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TERAPIA DE ACONSELHAMENTO
PASTORAL
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O ministério de uma igreja local de confissão cristã procura glorificar a Deus e
exaltá-lo em cada momento de sua trajetória eclesiástica, o que inclui a ministração da
Palavra de Deus, as celebrações com os cânticos de gratidão e dedicação, o zelo na
administração dos bens que o Senhor confiou aos fiéis e o compromisso com o
desenvolvimento saudável daqueles que buscam se tornar melhores discípulos de Jesus
Cristo.
Para que esta igreja local possa firmar-se ao longo de sua caminhada de fé, ela se
coloca como instrumento da graça divina, desenvolvendo a sua sensibilidade com
relação às necessidades daqueles que constituem a comunidade de fé mas também
procura perceber as carências daqueles que estão ao redor e prontos a serem
influenciados pelo seu ministério, tanto de orientação quanto de consolação,das muitas
oportunidades que a igreja local tem para servir aos fiéis, como também aqueles que ela
deseja alcançar com a mensagem da graça transformadora de Jesus Cristo, o ministério
de Aconselhamento Pastoral apresenta-se como um instrumento valioso no
fortalecimento dos fiéis no Senhor.
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desenvolvimento do texto utilizaremos também aconselhamento pastoral, numa
referência ao trabalho de aconselhamento e não a área específica de ministério). O
trabalho e as propostas de aconselhamento são objetos de estudos e aplicações nas mais
variadas áreas de atuação educacional e profissional, mostrando-se pertinente para os
estudantes de teologia.
A estrutura do curso, como também o conteúdo de cada capítulo foi pensada tendo
como referência os seguintes aspectos:
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Após citar a Bíblia como fonte para a compreensão Introdução dos problemas
humanos, o autor lembrou a condição de Jó, que “era um homem piedoso, conhecido,
rico e grandemente respeitado por seus contemporâneos”, (COLLINS, p. 18).
Se conselho fosse bom ninguém dava, vendia! Essa é uma versão de um ditado
popular, conhecido em muitos lugares,embora seja bem conhecida a expressão usada no
senso comum revela uma visão limitada sobre o valor de um bom conselho na vida da
pessoa que passa por momentos difíceis.
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entendendo que ela remete a alguns sentidos, permitindo a construção de determinados
conceitos, como veremos na sequência.
“Podemos definir o aconselhamento como uma atividade com o objetivo de ajudar aos
outros em todo e qualquer aspecto da vida, dentro de um relacionamento de cuidado”,
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É o próprio autor que sugere a seguinte divisão explicativa de seu conceito,
destacando três partes:
Uma passagem bíblica que ajuda a compreender o papel do conselheiro pastoral está
na carta que Paulo escreveu aos cristãos em Corinto. O texto sagrado não trata
especificamente do trabalho de aconselhamento, mas lembra um dos principais
objetivos dessa área ministerial: ajudar o próximo em seu processo de amadurecimento.
Após tratar do amor entre os cristãos da Igreja local em Corinto, o apóstolo Paulo
faz uma breve reflexão de sua vida, dizendo que quando era criança comportava-se
como uma criança, mas quando se tornou um homem – já amadurecido – deixou aquele
comportamento infantil e passou a agir como um adulto. O trabalho do conselheiro ou
da conselheira é ajudar a pessoa a superar as suas dificuldades, favorecendo o
amadurecimento pessoal, permitindo que ela alcance potencialidades em sua trajetória
de vida, como também desenvolva bons relacionamentos. Paulo, então, escreveu aos
coríntios:
“Quando falava como menino, eu era menino, pensava como menino e raciocinava
como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino”,
(BÍBLIA SAGRADA, NVI, I Coríntios 13.11, p. 1521).
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conselheira ou conselheiro pastoral faça uma análise sincera de sua vida, identificando
as mudanças ocorridas e aquelas que ainda podem acontecer, num movimento de
constante amadurecimento pessoal.
Voltando a Gary Collins, o autor aponta para alguns aspectos que dizem respeito
aos que desejam desenvolver um saudável ministério pastoral na área de
aconselhamento. Collins entende que o conselheiro ou a conselheira deve apresentar as
seguintes qualificações:
c) empatia, que não pode ser confundida com simpatia, pois a empatia revela a
sensibilidade do conselheiro ou da conselheira para se colocar no lugar do outro, que
está em acompanhamento pastoral, (COLLINS, p. 20-21).
b) o segundo desafio foi proposto por Gary Collins, chamando a atenção para a
existência de certas qualidades que os conselheiros devem desenvolver no desempenho
de suas funções.
