles representam para a empresa.
O método conta mista ocorre quando a empresa adota uma única conta para o
registro das operações com mercadorias. Essa conta pode ser chamada de conta
de mercadorias, ou estoque de mercadorias, porque irá registrar os lançamentos de
SUMÁRIO 15
Prática Contábil II
estoque inicial e final, assim como as compras, vendas, devoluções de compras, devo-
luções de vendas e outros.
O termo conta mista deve-se ao fato de que se têm duas funções na contabilidade:
uma conta patrimonial e uma conta de resultado ao mesmo tempo.
D – Mercadorias
a C – Caixa R$ 6.000,00
Vale ressaltar que é uma conta patrimonial quando esta registra o valor do
estoque junto com outras contas do ativo (estoques inicial e final). E torna-
-se uma conta de resultado quando além dos estoques registra as compras,
devoluções, etc. E por meio desta conta é possível apurar a Demonstração do
Resultado do Exercício (DRE).
16 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Quando a empresa adota a conta desdobrada utiliza três contas básicas, sendo elas:
2. Compra de mercadorias.
3. Vendas de mercadorias.
Sendo essas as três contas básicas, a empresa poderá desdobrar a conta mercadorias
na quantidade que for necessária para a contabilidade, e esse desdobramento faci-
lita o controle contábil, ou seja, é mais fácil para a contabilidade organizar e poste-
riormente identificar os lançamentos no sistema de forma detalhada. Quanto mais
precisas as informações contábeis, mais seguras elas se tornam. Por essa razão, rara-
mente, na atualidade, encontramos empresas que utilizam o método de conta mista.
a C – Caixa R$ 6.000,00
SUMÁRIO 17
Prática Contábil II
Agora que você conhece os dois métodos de contas para contabilizar as mercadorias,
será apresentado como é realizado o registro no estoque no que se refere à entrada
e saídas mercadorias. E, para cada exemplo, é possível compreender tanto o sistema
de conta mista como conta de desdobrada.
18 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Operação Quant Unitário Total Quant. Unitário Total Quant. Unitário Total
SUMÁRIO
19
Prática Contábil II
Você pode notar que cada movimentação realizada na empresa é registrada na ficha.
O saldo inicial é a quantidade de mercadoria que a empresa tem em estoque no
início do período contábil. Já o saldo final do estoque será o valor da conta patrimo-
nial mercadoria em estoque. A soma das saídas é o custo da mercadoria vendida –
conta de resultado da DRE.
Esse é o método mais utilizado por empresas de pequeno e médio porte e é permi-
tido pela legislação do Imposto de Renda.
Como o próprio nome diz, o controle das mercadorias é periódico, não é realizado
diariamente; mesmo que a empresa tenha uma ficha de controle de estoque, será
apenas para controle gerencial e não para fins contábeis. Nesse método a apuração
do estoque será da seguinte forma:
20 SUMÁRIO
Prática Contábil II
CMV = EI + (C – DC) – EF
Onde:
C = Compras
DC = Devolução de compras
EF = Estoque final
CMV = R$ 11.000,00
SUMÁRIO 21
Prática Contábil II
Como o próprio nome já explica, nesse sistema a empresa irá controlar permanen-
temente o valor do estoque. Cada compra realizada ou devolução é contabilizada
imediatamente no estoque, assim como cada venda da empresa ou devolução. Esse
método permite que a empresa tenha a informação atualizada da conta de merca-
dorias. No sistema permanente o controle é realizado com o uso da ficha de controle
de estoque. Veja o exemplo:
22 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Venda
2 R$200,00 R$400,00 18 R$200,00 R$3.600,00
12/12/2018
SUMÁRIO
23
Prática Contábil II
Veja que o CVM é apurado pelo preço de custo da mercadoria e o saldo de estoque,
a soma de R$ 3.600 + R$ 12.500 = R$ 16.100.
Atualmente grande parte das empresas tem adotado conta desdobrada com inven-
tário permanente, pois existem softwares de gestão contábil com preços acessíveis
para esse controle, como, por exemplo, o sistema ERP, Enterprise Resource Planning,
que significa Sistema Integrado de Gestão Empresarial.
24 SUMÁRIO
Prática Contábil II
A seguir, você entenderá como deve ser realizado o registro contábil das operações
que envolvem compra de mercadorias.
D – Mercadoria
a C – Banco Din
SUMÁRIO 25
Prática Contábil II
D – Compra de mercadorias
a C – Fornecedor
Entenda agora quais são os fatos que podem alterar o registro contábil das operações
que envolvem compra de mercadorias.
26 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Veja como proceder nos casos em relação aos custos e sua contabilização.
SUMÁRIO 27
Prática Contábil II
D – Mercadorias
a C – Caixa
D – Frete
a C – Caixa..................................................................................R$ 4.000
Assim, percebe-se que, quando uma empresa adota o sistema de conta desdobrada,
o saldo das contas, fretes, seguros, compras anuladas, abatimentos e descontos será
transferido para a conta CMV (custo da mercadoria vendida) no final do exercício.
28 SUMÁRIO
Prática Contábil II
D – Caixa
a C – Mercadorias
D – Caixa
a C – Estoque de mercadorias
Você pode notar que a empresa para devolver mercadoria emitiu uma Nota Fiscal
1.547, denominada Nota Fiscal de Devolução, que é uma nota que anula uma opera-
ção de compra ou de venda, inclusive em relação aos impostos incidentes dessa
SUMÁRIO 29
Prática Contábil II
operação. Deve ser emitida com base nas mesmas informações da nota fiscal de
origem. Existem dois tipos de Nota Fiscal de Devolução: devolução de compra ou
devolução de venda.
30 SUMÁRIO
Prática Contábil II
D – Fornecedor
a C – Mercadorias
D – Fornecedor
a C – Estoque de mercadorias
SUMÁRIO 31
Prática Contábil II
32 SUMÁRIO
Prática Contábil II
D – Estoque de mercadorias
a C – Fornecedor
Compra de mercadoria
Passivo circulante
Fornecedor............................................................................R$ 20.000
Saldo...........................................................................R$ 18.000
D – Fornecedor
a C – Caixa................................................................R$ 2.000
D – Despesas financeiras
..............................R$ 2.000
SUMÁRIO 33
Prática Contábil II
34 SUMÁRIO
Prática Contábil II
DEVOLUÇÃO DE ABATIMENTO DE
DESCONTO DE COMPRAS
COMPRAS COMPRAS
A empresa comprou merca- A empresa comprou
dorias: mercadorias:
A empresa solicitou o desconto
D – Estoque de mercadoria D – Estoque de mercadoria na compra.
C – Fornecedor C – Fornecedor
Solicitou o abatimento:
Ao devolver as compras:
D – Estoque de mercadoria
D – Fornecedor
D – Fornecedor
C – Fornecedor: R$ 19,000
C – Estoque de mercadoria. R$
C – Estoque de mercadoria
4,500
Saldo de estoque: Saldo de estoque: Se o desconto foi solicitado
antes da emissão da Nota fiscal,
R$ 50.000 – R$ 10.000 = R$ R$ 30.000 – R$ 4.500 = R$ não é necessário o registro
40,000 25.500 contábil.
SUMÁRIO 35
Prática Contábil II
D – Caixa
a C – Mercadorias
D – Caixa
a C – Venda de mercadorias
Depois que foi registrado o valor da receita bruta, e se a empresa adotou o sistema
de inventário permanente, deverá imediatamente registrar o custo da mercadoria
vendida e consequentemente baixar esse valor do estoque.
36 SUMÁRIO
Prática Contábil II
D – Caixa
a C – Venda de mercadorias
Vamos supor que a empresa comprou mercadoria por R$ 2.000,00 para revender por
R$ 5.000.00. Ao vender a mercadoria, a contabilidade deverá fazer uma “baixa” de R$
2.000,00 na conta estoque de mercadoria e registrar esse valor como custo na conta
CMV (custo da mercadoria vendida).
a C – Estoque de mercadorias
Quando a empresa parcelar suas vendas, ou seja, vender a prazo, deverá ser
realizado esse lançamento da mesma forma; a única diferença é que, em vez
de debitar na conta caixa vendas a prazo, deverá ser registrar na conta dupli-
catas a receber ou clientes.
Após as vendas das mercadorias, é comum que ocorram devoluções que devem ser
contabilizadas pela empresa. Veja como tratar as devoluções de vendas.
SUMÁRIO 37
Prática Contábil II
O cliente que compra produtos de uma empresa pode devolver o produto por diver-
sas razões, como produtos com defeitos, insatisfação do consumidor com a mercado-
ria entregue, problemas nas especificações dos pedidos, etc. Sendo essa uma prática
rotineira nas empresas, deverá ser registrada na contabilidade de forma correta. Veja
o exemplo:
D – Mercadorias*
a C – Banco
D – Devolução de mercadorias
a C – Banco
38 SUMÁRIO
Prática Contábil II
D – Estoque de mercadorias*
*Mercadorias devolvidas voltam para o estoque, por isso devem ser debitadas
na conta estoque ou mercadorias.
Essa devolução também não pode ser classificada como despesa não operacional do
período atual, já que faz parte das atividades da empresa. Portanto, o que fazer nessa
situação? Será aberta uma conta de resultado denominada “Prejuízo do exercício
anterior”, é irá ser apresentada na DRE junto com as despesas operacionais.
1. O prejuízo dessa devolução não pode ser registrado como ajuste do exercício
anterior, já que não houve erro contábil no exercício anterior, o fato foi uma
devolução de mercadorias no exercício posterior, impossível de ser prevista
pela contabilidade.
