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Sobre o autor
Le Goff quando cita Daniel van Paperbroeck, faz um estudo de quando que o
termo ‘documento’ iria se colocar em primeiro plano
Le Goff trás a idéia da Revista dos Annales como um exemplo de escola que
viu a necessidade de ampliar a noção que se tinha de documento. Então o francês
vai mostrando que a forma com o que os historiadores lidavam com os documentos
não mudou, mas sim a forma do entendimento que eles tinham em cima desses
documentos. Com isso o autor começa a defender que nem tudo vai estar escrito em
documentos, mas todas as formas de manifestação do homem são uma forma de se
fazer história, mostrando que história não é somente aquilo que está escrito, e essas
manifestações precisam ser usadas pelo historiador, assim como pensava Marc
Bloch.
Ele finaliza esse subtítulo falando que a revolução documental também tende
a promover uma nova unidade de informação: algo que conduz ao acontecimento e
a uma história linear
Cita Certeau para explicar que a memória coletiva que foi transformada em
documento pela história tradicional deve ser submetida a uma crítica mais radical
Cita também Lorenzo Valia e volta a citar Don Jean Mabillon e Daniel van
Paperbroeck para exemplificar a longa duração de um monumento crítico para com
um documento
Para provar essa tese, ele cita Michel Foucault, pois declara que os
problemas da história se resumem em uma palavra/frase: “o questionar do
documento" [1969, p. 13] (Página 545). E logo recorda: "O documento não é o feliz
instrumento de uma história que seja em si própria e com pleno direito, memória: a
história é certa maneira de uma sociedade dar estatuto e elaboração a uma massa
documental de que se não separa" [ibid., p. 13] (Página 546). E ele então apresenta
uma nova versão para a noção de revolução documental: "A história, na sua forma
tradicional, dedicava-se a 'memorizar' os monumentos do passado, a transformá-los
em documentos e em fazer falar os traços que, por si próprios, muitas vezes não são
absolutamente verbais, ou dizem em silêncio outra coisa diferente do que dizem; nos
nossos dias, a história é o que transforma os documentos em monumentos e o que,
onde dantes se decifravam traços deixados pelos homens, onde dantes se tentava
reconhecer em negativo o que eles tinham sido, apresenta agora uma massa de
elementos que é preciso depois isolar, reagrupar, tomar pertinentes, colocar em
relação, constituir em conjunto" [ibid., pp. 13- 14]. (Página 546)
Le Goff cita Monique Clavel-Lévèque que interpreta o documento como um
composto de inconsciente cultural que é decisivo para influenciar nas
representações, apreensões e significados de alguns elementos, como ele aborda
citando as representações da Gália.
Para finalizar ele faz a citação de seu livro junto com Pierre Toubeit. Os dois
pensam que o documento não é algo inócuo. O próprio documento quando estiver
sujeito à análise e crítica não deve ser isolado das condições históricas das quais
ele foi produzido. Deve ser identificado como monumento, pois ele também foi
produzido e pensado para o futuro. Como são pensados de forma inerente a
intencionalidade dos indivíduos, o historiador deve levar em consideração que o
documento/monumento é mentira, mas não deve pensar nisso de uma forma
pejorativa e sim para que sempre fique atento não sendo ingênuo para com os
propósitos esses documentos/monumentos foram forjados.
Bibliografia
https://secure.unisagrado.edu.br/static/biblioteca/mimesis/
mimesis_v20_n1_1999_art_11.pdf
https://ppg.revistas.uema.br/index.php/brathair/article/view/1173/926