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A Bíblia e algumas técnicas na Aconselhamento Pastoral
Essa assistência, que passa pela empatia e cordialidade, exige um instrumental além
da boa vontade daquele que se dispõe, efetivamente, a ajudar,os familiares irmãos em
Cristo da Igreja local e amigos, colocam-se à disposição inúmeras vezes para ajudar no
entanto, falta-lhes (no que aconselhamento pese demonstrarem uma verdadeira
motivação) o conhecimento das técnicas adequadas para apoiar a pessoa no
aconselhamento, principalmente, em momentos de crise. O autor, então, sugere as
seguintes técnicas:
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demonstrada pelo conselheiro ou pela conselheira, quanto o corpo passa a mensagem de
tranquilidade, embora o tema da conversa seja tenso. Por fim, a atenção é transmitida
durante o processo de aconselhamento com gestos naturais, cuidando para que não
sejam excessivos, desviando a atenção para qualquer outra realidade, a não ser o
processo de aconselhamento.
2) Ouvir Essa é a segunda técnica sugerida por Collins, dizendo que “ouvir é um
modo de dizer-lhe, ‘Eu me interesso’ quando não ouvimos, mas aconselhamos falando,
esta é com freqüência uma expressão da própria insegurança do conselheiro ou de sua
incapacidade para tratar de situações ambíguas, ameaçadoras ou emocionais”,
(COLLINS, p. 22). Ouvir é participar atentamente do relato que o outro está
apresentando durante o atendimento. É perceber a narrativa, mas também observar os
gestos do aconselhado somente saberá falar e responder algo que seja pertinente
durante o processo de aconselhamento aquele ou aquela que souber ouvir atentamente o
outro, percebendo a sua comunicação verbal, como também a mensagem que passa
através dos gestos corporais,Jesus Cristo durante o seu ministério terreno deu outro
significado a algumas coisas que faziam parte de sua sociedade,dentre essas coisas que
foram (re) significadas por Cristo encontram-se os mandamentos do Antigo Testamento,
bastante conhecidos pelos seguidores do Senhor Jesus.
“Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o
seu entendimento. Este é o primeiro e maior mandamento. E o segundo é semelhante
a ele: Ame o seu próximo como a si mesmo”, (BÍBLIA SAGRADA, NVI, Mateus
22.37-39, p. 1304).
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“amor é uma atitude e não um sentimento”, (GEISLER, p. 56). Se para alguns que
defendem o situacionismo o amor é uma atitude e não somente um sentimento, o
mesmo não se pode dizer quando se pensa no amor pelo viés das ciências humanas,
quando, em determinados momentos, amar alguém é demonstrar um sentimento
singular pela pessoa. Assim, pode-se dizer que amar o seu próximo é, além de sentir
algo por ele, fazer algo em direção a ele, mesmo que isso implique não gostar dele ou,
sobretudo, não concordar com as suas atitudes. Cabe neste caso, lembrar da empatia
com relação ao outro no processo de aconselhamento, visto e comentado anteriormente.
3) Responder A partir de uma disposição e uma postura que exaltam o amor em direção
ao próximo, visando à realização de benefícios na vida da pessoa, pode-se pensar em
outras duas técnicas sugeridas por Gary Collins, que complementam as primeiras, como
tratadas anteriormente: Responder e Ensinar. Na percepção de Collins, a pessoa que
trabalha com aconselhamento precisa desenvolver a capacidade de responder
adequadamente, focando o processo de ensinar que está presente no processo de ajuda
ao outro. Assim, uma atenção cuidadosa com relação à fala do outro permitirá ao
conselheiro ou conselheira responder e/ou ensinar de maneira adequada diante dos
anseios e das demandas daqueles que procuram no aconselhamento pastoral o apoio
diante dos seus problemas. Dos vários elementos que compõe a técnica de responder
eficazmente durante o processo de ajuda, o autor cita 7 (sete) elementos. São eles:
a) saber orientar;
c) saber perguntar;
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conselheira obtiver um conhecimento mais amplo de cada caso, o que demanda tempo
junto ao aconselhado. Perguntas levam a respostas, e algumas colocações feitas pelas
pessoas em aconselhamento demandam uma capacidade por parte da conselheira ou do
conselheiro em confrontar as afirmações feitas. Cabe lembrar, no entanto, que
confrontar não significa exercer qualquer tipo de julgamento sobre a vida e o
comportamento da pessoa que solicitou ajuda. Nesse caso, confrontar o outro é ajudá-lo
a pensar nas decisões, o que demanda conhecimento para informar, Sobre este
elemento aconselham Aconselhamento Pastoral (o informar), é suficiente dizer que
aqueles que ministram na área de aconselhamento pastoral precisam, necessariamente,
estudar e ler sobre outras áreas do conhecimento humano, tais como: filosofia,
antropologia, sociologia e Psicanálise, entre outras áreas.