SUMÁRIO 39
Prática Contábil II
a C – Clientes a receber
D – Estoque de mercadorias
40 SUMÁRIO
Prática Contábil II
D – Mercadorias
a C – Duplicatas a receber
a C – Duplicatas a receber
SUMÁRIO 41
Prática Contábil II
Uma empresa pode fornecer um desconto para o seu cliente no ato da venda. O
desconto poderá ser destacado na Nota Fiscal, por exemplo:
D – Caixa..........................................................................................R$ 14,000.00
42 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Veja o exemplo:
D – Caixa
O custo médio unitário no estoque de cada caixa são R$ 60,00, portanto, será
contabilizado o CMV da seguinte forma:
a C – Estoque de mercadoria
SUMÁRIO 43
Prática Contábil II
A norma contábil determina que, ao efetuar uma venda, seja em longo ou curto
prazo, e o cliente pagar juros de forma significativa, estes juros deverão ser reconhe-
cidos como uma receita financeira e não contabilizados como receita de vendas. A
receita de vendas deverá ser registrada pelo valor presente.
D – Clientes a receber
a C – Receita de vendas
Venda de mercadoria
44 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Ativo circulante
Clientes..................................................................................................R$ 3.000
Saldo......................................................................................................R$ 2.700
D – Caixa
A C – Receita financeira.
SUMÁRIO 45
Prática Contábil II
Devolução de vendas: R$
Abatimento: R$ (50,00) Desconto: R$ (80,00)
(100,00)
46 SUMÁRIO
Prática Contábil II
ATIVO
Ativo circulante
Estoques
Compras – permanente
SUMÁRIO 47
Prática Contábil II
CMV = EI + C-EF
onde:
CMV = Custo da mercadoria vendida
EI = Estoque inicial
C = Compras
EF = Estoque final
Veja a DRE da empresa Brinquedos Bacanas:
48 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Após apurado o lucro bruto, este será destinado à remuneração das despesas, gover-
no (IR e CSLL), e distribuído entre os proprietários e acionistas da empresa.
SUMÁRIO 49
Prática Contábil II
BIBLIOGRAFIA COMENTADA
Veja, a seguir, algumas indicações de obras que complementarão seu conhecimento
sobre os assuntos abordados na disciplina.
• RIBEIRO, Osni Moura. Contabilidade Básica. 30. ed. São Paulo: Saraiva, 2017.
• IUDÍCIBUS, Sérgio de; MARION, José Carlos; FARIA, Ana Cristina de. Introdução
à Teoria da Contabilidade. 6. ed. 2. reimpr. São Paulo: Atlas, 2018.
50 SUMÁRIO
Prática Contábil II
CONCLUSÃO
Abordamos as principais operações com mercadorias explicando quais são as normas
contábeis presentes no registro do processo de compras e vendas de uma empresa.
Esse conhecimento é importante para que seja entendido como o não cumprimento
ou mesmo a falta de conhecimento pode causar inúmeros prejuízos para a empresa
e/ou negócio, que vão desde a falta de controle do estoque, perda de mercadorias, e
até mesmo prejuízos que podem levar uma empresa à falência.
SUMÁRIO 51
Prática Contábil II
UNIDADE 2
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
52 SUMÁRIO
Prática Contábil II
2 TRIBUTOS INCIDENTES
SOBRE COMPRAS E VENDAS
DE MERCADORIAS
Nesta unidade, iremos continuar os estudos que abordam as operações com merca-
dorias e seus registros contábeis. Você já sabe que uma empresa precisa comprar
mercadorias para depois revender e apurar o seu lucro e que todo esse processo
precisa ser registrado conforme as normas contábeis. Porém, durante essa transação
a empresa tem que pagar alguns tributos, como impostos, taxas e contribuições. O
tributo é calculado proporcionalmente ao preço e volume de vendas, e faz parte da
rotina do contador calcular esses tributos e executar os pagamentos para o governo.
Mas você sabe quais são os principais tributos relacionados à venda das mercadorias?
E como contabilizar da forma correta?
SUMÁRIO 53
Prática Contábil II
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, abordaremos os impostos sobre receitas e a forma de obter crédito
nas operações fiscais. É função da contabilidade registrar e controlar todos os impos-
tos que incidem nas organizações. O contador tem a responsabilidade de acompa-
nhar os registros desses processos e orientar a empresa a pagar seus impostos de
forma correta, evitando multas desnecessárias. O consumidor tem o direito de saber
qual imposto está pagando no ato da compra de um produto ou serviço, e qual o
destino de cada tributo pago pelo contribuinte. Infelizmente a maioria das pessoas
desconhece esse tema tampouco tem interesse em conhecer, e muitas empresas
ainda cometem falhas enormes na gestão fiscal e apenas descobrem os erros quan-
do as multas começam a aparecer.
Nesta unidade, você irá conhecer o significado das siglas de cada imposto sobre
vendas (ICMS, IPI, PIS/PASEP e Cofins), sua contabilização e a recuperação (crédito)
dos impostos.
Uma empresa, ao vender sua mercadoria e emitir a nota fiscal, transfere a titularidade
e propriedade do produto para o consumidor e automaticamente deverá pagar um
tributo para o governo, ou seja, haverá uma arrecadação do Estado relacionada a esse
imposto.
54 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Os impostos incidentes sobre vendas são calculados com base no preço de venda.
E esse processo demanda que a contabilidade faça o registro de seus impostos em
contas específicas, sendo que os impostos mais expressivos são:
Por meio deste material, você terá conhecimento sobre: estrutura e função
dos diferentes tipos de ácidos nucleicos; mecanismo de duplicação do DNA;
mutações e mecanismos de reparo do DNA; transcrição gênica; processa-
mento de RNA; código genético e tradução; controle da expressão gênica
em procariotos e eucariotos; recombinação bacteriana e transposons em
procariotos e eucariotos. Este material dará a você, aluno, uma base sobre
a disciplina que está cursando, mas lembre-se: é muito importante o seu
envolvimento em todas as atividades, nos fóruns de discussão e nas leituras
complementares. Bons estudos!
SUMÁRIO 55
Prática Contábil II
A seguir, você estudará o conceito, registro contábil do ICMS, e de que forma são
praticados os regimes de cumulatividade e não cumulatividade.
O ICMS é considerado uma das principais fontes de arrecadação dos Estados, sendo
cobrado nas seguintes operações:
56 SUMÁRIO
Prática Contábil II
• Serviços de telecomunicação.
É considerado um “imposto por dentro” porque o seu valor está incluso no preço das
mercadorias, ou seja, quando uma empresa adquire mercadorias, o preço dela já
inclui o ICMS. Na venda da mercadoria o preço também já inclui esse imposto com
base na alíquota determinada pela legislação estadual.
Nesse caso, o valor do ICMS são R$ 90,00, e a empresa irá cobrar do consumi-
dor, no ato da venda, R$ 590,00, pois será adicionado ao preço do produto.
Quando uma empresa compra mercadorias de outros Estados, você deve pensar em
dois aspectos principais: quem paga os impostos? E qual tarifa deverá ser cobrada?
Antigamente, o valor integral do ICMS ficava com o Estado no qual a mercadoria foi
vendida, sendo que o valor da alíquota para calcular o ICMS varia em cada Estado.
Essa variação fazia com que as empresas optassem por comprar mercadorias com
alíquota menor, causando um desequilíbrio na arrecadação nacional. Por essa razão
o governo criou o DIFAL – que significa Diferencial de Alíquotas do ICMS – por meio da
Emenda Constitucional nº 87/2015, que é a diferença entre os impostos pagos entre
os Estados.
SUMÁRIO 57
Prática Contábil II
Nesse caso, o valor do ICMS são R$ 90,00, e a empresa irá cobrar do consumi-
dor, no ato da venda, R$ 590,00, pois será adicionado ao preço do produto.
Quando uma empresa compra mercadorias de outros Estados, você deve pensar em
dois aspectos principais: quem paga os impostos? E qual tarifa deverá ser cobrada?
Antigamente, o valor integral do ICMS ficava com o Estado no qual a mercadoria foi
vendida, sendo que o valor da alíquota para calcular o ICMS varia em cada Estado.
Essa variação fazia com que as empresas optassem por comprar mercadorias com
alíquota menor, causando um desequilíbrio na arrecadação nacional. Por essa razão
o governo criou o DIFAL – que significa Diferencial de Alíquotas do ICMS – por meio da
Emenda Constitucional nº 87/2015, que é a diferença entre os impostos pagos entre
os Estados.
Por exemplo: um produto que circula de São Paulo para Rio de Janeiro,
destinará o valor do ICMS apenas para o Rio de Janeiro.
58 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Existem algumas atividades que não incidem ICMS, ou seja, a cobrança de ICMS não
se aplica nelas. São isentas do imposto:
• Exportação de mercadorias.
Quando uma empresa deixa de pagar o ICMS, se torna inadimplente perante o fisco
e terá que regularizar as cobranças atrasadas com juros fixados pela SELIC.
SUMÁRIO 59
Prática Contábil II
Existem dois métodos para registrar o ICMS nas operações de compras e vendas a
partir da adoção da(s):
• Conta do ICMS: é quando a contabilidade utiliza uma única conta para regis-
trar os lançamentos do ICMS, seja a recuperar ou ICMS a recolher.
60 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Você pode notar que a empresa compradora pagou o total de R$ 5.000,00 na merca-
doria, incluindo o ICMS. O valor do ICMS (R$ 900,00) será repassado pela empresa
Armarinhos Augusto ao governo estadual.
a C Fornecedor: R$ 10.000
SUMÁRIO 61
Prática Contábil II
MERCADORIA EM ESTOQUE
R$ 10,000 R$ 1.800
Saldo: R$ 8.200
1. D Caixa
No final do mês, a Contabilidade soma todos os valores de ICMS que foram pagos em
razão das compras da empresa e, em seguida, soma os valores de ICMS incidentes
nas vendas. Se o valor do ICMS a recuperar for maior que o valor do ICMS a recolher,
a empresa terá um crédito (direito com o governo estadual), como no exemplo: a
empresa tem um crédito de ICMS no valor de R$ 900,00. Caso contrário, se o valor do
ICMS a recolher for superior, a empresa terá uma obrigação com o Estado e pagará
no mês seguinte.
