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FACULDADE DE IMPERATRIZ FACIMP - YDUCS

Curso: Direito
Disciplina: Estagio II
Professor: Abel Gonçalves
Aluno: Jean Alves Diniz Ribeiro

RELATÓRIO
AUDIÊNCIA CRIMINAL

Cartório: Fórum local Data 12/ 08/ 2019 Hora 08:00

Ação: Autos de Prisão em Flagrante Processo


nº 0006593-02.2019.8.12.0800
Juiz: José de Andrade Neto TJMS: Comarca de Campo Grande
Ministério Publico: Juliane Cristiana
Defensor: Ronald Calixto

INTRODUÇÃO: Instalada a audiência o Juiz entrevistou o(a)(s) autuado(a)(s), nos exatos termos
do artigo 8 da Resolução 213, de 15 de dezembro de 2015, do CNJ e art. 5º, II, do Provimento nº
352, de 1º de outubro de 2015, do TJMS, conforme gravação em anexo.

DESENVOLVIMENTO: Cuida-se de auto de prisão em flagrante, figurando como preso Vinicius


Thiago Basilio da Silva, indiciado pela prática do crime descrito no artigo 14, da Lei 10.826/2.003.
Da análise dos requisitos legais, verifica-se que o flagrante encontra-se formalmente em ordem.
Temos que a prisão em flagrante deve ser convertida em preventiva, medida imprescindível como
forma de preservação da instrução processual e da futura aplicação da lei penal. De fato, “ex vi” dos
artigos 312 e 313, do Código de Processo Penal, apesar de o crime não ter pena superior a 4 anos, o
juiz pode decretar a prisão preventiva como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por
conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando o indiciado
for reincidente em crime doloso e houver prova da existência do crime e indício suficiente de
autoria. In casu, as provas coligidas até o momento comprovam que o indiciado é o autor do crime e
que ele se dedica a prática delituosa. Encontra-se presente, ainda, o periculum libertatis, consistente
na salvaguarda da ordem pública, caracterizada pela gravidade objetiva do fato, bem como pela
periculosidade do autuado. Com efeito, a ordem pública é um dos fundamentos da prisão preventiva,
consistente na tranquilidade no meio social e se traduz na tutela dos superiores bens jurídicos da
incolumidade das pessoas e do patrimônio. Quando tal tranquilidade se vê ameaçada, deve ser
decretada a prisão preventiva, a fim de evitar que o agente, solto, continue a delinquir.

APROVEITAMENTO: Pude presenciar a imparcialidade do Magistrado, contudo as partes e seus


procuradores agiram com conduta respeitosa uma com a outra.
CONCLUSÃO: Flagrante formalmente em ordem. Há indícios da autoria e prova da materialidade da
infração atribuída ao preso. Por esta razão, homologo o flagrante. Em atenção ao disposto no art. 310 do
Código de Processo Penal, passo a proferir decisão sobre a manutenção da custódia cautelar ou concessão
do direito de liberdade dos conduzidos. Nos termos do artigo 313 do Código de Processo Penal, admite-se
a prisão preventiva nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade superior a 4 (quatro)
anos, bem como se já houver condenação em outro crime doloso; se envolver violência doméstica e
familiar ou se houver dúvida sobre a identidade civil. No caso dos autos, muito embora o crime atribuído
ao requerido não possua pena superior a 4 anos, verifico que o mesmo já foi condenado anteriormente
pela prática de crime doloso, de sorte que por isso a decretação de sua prisão preventiva resta autorizada.

Imperatriz, MA.,18 de Novembro de 2021.

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