Dessa forma, os conselheiros pastorais são aqueles que usam o ensinamento para
facilitar o amadurecimento das pessoas que se sujeitam ao processo de aconselhamento,
vale repetir que é importante destacar que a técnica de ensinar não deve ser confundida
com a ação de dizer ao outro o que ele deve fazer ou deixar de fazer. A técnica de
ensinar caracteriza-se por auxiliar o outro a perceber a dimensão de suas dificuldades e
buscar soluções saudáveis, utilizando-se dos recursos ao seu dispor os conselheiros
pastorais podem desenvolver qualidades pessoais que aliadas às técnicas de
aconselhamento, produzirão bons resultados no processo de ajuda àqueles que
experimentam dificuldades em algumas circunstâncias da vida, Tais conselheiros
colocam-se à disposição de Deus, junto ao seu semelhante, para que soluções adequadas
sejam pensadas, discutidas durante o aconselhamento e aplicadas na vida daqueles que
experimentam momentos delicados em seu viver, percebemos e analisamos três
aspectos relacionados ao Aconselhamento Pastoral:
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No desenvolvimento de nosso estudo sobre tema tão relevante no ministério
cristão, teremos a oportunidade de considerar outros aspectos, também muito importante
nestas considerações finais, é entender que o aconselhamento pastoral constitui-se num
universo complexo, que precisa ser compreendido de forma mais ampla e profunda por
todos aqueles e aquelas que se colocam em posição de ajuda do semelhante. Além da
disposição e “boa vontade”, que são importantes, é necessário que os conselheiros
desenvolvam requisitos pessoais para auxiliarem outras pessoas a “boa vontade” é
importante, mas as demandas do aconselhamento pastoral exigem um preparo
específico dos conselheiros assim, duas coisas são fundamentais para o
desenvolvimento de um bom processo de aconselhamento: conhecimento e aplicação
dos ensinamentos da Bíblia, e o aprimoramento com relação a técnicas básicas para o
acompanhamento dos aconselhados, Procure identificar num exemplar de jornal, que
circula diariamente, ou numa revista de circulação semanal, algum tema que discuta
questões que envolvem famílias e relacionamentos. Leia a reportagem ou a matéria,
procurando aplicá-la ao aconselhamento pastoral, respondendo a duas Indicações
culturais perguntas:
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a) atendimento daqueles que frequentam ou são membros das igrejas locais de confissão
cristã;
Nesse sentido, as igrejas cristãs devem, recorrentemente, abrir as suas portas para
que todas e todos possam conhecê-las e, no momento próprio, fazer a escolha de formar,
ao lado dos que chegaram antes, as suas fileiras. Assim, são para aqueles que já fazem
parte da igreja local que os conselheiros pastorais devem se voltar, sabendo que as lutas
da existência podem atingir as pessoas em momentos específicos do ciclo da vida, desde
o nascimento até o momento de ruptura social, no que chamamos morte. Mas os
conselheiros pastorais devem ficar atentos também àqueles que não são filiados à Igreja
local, mas frequentam à comunidade religiosa, e que também passam por momentos
difíceis. Eles também devem ser alvos da atenção e do cuidado dos conselheiros e
conselheiras pastorais, que atentos, se colocam à disposição para ajudar a comunidade
social que está ao redor da Igreja local.
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Aconselhamento pastoral no contexto acadêmico.
a) ter a permissão daqueles que são responsáveis pelo tratamento dos que se recuperam
em tais unidades, pois são eles que conhecem mais detalhadamente o quadro da pessoa
e o seu estado de saúde;
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As três áreas ou contextos anteriores são, provavelmente, os mais conhecidos.
Talvez, sejam esses contextos que recebam o maior número de contingente de
conselheiros pastorais, pois existe, aparentemente, uma tradição nessa esfera de atuação,
No entanto, os mesmos recursos e técnicas aplicados ao aconselhamento pastoral em
outras áreas podem ser utilizados também no aconselhamento empresarial. Não é
incomum observamos a presença da influência daminfluência do desenvolvimento
humano nas empresas; como também podemos observar algumas empresas utilizando-
se de orientações alternativas, de cunho religioso, na busca de soluções para os seus
projetos e desafios. A empresa, seja ela de grande ou pequeno porte, constitui-se na
atualidade em outro contexto de atuação dos conselheiros pastorais. O conhecimento
que os conselheiros possuem sobre dinâmicas relacionais e pessoais, aliado ao
conhecimento que possuem também dos ensinamentos da Palavra de Deus, pode ser um
instrumento eficaz no acompanhamento das pessoas que trabalham em determinada
empresa. Muitas dessas pessoas se sentem pressionadas por vários fatores, como
também podem chegar ao trabalho sobrecarregadas e desmotivadas, em função dos
problemas pessoais e familiares.