62 SUMÁRIO
Prática Contábil II
a C ICMS a recuperar
ICMS A RECOLHER
R$ 900 4 R$ 1.800
ICMS A RECUPERAR
R$ 1.800 R$ 900,00 4
Saldo R$ 900,00
(R$1.800 - R$ 900)
SUMÁRIO 63
Prática Contábil II
Veja o exemplo:
D Fornecedor: R$ 1.000
a C Clientes a receber
D ICMS a recuperar
Agora que você compreendeu o conceito de ICMS, abordaremos outro imposto rele-
vante: o IPI.
64 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Além do ICMS, outro imposto relevante para as indústrias é o IPI. Embora seu regis-
tro contábil seja muito parecido com o ICMS, o IPI é denominado imposto por fora,
porque não compõe o preço do produto. Veja, a seguir.
SUMÁRIO 65
Prática Contábil II
I. O importador.
II. O industrial.
II. até o décimo dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos geradores,
nos casos dos produtos classificados no Código 2402.20.00 da TIPI.
III. até o vigésimo quinto dia do mês subsequente ao de ocorrência dos fatos
geradores, no caso dos demais produtos. (BRASIL, 1988)
Se o dia do vencimento de que tratam os incisos II e III não for dia útil, considerar-
-se-á antecipado o prazo para o primeiro dia útil que o anteceder.
66 SUMÁRIO
Prática Contábil II
O IPI, assim como o ICMS, é um imposto não cumulativo: o valor pago na compra das
mercadorias e matérias-primas é compensado no imposto a pagar das operações
sobre mercadoria vendidas. Portanto, o mecanismo de incidência do IPI é igual ao
do ICMS, no qual a empresa pagará o imposto ao governo sobre as vendas dos seus
produtos.
2. A Indústria Nota 10 vendeu seus produtos no valor de R$ 20.000,00 com IPI inci-
dente de R$ 700,00. Total da venda: R$ 7.700,00.
a C Caixa: R$ 5.500
C Mercadorias em estoque
SUMÁRIO 67
Prática Contábil II
D IPI a recolher
C IPI a recuperar
QUADRO 3 - IPI
ICMS A RECOLHER
R$ 5003 R$ 700
Saldo credor: R$ 200,00
ICMS A RECUPERAR
R$ 500 R$ 5003
Com o ajuste apresentado, a conta IPI a recuperar fica igual a zero, e a empresa tem
um saldo credor (IPI a recolher) no valor de R$ 200,00. A empresa deverá efetuar o
pagamento do imposto no mês subsequente. É responsabilidade da área contábil
realizar o pagamento para não gerar multas para a empresa.
Além do ICMS e IPI, a empresa deverá pagar mais impostos sobre vendas. Entenda o
conceito de ISS – Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza.
68 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Esse imposto, como o próprio nome explica, irá incidir sobre os serviços prestados
pelas empresas, por trabalhadores autônomos ou liberais; portanto o contribuinte é
o prestador de serviços, exceto quando o serviço é prestado no exterior.
Veja como é realizado o registro contábil do ISS: uma prestadora de serviço auferiu
uma receita de R$ 7.000,00 durante o mês. Considerando a alíquota de 4% de ISS no
município no qual foi realizado o serviço, o imposto será contabilizado da seguinte
forma:
D – Banco: R$ 7.000
D – ISS sobre vendas: R$ 280,00 (conta de resultado – DRE – redutora de receita bruta)
No mês seguinte, a empresa deverá pagar o ISS ao município, para evitar multas e
juros.
SUMÁRIO 69
Prática Contábil II
70 SUMÁRIO
Prática Contábil II
• Regime cumulativo.
1. A Perfumaria Cheiro de Rosas auferiu no mês de agosto uma receita bruta com
vendas de mercadorias no valor de R$ 120.000,00. Deve-se calcular e contabi-
lizar as contribuições para o PIS/PASEP e Cofins, pelas alíquotas 0,65% e 3%.
SUMÁRIO 71
Prática Contábil II
Este é um livro que todo profissional e estudante da área contábil deve consul-
tar, no que diz respeito aos tributos, a fim de esclarecer dúvidas: Contabilida-
de Tributária: Entendendo a Lógica dos Tributos e seus Reflexos sobre os
Resultados das Empresas, dos autores Amaury José Rezende, Carlos Alberto
Pereira, e Roberta Carvalho de Alencar.
Veja o exemplo:
72 SUMÁRIO
Prática Contábil II
1. Compra de mercadorias
D Clientes a receber
D Banco
a C ICMS a recolher
SUMÁRIO 73
Prática Contábil II
QUADRO 4 - ICMS
ICMS A RECOLHER
R$ 9.000: débito R$ 36.000,00
Saldo a recolher
(R$ 36.000 –
R$ 9.000) = R$ 27.000
ICMS A RECUPERAR
R$ 9.000 R$ 9.000: crédito
Saldo 0 (R$ 9.000 – R$
9.000)
74 SUMÁRIO
Prática Contábil II
QUADRO 5 - PIS/PASEP
ICMS A RECOLHER
R$ 825,00 D R$ 3.465,00
Saldo a recolher
ICMS A RECUPERAR
R$ 825,00 R$ 825 C
Saldo 0 (R$ 825 – R$ 825)
QUADRO 6 - COFINS
ICMS A RECOLHER
R$ 3.800 D R$ 15.960
Saldo a recolher
ICMS A RECUPERAR
R$ 3.800 R$ 3.800 C
Saldo 0 (R$ 3.800 – R$
3.800)
SUMÁRIO 75
Prática Contábil II
76 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Quando o RCM for negativo, significará que o valor das vendas de mercado-
rias foi inferior ao custo das respectivas mercadorias vendidas; logo, corres-
ponderá a prejuízo. Esse prejuízo apurado nas vendas de mercadorias deno-
mina-se prejuízo sobre vendas.
Para que a empresa possa pagar suas despesas trabalhistas, fiscais, impostos, etc., é
necessário que o resultado de vendas ou lucro bruto seja positivo; caso contrário, sua
atividade principal não é suficiente para a continuidade da empresa.
Onde:
RCM = Resultado de Conta de Mercadoria
RV = Receita de Vendas
VA = Vendas Anuladas
DIC = Descontos Incondicionais
TRIBUTOS = Impostos, taxas e contribuições incidentes sobre
as vendas, como o ICMS, o PIS sobre faturamento e a Cofins.
CMV = Custo da Mercadoria Vendida
SUMÁRIO 77
Prática Contábil II
CMV = R$ 1.400
Tributos = R$ 2.165
O saldo da conta RCM é credor e, portanto, corresponde ao lucro bruto. Esse saldo
poderá ser transferido para a conta lucros sobre vendas ou permanecer na própria
conta RCM, da qual será transferido diretamente para a conta resultado do exercício,
no momento da apuração do resultado líquido do exercício. E, assim, finalizamos os
lançamentos relacionados às contas com mercadorias e apuração de impostos sobre
vendas.
78 SUMÁRIO
Prática Contábil II
CONCLUSÃO
Finalizamos nossos estudos sobre os impostos sobre vendas, sendo fundamental tal
conhecimento para o profissional da área contábil. Considerando que a Contabilida-
de é a área responsável pela apuração e arrecadação dos impostos da empresa e a
legislação está sempre sendo modificada, é importante que o profissional contábil
faça regularmente a leitura dos livros da área contábil tributária. A leitura e o acom-
panhamento das mudanças nas leis tributárias evitam que o profissional fique desa-
tualizado com os processos que envolvem os tributos.
Durante a unidade, foi explicada a diferença entre regime cumulativo e regime não
cumulativo, bem como sobre contabilizar a recuperação (crédito) de cada imposto.
Esse conhecimento faz com que a carga tributária da empresa seja menor e determi-
na quem é o responsável pelo pagamento do imposto na cadeia empresarial. Foram
exemplificados também os impostos por fora e por dentro, ou seja, impostos que
são somados no preço final das mercadorias e outros que são somados ao valor do
produto (IPI).
Agora que você conhece os impostos sobre receita, continuaremos nossos estudos
abordando temas relevantes para a sua área de atuação. Vamos em frente, que ainda
temos muito o que aprender!
SUMÁRIO 79
Prática Contábil II
UNIDADE 3
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
80 SUMÁRIO
Prática Contábil II
3 ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL
PELO SOFTWARE CONTÁBIL
Depois do estudo dos impostos sobre vendas e do entendimento de como é feita a
apuração do lucro bruto, chegou o momento de você entender como a Contabilida-
de faz o lançamento desses impostos.
Antigamente esses lançamentos eram realizados e fiscalizados por meio das notas
fiscais emitidas manualmente ou via sistema de gestão empresarial. Com a evolu-
ção tecnológica, a receita federal elaborou softwares para facilitar o fluxo das infor-
mações e, principalmente, fiscalizar a veracidade de todas as informações enviadas
pelos contribuintes. Com o uso desses softwares erros são identificados imediata-
mente pelo fisco, e não importa se estamos falando de uma multinacional ou de
uma pequena empresa: todas as empresas passam pelo mesmo processo. O depar-
tamento contábil da empresa é o responsável pelo envio dessas informações sendo
fundamental que o profissional contábil conheça quais são os sistemas de informa-
ções fiscais e, principalmente, como alimentar esses sistemas para não causar proble-
mas para a empresa.
Nesta unidade, abordaremos o SPED, cuja sigla significa Sistema Público de Escritu-
ração Digital, que nada mais é que o sistema digital que a Receita Federal disponi-
biliza para as empresas enviarem informações fiscal, contábil e previdenciária. Serão
apresentados os dois tipos de SPED: fiscal e contábil, bem como as ferramentas indis-
pensáveis aos profissionais da contabilidade na atualidade. Muita atenção, porque se
trata de uma ferramenta que você certamente irá utilizar na sua rotina profissional.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Após o entendimento de todos os impostos sobre receitas, suas características e fina-
lidade, chegou o momento de você aprender como as informações são transmitidas
ao Governo de forma segura e prática. O Governo precisa ter a certeza de que as infor-
mações do contribuinte estão corretas, e com a evolução da tecnologia deixou de ter
sentido o recebimento dos dados em papéis. A Receita Federal elaborou um sistema
SUMÁRIO 81
Prática Contábil II
Bons estudos!
