DISCIPLINA: MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA HISTÓRICA
PROFESSORA: MOAB CÉSAR CARVALHO COSTA ACADÊMICA: EDIANA DI FRANNCO MATOS DA SILVA SANTOS
HOBSBAWN, Eric. O presente como história. p. 243 – 255
O texto traz uma perspectiva metodológica como os fatos ocorreram numa
abordagem que parte do passado que ainda é parte do presente, uma vez que “toda história é história contemporânea disfarçada”, ou seja, o que constitui o historiador e o mundo que está a sua volta é influenciado pelo objeto pesquisado.
Nesse contexto, o autor destaca 3 (três) problemas (HOBSBAWN, p. 243):
1. A própria data de nascimento: em que o historiador em seu próprio tempo de
vida traz consigo as suas experiências de vida diferenciada de geração em geração, mas que compõe além de história individual uma história coletiva, na consulta de arquivos; 2. Como a própria perspectiva do passado pode mudar enquanto procedimento histórico: é algo que independe da idade do historiador, vez que a perspectiva da história mundial traz a conjunção de eventos tanto do Oriente, quanto do Ocidente; 3. Como escapar às suposições da época partilhadas pela maioria de nós (...) suposição da época partilhadas pelo coletivo (...) não há como partilhar as revisões historiográficas (...) as experiências de vida não é coletiva (...): que são impostas a si mesmo por meio da observação. Nesse sentido, Hobsbawn traz ainda em seu texto reflexões sobre a forma analítica de escrever a história destacando os marcos como a Segunda Guerra Mundial, como Hitler se tornou chanceler da Alemanha, o debate sobre o livro de John Charmley, a conversa de Harold Macmillan e o presidente Kennedy em 1961, o colapso do bloco soviético e da União Soviética, etc. Assim o historiador, por meio do esforço da sua imaginação dispensam suas experiências de vida, e realizam um considerável trabalho de pesquisa, Hobsbawn destaca a escrita de um livro sobre o século XX, na primeira metade do século 1914 até as consequências da Segunda Guerra mundial, uma era de catástrofe, na qual “desabara todo aspecto da sociedade capitalista liberal do século XIX”. “Na segunda metade do final do ano 40 em diante, foi exposto exato: um era em que, de um modo ou de outro, a sociedade capitalista liberal se reformou e restabeleceu para florescer como nunca antes”. Para tanto, “em suma a história do Curto Século XX agora parecia muito mais um tríptico, ou um sanduíche: uma Era de Ouro relativamente curta separam do dois períodos de crise importante. (...) os fatos da história mundial de 1973 (...). Será que um historiador, escrevendo num período de cinquenta anos, verá nosso século sob essa luz?”. Assim, o procedimento histórico traz perspectivas distintas revisões historiográficas de um passado remoto, a experiência de vida não é coletiva, vez que estamos em um processo de aceleração da história, em um tempo que é algoz do ser humano.