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Algumas coisas devem ser ditas em lugares seguros e reservados, preservando a
integridade das pessoas que falarão de assuntos tão delicados,são dois aspectos sob a
responsabilidade dos conselheiros pastorais, pois cabe a eles cuidar para que o processo
seja realizado em segurança, escolhendo um lugar confortável e caracterizado pela
privacidade. O conteúdo do encontro deve ser guardado em sigilo absoluto, respeitando
a privacidade do aconselhado durante o encontro. Igualmente, é de responsabilidade da
pessoa que conduz o aconselhamento desenvolver uma sensibilidade com relação ao
tempo durante a entrevista. Nesse último caso, destaca-se o tempo como elemento
presente em todos os eventos, não somente com relação à duração do encontro em si,
mas também com relação à percepção que os conselheiros pastorais têm para entender
que algumas coisas serão trabalhadas num período maior ou menor, dependendo da
intensidade e dos significados das questões colocadas, gradativamente, pelo
aconselhado. O que se quer dizer, basicamente, é que o conselheiro ou a conselheira
deve cuidar para não provocar – consciente ou inconscientemente – a aceleração no
compartilhamento dos assuntos introduzidos pelas pessoas que buscam esse
acompanhamento.
“Para tudo há uma ocasião certa; há um tempo certo para cada propósito debaixo do
céu... tempo de calar e tempo de falar”, (BÍBLIA SAGRADA, NVI, Eclesiastes 3.01 e
07b).
Essa orientação bíblica pode ajudar o conselheiro pastoral no uso do tempo, tanto
para ouvir quanto para falar e auxiliar a pessoa que é assistida em suas reflexões,assim
também no aconselhamento há tempo para tudo, inclusive para calar ou falar; e esse
tempo é trabalhado pelo conselheiro.
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contexto do cristianismo contemporâneo, não está imune aos riscos e tensões que
cercam outras atividades profissionais ou relacionadas ao ministério da Igreja local.
d) o pensamento dos conselheiros que acreditam que não vão sofrer com situações
semelhantes às situações compartilhadas pelas pessoas que buscam ajuda.
Esse risco existe, pois o conselheiro lida recorrentemente com pessoas em estado de
angústia, tornando-se esse quadro rotineiro em seu trabalho,imaginar que está livre de
sofrer com situações semelhantes às situações compartilhadas pelas pessoas que buscam
ajuda no processo de aconselhamento,o último risco que pode ser identificado tem a ver
com o pensamento de que algo semelhante ao vivido pelo aconselhado nunca vai
acontecer com o conselheiro, pois ele está acima de tais implicações. Dessa forma,
permanecendo atento aos riscos que foram mencionados, ao mesmo tempo em que
percebe outras dificuldades, aqueles que trabalham com o aconselhamento pastoral
estão aptos para atuar com competência e misericórdia junto às pessoas que buscam
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esse ministério de apoio e consideramos brevemente algumas áreas ou contextos
relacionados ao aconselhamento pastoral, partindo do contexto eclesiástico (Igreja local)
até entendermos as oportunidades associadas ao aconselhamento empresarial. Vimos
também que existem alguns equívocos que os conselheiros pastorais devem evitar,
começando com o sentimento de superioridade, Considerações finais desenvolvendo-se
até o estado de atenção ou alerta, sobretudo, com relação à sensação de que aquela
situação numa vai atingi-los e tomar consciência do sofrimento que experimentamos e
das lutas que enfrentamos nos fortalecerá, capacitando-nos nos processo de
aconselhamento pastoral junto àqueles que também estão com dores na alma e no corpo.
Mas, o que é uma crise? O presente capítulo propõe responder essa questão,
buscando compreender as crises na atualidade Propomos, então, conceituar crises,
partindo de uma proposta de tipologia, Num segundo momento, propomos analisar as
possibilidades de ajudar as pessoas no sentido de prevenir algumas crises, sobretudo,
aquelas que podem ser evitadas. Finalmente, avançamos no sentido de considerar uma
crise como oportunidade de crescimento, compartilhando essa visão durante o processo
de aconselhamento. Assim, como podemos conceituar crise? Existem vários conceitos
que podem ser utilizados, diferenciando-se a partir da descrição do que seja uma crise,
até considerar as consequências da mesma sobre a pessoa. Pensando no aprimoramento
do processo de aconselhamento, optou-se pelo conceito de Jorge Maldonado.