O SPED – Sistema Público de Escrituração Digital não é uma novidade no Brasil. Foi
lançado oficialmente com a edição do Decreto nº 6.022, de 22 de janeiro de 2007,
que pressupõe que o sistema seja um:
Nos últimos anos, sua evolução foi gradativa, tornando-se exemplo internacional de
sistema de informação ao fisco.
82 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Com o passar dos anos, a importância do SPED tornou-se evidente pelos números:
24 milhões de escriturações são enviadas anualmente (RECEITA FEDERAL, 2018), o
que comprova a sua característica de ser um instrumento facilitador para o envio
das informações. Portanto, é um sistema que tende a evoluir junto com a tecnologia,
exigindo do profissional contábil atualização constante dessas mudanças, inovações
do sistema e da legislação.
SUMÁRIO 83
Prática Contábil II
6. E-Lalur.
7. Central de Balanços.
84 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Segundo as Normas Tributárias a Escrita Fiscal Digital (EFD) foi instituída com o obje-
tivo de substituir a emissão de livros fiscais em papel pelo meio digital. Os livros subs-
tituídos são:
5. Registro de Inventário e
6.
Registro de Controle da Produção e do Estoque. (PORTAL TRIBUTÁRIO,
2019)
Esses livros serão substituídos e não extintos, porque o sistema demanda mais infor-
mações complexas, comparadas às informações escritas nos livros. Por exemplo:
SUMÁRIO 85
Prática Contábil II
• Quantidade produzida.
86 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Veja que todo o processo é automatizado, portanto, exige que a empresa tenha um
bom sistema de gestão, como Software ERP (Enterprise Resource Planning), sendo
que a contabilidade é responsável em padronizar esse sistema para obter as informa-
ções contábeis no formato solicitado pela Receita Federal. O sistema gestão deverá
integrar atividades comerciais, fiscais, contábeis e financeiras.
Além do contador, a área fiscal e financeira deve ser envolvida e capacitada para
alimentar corretamente o sistema de gestão adotado pela empresa. A empresa
deverá investir em treinamento, para que não ocorram erros que causem multas e
prejuízos.
Os arquivos EFD enviados pelas empresas contribuintes são validados pelo fisco da
seguinte forma: se um fornecedor mandar um arquivo com informações diferentes
do seu cliente, no momento do cruzamento dos dados, a Receita Federal através de
sua tecnologia verifica essa divergência, e nesse caso as empresas serão notificadas e
até autuadas.
SUMÁRIO 87
Prática Contábil II
Os arquivos da EFD ICMS ou IPI têm periodicidade mensal, a data inicial constante
do registro 0000 deve ser sempre o primeiro dia do mês ou outro, se for início das
atividades, ou de qualquer outro evento que altere a forma e período de escritura-
ção fiscal do estabelecimento. A data final constante do mesmo registro deve ser o
último dia do mesmo mês informado na data inicial ou a data de encerramento das
atividades ou de qualquer outro fato determinante para paralisação das atividades
daquele estabelecimento (GUIA PRÁTICO SPED, 2019, seção 4).
Os prazos para o envio dos arquivos são definidos por legislação estadual, portanto, a
contabilidade deverá consultar a legislação do seu Estado para não perder os prazos
de envio.
Assim como o prazo de envio é definido pela legislação de cada Estado, as penalida-
des por atraso, arquivos com informações inexatas ou até mesmo a falta do envio do
arquivo também serão definidas por cada Estado, no que diz respeito ao EFD ICMS;
portanto, a multa será de competência da Secretaria de Fazenda Estadual, sendo
necessário consultar a legislação do Estado.
88 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Outro ponto importante que a contabilidade deve estar ciente é que o arquivo a ser
mantido é o TXT gerado e transmito pelo contribuinte. O backup ou cópia de segu-
rança deve ser guardado, mas não é o suficiente, caso o fisco faça alguma notificação.
SUMÁRIO 89
Prática Contábil II
Entenda que os blocos possuem o registro inicial (registro 0000) e o registro final
(9999), cada um com registro de abertura, com registros de dados e com um registro
de encerramento, referindo-se cada um deles a um agrupamento de documentos e
de outras informações econômico-fiscais (GUIA PRÁTICO EFD/ICMS/IPI, 2019). É obri-
gatória a apresentação de todos os blocos, conforme
Blocos, a seguir, não sendo possível alterar a sequência determinada pela Receita
Federal.
TABELA 1 - BLOCOS
BLOCO DESCRIÇÃO
0 Abertura, identificação e referências
B*** Escrituração e apuração do ISS
C Documentos fiscais I – mercadorias (ICMS/IPI)
D Documentos fiscais II – serviços (ICMS)
E Apuração do ICMS e do IPI
Controle dos créditos de ICMS do ativo permanente –
G*
CIAP
H Inventário físico
K** Controle da produção e do estoque
1 Outras informações
9 Controle e encerramento do arquivo digital
90 SUMÁRIO
Prática Contábil II
As empresas que utilizam o EFD Contribuições são optantes pelo lucro real, lucro
presumido ou lucro arbitrado.
Por meio do EFD Contribuições são lançados as notas fiscais e os demais documen-
tos (contratos, recibos, extrato bancário), com o objetivo de apuração do PIS/Cofins. É
importante que as empresas que tenham o direito ao crédito, expliquem com deta-
lhes como está registrado o PIS/Cofins. Segundo o Guia Prático Elaborado pela Recei-
ta Federal, as regras para a EFD Contribuições são:
• A EFD Contribuições deve ser enviada mensalmente ao SPED até o 10º (déci-
mo) dia útil do 2º (segundo) mês subsequente ao que se refira a escrituração,
inclusive em casos de extinção, incorporação, fusão e cisão total ou parcial.
SUMÁRIO 91
Prática Contábil II
mil reais).
d. Os órgãos públicos;
III – multa equivalente a 0,02% (dois centésimos por cento) por dia de atraso,
calculada sobre a receita bruta da pessoa jurídica no período a que se refere
a escrituração, limitada a 1% (um por cento) desta, aos que não cumprirem
o prazo estabelecido para apresentação dos registros e respectivos arquivos.
(BRASIL, 2018)
Veja como é importante o cumprimento dos prazos de envio do arquivo, assim como
a assertividade nas informações, sendo a contabilidade responsável por essas entre-
gas.
O envio do arquivo, assim como o EFD ICMS/IPI e SPED Contábil, será gerado pelo
sistema de gestão da empresa, e enviado no formato TXT conforme especificações
do layout definido pela Receita Federal. É importante que o sistema de gestão esteja
padronizado para facilitar o envio e atender às especificações do fisco. O arquivo TXT
e o recibo com a documentação comprobatória de envio devem ser arquivados na
contabilidade, caso ocorram eventuais dúvidas por parte do fisco, inclusive.
92 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Outro arquivo que compõe o SPED é a Nota Fiscal Eletrônica, que é de responsabili-
dade do setor de faturamento da empresa e irá trabalhar em equipe com a contabi-
lidade.
SUMÁRIO 93
Prática Contábil II
A Nota Fiscal Eletrônica substitui o papel impresso pelo formato digital através do
Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), que irá circular junto com a
mercadoria até a sua entrega. Esse modelo contribui para um controle maior do fisco
de todas as operações realizadas na empresa, inclusive facilita o controle das opera-
ções de fora do Estado.
Além da Nota Fiscal para mercadorias, são gerados por meio digital a Nota
Fiscal de Serviços Eletrônica (NFS-e) e o Conhecimento de Transporte Eletrô-
nico (CT-e), possibilitando ao fisco o controle da nota e do frete, vinculando
um ao outro. Não utilizar a Nota Fiscal é considerado sonegação fiscal.
94 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Em outras palavras, Nota Fiscal Eletrônica é o documento digital emitido para arma-
zenar de forma eletrônica as operações fiscais e prestações de dados para a Receita
Federal. Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital.
A NF-e deverá ser emitida com base em layout estabelecido em Ato COTEPE, por
meio de software desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado
pela administração tributária.
SUMÁRIO 95
Prática Contábil II
5. O modelo da NF-e.
7. O número da NF-e.
96 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 97
Prática Contábil II
3.3.1 E-SOCIAL
A falta de envio dessas informações para o Governo gera multas para a empresa,
sendo uma responsabilidade do Departamento Pessoal (RH).
Embora tenha sido criado para simplificar o fluxo das informações, existe
uma crítica no que diz respeito ao volume de informações e a complexidade
do envio do e-Social. Para alguns contabilistas, o sistema complicou o fluxo
de informações, já que falha muito durante o envio delas. O governo federal
estuda a criação de um novo sistema para 2020.
98 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Veja como as informações deverão ser enviadas. Assim como no SPED Fiscal, o forma-
to do arquivo é TXT, e as informações contábeis também deverão ser enviadas em
TXT. Entenda mais, a seguir, sobre esse processo no SPED Contábil.
Além das informações fiscais, as empresas tributadas pelo lucro real e lucro presu-
mido tem a obrigação de entregar livros contábeis, como o diário, razão e auxiliares.
Essas empresas também são obrigadas a apresentarem seus demonstrativos contá-
beis, como balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício (DRE), e
demonstrativo de lucro ou prejuízo acumulado (DLPA).
Com o advento do SPED Contábil, essas informações são transmitidas no último dia
do mês de maio do ano subsequente. Não divulgar essas informações acarreta multa
para a empresa.
SUMÁRIO 99
Prática Contábil II
O SPED Contábil não se aplica a: Pessoa Jurídica optante pelo Simples Nacio-
nal, órgãos públicos, autarquias e fundações públicas, Pessoa Jurídica inativa,
Pessoa Jurídica imune e isenta, “PJ Lucro Presumido”.
Entenda melhor o formato do envio das informações para a Receita Federal, a seguir.
O sistema suporta arquivos de até 1GB, o que é suficiente, mas, caso seja uma empre-
sa de grande porte, a escrituração poderá ser fracionada em até 12 partes, portanto,
o sistema suporte até 12 GB.
