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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CURSO DE LICENCITURA INTERDISCIPLINAR EM ESTUDOS


AFRICANOS E AFRO-BRASILEIROS

1ª AVALIAÇÃO: HISTÓRIA DO ORIENTE

Aluno/a: Darlison Baldez da Silva


Data: ___/_____/_____
RESUMO
O advento do Islã e a ascensão do Império Muçulmano

Mohammed El Fasi e Ivan Hrbek

O presente capítulo tem como objeto oferecer uma descrição do surgimento


do Islã, da sua expansão política e da sua evolução doutrinária, contexto que nos
permitirá melhor compreender os problemas históricos e ideológicos que serão
tratados ou evocados ulteriormente, no presente volume assim como nos volumes
posteriores da História Geral da África.

O texto de Mohammed e Ivan faz parte de um capitulo do livro de história da


África da coleção da Unesco. Esse texto nos faz compreender a história do islamismo
e suas interações com o continente africano, e como a sua ideologia e seu
expansionismo no continente africano se vinculou e inter-relacionou com sua própria
história.

Nesse seguinte texto analisaremos quatro pontos desse processo, entre eles temos:
o surgimento, sua base ideológica, sua expansão e alguns pontos da atualidade.

1. O Surgimento do Islã

O texto trata desse inicio do islamismo a partir do profeta Maomé, com suas
bases no cristianismo, o islamismo surge com o profeta, mais tem seu início a
partir do inicio de uma fé única. Para o islã o profeta Maomé é ultimo dos profetas
do Deus único, chamado de o selo do profeta, e todos aquele que antecederam
seriam profetas menores. E todos os povos judeus e cristão não convertidos a fé
islã, teriam um privilégio especial por seguidos a fé de Um Deus único.
Maomé era comerciante até aos 40 anos, vivia em Meca, que era centro do
comercio e da religião islâmica. Após uma revelação do anjo Gabriel, ele se torna
um profeta de Deus e se torna um de seus mensageiros da “verdadeira fé e seus
ensinamentos que advinham de Deus”. Logo começa a pregar para todos em Meca,
essa ação se torna uma ameaça aos privilégios aos ricos comerciantes, que acabam
tendo Maomé como alguém que pode quebrar essa ordem.

“Estas primeiras revelações eram centradas na unicidade de Deus e no último dia; elas exortavam
os homens a não negligenciarem a religião em proveito dos assuntos deste mundo. Elas igualmente
refletiam os princípios da igualdade entre todos os homens, sem distinção de posição social ou
fortuna.”

Logo começa a ser perseguido e tem sua vida correndo risco, e o que levou a
aconselhar vários de seus adeptos a migarem para a Etiópia no continente africano,
onde foram colhidos pelos negus os cristãos. Se restabeleceram e se fortaleceram para
sua segunda jornada, já no continente africano onde diversos países do continente
africano foram convertidos.

“A imigração de Meca para Medina é chamada hidjra, termo usualmente traduzido como “a
fuga”, o que é incorreto, pois que na verdade a palavra árabe significa “cortar os laços
tribais e criar novos elos”. Maomé foi convidado a Medina pelos habitantes da cidade, os
quais ganharam o nome de Ansār (aqueles que o ajudaram); os imigrantes de Meca foram
denominados Muhādjirūn (aqueles que realizaram a hidjra ou os imigrantes); e estes dois
grupos reunidos formam aqueles que eram chamados Ashāb (os companheiros do Profeta).”

2. Base ideológica

O Corão é uma palavra que significa recitação, para o islamismo, o que o


profea fez foi recitar a palavra de Deus que foram ditas pelo anjo Gabriel.

“O Corão é puramente divino, mesmo estando intimamente ligado à personalidade profunda


do profeta Maomé. O Verbo de Deus jorrava através do coração do Profeta.” Ele não é,
como geralmente se acredita, a Bíblia dos muçulmanos; a posição que ocupa o Corão no Islã
é muito diferente, pois que o Corão representa para os muçulmanos aquilo que o próprio
Cristo é para os cristãos: o Verbo de Deus. No Islã, o equivalente mais próximo do Novo
Testamento dos cristãos, como livro reportando os atos e as palavras de Jesus, é o hadīth.”

Os ensinamentos do Corão têm em suas bases a universalidade de seus


ensinamentos que tem como objetivo guiar o homem em suas relações com Deus, e
tudo que o rodeia. Eles constituem toda base e fundamentos da sua fé. Tem como sua
base 5 pilares que norteiam suas obrigações, “os cinco pilares do islã” (arkān
al-islām).
O primeiro é monoteísmo absoluto, só existe um Único Deus, o Deus Alá e só
único selo do profeta, que seria seu profeta Maomé.

O segundo dever são a realização de seu ritual de orações, cinco durante todo
o dia. A recomendações sobre como deve ser feta o ritual das orações, em filas, de
forma ordenada e voltados em direção a Meca para orar. Contém um valor higiênico e
a disciplina coletiva.

O terceiro pilar é o jejum que consiste na purificação da alma e do corpo, pois


possibilita a privação dos prazeres materiais, devendo ser realizado desde da aurora
até o por do sol, durante ao nono mês do ano lunar, é chamado de ramadã.

O quarto pilar é uma obrigação social, que trata da caridade. É obrigatório dae
esmola as pessoas pobres e aos necessitados durante ao ano. Tem como objetivo a
preservação e a proteção da sua comunidade islâmica, e é praticada desde do seu
início.

Quinto pilar é peregrinação anula á Meca, que tem como objetivo a


proporcionar sua própria interação e seu reconhecimento como povo e de suas
origens.