Maldonado afirmou que:
b) todas as pessoas experimentam algum tipo de crise durante a sua trajetória de vida,
mas o que muda é a intensidade dessas crises;
c) o desafio proposto para cada pessoa não é evitar a crise, que algumas vezes torna-se
impossível, mas administrá-las da melhor forma possível, e
d) o crescimento pode ser a melhor saída para uma crise, dependendo da maneira como
as pessoas ou sistemas familiares a encaram tal situação delicada em suas vidas.
Pensando no aconselhamento pastoral em momentos de crise, podemos considerar a
importância de dois textos bíblicos, que ajudam no processo de intervenção quando de
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crises pessoais ou sistêmicas. O primeiro é o texto do Salmo 139.01-05; 13-16 e 23-24,
e o segundo é o texto de Provérbios 4.01-04; 20-23. Anteriormente lembramos que
problemas pessoais não têm o mesmo sentido de crises pessoais, O mesmo se aplica às
famílias: um problema familiar não tem o mesmo sentido de crise familiar, Dessa
forma, problemas não são necessariamente crises; mas alguns problemas, como
enfatizado anteriormente, podem se transformar em crises, inclusive em crises
recorrentes.
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determinados momentos ou etapas da vida humana, as pessoas desenvolvem formas de
se comportar ou de se relacionar caracterizadas pela rigidez, produzindo resistência às
mudanças indicadas e orientadas durante o processo de aconselhamento pastoral.
O trabalho daqueles que se colocam ao lado dos que sofrem não é questionar a
origem ou o motivo da crise, mas entendê-la e ajudar a pessoa a superá-la,igualmente
importante é mostrar à pessoa que está em aconselhamento que ela pode transformar a
sua crise em instrumento de superação. A crise, por ser temporal, não é permanente,
embora se revele como uma força geradora de dor ou sofrimento, marcando a trajetória
das pessoas que estão ao nosso redor e, algumas vezes, a nossa própria trajetória de
vida. Assim, o conselheiro e a conselheira pastoral podem entender e trabalhar com as
suas situações de crise, encontrando se habilitados para ajudar aqueles que ainda não
superaram as suas dificuldades, Cabe então, ao conselheiro notar a possibilidade de
transformar a sua experiência de crise em ferramenta motivacional, colocando-se ao
lado do outro que ainda sofre.
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Assim, é nesse contexto complexo que o processo de ajuda se instala e se
desenvolve, favorecendo o amadurecimento do aconselhado,o ciclo vital Os desafios
dessa sociedade caracterizada por inúmeras identidades, que não são rígidas, mas
flexíveis, manifestam-se durante o Ciclo Vital ou o ciclo da vida,esse ciclo começa no
processo de constituição de outro ser, avançando para o momento do nascimento, que
caracteriza outra forma de relacionamento do sujeito com o mundo, desenvolvendo-se
pela infância, adolescência e vida adulta, encerrando-se com a vivência da morte, outra
ruptura na trajetória da vida. Assim, do nascimento até a morte os dramas, as crises e as
angústias são geradas no ambiente familiar, podendo influenciar os comportamentos das
pessoas no contexto social. Dessa forma, o conselheiro ou a conselheira pastoral precisa
conhecer as etapas básicas que fazem parte do Ciclo Vital, como também as suas
principais características:
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membro, sobretudo, as diferenças com relação aos filhos desse sistema e como eles
interagem como irmãos,é importante lembrar que as diferenças entre os irmãos e a
busca de autonomia tendem a produzir conflitos, que devem ser bem administrados pela
família,os conflitos relacionais e também entre gerações não precisam ser vistos como
ameaçadores, mas precisam ser considerados e elaborados, os pais então, têm uma
função relevante neste processo de ajustes relacionais no contexto familiar,
constituindo-se em facilitadores para o crescimento de todos os membros do sistema.
3ª Etapa – A adolescência esse período é considerado por alguns estudiosos como mais
uma etapa no processo constituinte da organização familiar, mas é visto também como
um momento de ajustes importantes, sobretudo, em razão do momento pelo qual passam
os filhos e filhas da família, Parte da complexidade dessa etapa fundamenta-se no desejo
de conhecimento que os adolescentes demonstram nesse período de crescimento, as
perguntas, nem sempre fáceis de responder, fazem parte do processo estruturador do
sistema familiar,as perguntas devem ser percebidas como algo natural no
desenvolvimento humano, pois indicam o desejo de conhecimento.
a) adulto jovem;
b) adulto maduro, e
c) adulto idoso.