O contribuinte, após o envio dos arquivos, utiliza a sua assinatura digital para confir-
mar se o documento foi enviado e recebe o certificado digital. O software contábil
fornecerá as informações no formato TXT para a Receita Federal.
100 SUMÁRIO
Prática Contábil II
2. Lançamentos contábeis.
3. Balancetes.
4. Plano de contas.
Veja o exemplo de parte da primeira planilha com algumas contas do ativo circulan-
te:
SUMÁRIO 101
Prática Contábil II
O livro diário e livro razão devem ser alimentados via sistema da empresa, e suas
informações irão compor o balanço patrimonial. Esses livros serão assinados de forma
digital pelo contabilista habilitado com registro ativo no Conselho Regional de Conta-
bilidade.
Z – Razão Auxiliar (Livro Contábil Auxiliar conforme leiaute definido nos regis-
tros I500 a I555). (SISTEMA PÚBLICO DE ESCRITURAÇÃO DIGITAL,
102 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Para evitar esses erros, é importante que, antes do envio do arquivo digital, o respon-
sável pela contabilidade faça uma revisão dos saldos das contas, principalmen-
te o saldo de caixa apresentado no balanço patrimonial. A conta lucro do exercício
também precisar ser revisada antes do envio, porque o lucro é a base de cálculo do
Imposto de Renda e Contribuição Social do Lucro Líquido.
Ressalta-se que o SPED Contábil ainda está em processo de mudanças e o seu padrão
tem sido modificado constantemente, portanto, é importante que o profissional
contábil e sua equipe estejam sempre atualizados em relação à legislação vigente.
O cuidado com as informações enviadas pelo SPED, seja Fiscal ou Contábil, evita
multas e transtornos para a empresa. O objetivo do SPED é facilitar o encaminhamen-
to dos dados fiscais/contábeis; e, se a empresa tiver um sistema de gestão eficiente e
uma equipe responsável, será um enorme ganho tanto para o Governo quanto para
a empresa.
SUMÁRIO 103
Prática Contábil II
CONCLUSÃO
Com esta unidade foi possível compreender o conceito SPED e sua importância
para a área contábil. Com a evolução dos sistemas, os contabilistas adquirem um
novo papel, que é analisar todas as informações geradas pelo sistema e evitar que
sejam enviados arquivos com erros nas demandas do Governo. Faz parte do papel do
contabilista parametrizar o sistema de gestão contábil da empresa, para que todos os
arquivos estejam no formato especificado pela Receita Federal.
É cada vez mais importante na área contábil e fiscal o treinamento das equipes envol-
vidas com o SPED, e todos devem estar atualizados com as normas da legislação
vigente.
O SPED Fiscal contribui para redução de erros e fraudes nas empresas, o que é impor-
tante para toda a sociedade. E a emissão de Nota Fiscal Eletrônica faz com que o fisco
acompanhe a saída da mercadoria e a sua chegada ao destino. Já o SPED Contábil
substitui os livros contábeis da empresa por arquivos eletrônicos que devem ser guar-
dados e conferidos antes do envio.
O SPED ainda passa por mudanças. Em 2020, teremos novos arquivos e demandas; e,
como tudo que envolve tecnologia, a tendência é cada vez mais se aprimorar. Sendo
o SPED alvo de muita polêmica no que diz respeito ao exagero das informações
solicitadas, compete ao Governo e empresas um alinhamento do que realmente é
necessário para que os objetivos sejam alcançados.
Foi abordado também na unidade o tema do e-Social, que envolve o registro da folha
de pagamento. Espero que você tenha compreendido a importância do SPED na
rotina contábil e a evolução tecnológica do envio das informações contábeis. Siga-
mos em frente com novos conhecimentos!
104 SUMÁRIO
Prática Contábil II
UNIDADE 4
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
SUMÁRIO 105
Prática Contábil II
4 OPERAÇÕES COM
RECURSOS HUMANOS
Depois que você estudou o conceito, incidência e destino de cada imposto recolhido
nas empresas e as formas de envio ao fisco, vamos iniciar um novo assunto, muito
importante: as operações com pessoal e folha de pagamento.
Os cálculos dos encargos sociais serão apresentados, visto que a folha de pagamen-
to contempla alguns proventos e descontos. O resultado é o salário líquido, quantia
recebida pelo trabalhador.
E como cálculos trabalhistas fazem parte da rotina contábil, questões sobre folha de
pagamento são comuns caírem no exame de suficiência da área, e por essa razão é
muito importante que você entenda como são feitos esses cálculos. Diante da rele-
vância do tema, é muito importante a sua dedicação nos estudos.
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Esta unidade irá abordar a folha de pagamento sob os aspectos contábeis e os princi-
pais cálculos trabalhistas. Folha de pagamento é o nome do documento no qual são
demonstrados o nome dos funcionários, cada salário bruto e outros proventos, como
106 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Bons estudos!
SUMÁRIO 107
Prática Contábil II
Os descontos são os valores que devem ser deduzidos do trabalhador, sendo os prin-
cipais: quota da previdência, imposto de renda, seguros, adiantamentos, faltas e atra-
sos e vale-transporte.
O pagamento da folha deverá ser realizado até o quinto dia do mês subsequente do
mês trabalhado.
108 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 109
Prática Contábil II
D – despesa de salários;
conta de resultado;
110 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Segundo consta no site da Caixa Econômica Federal (2019), o Fundo de Garantia por
Tempo de Serviço (FGTS) é um direito dos trabalhadores com registro em carteira.
Esse direito foi criado com o objetivo de proteger o funcionário quando demitido
sem justa causa.
Segundo a Lei nº 5.107, o FGTS incide sobre todas as verbas remuneratórias além do
salário do empregado, tais como comissões e gratificações, horas extras, adicional
noturno, de insalubridade e periculosidade, 13º salário, férias, rescisão de trabalho,
independentemente de o aviso prévio ser indenizado ou trabalhado.
A lei também determina que o recolhimento do FGTS seja feito até o dia sete (7) do
mês subsequente. Por exemplo, o FGTS do mês da folha de pagamento do mês de
junho deve ser pago até o dia sete (7) de julho. Se o dia sete (7) cair em um final de
semana ou feriado, o pagamento deve ser antecipado.
SUMÁRIO 111
Prática Contábil II
112 SUMÁRIO
Prática Contábil II
O INSS patronal é uma contribuição realizada pelas empresas para assegurar a segu-
ridade social, que garante serviços básicos à população (assistência social, previdên-
cia e saúde). São duas as bases para se calcular o INSS patronal: receita bruta ou folha
de pagamento.
I – vinte por cento sobre o total das remunerações pagas, devidas ou creditadas
a qualquer título, durante o mês, aos segurados empregados e trabalhadores
avulsos que lhe prestem serviços, destinadas a retribuir o trabalho, qualquer
que seja a sua forma, inclusive as gorjetas, os ganhos habituais sob a forma
de utilidades e os adiantamentos decorrentes de reajuste salarial, quer pelos
serviços efetivamente prestados, quer pelo tempo à disposição do emprega-
dor ou tomador de serviços, nos termos da lei ou do contrato ou, ainda, de
convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença normativa. (Redação
dada pela Lei nº 9.876, de 1999). (BRASIL,1991)
SUMÁRIO 113
Prática Contábil II
Veja, a seguir, como calcular os proventos e descontos que compõem a folha de paga-
mento e como alcançar o resultado líquido.
114 SUMÁRIO
Prática Contábil II
4.2 PROVENTOS
Agora que você conhece a folha de pagamentos, vamos calcular os proventos que a
compõem. Os proventos são os direitos que o trabalhador tem de receber após o mês
trabalhado. Veja os principais:
Salário
Vale-transporte
Adicional de insalubridade
Adicional de periculosidade
Adicional noturno
Salário-família
4.2.1 SALÁRIO
Pode ser pago: mensal, quinzenal, semanal ou diariamente (peça ou tarefa). Inte-
gram o salário: comissões, gorjetas, percentagens, gratificações ajustadas, diárias para
viagem e abonos pagos pelo empregador.
SUMÁRIO 115
Prática Contábil II
A empresa pode precisar que um funcionário faça horas extras, ou seja, ele terá que
trabalhar em um período maior do que estipulado em seu contrato de trabalho. A
legislação trabalhista vigente estabelece que a duração normal do trabalho é de 8
(oito) horas diárias e 44 (quarenta e quatro) semanais, no máximo.
Conforme o artigo 55 da CLT, a “jornada diária de trabalho dos empregados não pode
exceder duas horas para efeito de serviço extraordinário, mediante acordo individual,
acordo coletivo, convenção coletiva ou sentença normativa”. O artigo ainda acres-
centa que, se, excepcionalmente, houver a necessidade de trabalho após o horário
de expediente, deverá ser prorrogada além do limite legalmente permitido. Sendo
assim a remuneração do serviço extraordinário (HE), desde a promulgação da Cons-
tituição Federal/1988, será, no mínimo, 50% (cinquenta por cento) superior à da hora
normal (GUIA TRABALHISTA, 2019).
116 SUMÁRIO
Prática Contábil II
R$ 2.200/220 = R$ 10,00.
Agora vamos calcular o valor da hora extra, considerando que fez 30 horas
extras no mês.
R$ 10,00 + R$ 5 = R$ 15,00.
Salário: R$ 2.200,00;
total: R$ 2.650,00.
SUMÁRIO 117
Prática Contábil II
4.2.2 VALE-TRANSPORTE
Não existe uma lei que determina a distância mínima do percurso para que seja
efetuado o pagamento do vale-transporte, portanto, o empregador deve fornecê-lo
sempre que o empregado utilizar o transporte público coletivo. Mesmo se a empresa
fornecer um fretado, deverá pagar o valor do transporte entre a residência do funcio-
nário até o ponto de encontro do fretado.