“O hadjdj representa, contudo, a maior concentração multinacional de seres humanos até os


dias atuais em todo o planeta. Aqueles que o realizam recebem, durante estes poucos dias, a
prova visível da sua ligação com a imensa fraternidade do Islã ao redor do mundo, sem
distinção de raça ou língua. O peregrino vê-se profundamente preenchido dos valores
islâmicos e faz-se merecedor, em suplemento, do respeito devido em seu retorno a uma
pessoa que deixou a sua marca sobre o solo onde viveu o profeta Maomé e onde Deus revelou
o Corão.”

Além desses ensinamentos considerados o pilar dos islamismos, a religião


promoveu algumas outras mudanças, a igualdade entre homens e mulheres, o
casamento politeísta, a ciência e muitas outras.

“O Profeta disse: “As mulheres são as irmãs germanas dos homens perante a lei.”
Costumes totalmente estranhos à ortodoxia mascararam esta bela face da religião
muçulmana.”

“O Corão limita a quatro o número de esposas legítimas de um homem; o que


constitui um progresso comparativamente aos tempos pré-islâmicos, durante os quais
nenhuma restrição era atribuída à poligamia.”
“Embora todos os profetas tenham a mesma dīn (fé religiosa), cada qual oferecia
uma sharī’a diferente que era adaptada às condições do seu tempo e ao seu povo. Maomé,
como último dos profetas, trouxe o código final que deveria aplicar- -se ao conjunto da
humanidade para todos os tempos vindouros. As sharī’a precedentes estavam, portanto,
revogadas para darem lugar à sharī’a completa de Maomé. “

O islã não é somente uma religião, trata- se de um modo de vida completo que
abarca todas as esferas da existência humana.

3. Expansão no continente africano

Neste ponto texto o autor não foca muito no expansionismo do islã no


continente africano, que foi intensamente relatado nos textos de estudos anteriores
da coleção da história da África, ele tenta demonstra como o processo histórico do
desenvolvimento da própria religião, e os acontecimentos da morte de seu profeta
influenciou o avanço do islamismo em outras partes também na Pérsia e na Arábia
nos países da África do leste.

Neste presente resumo levantaremos alguns pontos relatados. Em primeiro


momento é importante entender como a morte do Profeta Maomé influenciou esse
expansionismo.

“O Profeta indicara em múltiplas ocasiões, ao longo da sua existência, que o sistema


adequado de governo para a comunidade era a shurā ou consultoria, ou seja, o que
atualmente denominamos democracia. Após a sua morte, os seus primeiros sucessores foram
escolhidos por eleição e começaram a ser chamados “califas”. “

Todos os membros dos califas eleitos, eram descendentes de do profeta, ou


parentados, o próprio Ali era seu primo. As disputas politicas e de poder entre os
califados levou a morte de Uthmãn, que foi assassinado. E seu novo sucessor eleito
foi rejeitado, levando a uma guerra civil entre os próprios partidários de Ali e
Mu’ãwiya que acabou se separando da comunidade. Esse fato é fato discordância
que levou alguns desmembramentos e algumas cisões no islamismo.

Ao curso dos séculos de I a VIII, ocorreu algumas revoltas contra os califas e o


governo central dos uma yyades, ou abássidas tanto no iraque quanto na arabia e
no Irã.
Que levou uma nova fragmentação Kharidjitas que continham tanto objetivos
quanto planos teóricos diferentes. Mais mesmo fragmentados, tinham algo que os
uniam que era que os atos são tão importantes quanto á fé. Que qualquer um que
realizasse um pecado grave merecia morrer por ele. Um ponto crucial da sua
doutrina era a conduta da sua própria comunidade.

A primeira onda expansionista ocorre sob os reinos dos quatros primeiros


califados, Abū Bakr, ‘Umar, ‘Uthmān e ‘Alī12, os árabes muçulmanos iniciaram a
sua expansão para o exterior da península arábica.

Conquistaram o império bizantino, e a Pérsia dos sassânidas, após dois anos de


campanhas contra os bizantinos na Síria.

A conquista da Pérsia levou mais tempo, após inúmeras vitorias, que levaram
as planícies férteis do Iraque e oeste do rio tigre.

Logo após essas vitorias rumaram para o leste que levou a índia, a armênia e
depois voltaram seus olhos para o Egito.

O Egito serviu como ponto de partida para a conquista do continente africano,


logo no inicio da África do Norte. Essa conquista só se deu devido o esgotamento
financeiro e militar do país após dois conflitos sucessivos e exploração intensa na
cobrança de imposto do império bizantino.

“...após a morte de ‘Uthmān, entre partidários de ‘Alī e de Mu’āwiya, encerrada com a


morte do primeiro e a chegada ao poder da dinastia umayyade, em 41/661, em seguida a
necessidade para esta última de consolidar o poder, provocaram um freio na expansão
territorial do Estado Árabe.”

Apenas muito tempo depois uma segunda onda de conquistas foi reiniciada
sobre o comando Abd al-Malik e al- Walid no oeste do Magreb que foi invadido e
noroeste da Asia central.

Anexação de territórios da Geórgia e da armênia e a macha para oeste da


França e as invasões ao norte do Cáucaso que foram contidas pelos turcos já
demostravam a os limites da expansão. Mais após centenas de anos de guerras e
disputas, o império árabe já era imenso, um dos mais importantes do império árabe.

4. Alguns pontos da atualidade


O nos primeiros quinze séculos os islamismos foram marcados por uma expansão
em três continente, seu papel histórico na própria história global precisa ser
atualizado. As influências da religião islâmica foi ponto de partida para diversos
acontecimentos no mundo, tais como o fim do império bizantino, as guerras e o
desenvolvimento do comercio e das trocas culturais entre os povos árabes e asia e
África precisam são enormes.

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