No primeiro momento, geralmente, esse adulto jovem pode deixar a sua família de
origem, que podemos nomear de “família educacional”, para formar outra família, que
podemos chamar de “família gestacional”, produzindo outro sistema familiar, as
funções educativas e de gestação podem ser aconselhamento-pastoral entendidas num
sentido mais amplo, para além das implicações de caráter formal ou biológico.
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vida adulta, o adulto maduro ou chamado idoso, ainda dentro dessa proposta
generalizante, pode vivenciar a experiência de sua aposentadoria, mas também as
vivências marcadas pelos desligamentos e rupturas dos vínculos relacionais, deixando
para trás atividades que fizeram parte de sua trajetória durante décadas,tais rupturas
podem gerar algum desconforto nos adultos idosos ou maduros, exigindo deles outras
adaptações, como também dos sistemas familiares que estão ao redor.
5ª Etapa – A morte a última fase do ciclo da vida é a morte, da qual ninguém pode
escapar, esse período é difícil para as pessoas e famílias, pois elas nem sempre pensam e
se preparam para tal realidade, revelando a dor e a saudade daqueles que partiram,
sendo, no entanto, inevitável no que chamamos de ciclo da vida. Como foi considerado
anteriormente, a conselheira ou o conselheiro pastoral ministra às pessoas em constante
desenvolvimento tal desenvolvimento pode ser entendido pelo viés das transformações
psicológicas experimentadas pela pessoa, desde o nascimento até a morte, ou ainda, a
partir das mudanças que ocorrem no contexto da sociedade contemporânea.
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estrutura mental de cada pessoa. E por último, tem-se o agir, que pode ser associado à
coerência entre a relação dos elementos anteriores e um comportamento adequado nas
inter-relações. O segundo aspecto relevante quanto à personalidade está relacionado ao
conhecimento de uma teoria que ajude a conselheira pastoral ou o conselheiro no
entendimento da estrutura mental da pessoa. Dessa forma, a Teoria da Personalidade
proposta por Erich Fromm revela-se pertinente para a nossa disciplina, focando o
aconselhamento pastoral. Mais uma vez, são os autores de Psicologia: uma introdução
ao estudo da psicologia que podem oferecer uma compreensão da personalidade, como
se poder ler: “Natural da Alemanha, Erich Fromm (1900-1980) concluiu os estudos de
Psicologia, Sociologia e Filosofia em seu país, tendo-se radicado nos Estados Unidos,
em 1933.
a) a necessidade de relacionamento;
b) a necessidade de transcendência;
c) a necessidade de segurança;
d) a necessidade de identidade, e
e) a necessidade de orientação.
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convencida da centralidade da Europa, berço das revoluções da ciência, das artes, da
política e da indústria e cuja economia prevaleceu na maior parte do mundo, que seus
soldados haviam conquistado e subjugado”, (HOBSBAWM, p. 16).
O século XX foi marcado por profundas crises, mas também foi percebido como
um século de oportunidades para o desenvolvimento humano, como acentuou Eric
Hobsbawm, As religiões, inclusive o cristianismo ocidental, viram-se diante de desafios
e questionamentos para os quais deveriam apresentar respostas adequadas, enquanto
proclamavam uma mensagem de esperança aos povos, as instituições religiosas viram-
se diante do dilema de uma adaptação aos novos tempos, procurando entender e ao
mesmo tempo acompanhar os fiéis em suas mudanças pessoais,assim, novas tecnologias
passaram a fazer parte da estrutura institucional, introduzindo-se também nas
celebrações ritualísticas do cristianismo. Ontem como hoje, a religião cristã é chamada a
se posicionar diante das transformações sociais, e os conselheiros e conselheiras
pastorais enfrentam tal desafio na ministração de sua comunicação. Nesse sentido, os
conselheiros pastorais precisam ouvir com sensibilidade, como também responder às
inquietações dos aconselhados com sabedoria, tendo como base uma interpretação
segura e coerente dos ensinamentos bíblicos.
Vivemos dias modernos, caracterizados pela agitação da procura de algo que nos
esgota, não permitindo que coisas simples, como o conversar em família, sejam
vivenciadas,precisamos nos relacionar uns com os outros, como precisamos nos
relacionar com um Ser Superior, que chamamos Deus e a necessidade de
transcendência, Talvez, a nossa existência neste mundo em transformação seja uma das
maiores demonstrações do potencial que cada ser humano traz dentro de si a superação
que todos nós enfrentamos, a partir do nascimento, e como vencemos diversos desafios
nas primeiras semanas e meses de adaptação social. Em cada etapa do ciclo da vida,
vamos confirmando a nossa capacidade de superação ou transcendência, surpreendendo-
nos e surpreendendo aqueles que nos cercam.
