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5 Dimensionamento Das Tubulacoes Frigorificas
5 Dimensionamento Das Tubulacoes Frigorificas
Dimensionamento das
tubulações frigoríficas
Para que isso possa ser amenizado a tubulação é estudada sob vários aspectos: perda
de pressão, dimensionamento, materiais utilizados e traçados geométricos.
Perda de pressão
A perda de pressão (∆p) provocada por ficção no interior de um tubo cilíndrico, para
fluidos homogêneos, traduz-se pela equação de Darcy-Weisbach:
L V2
∆P = f × ×ρ× , onde;
D 2
∆p = perda de pressão (Pa)
f = fator de fricção (ábaco de Moody)
L = comprimento de tubo (m)
D = diâmetro interno do tubo (m)
ρ = peso especifico do fluido á temperatura média do escoamento (kg/m3)
V = velocidade média do fluido (m/s)
VD
Re = ρ × (µ = Viscosidade dinâmica em Pa. s)
µ
Então:
Re, ε
f =f× com ε = rugosidade absoluta
D
Exemplo de cálculo
Calcular a perda de pressão por metro de comprimento de tubo de aço para uma
vazão de 0,12kg/s de NH3 no estado de vapor saturado a –10ºC.
Diâmetro nominal do tubo = 3”
Solução:
VD
Re = ρ ×
µ
ρ = 2,398kg/m3
D = 0,0748m
S1 = 0,00439m2 (área interna transversal do tubo)
V = 11,43m/s
µ = 8,79 . 10-6 Pa.s
(11,43 x 0,0748)
Re = 2,398 × = 2,33.105
0,00000879
ε 45 × 10 −6
= = 6,02.10 − 4
D 0,0748
L V2 1,0 11,43 22
∆P = f × ×ρ× = 0,019 × × 2,398 × = 39,8Pa
D 2 0,0748 2
∆p = (0,000398 bar)
Dimensionamento
Aspectos técnicos:
• A perda de pressão é o fator fundamental no dimensionamento de tubulação.
Conforme a localização da tubulação no sistema frigorífico, assim as
conseqüências;
2'
3 2 ∆p desc.
∆p liq. 2"
3"
4 1 ∆p suc.
1'
h4 h 1 = h1' h 2 h 2' h
Ciclo ideal: 1 – 2 – 3 – 4 – 1
COP + (h1 - h4) / (h2 - h1)
Aspectos econômicos:
• Excluindo os tubos elevadores para frigorígenos miscíveis com óleo, num raciocínio
puramente técnico seriamos induzidos a usar bitolas o maior possível para reduzir
as perdas de pressão. Esta solução nos levaria a tubulações de preço muito
elevado;
• A otimização considera aspectos técnicos e econômicos. Nos aspectos econômicos
considera-se o custo inicial (investimento) e o custo operacional (amortização,
operação e manutenção);
• O estudo conduz a curvas como as representadas na figura.
VALOR
PRESENTE
C CT
CE
D optimo D
Dimensionamento prático
Na prática não se faz o estudo de otimização para todos os projetos, existem várias
tabelas e gráficos baseados nos métodos já referidos.
Usam-se estudos genéricos para casos padrão dentro de certos limites. Os valores
destes estudos são normalmente apresentados em gráficos ou tabelas.
Esta regra não pode aplicar-se para a sucção das bombas de líquido, alimentação de
evaporadores inundados por gravidade, tubo de ligação do condensador ao
reservatório e tubos elevadores de fluidos refrigerantes miscíveis com óleo.
São definidas faixas de velocidade para cada setor da instalação frigorífica e para cada
fluido refrigerante. Para diâmetros maiores usam-se as velocidades maiores da faixa.
Exemplo de cálculo
Solução:
h4 (40) = 93,43kcal/kg (391,11kj/kg)
h1 (-10) = 346,49kcal/kg (1450,42kj/kg)
Peso específico no ponto de descarga: ρ = 9kg/m3
∆h = 346,49 – 93,43 = 253,06kcal/kg
G = 130 000 / 253,06 = 513,71kg/h
G’ = 513,71 / 9 = 57,08m3/h
V = 10m/s ⇒ D = 0,045m = 45mm (2”)
Este método é usado como verificação e os valores vão sendo ajustados de modo a
ficarem dentro das faixas selecionadas.
Caso ocorra uma queda de energia, ocorrerá enclausuramento de líquido na linha, por
causa do fechamento da válvula solenóide (NF). Neste caso, abra manualmente a
válvula solenóide para o alívio da pressão, senão pode ser que a válvula não abra
quando re-energizada (devido à alta pressão). Além disso, a bobina pode queimar se a
situação persistir por um tempo.
Materiais utilizados
Com amônia não devem ser utilizados o cobre e suas ligas. Neste caso usa-se,
normalmente, aço carbono e aço carbono de baixa liga, usando o aço de alta liga em
casos especiais de alta pressão, baixa temperatura ou fluidos corrosivos.
O cobre, usado com os fluidos halogenados, deve ser isento de oxigênio (chamado
cobre de refrigeração).
56 Escola SENAI “Oscar Rodrigues Alves”
Refrigeração industrial
DIMENSIONAMENTO DE TUBULAÇÃO
Fluido: Amônia
Tabela: Linhas de Líquido e Gás Quente (Descarga)
Linha de descarga Linha de liq. entre condensador e reservatório Linha de liq. entre reserv. e valv. expansora
D (mm) Q (kcal/h) D (mm) Q (kcal/h) D (mm) Q (kcal/h)
20 20.000 20 45.000 10 32.000
25 30.000 25 80.000 13 60.000
32 50.000 32 130.000 20 180.000
40 110.000 40 230.000 25 280.000
50 180.000 50 400.000 32 450.000
70 300.000 70 700.000 40 750.000
80 400.000 80 1.000.000 50 1.100.000
100 700.000
Traçado geométrico
Suportes / Apoios
Para tubos retos horizontais, existem valores padronizados que servem como
orientação.