118 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 119
Prática Contábil II
120 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Para ter direito ao adicional, o profissional pode ter contato permanente ou intermi-
tente com a substância em questão. Caso o empregado tenha contato todos os dias
da semana, por 10 (dez) minutos, deverá receber o adicional. “O contato não precisa
ser durante toda a jornada e nem durante toda a semana, mas, caso haja habituali-
dade, será devido”, conforme a Norma Regulamentadora 15.
SUMÁRIO 121
Prática Contábil II
122 SUMÁRIO
Prática Contábil II
A hora do trabalho noturno tem o valor de 52 minutos e 30 segundos (art. 72, §1º).
Vamos compreender como é realizado o cálculo:
SUMÁRIO 123
Prática Contábil II
4.2.6 SALÁRIO-FAMÍLIA
124 SUMÁRIO
Prática Contábil II
A seguir, você irá aprender quais os cálculos e encargos que os funcionários pagam
ao governo.
4.3 DESCONTOS
A folha de pagamento é composta por proventos, que são os ganhos de cada funcio-
nário, bem como os descontos sobre o salário. Os principais descontos são: INSS,
Imposto de Renda, contribuição sindical, vale-transporte (6% partem do funcionário),
pensão alimentícia, benefícios opcionais (assistência médica, odontológica e previ-
dência privada). Existe um limite de desconto de 70% (setenta porcento) para cada
funcionário; caso a empresa ultrapasse, o limite poderá ter reclamações trabalhistas.
SUMÁRIO 125
Prática Contábil II
4.3.1 INSS
Assim sendo, o governo federal, por meio da Previdência Social, garante ao trabalha-
dor os seguintes aspectos:
• Auxílio-doença.
• Auxílio-acidente.
• Salário-maternidade.
• Salário-família.
• Reabilitação profissional.
• 13º salário.
126 SUMÁRIO
Prática Contábil II
É possível, mesmo sem ter registro em carteira, contribuir com o INSS visando a
uma renda na aposentadoria.
Vale lembrar que INSS incide sobre o salário bruto e soma as horas extras, adicional
de insalubridade, periculosidade, adicional noturno, diárias para viagem, 13º salário
e outros valores admitidos em lei pela Previdência Social, conforme explicado no site
do INSS.
Veja a tabela que indica a faixa de contribuição, bem como a alíquota a ser recolhida:
SUMÁRIO 127
Prática Contábil II
Exemplo 1:
Exemplo 2
Veja a tabela a seguir do Imposto de Renda atualizada em 2019. Ela, desde 2015, não
é corrigida e isenta quem recebe até R$ 1.903,98 por mês, após o desconto da contri-
buição previdenciária.
Até 1.903,98 – –
De 1.903,99 até 2.826,65 7,5 142,80
De 2.826,66 até 3.751,05 15 354,80
De 3.751,06 até 4.664,68 22,5 636,13
Acima de 4.664,68 27,5 869,36
128 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Exemplo 1:
SUMÁRIO 129
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Salário R$ 4.500,00 INSS R$ 495,00
IR R$ 265,00
Total R$ 4.500,00 Total de descontos R$ 760,00
Salário líquido R$ 3.740,00
Exemplo 2
130 SUMÁRIO
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Salário R$ 6.500,00 INSS R$ 642,32
Adicional noturno R$ 1.500,00 IR R$ 617,75
Vale-transporte R$ 250,00
Pensão alimentícia R$ 1.950,00
R$ 3.460,07
Total R$ 8.000,00 Total de descontos R$ 3.460,07
Salário líquido R$ 4.539,93
SUMÁRIO 131
Prática Contábil II
E, assim, finalizamos a unidade, pois agora você aprendeu como são elaborados a
folha de pagamento e seu registro contábil. Espero realmente que você tenha apro-
veitado, e vamos seguir em frente!
CONCLUSÃO
Nesta unidade, você aprendeu o conceito e como é feita a elaboração da folha de
pagamento da empresa. Mesmo que a contabilidade não elabore o arquivo da folha
de pagamento, é necessário que a equipe contábil conheça todos os cálculos traba-
lhistas e, no momento que realizar o registro contábil, valide as informações que serão
transmitidas ao governo.
Faz parte da ética empresarial pagar todos os proventos de forma correta, conforme
a lei, e recolher todos os impostos que incidem na folha de pagamento, sendo esses
processos de responsabilidade da contabilidade da empresa.
Mas não terminamos aqui, sempre há o que estudar no que diz respeito à folha de
pagamentos, sendo importante acompanhar as mudanças na legislação trabalhista.
Fique atento e continue os seus estudos!
132 SUMÁRIO
Prática Contábil II
UNIDADE 5
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
SUMÁRIO 133
Prática Contábil II
5 CÁLCULO E
CONTABILIZAÇÃO DO 13º
SALÁRIO E FÉRIAS
Nesta unidade, serão abordados temas de suma importância para todos os traba-
lhadores e, principalmente, para o profissional de contábeis responsável pela folha
de pagamento: 13º salário, provisão do 13º salário, férias e provisão de férias. Todos
sabem que 13º salário e férias são direitos do funcionário, mas poucas pessoas sabem
responder como são calculados os impostos sobre o 13º salário e férias.
É importante também que todos, como funcionários de empresas, saibam quais são
os cálculos que compõem os benefícios garantidos por lei e quais são as leis que
regem o pagamento tanto do 13º salário quanto das férias.
INTRODUÇÃO
Nesta unidade, serão abordados dois temas que fazem parte da rotina do departa-
mento de Recursos Humanos e integram a folha de pagamento: 13º salário e férias.
Os registros desses benefícios devem ser realizados na contabilidade e provisionados
durante o período, para que a empresa não tenha problemas, como a falta de caixa
(dinheiro) no final do ano.
134 SUMÁRIO
Prática Contábil II
É importante que não ocorram falhas nos cálculos desses benefícios para não gerar
reclamações trabalhistas e prejuízos para a empresa. Sendo assim, todos os proce-
dimentos devem ser realizados corretamente e a equipe contábil deve conhecer
não apenas as normas contábeis, mas também as leis trabalhistas e os cálculos
previdenciários.
Nesta unidade, você aprenderá os cálculos desses benefícios (13º salário e férias), a
apuração dos impostos incidentes e como são apresentados na folha de pagamento.
Bons estudos!
O art. 7º, inciso VIII da Constituição Federal estabeleceu a “denominação” 13º salário
para a gratificação natalina que deverá ser paga com base na remuneração integral.
SUMÁRIO 135
Prática Contábil II
Para receber o 13º salário, é necessário que o funcionário tenha trabalhado no míni-
mo 15 dias na empresa, então ele terá o direito a receber o correspondente a 1/12
(um doze avos) da remuneração por mês de serviço.
Veja o exemplo:
O cálculo do valor total do seu 13º salário deverá ser realizado da seguinte
forma:
Se a empresa não pagar ou atrasar o 13º, infringirá a Lei n° 4.090/62 e estará sujei-
ta a penalidades. Essas penalidades são multas com valor alto, causando prejuízo
financeiro.
136 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Entenda a seguir como é o cálculo das parcelas do 13º salário e os descontos inci-
dentes.
Até R$ 1.751,81 8%
SUMÁRIO 137
Prática Contábil II
Até 1.903,98 - -
Exemplo 1
A segunda parcela deverá ser 50% do restante do salário, veja como ficará no
primeiro exemplo:
138 SUMÁRIO
Prática Contábil II
VENCIMENTOS DESCONTOS
SUMÁRIO 139
Prática Contábil II
Exemplo 2
140 SUMÁRIO
Prática Contábil II
VENCIMENTOS DESCONTOS
Lembre-se de que o pagamento da primeira parcela deve ser realizado até o dia 30
de novembro, e da segunda parcela, até 20 de dezembro.
Embora o pagamento do 13º salário seja realizado apenas no final do ano, a contabi-
lidade provisionará esse valor durante o ano para atender ao regime de competência.
SUMÁRIO 141
Prática Contábil II
142 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 143
Prática Contábil II
144 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 145
Prática Contábil II
Ana Cristina
R$ 6.300,00 R$ 3.150,00 R$ 642,34 R$ 45,27 R$ 2.462,39
Ferreira
Antonio José R$ 6.300,00 R$ 3.150,00 R$ 642,34 R$ 45,27 R$ 2.462,39
R$ 12.600,00 R$ 6.300,00 R$ 1.284,68 R$ 90,55 R$ 4.924,77
Fonte: Elaborado pela autora.
146 SUMÁRIO
Prática Contábil II
E assim encerram-se os lançamentos de 13º salário. Você seguirá com outro tema
importante, que faz parte dos cálculos trabalhistas e folha de pagamento: férias.
5.2 FÉRIAS
De acordo com o artigo 143 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) (BRASIL,
1943), férias é o período de descanso concedido ao funcionário após trabalhar por
um ano na empresa, sendo esse denominado período aquisitivo ou férias vencidas. O
período de concessão das férias é realizado conforme o critério da empresa.
O pagamento das férias é sempre com base na última remuneração e deve somar
a média das horas extras ou a média das comissões, ou a média de qualquer outro
adicional que o empregado venha a receber durante o ano.
Caso essa regra não seja cumprida, a empresa deve pagar em dobro o valor das
férias.
SUMÁRIO 147
Prática Contábil II
Caso o empregado faltar mais do que 32 dias, não tem direito às férias.
A palavra “férias” surgiu das palavras latinas feria ou feriae, que, para os roma-
nos, tratava-se de um dia de descanso. Posteriormente, foram ligadas aos
feriados de ordem religiosa. No Brasil, o direito às férias foi instituído em
1925, porém somente foi levado a sério a partir de 1933, com a instituição de
novas regras. As férias foram aprovadas na CLT em 1943.
148 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 149
Prática Contábil II
Veja a seguir como é realizado o passo a passo do cálculo do valor das férias.
É denominado abono pecuniário, ou, como as pessoas falam no dia a dia, vender
as férias: a conversão de 1/3 das férias que o empregado tem direito em dinheiro.
A conversão de 1/3 das férias em abono pecuniário é facultativa, atribuída apenas
ao empregado esse direito de decisão, e deve ser concedida obrigatoriamente pela
empresa, quando solicitada.