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a necessidade de desenvolvermos processos evolutivos, vivenciando bem cada etapa do
ciclo da vida, mas avançando para realizarmos coisas mais complexas e desafiadoras.
Nesse sentido, os conselheiros pastorais também são importantes, pois podem auxiliar
as pessoas a compreenderem quem elas são e como podem desenvolver com maior
aptidão as suas qualidades ou potencialidades,a necessidade de segurança geralmente, o
ventre materno é tido com um lugar seguro, no qual o ser em formação pode
desenvolver-se plena e saudavelmente, acompanhado pelos cuidados e ternura de uma
mãe zelosa.
No entanto, aquele ser que se constitui não pode ficar além do tempo estipulado
pela natureza, usufruindo daqueles cuidados e segurança,e ele precisa romper com
aquela condição favorável e segura, passando a enfrentar o desconhecido, e ingressando
em outra dinâmica relacional se pensarmos dessa forma, as primeiras impressões e
registros que temos remetem a uma sensação e a um lugar de segurança: o ventre
materno e os primeiros cuidados de uma mãe amorosa,embora a dinâmica relacional
mude com o nascimento de cada ser humano, ele ainda precisa desenvolver-se num
contexto de segurança. A criança precisa sentir-se segura, embora não tenha consciência
do significado da palavra segurança.
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punitivas que as gerações passadas utilizaram, pode-se pensar que há certa concordância
quando se fala sobre a necessidade de orientação,para Fromm orientação é algo que o
ser humano necessita; ao suprir tal necessidade, contribui-se para o desenvolvimento da
personalidade, permitindo à pessoa ajustar-se aos movimentos familiares e sociais que
experimentará no longo de sua vida. Que fique claro que orientar não é punir ou
castigar, mas colocar-se ao lado daquele que não tem o pleno conhecimento e a
experiência para superar determinadas circunstâncias ao longo do desenvolvimento
humano. Em determinados momentos, os conselheiros pastorais serão desafiados a
auxiliar as pessoas neste processo de (re) orientação de suas práticas de vida.
“a primeira definição que se pode dar ao sagrado é que ele se opõe ao profano”,
(ELIADE, p. 17)
Não é justo afirmarmos que Eliade não está correto em sua compreensão sobre o
sagrado. Mas podemos considerar que, tomando apenas tal afirmação, a qualidade e os
significados atribuídos ao sagrado ficam encobertos, já que ele existe em oposição ao
profano, a afirmação do teórico permite algumas considerações, sobretudo, quando
focamos o sagrado em relação ao profano por outro lado, Peter Berger propõe outra
compreensão com relação ao sagrado, afirmando que:
“Por sagrado entende-se (...) uma qualidade de poder misterioso e temeroso, distinto
do homem e, todavia, relacionado com ele, que se acredita residir em certos objetos
da experiência”, (BERGER, p. 38).
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possam ser domesticados e sua força aproveitada para as necessidadescotidianas”,
(BERGER, p. 39).
Em certo sentido, Berger concorda com Eliade, pois “num certo nível, o antônimo
do sagrado é o profano, que se define simplesmente como a ausência do caráter
sagrado”, (BERGER, p. 39).
a) a Teoria Sistêmica;
b) a proposta da Psicanálise, e
c) as formulações da Logoterapia.
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Porém, é importante enfatizarmos que as pessoas podem apoiar-se no sagrado como
mais um expediente que ajude no processo regulador da ansiedade. Ela – a ansiedade –
apresenta-se como uma sensação associada à aflição, ao receio ou ainda à angústia,
estando presente na vida de todas as pessoas, em maior ou menor intensidade. Assim, as
pessoas podem afirmar que suas escolhas não traduzem apenas as suas vontades e
desejos, já que foram “orientadas” por um “outro”, visto e constituído como um Ser
Superior ou uma divindade, remetendo ao sagrado numa tentativa de transferência de
responsabilidades. Conquanto o discurso sobre o sagrado esteja presente no processo de
aconselhamento pastoral, vale lembrar alguns cuidados que os conselheiros pastorais
devem ter ao tratarem dessa área. Um primeiro cuidado é não generalizar
Aconselhamento Pastoral experiências ligadas à religião, ao espiritual e ao sagrado,
apresentando “fórmulas mágicas” que visam recuperar as pessoas em acompanhamento
pastoral.
Assim, um cuidado importante deve ser dado às palavras que são colocadas durante
o aconselhamento, sobretudo, quando há relatos sobre experiências com o sagrado,
Voltando às questões que envolvem o sagrado e a ansiedade no processo de
aconselhamento, podemos fazer duas considerações:
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b) em segundo lugar, o termo ansiedade neste texto não tem o mesmo significado que
pode ser encontrado no CID 10, que apresenta a classificação da OMS – Organização
Mundial de Saúde, quando se refere aos transtornos de ansiedade (CID 10, p. 137).
Para uma melhor compreensão sobre a ansiedade, podemos nos basear no conceito
formulado por Lawrence Kolb, quando diz que:
“A ansiedade pode ser descrita como uma dolorosa dificuldade mental, um estado de
muito alta tensão, acompanhado de um inexprimível temor, um sentimento de
expectativa apreensiva”, (KOLB, p. 385).
Para ele, tais reações ansiosas podem se revelar em qualquer situação “que constitua
uma ameaça à personalidade”, (KOLB, p. 385). Quando consideramos temas como
sagrado, religião, ansiedade ou saúde mental, somos levados a pensar se as experiências
religiosas podem produzir um estado de alienação ou estagnação diante dos desafios da
existência humana, que se manifesta no comprometimento com a vida em sociedade.
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a) questões de ordem afetiva, incluindo vínculos relacionais entre cônjuges, vínculos
relacionais entre amigos e vínculos relacionais entre e pais e filhos;
Num livro intitulado Cartas entre Freud e Pfister (1909-1939): um diálogo entre
psicanálise e fé cristã,( amizade do criador da psicanálise com o pastor protestante
Oskar Pfister e o mesmo diz:
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“É muito doloroso para mim que os teólogos permaneçam atrasados e fracassem de modo tão
lamentável. Há mais de 18 anos estou no trabalho. Os pedagogos têm aceitado muitas coisas
e, de todos os lados, ouço que a análise vai ocupando cada vez mais o centro dos interesses
Os teólogos envolveram-se demais numa tola disputa por princípios, em vez de se
preocuparem com o bem-estar psíquico dos laicos — e o seu próprio. (Pfister, carta de
10.9.1926.)
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ao lugar da ciência na sociedade moderna, ou com relação ao lugar do sagrado na
experiência individual de cada ser poderão desenvolver uma sensibilidade capaz de
ouvir o outro em suas angústias. Cabe lembrar que algumas dessas angústias foram
articuladas a partir dos discursos, que trazem o sagrado como tema dos processos de
ajuda e apoio ao próximo.
Partindo dos diálogos entre Freud e Pfister, podemos considerar que as expressões
que remetem ao sagrado não precisam ser desqualificadas como manifestações das
disfunções e dos transtornos da alma humana, ao contrário, essas expressões religiosas
que remetem ao sagrado podem ser percebidas como elementos integradores numa
busca de (re) conciliação da pessoa consigo mesma, mas também com o outro, que pode
ser o Deus do cristianismo, ou um semelhante próximo e Além de Freud e Pfister,
outros teóricos e estudiosos focaram o sagrado na estrutura emocional do sujeito.
“Não esqueçamos, porém, que seu interesse não é somente pela religiosidade do outro,
mas pela espontaneidade desta religiosidade. Em outras palavras, ele deve ter o
máximo interesse para que esta religiosidade possa se manifestar espontaneamente,
devendo aguardar com paciência que esta manifestação ocorra”, (FRANKL, p. 55).
“Se como terapeuta não ignoro o corpo de meu paciente, já estou fazendo algo, da
mesma forma que não ignoro o aspecto sagrado dele e o meu”, (HERNÁNDEZ, p.
13).
Em outro momento de suas reflexões, ele afirmou que “a pessoa sempre tem um
espaço sagrado e, por conseguinte, misterioso e cheio de significado”, (HERNÁNDEZ,
p. 18).
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Embora o autor considere a presença do sagrado no contexto da psicoterapia,
podemos nos apropriar de suas contribuições, aplicando-as ao processo de
aconselhamento pastoral, o que nos interessa na presente discussão.
Considerações finais
Mais do que isso, o sagrado, quando visto e acolhido pelos conselheiros pastorais,
diante das angústias da alma humana, pode ser percebido como pertencente à história de
cada pessoa, merecendo ser entendido como elemento capaz de auxiliar no processo de
elaboração dos conflitos e das tensões da estrutura emocional de cada pessoa,o que
vimos neste último capítulo é que o sagrado está presente no processo de constituição
da estrutura humana, manifestando-se nas expressões religiosas das pessoas, que falam
de suas vivências no contexto de aconselhamento pastoral.
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Identifique nas questões a seguir a única resposta correta:
Questão de reflexão A partir do desafio proposto por Paulo em Romanos 12.01-02, faça
uma reflexão sobre a importância do aconselhamento pastoral no crescimento daqueles
que confiam em Jesus Cristo.
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