150 SUMÁRIO
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Férias R$ 2.000,00 INSS R$ 240,00
1/3 sobre férias R$ 666,67 Imposto de Renda R$ 39,20
Abono R$ 1.000,00
1/3 sobre abono R$ 333,33
Total proventos R$ 4.000,00 Total descontos R$ 279,20
Total líquido a receber R$ 3.720,80
Veja que, para descontar o INSS e IR, o abono e 1/3 do abono não entram no
cálculo, apenas os valores das férias e 1/3 sobre as férias.
SUMÁRIO 151
Prática Contábil II
Para calcular o valor das férias, é necessário somar ao valor do salário bruto à média
de hora extra e adicionais que o empregado recebeu durante o período aquisitivo. A
partir desse montante, é então calculado um valor em função dos dias de trabalho do
funcionário. Calcula-se o valor do dia de férias dividindo o montante por 30 e multi-
plica-se o resultado pelo número de dias usufruídos.
Veja como é realizado o cálculo: valor base = (salário bruto + média de hora extra) / 30
x dias de férias usufruídas.
A Constituição Federal, em seu art. 7º, inciso XVII, assegura o gozo de férias
anuais com, pelo menos, um terço a mais do salário normal (1/3 constitu-
cional).
R$ 1.500,00 / 3 = R$ 500,00.
Descontos
152 SUMÁRIO
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Férias R$ 4.000,00 INSS R$ 586,67
1/3 sobre férias R$ 1.333,33 Imposto de Renda R$ 435,97
Total proventos R$ 5.333,33 Total descontos R$ 1.022,64
Total líquido a receber R$ 4.310,69
Fonte: Elaborado pela autora.
SUMÁRIO 153
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Férias R$ 4.000,00
Observe que as férias pagas em dobro não têm incidência de INSS e FGTS. O IRRF
deve ser calculado junto com o restante das férias.
Para contabilizar as férias, deverá ser realizado o registro no livro diário. Primeiro,
recorde que a contabilidade deve seguir o regime de competência. O valor das férias
deve ser contabilizado nas contas de despesas operacionais, se o funcionário trabalha
diretamente com a produção, esse montante será registrado como custos.
154 SUMÁRIO
Prática Contábil II
a. Férias
b. Contribuição previdenciária
c. FGTS
SUMÁRIO 155
Prática Contábil II
O pagamento do valor das férias deverá ser feito até dois dias antes do início do
empregado iniciar o gozo destas.
PROVENTOS DESCONTOS
156 SUMÁRIO
Prática Contábil II
E assim se encerra esta unidade na qual foram abordados temas tão importantes
para o estudante de contabilidade, como férias e 13º terceiro. É fundamental que o
profissional contábil saiba contabilizar a folha de pagamentos, bem como devem ser
realizados os cálculos de férias e 13º. O registro contábil correto impede que a empre-
sa seja multada por não atender à legislação trabalhista e torna o processo transpa-
rente para eventual fiscalização. Além do mais, todo funcionário que trabalha no regi-
me CLT deve conhecer as leis e normas para o cálculo desses benefícios trabalhistas.
CONCLUSÃO
Finaliza-se esta unidade no qual foram abordados os temas 13º salário e férias, assun-
tos relevantes para a contabilidade, pois o registro desses fatos demanda conheci-
mentos técnico contábil, das leis trabalhistas e dos cálculos previdenciários.
Estudar esses temas é relevante para o aluno de ciências contábeis, por fazer parte
da sua rotina profissional. Mas também é interesse para todos os funcionários que
trabalham pelo regime CLT. Poucas pessoas conhecem seus direitos e os encargos
trabalhistas que pagam ao receber o 13º e no gozo de suas férias. Aprender quais são
os seus direitos e obrigações fiscais é um direito do cidadão.
É necessário lembrar que em 2017 houve uma reforma trabalhista e que novas refor-
mas podem acontecer em curto prazo. Assim, é necessário que o profissional contábil
esteja sempre se atualizando por meio de cursos específicos da área.
Espera-se que você continue buscando esse conhecimento tão importante e divul-
gue os direitos dos funcionários. Pois, se todos conhecerem as leis trabalhistas, é mais
fácil realizar o planejamento financeiro. E siga os estudos, porque não termina por
aqui, ainda há muito o que aprender!
SUMÁRIO 157
Prática Contábil II
UNIDADE 6
OBJETIVO
Ao final desta unidade, esperamos
que possa:
158 SUMÁRIO
Prática Contábil II
6 RESCISÃO CONTRATUAL
Nesta unidade, será abordado o tema rescisão contratual, que nada mais é do que a
formalização do término do contrato de trabalho ou vínculo empregatício, que pode
acontecer ou por vontade da empresa (empregador) ou por vontade do funcionário.
Iremos, então, calcular o valor da rescisão de contrato e os encargos desse término
empregatício em situações diferentes de demissão: por justa causa, sem justa causa,
por decisão do funcionário e acordo entre as partes. Além da rescisão iremos calcular
o aviso prévio e saldo de salários, bem como os impostos que incidem sobre a resci-
são do contrato.
Todo esse processo deve ser estudado com muita atenção, porque esses cálculos
demandam cuidados para que a empresa faça tudo conforme determina a lei da
CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) evitando reclamações judiciais por parte do
empregado que foi desligado da empresa. Portanto, bons estudos, muita atenção
aos detalhes que serão explicados nesta unidade e não se esqueça de fazer a leitura
do material complementar.
Vamos adiante!
INTRODUÇÃO DA UNIDADE
Nesta unidade, serão demonstrados os processos que devem ser realizados pela
empresa no momento da rescisão contratual, que nada mais é que o término do
contrato de funcionário com a empresa.
SUMÁRIO 159
Prática Contábil II
É interessante que nesse momento a empresa cumpra com a lei trabalhista e faça
todo o processo de forma clara e transparente para não deixar dúvidas ao funcionário,
evitando reclamações trabalhistas. É importante também que o funcionário conheça
seus direitos e deveres no término do seu contrato de trabalho e saiba calcular o valor
da sua rescisão junto com a empresa.
Bons estudos!
160 SUMÁRIO
Prática Contábil II
• Morte do trabalhador.
• Aposentadoria.
Entenda, a seguir, quais são os direitos rescisórios (verbas rescisórias) para o contrato
por prazo indeterminado, conforme o Informativo Trabalhista:
• Saldo de salário;
• Aviso prévio;
• Multa de 40% sobre o Saldo depositado do FGTS e também sobre o mês da resci-
são e mês anterior no caso de demissão por justa causa. (INFORMATIVO TRABALHISTA,
[2015]).
SUMÁRIO 161
Prática Contábil II
• Japão: os empregadores devem dar trinta (30) dias de aviso prévio aos
trabalhadores.
162 SUMÁRIO
Prática Contábil II
A demissão sem justa causa ocorre quando a empresa demite o funcionário sem
nenhuma razão legal, em outras palavras, a empresa não necessita mais dos serviços
do funcionário e resolve demiti-lo sem nenhum motivo grave. Nesse caso, o cálculo
da rescisão deverá ser realizado conforme as normas trabalhistas. Veja, a seguir, como
é feito esse cálculo.
Entenda que saldo de salário é o valor do pagamento do saldo dos dias trabalhados
no mês até a data oficial do desligamento do funcionário. Veja o exemplo a seguir de
como é esse cálculo.
O funcionário João Henrique ganha R$ 5.000 e foi desligado sem justa causa,
no dia vinte (20) de outubro, da empresa na qual trabalhava. Vamos calcular
os valores que João Henrique terá direito a receber na sua rescisão contra-
tual: R$ 5.000,00/30 dias = R$ 166,67 * 20 dias trabalhados = R$ 3.333,33.
Vamos supor que João Henrique fez horas extras no mês de outubro, portan-
to, tem o direito de receber o valor dessas horas extras na sua rescisão. Veja
o cálculo.
SUMÁRIO 163
Prática Contábil II
Sendo assim, até o momento, João Henrique tem direito a receber na sua
rescisão contratual os seguintes valores:
Mas esses não são os únicos valores a que João tem direito, ainda temos que calcular
o seu aviso prévio. Veja adiante, o conceito de aviso prévio.
164 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 165
Prática Contábil II
• Salário de R$ 5.000,00.
• Total: R$ 6.000,00.
166 SUMÁRIO
Prática Contábil II
SUMÁRIO 167
Prática Contábil II
Quando o funcionário trabalhou menos de quinze (15) dias no mês, não tem direi-
to a receber o décimo terceiro referente ao período, assim como o funcionário que
se ausentar por um período superior a quinze (15) dias sem justificativa perderá um
doze avos (1/12) do décimo terceiro salário.
A empresa deverá cumprir a lei para evitar multas, problemas com a fiscalização
trabalhista e reclamações na justiça do trabalho. O artigo 467 da CLT determina que,
no caso de erros nos cálculos da rescisão, a empresa terá que pagar ao funcionário,
diante do juiz, o valor que faltou no cálculo acrescido de cinquenta porcento (50%).
Veja na prática como é feito o cálculo do décimo terceiro salário na rescisão contratual.
• Salário de R$ 5.000,00.
• Total: R$ 6.000,00.
168 SUMÁRIO
Prática Contábil II
• Então, teremos:
Veja, a seguir, como será realizado o cálculo das férias na rescisão contratual. Preste
atenção aos detalhes, são muito importantes!
6.4 FÉRIAS
As férias constituem um direito adquirido após doze (12) meses de trabalho conse-
cutivo. Na rescisão contratual, o funcionário tem o direito de receber o valor das férias
que corresponde ao seu último salário, somado aos adicionais e horas extras recebi-
dos durante o ano.
O funcionário João Henrique tem férias vencidas, ou seja, não gozou das
férias durante o período aquisitivo. Veja como ficará o cálculo na rescisão.
SUMÁRIO 169
Prática Contábil II
• Salário de R$ 5.000,00.
• Total: R$ 6.000,00.
• Salário de R$ 6.000,00.
170 SUMÁRIO
Prática Contábil II
• Total: R$ 15.333.32.
Você pode observar que no cálculo da remuneração das férias vencidas, proporcio-
nais e indenizadas na rescisão do contrato de trabalho será acrescido o valor corres-
pondente a um terço sobre as respectivas verbas (férias vencidas + férias proporcio-
nais + férias indenizadas).
A partir dos cálculos realizados na rescisão do João Henrique, iremos elaborar a resci-
são contratual com os descontos do INSS e IRRF. Seguiremos os cálculos consultando
as tabelas de INSS e IRPF:
SUMÁRIO 171
Prática Contábil II
Até 1.751,81 8%
De 1.751,82 até 2.919,72 9%
De 2.919,73 até 5.839,45 11%
172 SUMÁRIO
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Férias proporcionais R$ 5.000,00
Abono de 1/3 de férias
R$ 1.666,67
proporcionais
Férias indenizadas R$ 500,00
Abono de 1/3 de férias
R$ 166,67
indenizadas
Total de proventos R$ 33.430,33 Total de descontos R$ 3.654,09
Total líquido a receber R$ 29.776,24
Por meio do demonstrativo é possível verificar que R$ 29.776,24 é o valor líquido que
João Henrique deverá receber da empresa após o término do contrato do trabalho,
ou seja, na execução do cálculo das verbas da rescisão do contrato de trabalho foram
consideradas as incidências para desconto e dedução do INSS, Imposto de Renda
Retido na fonte, conforme tabelas em vigor na ocasião, e o recolhimento do FGTS,
que será realizado a seguir.
SUMÁRIO 173
Prática Contábil II
I. Será realizado até o primeiro dia útil seguinte ao término do contrato de traba-
lho, quando for rescisão sem justa causa e houver aviso prévio trabalhado,
contrato por prazo determinado ou contrato de experiência.
II. Ou poderá ser pago até o décimo dia contado da data da notificação da
dispensa, quando for aviso prévio indenizado, pedido de demissão ou quando
o trabalhador for dispensado do seu cumprimento.
É importante que a empresa saiba que, segundo o artigo 477 da CLT, § 8º, se houver
atraso no prazo de pagamento, a empresa fica sujeita à multa para o trabalhador no
valor correspondente a um salário nominal (último salário-base).
É necessário calcular oito porcento (8%) sobre as verbas rescisórias que incidem para
o cálculo do FGTS, com exceção do aviso prévio indenizado. O trabalhador que foi
dispensado sem justa causa tem o direito a receber a multa de quarenta porcento
(40%) sobre o saldo da conta vinculada e atualizado do FGTS do mês, acrescido do
resultado do cálculo inserido em campo próprio da Guia de Recolhimento Rescisó-
rio do FGTS e da Contribuição Social. O valor atualizado do saldo da conta vinculada
do FGTS é fornecido para a empresa através do extrato para fins rescisórios da Caixa
Econômica Federal.
Após realizar os cálculos e os recolhimentos dos valores rescisórios, a empresa irá soli-
citar à Caixa Econômica Federal a chave de identificação do trabalhador, que consiste
em um número de acesso entregue ao trabalhador no ato da homologação da resci-
são.
Até o momento, você entendeu um pouco mais sobre a demissão sem justa causa,
no entanto, caso o empregado cometa algum ato ilícito ou falho, a empresa poderá
demiti-lo por justa causa. Veja, a seguir, como são os cálculos nesse caso.
174 SUMÁRIO
Prática Contábil II
1.
Ato de improbidade: apropriar-se indevidamente de algo que não lhe
pertence; atentar contra o patrimônio da empresa ou de colegas trabalha-
dores.
10.
Abandono de emprego: Se o empregado não comparecer à empresa
durante 30 dias sem justificar, a empresa deverá comunicar o abandono
ao trabalhador por meio de telegrama ou carta registrada e anunciar em
jornais de grande circulação, como por exemplo o Diário Oficial.
SUMÁRIO 175
Prática Contábil II
No caso da demissão por justa causa, o empregado perde alguns direitos que teria
na dispensa sem justa causa, como: aviso prévio, 13º salário, férias proporcionais com
abono de um terço (1/3), e a multa de quarenta porcento (40%) sobre o saldo do
FGTS. Além dessas perdas, o empregado não pode sacar o fundo de garantia e nem
pedir seguro-desemprego. E, no caso de ter menos de um ano de empresa, somente
terá direito ao saldo de salário mensal e salário família.
Ainda temos uma outra situação dentro da rescisão contratual, que é quando o
empregado toma a iniciativa de pedir demissão e rescindi o seu contrato de traba-
lho, veja como são as regras.
O contrato de trabalho pode ser rescindido por iniciativa do empregado, que, nesse
caso, deverá comunicar o seu pedido de demissão à empresa por meio de uma carta
formal em duas vias. Deverá também conceder trinta (30) dias de aviso prévio para
que a empresa possa buscar um substituto e se reorganizar com as atividades. Como
o funcionário pediu demissão, ele não terá direito à redução da jornada em duas
horas durante o aviso prévio.
Mas, caso o empregado não apareça durante os trinta (30) dias, a empresa poderá
descontar o valor do aviso prévio na sua rescisão. Uma alternativa que ocorre com
frequência é a empresa dispensar o empregado do aviso prévio e pagar suas verbas
rescisórias.
A empresa deverá pagar a verba rescisória em até dez (10) dias. Caso não ocorra esse
pagamento, a empresa estará sujeita ao pagamento de multa para o funcionário.
176 SUMÁRIO
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Saldo de salário R$ 2.400,00 INSS sobre saldo de salário 9% R$ 216,00
Décimo terceiro
R$ 1.333,33 IRRF sobre saldo de salário 7,5% R$ 21,00
proporcional
INSS sobre 13º (proporcio-
Férias vencidas R$ 4.000,00 8% R$ 106,67
nal e indenizado)
Abono de 1/3 de férias IRRF sobre 13º (proporcio-
R$ 1.333,33 Isento
vencidas nal e indenizado)
Férias proporcionais R$ 1.333,33
SUMÁRIO 177
Prática Contábil II
PROVENTOS DESCONTOS
Abono de 1/3 de férias
R$ 444,44
vencidas
Total de proventos R$ 10.844,44 Total de descontos R$ 343,67
Total líquido a receber R$ 10.500,77
A reforma trabalhista aprovada no ano de 2017 trouxe uma nova opção para a resci-
são contratual: o comum acordo, em que é estabelecido um acordo entre as duas
partes: empregado e empregador decidem rescindir o contrato. Essa lei visa acabar
com alguns “acordos” em que a empresa simulava a dispensa por justa causa para o
empregado sacar o fundo, e, em seguida, esse devolvia a multa à empresa.
Na realidade a lei permite que o trabalhador receba o pagamento das verbas rescisó-
rias com algumas diferenças, conforme o artigo 484-A da CLT.
2. Com relação ao FGTS, o empregado acordante poderá sacar até 80% do seu
saldo, o valor restante somente poderá ser utilizado nas situações já previstas
em lei. (SILVA, 2019)
O empregado irá receber outras verbas rescisórias, como férias, 13° salário integral,
conforme o acordo com seu direito adquirido pela legislação. Deverá ser ressaltado
que o empregado acordante não tem direito a receber as parcelas de seguro-desem-
prego, diferentemente do que ocorreria na demissão sem justa causa e outras formas
de rescisão de contrato.
178 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Contabilizar o saldo de salário com o aviso prévio indenizado (nesse caso, não
houve aviso prévio)
SUMÁRIO 179
Prática Contábil II
INSS Conta Patronal, valor que compete à empresa pagar: 20% sobre o saldo de
salário (2.400 * 20%) + 20% sobre o 13º salário (1.333 * 20%)
Pagamento da rescisão
Pagamento do FGTS
180 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Pagamento do INSS
Pagamento do IRRF
Durante os nossos estudos, foi possível compreender que calcular a rescisão contra-
tual de um funcionário exige muita atenção, em razão dos inúmeros detalhes que
não podem ser esquecidos. A boa notícia é que o mercado disponibiliza diversos soft-
wares que calculam e gerenciam o contrato de trabalho.
Mas, ao buscar uma calculadora de rescisão, você primeiro deve ter os conhecimen-
tos prévios desses cálculos, porque alguns sites não são totalmente assertivos, e o seu
conhecimento fará toda a diferença para encontrar eventuais erros.
SUMÁRIO 181
Prática Contábil II
Outro ponto que merece muita atenção é: toda vez que um funcionário é
desligado da empresa, a informação do seu desligamento deve ser enviada
ao Governo através do e-Social, por meio do evento S-2299. O e-Social é um
programa do Governo Federal que tem como principal objetivo consolidar
as informações trabalhistas. Por meio do e-Social, as empresas conseguem
enviar as informações trabalhistas para fins fiscais e previdenciários, de forma
on-line e com menos burocracia (sem necessitar do documento em papel).
As informações do desligamento devem ser enviadas para o e-Social com até dez (10)
dias seguintes à data do desligamento.
182 SUMÁRIO
Prática Contábil II
Por exemplo, se o funcionário foi demitido dia 01/02, a empresa tem até o
dia 11/02 para enviar as informações.
CONCLUSÃO
É importante que todo trabalhador compreenda o contrato de trabalho, suas formas
de rescisão e as verbas a que tem direito. O aluno de Contabilidade deve compreen-
der quais são os tipos de rescisão contratual e o reflexo de cada situação no paga-
mento das verbas rescisórias.
A contabilidade deve estar atenta no que diz respeito aos detalhes das verbas resci-
sórias, evitando reclamações trabalhistas e multas para a empresa. O prazo de envio
dessas informações ao Governo deve ser cumprido rigorosamente – sendo o envio
através do e-Social. O registro contábil é importante para o controle da empresa,
e, caso ocorra uma eventual fiscalização trabalhista, a contabilidade deverá prestar
contas do que foi pago ao trabalhador.
SUMÁRIO 183
Prática Contábil II
184 SUMÁRIO
Prática Contábil II
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Prática Contábil II
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